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PETISTAS E MARXISTAS NO MUNDO DOS ORIXÁS1

“A religião é o ópio do povo.” Esta é uma afirmação muito famosa e popular na


esquerda brasileira e a nível mundial. Porém, em alguns contextos, ela, vem sendo
rediscutida e analisada com mais cuidado.nos últimos trinta anos
Quando os fundadores do marxismo afirmaram que a religião era o baluarte do
obscurantismo e do conservadorismo, eles analisavam uma realidade específica, onde os
dogmas do catolicismo estavam de mãos dadas com o poder das classes dominantes e
justificando o mundo onde existia opressão, miséria e alienação na maioria dos povos
europeus.
E hoje, a religião ainda está camuflando uma realidade como no século XIX?
Acredito que em vários contextos ela ainda cumpra - enquanto instituição - um papel
específico na dominação de classes.
Mas, no contexto latino-americano, esta “pérola” das análises marxistas deve ser
revista e devemos procurar “um novo caminho interpretativo” no que diz respeito ao papel
da(as) religião(ões) nas lutas contra a opressão capitalista.
Com vários exemplos - Nicarágua, El Salvador, Haiti, lutas camponesas no Brasil,etc
- nos últimos anos existe um pensamento religioso que utiliza conceitos marxistas e
INSPIRA lutas de libertação social: a Teologia da Libertação. Ela usa seus recursos
materiais e espirituais para a luta dos trabalhadores por uma nova sociedade.
Quem ainda não viu no PT, vários militantes que a partir da fé cristã,inspirado pela
Teologia da Libertação - ou da Esperança - lutaram e lutam ao lado dos marxistas e ateus
por uma sociedade socialista? E sem dúvida uma grande parte dos fundadores do PT veio
das CEBs. Ou seja, não é somente o entendimento das condições materiais que determina a
luta por uma utopia - a ideologia e a consciência de classe - mas TAMBÉM uma fé ,uma
esperança religiosa.
Porém, essa discussão é reconhecida por unanimidade no interior do partido. Quem
duvida que os motivos profundos de um Frei Beto, por exemplo, para lutar pelo socialismo,

