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Centro espírita Casa do Caminho

Evangelização espírita infantil


Turma: B
Idades: 9-11 anos
Aula 05- Amor ao próximo: fora da caridade não há salvação
Objetivos: :
1) Estabelecer a caridade como virtude e prática fundamental para o cristianismo.
2) Distinguir a caridade material da moral.
3) Estabelecer as qualidades que devem e não devem estar presentes no ato de caridade.
4) Distinguir o fora da caridade não há salvação de fora da igreja/verdade não há salvação,
dando ênfase à união que a caridade traz a toda a humanidade.
5) Ver com as crianças o que é a salvação no tema da aula.
Embasamento teórico:
1) O Evangelho segundo o espiritismo, capítulo XV: Fora da caridade não há salvação.
2) Jesus no Lar de Neio Lúcio, capítulo 20: A caridade desconhecida.
1- Preparação e prece.
2- Relembrar com os alunos as aulas passadas, chamando o amor e os outros sentimentos que temos
de energias e usando o exemplo da lâmpada que acende com o auxílio da energia elétrica para
ilustrar que o amor é uma espécie de luz que irradia de nós e que sentimentos ruins dão verdadeiros
“choques” nas pessoas que interagimos com se não tomarmos cuidado.
3- Dividir os alunos em duplas, em que um dos membros de cada dupla será vendado. O objetivo é
dar uma volta no bloco salão/cozinha ou, alternativamente, ir até o portão e voltar para a sala. O
membro não vedado ficará responsável por auxiliar o que estiver vendado, estabelecendo que essa
responsabilidade também significa que eles precisam cuidar para que o(a) parceiro(a) não se
machuque. Estimular a competitividade, fazendo da brincadeira uma corrida. A depender do tempo
utilizado, repetir ela uma vez, invertendo os papeis da dupla.
4- Finda a brincadeira ir perguntando para eles o que dá para se aprender com ela:
1) O que a pessoa sem a venda estava fazendo? Ajudando a vendada.
2) Por que a pessoa vendada precisava de ajuda? Porque ela não estava enxergando.
3) A pessoa sem a venda tinha o poder para ajudar uma pessoa que precisava de ajuda e assim
o fez, mas ela poderia não ter ajudado? Sim.
4) Apenas pessoas que não conseguem ver precisam de ajuda? Não.
5) Em que situações uma pessoa precisa da ajuda dos outros? Recolher exemplos, trazendo a
ideia para um âmbito pessoal, demonstrando que eles também precisam de ajuda.
6) Qual é o nome que podemos dar a esse ato de ajudar ao nosso próximo? Caridade.
5- Falar da célebre frase de Jesus “Fora da caridade não há salvação”, estabelecendo que a caridade
não só é importante, como é essencial para se praticar os ensinamentos de Jesus. Se o amor ao nosso
próximo é o sentimento que sempre devemos ter, a caridade é a materialização desse sentimento é
ele posto em prática.
6- Formas de se praticar a caridade. Falar de doações, de fazer comida para dar aos outros, de levar
os outros de carro, emprestar o celular para alguém que precisa fazer uma ligação, de dividir a sua
comida com um colega, ajudar a carregar algo para uma pessoa e estabelecer que todas essas são
formas de se praticar a caridade material.
7- Sendo esse o caso, não seria melhor ser rico para poder fazer obras de caridade maiores? Ganhar
na mega cena para poder ajudar mais as pessoas? Falar que teve uma pessoa que pensava assim
também e daí falar da história em Jesus no Lar de Neio Lúcio, capítulo 20: A caridade
desconhecida.
8- Ao fim da história estabelecer com eles que aquilo que o personagem praticou é a chamada
caridade moral. A caridade moral é mais difícil de se praticar do que a material, mas também é a
mais valorizada por Deus.
9- Nenhuma riqueza que temos na Terra de fato nos pertence, pois quando desencarnamos nada
levamos de material conosco, sendo assim não é pela quantidade de coisas que o mérito do ato de
caridade será medido, mesmo porque Deus pode nos dar e retirar de nós as riquezas com apenas um
pensamento, mas o mérito é medido em quão relevante foi aquilo dado, seja esse algo material ou
moral. Falar da passagem do óbulo da viúva, valor relativo do que se dá. Dar um exemplo de um
dinheiro que os nossos pais nos dão e a gente só repassa ele para alguém.

