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Disp.

e Tradução: Rachael
Revisora Inicial: Marcia
Revisora Final: Rachael
Formatação: Rachael
Logo/Arte: Dyllan

Brenna  Nelson ruge em Desire,  Oklahoma, com a finalidade  expressa de  dar aos


proprietários do Club Desire um pedaço de sua mente.
Ela tinha sofrido dor, medo e até a perda de seu trabalho nas mãos de um de seus
estagiários, e coloca a culpa diretamente em seus ombros.
Confiança não é fácil para ela, mas sua preocupação e indignação pelo que o membro
de seu clube tinha feito com ela, facilitam alguns de seus medos.
Antes de saber, Royce Harley e King Taylor a escondem em seu andar no clube e ela
assina um contrato para se tornar uma submissa em suas mãos por um mês, e então ser
leiloada para viver suas fantasias mais loucas.
A jornada sexual que Royce e King a levam, porém, mostra­se mais poderosa do que
o previsto, e prova que ela está exatamente onde pertence.

Revisoras Comentam...

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Marcia: Espero que você esteja bem preparada para embarcar de volta a Desire, pois
dessa vez você vai passar uma temporada de arrepiar... Oh céus, se eu já amava Desire com
seus homens maravilhosos, agora com Royce e King, eu definitivamente estou delirando, e
decidida a experimentar muito mais do que esta cidade tem a oferecer. Esses dois têm um
toque de... Estou tentando achar uma palavra que possa fazer jus a eles, mas sinceramente
não   consigo   encontrar   nenhuma   que   seja   bem   adequada.   Talvez...   Fortes,   lindos,   duros,
maravilhosos, ou ainda melhor... Perfeitos. E pode acreditar que Brenna não deixa nada a
desejar como o par perfeito para eles, ela é ótima, e, sinceramente, acho que meio maluca...
Amei... Boa leitura.

Rachael:  Bom,   que   viajem   foi   essa,   para   começar   uma   muito   longa,   mas   não   foi
cansativa como a anterior. Eu reconheço que me irrita esses livros enormes que a Leah está
escrevendo, porque tem algum momento que ela se repete e ai a história se torna monótona.
Mas por maior que seja esse livro, ela conseguiu me conquistar ao ponto de pensar, preciso
terminar o livro hojeeee. E olha que demorei nele hahahaha Eu entendei perfeitamente a
dificuldade da Brenna se aceitar como sub depois de tudo o que ela passou e achei lindo a
forma com que o King e o Royce tentaram mostrar que se preocupam com ela. Realmente ela
tem que ser uma gata selvagem para lidar com esses dois Doms! 
Temos boas notícias de Desire, depois da atualização da história da Jesse, do Clay e
do Rio, a Leah está escrevendo a história da Charity e do Beau e só depois a história da Nat e
do Jake, mas todos sem data!!!
Bom, vocês vão amar essa viajem selvagem a Desire!!!

Capítulo Um

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“Sim,   de   fato,   você   pode   me   ajudar.   Você   pode   me   levar   até   os   bastardos   que
possuem este lugar para que eu possa lhes dar um pedaço da minha mente!”
Aquietando­se,   King  Taylor  lentamente   levantou   a  cabeça  da  lista  de  ofertas  que
estava trabalhado e deixou cair à caneta no bar enquanto ficava de pé. O corpo apertado, a
antecipação de transformar essa raiva em algo mais produtivo inflamando sua imaginação. O
tom frio adequado de Sebastian se seguiu, e embora não tivesse ouvido o que seu mordomo
disse rapidamente se tornou evidente que a mulher na porta não tinha gostado.
“Não! Eu não vou sair daqui merda nenhuma até que eu diga a eles o que penso
deles. Você sabe quantos problemas eles me causaram? Eu sei, e você provavelmente não dá
à mínima. Eles provavelmente não vão dar a mínima, também, mas eu não saio daqui até que
diga a esses idiotas, o que penso deles!”
A raiva e desespero em sua voz puxou algo dentro dele, e antes que percebesse, ele já
tinha cruzado o bar, com a intenção de alcançar a mulher furiosa na porta da frente.
Apressando­se   pelo   corredor   largo,   King   sorriu   nas   tentativas   de   Sebastian   para
impedir a mulher determinada e xingando de entrar, seu interesse crescente.
“Deixe­me entrar! Eles estão se escondendo lá? Aposto que eles estão se escondendo
lá. Bastardos. Eles não têm as bolas para me ver?”
Obtendo seu primeiro olhar para a pequena beleza de tirar o fôlego, King colocou a
mão no ombro de Sebastian, lutando para se recuperar do que se sentia como um chute no
estômago.
Ela era magnífica!
“Eu cuido disso.”
Quando Sebastian se afastou, King de propósito não bloqueou a porta, deixando a
jovem correr para dentro.
Como esperava, ela aproveitou a abertura e invadiu pela porta e para o corredor, o
olhar de surpresa em seu rosto quando ela roçou contra ele, inestimável.
O olhar de consternação em seu rosto quando percebeu que ele estava entre ela e a
porta foi absolutamente adorável e fez seu pau duro o suficiente para martelar pregos.
Como um dos Doms em um clube exclusivo, ele tinha visto muitas mulheres em seu
tempo, mas seu primeiro olhar no furioso de frente para ele agora quase o trouxe de joelhos.

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Que ironia. A primeira mulher em anos a incitá­lo sem nenhum esforço, e ela estava
louca como inferno com ele, e ele nem sequer sabia por que.
Seu corpo apertou no pensamento de transformar toda aquela paixão e energia em
algo muito mais produtivo.
Desgrenhada, com o cabelo castanho­avermelhado escuro selvagem e emaranhado
ao redor do rosto, e as bochechas coradas de raiva, ela tinha que ser uma das mulheres mais
belas que ele já vira.
Ele apostava que ela teria quase o mesmo olhar sobre ela depois de uma ou duas
horas em sua cama, e jurou a si mesmo descobrir.
Fascinado   com   sua   própria   reação,   ele   a   estudou,   percebendo   que   não   tinha
automaticamente deixado seu olhar vagar por seu corpo, absolutamente encantado com seus
brilhantes olhos azul e lábios carnudos, diluídos em raiva.
Ele adoraria ter uma chance de domar essa paixão linda e fazê­la ronronar.
Descendo  o olhar, ele  observou seu  corpo, escondendo  um sorriso  quando  ela se
moveu inquieta sob seu escrutínio.
Em   uma   altura   média,   sua   magreza   a   teria   feito   parecer   frágil   se   não   fossem   as
curvas deliciosas que fizeram suas mãos coçar para explorar, mas sua delicadeza parecia ter
fim lá. O fogo em seus olhos e a inclinação obstinada em sua mandíbula lhe disse que ela
também seria selvagem e indomável na cama, e um inferno de um desafio para dominar.
Seu pênis saltou e se alongou no pensamento de ser o homem a fazer isso. Uma
imagem mental dela nua e de joelhos relampejou por sua mente, tornando a pressão contra
seu jeans desconfortável como o inferno.
Antes que ela pudesse mudar de ideia e tentar escapar, ele bateu a porta pesada, o
corpo apertando no flash de vulnerabilidade em seus olhos. Se ele tivesse seu caminho, ela
nunca ia perder esse olhar doce, uma expressão que ele sabia ia mantê­lo acordado esta noite.
De   frente   para   ela,   ele   manteve   sua   postura   equilibrada,   preparado   para   pegá­la,   se   ela
fizesse uma corrida para ele.
Mentalmente mudando seus planos para a tarde, ele sorriu friamente.

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“Eu sou King Taylor, um dos dois bastardos que possui este lugar e eu tenho muitas
bolas, Red1, mas você tem que ser uma boa menina, a fim de brincar com elas.”
Observando­a de perto, ele não perdeu o choque e flash breve do que ele reconheceu
imediatamente como fome afiada. Ambos pareceram chocá­la, o arregalar de seus olhos e
ingestão afiada de respiração o despertando ainda mais. O fato de que ela se esforçou para
esconder o desafiando como ele não tinha sido desafiado há bastante tempo.
Antecipação correu por suas veias, e ele precisou de cada grama de força de vontade
que possuía para não agarrá­la, jogá­la sobre o ombro, e se dirigir à sala de jogos que dividia
com Royce.
O dia já parecia melhor. Se ele tivesse seu caminho, esta noite seria melhor ainda.

* * * * *

Brenna Nelson se apertou contra a parede, se perguntando se deveria ter dado um
telefonema ao invés de ceder ao instinto de confrontá­los cara­a­cara. Ela não tinha planejado
nada além de entrar, que imaginou seria quase impossível, e dar o inferno aos proprietários.
Ela esperava encontrar um homem, ou homens, como Eugene Donner, não um tão
esmagadoramente   masculino   e   sexy   que   a   fez   esquecer   imediatamente   tudo   que   estava
prestes a dizer.
Respirando fortemente, ela engoliu em seco, deixando que seus olhos se movessem
sobre o que tinha que ser o homem maior e com o olhar mais malvado que ela já vira, um que
a fez se sentir tão vulnerável que era como se estivesse nua diante dele.
E ele fez isso com apenas um olhar.
Ele   tinha   um   pouco   mais   de   1,83   metros   de   altura,   elevando­se   acima   dela,   seu
grande corpo ondulava com músculos suficientes para dez homens.
Seu cabelo loiro escuro tinha sido cortado curto, estilo sem­tolices, como se ele não
quisesse tomar tempo para lidar com isso. Seu corpo, no entanto, parecia ser algo que ele
trabalhava religiosamente.

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Apelido usado para pessoas ruivas.

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Ombros largos cônicos até uma cintura pequena, e ela apostava todo o saldo de sua
poupança que ele tinha um pacote de seis que faria mulheres crescidas babar. Notando a
protuberância atrás do zíper de seu jeans, ela tragou fortemente e rapidamente desviou o
olhar, as bochechas queimando nos maus pensamentos que correram através de sua mente.
Sua imaginação foi selvagem com visões dela de joelhos na sua frente, as mãos dele
em seu cabelo enquanto ela chupava seu pau, alimentando a fome já queimando dentro dela.
A necessidade de tocá­lo a teve apertando as mãos em seus lados, seu corpo inteiro
enrijecendo contra a excitação que fez sua boceta apertar e seus mamilos formigarem em
antecipação.
Se ele tivesse começado a rasgar suas roupas ali e agora, ela o teria ajudado — sua
fome tão forte que umedeceu sua calcinha e fez seu corpo inteiro queimar.
Respirando fundo, ela tentou fazer seu coração parar de acelerar, lutando para não
suspirar em seus bíceps enormes esticando as mangas curtas da camisa, mas não importava
onde olhava, ela encontrava músculos impressionantes em todos os lugares.
Ela quase podia sentir sua força, uma que ia segurá­la com firmeza, um poder que ela
não poderia escapar quando a forçasse a aceitar tudo que ele escolhesse fazer com ela.
Encontrando seu olhar, ela reconheceu a confiança brilhando em seus olhos azuis
esverdeados, uma confiança que ela só tinha visto em casa de volta do clube.
A autoconfiança de que ele poderia controlá­la com suas próprias necessidades, e sua
própria capacidade de lidar com a paixão que ele desencadeasse, tinha que ser a coisa mais
sexy e a mais alarmante que ela já experimentara.
Eriçada em sua arrogância, e com a consciência sexual que inspirou, ela se deslocou
inquieta, sua imaginação funcionando selvagem. Pensamentos de estar de joelhos na frente
dele e implorando por permissão para chupar seu pau a teve lutando por compostura.
A percepção de que ela tinha corrido para algo que poderia não estar equipada para
lidar quase a teve correndo para a porta. Ele não parecia fácil de mover, e o olhar em seus
olhos lhe disse que ele não pretendia deixá­la sair tão cedo.
Ela não podia permitir que sua intimidação ou seu desejo por ele a impedisse de
dizer o que tinha vindo aqui para dizer.

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Erguendo o queixo mais alto, ela tragou forte no flash de algo escuro e perigoso em
seus olhos, relutantemente atraída pelo brilho subjacente de interesse.
“Você é um dos proprietários?” Interiormente amaldiçoando a hesitação em sua voz,
ela se forçou a encará­lo de frente.
A firmeza em seu olhar a deixou decididamente desconfortável, a ameaça em seus
olhos inconfundivelmente sexual.
“Eu acabei de lhe dizer que sou. Eu não gosto de me repetir. Qual é seu nome, Red?”
Ela não sabia por que seu apelido a aqueceu, ou por que quando ele disse isso em um
estrondo profundo e lento, ela quis rastejar por seu corpo e banquetear­se dele. Resistindo ao
impulso de desviar o olhar, ela franziu o cenho nele.
“Meu nome é Brenna Nelson. Não me chame de Red.”
“Bem, Brenna Nelson, você quer me dizer o que tem sua calcinha em um monte?”
Suas palavras e aquele olhar superior teve sua fúria correndo de volta. Firmando
seus pés, ela cerrou as mãos nos quadris e o encarou, desejando que estivesse usando saltos
mais altos.
“Minha calcinha em um monte? Minha calcinha em um monte? Seu Neanderthal!
Você tem um clube que ensina homens como abusar das mulheres, e depois os deixa soltos
pelo resto do mundo. Eu fui perseguida, atacada, e tive que apresentar boletins de ocorrência
para lidar com um de seus alunos, e você quer saber por que minhas calcinhas estão em um
monte?”
Sua   expressão   endureceu   com   cada   palavra,   mudando   drasticamente   quando   ela
terminou. Com um braço enorme, ele fez um gesto em direção a uma porta aberta fora do
corredor.
“Venha e me diga do que você está falando. Agora.” Agarrando seu braço em um
aperto irrompível, uma que enviou ainda mais necessidade violenta correndo através dela,
ele a levou pelo corredor.
Mortificada   com   a   pressa   de   umidade   que   molhou   sua   calcinha   ainda   mais,   ela
tentou acompanhar seu passo largo. A preocupação em seus olhos a tocando, aquecendo algo
dentro dela que a fez querê­lo até mais. Apertando a mandíbula, ela endureceu seu tom, não
prestes a mostrar qualquer sinal de fraqueza.

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“Seu xerife o pegou e eu tive que vir identificá­lo como o homem que esteve me
assediando.”
King a surpreendeu ao concordar. “Eugene Donner. E você não pôde deixar a cidade
sem nos dizer o que pensa de nós. Posso entender isso. Entre.”
Não prestes a deixar sua ternura chegar até ela, ou deixar a simpatia em seus olhos
tirar o vento de suas velas, Brenna cruzou os braços sobre o peito e se afastou dele. Abalada e
desapontada que ele não tivesse feito nada sobre Donner, ela nem sequer tentou esconder
seu desprezo.
“Você sabia sobre esse cara? Você sabia que ele estava me assediando e não fez nada
sobre isso? Sabe, você é mais desprezível do que eu pensava. Pelo menos há outros Doms por
aí, que sabem como tratar uma mulher!”
Algo   relampejou   em   seus   olhos,   algo   que   parecia   suspeitosamente   como   ciúme.
Envolvendo uma grande mão ao redor de seu braço, ele meio que a arrastou o resto  do
caminho pelo corredor.
“O que diabo você sabe sobre Doms? Você tem um?” Levantando um dedo quando
ela abriu a boca para lhe dizer que não era da sua conta, ele sacudiu a cabeça e a puxou para
uma sala ao lado do corredor, batendo a porta atrás dele.
“Ok, derrame. Conte­me tudo agora. Você pertence a alguém? Quem é e onde posso
encontrá­lo?”
Tentando   esconder   o   pulo   de   emoção   em   sua   raiva   e   no   intento   de   possuí­la
brilhando   em   seus   olhos   em   constante­mudança,   agora   escurecidos   para   verde­azulado,
Brenna ergueu o queixo e o encarou.
“Escuta aqui, amigo, minha vida não é da sua conta. Eu só vi aqui para lhe dizer que
acho que você é lodo. Quem no inferno você pensa que é, para dizer aos homens que está
tudo bem abusar de mulheres — ensiná­los como fazer isso, pelo amor de Deus — e depois
deixá­los soltos? Isso pode ser certo para você aqui em sua cidadezinha…”
Ela fez uma pausa quando ele arqueou uma sobrancelha nisso e abriu a boca para
falar, mas ela impiedosamente o cortou.
“Não. Não tente inventar desculpas para si mesmo. Você sabe o que esse homem tem
feito para mim nesse último ano? Ele tem essa ideia de que você e todos os outros idiotas

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aqui, que ele é um presente de Deus para as mulheres. Ele descobriu que podia estuprar uma
mulher e que estava tudo bem se ele pudesse fazê­la gozar. Ele acha que não significa sim.
Ele ficou me seguindo e me incomodou tanto no trabalho que eu acabei sendo demitida. Ele
invadiu meu carro, meu apartamento, e meu armário no ginásio. Ele me ligou dia e noite, não
importando quantas vezes eu mudei meu número. Eu liguei para a polícia várias vezes e esse
bastardo ainda conseguiu arruinar minha vida!”
“Ele te machucou? Ele te estuprou?”
Surpresa com a raiva subjacente em sua voz fria, Brenna piscou e ficou congelada,
presa em um olhar tão hipnotizante, que levou vários momentos de parar­o­coração antes
que pudesse responder.
Com exceção de Donner, ela nunca tinha visto tanta raiva nos olhos de um homem
antes, a raiva os tornando muito mais azuis. A fúria de Donner tinha sido assustadora o
suficiente.  Ela  só   podia   imaginar  como   seria  ter  a  de  King   dirigida  a  ela   em  vez   de  em
Eugene Donner.
Balançando   a   cabeça,   ela   se   virou   olhar   pela   janela,   inquieta   na   presença   da
sexualidade que ele exalava sem nenhum esforço aparente.
“Não,   ele   não   me   estuprou.   Mas   ele   me   pegou   no   meu   apartamento   uma   noite,
depois do trabalho. Ele não quis sair e não me deixou sair. Eu passei mais de uma hora
tentando escapar, argumentando com ele e lutando contra ele até que um de meus vizinhos
chegou  e  ouviu  meus  gritos.  Eu  precisava  de  pontos  em   minha  perna   e  tinha  um  pulso
quebrado  quando meu vizinho quebrou a porta. Eugene saiu pela porta corrediça, saltou
minha sacada e escapou.”
Ela de propósito falou em um tom monótono, numa tentativa de manter o horror
daquela noite de sua voz.
Ouvindo a porta abrir, Brenna se virou, e seu queixo caiu ao ver o homem mais lindo
que ela já tinha visto em sua vida entrar na sala, fechando a porta atrás dele. Como se sua
aparência já não fosse suficiente, o poder em seus olhos e em seu passeio gracioso fez isso
impossível de não olhar. Percebendo que sua boca tinha caído aberta, ela estalou fechada,
lutando para parecer inalterada.
Ele parecia ter a mesma altura de King, mas as semelhanças terminavam aí.

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Em vez de ser fortemente musculoso, ele era magro cordeado. Em vez da presença
dura, quase primitiva de King, este homem escoava sexo e sofisticação — cada movimento
cheio de graça e sedução. Seu cabelo, negro como a meia­noite, se pendurava passando bem
dos ombros em cachos que ela nunca tinha considerado sexy em um homem, até agora.
Seu sorriso, todos os dentes brancos e charmosos, e os olhos verdes cintilantes com
interesse quando deslizaram por cima dela, deixou seus joelhos fracos.
“Bem, oi.” Ele olhou para King, franzindo a testa quando olhou de volta para ela,
estreitando   os   olhos.   “O   que   está   acontecendo?   Sebastian   me   disse   que   poderia   haver
problemas.”
King nunca tirou os olhos dela, sua expressão pensativa. Com os braços cruzados
sobre   o   peito   enorme,   ele   abaixou­se   no   braço   de   uma   cadeira   próxima,   olhando­a   com
preocupação. Raiva ainda rondava seus olhos, junto com outra coisa que ela não conseguia
identificar.
“Esta é Brenna Nelson. Ela é a mulher que Eugene Donner estava fixado. Ela veio nos
dizer   os   bastardos   que   nós   somos   por   desculpar   seu   comportamento.   Red,   este   é   Royce
Harley, outro dos proprietários do Club Desire.”
Para sua surpresa, Royce se apressou para ela e pegou suas mãos. “Você está bem?
Ele te machucou? Nós sabíamos que ele estava obcecado por uma mulher, mas não sabíamos
quem.”
Alarmada com a onda de calor que atravessou seus braços, Brenna arrancou as mãos
fora de seu aperto e recuou vários passos.
“Estou bem agora, não graças a vocês.” Ela olhou para os dois com desdém. “Espero
que levem isso a sério agora e fechem este lugar. Não é nada além de problemas. Agora, se
me dão licença, eu vou.”
Ela não gostou do fato de que sua preocupação a teve abrandando em relação a eles,
não quando tinha carregado sua raiva por tanto tempo. Encontrar­se atraída por eles não
tinha   estado   em   nenhum   de   seus   planos.   A   necessidade   de   sair   dali   tão   rápido   quanto
possível a teve seguindo para a porta.
“Por favor, jamais façam outra mulher ter que passar com o que eu tive que lidar.”
King se endireitou e a bloqueou, os olhos ilegíveis.