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Texto publicado no Jornal Em Tempo, São Paulo, v. 295, p. 13 - 14, 01 ago. 1997.
não sejam uma fé profunda no futuro da humanidade, no Reino de Deus, construído pelas
mãos dos homens para serem livres de toda a opressão?
A Teologia da Libertação teve suas bases teóricas nas reinterpretações do
Evangelho, nas leituras de Gramsci e do filósofo marxista Ernest Bloch. Nisto, a maioria
dos marxistas reconhece a sua importância.
Mas esse reconhecimento se esgota quando, dentro do PT-RJ, encontramos
militantes que são do Candomblé ou da Umbanda. Alguns escandalizam-se dizendo que
não existe relação entre ser do Candomblé e ser do PT ou marxista. Outros, brincando
(ironizando de forma preconceituosa), dizem que “bater tambor” e ser de esquerda é muito
estranho.
Aparentemente haver uma visão de mundo de origem africana e ser do PT ou
marxista pode parecer contraditório, pois, entrar em transe, a prática de rituais ‘mágicos’
(estranho à cultura judaico-cristã) e ser um sujeito crítico que quer transformar a realidade,
não alienado etc, pode parecer eclético ou exótico.
Mas se considerarmos o Candomblé como religião, como visão de mundo, devemos
à primeira vista, por uma questão de honestidade analítica e política, pelo menos desconfiar
que para estes sujeitos que são candomblecistas e petistas existe um sentido profundo. Para
eles significa algo SER DE OGUM, IEMANJÁ, OXALÁ OU XANGÔ e participar
ativamente da militância petista.
Na verdade, a dificuldade de compreender esta condição histórica, tem raízes na
formação eurocêntrica da totalidade da esquerda brasileira. Nega-se (consciente ou
inconscientemente) os valores africanos e a própria existência de um continente. Além
disso, a visão de mundo judaico-cristã permeia em muito as práticas dos petistas e
marxistas.
Se deixarmos nossos preconceitos (raciais) de lado, veremos que as religiões afro-
brasileiras também cumprem um papel importante na luta pela cidadania, pelos direitos
humanos e até, por que não, por uma sociedade socialista.
Muitos exemplos históricos podem confirmar-nos isto, pois a história dos africanos
escravizados e seus descendentes não têm sido outra que a afirmação da sua cultura e dos
seus valores. A luta e a resistência acontecem em função da sua visão de mundo e da forma
de pensar e agir do homem africano. Palmares e diversos Quilombos, revolta dos Malês,
Balaiada, foram marcos na luta contra o status quo.
Para se pensar uma relação entre religião e política fora do âmbito das religiòes
judaico-cristã utilizaremos uma fundamentação teórica nas análises contidas em A.
Gramsci, E. Bloch e Michel Lowy sobre a religião em geral.
Gramsci parte do pressuposto que a religião é uma das formas de concepção de
mundo que gera uma prática social. Para ele a religião “é a mais grandiosa utopia, que tenta
conciliar em uma forma mitológica, as contradições da vida histórica...” A religião não é
homogênea. Existem várias concepções e interpretações dentro da mesma cultura religiosa:
“existe a religião das classes subalternas, das classes dominantes etc”. Isto pode levar a
religião, em alguns contextos, a justificar a luta contra o status quo a partir de uma
dimensão espiritual.
Este último ponto aprofunda uma velha discussão no interior do marxismo sobre a
relação infra-superestrutura. Nesta lógica de Gramsci, existe um grau de autonomia das
religiões (ideologia) em respeito às condições materiais de uma sociedade. Pois, o
entendimento do real é também praxis histórica.
E é neste sentido que se interpreta as afirmações de E. Bloch e o seu princípio
esperança.
Para ele “a religião é uma das formas mais significativas da consciência utópica,
uma das manifestações mais ricas do princípio da esperança. Por sua capacidade de
antecipação criadora, as religiões desenham o espaço imaginário do ainda-não-existente.
Existe um excedente cultural utópico nas religiões.”
Evidentemente ele faz a crítica das religiões institucionalizadas que deturpam sua
essência utópica. O que ele coloca são exemplos na história,do papel das heresias e das
esperanças que mobilizaram homens e mulheres contra a opressão social e econômica -
Jesus Cristo, Thomas Munzer, etc.
Neste sentido definimos o Candomblé nos seguintes parâmetros: é uma religião
politeísta,de culto aos ORIXÁS2, forças da natureza que cumprem papéis específicos no
ORUM (mundo invisível) e no AYÊ (mundo visível).
Cada pessoa tem o seu Orixá. Existem vários rituais cuja função é colocar em
comunicação os Orixás e os homens: o BORI ( alimentar a cabeça), a CURA (
fortalecimento do corpo ), o AXEXE ( cerimonia para os mortos), as festas para cada Orixá
( Candomblé ) etc.
Um aspecto central nos rituais é a incorporação dos Orixás nos seus filhos ( o
transe) “Todo o sistema religioso,sua mitologia e teogonia é revivido durante o transe.”
Na estrutura social desta religião existe uma hierarquia que organiza as tarefas de
cada pessoa na comunidade: a Yalorixá ( Mãe de Santo ) ou Babalorixá ( Pai de Santo ),que
são autoridades máximas, as Iaôs ( filhas de santo ), os Ogãs, as Equedes etc.
Por ser uma religião de iniciação e baseado na oralidade,essa hierarquia se expressa
no poder do saber litúrgico. Diferente das concepções ou instituições nas quais a hierarquia
é baseada, muitas vezes, na desigualdade econômica, social e política.
Porém, esta relação de poder é dialética. Ou seja,há momentos na comunidade-
terreiro ( no ritual e no cotidiano ) que os adeptos estabelecem relações complementares.
Um destes momentos são as confraternizações entre Yalorixá,iaôs,ebomis,ogãs e
equedes,quando na saudação da nação de ALAKETU:

FARA IMORA “As pessoas que se unem


OLUWO se fortalecem
FARA IMORA as pessoas de ALAKETU
ARAKETO WORE trocam a benção”
FARA IMORA

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O termo Orixá se refere aos deuses (forças da natureza) das comunidades-terreiro de origem Alaketu (nagô-
iorubá). Na pesquisa que está sendo realizada, todos os militantes pertencem às casas de origem Nagô-Keto.
Neste momento do ritual a hierarquia desaparece, todos são iguais e unidos para o
crescimento do AXÉ da coletividade.
A prática ritual permite a cada adepto o crescimento do AXÉ ( força vital, dos
indivíduos, da comunidade e do mundo ) e decide o seu lugar na comunidade.
A base econômica da religião é a reciprocidade, não existe uma economia de
mercado, no sentido de relações desiguais.
“Não existe Orixá sem homens e vice-versa.” A partir dessa visão espiritual, de
origem africana, o culto dos Orixás tem como preocupação fundamental manter o equilíbrio
e a harmonia entre as pessoas, a comunidade, os Orixás, o mundo e a natureza. Não propõe
uma salvação. É uma visão de mundo que se preocupa com o presente,com o crescimento
de cada um segundo suas possibilidades e necessidades.
Outro elemento que caracteriza esta visão de mundo é a figura de EXU. Ele é o
princípio da comunicação e da transformação, segundo a cosmovisão do Candomblé tudo
tem o seu EXU. Ele “é o nome dado pelos Nagôs ao aspecto dinâmico do existir.” EXU
questiona permanentemente e revela que o mundo é produzido e que pode ser produzido de
modo diferente. “Como princípio dinâmico é o não-ainda-possivel.”
A morte não é vista como o fim de uma existência, mas como um ciclo da vida,
onde a pessoa que vira ancestral, passa para o ORUM e redistribui o AXÉ que ela construiu
no AYÊ.
Pensando nesses autores ( Gramsci e Bloch ) a partir desta definição da religião,nos
vêm em mente uma possível analogia ou Afinidades Eletivas ( Michel Lowy ) para pensar
a relação - desses militantes - entre Candomblé e política partidária.
1 - No Candomblé se cultua os Orixás, Deuses imperfeitos3,que dependem uns dos
outros e dos homens para fortalecer o AXÉ. A FÉ nos Orixás para os iniciados no culto é