A caridade desconhecida

A conversação em casa de Pedro versava, nessa noite, sobre a prática do
bem, com a viva colaboração verbal de todos.


Como expressar a compaixão, sem dinheiro? Por que meios incentivar a
beneficência, sem recursos monetários?

Com essas interrogativas, grandes nomes da fortuna material eram invocados
e a maioria inclinava-se a admitir que somente os poderosos da Terra se
encontravam à altura de estimular a piedade ativa, quando o Mestre
interferiu, opinando, bondoso:

— Um sincero devoto da Lei foi exortado por determinações do Céu ao
exercício da beneficência; entretanto, vivia em pobreza extrema e não podia,
de modo algum, retirar a mínima parcela de seu salário para o socorro aos
semelhantes. Em verdade, dava de si mesmo, quanto possível, em boas
palavras e gestos pessoais de conforto e estímulo a quantos se achavam em
sofrimento e dificuldade; porém, magoava-lhe o coração a impossibilidade
de distribuir agasalho e pão com os andrajosos e famintos à margem de sua
estrada.

Rodeado de filhinhos pequeninos, era escravo do lar que lhe absorvia o suor.

Reconheceu, todavia, que, se lhe era vedado o esforço na caridade pública,
podia perfeitamente guerrear o mal, em todas as circunstâncias de sua
marcha pela Terra.

Assim é que passou a extinguir, com incessante atenção, todos os
pensamentos inferiores que lhe eram sugeridos; 8 quando em contato com
pessoas interessadas na maledicência, retraía-se, cortês, 9 e, em
respondendo a alguma interpelação direta, recordava essa ou aquela
pequena virtude da vítima ausente; 10 se alguém, diante dele, dava pasto à
cólera fácil, considerava a ira como enfermidade digna de tratamento e
recolhia-se à quietude; 11 insultos alheios batiam-lhe no espírito à maneira
de calhaus em barril de mel, porquanto, além de não reagir, prosseguia
tratando o ofensor com a fraternidade habitual; 12 a calúnia não encontrava
acesso em sua alma, de vez que toda denúncia torpe se perdia, inútil, em
seu grande silêncio; 13 reparando ameaças sobre a tranquilidade de alguém,
tentava desfazer as nuvens da incompreensão, sem alarde, antes que
assumissem feição tempestuosa; 14 se alguma sentença condenatória
bailava em torno do próximo, mobilizava, espontâneo, todas as
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possibilidades ao seu alcance na defesa delicada e imperceptível;  seu zelo
contra a incursão e a extensão do mal era tão fortemente minucioso que
chegava a retirar detritos e pedras da via pública, para que não oferecessem
perigo aos transeuntes.
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Adotando essas diretrizes, chegou ao termo da jornada humana, incapaz de
atender às sugestões da beneficência que o mundo conhece. Jamais pudera
estender uma tigela de sopa ou ofertar uma pele de carneiro aos irmãos
necessitados.
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Nessa posição, a morte buscou-o ao tribunal divino, onde o servidor humilde
compareceu receoso e desalentado. Temia o julgamento das autoridades
celestes, quando, de improviso, foi aureolado por brilhante diadema, e,
porque indagasse, em lágrimas, a razão do inesperado prêmio, foi informado
de que a sublime recompensa se referia à sua triunfante posição na guerra
contra o mal, em que se fizera valoroso empreiteiro.
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Fixou o Mestre nos aprendizes o olhar percuciente e calmo e concluiu, em
tom amigo:
— Distribuamos o pão e a cobertura, acendamos luz para a ignorância e
intensifiquemos a fraternidade aniquilando a discórdia, mas não nos
esqueçamos do combate metódico e sereno contra o mal, em esforço diário,
convictos de que, nessa batalha santificante, conquistaremos a divina coroa
da caridade desconhecida.

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