Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

CURSO DE QUIMICA COM HABILITAÇÕES EM GESTÃO DE LABORATÓRIO

ANGELINA FRANCISCO

ANTÓNIO SANTOS DA SILVA

ESPERANÇA DESTEFANO

ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTOS:

PROCEDIMENTOS DE GARANTIA DE QUALIDADE DE UM

LABORATÓRIO DE ENSAIO E CALIBRAÇÃO

Beira

2021
ANGELINA FRANCISCO

ANTÓNIO SANTOS DA SILVA

ESPERANÇA DESTEFANO

ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTOS:

PROCEDIMENTOS DE GARANTIA DE QUALIDADE DE UM

LABORATÓRIO DE ENSAIO E CALIBRAÇÃO

Trabalho de pesquisa a ser apresentado a


Faculdade de Ciências e Tecnologia, curso de
Química, de caracter avaliativo na cadeira de
ARQL

Docente: M.S.c Diamantino Assane

Beira
2021
Sumário
1 Introdução.................................................................................................................................
2 Elaboração de procedimentos...................................................................................................
2.1 Modelo para a elaboração de procedimentos (pagina seguinte)............................................
2.2 Lista de procedimentos..........................................................................................................
Referencias bibliograficas..........................................................................................................
1 Introdução

O Sistema de Gestão compreende a estrutura organizacional, as


responsabilidades, os documentos, os métodos e os recursos do laboratório.
Os documentos que são objecto do sistema de gestão do laboratório são
genericamente os seguintes:
a) Manual da Qualidade;
b) Procedimentos de gestão (da qualidade) • Procedimentos técnicos;
c) Métodos de ensaio;
d) Instruções de trabalho;
e) Impressos;
f) Registos;
g) Relatórios de auditorias;
h) Boletins, certificados e relatórios emitidos pelo laboratório;
i) Correspondência do âmbito do Sistema de Gestão;
j) Fichas de equipamentos;
k) Certificados de equipamentos e outros de origem externa;
l) Ficheiro de Pessoal;
m) Contratos e pedidos de trabalho;
n) Normas e outros documentos de referência;
o) Manuais dos Equipamentos de Medição ou ensaio;
p) Lista dos Equipamentos de Medição ou ensaio.
A necessidade de pôr em prática os objectivos fixados no Manual da
Qualidade (MQ) implica a elaboração de documentos (Procedimentos Técnicos e de
Garantia da Qualidade) que descrevam o modo de atingir esses objectivos. Com
isso O presente trabalho visa apresentar informações sobre a elaboração de
procedimentos de garantia de qualidade.
2 Elaboração de procedimentos

Os procedimentos são passos ou etapas que devem ser seguidos para a


execução de uma tarefa ou plano, com detalhamento das diversas atividades que
devem ser cumpridas em uma tarefa e assim alcançar o objetivo preestabelecido.
Geralmente os procedimentos devem ser colocados a disposição dos
executores e proporcionar maior conhecimento de todos os elementos que irão
formar a operação. Os procedimentos são específicos diferentemente das políticas,
e procura pelo fato de serem detalhados, permitem dar uma visão mais abrangente
o que pode evitar confusão no meio da coordenação, direção e operações de uma
organização.
Os procedimentos descrevem a forma de realizar as atividades e os
processos. Enquanto um processo clarifica “o que fazer”, um procedimento instrui
“como fazer”. Os procedimentos podem ser (ou não) de dois tipos: de sistemas ou
operacionais. Os procedimentos de sistema estabelecem as linhas de orientação e a
metodologia de atuação para que a organização cumpra os requisitos do referencial
em matérias de gestão da qualidade. Os procedimentos operacionais desenvolvem
e detalham os procedimentos do sistema de modo a clarificar a forma como estes
são aplicados.
Os procedimentos são escritos em modelo próprio, podendo constar os
seguintes elementos:
[1] - logotipo do laboratório;
[2] - designação do laboratório;
[3] - título do procedimento;
[4] - código do procedimento;
[5] - n.º da página/n.º total de páginas;
[6] - n.º da edição, n.º da revisão e datas;
[7] - identificação da autoridade emissora e respectiva data;
[8] - n.º do modelo e da revisão do impresso.
A data de implementação é a data da sua aprovação salvo outra previamente
estabelecida.
A identificação dos procedimentos é realizada de acordo com o código do
procedimento estabelecido pelo Laboratório, em documento próprio.
Exemplo:
PGQ xx - Procedimento de Garantia da Qualidade;
PTE yy - Procedimento Técnico de Ensaio;
PCI zz - Procedimento de Calibração Interna.
Sendo xx, yy e zz números sequenciais identificativos dos documentos.