11
“Sinto muito pelo que você teve que passar, mas você nos tem tudo errado. Você já
teve sua fala, e agora eu gostaria de lhe dizer o nosso lado. Eu gostaria de te explicar algumas
coisas.”
Com os dois homens se aproximando e olhando para ela de um jeito estranho, ela
evitou King e se moveu para a porta.
“Eu realmente não quero ouvir nada que você tem a dizer. Até onde eu sei; você já
fez o suficiente!”
Royce franziu a testa e se sentou na extremidade do sofá.
“Nosso xerife foi quem o pegou. Estávamos procurando por esse filho da puta há
meses. Ele esteve  causando  problemas aqui também, e feriu  duas mulheres.  Ele disse ao
xerife que estava louco como o inferno com as pessoas desta cidade, porque uma mulher que
queria o rejeitou. Ele se ressentiu com as pessoas que vivem o tipo de vida aqui, o que ele
achou que queria. Acontece que ele não nos entendeu em nada. Ele viu o que queria ver, e
deu nisso.”
Ele sorriu friamente, sua sobrancelha arqueada em desafio. “Parece que você e ele
têm muito em comum, afinal.”
Saber malditamente bem que ela estava sendo manipulada não tirou a alfinetada de
suas palavras.
Invadindo de volta para o outro lado da sala, as mãos cerradas em seus lados, ela
protestou.
“Eu não sou nada como ele! Eu sou a vítima aqui, lembre­se, não você. Não tente
tornar minha culpa que as outras mulheres foram machucadas. Culpe a si mesmos por criar
um monstro.”
Droga, por mais que soubesse que não tinha sido mesmo sua culpa, ela se sentia
muito mal que outras mulheres tivessem sido machucadas por causa da raiva de Donner por
ela. Soltando um suspiro, ela se virou e encontrou King olhando para ela.
“O quão mal elas foram machucadas?”
King  fez  um  gesto  em  direção   à outra  extremidade  do   sofá onde  Royce  tinha  se
sentado, uma mão forte em suas costas a guiando para ele.

12
“Considerando  que ele  bateu  na esposa do  xerife com seu caminhão  e jogou um
coquetel   Molotov   pela   janela   do   clube   das   mulheres   quando   elas   estavam   tendo   uma
demonstração, não muito ruim. Tivemos muita sorte. Graças a Deus. Ainda assim, elas foram
feridas, e não é algo que nós aceitamos muito bem em Desire.”
Atordoada na quantidade de problemas que seu molestador tinha causado, Brenna
desmoronou no sofá, segurando­se rigidamente enquanto King se sentava em uma cadeira
de couro à sua frente.
“Ele estava enlouquecido.”
King inclinou a cabeça, cerrando as mãos em seus lados.
“Sim, ele estava. Sabíamos que ele era perigoso, e foi por isso que o mantivemos.”
Brenna franziu o cenho, decepcionada com eles apenas quando já começava a pensar
que realmente se preocupavam com os danos que Donner tinha feito.
“Então,  você  gostava  do  fato   de  que  ele  queria   machucar   as  mulheres.  Eu   sabia.
Quaisquer homens que possuem um lugar como este devem realmente odiar as mulheres.
Tenho certeza que ele se ajusta muito bem. Vocês me deixam doente.”
Ela se atirou de pé com intenção de conseguir o inferno fora dali antes de jogar algo
em suas cabeças, mas King se moveu bem rápido para um homem tão grande e a pegou
antes que pudesse sequer dar um passo.
Com fogo nos olhos, ele agarrou seus braços.
“Eu não gosto de ser julgado por uma mulher que não sabe nada sobre mim.”
Royce   ficou   de   pé,   não   mais   sorridente.   “Ou   o   que   fazemos   aqui.   Mantivemos
Donner por perto para vigiá­lo. Todos nós conversamos com ele várias vezes sobre a forma
de tratar as mulheres, e Blade, nosso parceiro, até mesmo saiu daqui para se encontrar com
ele. Tínhamos medo de que ele fosse um perigo para as mulheres no clube da Virgínia, e até
chegou ao ponto de alertar os proprietários de lá.”
King  apontou para  o sofá, levando­a de volta para lá. Quando  ela  se sentou, ele
apoiou uma mão no braço e pairou acima dela.
“Sabíamos que havia uma mulher em quem ele estava fixado, mas não sabíamos
quem você era. Lamentamos muito que você teve que passar por isso. Nós não estimulamos
abusos de mulheres.”

13
Dando um suspiro de alívio quando King recuou, e observando o jogo de músculos
quando ele se empoleirou no braço da cadeira em frente a ela, Brenna cerrou as mãos em seu
colo.
“Vocês são Doms, certo?” Ainda que ela não soubesse que eles possuíam este lugar,
ela saberia que eles eram. Algo sobre sua presença a lembrava dos Dominantes que tinha
conhecido de volta à Virgínia. Estava em sua postura, seus olhos, e na forma como olhavam
para uma mulher, como se não querendo  perder uma única fraqueza que eles pudessem
explorar em seu lazer.
A confiança, e arrogância, não poderiam ser confundidas.
King inclinou a cabeça. “Somos.”
Esperando por essa resposta, e o tom frio, Brenna assentiu. “Então, você vai tentar
me dizer que não usa chicotes em mulheres? Você não bate nelas? Não as machuca? Não é
assim que você consegue seus pontapés?”
Royce se atirou de pé, mas King lhe acenou de volta, o brilho calculado em seus
olhos expulsando todos os tipos de bandeiras vermelhas. “Se você for realmente curiosa, eu
ficarei  muito feliz em responder  todas as suas perguntas, mas não vou me sentar aqui e
discutir, quando você já decidiu fechar sua mente sobre nós e o que fazemos aqui.”
A decepção e censura em seu tom a fez se sentir como um esporão, mas ao se lembrar
de Donner e sua crueldade a enfureceu tudo de novo.
“Eu não estou comprando isso.” Ela saltou quando Royce se aproximou e se agachou
na frente dela, endurecendo quando ele correu os dedos sobre o dorso de suas mãos em uma
carícia que ela assumiu deveria se sentir não ameaçadora. Alarmada com os filetes de calor
que   percorreram   seu   braço,   ela   se   forçou   a   permanecer   quieta,   e   abalada   por   seu   olhar
intenso e o cálculo frio em seus olhos.
Royce sorriu sabiamente e correu os dedos por seu braço, aguçando a sensação de
formigamento.
“Receio  ter que concordar com King. Se você realmente quer entender, estaremos
felizes em responder todas as suas perguntas.” Ele ergueu um dedo quando ela começou a
falar. “Mas, gostaríamos de lhe mostrar. Esta é a única maneira de você realmente entender.
A única maneira de você poder ver como vivemos é experimentar por si mesma.”

14
Brenna puxou a mão e fugiu tanto quanto pôde longe dele. “Claro. Inscrevem­me e
me fazem pagar uma quantia exorbitante de dinheiro para você e todos os seus clientes me
bater. Eu não ligo para como você chama isso, é apenas uma desculpa para machucar uma
mulher. Mesmo aqueles homens no clube levavam chicotes com eles. As mulheres pensavam
que era sexy. Eu não.”
Esperando   que   ele   não   visse   a   mentira   em   seus   olhos,   ela   ergueu   o   queixo,
silenciosamente o desafiando a chamá­la de mentirosa.
O olhar de Royce afiou, e os olhos tornaram o mais profundo verde que ela já vira.
“Então,   você   é   uma   submissa?   Você   vai   a   clubes   regularmente?   Você   pertence   a
alguém?”
Eriçada na mordida em seu tom, ela se atirou de pé e começou a avançar, só para ter
King se levantando e bloqueando­a novamente.
“Pertencer  a   alguém?   O   que   há   com   vocês   e   essa   porcaria   de   pertencer?   Eu   não
pertenço a ninguém e só fui nesse clube uma vez. E não, eu não sou uma submissa e jamais
pretendo ser. Francamente, eu simplesmente não consigo entender por que qualquer mulher
gostaria de ser.”
Royce ficou de pé e se moveu para trás dela, deslizando os dedos por seu braço e
fazendo­a estremecer.
“Talvez você seja. Talvez não. Talvez você não queira saber com certeza, porque tem
medo da resposta. Você foi a esse clube por uma razão.”
“Isso é ridículo.” Ela se empurrou fora de seu controle e partiu para a porta, tanto
aliviada quanto desapontada quando nenhum dos homens fez um movimento para impedi­
la. “Só porque vocês estão cercados por mulheres que lhes permitem fazer o que quiserem
com elas, vocês pensam que cada mulher que encontra é a mesma coisa. Eu não sou. Acho
que vocês são todos uns idiotas.”
Orgulhosa  com  sua  linha  de   saída,  ela   girou   a  maçaneta  e   puxou,  amaldiçoando
quando não se moveu. Virando­se, ela fumegou. “Abra essa porra de porta e me deixe o
inferno fora daqui.”
King tomou o assento que ela tinha desocupado, recostando­se como se não tivesse
mais nada no mundo melhor para fazer e atando os dedos sobre o estômago plano.

15
“Eu quero dizer uma coisa primeiro, e tenho uma proposta para você. Uma vez que
você me ouvir, eu abro a porta.”
Olhando de um para o outro, Brenna sacudiu a cabeça, insegura de sua capacidade
de resistir a qualquer proposta que qualquer um deles pudesse fazer.
“Não. Eu não quero ouvir nada que você tenha a dizer.”
Royce balançou a cabeça e trocou um olhar com King. “Ela soa exatamente como
Donner. Sem disposição para ouvir ninguém.”
Brenna bateu o pé, tão furiosa que mal conseguia falar.
“Como ousa me compara com ele? Eu não sou nada como ele. Você está virando
tudo isso ao redor.”
Os dois homens a encararam, sem dizer uma palavra. Quando se tornou evidente
que ambos estavam dispostos a ficar lá sentados o dia todo, ela soltou um suspiro irritado e
se moveu para a cadeira em frente a eles, estatelando­se nela.
“Tudo bem. Fale. Mas depois você promete me deixar sair?”
King inclinou a cabeça. “Esta é uma das primeiras coisas que uma submissa tem que
aprender. Confiar. A confiança é um vínculo frágil, mas incrivelmente forte entre um Dom e
sua sub. Nós nunca vamos mentir para você e você pode confiar que vamos fazer o que
dissermos que vamos. Não fazemos ameaças vãs e cumprimos nossas promessas.”
Brenna teve uma sensação incômoda na boca do estômago. Acenando sua mão de
forma negligente, ela desviou o olhar. “Vou aceitar isso como um sim. Agora, diga o que tem
a dizer para que eu possa sair daqui. Preciso encontrar um novo lugar para morar e um novo
emprego por causa de toda essa confusão. Todo mundo sabe que fui a esse clube e estou
muito envergonhada de ir para casa.”
Quanto mais tempo ficasse ali, mais intrigada se tornava, e era algo que ela queria
evitar a todo custo. Queria esquecer sua curiosidade e desejo por algo do qual fantasiara, e
voltar ao normal.
Sua atenção a enervava.
Ambos   a   observavam   de   perto,   os   olhos   afiados   e   cheios   de   algo   que   fazia   seu
coração bater mais rápido. Eles trocaram seu peso, quando ela se moveu de certa maneira,
seus olhares se estreitando quando ela envolveu os braços à sua volta.

16
Ela tinha namorado homens que não lhe deram tanta atenção assim.
O que dificultava manter a distância emocional deles que ela precisava, cada palavra,
cada   gesto   a   atraía.   Cada   vez   que   seus   olhares   se   encontravam,   ela   prendia   o   fôlego   na
promessa no deles de algo que ela nunca iria esquecer.
A tensão sexual na sala poderia ser cortada com uma faca.
Era como se eles vissem algo dentro dela, algo privado, algo que ela tinha tentado
por anos manter escondido.
Ela não queria reconhecê­lo, mas achava cada vez mais difícil manter sua postura
quando sua consciência deles continuava a crescer.
Ela   se   imaginou   nua   com   Royce,   e   depois   King,   se   perguntando   qual   deles   ela
escolheria se tivesse a chance.
Assustada com seus pensamentos, ela respirou fundo e se focou; nada surpresa ao
encontrar os dois olhando para ela atentamente.
“Bem?”
King sorriu. “Eu só estava esperando até que tivesse sua atenção. Este deve ter sido
algum   devaneio.  Suas  faces  estão  coradas   e  seus   olhos  ficaram   um  pouco   fora   de   foco.”
Recostando­se, ele a olhou com firmeza. “Nós não abusamos de mulheres. Na verdade, nos
orgulhamos   em   dar   prazer   às   mulheres   —   dominando­as.”   A   ênfase   que   ele   colocou   na
palavra  dominando  enviou um calor que fluiu através dela, um que pareceu se centralizar
entre suas coxas.
Alarmada com a imagem mental de se ajoelhar a seus pés, ela limpou a garganta, seu
sorriso cheio de desprezo.
“É   claro   que   sim.  Você  acabou   de   espancá­las  até   que   elas  façam  tudo   que   você
quer.”
Os olhos de King esfriaram consideravelmente.
“É evidente que você não faz ideia do que está falando. E que está deixando um
idiota formar sua opinião. Eu gostaria de lhe fazer uma proposta. Você disse que perdeu o
emprego por causa desse cara. Fique aqui com a gente. Você pode enviar currículos enquanto
estiver aqui. Seu quarto e comida serão livres, mas em troca, eu quero que você nos dê uma
chance de lhe mostrar do que estamos falando. Vamos treiná­la.”

17
Brenna cruzou os braços sobre o peito para esconder os mamilos eriçados, apavorada
no pulo de desejo que correu em suas veias.
“Eu não tenho nenhum desejo de ser treinada como uma submissa, muito obrigado.
Agora, abra a porta e me deixe sair daqui.”
King começou a sacudir a cabeça antes mesmo que ela terminasse. “Não. Ainda não
acabei. Não estava falando sobre treiná­la como uma submissa. Estou falando sobre treiná­la
como uma Dominante. Dessa forma, você pode ver o que ensinamos e entender que é tudo
sobre prazer e confiança.”
Intrigada, Brenna virou a cabeça.
“Eu não confio em você.”
Rei inclinou a cabeça. “Você não tem razão para confiar em mim. A confiança tem
que ser conquistada.”
Forçando   de   volta   a   imagem   mental   de   virar­se   para   ele   e   deixá­lo   fazer   o   que
quisesse com ela, Brenna se levantou; inquieta demais para se sentar por mais tempo. “Então,
se eu for uma Dominante, eu vou fazer coisas para outra pessoa. Você? Você vai ser meu
submisso?”
King sorriu friamente. “Eu não faço parte inferior. Nunca. E você não está tocando
em outro homem. Gostaria de uma mulher para iniciar?”
Brenna sacudiu a cabeça, desviando o olhar para a janela. “Eu nunca tive qualquer
desejo de tocar outra mulher.” Virando­se, ela sorriu. “Então, acho que seu plano está fora de
cogitação. Agora, deixe­me sair daqui, ou estou chamando o xerife.”
Royce sorriu desarmante. “Eu não acho que King terminou.”
King a olhou pensativo. “Não, ainda não. Acho que a melhor maneira de fazer isso é
você iniciar consigo mesma.”
Brenna piscou, com sua raiva se dissipando mais a cada declaração selvagem que
eles faziam; sua mente correndo em todas as direções. “O quê? Como isso é possível?”
King ficou de pé e se aproximou devagar, lhe dando a sensação de ser perseguida.
“Nós vamos treiná­la em si mesma. Você nem sequer tem que se preocupar com a
gente   te   tocando.   Não   vamos   tocar   em   qualquer   lugar   exceto   suas   mãos,   a   menos   que
tenhamos que pegá­la ou ajudá­la em uma posição melhor.”

18
Confusa, Brenna olhou para Royce, que se levantou e se aproximou pelo outro lado.
“Então, eu deveria me chicotear?”
Royce suspirou. “Você está realmente presa no chicote, não é? Interessante. Ok, nós
vamos avançar para o chicote, mas não até que você esteja pronta. Quando chegarmos lá,
você vai entender como a dor pode trazer prazer.”
Afastando­se, ela balançou a cabeça, não estúpida o suficiente para acreditar em tal
coisa ultrajante. “A dor nunca pode trazer prazer.”
King sorriu. “Sim, pode. Muito prazer. E estamos dispostos a te mostrar. Sem custos,
e   você   terá   quarto   e   comida   e   uma   chance   de   procurar   outro   emprego   enquanto   está
aprendendo. Enquanto estiver aqui, vamos ver o que podemos fazer para convencê­la de que
estamos dizendo a verdade sobre Donner.”
Royce colocou uma mecha de cabelo atrás de seu ombro.
“Não queremos que você saia daqui pensando que Dominantes são como ele. Claro,
existem idiotas, assim como em todos os lugares, mas as mulheres sendo espancadas; não é
do que isso se trata. Em Desire, especialmente, qualquer homem que abusa de uma mulher é
expulso da cidade.”
Brenna ergueu o queixo e deu outro passo atrás.
“Como vou saber que posso confiar em vocês?”
King alcançou atrás da cortina e apertou um botão, e com um pequeno sorriso, fez
um gesto em direção à porta. “Você está livre para ir, Red. Como eu disse, confiança tem que
ser conquistada. Fale com as pessoas por aqui. Fale com o xerife. Fale com quem você quiser
falar.   Só   não   saia   por   aí   dizendo   às   pessoas   que   nós  espancamos   mulheres   e   ensinamos
outros a fazer o mesmo, se você não tem a coragem de ver do que este estilo de vida se trata,
ou nos deixar provar que estamos dizendo a verdade.”
Royce a levou até a porta e a abriu, conduzindo­a pelo corredor. “Você nos intriga.
Eu   gostaria   de   ter   a   chance   de   ver   mais   de   você   e   ensiná­la   sobre   nosso   estilo   de   vida.
Enfurece­me que Donner tenha te machucado e assustado. Não é disso que tudo se trata.
Pense   nisso,   Brenna.   Estaremos   esperando   na   sala   de   jantar   do   hotel   às   sete.   Vamos
responder a quaisquer perguntas que você tiver, então.”
Brenna não tinha ideia do por que ela sequer consideraria aceitar seus planos.

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Royce e King eram perigosos e podiam mudar sua vida. A coisa mais inteligente que
ela poderia fazer era obter o inferno longe deles assim que possível. Ela nem por um minuto
acreditava que um homem ou uma mulher pudesse ter prazer em ser machucado, ou de
receber ordens, e nada que eles pudessem dizer ou fazer ia convencê­la do contrário.
“Não se incomodem. Eu não estarei lá.”
Royce virou e passou os braços em torno dela por trás, a risada suave contra sua
orelha   enviando   calafrios   através   dela.   “Sim,   você   vai.   Você   é   muito   apaixonada,   muito
curiosa, e muito cabeçuda para ir embora sem ao menos saber o que está perdendo. E nunca
poderia viver consigo mesma se afastasse a chance de satisfazer a curiosidade e fome furiosa
dentro de você.”
Lutando contra a onda de desejo que enfraqueceu seus joelhos, Brenna apertou os
punhos   em   seus   lados.   Trêmula   na   autoridade   em   seu   tom   suave,   e   na   consciência   de
formigamento em todos os lugares que o corpo dele tocava o seu, ela endureceu e empurrou
os braços longe dela, sentindo falta do calor quase imediatamente.
“Não. Eu não estarei lá.”
“Com medo de que vamos provar que está errada?”
Depois de sair pela porta da frente, ela se virou e ergueu o queixo, abalado com o
desejo brilhando em seus olhos.
“Eu   estou   certa   e   você   sabe   disso.   Machucar   mulheres   pode   excitá­lo,   mas   você
nunca vai me convencer que qualquer mulher pode gostar disso.”
Royce sorriu devagar. “Tem medo de que poderia gostar muito disso? O que você
estava fazendo em um clube como o nosso se não estivesse no mínimo curiosa?”
Sentindo­se mais segura agora que estava fora, Brenna deu de ombros e lhe disse a
verdade.
“Era uma festa de despedida para uma de minhas amigas. O clube tem uma noite
aberta uma vez por mês para pessoas que querem saber mais. Minha amiga quis ir, e porque
a ideia me intrigava eu fui à festa. Foi quando conheci Donner, que assumiu que eu estava lá
porque era submissa. Babaca.”
Royce se recostou contra a porta, os olhos verdes cobertos e ilegíveis.

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“Você não está mais intrigada? Não gostaria da oportunidade de fazer quaisquer
perguntas que quiser e ver como se sente ser um Dom e uma sub?”
Forçando de  volta o calor da luxúria que  a atravessou, Brenna  sacudiu a cabeça.
“Não.” Ela tinha que sair dali.
Royce alcançou para tocar seu cabelo quando ela se virou. “Então, fomos julgados e
condenamos   sem   sequer   ter   a   chance   de   lhe   mostrar   o   quanto   está   errada?   Estaremos
esperando. Sete horas.” Escovando seu cabelo de lado, ele beliscou o lóbulo de sua orelha,
enviando um choque de calor direto para sua fenda. “Sete em ponto, Bonita.”
Sugando pelo ar, ela colocou uma mão em seu estômago para acalmar as borboletas.
Depois de vários segundos gastos lutando para estabelecer seus sentidos, ela abriu os
olhos e se virou para descobrir que ele já tinha voltado para dentro.
Amaldiçoando, ela desceu os degraus e começou a atravessar o estacionamento para
seu carro.
Eles podiam pegar sua proposta e enfiar em suas bundas.
Sentindo­se melhor, Brenna entrou no carro e foi embora, determinada a esquecer de
tudo sobre Donner e os bastardos que o encorajaram, e seguir com sua vida.
Ela podia viver com a curiosidade e a fome que ele de alguma maneira sabia.
A última coisa que ela precisava era de mais dois homens arrogantes estragando sua
vida.
   

