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Cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia de

Produção

Modelo de Relatório Técnico

Disciplina de Qualidade Dimensional

Alunos:

Professora: Karina Ruschel

Porto Alegre,(data).
Introdução

A introdução deve apresentar o tema geral do trabalho experimental. Pode indicar alguma
informação acerca do tema em estudo, nomeadamente, parâmetros com as quais se pretende
comparar os resultados obtidos e as previsões, ou seja, os resultados que se esperam obter,
principalmente no que tange sobre os procedimentos de calibração. Aqui pode-se citar qual a norma
foi utilizada ou adaptada. Pode contar entre 3 ou 4 parágrafos, bem escritos e fundamentados em
bibliografia adequada. Trata-se de um instrumento eficiente quando o conteúdo obedece aos
parâmetros que seguem com clareza e precisão as informações apresentadas, sempre
referenciando alguma obra literária como livros, artigos de revistas ou normas técnicas.
Ao final de introdução, o objetivo do procedimento deve ser mencionado de forma clara e
resumida quais são os principais aspectos de interesse abordados no conteúdo do Relatório, ou
seja, o objetivo principal do trabalho.

Procedimento Experimental
1. Objetivos da calibração
Esta etapa busca descrever, de forma clara e objetiva, o que se pretende com a calibração.
Como exemplo, relacionamos, a seguir, alguns objetivos.

- O sistema de medição deve sofrer apenas regulagem ou ajustes: executar a calibração


em alguns pontos ao longo da faixa de medição.
- A calibração deve investigar a fundo o comportamento do sistema de medição ao longo
de sua faixa de medição: para levantar a curva de erros, é preciso calibrar o sistema de medição
em muitos pontos ao longo da sua faixa de medição, devendo-se repetir várias vezes a medição
em cada ponto, para minimizar a incerteza de medição da calibração do sistema de medição.
- Levantamento da curva de erros para futura correção: definidas as condições de
operação, deve-se programar uma calibração com grande número de pontos de medição dentro
da faixa de medição do SMC, bem como realizar grande número de ciclos para reduzir a incerteza
nos valores da tendência ou da correção.

2. Caracterização do sistema de medição a ser calibrado


A identificação do sistema de medição a ser calibrado é o ponto-chave para o sucesso da
calibração. Portanto, se o avaliador não conhecer as características do sistema de medição, não
saberá identificar qualquer anormalidade no processo. Se for calibrar um paquímetro, por exemplo,
deverá conhecer sua especificação: tipo de paquímetro, capacidade, resolução, aplicação etc.

3. Padrão de referência
Para esta etapa devem ser descritas todas as normas relativas ao sistema de medição, bem
como procedimentos de medição e demais particularidades. Devem ser citados os erros, os desvios
e as incertezas permissíveis para o instrumento ou sistema. Citando o paquímetro como exemplo,
devem-se levar em conta as orientações contidas na norma ABNT NBR NM 216:2000 (Paquímetros
e paquímetros de profundidade – Características construtivas e requisitos metrológicos), que
especifica os requisitos principais para as características construtivas, dimensionais e de
desempenho de paquímetros com várias faixas de medição.

4. Preparação para execução da calibração


A primeira providência a ser tomada é preparar execução da calibração com base em
normas e critérios técnicos. Deve ser levantada toda a instrumentação necessária para essa
atividade. Isso deve ser feito por profissionais experientes e qualificados, tendo em vista que eles
devem descrever todo o processo detalhadamente, mas de forma clara e compreensiva, sem pular
nenhuma etapa fundamental. A calibração deve ser muito bem esquematizada, com instruções

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passo a passo, incluindo tudo o que a envolver: condições ambientais, sequência de operações,
montagens a serem executadas, instrumentos auxiliares e coleta de dados.

5. Execução da calibração
Para a execução da calibração, devem ser respeitados todos os procedimentos descritos
na preparação. Os dados coletados, cálculos realizados e quaisquer observações importantes
devem ser registrados para análises posteriores.

6. Registro dos dados coletados


O registro dos dados coletados deve ser feito em planilhas e formulários adequados, de
modo a facilitar a interpretação dos resultados. Se houver a geração de gráficos ou sinais
importantes, deve haver uma maneira adequada de registrá-los.