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No Candomblé de origem NAGÔ-KETU, cada orixá cumpre papéis e representam forças da natureza
(“princípios cósmicos”).
O Termo imperfeito designa uma limitação nas atribuições de cada orixá e não no sentido pejorativo.
Na cosmovisão do Camdomblé, cada orixá complementa o outro, pois dominando somente alguns elementos
do cosmo, a responsabilidade de cada um, representa no ORUM e no AIÊ, a possibilidade da troca do
movimento da vida e de sua reprodução, “evitando a fatalidade da corrupção”.
condição de reequilibrio e harmonia entre cosmo-indivíduo-comunidade. O estado de
espírito do iniciado na religião, esta FÉ, é um princípio de existência individual e coletivo.
É a sua consciência de que o mundo real está em desequilíbrio.
Na política do PT se “cultua” uma UTOPIA em um mundo melhor, mais humano e
harmonioso. Essa utopia se traduz numa sociedade diferente, onde não existe a exploração
do homem sobre o homem. Este estado de espirito utópico do militante do PT é também um
princípio de existência individual e coletivo. É a sua consciência de que a realidade não se
encontra organizada sob os mesmos princípios que defende;
2 - No Candomblé a TRADIÇÃO constrói os objetivos da comunidade e dos
homens individualmente: é preciso reproduzir sempre os fundamentos e princípios
idealmente oriundos da África e vivenciados no Brasil para ser um bom ancestral e renovar
a vida sempre, seja na natureza ou na sociedade.
Na política do PT, o FUTURO é visto como uma comunidade de homens e
mulheres felizes e livres da opressão, onde a vida terá espaços para se renovar. O objetivo
do PT é a construção do FUTURO SOCIALISTA.;
3 - No Candomblé o AXÉ4 orienta a prática da comunidade, é preciso viver em
harmonia com a família de santo, compreender as debilidades de cada um e ajudá-los para
crescer o AXÉ.

Este termo adquire o sentido de uma construção comparativa com as religiões monoteístas, onde o
Deus, “é perfeito”, onipotente, onde ele representa e explica todos os sentidos da vida, sua origem e o seu
possível fim.
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O AXÉ no Candomblé é a força vital que mantém o cosmo. Tudo tem AXÉ, por isso tudo é sacralizado,
principalmente no que diz respeito a natureza. O AXÉ é a força do universo ( ORUM e AYÊ ), é a essência
dos seres orgânicos e inorgânicos. “É a magia que acontece”, nesse sentido ela orienta a prática dos homens.
Assim neste trabalho o AXÉ é analisado como orientador das atividades humanas e da comunidade-
terreiro.
Ou seja, “a relação harmoniosa grupo-indivíduo-cosmo só se adquire através de um profundo respeito
pela vida, o respeito por tudo que é vital, é a força de impulsão de todo o sistema nagô.”
“O AXÉ é autoridade emanada de uma vontade coletiva, do consenso atingido por uma
comunidade”, por isso ele pode crescer ou diminuir.
No candomblé tudo que se faz é para o crescimento do AXÉ. Crescer o AXÉ é ter boas relações com
todos, com alegria, solidariedade, divisão de riquezas e tarefas e o respeito às regras; os Orixás gostam disto.
Nas palavras de um petista candomblecista: “o AXÉ é uma construção coletiva em que não cabe o
individualismo, a competição, é o ponto de contradição da relação com o capitalismo.”
Na política do PT a ÉTICA MILITANTE é o elemento que fortalece as discussões.
Ser companheiro, solidário, contribui para fortalecer a construção ( como exemplo ) do
socialismo e a construção de uma consciência coletiva e individual.
Essas analogias - A FÉ e a UTOPIA ( como consciência ), a TRADIÇÃO e o
FUTURO ( como meta ) e o AXÉ e a ÉTICA MILITANTE ( como prática ) - podem nos
ajudar a compreender que ALGUNS elementos da religião podem contribuir para um
processo de luta contra as opressões desse mundo e incentivar uma prática militante
eticamente perfeita.
Essas analogias também são um caminho interpretativo que pode nos revelar o
porquê da existência histórica desses militantes candomblecistas.
Longe de romantizar as religiões afro-brasileiras como fenômeno que propulsiona as
lutas populares, queremos simplesmente analisar e investigar as possíveis AFINIDADES
ELETIVAS5 ( históricas ) entre uma proposta política-utópica e uma visão de mundo que
se expressa na espiritualidade de origem africana. Essa que por sua vez se verificava num
contexto econômico e social ( África Ocidental ) onde não existia dominação de classe6.
Além disso se consideramos a religião como uma “certeza”que dá sentido a vida dos
homens, devemos por analogia, ver que para um militante do PT, da esquerda7 ou marxista,
somente a utopia socialista ( ou comunista ), enquanto fé, dá sentido a vida desses.