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Capítulo Dois
Parecia que sua vida seria de fato estragada por um tempo.
A percepção bateu nela quando voltou para o hotel e encontrou um envelope branco
colado  na porta. Pensando  que poderia ser  de alguém do hotel, ela o abriu, seu coração
batendo furiosamente quando ler a nota curta.
Então você acha que pode escapar de mim?
A  nota de  Donner   a abalou.  Confrontada  com a  possibilidade   muito  real   de  que
Donner de alguma maneira tivesse saído da prisão e a encontrado, Brenna saiu do hotel sem
sequer entrar no quarto. Ela sabia que ele não teria deixado à nota se estivesse lá — ele queria
assustá­la quando chegasse — mas a possibilidade dele vir até a porta mais tarde a assustou
o suficiente para fugir.
Agitada, e sem saber o que fazer, ela caminhou rapidamente para o centro da cidade,
onde todos os negócios estavam localizados.

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Uma coisa que ela tinha aprendido sobre Donner ao longo dos meses que passou
tentando se livrar dele, era que ele era um covarde. Ele sempre corria a qualquer sinal de
problemas, de modo que ela sabia que ele não se atreveria a atacá­la com tantas testemunhas
presentes.
Ela contou com a presença de pessoas fazendo compras e andando de um lado para o
outro na calçada para mantê­la segura, enquanto descobria o que fazer.
Depois de vários passeios de cima a baixo da Main Street, ela se deu conta de olhares
curiosos seguindo­a, e começou a se esquivar em lojas para dissipar qualquer suspeita.
Curiosa, e pesando suas opções, ela casualmente começou a perguntar  às pessoas
que trabalhavam nas lojas se eles conheciam Royce e King.
Todos   com   quem   falou   disseram   que   sim,   não   surpreendente   numa   cidade   tão
pequena.
O  que  a  surpreendeu,   porém,  foi  que   todo  mundo  com  quem  falou   cantava  seus
elogios, dizendo­lhe de sua bondade e generosidade.
Todos com quem falou parecia respeitá­los e ter um carinho geral por eles, quase um
protecionismo que os mantinham frios até que ela mencionava que eles a convidaram para
jantar e ela não os conhecia muito bem.
Depois disso, nenhuma das pessoas com quem falou parecia ter qualquer dificuldade
para lhe assegurar que Royce e Rei eram homens bons em quem se podia confiar.
Depois  de   várias  paradas,   seus  comentários  quase  soavam  como   um  discurso   de
vendas, mas tanto os homens quanto as mulheres pareciam todos admirá­los.
Enquanto estava sentada na lanchonete tomando café, ela ouviu a conversa de duas
mulheres sentadas atrás dela, duas mulheres que aparentemente não moravam em Desire.
“Oh, se eu não fosse uma mulher casada, eu me mudaria para cá num piscar de
olhos.  Você  pode  imaginar  como  deve  ser  viver  em  um  lugar  onde  as mulheres  são  tão
apreciadas e cuidadas?”
“Sim.”   O   suspiro   sincero   da   outra   mulher   segurava   tal   desejo   que   Brenna   se
endireitou para escutar melhor. “Eu morei aqui por cerca de seis meses, na esperança de
chamar a atenção de Blade Royal, mas assim que Kelly chegou à cidade, ficou óbvio que ele
só tinha olhos para ela. Enquanto eu morava aqui, porém, eu não conseguia entender como

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os homens tinham tanto cuidado com as mulheres. As mulheres podem até mesmo sair à
noite aqui, e não serem abordadas na rua. Foi maravilhoso!”
“Diga­me.   Como   eles   as   vigiam?”   A   excitação   na   voz   da   mulher   não   podia   ser
confundida.
“É muitooo sexy. É como se todos eles sentissem que têm o dever de manter suas
mulheres   seguras   aqui.   Todo   mundo   parecia   saber   meu   nome   —   como   se   eles   tivessem
algum tipo de arquivo ou algo assim. Lembro­me de uma vez que eu tive um pneu furado na
estrada fora da cidade. Um homem que eu nunca tinha visto antes parou para trocá­lo. E
você acredita que Lucas Hart por acaso passou dirigindo por lá e parou? Ele observou o
outro homem como um falcão, perguntando­lhe quem ele era e me explicando que o homem
que tinha parado não morava em Desire. Depois que o outro homem partiu, ele me palestrou
sobre os perigos de lidar com homens estranhos, e tudo que eu deveria ter feito diferente.
Deus, aquele homem é intimidante. Eu só posso imaginar como ele e seus amigos seriam com
uma mulher que eles quiserem para eles.”
“Sim, eu ouvi sobre os três. Parece que ela teria que ser dura como o inferno para
lidar com eles.”
A outra mulher riu. “O mesmo poderia ser dito sobre a mulher que eventualmente
assumir   Royce   e   King.   Inferno   santo.   Aqueles   dois   são   intimidantes   também,   e   tão
malditamente sexys que chega ser ridículo.”
“Então por que diabo você foi embora?”
“Eu fui transferida  e me casei com Roy.  Às vezes, porém, não  consigo deixar de
desejar… Oh, bem. É melhor a gente ir. Eu ainda tenho mais algumas compras para fazer e
tenho que ir para casa começar o jantar. Quero me apressar assim tenho tempo para dirigir
pelo   rancho   Erickson.   Um   vislumbre   de   Clay   ou   Rio   trabalhando   com   os   cavalos
simplesmente me fariam ganhar o dia!”
Brenna esperou até que as outras mulheres saírem antes de ir. Ela andou um pouco
mais,   e   de   alguma   forma   acabou   em   frente   ao   hotel,   logo   depois   das   sete,   onde   ela
compassou de um lado para o outro por alguns minutos, já sabendo o que ia fazer.
Quando a porta se abriu mais uma vez, Brenna às pressas se ajeitou e mergulhou de
volta em torno do lado da porta para o restaurante.  Seu estômago roncando novamente,

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lembrando­a que ela não tinha comido nada o dia todo. Ela respirou fundo, segurando a mão
no estômago enquanto soltava o ar lentamente, dizendo­se por pelo menos a décima vez que
deveria simplesmente voltar para o carro e dar o fora da cidade.
Se fizesse isso, ela não sabia para onde iria, e poderia ter que acabar enfrentando
Donner sozinha.
Decidindo que seria mais inteligente ficar onde se sentia relativamente segura, ela
espiou em torno do canto novamente.
Ela  não   esperava   que  King  e  Royce  ainda estivessem  lá, mas  eles  ainda  estavam
sentados em um canto na parte de trás, aparentemente esperando por ela.
Passava vinte minutos das sete e eles pareciam que já estavam esperando há algum
tempo.   Se   as   bebidas   frescas   que   tinham   acabado   de   pedir   fosse   alguma   indicação,   eles
planejavam esperar ainda mais.
Ela não tinha intenção de vê­los nunca mais depois que foi embora esta tarde, e ainda
assim, aqui estava ela, e algumas de suas razões não tinham nada a ver com Donner.
A curiosidade matou o gato.
A frase passou por sua mente de novo e de novo, quase a fazendo se virar.
Droga, ela queria saber. Depois de perguntar sobre eles na cidade, ela tinha ouvido
que, não  só poderia  confiar neles, mas cada mulher  com quem  tinha conversado  parecia
desejar que elas pudessem ter uma noite com King e Royce, o que permanecia uma incógnita.
Saber que eles não dormiam com cada mulher que aparecia os fez ainda mais sexys e
mais desejáveis para ela — algo que ela não pensava ser possível.
Depois do que tinha ouvido na cidade, ela começava a acreditar neles sobre Donner.
Eles a manteriam a salvo dele. Mais do que isso, porém, ela não conseguia resistir à chance
de vê­los novamente.
Respirando   fundo   novamente,   ela   embrulhou   o   cardigã   mais   firmemente   ao   seu
redor e entrou no restaurante.
Surpresa   que   os   dois  homens   a   viram   quase   imediatamente   e   ficaram   de   pé,   ela
quase tropeçou. King atravessou o restaurante em direção a ela, acenando para outro homem
sorridente, um loiro alto e bonito, que tinha começado a vir em sua direção.

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Seus  olhos nunca deixando  os dela enquanto  passava por outro homem, sua voz
profunda pairando por todo o restaurante.
“Ela está com a gente, Ethan.”
O outro homem sorriu. “Que figuras. Era demais esperar até que você se levantasse,
então eu ia chegar e entreter essa beleza.”
Ele sorriu e ofereceu a mão, mas King já estava levando­a para longe. “Ei! Vamos.
Tenha um coração.”
Brenna se encontrou o objeto de vários olhares especulativos quando eles cruzaram o
restaurante,  olhares  que  se tornaram  ainda  mais curiosos quando  King  a levou para  sua
mesa. Tomando a cadeira que Royce lhe estendia, ela se aquietou quando um hálito quente
provocou seu pescoço.
“Você cheira delicioso.”
King   tomou   o   assento   à   sua   direita,   enquanto   Royce   ficava   à   sua   esquerda.
Respirando fundo, ela olhou para a vela no centro da mesa, se perguntando como começar.
Tremendo de nervoso, ela soltou a bolsa no chão e entrelaçou os dedos, fazendo uma careta
quando o anel cravou em seu dedo.
“Eu não ia vir. Não estou bem certa do por que fiz.”
Royce se sentou adiante, tomando sua mão, e soltou seus dedos para atá­los com os
dele. “Você está aqui e isso é tudo que importa. Eu aprecio que você esteja nos dando uma
chance de lhe mostrar que abuso não é algo que nós aceitamos. Espero que enquanto estiver
aqui,   você   converse   com   as   mulheres   que   moram   nesta   cidade.   Algumas   delas   estão
totalmente no estilo de vida, e gostam de se submeter a seus maridos.”
Um pouco surpresa com isso, Brenna se endireitou e puxou a mão da dele, achando
difícil se concentrar com o chiado de consciência correndo através dela. Tinha achado que
estava preparada para enfrentá­los novamente, imaginando que muito de sua resposta a eles
tinha sido porque estava despreparada.
Dessa vez, ela estava preparada, mas isso não tinha diminuído nada do efeito que
qualquer um deles teve sobre ela.
Limpando   a   garganta,   ela   olhou   de   um   para   o   outro.   “Você   quer   dizer   no   sexo,
certo?”

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King a olhou pensativo. “Depende. É tudo entre as pessoas envolvidas. A maioria
dos   homens   daqui;   são   muito   rígidos   com   suas   mulheres   em   algumas   áreas,   mas   são
firmemente enrolados nos dedos de suas esposas em outros. É tudo uma questão de escolha.
Por exemplo, Royce e eu queremos uma mulher que entenda que sua submissão não termina
quando sairmos do quarto, ou da sala de jogos.”
Atordoada com o súbito desejo de ser essa mulher, Brenna desviou o olhar. “Não
estou certa se entendi o que você quis dizer.”
King deu de ombros, mantendo a voz apenas um sussurro.
“Por   exemplo,   você   estava   atrasada.   E   nos   deixou   esperando.   Se   você   nos
pertencesse,  isso ia ganhar uma forma de punição.” Seu  olhar se aguçou. “A menos  que
houvesse uma boa razão, é claro. Do contrário, eu o veria como uma tentativa de atenção, ou
um esforço de me desafiar. De qualquer forma, você seria punida.”
“Punida?”
Mortificada que tivesse deixado escapar mais alto do que pretendia, e várias cabeças
viraram em sua direção, Brenna baixou os olhos e começou a brincar com o guardanapo. Seu
rosto   queimou   e   ela   se   perguntou   quantas   das   pessoas   sentadas   nas   mesas   ao   redor
pensariam que ela pertencia a Royce ou a King, e agora estaria recebendo algum tipo de
punição.
Amaldiçoando   interiormente   sua   própria   fraqueza,   ela   olhou   de   volta   para   as
pessoas que olhavam para ela, até que eles se viraram.
Balançando a cabeça, ela olhou para King. “Eu sabia que seria um erro vir aqui.” Ela
deveria ter apenas ido embora… E me perguntado para sempre.
Mesmo sem Donner, que por si só teria sido motivo suficiente para ficar.
Royce lançou um olhar de advertência para King, que tranquilamente ignorou. Seus
olhos se aguçaram e estreitaram; o olhar de um homem que via demais.
“Não foi um erro, Brenna. Você seguiu seus instintos. King estava apenas tentando
responder sua pergunta. O nível de submissão depende das pessoas envolvidas. Não há certo
ou errado, desde que todos os envolvidos dão seu pleno consentimento. O mais importante é
que todos os envolvidos estejam felizes.”

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Brenna piscou. “Espere um minuto. Você está tentando me dizer que quando vocês,
homens, batem em uma mulher, é porque os faz feliz? Ele só bateu com seu consentimento?”
Royce sorriu e, com um movimento gracioso do pulso, acenou longe a garçonete que
vinha em direção a eles. “Por assim dizer. Ele não poderia — não faria — se ela usasse sua
palavra segura.”
Ela olhou de um para o outro, desacostumada e desconfortável com sua atenção. Ela
nunca tinha pensado em fugir de qualquer conversa, e já falara sobre isso várias vezes com
amigos, mas falar sobre isso com dois Doms a deixava mais insegura do que poderia ter
imaginado.
Também fazia a conversa mais intensa do que com os outros que ela tinha lidando
com o mesmo assunto.
Ela não podia deixá­los saber de seu interesse, além de ter certeza de que eles não
toleravam comportamentos como o de Donner, mas ela não podia resistir à oportunidade de
saber mais sobre esse estilo de vida — de homens que poderiam lhe dar respostas reais.
Por anos ela tinha fantasiado ter um homem assumindo o comando, um que forçaria
seu prazer mesmo enquanto lutava contra isso, algo que ela fez com regularidade irritante.
Ela   adoraria   ser   o   objeto   do   desejo   de   um   homem,   ter   um   homem   que   gostava   de
experimentar sexo, em vez de permitir que ele se tornasse banal e chato.
Ela não podia, porém, entrar em acordo com a ideia de ser espancada.
Limpando   a  garganta,   ela   se  forçou   a  olhar   para   eles.   “Já  ouvi   falar   de   palavras
seguras   antes.   Acho   difícil   de   acreditar   que   uma   mulher   simplesmente   não   a   usaria   no
primeiro sinal de problemas e iria embora. Por que se deixar ser abusada? Não faz sentido.”
A mandíbula de Royce endureceu, e seus olhos ficaram frios, mas ainda pacientes.
“Por que não é abuso.”
Brenna sorriu friamente. “Claro, não é. Então, você está me dizendo que tão logo
uma mulher usa sua palavra segura, você para o que está fazendo com ela? É isso? Você para
bem ali, e a deixa ir?”
Royce concordou imediatamente. “Absolutamente. E então eu ficaria louco comigo
por tê­la levado mais longe do ela estava preparada para ir.  É muito importante para um
Dom saber as limitações de uma sub. Eu tomaria isso como uma falha de minha parte.”

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Intrigada com isso, Brenna se acomodou mais confortavelmente no assento.
“Você ficaria?” Ela acreditava nele. A seriedade em sua expressão a surpreendeu.
Mais curiosa a cada minuto, ela se inclinou para frente. “Como um Dom espera conhecer as...
Limitações de uma mulher?”
Royce sorriu e correu um dedo sobre sua mão, e os olhos nunca deixaram os dela.
“Ele presta atenção. Muita atenção.”
Sua voz baixou, segurando uma qualidade sedutora que fez seus mamilos apontarem
ainda mais apertados. “Se fosse nossa mulher, eu ficaria furioso comigo mesmo. Um homem
precisa de um vínculo muito estreito com a mulher que ele faz sua.”
Hipnotizada pelo interesse em seus profundos olhos verde, ela estremeceu em seu
toque, se perguntando quantas outras mulheres ele tinha tratado desse jeito.
Cada palavra, cada gesto, falava de elegância e força, o ar de sofisticação o cercando
a   deixava   instável   e   carente.   O   conhecimento   em   seus   olhos   e   o   escrutínio   acentuado
enquanto ele a estudava a inquietava ainda mais. O fato de que este homem sabia como lidar
com   o   corpo   de   uma   mulher,   e   provavelmente   sabia   mais   sobre   como   agradar   do   que
qualquer homem que ela já conhecera, brilhou em seus olhos. Cativando­a, fazendo­a ansiar
experimentar por si mesma.
Seu   olhar   baixou   involuntariamente   para   suas   mãos,   a   imagem   mental   delas   se
movendo sobre seu corpo fazendo­a estremecer de prazer. Dedos longos e afilados que se
moveriam habilmente sobre sua pele seguraram sua atenção, a fluidez em seus movimentos
quando ele levou a taça de vinho aos lábios fazendo sua pele formigar com consciência.
Forçando­se a desviar o olhar, ela aceitou o menu da garçonete que tinha aparecido
quando Brenna não estava prestando atenção, e rapidamente o abriu, lhe poupando um olhar
para King.
Incomodada sob seu olhar, ela viu quando ele acenou longe o menu que a garçonete
lhe oferecia, os olhos nunca deixando os dela. Esperando até que a outra mulher saísse antes
de falar, Brenna manteve a voz baixa, esgueirando olhares para suas mãos e tentando não
imaginá­las aquecendo a pele de seu traseiro.
Sabendo que não deveria perguntar, ela perguntou de qualquer maneira, incapaz de
resistir. “O que você quis dizer com punição?”

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Seus  lábios se contraíram, uma sobrancelha subindo. “Isso, também, depende das
pessoas envolvidas. Você parece ter muitas perguntas. Ficaremos felizes em respondê­las se
você aceitar nossa oferta.” Ele deu de ombros e sorriu para a garçonete quando ela trouxe
uma cesta de pão perfumado, não reagindo em nada para o sorriso coquete da garçonete. “Se
não, você não está interessada o suficiente para eu tomar meu tempo para respondê­las.”
Royce deu a Rei outro daqueles olhares, antes de olhar para ela. “O que King quer
dizer é que —”
“Ela  sabe  o  que   eu  quero   dizer.”  King  se  inclinou  em  direção   a ela,  lotando   seu
espaço.   “Se   Red   aqui   quer   ter   certeza   de   que   não   estamos   no   negócio   de   machucar   as
mulheres, ela vai aceitar nossa oferta e descobrir por si mesma. Se ela não está disposta a ir
até o fim para descobrir, ela não está tão interessada e sim apenas sendo intrometida.”
Eriçada, Brenna o encarou de cima de seu menu.
“Isso é ridículo. Se não tivesse nada a esconder, você não teria nenhuma dificuldade
em responder minhas perguntas.”
Ele empurrou o menu de suas mãos, surpreendendo­a, e se inclinou perto. “Não se
esconda   atrás   do   menu.   Eu   já   disse   que   ficarei   feliz   em   responder   suas   perguntas,   mas
vamos fazer do  meu  jeito. Eu não tenho nada a esconder. Você, por outro lado, parece ter
bastante.”
Seu estômago apertou, e um nó frio se formou. “O que quer dizer?”
Colocando o menu de lado, King se recostou, olhando­a pensativo. “Por que você foi
àquele clube? Curiosidade?” Ele se inclinou mais perto, correndo o dedo de cima a baixo por
seu braço e criando um tumulto de consciência formigando através dela. “Você já fantasiou
se render a outro homem?”
“Não!” Brenna empurrou seu braço longe, alarmada com a imagem de se render a
ele, e na pontada afiada de excitação que veio com isso.
King estalou a língua. “Lembre­se do que eu disse sobre confiança. É vital neste tipo
de relacionamento. Você é uma mentirosa. Você já fantasiou se submeter. Não há nada de
vergonhoso nisso. Foi por isso que você foi ao clube? Para ver como era? Fico surpreso que te
deixaram entrar. Você conhece alguém lá?”

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Brenna suspirou. “Nada tão dramático. O clube perto da minha casa tem tipo de uma
casa aberta todo mês. É para as pessoas que querem mergulhar os pés na água, por assim
dizer, mas também para se divertir. Uma amiga minha ia se casar, e ela quis ter sua festa de
despedida de solteira lá. Os membros são todos convidados, mas no meu entendimento  é
muito diferente de uma noite habitual lá. Há muita conversa e flerte, mas as roupas não saem
e ninguém vai para outro quarto. Os proprietários acompanham e garantem que nada saia do
controle.”
Royce assentiu pensativo. “Ela me disse sobre isso mais cedo. Acho que é uma ótima
ideia. Poderíamos simplesmente também fazer algo assim aqui.”
Brenna se virou para ele, excessivamente satisfeita que ele tivesse gostado da ideia.
“Foi muito divertido. Sabíamos que estávamos seguros lá, e que não havia nenhuma chance
de ser abordada. Aprendemos bastante. Os membros que quiseram ir naquela noite pareciam
muito satisfeitos em responder nossas perguntas — ao contrário de algumas pessoas.”
Seu sorriso morreu na lembrança de como a noite terminou. “Tudo estava bem até
Donner decidir que desde que eu estava lá, eu estava à procura de um homem para me
dominar. Ficou feio depois disso. Ele fez uma cena e os proprietários acabaram o expulsando.
Descobri mais tarde que ele ficou esperando do lado de fora e me seguiu até em casa. Foi
quando ele começou a me assediar.”
Royce   cobriu   sua   mão.   “Ele   entrou   em   contato   com   a   gente,   e   assim   que   o
conhecemos, nós soubemos que ele tinha a ideia errada sobre tudo isso. Tentamos fazê­lo
entender. Falamos com ele até quase ficarmos azuis, conversamos on­line também, fizemos
tudo que podíamos para chegar até ele. Inferno, Blade viajou para falar com ele quando ele
começou a falar sobre uma mulher que o tinha rejeitado. Blade foi nesse clube e avisou aos
outros sobre ele.”
O rosto de King endureceu. “Eles o excluíram. Nós o teríamos chutado também, mas
pensamos que poderíamos fazê­lo ver a razão antes que ele machucasse alguém. Ele nunca
teve permissão para ficar sozinho com uma mulher enquanto estava com a gente.” Ele se
levantou abruptamente e se afastou. “Peça bife para mim. Eu volto em um minuto.”