2.1 Modelo para a elaboração de procedimentos (pagina seguinte)


Logotipo [1] Código do procedimento [4]

N.º da página/N.º total de


Título do procedimento [3]
páginas [5]
Designação do
laboratório [2]
Edição: [6] Revisão: [6]

Data: Data:

Autoridade emissora [7]

Data
N.º do modelo; revisão n.º [8]
Fonte: Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal
9

Os principais passos para se elaborar um procedimento são:


1. Objectivo: O objectivo deve conter um enunciado claro e conciso
explicando as finalidades específicas do procedimento e responder à pergunta: Por
que é que o procedimento existe?
2. Âmbito: Nesta secção é definido o campo de aplicação do procedimento.
3. Definições, Siglas e Abreviaturas: Os termos e conceitos usados no
procedimento que possam suscitar dúvidas devem ser identificados e definidos, de
modo a evitar o risco de diferentes interpretações.
Deve ser indicado o significado das siglas e das abreviaturas usadas no
procedimento.
4. Referências: Nesta secção são listados todos os documentos
(especificações técnicas, normas, livros, etc.) referidos no procedimento.
Caso haja transcrição parcial de documentos devem referir-se as páginas
e/ou itens utilizados.
5. Responsabilidade: Nesta secção são definidas as responsabilidades
inerentes à execução do procedimento.
6. Procedimento: Nesta secção são descritas pormenorizadamente a
metodologia e as acções necessárias para se atingir o “objectivo” do procedimento,
dentro do “âmbito” referido.
A informação a incluir nesta secção deve ser suficiente para identificar
quando, onde e como deve ser executada a actividade, que materiais, equipamentos
e documentos devem ser utilizados e como a actividade deve ser controlada e
registada.
7. Documentos: Nesta secção são referidos os modelos de documentos
(relatórios, registos, impressos,..) associados ao procedimento.
8. Bibliografia: Nesta secção são listados os documentos, que tenham
servido de suporte à elaboração do procedimento.
Pode-se incluir ainda:
Índice: Quando o número de páginas o justifique, é necessário incluir um
índice para facilitar a consulta do procedimento.
O índice deve incluir os títulos dos capítulos do procedimento.
Folha de actualização ou outro sistema de controlo: Deve constar a
edição, a revisão e respectivas datas bem como a indicação das páginas alteradas
e/ou inseridas, assim como o resumo da alteração efectuada.
10

Folha de distribuição ou outro sistema de controlo: Estabelece a lista dos


detentores do procedimento, podendo ser ou não parte integrante do modelo do
procedimento.
Anexos: Nesta secção devem ser inseridos todos os documentos que sirvam
de suporte ao procedimento tais como tabelas, ábacos, gráficos, cálculos
matemáticos, esquemas, fluxogramas, impressos tipo, etc.

2.2 Lista de procedimentos

Esta lista de procedimentos não é de cumprimento obrigatório e não sendo


exaustiva deverá cada Laboratório consultar as Normas e avaliar no seu caso quais
os requisitos a implementar. Esta lista tem como objectivo indicar alguns exemplos
de possíveis procedimentos de Gestão da Qualidade e procedimentos Técnicos,
necessários ao Laboratório.

Procedimentos de Garantia da Qualidade: Documento que estabelece as


linhas de orientação e os métodos para realizar e gerir as actividades necessárias
para assegurar o Sistema da Qualidade, de acordo com os requisitos da norma de
referência. O número de procedimentos e a sua extensão depende da complexidade
e da natureza de cada Laboratório.
2.2.1 Lista de Procedimentos de Garantia da Qualidade:
a) Análise de consultas, propostas e contratos: Este procedimento visa
padronizar o processo de análise das solicitações de ensaio, de forma a
garantir a adequação dos métodos empregados e o atendimento aos
requisitos estabelecidos pelo contrato e pelo cliente, em conformidade com os
requisitos estabelecidos pela norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005. A
análise quanto à capacidade do Laboratório em atender aos requisitos do
cliente será realizada pelo Supervisor do Laboratório, o qual preencherá o
Formulário de Análise Crítica de Pedidos, Propostas e Contratos. Após
aprovado pelo Gerente da Qualidade, o formulário será encaminhado ao
Secretário, para formalização da proposta técnico orçamentária, através do
preenchimento do Formulário de Controle de Propostas Emitidas e
Confirmadas e o envio da proposta ao cliente. Após confirmação por parte do
11