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Analisando as obras de alguns pensadores da Europa Central que tinham um pensamento que variava do
Anarquismo ao Marxismo e eram contemporaneamente de origem messiânica-judaica, Michael Löwy tentava
através desse conceito de AFINIDADE ELETIVA verificar os elementos comuns entre o messianismo
judaico e as utopias libertárias.
Esse conceito, enquanto categoria sociológica na verdade nasceu dentro da obra de Max Weber ( A
Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo ). A partir desse resgate conceitual de um “clássico” da
Sociologia, M. Löwy designa por AFINIDADE ELETIVA “um tipo muito particular de relação dialética que
se estabelece entre duas configurações culturais ou sociais, não redutível à determinação causal direta ou à
influência no sentido tradicional. Trata-se, a partir de uma certa analogia estrutural, de um movimento de
convergência, de atração recíproca, de confluência ativa, de combinação capaz de chegar até a fusão.”
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O contexto sócio-econômico que me refiro é todo o período antecedente à colonização europeia. Esse
período foi estudado nas análises de Maurice Godelier sobre economia das sociedades africanas, quando ele
afirma que apesar das hierarquias e privilégios existentes entre os africanos isso não refletia uma exploração
econômica dos homens sobre o trabalho de outros homens, mas baseava-se na reciprocidade.
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O conceito de esquerda que se trabalha aqui se caracteriza como pessoas, organizações ou partidos que têm
no horizonte de suas tarefas e programas uma sociedade socialista e uma ação anti-capitalista.
Devemos explicitar esse conceito pois ele não representa uma visão necessariamente marxista.
Exemplos históricos podem ser constatados na Revolução Cubana e Nicaragüense, onde a vanguarda tinha
como programa o fim das relações de produção capitalista e a construção do socialismo, mas não tinham uma
Lucien Goldman afirmou em um dos seus trabalhos que a fé religiosa é semelhante
a fé marxista. Existem pontos em comum entre os dois: a crença nos valores comunitários,
“a recusa ao individualismo puro e a crença nos valores transindividuais” - Deus ou deuses
numa comunidade sagrada para a religião e a comunidade humana para o socialismo. E
ainda, a fé não depende de julgamento de fato nas duas concepções, pois, porque um
militante faz tanto sacrifícios pessoais? Será que é só pela ideologia, pela consciência (
racional ) política e social? Por que se luta por uma utopia se não sabemos se vamos vê-la
de perto?
Enfim, essa tentativa de analisar um fenômeno religioso e um fenômeno político,
verificando possíveis Afinidades Eletivas entre duas visões culturais, construídas
historicamente ( intencionalmente ou não ), nos revela que existem muito mais coisas entre
os conflitos políticos em nossa sociedade e a cultura popular brasileira.

Rio de Janeiro, 25 de Março de 1997.

Luiz Fernandes de Oliveira, Sociólogo formado pela Università “La Sapienza” de Roma e
mestrando em Ciências Sociais na UERJ

BIBLIOGRAFIA

BARROS, J.Flávio, VOGEL, Arno, MELLO, Marco Antônio, Galinha d’Angola,


1992.

formação, no sentido ideológico-filosófico, de tradição marxista. Além disso, hoje no PT, nem todos os
militantes pertencem a uma visão tradicional marxista: mas todos estão unidos na luta pelo socialismo.
BROTAS, Paulo. Carne do sagrado. Petrópolis, Vozes, 1996.

GODELIER, Maurice. “Oggetto e metodo della antropologia economica”in :


TENTORI, Tulio Antropologia Economica. Roma.

GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da História. Rio de Janeiro, Civilização


Brasileira, 1989.

LÖWY, M. Marxismo e Teologia da Libertação. São Paulo, Ed. Cortez, 1991.

_________ Redenção e Utopia. São Paulo, Companhia das Letras, 1988.

SANTOS, J. E. “A religião nagô geradora e reserva de valores culturais no Brasil -


Bahia, AN. e Dados, Salvador, CEI, v. 3 n. 4, p. 47-55, março/94.

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