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Surpresa em seu show de raiva, Brenna o observou ir embora, seus passos largos o
levando através do restaurante e para fora da porta em segundos. Quando ela não podia
mais vê­lo, ela se virou para Royce.
“Seu amigo parece realmente zangado.”
Os olhos de Royce endureceram. “Estamos todos furiosos com isso. Conversamos
com Blade mais cedo e lhe dissemos sobre você e ele está fora de si. Nós nos preocupamos
muito com nossas mulheres em Desire, e nosso clube reflete isso. Existem leis nesta cidade
que todos nós respeitamos, não só porque é a lei, mas porque esta é a forma que escolhemos
para viver. Valorizamos nossas mulheres muito aqui. As ações de Donner vão contra tudo
que acreditamos.”
Seus   lábios  se  contraíram.   “Esta  é  uma  das coisas que   torna  o  Club  Desire  muito
popular. As mulheres sabem o quão bem serão tratadas e respeitadas aqui. Temos uma lista
de espera para submissas que querem vir aqui. Há muitos que vêm todos os anos quando
tiram suas férias de trabalho — uma chance de viver a fantasia de ser o objeto do desejo de
outro homem — para ser colocada através de seus passos no capricho de um homem que
está aprendendo tudo que pode sobre dominar uma mulher.”
Royce suspirou. “Nós ensinamos aqui. Temos aulas para os homens que não têm
mais ninguém a quem perguntar — homens que têm à necessidade de dominar, mas não
sabem como fazê­lo, ou nem sequer estão certos do que querem. Temos homens aqui de
todas as esferas da vida, alguns que só querem respostas. Outros que sabem o que estão
fazendo e têm feito por muito tempo, mas ou não encontraram a mulher com quem querem
ficar ainda, ou não estão interessados em ter um companheiro permanente. Mas, Brenna,
nenhum deles jamais foi permitido abusar de uma mulher aqui. Até mesmo King, Blade e eu
seríamos expulsos da cidade se fizéssemos isso, ou permitíssemos isso. Nós adoramos as
mulheres aqui. Nós as protegemos a todo custo — no clube, e na cidade.”
Brenna balançou a cabeça. “Eu ouvi que as mulheres são protegidas aqui, mas acho
difícil de acreditar que vocês podem bater em uma mulher e ainda reivindicar que querer
protegê­las.”
Royce assentiu. “Não é algo que é fácil de compreender, mas é verdade. Por que você
não aceita nossa oferta e descobre?”

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Levantando a mão, ele fez sinal para a garçonete, que estava alguns passos distantes,
aparentemente esperando por um sinal dele para se aproximar. Depois de fazer o pedido,
King retornou, parecendo um pouco mais calmo.
“Eu ligue para Blade. Kelly está descansando.”
Royce endureceu. “Tudo bem?”
Rindo, King tomou um gole da cerveja gelada que a garçonete colocou na frente dele.
“Blade disse que eles foram ao médico hoje e tudo parece bem. Ele está uma pilha de nervos,
porém, e parece que não está deixando Kelly fora de sua vista.”
Brenna pegou a água. “Quem é Kelly?”
Royce sorriu, mas seus olhos tinham preocupação. “Kelly é a esposa de Blade. Ela
está grávida de novo, mas ela já teve dois abortos. Blade está fazendo o seu melhor para
envolvê­la em algodão e mantê­la tranquila até o bebê nascer. Os abortos realmente deixaram
os dois arrasados.”
Franzindo a testa, Brenna olhou para cada um deles por sua vez. “Como pode um
homem que é casado trabalhar em um clube como o seus? Sua esposa não se importa que ele
a traia?”
King fez uma careta. “Blade não trai Kelly. Você acha que fazemos sexo com todas as
mulheres que vão lá?”
Brenna piscou; não certa se acreditava que homens que trabalhavam em tal lugar
seriam capazes de resistir a todas as oportunidades que deveriam ser lançadas a eles. “Não
todas, mas pelo menos com algumas.”
Royce riu suavemente. “Eu nunca teria qualquer trabalho feito. Admito tomar meu
prazer aqui e ali, mas não fico fodendo indiscriminadamente. Nós orientamos. Ensinamos.
Fornecemos um serviço. Administramos um negócio, Brenna.”
Balançando a cabeça, Brenna traçou uma gota de umidade em sua taça. “Ok, então.
Tenho que admitir que não faça ideia do que implica sua proposta. O que, exatamente, você
quer dizer sobre me ensinar a dominar? Eu vou ficar vendo você ensinar aos homens o que
fazer para uma mulher?”
King sacudiu a cabeça. “Não. Nossos clientes e alunos valorizam sua privacidade. A
confidencialidade é muito importante. Royce e eu vamos trabalhar com você a sós.”

33
“Os dois?”
Royce sorriu. “Algo que você talvez não saiba é que King e eu compartilhamos as
mulheres. As relações Ménage são prevalecentes em Desire. Embora você não pertença a nós,
pelo tempo que você estiver aqui, nós dois vamos trabalhar com você.”
Brenna sugou o ar, esfregando as coxas, contra o latejar doloroso que só piorava.
Emocionada que não tivesse que escolher entre eles, ela encontrou seu pulso acelerado no
pensamento   de   estar   nu   com  ambos,   um   pensamento   que   a   excitou   tanto   que   ela   teve
dificuldade de ficar sentada quieta.
Parte dela queria se beliscar para ter certeza de que não estava sonhando, mas outra
parte tremia de medo, não sabendo exatamente o que tudo isso significava.
Ela teve que tomar outro gole de água para aliviar a garganta seca antes de poder
perguntar.
“E como isso funciona?”
King se debruçou adiante. “Nós vamos ensiná­la a dominar a si mesma. Você seria o
assunto e nós iríamos mostrá­la o que mostramos aos outros homens.”
Não tendo certeza se entendia, ela olhou para a mesa, mexendo nos talheres. “Você
me tocaria? Eu teria que ficar nua?”
Royce trocou um olhar com King novamente antes de responder. “A princípio, nós
só tocaríamos suas mãos, e ajudaríamos a guiá­la. Sim, você ficaria nua, mas não no começo.
Iremos tão lentamente quanto você precisar. Depois, vai depender de você, talvez um pouco
mais a cada dia até você decidir que não quer mais fazer isso.”
“Eu posso parar quando quiser?” Ela mal podia acreditar que realmente pudesse
estar fazendo isso e se perguntou se seu cérebro tinha tomado uma licença. Parecia inocente,
e ela tinha que admitir que estivesse mais intrigada agora do que quando chegara.
Também não podia ignorar a inundação inesperada de excitação que parecia crescer
mais forte a cada minuto.
Ela tinha começado a fantasiar sobre ser dominada há anos, mas isso foi tudo que já
tinha sido — fantasia. Ela tinha brincado com a ideia e até feito algumas sugestões a seu
último namorado, mas depois de alguns esforços desanimadores, que não fizeram nada para
satisfazê­la, o sexo tinha voltado ao normal.

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Ela desejava fazer a fantasia se tornar realidade, mesmo que só por algum tempo,
mas depois dos problemas que tinha tido com Donner, o medo a detinha.
Ela quis, mas nunca tinha  precisado  disso desse jeito desde que conhecera Royce e
King.
Royce sorriu, com um sorriso cheio de antecipação.
“Você terá uma palavra segura.”
Ela não sabia por que, mas confiava neles, e sua oferta parecia à resposta para seus
sonhos.   Poderia   descobrir   tudo   que   queria   saber,   se   certificar   de   que   eles   não   estavam
incitando os homens a abusar das mulheres, e ao mesmo tempo, possivelmente explorar um
pouco de seus próprios desejos, desejos ela manteve em segredo.
Royce e King nunca teriam que saber sobre suas pequenas fantasias, fantasias que ela
poderia manter escondidas enquanto se assegurava de que eles não estavam encorajando os
homens a agir como Donner.
Ela não se sentiria confortável, porém, até que lhes dissesse sobre a nota e o que isso
poderia significar.
Brenna respirou fundo e soltou o ar lentamente. “Tenho algo para lhes dizer que
pode mudar suas ideias de se misturar comigo.”
Royce sorriu e tocou sua mão. “Não há muita coisa que você poderia dizer que faria
qualquer diferença. O que é?”
Curvando­se, ela pegou a bolsa e tirou o envelope branco. “Encontrei isso colado na
porta do meu quarto aqui, quando voltei lá de vocês esta tarde.”
Royce   pegou   o   envelope,   seus   olhos   se   estreitando   enquanto   puxava   o   pequeno
pedaço de papel dentro. Seus olhos se arregalaram, virando gelo verde quando o leu. Com
uma maldição, ele cobriu sua mão com a dele e estendeu a nota para King.
“Aquele filho da puta.” Ficando de pé, Royce se moveu para trás dela, esfregando
seu ombro. “Preciso dar um telefonema.”
De seu outro lado, King amaldiçoou profundamente e puxou Brenna fora da cadeira
e em seu colo como se Eugene Donner fosse aparecer a qualquer minuto e atacá­la.

35
Chamar   a   atenção   dos   clientes   próximos   no   restaurante   lotado   não   pareceu
incomodá­lo   em   nada.   Os   sorrisos   dos   outros   clientes   a   surpreendeu,   embora,   como   se
muitos deles já estivessem acostumados com os disparates dos homens em Desire.
Envergonhada de ser o centro de toda a atenção, Brenna empurrou a mão repressora
que ele pressionou contra seu estômago. “King! Você está fazendo uma cena.”
“Muito ruim. Fique quieta.”
Royce deslizou a mão por seu cabelo antes de se virar. “Vou chamar Ace. Veja o que
Ethan tem a dizer. Talvez eles o tenham na câmara.”
“Espero que sim.” Um King de rosto sombrio levantou a mão para chamar a atenção
da garçonete, que se apressou, mas seu sorriso caiu quando ele pediu por Ethan.
Assim que a garçonete saiu, Brenna se inclinou, e um flash de calor a atravessou
quando King imediatamente se virou para ela e apertou seu domínio.
“King, as pessoas estão olhando. Donner não está aqui. Solte­me.”
Os músculos rígidos em suas coxas apertaram e flexionaram quando ele ajustou sua
posição em seu colo.
“Deixe­os olhar. Você está bem onde está.”
O   homem   loiro   que   ela   tinha   visto   quando   chegou   se   aproximou,   ficando   sério
quando viu a carranca de King.
“O que está errado?”
King fez um gesto para a cadeira desocupada de Brenna. “Sente­se. Veja isso.”
Sentando­se,   Ethan   pegou   o   pequeno   pedaço   de   papel   e   franziu   a   testa.   “Não
entendo.” Levantando a cabeça, ele olhou para Brenna, e depois King. “O que é isso? Quem
escreveu isso?”
King se inclinou para frente, apertando os braços ao redor de Brenna. “Pensamos que
é de Eugene Donner.”
Os  olhos de  Ethan se arregalaram. “Esse  é o cara que  vem causando todos  esses
problemas por aqui? Pensei que Ace o tivesse prendido. Ele foi solto sob fiança? Ele escapou?
Eles os deixaram ir?”

36
Sacudindo a cabeça, King suspirou. “Royce está no telefone com Ace agora. Brenna
Nelson, este é Ethan Sullivan. Ethan, esta é Brenna Nelson, a mulher que Donner estava tão
fixado — a pessoa que o recusou.”
Os olhos de Ethan se arregalaram novamente. “Não, merda. Oh, desculpe, Brenna.
Ele não te machucou, não é?” A preocupação em seus olhos a tocou fundo.
King  correu  uma  mão  possessiva por  suas costas. “Malditamente   certo   que  ele   a
machucou, mas graças a Deus, não do jeito que você está pensando. Pulso quebrado, cortes e
contusões.”
“Aquele filho da puta.”
“Sim. Eu preciso de um favor.”
Ethan assentiu. “Diga.”
“Brenna está hospedada aqui no hotel. Ela encontrou esse bilhete colado na porta
quando voltou de ter ido ao clube para soltar os cachorros em mim e Royce por tolerar um
comportamento como o de Donner. Você acha que poderia tê­lo pego na câmara?”
Ethan sorriu, intensificando sua beleza devastadora ainda mais. “Ela foi até o clube
para soltar os cachorros em você e Royce, huh? Eu adoraria ter visto isso.”
King sorriu, com os olhos brilhando de orgulho. “Malditamente certo que ela fez.
Realmente nos arrasou. Agora, nós a estamos mantendo.”
“Droga.”  Embora   ele   sorrisse,   ela   podia   ver   a   preocupação   ainda   em   seus   olhos.
Combinada com a reação de King e Royce, isso a convenceu que tinha tomado a decisão certa
em ficar aqui.
Ethan se levantou. “Vou verificar as fitas e falar com Brandon. Volto a falar com
vocês antes de saírem.”
Quando ele partiu, Brenna bateu de leve no ombro de King. “Eu me sentiria melhor
não fazendo um espetáculo de mim mesma. Deixe­me sentar em minha cadeira.”
King finalmente cedeu. “Eu não gosto disso, Red. Você está voltando para o clube
com a gente hoje.”
Brenna soltou um suspiro e tomou um gole de  água, sentindo falta de seu calor.
“Tenho que admitir que esteja um pouco nervosa em ficar aqui sozinha agora.” Ela olhou

37
para King através dos cílios. “Isso significa que você não mudou de ideia? Eu queria que
vocês soubessem que podem estar em perigo se Donner estiver à solta de novo.”
“Ele   não   está.”   Royce   surgiu   atrás   dela,   tocando   seu   cabelo   enquanto   passava   e
tomava seu assento novamente.
“Acabei de falar com Ace. Donner ainda está na prisão. O juiz negou a fiança e quer
que ele tenha uma análise psicológica antes de seguir em frente.”
Um frio subiu e desceu pela espinha de Brenna. “Ele vai falhar nisso.” Envolvendo os
braços ao seu redor, ela sentiu falta de King segurá­la ainda mais.
“Tenho que admitir que esteja aliviado que ele ainda está na prisão, mas se não foi
ele, quem foi? Eu me sentiria melhor sabendo exatamente quem diabo está atrás de mim.”
A mandíbula de Royce apertou. “E por quê?” Ele olhou para King. “O que Ethan
disse?”
“Está falando com Brandon e verificando as fitas. Ele vai saber de alguma coisa em
poucos minutos. Enquanto isso, nós vamos comer.”
King lhe deu um biscoito amanteigado, falando com Royce, mas seus olhos nunca
deixaram os dela. “Red está vindo para o clube.”
Royce franziu o cenho. “É claro que sim. Ela não pode ficar aqui sozinha com alguém
atrás dela. Podemos protegê­la, e assim que a notícia se espalhar pela cidade, ela vai estar
ainda mais segura.”
“Eu odiaria colocar vocês dois em perigo.”
Royce fez uma pausa com a taça a meio caminho da boca e começou a falar, mas
King se adiantou.
“Você realmente acha que nós íamos sair do caminho e deixar alguém te machucar?
Além disso, o quão assustados você acha que nós ficaríamos de algum babaca que prega
notas em uma porta e vai embora?”
Brenna não podia negar seu alívio. “Se você estiver certo.”
“Nós estamos certos.” Royce sorriu. “Então, você volta para casa com a gente esta
noite, onde vamos poder protegê­la e começar seu treinamento como um Dom?”
“Você tem certeza de que ainda quer fazer isso depois de descobrir sobre a nota?”

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King se sentou para frente. “É claro. Além do mais, isso vai manter sua mente longe
desse idiota. Então, o que vai ser, Red? Se vai ou não começar a treinar, nós ainda vamos
protegê­la. Sem cordas.”
Satisfeita de que tinha tomado à decisão certa, ela, não obstante, se deslocou inquieta
em seus olhares atentos. Forçando um sorriso, ela respirou fundo para acalmar as borboletas
em seu estômago.
“Então, quando vamos começar?”
   

Capítulo Três
Pelo resto da refeição, eles contornaram as perguntas sobre sua proposta e o clube,
lhe   dizendo   que   teriam   bastante   tempo   para   responder   suas   perguntas,   uma   vez   que
estivessem sozinhos.
Royce fez um gesto em direção à comida que ela tinha empurrado no prato.
“Coma seu jantar. Vamos falar sobre você. Fale­nos sobre seu último namorado.”
Brenna deu de ombros, não muito certa do que ele queria saber, mas pelo jeito como
ele se mantinha olhando na direção em que Ethan tinha ido, ela sabia que ele ainda pensava
em Donner e a nota. “Ele era legal. Eu quem era o problema.”
King fez uma careta. “Vocês simplesmente não foram feitos um pro outro. Espero
que ninguém nunca me chame de legal. Inferno, isso é chato. Qual é sua cor favorita?”

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“Vermelho.   Não,   azul.   Não   sei.”   Suas   perguntas   aleatórias   a   mantinham   com   a
guarda baixa, o que ela imaginou eles faziam de propósito. Ela assumiu que parte de seu
plano era para distrai­la — mantê­la de pensar sobre quem pregou aquela nota na porta de
seu quarto no hotel. “Acho que depende do meu humor. Às vezes, eu amo preto.”
Royce sorriu e se inclinou perto. “Você ficaria como puro pecado em preto.”
King acenou uma vez e tomou um gole da cerveja, os olhos fixos nos dela. “E já com
esses  olhos expressivos e esses lábios cheios gritando pecado. Ela ficaria devastadora em
preto. Diga­me que você gosta de pizza e cerveja.”
Surpresa pela mudança inesperada na conversa, Brenna riu, quase engasgando com
o chá gelado.
“Amo.” Ela deslizou um olhar para Royce, seu rosto queimando. “Desculpe. Eu não
sou sofisticada. Gosto de vinho, às vezes, mas normalmente eu prefiro cerveja.”
King sorriu. “Graças a Deus.”
Os olhos de Royce se moveram sobre seu rosto enquanto ele tomava um gole do
vinho. Tudo sobre ele — de sua roupa até o maneirismo em sua voz — gritava sofisticação
fria.
“As mulheres são criaturas complicadas. Camadas e mais camadas para descascar.
Só quando elas estão desfeitas é que um homem descobre se uma mulher é quente ou fria no
núcleo. Então, Brenna, está preparada para ter suas camadas desfeitas, e saber o que está no
centro?”
Na tentativa de parecer inalterada com sua pergunta provocativa, Brenna pegou um
pedaço de batata assada e quase engasgou. Abalada pelo brilho malicioso em seus olhos, ela
engoliu, e tomou um gole de chá antes de tentar falar.
“Você soa bem confiante. A maioria dos homens soa assim no início, mas não duram.
Espero que você tenha feito com que essas mulheres saibam disso. Tenho certeza de que você
já passou muito tempo descascando camadas em sua vida.”
Os lábios de Royce se contraíram.
“Nada mais importante do que o seu.”
Brenna sorriu sarcasticamente. “Claro. Você é lisonjeiro, mas eu não compro toda
essa baboseira.”

40
Os olhos de Royce se estreitaram. “Estou vendo. Que tipo de trabalho você tinha na
Virgínia?”
A lembrança de como Donner tinha feito com que ela fosse demitida a irritou tudo de
novo.
“Eu trabalhava como recepcionista no escritório de um dentista muito conservador.
Ele   odiava  que   eu   recebesse   telefonemas   o   dia  todo   de   Donner.   Quando   parei   de   tentar
argumentar com Donner e simplesmente  desligar, ele começou a vir ao escritório  e fazer
cenas na frente dos pacientes.” Seu rosto queimou quando se lembrou do dia em que tinha
sido demitida. “Eu perdi a cabeça e joguei uma caixa de escovas de dente nele. Foi quando o
médico me demitiu.”
King jogou a cabeça para trás e caiu na gargalhada, chamando a atenção de várias
outras pessoas no restaurante. Fazer uma cena não parecia incomodá­lo nem um pouco.
“Sinto muito, mas eu teria adorado ver esse temperamento, Red. Estou muito ansioso
para lidar com ele de novo, mas de uma forma muito mais íntima.”
Brenna   se   eriçou   com   indignação.   “Estou   cansada   de   ser   acusada   de   ter   um
temperamento ruim. Só porque meu cabelo é vermelho não significa que meu temperamento
é pior do que o de qualquer outra pessoa.”
Royce sorriu e se recostou, tomando outro gole do vinho. “Acho que isso é algo que
prefiro descobrir por mim mesmo. Não vi a cena quando você chegou ao clube, mas entendi
que foi mesmo um show.”
Brenna o olhou e pegou seu chá gelado. “Eu tinha o direito de estar furiosa.”
“Realmente você tinha.” Royce sorriu. “Você vai ficar furiosa de novo, dessa vez para
nós.   Eu   mal   posso   esperar   para   vê­lo.  Não   há  nada   como   uma  mulher   verdadeiramente
apaixonada para fazer um homem se sentir vivo.”
Seu sorriso morreu.
Com cuidadosa  deliberação,   ele  colocou  o  garfo   de  volta em  seu  prato.  “Lá   vem
Ethan. Ele parece chateado.”
De fato, o belo proprietário do hotel parecia furioso.
No gesto de Royce, ele tomou a cadeira vazia do outro lado da mesa, a mandíbula
apertada enquanto ele jogava várias fotos sobre a mesa.