cliente, caberá ao Secretário estabelecer comunicação com o Gerente da


Qualidade para que as atividades de ensaio possam ser iniciadas.
b) Avaliação de fornecedores de consumíveis, produtos e serviços
relevantes para a Qualidade: A avaliação dos fornecedores passa pela
definição do tipo de produto ou serviço a adquirir, tipo de qualificação e
histórico. Nesta avaliação são contempladas também todas as situações
previamente definidas pelo laboratório em que se justificam imposições de
requisitos específicos e a realização de auditorias ou provas documentais. No
MQ fica referida a existência de uma lista de fornecedores onde constam, por
exemplo, Nome do fornecedor, Produto, Estado de qualificação, Data de
avaliação.
c) Controlo de documentos, internos e externos, relevantes para a
Qualidade: O Laboratório deve garantir que toda documentação de seu
sistema de Gestão seja comunicada, compreendida, disponibilizada e
implementada por pessoal apropriado. Devem ser mantidos e estabelecidos
procedimentos para controlar todos os documentos pertencentes ao Sistema
de Gestão.
d) Selecção e aquisição de produtos e serviços relevantes para a
Qualidade: Neste subcapítulo define-se o modo de funcionamento do
laboratório, em termos de organização e responsabilidades aplicável à
selecção e aquisição de produtos e serviços, em todas as fases do processo,
nomeadamente: Especificação, consulta, análise, decisão, encomenda,
recepção e pagamento. Neste sub capítulo, fica também definido o tipo de
produtos e serviços cuja aquisição está no âmbito do Sistema de Gestao,
bem como a legislação e procedimento aplicáveis.
e) Controlo de registos técnicos e da qualidade, incluindo registos em
suporte electrónico: Neste sub capítulo são identificadas as actividades da
qualidade e técnicas em que é obrigatória a elaboração de registos, que
permitirão posteriormente, e por um período fixado, reproduzir as acções
correspondentes.
f) Acções correctivas: Os procedimentos para acções correctivas devem
incluir não só o produto, mas também os processos e o sistema da qualidade.
As causas das não conformidades estão com frequência nos métodos de
trabalho e nos procedimentos. No que se refere a Acções Correctivas,
12

sabemos que nem sempre o planeado corre como previsto, o que torna
necessário analisar a origem dos problemas, ou dos desvios, de modo a que
se possa actuar para tentar evitar o seu reaparecimento ou recorrência (pelo
menos com origem nas mesma causas).
g) Gestão de não-conformidades: Este requisito obriga à existência de um
procedimento documentado e visa impedir que o produto não conforme possa
ser inadvertidamente utilizado ou instalado.
h) Acções preventivas: Este requisito também obriga à existência de um
procedimento documentado. As acções preventivas devem ser tomadas,
tendo em conta as consequências das não conformidades, quer elas sejam
facilmente mensuráveis em termos económicos, quer o sejam noutros termos
(satisfação do cliente, produtividade, ambiente de trabalho, etc.).
i) Auditorias internas: As auditorias devem ser planeadas, de modo a
abrangerem todas as actividades, serem executadas de forma sistemática,
podendo ser realizadas por actividades ou áreas físicas.
j) Aquisição, recepção e armazenamento de consumíveis relevantes para a
Qualidade
k) Elaboração de documentos de compra de itens relevantes para a
Qualidade
l) Segurança de informação
m) Tratamento de reclamações

Procedimentos Técnicos: Documento que descreve detalhadamente uma


actividade técnica relevante para a qualidade do Laboratório.
2.2.2 Lista de Procedimentos Técnicos:
a) Procedimento de calibração;
b) Procedimento de manutenção;
c) Procedimento de ensaio;
d) Estimativa da incerteza de medição;
e) Procedimento de lavagem de material;
f) Controlo de equipamentos;
g) Recepção e circulação de itens a ensaiar ou a calibrar;
h) Segurança no laboratório;
i) Avaliação de certificados de calibração.
13

2.3 Elaboração de documentos de compra de bens relevantes para a qualidade


2.3.1 Processo de compra
A qualidade do produto final é influenciada duma maneira determinante pela
qualidade dos materiais que vão ser utilizados na realização do produto, pelo que é
necessário implementar um sistema de controlo que minimize os riscos de entrada
na organização de materiais que não estão de acordo com os requisitos exigidos.
A organização deve assegurar que o produto comprado está em
conformidade com as especificações. Como parte do processo para o assegurar, os
itens devem ser adquiridos a fornecedores que tenham demonstrado possuir
capacidades técnicas e organizacionais adequadas.
A garantia da qualidade nos aprovisionamentos passa também por um bom
relacionamento com os fornecedores, o qual deve ser complementado com a
aplicação de algumas regras e técnicas, tais como, a avaliação do desempenho dos
fornecedores, a selecção de fornecedores, a reavaliação de fornecedores, as acções
correctivas (prazos de resposta) e a lista de fornecedores aceitáveis/aprovados
(responsabilidades pela elaboração e actualização da lista devem estar definidas).
Os registos dos resultados de avaliação e de quaisquer acções necessárias
resultantes das avaliações, devem ser mantidos.