7. Análise e interpretação dos resultados


Na análise e interpretação dos resultados, os valores encontrados devem ser comparados
com os valores referenciados nas normas previstas e na especificação do fabricante. Não se pode
deixar de calcular a incerteza de medição que caracteriza a dispersão dos resultados. Os resultados
analisados servirão de base para relatar o parecer final da calibração.

8. Critério de aceitação
O critério de aceitação é a forma de concluir um processo experimental de calibração. Ele
deve ser fundamentado nas normas ou quaisquer referências relatadas na execução da calibração.
Nesse caso, devem ser considerados todos os requisitos pertinentes às normas referenciadas em
ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005,5 ABNT NBR 9001:200870 e ABNT NBR ISO 10012:2004.71

9. Certificado de calibração
O certificado de calibração é a validação do processo de calibração, ou seja, é verificação
na qual os requisitos especificados são adequados para um uso pretendido.
De acordo com a ABNT NBR ISO 10012:2004,71 os certificados de calibração devem
possuir, pelo menos, as seguintes informações:

- Título (por exemplo, “relatório de ensaio” ou “certificado de calibração”).


- Nome e endereço do laboratório e o local onde os ensaios e/ou calibrações foram
realizados, quando diferentes do endereço do laboratório.
- Identificação unívoca do relatório de ensaio ou certificado de calibração (como número
de série), e em cada página uma identificação que assegure que ela seja reconhecida como uma
parte do relatório de ensaio ou do certificado de calibração, e uma clara identificação do final do
relatório de ensaio ou certificado de calibração.
- Nome e endereço do cliente.
- Identificação do método utilizado
- Descrição – a condição e identificação não ambígua do(s) item(ns) ensaiado(s) ou
calibrado(s).
- Data do recebimento do(s) item(ns) de ensaio ou de calibração, quando isso for crítico
para a validade e a aplicação dos resultados, e a(s) data(s) da realização do ensaio ou calibração.
- Referência ao plano e procedimentos de amostragem utilizados pelo laboratório ou por
outros organismos, quando estes forem pertinentes para a validade ou aplicação dos resultados.
- Resultados do ensaio ou da calibração com as unidades de medida, onde apropriado.
- Nome, função e assinatura ou identificação equivalente de quem estiver autorizado a
emissão do relatório de ensaio ou do certificado de calibração, seja uma ou mais pessoas.
- Onde pertinente, declaração de que os resultados se referem aos itens ensaiados ou
calibrados.

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Conclusões

Também pode chamar-se: Discussão ou Comentários Finais. Agrupar as ideias de forma


sintética a dar entendimento ao estudo investigado, sempre tomando o cuidado de não ser
repetitivo. Deve ser conciso e o mais claro possível, podendo até sugerir observações corretivas,
recomendações ou sugestões para a melhoria dos resultados obtidos.
Isso implica avaliar se estes são aceitáveis tendo em consideração os objetivos iniciais do
trabalho e aquilo que estava previsto ou estipulado, o que, por vezes, envolve uma comparação
entre os dados obtidos experimentalmente e a informação bibliográfica. No final desta avaliação
deve apresentar-se, claramente, a resposta ao problema enunciado na introdução. Os fenômenos
ou resultados imprevistos devem ser aqui referidos e, sempre que possível, interpretados. Devem
apontar-se as possíveis causas de afastamento dos resultados em relação aquilo que era esperado
(erros/incertezas experimentais? de que tipo? de que grandeza? Quais os mais importantes?
Deficiências do método utilizado?). Quando o objetivo do trabalho for utilizar uma determinada
técnica experimental, deverão ser indicadas as dificuldades sentidas e limitações identificadas.
Podem ser apresentadas recomendações ou propostas de decisões a tomar em função dos
resultados obtidos. Podem também indicar-se sugestões para investigações posteriores ou ainda,
alterações do procedimento seguido ou à técnica utilizada.

Referências Bibliográficas

Colocar as obras literárias utilizadas para a preparação do Relatório tais como: livros,
normas técnicas, artigos de revistas ou outras obras, sempre respeitando as normas.

Neto, Joao. Metrologia e Controle Dimensional. Available from: VitalSource Bookshelf, (2nd
Edition). Grupo GEN, 2018.

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