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“Nós tentamos de todos os ângulos, mas nenhum deles mostra seu rosto.”
Brenna pegou uma das fotos, sem surpresa ao ver que sua mão tremia. “Este é o
homem que colocou a nota em minha porta?”
Ethan  assentiu,  com o pedido  de  desculpas  em seus  olhos tornando­os escuros  e
misteriosos. “Sim.” Ele foleou as fotos, escolhendo outra e lhe entregando. “Você pode vê­lo
pregá­lo na porta nesta aqui.”
Balançando a cabeça, ele olhou de Royce para King, que passava as outras fotos de
um lado para o outro entre eles, suas expressões mais sombrias a cada uma que estudavam.
“Ele tinha que saber que as câmaras estavam lá. Quando vocês assistirem o vídeo,
vocês podem ver o quão cuidadoso ele foi ao evitá­las. Eu liguei para Ace.” Ele olhou para
Royce. “Ele me disse que você já o tinha chamado, e que vai estar aqui assim que verificar
alguma coisa. Ele quer a fita de segurança e a nota.” Ele fez uma pausa, gesticulando em
direção a Brenna. “Ele me disse também que ela vai ficar com vocês. Se ela quiser ficar aqui,
nós vamos tomar conta dela.”
Royce sacudiu a cabeça, sem tirar o olhar das fotos. “Eu sei, mas Brenna vai ficar com
a gente. Depois que terminarmos aqui e falarmos com Ace; vamos buscar suas coisas e tê­las
verificadas.”
Ethan estudou outra foto. “Ace não quer que toque nada até que ele chegue.”
Deixando de lado a foto que esteve olhando do homem parado na frente do quarto,
Brenna lutou contra o frio que a atravessou, e pegou outra.
“Eu nem desembalei. Apenas soltei minha mala para dentro da porta e fui para o
clube.” Frustrada com a incapacidade de ver o rosto do homem, ela jogou a foto para o centro
da mesa. “Camisa de moletom escura, com capuz. Calças escuras. Você não consegue ver
nada! Isso poderia ser qualquer um.”
Jogando de lado a foto que estava olhado, King pegou a cerveja. “Sim, mas por que
diabos qualquer um, exceto Donner, te mandaria uma nota assim? Não faz sentido.”
Um músculo trabalhou na mandíbula de Ethan.
“Sinto muito que isso tenha acontecido. Vou ter Lucas dando uma olhada no vídeo e
vendo o que ele pode fazer sobre os ângulos da câmara.” Ele olhou para cima, se levantando.
“Ace está chegando agora.”

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Torcendo em sua cadeira, Brenna ofegou  à vista do gigante atravessando a sala e
indo direto em direção a eles.
Ele usava um uniforme de xerife e parecia friamente furioso.
Ela se encontrou se inclinando para Royce quando o homem enorme se aproximou
da mesa e estendeu a mão para King.
“Eu entendi que podemos ter um espreitador.”
Royce dobrou a mão de Brenna na dele, acariciando suas costas. “Uma das coisas que
eu mais admiro em você, Ace, é seu hábito de ir direto ao ponto. Sente­se e vou apresentá­
lo.”
Ace franziu o cenho. “Eu chego ao ponto, não é? Não quero interromper seu jantar.
Ela já comeu?”
Brenna empurrou o prato para trás, já sem fome, e estendeu a mão para ele. “Olá,
Xerife. Eu não estou mais com fome. Meu nome é Brenna Nelson. Sinto muito causar tantos
problemas.”
Ace escorregou no assento que Ethan desocupou, e seus olhos escureceram. “Sinto
muito por todos os problemas que você teve com Donner. Eu gostaria de ter conseguido
pegá­lo mais cedo.”
Brenna   assentiu,   segurando   a   mão   de   Royce   mais   apertado.   “Eu   soube   que   ele
causou problemas aqui, porque estava com raiva de mim. Sinto muito por isso.”
Seus olhos suavizaram. “Você não tem nada do que se desculpar. Isso tudo é obra
dele. Não sua.”
Brenna sorriu. “Nem sua.”
Royce levou sua mão aos lábios, roçando um beijo em suas juntas. “Ela te pegou
nessa, Ace.”
A mandíbula de Ace apertou, e seus olhos se tornaram duros e frios novamente. “Eu
sou o xerife. As mulheres não deveriam ser machucadas em minha cidade.”
King olhou para Brenna. “Sua esposa foi uma das que se machucaram, e seu negócio
foi destruído. Como está Hope?”
A mudança na expressão de Ace a deixou atordoada. Seus olhos se suavizaram e
escureceram, o amor e terna indulgência brilhando neles inconfundíveis.

43
“Tão mal­humorada e teimosa como sempre. Ela tem estado ocupada reconstruindo
o clube, mas não ocupada o suficiente para impedi­la de tentar ser casamenteira. Ela está
levando Beau e Charity à loucura.”
King riu e olhou para Brenna. “Charity é irmã de Hope. Ela e Beau têm tesão um pelo
outro, mas por alguma razão, Charity é teimosa demais para admitir isso.” King balançou a
cabeça, rindo baixinho. “Beau tem mais paciência do que eu.” Seu olhar encoberto segurou
Brenna. “Quando eu vejo algo que quero, eu não vejo nenhum ponto em esperar.”
Os  olhos de  Ace se aguçaram. “Estou vendo. Isso  significa que vocês vão  cuidar
dela?”
Royce concordou. “Sim. Queremos pegar sua mala no quarto, assim podemos levá­la
para o clube. É onde ela vai estar se precisar falar com ela.”
Ace   se   levantou.   “Ela   parece   abalada.   Podemos   ir   agora   e   vou   questionando­a   a
caminho do quarto. Tenho certeza que vocês querem levá­la daqui para algum lugar seguro
onde ela possa se acalmar.”
Enquanto se levantava, ele puxou um par de luvas de borracha do bolso. “Linc está a
caminho para verificar se há impressões digitais.”
O grande xerife ficou de pé, dando a volta para ajudá­la de sua cadeira, levando­a do
restaurante e deixando King e Royce para seguir.
“Senhorita Nelson, você pode me dizer a que horas deixou seu quarto hoje?”

* * * * *

Em uma quantidade incrivelmente curta de tempo, Brenna se viu de volta ao clube,
escondida em um quarto livre que gritava decadência.
Do   tapete   claro   e   espesso   sob   seus   pés,   até   a   forragem   de   seda   em   uma   cama
empilhada com travesseiros, toda a atmosfera era de conforto e sedução. Uma chaise enorme
se assentava em um lado do quarto, uma facilmente grande o suficiente para três ou quatro
pessoas.

44
Ela podia se imaginar enrolada nela com um bom livro tão facilmente quanto podia
se ver aconchegada nela com Royce ou King. Quase imediatamente, ela rejeitou ambas as
ideias tão tolas.
Ela duvidava que tivesse a chance de se sentar e ler enquanto estivesse aqui, cada
minuto livre seria gasto à procura de trabalho.
Olhando Royce em suas roupas de grife e sapatos, ela se lembrou de que ele não seria
o tipo de homem que se aconchegava.
Depois de colocar as malas em cima da cama, Royce se afastou, parando na porta.
“Se precisar de alguma coisa antes que um de nós venha buscá­la, é só pegar o telefone.
Sebastian vai providenciar tudo que você precisa.”
“O homem que atendeu a porta?”
Royce   sorriu.   “Sim.   Ele   sabe   que   você   será   nossa   convidada.   Ele   tem   instruções
rigorosas com relação a você, e onde você tem permissão de ir. Não saia deste quarto até que
King ou eu venha buscá­la.”
Surpresa que ele planejava simplesmente deixa­la ali, ela franziu o cenho. “O que
devo fazer?”
“Descanse um pouco. Tome banho, se quiser. Quando terminar, coloque o roupão
que está atrás da porta do banheiro.”
Brenna  envolveu os braços  à sua  volta, de  repente  gelada. Trêmula,  ela puxou o
suéter mais apertado ao seu redor.
“Onde você está indo? Você mudou de ideia? Quando vamos começar? Vocês vão
realmente parar se eu não gostar? Por que você disse que um de vocês vai voltar mais tarde?”
Royce se endireitou, encostado na porta.
“King e eu vamos instalar algumas coisas em nossa sala de jogos para você. Não, não
mudamos de ideia. Vamos começar esta noite. Sim, vamos parar se você não gostar. A razão
que só um de nós vai voltar mais tarde é porque temos um negócio a funcionar. Esta noite
será apenas uma lição breve para passar as regras. Suas lições começam amanhã — durante o
dia, quando não estivermos tão ocupados. Com Blade fora, King e eu temos que cuidar do
clube.”

45
Ele se virou, puxando a porta atrás dele, parando de novo. “Só para constar, as regras
seriam   muito   mais   duras   para   você   se   estivesse   aqui   como   nossa   submissa.   Desde   que
estaremos te mostrando um pouco do outro lado, você terá um pouco mais de liberdade. Isso
não inclui espiar por aí, no entanto. Se você bisbilhotar, vai ficar trancada.”
Ela ofegou em horror. “Trancada?”
A sobrancelha de Royce subiu. “Confiança, lembre­se. Ela funciona nos dois sentidos.
Você vai aprender a confiar em nós e nós vamos ter que aprender a confiar em você. Além
disso,   será   um   inferno   de   muito   mais   seguro   mantê­la   a   sete   chaves   até   Ace
descobrir o que está acontecendo. Eu sei que foi um dia difícil para você, mas um pouco de
jogo pode ser bom para você esta noite.” Ele saiu antes que ela pudesse responder, e sua
ausência lhe deu a chance de respirar facilmente pela primeira vez naquela noite.
Encarando   a   porta   fechada,   Brenna   novamente   teve   dúvidas.   Enervada   que
entendesse tão pouco sobre o estilo de vida que Royce e King viviam, ela não podia imaginar
ir embora até que tivesse algumas de suas respostas. Ela não sabia por quanto tempo seria
capaz de ficar, e sabia que fantasia e realidade eram coisas muito diferentes.
Em suas fantasias, o homem a dominando fazia o que ela queria que ele fizesse.
Tinha a sensação de que a realidade seria bem diferente, mas tinha que experimentar
por si mesma para saber com certeza.
Ela certo como o inferno não deixaria que uma nota colada em uma porta entrasse
em seu caminho.
Na verdade, ela já se sentia mais segura. A atenção e ar confiante de Royce e King
tinham deixado seus pensamentos sobre as coisas muito mais aprazíveis.
Ela queria — precisava — satisfazer essa curiosidade que se prolongava por anos, o
anseio por algo mais que consumia seus pensamentos desde a noite que ela tinha voltado
para casa do clube na Virgínia.
Tinha perdido o interesse brevemente depois da realidade de lidar com Donner, mas
ainda esteve presente, e o tempo que passara com King e Royce tinha reacendido o fogo
queimando dentro dela.
Intrigada e curiosa para ver que tipo de coisas eles ensinavam a um Dominante, ela
se encontrou concordando com seus termos. E tentou se convencer que seu desejo por eles,

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ou suas fantasias de submissão, não tinham nada a ver com isso, mas ela sabia que não era
assim.
Eles seriam malditamente bons no que faziam.
Esperava, porém, que pudesse manter a verdade sobre si mesma escondida deles,
uma verdade que ela se perguntava se eles já suspeitavam.
Ela   tentou   ignorar   o   fato   de   que   estremeceu   com   necessidade   cada   vez   que   eles
olharam para ela daquela determinada maneira. Tentou não responder ao brilho indefinível
em seus olhos, um que a fazia sentir que eles viam mais do que ela queria que vissem. Tentou
se convencer que não tinha nada a ver com o ar de autoridade que parecia uma parte tão
integral deles, ou o fato de que ela não conseguia olhar para suas mãos sem querer saber
como elas se sentiriam em seu corpo.
Ela   não   podia   negar  que  um   simples   jantar  com  eles   a  excitara,   com  apenas   um
toque, ou que até mesmo agora, sozinha no quarto que tinham lhe dado, ela tremia com uma
necessidade muito mais forte do que deveria ter sido.
A antecipação de experimentar seu toque íntimo fazia seu corpo zumbir com prazer,
um tumulto de sensações que não se acalmava mesmo agora que tinha sido deixada sozinha.
Ela não queria acreditar que cada passo que dava em direção a aprender mais sobre
este estilo de vida a fascinava mais, ou que começava a suspeitar que tivesse encontrado o
elemento que faltava que a impedia de se realizar plenamente em seus relacionamentos.
Ela ansiava encontrar a chave e se soltar, e fazê­lo sem dar muito de si mesma.
Confiante de que poderia manter seu segredo, e esperançosa de que ia descobrir que
tudo o que eles disseram sobre a manipulação de Donner era verdade, Brenna se dirigiu ao
banheiro, borbulhando com entusiasmo e tremendo de nervos e necessidade.
Impressionada com a grande variedade de sais de banho e cremes que encontrou, ela
se sentou na beirada da grande banheira para cheirar vários deles, se perguntando se algum
dos perfumes os lembrava de outra mulher. Espiando o robe atrás da porta, ela se levantou a
novamente, seu nervosismo crescente a cada minuto.
Para sua surpresa, ao invés de encontrar a mistura sedutora de seda e rendas que
tinha   imaginado,   ela   encontrou   um   longo   e   grosso   roupão   branco,   um   que   parecia   tão
luxuoso que ela não pôde resistir alcançar e tocá­lo. Incapaz de conter um gemido em sua

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suavidade, ela continuou a afagá­lo, uma onda de apreensão rolando através dela quando se
imaginou vestida apenas com ele enquanto esperava King ou Royce aparecer.
Não sabendo quanto tempo tinha antes que um deles voltasse, ela soltou a manga do
roupão com um suspiro e se moveu para a banheira e começou a enchê­la. Esperando que
um banho quente fosse acalmá­la, ela jogou alguns dos sais de banho. Respirando o cheiro de
framboesa azul, ela sorriu, e se perguntou se King e Royce achariam a fragrância doce tão
irresistível quanto ela.
Claro   que  nenhuma  de  suas  mulheres   sofisticadas  jamais  usaria  um  perfume   tão
doce e frutado, ela acrescentou um pouco mais.
Rindo para si mesma no pensamento de que dois desses homens fossem levados pela
forma como cheirava, ela escorregou nua na banheira e se recostou, esperando que a  água
quente a acalmasse.
Agora   que   tinha   algum   tempo   para   pensar,   a   enormidade   do   que   tinha   se
comprometido começou a afundar.
Lembrando o horror de estar no fim receptor da atenção indesejada de Donner, ela se
sentou, erguendo os joelhos para envolver os braços ao seu redor.
Ela   não   queria   acreditar   que   King   ou   Royce   ia   aterrorizá­la   dessa   maneira.   Não
importa o quanto ela os queria, ela sabia que não ia tolerar ser espancada.
Ela queria uma oportunidade de experimentar esse algo mais que tinha ouvido e lido
sobre. O desejo ardente de pertencer a alguém de maneira que só fazia suas fantasias crescer
mês após mês, ano após ano, até que arruinava todas as relações que ela já teve.
Ela tinha lido sobre isso, e conversado sobre isso, e fantasiado sobre isso, mas ela
precisava experimentar isso.
Ela faria trinta e quatro anos em seu próximo aniversário, e tinha recebido propostas
por duas vezes, mas a sensação de que algo estava faltando tinha tornado impossível aceitar.
Assim que aprendera um pouco sobre esse estilo de vida, algo clicou, e ela não foi capaz de
apagá­lo.
Embora fingisse indiferença para seus amigos, à chance de visitar o clube na Virgínia
pareceu um sonho se realizando. E tinha saído de lá ainda mais convencida de que havia

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encontrado a peça que faltava em sua vida, a coisa que a impedia da proximidade que tanto
ansiava.
Ela nunca estaria satisfeita até que soubesse com certeza.
Só que quando ela tinha começado a investigar como ir mais longe, Eugene Donner
começou   a   persegui­la.   Depois   disso,   o   que   ela   ansiava   parecia   perigoso   demais   para
prosseguir.
Até conhecer Royce e King.
Eles pareciam ser a resposta que ela procurava.
Só esperava que sua obsessão em descobrir mais sobre o que precisava, e por que,
não a tivesse feito saltar para algo que poderia vir a ser mais do que ela poderia lidar — algo
até mais perigoso do que lidar com Donner.

* * * * *

Royce recuou e estudou o espelho, finalmente satisfeito com o ângulo.
“Estou mais ansioso por isso do que pensei que estaria. Acho que Brenna realmente
pensa que acreditamos que ela só está interessada em saber como treinamos os Doms. Ela
está tão curiosa sobre se render a um homem que poderia muito bem estar pintado em neon
em sua testa.”
Ele tinha visto em seus olhos — a combinação de excitação, medo, e curiosidade
quase o dirigindo louco para tê­la.
King   assentiu,   franzindo   a   testa   enquanto   ajustava   a   luz.   “Ela   está.   Eu   apostaria
muito dinheiro nisso. Ela só precisa ser tratada com luvas de pelica depois dessa merda com
Donner. Eu ainda desejo ter batido o inferno fora dele quando tive a chance.” Soltando as
mãos para os lados, ele amaldiçoou. “Ele não pode ter pregado essa nota em sua porta.” Ele
ergueu a cabeça, seus olhos pura fúria. “Eu certo como o inferno estou ansioso para ter em
minhas mãos a pessoa que fez isso.”
Royce apertou a mandíbula, sentindo­se quase do mesmo jeito. “Eu concordo, mas
ele   tem   que   estar   por   trás   disso   de   alguma   maneira.   Nada   mais   faz   sentido.   Ainda   que

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Donner   saia,   todo   mundo   o   conhece.   Ele   não   se   atreveria   a   mostrar   sua   cara   em   Desire
novamente.”
Empurrando os pensamentos de Donner de lado por agora, ele decidiu passar o resto
da noite focado apenas em uma ruiva atordoante com os olhos mais expressivos que ele já
vira. “Estou muito ansioso para ver o choque e prazer nos olhos de Brenna quando um pouco
de sua curiosidade for satisfeita.”
King levantou um dos pequenos chicotes de uma prateleira, a expressão pensativa
enquanto corria os dedos por ele. “Ela não entende por que uma mulher pode consentir;
inferno, implorar para ser chicoteada ou espancada. Vamos ter que ir devagar com ela, mas
aquela excitação e expectativa em seus olhos é malditamente perto do irresistível.”
Ele olhou para cima, seus olhos brilhando com a mesma antecipação que corria nas
veias de Royce. “Eu fico me perguntando quanto tempo ela vai durar antes de nos pedir para
assumir.”
Royce sorriu, e seu pênis pressionou insistentemente contra a calça. “Não sei, mas
mal  posso  esperar  para  descobrir.  Ela precisa  disso, especialmente  agora. Senão  vai  ficar
pensando naquela nota, e naquele fodido do Donner.”
“Eu não acredito que perdi o cara ou coroa e você vai tê­la esta noite.”
Batendo nas costas de seu amigo, Royce foi para a porta. “Pena. Mas você vai estar
com ela amanhã à noite. Depois, vamos trabalhar com ela juntos. Só acho que estar com nós
dois ao mesmo tempo poderia ser demais para ela tão cedo.”
Ele se encontrou quase arrancado fora de seus pés quando King agarrou seu ombro e
o virou. Chocado com a raiva nos olhos de seu amigo, ele quebrou o aperto de King, sendo
mais difícil do que esperava. “Que porra é essa?”
King surpreendeu  o inferno  fora dele  chegando até seu  rosto, os olhos cheios  de
fúria. “Você a assusta esta noite e eu vou chutar seu traseiro.”
Royce   o   empurrou.   “O   que   diabo   está   errado   com   você?   Não   tenho   nenhuma
intenção de assustá­la.” Olhando para seu amigo pensativamente, e sorriu, com a antecipação
de estar com Brenna crescendo.
“Você está pensando que alguém como Brenna seria perfeita para nós, não é? E está
com medo de deixá­la ver o quanto ela já te pegou. Você sempre foi um otário por uma

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donzela em perigo, e está com medo de se apegar demais, e quando o perigo passar, ela nos
deixar.”
King se virou, e uma mão esfregou a parte de trás do pescoço. Ele não falou por um
tempo, olhando para a cadeira que tinham instalado para Brenna.
“Ela já está assustada, e eu não quero correr com ela antes de termos a chance de lhe
mostrar como fazemos as coisas por aqui.”
Royce cruzou os braços sobre o peito, observando seu amigo de perto. “Você e eu nos
conhecemos há muito tempo. E tenho que dizer, eu não me lembro de já tê­lo visto assim. Eu
sei que você está preocupado com a mulher que Donner esteve perseguindo, mas eu não
sabia que você tinha se tornado tão obcecado por ela.”
“Eu não estou obcecado por ela.” King seguiu para a porta. Abriu, e se girou. “Estou
apenas preocupado. Vou estar no bar. Venha me encontrar quando — mais tarde.”
Royce só ficou olhando quando King saiu, batendo a porta atrás dele. Ele já tinha
visto seu amigo em muitos humores, mas nunca nada como isso. Com as mulheres King
normalmente era muito brincalhão, tortuoso até, empurrando  seus limites até que elas se
tornavam massa em suas mãos. Um monte das submissas que voltava aqui sempre competia
por   sua   atenção,   rendendo­se   a  ele,   lhe   implorando   para   dominá­las  naquela   noite   e   até
brigando entre si por ele.
Seu celular tocou, distraindo­o.
“Royce.”
“Só estou ligando para informar que a senhorita Nelson chamou, solicitando uma
taça de vinho. Eu pensei que deveria verificar com você primeiro.”
Royce já começava a ir para a porta. “Não. Não se preocupe em chamá­la de volta.
Vou cuidar disso. Não estou atendendo mais as chamadas.”
Desligando, ele desceu o corredor em direção ao quarto de Brenna, grato por ele e
King compartilhar um andar privado.
Seu pênis saltou no pensamento do que tinha reservado para ela esta noite, e se sua
reação anterior a ela significasse alguma coisa, ele sabia que estaria forçando os limites de seu
controle quando estivesse terminado com ela. A antecipação de ver sua surpresa e deleite,
que ele sabia estaria brilhando em seus belos olhos azuis, acelerou seus passos.