2.3.2 Avaliação de fornecedores


A selecção de fornecedores realiza-se para produtos e serviços que:
a) possam afectar a Qualidade do produto final ou serviço a fornecer pelo
Laboratório e
b) possam afectar o ambiente.
A selecção de fornecedores é baseada na avaliação das capacidades do
fornecedor em apresentar os produtos ou serviços de acordo com as exigências
previamente definidas. A selecção é extensiva aos fornecedores certificados,
podendo o processo ser simplificado.
A qualificação de fornecedores tem as seguintes fases:
a) Selecção de fornecedores: Após a identificação das necessidades e a
definição dos requisitos aplicáveis realiza-se a prospecção ao mercado.
14

O Sistema de Garantia da Qualidade dos potenciais fornecedores deve


satisfazer, de preferência, as normas NP EN ISO 9001 e NP EN ISO/IEC
17025.
b) Análise do potencial fornecedor: Após a análise da documentação
solicitada pelo Laboratório ao Fornecedor, que poderá ser composta pelos
questionários e pelo Manual da Qualidade, verifica-se se o fornecedor satisfaz
os requisitos mínimos estabelecidos.
No caso de ser necessário realizar uma visita/auditoria ao fornecedor,
combina-se com este a data da sua realização. Caso seja solicitado, o
fornecedor envia ao Laboratório as amostras do produto pedido.
Se o produto/serviço a fornecer estiver certificado por entidade reconhecida, a
nível nacional ou internacional, o Responsável Comercial/Responsável
Técnico do laboratório/Responsável da Qualidade apenas pedirá as provas
documentais que, após recepção, as enviará ao Laboratório.
Se a avaliação implicar a não aprovação do fornecedor, este é informado do
motivo desta decisão.
c) Qualificação: Quando o questionário for recebido, deve o Responsável
Técnico do laboratório/Responsável da Qualidade analisar o mesmo e
proceder à pontuação das respostas de acordo com um quadro de requisitos
previamente estabelecidos.
Se a avaliação dos questionários for favorável, de acordo com uma
pontuação mínima estabelecida, integra-se o fornecedor na lista de
fornecedores aprovados. O Responsável Comercial/Responsável Técnico do
laboratório/Responsável da Qualidade informa o fornecedor da decisão
tomada a seu respeito, enviando em anexo (eventualmente) os resultados
dos ensaios e/ou o relatório da auditoria e envia cópia do documento ao
Laboratório.
d) Avaliação dos fornecimentos: Quando um fornecedor tiver sido aprovado, o
Responsável Comercial/Responsável Técnico do laboratório/Responsável da
Qualidade pode efectuar encomendas a esse fornecedor. O
acompanhamento da qualificação é realizado pelo Responsável Técnico do
laboratório/Responsável da Qualidade, sendo os resultados transmitidos ao
Responsável Comercial/Responsável Técnico do laboratório/Responsável da
15

Qualidade. Para se realizar a classificação dos fornecimentos será calculado


regularmente o índice de desempenho.
Este índice é atribuído com base, por exemplo, no modelo seguinte:

Fonte: Relacre 17

e) Reavaliação dos fornecedores: A reavaliação periódica dos fornecedores é


efectuada quando a mudança influi na especificação do produto/serviço.
Problemas de prazo de entrega, preço, ou de falha ocasional da Qualidade podem
ser resolvidos com a realização de auditorias/visitas.
16

Fonte: Relacre 17
17

Referencias bibliográficas

Costa, S. P. A. (2013). Passos para a implementação de um sistema de


gestão da qualidade numa instituição de ensino superior. Portugal: porto
Goncalves, J. D. (2008). Implementação de um sistema de gestão da
qualidade lismone2, Lda
Instituto superior de engenharia do porto (2017). Elaboração e implementação
de procedimentos com vista a certificação pela norma NP EN ISSO 9001:2015.
Portugal: Porto
Laboratório central do Espirito Santo. (2018). Manual da qualidade. Vitoria
Medeiros T. B. (2010). POP-Procedimentos operacional padrão: um exemplo
pratico. Assis
NBR ISO 9001. Sistema de gestão da qualidade-Requisitos
Relacre. Relacre 17 elaboração de procedimentos do sistema da qualidade.
Portugal: porto.
Relacre. Relacre 11 elaboração do Manual da qualidade. Portugal: porto.
Sbalcheiro e Sousa(2011). Normas de elaboração de procedimentos
operacionais padrão (pops) para laboratório de biologia molecular da Embrapa
Amazónia Ocidental. Manaus, AM
Silva C. C. (2013), Cristiane Carolina. Elaboração de Manual da Qualidade e
Manual de Segurança em Laboratorio para a Unidade Operacional de Equivalência
Farmacêutica da UNESP. Araraquara-SP

Você também pode gostar