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Parando para respirar fundo, ele bateu na porta do quarto de Brenna, ansioso para
começar.

* * * * *

Surpreendida fora de seus devaneios pela batida na porta, Brenna ofegou e se virou
em direção a ela, pressionando a mão contra o coração disparado. Com as mãos e os joelhos
de borracha, ela apertou o cinto do roupão e fez seu caminho até a porta.
Parando com a mão na maçaneta, ela se perguntou qual deles estaria do outro lado.
Surpresa   na  percepção   de   que   não   conseguia   decidir   qual   deles   ela   queria   que   fosse   ela
apertou a mão no estômago e abriu a porta, sugando um ar afiado na visão que a saudava.
Por alguma razão, Royce parecia muito mais perigoso do que tinha sentado ao lado
dela no jantar.
Vestido   todo   de   preto,   ele   tinha   uma   aura   ao   seu   redor   que   gritava   com   uma
sexualidade   ameaçadora   muito   mais   potente   do   que   qualquer   outro   que   ela   já   vira.   Seu
cabelo estava solto quando ela o conhecera e no restaurante, mas estava amarrado para trás
agora, o que só servia para enfatizar sua beleza.
Ele era ainda mais bonito do que ela se lembrava.
Seus   profundos   olhos   verdes   faiscavam   com   interesse   e   propósito,   um   olhar   tão
afiado que roubou sua capacidade de respirar e enviou um calafrio de apreensão através
dela. Cheio de confiança, como se soubesse de todos os seus segredos mais íntimos, os olhos
seguraram os dela.
“Oi, Brenna. Pronta para começar?”
Sua voz pingava sexo, um tom íntimo baixo diferente de tudo que ela já ouvira, com
o timbre frio de autoridade inconfundível.
Uma consciência afiada lavou sobre ela, despertando cada zona erógena com mais
eficácia do que qualquer toque íntimo poderia.
Ele arqueou uma sobrancelha em seu silêncio contínuo, seu leve sorriso deixando­a
ainda mais nervosa. Ele não a apressou; tranquilo e paciente como se tivesse toda a noite.

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É   claro   que   ele   teria   que   ser   paciente,   a   fim   de   conseguir   uma   mulher   para   se
submeter.
A lembrança do tipo de homem que ele teria que ser; um que sabia tanto sobre o
prazer de uma mulher que poderia convencê­la a fazer tudo a teve se deslocando inquieta.
Ela não tinha antecipado o poder que emanava dele, muito mais forte agora do que
antes, como se tivesse apertado um interruptor. Mesmo em sua ida ao clube na Virgínia, ela
não tinha experimentado nada tão intenso.
“Eu não sei se estou pronta. Como diabos eu poderia saber disso?” Torcendo as mãos
juntas, ela deu um passo atrás. “Não sei o que deveria fazer. Não sei o que você vai fazer
comigo. Quero me certificar de que vocês não estão ensinando homens como Donner abusar
das mulheres, mas como vou poder ter certeza de que você vai ser honesto comigo sobre o
que está ensinando? Eu não sei se —”
O dedo que ele colocou em seus lábios eficazmente silenciou o resto da tagarelice, o
curso   do   dedo   sobre   seu   lábio   inferior   enviando   calor   afiado   chiando   dos   lábios   até   os
mamilos.
Em um movimento lento, ele agarrou seus ombros, a expressão abrandando.
“Pare. Você está assim toda nervosa porque tem medo do inesperado. Foi por isso
que pediu o vinho?”
Ela teve que tragar antes de responder, o deslizamento lento dos polegares sobre sua
clavícula enviando uma onda de desejo através dela que enfraqueceu seus joelhos.
“Sim. Deve estar aqui logo. Talvez depois que eu tiver uma taça —”
“Não.” Royce sacudiu a cabeça e pegou sua mão, levando­a para o corredor. “Não
quero que nada turve seus sentidos, e quero ter certeza de que sua cabeça está clara esta
noite.”
Segurando  o roupão fechado  até o pescoço, Brenna olhou ao redor, temendo  que
alguém pudesse vê­la.
Royce apertou sua mão, levando­a a uma pesada porta de madeira ornamentada no
fim do corredor. “Não se preocupe. Ninguém vai te ver. Este piso pertence a King e eu. A
única outra pessoa que vem até aqui é Sebastian, e ele sabe que não quero ser incomodado.”

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Assentindo, Brenna prendeu o fôlego quando ele empurrou a porta aberta, tremendo
tanto que tinha dificuldade de andar.
Para sua surpresa, a única luz que ela viu vinha direto acima de uma cadeira de
couro   colocada   há   vários   passos   dentro   da   porta.   Na   frente   da   cadeira   se   assentava   um
espelho de corpo inteiro, um que refletiria cada centímetro da pessoa sentada na frente dele.
Algo lhe dizia que seria ela.
Ela  parou abruptamente,  desconcertada  pelo  fato  de que  não  conseguia  mais  ver
Royce muito bem.
“O que está acontecendo?”
A mudança para ficar atrás dela, ele colocou as mãos em seus ombros e a guiou para
a cadeira, curvando­se para encontrar seus olhos no espelho. “Como Mestre, você precisa ver
o seu submisso. Você precisa se focar nele.” Erguendo as mãos de seus ombros, ele deu um
passo atrás, o que com a luz baixa tornou impossível ela vê­lo. Ela não conseguia ver nada
além de si mesma.
Puxando uma abertura em seu roupão, Brenna enrolou os dedos dos pés contra o
chão   duro   de   madeira.   Sentindo­se   estúpida   e   desconfortável,   ela   apertou   os   olhos,
procurando Royce na escuridão.
“Eu  não  entendo  como  isso  deve  funcionar.  Talvez esta  não  tenha  sido  uma  boa
ideia.”
“Eu   vou   te  dizer  tudo   que   você   precisa   saber.   Você   está  confortável?”  A   voz  de
Royce veio de trás ela e um pouco à direita.
Balançando   a   cabeça,   ela   cerrou   as   mãos   no   roupão.   “Tão   confortável   quanto
possível. Royce, eu —”
“Quieta, Brenna. Quando estamos nesta sala, eu sou o professor, e você é o aluno.
Agora, antes de começarmos, há algumas coisas que eu acho nós precisamos discutir. Nós
ignoramos o pedido e entrevista habitual para este… Acordo incomum, por isso, enquanto
estiver aqui, você não está autorizada a se misturar com nossos outros convidados. A menos
que King ou eu a levemos para outra parte do clube, você está limitada a este piso enquanto
estiver aqui. Você entende e concorda com isso?”
Brenna assentiu, e a agitação em seu estômago se tornou mais forte. “Sim.”

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“Você terá permissão para sair quando quiser, com exceção dos momentos em que
King e eu estivermos trabalhando com você. Enquanto for nossa convidada, nós seremos
responsáveis por você e você vai seguir nossas regras. Você entende e concorda com isso?”
“Que tipo de regras?” Ela desejou que ele simplesmente começasse logo com isso.
Com seus nervos esticados ao ponto da ruptura, ela não sabia quanto tempo mais ela poderia
continuar sentada ali. Batendo  seus pés, ela lutou contra o impulso de saltar e correr do
quarto.
O  tom de   Royce  parecia   se  tornar   mais  firme  e  mais  frio   a cada  vez  que   falava,
adicionando a seu nervosismo, mas eficazmente a mantendo no lugar.
“Você não vai se dar a qualquer outro homem, e não vai fazer nada que possa colocá­
la em perigo. Você vai ter que ser cuidadosa porque não temos nenhuma ideia de quem
enviou aquela nota. Você só terá permissão de sair quando for seguro. Fui claro?”
Brenna assentiu, tentando vê­lo na escuridão. “Eu não tenho nenhuma intenção de
me arriscar e certo como o inferno não planejo ir à procura de um homem.”
Ela saltou quando Royce apareceu de repente no espelho.
Com uma eficiência que a impressionou, ele firmou uma gargantilha de prata em seu
pescoço. “Isso diz às pessoas de Desire que você pertence ao clube. Ninguém da cidade vai
tentar  lhe  fazer  qualquer  proposta desde  que  o esteja  usando.  É  trancado, e  só  pode ser
removido por King ou eu. Você não vai, sob quaisquer circunstâncias, sair do clube sem usar
isso. Entendido?”
Movendo o pescoço experimentalmente, Brenna fez uma careta. “É pesado.”
“É usado para lembrar a uma submissa que ela é possuída, mas em seu caso, é para
mantê­la segura. Agora que terminamos com os preliminares, vamos começar. Olhe para seu
sub. Ela precisa de sua atenção.”
Brenna saltou em sua demanda e olhou para seu reflexo, seus olhos indo para Royce
em mais uma mudança abrupta na conversa.
Royce se afastou, mais uma vez desaparecendo de vista. “Não tire os olhos dela. Ela
precisa de você. Ela está aprendendo algo sobre si mesma, algo que esteve faltando em sua
vida, e precisa de sua direção. Ela está dependendo de você para mantê­la segura. Ela deve
confiar em você implicitamente. Você está pronta para esse tipo de responsabilidade?”

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Brenna   piscou,   procurando   desesperadamente   por   um   vislumbre   de   Royce   no
espelho. Ela tinha esperado nada além de diversão e jogos, mas Royce soava muito mais sério
sobre isso do que ela esperava. “Eu não sei o que dizer. Pensei que você ia me mostrar que
tipo de coisas os homens faziam para fazer as mulheres obedecê­los. Eu pensei que fosse
apenas sexo.”
“Não, Brenna. É mais — muito mais. Não desvie o olhar dela. Ela  é a coisa mais
importante no seu mundo agora.”
Tentando não deixá­lo ver o quanto a suavidade em seu tom a afetava, Brenna mais
uma   vez   olhou   para   seu   reflexo.   “Ok.   Estou   olhando.   Parece   comigo.   Eu   não   sei   o   que
deveria estar vendo.” Ela olhou para cima, encontrando seus olhos no espelho. “Droga. Eu
sabia que seria péssima nisso.”
Royce riu suavemente. “Você está indo bem. Você é duas pessoas diferentes agora,
Brenna. O Dominante em você está sentado na cadeira.” Ele arrastou um dedo logo dentro de
seu roupão para acariciar sua clavícula, seu toque enviando ondas de formigamento para
seus mamilos. “A submissa em você está no espelho. Tente separar os dois.”
Brenna assentiu, não entendendo como ela poderia fazer isso. “Ok.”
“O que você vê em seus olhos?”
Brenna piscou na pergunta, e estudou seu reflexo, não muito certa do que deveria
dizer. Surpresa na emoção os rodeando, ela falou sem pensar.
“Medo.”
O reflexo de Royce apareceu no espelho novamente, direto acima de seu ombro, sua
beleza devastadora ficando ainda mais intimidante no brilho duro de autoridade em seus
olhos. “Sim. O que mais? Você deve ser capaz de ler seus olhos, Brenna. Você deve ser capaz
de ler sua linguagem corporal. Você tem que saber o que ela está pensando e sentindo se
estiver indo agradá­la. Ela precisa que você a compreenda, que compreenda coisas sobre ela
que ela não pode sequer verbalizar.”
Sua voz baixou perigosamente.
“Se você vai levá­la a se submeter a você, a todos os seus caprichos, você tem que
conhecê­la mais intimamente do que ela mesma. O que ela está sentindo, Brenna?”

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Ela nunca tinha considerado isso dessa maneira. O pensamento de que ele tivesse
tanto controle sobre ela a assustou tanto que ela quase saiu.
Em suas fantasias, ela nunca perdia o controle do que ele fazia com ela.
Enrijecendo,   ela   fechou   os   olhos   e   respirou   fundo,   lembrando­se   de   que   ele   não
poderia   ter   o   que   ela   não   desse.   Ela   abriu   os   olhos   e   estudou   seu   reflexo   novamente,
estremecendo ao sentir o fôlego quente de Royce em seu pescoço. “Hum, confusão.”
Droga.   Ela   deveria   estar   aprendendo   como   eles   treinavam   Dominantes,   e   já   se
encontrava cedendo ao desejo de se submeter.
Endireitando­se, Royce permaneceu de pé atrás dela, as mãos enroladas em torno do
encosto da cadeira.
“Muito bom. Sua submissa está confusa, o que às vezes pode ser uma coisa boa. Você
quer mantê­la na ponta dos pés, mas tem que ter cuidado com isso. Ela tem que saber o que é
esperado dela. Tudo bem ela estar confusa tão cedo, mas você tem que ter certeza de que ela
entende o que está acontecendo.”
Brenna esperava que essa parte chegasse logo, pois o pânico continuava rastejando.
Para sua surpresa, porém, concentrando sua atenção no espelho tinha reduzido um pouco de
seus nervos.
“O que é o próximo?”
“Nós   vamos   ter   que   dar   a   sua   sub   uma   palavra   segura   —   uma   palavra   que   ela
poderá usar sempre que estiver em apuros, ou quando ela sentir que não consegue aguentar
ao que está sendo submetida. Desde que você é o seu Dom, é sua escolha. Você quer escolher
uma palavra segura para ela, ou você prefere deixá­la fazer isso? Tem que ser uma palavra
que não vem normalmente em conversas.”
Ela pegou seu leve sorriso no espelho, e relaxou um pouco mais. “Eu farei isso.  É
cristal.”
Royce assentiu uma vez. “Cristal então. Há algo muito importante que você precisa
explicar a ela sobre sua palavra segura.”
“O que é?”
Os olhos de Royce endureceram. “Assim que ela usá­la, acabou.”

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Um nó frio se formou no estômago de Brenna. “Acaba? Quer dizer que você vai
partir para outra coisa?”
Royce sacudiu a cabeça. “Eu quero dizer, acabou, Brenna. Como eu disse, é preciso
muita   confiança   para   ter   uma   relação   como   esta.   Você   tem   que   ter   certeza   de   que   sua
submissa   pode   lidar   com   o   que   quer   que   você   tenha   planejado.   Em   troca,   ela   tem   que
concordar em ter seus limites explorados. A única maneira de fazer isso é levá­la mais fundo.
Agora, se você estiver certa de que ela tentou, e que poderia ser algo que ela simplesmente
não consegue lidar, e usou a palavra segura apenas porque se sente desconfortável não será
tolerado. Se for esse o caso, ela não está realmente interessada em explorar essa parte de si
mesma e é um desperdício de seu tempo.”
Brenna tragou fortemente. “Mas eu — ela pode usá­la?”
“Só se for absolutamente necessário. Se ela usá­la cada vez que estiverem juntos, ou
você é um péssimo Dom, ou ela só está brincando com você. Ela tem que querer explorar os
prazeres que podem ser encontrados na submissão e se render a alguém que quer formar um
vínculo com ela, um onde ele se compromete a cuidar dela em todos os sentidos. Entendeu?”
Brenna assentiu, esperando  que sim. A realidade  dessa fantasia estava parecendo
muito mais complicada do que ela esperava. “Sim. Só em casos de emergências.”
Royce   sorriu.   “Algo   assim.   É   claro   que   haverá   momentos   em   que   ela   será
amordaçada, nesse caso ela não será capaz de usá­la, mas a confiança deve ser conquistada
entre vocês antes disso.”
Sabendo que nunca chegaria a esse ponto no breve tempo que planejava ficar aqui,
ela assentiu novamente. “Ok.” Só de pensar de ser incapaz de usar sua palavra segura a
assustava,   mas   com   isso   veio   uma   emoção   que   ela   não   tinha   previsto.   Imaginar   estar
amarrada e amordaçada, incapaz de escapar enquanto eles forçavam seu prazer, enquanto a
impediam   de   contestar   ou   usar   sua   palavra   segura   enviou   uma   nova   onda   de   excitação
através dela, uma tão forte que lhe roubou o fôlego.
Ela não seria nada além de um objeto para eles brincarem e não poderia fazer nada
para impedi­los. Esperando que, eles assumissem e empurrassem os últimos de seus medos.

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Ele   esperou   até   que   ela   encontrasse   seus   olhos   novamente.   “Agora   que   tivemos
algumas coisas fora do caminho, é hora de conhecer sua submissa um pouco melhor. Vamos
começar a inspeção.”
O tom trivial de Royce enquanto anunciava suas intenções eróticas enfraqueceu seus
joelhos, deixando­a feliz que estivesse sentada.
“In–Inspeção?” Apenas a palavra a deixou tensa e enviou sua fome crescente.
Royce sorriu pacientemente, os olhos vivos com antecipação. “É claro. Temos que
saber do que sua submissa gosta e do que não gosta. Você precisa descobrir que lugares são
muito sensíveis, e que lugares ela não gosta de ser tocada. Você precisa conhecer seu corpo
tão intimamente quanto conhece o seu próprio. Ela te pertence, lembre­se. Ela  é sua para
cuidar. Ela é sua posse — sua mais valiosa e preciosa.”
O   timbre   baixo   e   sedoso   em   seu   tom   fez   seus   mamilos   eriçarem   e   pressionarem
contra o roupão macio, enquanto seu clitóris pulsava incessantemente. Tudo que ele disse
soou provocativo, mas uma palavra mandou seu pulso correndo.
“Posse?”
A sobrancelha de Royce subiu. “Claro. Pelo menos quando estiver envolvida em uma
cena — ou para nossos propósitos — quando estivermos nesta sala. Ela pertence a você. Seu
prazer. Sua dor. Seu medo. Você deve ser capaz de antecipar tudo que ela vai fazer ou dizer.
Leva exploração, experimentação, paciência e muita atenção. Mas, no momento, você nem
sequer sabe como ela é. Você não sabe como ela gosta de ser tocada, ou quais os medos que
ela precisa superar.”
Brenna encontrou seus olhos no espelho, seu coração batendo quase fora do peito.
Perguntando­se o quanto ele sabia, ela engoliu em seco e assentiu.
Royce sorriu. “Você vai ter que ser gentil com ela, especialmente no início. Ela vai
ficar desconfortável com sua nudez, mas você não pode permitir ela se esconder de você. Ela
pertence a você. Você deve ter acesso a todas as partes de seu corpo, a fim de fazê­la ciente
disso.”
Os olhos de Royce se estreitaram. “Ela nunca vai estar completamente confortável
com isso, na verdade, seria uma pena se o fizesse, mas vai fazer melhor com o tempo.”
Brenna ficou de pé, tomando um momento para se firmar.

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Royce segurou seus olhos no espelho. “Ela vai querer que você a ajude, mas tirar
suas roupas não comanda seu cumprimento. Ela tem que tirar sua própria roupa. Isso a fará
se   sentir   mais   impotente,   pois   ela   sabe   que   está   se   submetendo   a   você   por   sua   própria
vontade.”
Ele sabia o que ela sentia!
Ele não tomava. Ele a atraía a dar.
Mordendo o lábio, Brenna agarrou o cinto do roupão, seus olhos detidos por Royce
no espelho por vários segundos antes que ele desaparecesse na escuridão novamente.
É claro que sabia o que uma submissa sentia. Ele era um Dom, afinal.
Fazendo uma pausa, ela engoliu em seco de novo, nervosamente enrolando o cinto
do roupão em suas mãos. “E se ela não se despir?”
O   silêncio   que   se   seguiu   fez   os   cabelos   em   sua   nuca   arrepiar.   Depois   de   longos
segundos, segundos que se arrastaram com uma lentidão excruciante, Royce voltou a falar, a
voz baixa, mas com uma extremidade de aço.
“Há uma série de razões para isso, mas o resultado final é que, ou ela se despe ou
será levada de volta ao seu quarto. É o fim. Ela tem que se dar de bom grado, Brenna, ou não
há submissão. É simplesmente estupro.”
Brenna ofegou na palavra feia. Não era nada disso, mas ela não sabia como lhe dar o
que ele queria. Sua mente estava em branco, o motim de sensações se construindo dentro
dela bloqueava todo o resto. Ela se sentia mais viva do que já se sentira em sua vida, cada
terminação nervosa formigava com consciência. Com essa conscientização veio à excitação,
uma que ela nunca teria imaginado, ficando mais intensa porque se originou em sua mente.
Droga, ele era bom. Muito bom.
Royce apareceu no espelho novamente, curvando­se, seus olhos cintilavam com o
conhecimento de sua excitação e uma tranquila segurança de que podia lidar com isso.
“A submissa tem todo o poder, Brenna, algo que todo Dominante sabe muito bem.
Esta é a única maneira que esse tipo de relacionamento pode realmente funcionar. Ela deve
saber que está em boas mãos e que pode confiar nele dominá­la. Com uma palavra, tudo
pode parar.” Inclinando a cabeça, ele fez um gesto para seu reflexo.

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“Ela quer usar essa palavra e sair daqui, ou quer deixar o roupão cair ao chão, para
podermos   continuar   a   explorá­la?   Seu   Dom   estaria   ansioso   para   explorar   suas   curvas
deliciosas. Ele gostaria de conhecer a textura de sua pele. Ele gostaria de sentir os tremores
em baixo. Ele gostaria de saber como cada toque suave, cada toque firme, ia afetá­la. Ele
gostaria de saber tudo sobre ela e lhe ensinar mais sobre si mesma do que ela jamais poderia
ter imaginado.”
Cada palavra que ele falou deslizou sobre sua pele como uma carícia, aumentando
seu desejo.
Ele usou o cacho que tinha em volta do dedo para acariciar o lugar sensível na base
de seu pescoço, e fez um gesto em direção ao espelho.
“Ela está contando com você para ensiná­la — lhe mostrar coisa sobre si mesma que
ela nem sequer tinha fantasiado ainda.”
Hálito quente acariciou sua orelha, a voz profunda baixando e se tornando ainda
mais sedosa.
“Prazer.   Dor.   Um   golpe   suave.   Um   firme.   Olhe   em   seus   olhos,   Brenna.   Ela   quer
saber. Ela está com fome, e precisa de alguém que tenha tempo e paciência para satisfazer
essa fome.”
Desejo  zumbiu por suas veias como o melhor vinho, deixando­a meio atordoada.
Nunca tirando os olhos dele, ela soltou o cinto e deixou o roupão cair em uma poça ao redor
dos quadris, sentindo sua nudez com uma consciência aguda, uma que fez cada centímetro
de carne exposta formigar.
Tremendo de nervoso, ela olhou para o espelho, não sabendo o que deveria fazer
sem seguida.
Desapontada quando ele se endireitou e desapareceu na escuridão mais uma vez,
Brenna encontrou o reflexo de seus próprios olhos no espelho. Chocada que a luxúria que
sentia se mostrava tão claramente, ela começou a fechar os olhos, sacudindo no estalo do tom
de Royce.
“Mantenha­os abertos. Você precisa vê­la, Brenna. Lembra? Não deixe que ela feche
os olhos, e acreditar que é uma fantasia. Não a deixe escapar de seu próprio mundo. Ela
precisa   de   você.   Ela   não   é   linda?   Estou   com   inveja,   sabia.   Eu   adoraria   ter   a   chance   de

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dominar   uma   mulher   tão   bonita   e   responsiva,   uma   que   realmente   não   percebe   sua
capacidade para o prazer. Mulheres apaixonadas são tão vulneráveis, por isso é necessário
que ela saiba que você está lá para ela.”
Brenna tomou um fôlego estremecido, seu coração disparado. Ela podia sentir seus
olhos se movendo sobre ela, o olhar tão potente quanto uma carícia. “Eu estar lá para ela?”
Deus, ela daria qualquer coisa para tê­lo assumindo. E teve que morder o lábio para não lhe
implorar para fazer exatamente isso.
A   voz   de   Royce   baixou,   e   o   timbre   sedutor   combinado   com   a   ponta   afiada   de
autoridade dançou sobre sua pele como milhares de dedos. “Sim. Ela precisa de você para
dirigi­la, lembra? Ela está confiante de que você vai cuidar dela. Por que ela iria se submeter
a você se você não fosse cuidar dela? Ela sabe que há prazer guardado para ela. Você pode
ver isso em seus olhos, não é? Ela só não sabe quanto ainda. Pouco a pouco, você vai lhe
mostrar.   Vai   lhe   mostrar   que   quanto   mais   profunda   a   submissão   —   mais   profundo   é   o
prazer.”
Brenna engoliu fortemente, desejando que pudesse ver o rosto de Royce quando a
linha entre ela e a mulher no espelho tornou­se ainda mais turva. “Eu não sei como.” Saiu
como   um  sussurro   ofegante,   mas   pareceu   alto   no   silêncio   pesado   da   sala.  Seus   mamilos
doíam tanto  que ela mal resistia  ao  impulso  de esfregá­los, o roupão sob seu traseiro  se
tornando sufocante.
Outra   das   longas   pausas   se   seguiu,   esticando   seus   nervos   e   aumentando   sua
excitação ainda mais. Sentada seminua em um quarto com um estranho virtual, seu corpo
claramente iluminado, ela sentia o efeito completo de sua exposição.
Medo, excitação, nervos, vulnerabilidade  e luxúria foi uma combinação poderosa,
uma que a deixava confusa e abalada, e pendurada ansiosamente para Royce a cada palavra.
Ela não se sentia como si mesma, se tornara uma criatura de necessidade que faria qualquer
coisa para ser o que Royce queria que ela fosse.
Ela se aquietou, puxando uma ingestão aguda de ar e segurando enquanto alcançava
e   soltava   o   cinto.   Estremecendo   quando   o   roupão   caiu   para   os   lados,   deixando­a
completamente nua.

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Olhando­se no espelho, ela não podia negar que mal reconhecia a mulher olhando de
volta para ela.
Seus olhos, escuros com necessidade, não pareciam muito focados. Seu rosto estava
corado,   sua   respiração   saindo   aos   arrancos   por   lábios   entreabertos.   Seus   mamilos   se
destacavam, eriçados e necessitados. Não até que estudou seu reflexo — realmente  olhando
para si mesma, ela percebeu que tinha arqueado as costas, empurrando os seios para fora em
um convite involuntário a Royce.
Ela sabia que tinha um bom corpo, mas nunca tinha estado tão orgulhosa dele até
agora, ansiosa para mostrar a Royce cada parte dela.
A voz desencarnada de Royce veio por detrás dela, suave como seda, mas com aço
subjacente. “Você está aqui para ela, lembra? Olhe para ela. Olhe para seu corpo bonito. Para
dominá­la, você vai ter que conhecer cada centímetro dele.”
Incapaz de falar, Brenna assentiu, sua pele formigando quando ela imaginou as mãos
dele tocando­a em todos os lugares.
“Ela está esperando, Brenna.” Seu tom tinha esfriado consideravelmente, uma tensão
que não tinha estado lá antes.
Abraçando­se contra o frio repentino, Brenna tragou novamente. “Esperando pelo
quê?”
“Você não pode lhe permitir se esconder desse jeito de você. Ela deve estar aberta.
Ela precisa ter os braços em seus lados e mantê­los lá a menos que você lhe diga o contrário.
Ela precisa espalhar as coxas. Essa boceta te pertence e ela não tem o direito de escondê­la de
você. Ela  pertence  a você. Você realmente vai deixá­la te impedir de ver partes que ela fica
desconfortável em lhe mostrar? Isso não será permitido, Brenna.”
Embora ele falasse como se lhe dizendo como lidar com a mulher no espelho, ela
sentiu   como   se   ele   estivesse   falando   com   ela   do   jeito   que   faria   se   ela   realmente   lhe
pertencesse.
Ainda olhando para seu reflexo, e ainda mais confusa, Brenna deixou cair os braços
para os lados e espalhou as coxas, tremendo tanto agora que mal conseguia ficar de pé. Seu
estômago estremeceu, sua boceta cerrou, e a necessidade se tornou insuportável. Frustrada,
ela o atacou.

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“O que ela está esperando? O que eu devo fazer?”
“Faça­a se levantar, Brenna. Você precisa vê­la toda.”
Ele esperou até que ela ficasse vacilante sobre seus pés antes de aparecer no espelho
de novo, moveu a cadeira  para longe e ficou direto  atrás dela, o tom calmo  e aquecido.
“Acalme­se, querida. Você não pode perder o controle. Ela precisa de você.” Seus olhos se
estreitaram,   o   calor   neles   inconfundível.   “Você   sabe   malditamente   bem   o   que   ela   está
esperando, mas tem medo de perguntar.”
“Eu não posso fazer isso, droga! Ajude­me.” O último saiu como um soluço, sua voz
embargada   pelas   lágrimas.   Quase   fora   de   si   de   frustração,   ela   gemeu   quando   ondas   de
formigamentos de alerta lavaram sobre ela.
E ele mal a tocara!
Royce segurou seus olhos no espelho mais uma vez. “Você quer que eu te toque?
Para te ajudar a explorá­la? Nesse caso, você vai ter que pedir. Ela é sua submissa. Sua para
dar para mim.”
Brenna não conseguia pensar em nada no mundo que ela precisava — queria — mais
do que o toque de Royce.
Tremendo   incontrolavelmente   agora,   ela   olhou   para   o   espelho,   surpresa   que   não
pudesse mais nem ver a si mesma, sua visão borrada com lágrimas de frustração.
“Sim. Toque­me. Segure­me. Eu não posso mais suportar.”
Ela caiu de alívio quando o braço de Royce veio ao redor de sua cintura, tomando
seu peso. Estremecendo no hálito quente contra sua orelha, ela fechou os olhos, recostando­se
no ombro dele.
“Sinto muito. Estou tão confusa.”
“Não, você não está. Você sabe exatamente  o que  quer. Só muito  assustada para
pedi­lo. Abra os olhos, Brenna. Olhe no espelho.”
Fazendo como ele pediu, ela suspirou na visão dela nua e em seus braços.
Ela nunca tinha visto nada tão incrivelmente erótico. Ela parecia tão pequena e frágil
contra sua estrutura muito maior. Necessidade a agarrou, e ela teve que morder o lábio para
não lhe implorar para tomá­la.

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Sua pele escura fazendo a dela parecer ainda mais clara, a mão escura parecendo
exótica e masculina contra sua barriga trêmula.
“Olhe para ela, Brenna. Olhe em seus olhos.”
Enrolando a mão livre ao redor de seu pulso, Royce levantou sua mão para um seio,
arrastando seus dedos sobre o mamilo.
“Do   que   ela   precisa,   Brenna?   Olhe   em   seus   olhos.   Do   que   a   mulher   no   espelho
necessita?”
Seus   olhos   tempestuosos   encontraram   os   dele   tranquilos   no   espelho,   com   uma
confiança que de alguma forma a tranquilizou, e a única coisa que manteve seu pânico na
baía. Ela desejou com tudo por dentro que fosse a mão dele tocando­a ao invés da dela. Seu
próprio toque não chegava nem perto de apaziguar sua fome desenfreada.
Ela precisava dele.
Ela nunca tinha precisado tanto de pertencer a alguém. Dez minutos com Royce e ela
doía tão mal que faria qualquer coisa por alívio. Depois de apenas dez minutos, ela se sentia
conectada a ele de uma maneira que nunca tinha se sentido com qualquer homem, mesmo
quando fazia amor.
Ele a intrigava, e a excitava, e a fazia se sentir mais desejável e sexy do que já se
sentira antes.
Mais do que isso, ela se encontrava ligada a ele, tão cativada por sua presença forte
que tinha se rendido a ele sem que fizesse qualquer esforço consciente para fazê­lo.
Ela faria o que ele quisesse, seria tudo que ele quisesse que fosse — se ele a fizesse
sua.
Seu estômago estremeceu quando o pulsar em seu clitóris se tornou insuportável, sua
boceta apertando e liberando ainda mais de seus sucos.
Ela doía em todos os lugares.
Formigava.
Queimava.
Exceto por segurá­la e envolver a mão em seu pulso, ele ainda não a tinha tocado, e
ainda assim ela começou a gozar. Para seu espanto, um pequeno orgasmo após o outro a

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percorreu, cada um enviando ondas cintilantes através dela que não chegava nem perto de
satisfazer a fome furiosa que Royce tinha acendido dentro dela.
Engasgada, seu corpo destroçado com soluços, Brenna balançou a cabeça, fechando
os olhos contra a decepção que ela sabia veria nele.
“Ela — eu — preciso de você. Deus me ajude, eu preciso de você. E eu não posso.”
Torcendo­se de seu aperto, ela correu para a porta, correndo nua pelo corredor e para
seu quarto, batendo a porta atrás dela. Recostando­se contra a porta, ela se afundou para o
chão,   soluçando   incontrolavelmente   e   se   sentindo   como   uma   tola.   Ainda   incrivelmente
excitada, ela se abraçou e começou a balançar, o pequeno movimento a acalmando.
Royce só tinha precisado de alguns minutos para descobrir seu maior segredo, uma
que nem ela mesma ainda acreditava totalmente.
Ela   precisava   se   render   a   um   homem.   Se   submeter.   A   ele.   E   se   entregar   a   seus
cuidados. Ela queria lhe pertencer, e ver o prazer e a fome em seus olhos quando a tomasse.
Os poucos minutos que passara com Royce a fez sentir mais do que ela já sentira.
Doía — tanto que ela mal conseguia respirar.
A batida dura e impaciente, muito mais alta e mais insistente do que antes, a fez
estremecer. Batendo a mão na boca para conter um grito, ela olhou em volta freneticamente,
se perguntando o que deveria fazer.
Ela não poderia enfrentá­lo, especialmente nua e chorando, seu corpo ainda vibrava
com os restos de algo muito forte para ser considerada apenas luxúria.
“Brenna, eu posso ouvi­la chorando. Afaste­se da porta para que eu possa abri­la.”
Ela fechou os olhos quando sua voz profunda, agora baixa e calmante, lavou sobre
ela. Se abrisse a porta, ela sabia que cairia em seus braços e lhe imploraria para tomá­la.
Tinha   sonhado   se   sentir   assim,   mas   a   realidade   se   mostrava   mais   intensa   e
assustadora do que qualquer fantasia. “Não. Vá embora.”
“Eu não posso fazer isso, Brenna.” A porta abriu alguns centímetros. “Deixe­me lhe
dar seu roupão. Coloque­o e vamos conversar.”
“Eu não quero conversar com você.” Saiu como um grito rouco, suas emoções em
frangalhos. Enrolando­se em uma bola no chão, ela se aquietou, se perguntando se tinha
apenas imaginado a tensão na voz de Royce.

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“Muito ruim. Afaste­se um pouco para que eu possa te dar o roupão. Sebastian está
trazendo um pouco de vinho para ajudá­la se acalmar.” Depois de uma pausa, ele bateu de
novo. “Não há tranca no interior da porta, Brenna. O que vai fazer, ficar aí a noite toda?”
“Sim.” Depois disso, ela nunca mais seria capaz de encará­lo. Ia esperar até que ele
partisse, e encontraria uma maneira de escapar.
“Tudo bem. Vou entrar pela porta secreta.”
“O quê?” Brenna saltou de pé, olhando em volta para ver por onde Royce poderia
entrar.
Assim que se afastou da porta, ele a abriu mais alguns centímetros e enfiou a mão
para dentro, o roupão pendurado nos dedos.
“Coloque­o, e vamos conversar.”
Brenna pegou o roupão de sua mão e rapidamente o vestiu, mantendo o lado de seu
pé pressionado contra a porta para impedi­lo de entrar. Suas mãos tremiam tanto que levou
três tentativas para amarrá­lo, mas ela finalmente conseguiu.
“Não quero  conversar. Por favor, vá embora.” Ela enxugou as lágrimas do rosto,
surpresa   ao   descobrir   que   tinha   parado   de   chorar.   “Já   fiz   papel   de   boba.   Só   quero   ficar
sozinha.”
“Vou te deixar  sozinha assim que conversarmos. Agora, abra  a porta, agora. Seu
vinho está aqui. Você não pode ficar aí segurando essa porta a noite toda.”
Percebendo   que   ele   estava   certo,   Brenna   fechou   a   mão   em   torno   das   lapelas   do
roupão perto da garganta e se afastou da porta.
Virando de costas para a porta enquanto se abria, ela foi para a janela e se enrolou
sobre o assento lá, puxando o roupão mais apertado. Pelo canto do olho, ela viu Royce vindo
em sua direção, grata quando ele parou perto da mesa redonda que ficava a vários passos de
onde estava sentada. Ela ouviu os sons dele abrindo a garrafa de vinho e despejando um
copo, mas não ousou olhar em sua direção.
Várias luzes iluminavam o estacionamento abaixo, onde alguns carros já estavam
estacionados, e outro estacionava enquanto ela assistia.

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Dois homens saíram, mas de onde estava ela só conseguia ver pouco mais do que o
topo de suas cabeças. Eles andavam rápido, porém, como se com pressa de entrar, fazendo­a
imaginar o que exatamente se passava lá em baixo.
Uma taça de vinho apareceu em seu ombro, forçando­a a se virar em direção a ele e
aceitar. “Pensei que você preferia cerveja a vinho.”
“Obrigado.” Tomando cuidado para não tocar em sua mão, ela pegou o copo e se
voltou para a janela, bem a tempo de ver uma caminhonete estacionar. “Algumas ocasiões
pedem vinho.” Ela tomou um bom gole, esperando que o vinho a ajudasse a se recompor.
Royce abaixou­se para o assento almofadado, correndo um dedo sobre seus dedos
dos pés que espiavam por debaixo da bainha do roupão.
“Você não tem nada do que se envergonhar, Brenna.”
Puxando o pé, Brenna tomou outro gole do vinho. E deixou o olhar deslizar para seu
reflexo na janela, incapaz de ignorá­lo, mas relutante em enfrentá­lo depois do que tinha
acontecido.
“Isso   é   besteira   e   você   sabe.   Eu   deveria   estar   no   comando,   e   em   apenas   alguns
minutos, eu perco completamente o controle, como se fosse uma virgem ou algo assim, e
comecei a gozar antes mesmo de me tocar. Você deve estar muito orgulhoso de si mesmo.”
Ela deve ter parecido tão fácil para ele — apenas mais uma em uma longa lista de
mulheres que não conseguia resistir a ele.
Royce suspirou, tocando um dedo na parte inferior de seu queixo. “Olhe para mim,
Brenna.”
Ela afastou sua mão. “Não.” Ela só queria que ele saísse para que pudesse se vestir e
dar o fora daqui.
Seu tom se suavizou, mas ainda segurava uma extremidade leve. “Aprendi cedo o
que eu precisava. Não me desculpo por isso e não vou aceitar nada menos. Você não deveria
também.”
Brenna prendeu o fôlego quando ele traçou um dedo em sua bochecha. “É fácil para
você dizer. Você é um Dom — o que está no comando. Não há nada de vergonhoso nisso.”
Levantando­se,   ela   se   afastou,   tomando   outro   gole   do   vinho,   inquieta   demais   para   ficar
sentada por mais tempo.

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Royce tocou seu cabelo, um leve toque de seus dedos, que fez a parte de trás de seu
pescoço formiga. “Não há nada do que se envergonhar. Você teve coragem de experimentar.
Agora você sabe do que precisa. Eu diria que foi um sucesso.”
Brenna bufou deselegante, virando­se para encará­lo. “Sim, claro. O que preciso é ser
escrava de um homem. Olha, só porque você tem uma série interminável de mulheres que
vêm para cá para te dar o que precisa, não é assim no mundo real — pelo menos não no
meu.”
“Diga­me.”
Fechando os olhos contra a persuasão sedosa em um tom que ela suspeitava ele tinha
dominado ao longo dos anos, ela engoliu em seco. E tomou outro gole de vinho, sabendo que
os efeitos já começavam a soltar sua língua, mas, neste momento, ela percebeu que não mais
importava.  “Tive alguns namorados no  passado. Quando  o  sexo  ficava… Medíocre,  pelo
menos para mim, eles me acusavam de não gostar mais deles, ou pior, me acusavam de ser
muito franca e exigente. Quando tentei adicionar um pouco de… Tempero, para sugerir que
eles   fossem   um   pouco   mais  ativos,   eu   fui   empurrada   e   tomada   tão   rápido   que   já   tinha
acabado   antes   mesmo   que   eu   pudesse   ficar   excitada.   Se   eu   ficava   agressiva,   eles
simplesmente se deitavam e me deixavam assumir, sem nenhum protesto.”
Ela tomou outro gole de vinho e deu de ombros. “Acho que eles não entenderam, e
só tenho a mim mesma para culpar. É difícil explicar o que quero quando nem eu mesma me
conheço.”
Ela   tomou   outro   gole   de   vinho,   gostando   do   jeito   que   esquentava   sua   barriga.
“Então, eu acho que quero alguma coisa, inferno, aparentemente preciso de algo que é quase
impossível conseguir, ou explicar, e você chama isso de sucesso. Notável.”
Royce se levantou e foi ficar atrás dela, colocando as mãos em seus ombros. “As
pessoas como você — e eu — são a razão que abrimos este clube. Há um monte de gente lá
fora procurando por algo que não conseguem encontrar em nenhum outro lugar, ou têm
vergonha de pedir.”
Perturbada pela forma como seu toque leve reacendeu seu desejo, ela tentou recuar.
“Não quero apenas sexo, Royce. Não sou assim.” Lembrando o que havia acontecido
poucos minutos antes, ela olhou para a taça, ainda mais deprimida. “Inferno, talvez eu seja.

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Não  sei. Eu  quero  mais. Sempre  parece  ter  algo  faltando.” Ela deu  de  ombros, tentando
esconder a dor e confusão. “Talvez eu seja algum tipo de aberração.”
Royce pegou a taça agora vazia de sua mão e a deixou não muito gentilmente na
mesa ao lado dela antes de segurar seus ombros e virá­la para enfrentá­lo. A raiva em seu
rosto enviou um calafrio através dela, fazendo­a desejar que tivesse mantido a boca fechada.
“Você   não   é   uma   aberração   só   porque   precisa   de   algo   mais.   Jesus,   eu   estou   tão
cansado   dessa   atitude.”   Correndo   a   mão   pelo   cabelo,   ele   respirou   fundo   e   soltou   o   ar
lentamente. “Não há nada de errado em ir atrás do que você quer. Todos nós precisamos do
que precisamos. É simplesmente estúpido se contentar com menos. Pessoas como Donner dão
ao resto de nós um mau nome, e então você vai nos comparar a ele. Depois, você aprende
que suas suspeitas são verdadeiras, que você precisa se submeter, e chama a si mesma de
aberração. Tenho notícias para você, Brenna, uma relação entre um Dom e uma sub é bem
mais íntima do que a maioria dos casamentos. Há um nível de carinho e confiança envolvida
que a maior parte das pessoas não experimenta em suas vidas inteiras.”
As mãos circularam seu pescoço, os polegares sob seu queixo mantendo seu rosto
erguido para ele. Os olhos brilhavam, segurando­a hipnotizada. “Talvez isso seja parte do
que você está procurando, Brenna. Essa conexão. Você quer se perder com um homem, ou
homens, que você pode confiar para mantê­la segura — confiar que gosta de você o suficiente
para lhe dar o que precisa. Você é uma mulher apaixonada, uma mulher  comprovadamente
apaixonada. Você precisa de alguém em quem confiar para ajudá­la a explorar essa paixão ao
máximo.”
Ela se conhecia bem o suficiente para saber que nunca teria respondido a qualquer
homem do jeito que tinha com Royce. Tinha sentido uma conexão com ele, e com King, desde
o primeiro momento em que os conhecera. Temendo o que eles poderiam pensar dela se
soubessem, manteve o conhecimento só para ela.
Sua experiência no outro clube lhe dera discernimento suficiente para saber que ele e
King poderiam escolher entre as submissas que viessem ao clube à procura de satisfação. Ela
nunca poderia competir com isso. Nunca ia querer compartilhar seu homem, sabendo que
quando fossem trabalhar, estariam  fodendo  outras mulheres.  Ela se conhecia o suficiente
para saber que nunca poderia viver assim.

70
Dando de  ombros, ela baixou os olhos e se virou, pegando a garrafa de vinho  e
reabastecendo seu copo antes de voltar para a janela.
“Talvez você esteja certo, mas encontrar tal homem poderia se difícil.” Esperando
mudar de assunto, ela fez um gesto em direção à janela, meio torcida para olhar para ele. “O
clube parece ocupado. É sempre assim?”
“O clube normalmente fica ocupado com pessoas como nós à procura de satisfação.
Esta noite, porém, tem um leilão.”
Brenna se virou, quase derramando o vinho. Choque e luxúria a atingindo, junto com
uma pequena quantidade de alarme. “Vocês realmente leiloam as mulheres?” Encontrava­se
atraída por um mundo que não entendia e um homem que não conseguia resistir.
Cruzando os braços sobre o peito, Royce a considerou com firmeza. “Sim. Uma vez
por mês.” Seus lábios se contraíram. “Há uma lista de espera.”
Uma imagem mental de ser despida e inspecionada por potenciais licitantes passou
por sua mente, enviando uma onda de luxúria através dela, uma tão intensa que quase a
dobrou. Mas em sua mente, o homem correndo as mãos sobre ela e forçando­a a cumprir
suas demandas se parecia com Royce.
Sacudindo   a   cabeça   para   se   livrar   da   imagem,   ela   abriu   os   olhos,   ofegando   ao
encontrar o rosto de Royce a centímetros do seu.
Ele   tinha   se   aproximado   sem   que   ela   percebesse,   os   passos   silenciosos   no   tapete
felpudo.
“Isso te excita. Interessante. Você gostaria de ser leiloada?”
Erguendo seu queixo com um dedo firme, ele segurou seus olhos. “Muitas mulheres
fazem isso para viver sua fantasia, e algumas até mesmo encontram Doms permanentes. O
acordo é apenas por uma noite, mas depois, quem sabe? É inteiramente com eles.”
A onda de desejo dentro dela cresceu com uma força e velocidade que a cambaleou.
Ainda   abalada   com   o   que   tinha   acontecido   mais   cedo,   ela   se   afastou   dele,   respirando
ofegante.
“Não. Eu não poderia. Não posso apenas dormir com alguém.” Ela tomou o resto do
vinho  no  copo   e  colocou  na  mesa,  as mãos tremendo   tanto   que  temia  deixar   cair   à   taça
delicada. “Qual seria a sensação?”

71
As palavras escaparam antes que ela sequer soubesse que ia pronunciá­las, e com um
grito estrangulado, ela se virou para longe, segurando a parte de trás do grande chaise como
suporte. “Não. Não quero saber. Esquece que perguntei.”
Ela   prendeu   o   fôlego   quando   Royce   chegou   por   trás   dela,   um   gemido   baixo
escapando quando as mãos foram para o cinto do roupão.
“Você quer fazer isso. É uma de suas fantasias? Ter um homem te querendo tanto
que   lutaria   com   outros   para   tê­la?   Pertencer   a   ele?   Ficar   indefesa?   Ser   inspecionada?
Explorada?”   Ele   trabalhou   o   cinto   do   roupão   solto   com   propósito   lento   e   deliberado,
segurando as pontas.
“Primeiro,  King  e  eu  íamos prepará­la.  Íamos tirar  toda a sua roupa,  vendá­la, e
amarrar suas mãos nas costas. Você não seria capaz de cobrir nada, ou impedir que alguém a
toque.”
Brenna observava suas mãos, fascinada com a força suave nelas, perdida numa teia
de sedução em seu tom frio e sedoso se despejando sobre ela.
Ele soltou uma parte do roupão, ainda segurando as pontas do cinto.
“Você já teria se banhado em sais perfumados, e seria exigida que tivesse sua boceta
raspada. Você já teve sua boceta raspada?”
Brenna suspirou quando o roupão se abriu ainda mais e caiu de seus ombros em uma
poça a seus pés.
“Uma vez. Eu — hum — fiz isso para um n–namorado. Como surpresa.”
Royce se aquietou atrás dela. “Por que você fez? Ele te pediu isso?”
“Não. Eu apenas pensei que iria — hum — inspirá­lo.”
“Suspeito pelo seu tom, que isso não aconteceu. Pena. Se você pertencesse a King e
eu, você seria obrigada a manter sua boceta raspada e suave o tempo todo. Eu não quero
nada escondido de mim.”
Seus lábios tocaram sua orelha. “Eu já estou inspirado.”
Calor quente fluiu sobre ela como mel mais espesso. Sua pele de repente se sentiu
muito   quente   e   apertada   para   conter   sua   excitação.   Sua   imaginação   ficou   selvagem,   se
perguntando como seria ser posse de Royce e King — e tê­los tocando e fazendo com ela
coisas que só teve em sonhos.

72
Royce tocou as pontas do roupão que ainda segurava em seus mamilos. “Diga­me o
que aconteceu.”
Lutando para se concentrar, Brenna agarrou a parte de trás do chaise até que seus
dedos doeram. “Ele — ele gostou — mas depois acabou tão rápido — que nem me preocupei
mais.”
A sensação do pênis pressionando contra suas costas a deixou fraca dos joelhos. Sua
respiração ofegante soou alto no quarto. Ela não se importava. Ela só queria sentir. Mais.
Qualquer coisa que ele lhe desse.
Usando as pontas macias do cinto, Royce traçou um padrão em sua barriga, fazendo
com que os músculos de seu estômago tremessem.
“Que pena. Uma mulher como você precisa ter suas paixões exploradas — precisa ter
seus  limites   desmoronados  e   empurrados  além   do   que   pensa  que  são  seus  limites.  Você
precisa ser tomada, Brenna, em maneiras que nunca foi. Você precisa pertencer, como nunca
pertenceu a ninguém antes.”
Já não se importando com nada além do prazer, Brenna se recostou contra ele —
atraída — e conectada — de uma maneira que ela não entendia completamente.
“Como? Como posso fazer isso? Eu não saberia por onde começar.”
“Você começa aqui. Vamos começar a explorar juntos, Brenna.”
Não muito certa se tinha entendido exatamente o que ele queria dizer, ela respirou
fundo,   segurando   seus   antebraços   quando   o   cinto   se   moveu   mais   baixo   e   acariciou   seu
monte. Ela daria qualquer coisa para ser sua agora, sabendo que pertencer a ele, mesmo que
por pouco tempo, seria percorrer um longo caminho para cumprir suas fantasias.
Lutando  para manter  a voz firme,  Brenna  deu  um suspiro trêmulo. “O que quer
dizer? Você está me pedindo para ficar até o próximo leilão?” Ela fechou os olhos contra as
lágrimas que os picavam, esperando com tudo dentro dela que ele fosse puxá­la contra ele e
lhe dizer que ela lhe pertencia.
Apenas o pensamento de qualquer outro homem tocá­la a encheu de repulsa. Ela
queria Royce. Seu corpo conheceu seu mestre, e sua alma sabia que este era o homem que ela
esteve esperando toda a vida.
Royce ficou tenso atrás dela.

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“Se é isso que você quer.” Seu tom frio tinha uma mordida que enviou um calafrio
através de sua espinha. “Você fica aqui pelo próximo mês e King e eu vamos te ensinar tudo
que   precisa   saber   sobre   submissão.   Quando   o   leilão   chegar   no   próximo   mês,   você   será
leiloada pela melhor oferta. É isso que você quer, não é?”
“Sim.” Mas só se for você!
Brenna   quis   chorar.   Sentindo­se   desolada   na   distância  em   seu   tom,   ela   tentou   se
afastar, mas Royce usou o corpo para prendê­la contra a parte de trás do chaise.
Trêmula, ela engoliu um soluço. “Nenhum dos homens lá vai ser nada parecido com
Donner, não é?”
“Não. Eles não vão. O homem — ou homens — que te comprarem vão te dar tudo
que você precisa.”
Cerrando as mãos atrás do chaise, ela enrijeceu. “Eu ainda não entendo como uma
mulher pode gostar de ser espancada.”
“Nada de bater. Chicotear. Espancar. Deste minuto em diante, você é uma submissa
em treinamento. Você obedece a King e eu ao pé da letra. E acredite­me, nós vamos passar o
próximo   mês,   colocando­a   através   de   seus   passos,   e   te   ensinando   a   se   submeter
completamente a nós. Ate o final do mês, você vai implorar para ser espancada, chicoteada,
contida, e pronta para fazer coisas que  você não  vai se sentir confortável  fazendo. E vai
implorar por mais. Sabe por quê?”
Se   ele   falasse   naquele   tom   eroticamente   sedoso,   ela   faria   qualquer   coisa   que   ele
pedisse.
“P–Por quê?”
“Porque vai ficar viciada. Uma vez que experimentar o prazer de se render, você não
poderá viver sem isso. Entra em seu sangue. Você já está começando a ansiar, não é?”
“Sim.”
Ele a virou em seus braços, enrolando uma mão em seu cabelo para puxar sua cabeça
para   trás   e   olhar   em   seus   olhos,   os   seus   próprios   escuros   e   encobertos.   “Então   está
combinado. Você pertence a King e eu pelo próximo mês. Vai ser nossa para fazermos o que
quisermos. Vamos ensiná­la a se submeter, e as recompensas a ser adquiridas por se render
completamente. De acordo?”

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Que Deus a ajude, ela não podia se negar essa chance, uma que poderia nunca ter em
sua vida novamente. Encheria este mês com memórias que poderia levar com ela. Nunca se
perdoaria se fosse embora agora.
Ela saberia se era isso o que estava faltando.
Ela teve que lamber os lábios secos antes de falar. “De acordo.”
Royce   a   soltou   com   uma   velocidade   que   a   atordoou   e   se   afastou,   deixando­a   se
sentindo roubada.
“Descanse um pouco. Amanhã, Sebastian virá um contrato para você assinar. Uma
vez que assiná­lo, nós começamos.”
Brenna o observou ir embora, lutando para não correr atrás dele.
Ele  se  virou  na  porta.  “Você  vai  ficar   trancada   aqui.  Se  precisar   de   algo,  ligue  e
Sebastian vai lhe trazer.”
“Por que você vai me trancar aqui?”
Royce   levantou   uma   sobrancelha,   os   olhos   ilegíveis.   “Você   é   minha   posse   agora,
Brenna. Eu sempre mantenho as coisas mais valiosas para mim a sete chaves. Durma bem.
Você vai precisar de descanso para amanhã.”
Brenna o observou ir, seu corpo ainda trêmulo de necessidade. Virando­se, ela foi até
a mesa para servir a última taça de vinho da garrafa, nem mesmo se preocupando em colocar
o roupão.
Ficaria muito quente de qualquer maneira.
Sentindo­se mais sexy do que já se sentira em sua vida, ela tomou outro gole de
vinho e deixou os dedos deslizar sobre seus seios e abaixo.
Talvez se ela se masturbasse, poderia aliviar um pouco da tensão e dormir.
O toque do telefone a surpreendeu. Saltando de pé, ela correr para ele, erguendo o
receptor com nenhuma quantidade pequena de trepidação.
“Oi?”
“Mantenha   suas   mãos   longe   dessa   boceta   e   clitóris.   Desde   que   você   é   minha
propriedade agora, eu liguei a câmara em seu quarto. Vou estar te assistindo. Esse corpo me
pertence agora e eu não lhe dei permissão para tocá­lo.”
Brenna piscou, fixando a taça de vinho na mesa de canto com medo de derramá­la.

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“O quê?”
“Seus orgasmos me pertencem também. Você não está autorizada a gozar sem minha
permissão. Vá para a cama. Agora.”
O telefone clicou em seu ouvido antes que ela pudesse responder.
Não ousando desafiá­lo com medo de que ele mudasse de ideia, ela rapidamente
subiu na cama, puxando as cobertas altas. Alcançando, ela desligou a luz, mergulhando o
quarto na escuridão. Precisava desesperadamente gozar, mas precisava de Royce para lhe
dar isso.
Passou um longo tempo até que ela dormisse.
    

Capítulo Quatro
“Bom.” O sorriso de King se alargou. “Muito bom. Isso nos dá um mês inteiro com
Red.”   Ele   se   recostou   na   cadeira,   cruzando   as   mãos   atrás   da   cabeça,   disfarçadamente
tentando aliviar os nós que tinham crescido cada vez mais apertados durante toda a noite.
Ele normalmente apreciava o leilão. Esperando ansioso pela tensão sexual na sala e a
emoção   de   aumentar   a   excitação   das   mulheres,   permitindo   que   os   outros   homens

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inspecionassem o que licitavam. Amava a provocação, amava incitar os homens participando
e levar as mulheres ao delírio.
Esta noite, porém, ele estava distraído, sua mente em uma pequena ruiva, e no que
Royce estaria fazendo com ela.
Antecipação corria por suas veias, aquecendo­o de forma mais eficaz do que a dose
do bom uísque que ele havia tomado logo antes de vir lá pra cima.
Eles tinham fechado o clube um pouco antes, e em menos de uma hora, o sol estaria
subindo. Ele sabia que deveria tentar dormir um pouco, mas também sabia que não seria
capaz de descansar até que ouvisse mais sobre o que tinha acontecido esta noite entre Royce
e Brenna. Sentado na grande sala que separava seus quartos, King mudou para uma posição
mais confortável, seu pênis ainda duro de ouvir o relato de seu amigo do encontro desta
noite com Brenna.
Ele olhou para seu parceiro de negócios e amigo, curioso sobre o tumulto que rodava
seus olhos.
“Você está muito quieto. Algo sobre Red o está incomodando?”
Para  sua surpresa,  Royce  foi até a janela  e olhou para  fora,  a expressão  fechada.
“Não.”
King se endireitou. “Então, você não lhe disse que nós normalmente não treinamos
submissas — ou que não as vemos até a manhã do leilão? Você não lhe disse que é Sebastian
que normalmente as prepara e que nós nem sequer as vemos até a hora de vendá­las e levá­
las para lá?”
“Não.”
“Interessante.” Ele se recostou novamente, os olhos vagando mais uma vez para a
televisão   de   tela   grande.   Sorrindo   quando   Brenna   rolou   de   novo,   ele   olhou   para   Royce.
“Estive pensado nela a noite toda. O humor que você está desde que veio para o leilão só me
deixa mais curioso. Você disse que ela gozou antes mesmo de você ter a chance de tocá­la?”
Royce atravessou a sala e se sentou no grande sofá, olhando para a tela da televisão,
sua expressão calma não enganando King nem por um minuto. “Não foi suficiente para lhe
dar qualquer satisfação. Então, ela saiu correndo.”

77
King se encontrava ansioso, muito, pelo tempo que estaria passando com Brenna
mais   tarde   naquele   dia.   “E   agora   ela   quer   experimentar   a   vida   como   submissa   para   se
preparar para ser vendida no leilão do próximo mês?”
Royce suspirou, sem tirar os olhos da tela, franzindo o cenho quando Brenna rolou
novamente. “Ela está muito inquieta, não é? Provavelmente vai estar cansada amanhã. Por
que você não me deixa —”
“Não.” King ficou de pé e se espreguiçou. “Você a teve esta noite. Amanhã, ela é
minha — algo que estou esperando muito ansiosamente.”
Para sua surpresa, Royce se atirou de pé.
“Vá devagar com ela. Ela não está acostumada com isso.” Ele esfregou a mão no
rosto, os olhos voltando para a tela. “Ela ainda nem sabe o que quer. Ainda não consegue
entender como uma mulher pode gostar da dor erótica. Ela nunca experimentou isso, King.”
Ele suspirou de novo. “Provavelmente será temporário, só até o leilão. Ela nunca passou por
nada disso. E não tem ideia do que homens como nós esperamos dela.”
King assentiu, olhando para Royce pensativamente. “Então eu acho que cabe a nós
lhe mostrar.”
Pela primeira vez desde que tinham subido, Royce sorriu, um sorriso lento cheio com
uma combinação de intento desonesto e algo que parecia muito com preocupação. “Sim, eu
acho que cabe.”
King   estudou   seu   amigo,   se   perguntando   se   Royce   tinha   percebido   que   estava
tentando se convencer a não ficar muito envolvido com Brenna, lembrando­os de que isso
seria apenas temporário.
Royce já tinha começado a se apaixonar por ela.
De repente, amanhã parecia um longo muito a esperar.

* * * * *

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A mão de Brenna tremeu quando ela assinou o contrato que estava na bandeja junto
com seu café da manhã, um contrato que seria quebrado assim que ela usasse sua palavra
segura.
Quando Sebastian veio para buscá­lo, junto com sua bandeja, ele informou que o
Mestre King estaria chegando logo e que ela deveria estar banhada e pronta para ele.
Ela ficou chocada ao descobrir que em algum momento durante a noite, todas as suas
roupas tinham desaparecido do quarto, deixando­a com nada para vestir, exceto o roupão
que ela tinha usado a noite anterior.
Ela tinha compassado pelos últimos quinze minutos, nervosa sobre King estar vindo
para ela.
Ela teria se sentido mais confortável se soubesse que estaria passando o tempo com
Royce. Afinal, ela o conhecia um pouco melhor, enquanto King era um estranho virtual.
Ela não o conhecia ou o que ele havia planejado para ela. Mas sabia que se usasse sua
palavra segura com ele, ela nunca poderia estar com Royce novamente.
A noite toda ela tinha pensado em Royce, e lembrado da necessidade brilhando em
seus olhos. E queria desesperadamente a chance de estar com ele novamente, para ver se
poderia lhe retribuir um pouco do prazer que ele havia lhe dado.
Para fazer isso, ela tinha que ser forte, e suportar tudo que King planejava para ela.
Estava confiante em si mesma, até certo ponto, mas tinha sérias dúvidas de que seria capaz
de lidar com um homem como King.
Masculino. Possessivo. Perverso. Poderoso.
Ela tinha visto isso em seus olhos, sentido em seu toque.
Na   cama,   um   homem   como   King   seria   uma   força   a   ser   considerada,   uma   que
nenhuma mulher seria capaz de domar.
Compassando pelo quarto  em direção  à janela, ela ofegou em surpresa  quando a
porta se abriu, virando­se para ela. Sua boca ficou seca, seu coração batendo quase fora do
peito.
King ficou logo dentro do quarto, usando calças de couro pretas e botas, seu peito
largo e musculoso nu. Ele parecia maior que tudo, e facilmente o homem mais ameaçador

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que ela já tinha encontrado em sua vida. Seu peito era enorme, os músculos lá e nos braços
cruzados sobre ele, parecendo ainda maior sem a camisa.
Enchendo a porta, ele escoria força e masculinidade. Ela nunca tinha estado com um
homem tão assustador.
Ela automaticamente  deu um passo atrás, deslizando  os olhos sobre  ele. E quase
tropeçou quando viu o pequeno chicote pendurado em seu cinto, um com várias tiras de
couro no final.
“Oi, Red. Parece que você pertence a nós pelo próximo mês. Você entende o que isso
significa?”
Estremecendo no tom frio e grave em sua voz, Brenna assentiu. “Acho que sim.”
King sorriu friamente. “É melhor você  saber disso  antes de irmos adiante. Significa
que você nos pertence. Que podemos fazer o que quisermos com você, dentro do razoável.
Nem Royce nem eu vamos fazer nada com você que não possa se recuperar. Se você usar sua
palavra segura, termina tudo. Esse corpo nos pertence. Para tocar. Para provar. Para explorar.
Para foder. Para castigar — sempre que quisermos, e  à medida que quisermos. Tudo isso
estava escrito no contrato que você assinou.”
Brenna assentiu novamente, lembrando­se de algumas das coisas mencionadas no
contrato, e não querendo admitir que estivesse muito nervosa e distraída para absorver tudo.
Apenas pensar em Royce fazendo algumas daquelas coisas com ela a tinha despertado além
do acreditável.
Imaginar permitir King esse tipo de acesso a apavorava completamente.
“Então, Red, eu quero ver o que me pertence.”
Brenna piscou. “Desculpe­me?”
Desdobrando os braços, King avançou. “Você está escondendo minha propriedade
de mim. Eu quero vê­lo. Tire o roupão.”
Olhando para a porta aberta, Brenna hesitou. “Todas as minhas roupas sumiram.”
King   inclinou   a   cabeça,   os   olhos   ficando   duros   e   frios.   “Eu   sei.   Se   Royce   ou   eu
quisermos que você vista alguma coisa, nós vamos fornecê­la. Do contrário, você terá um
robe,   um   que   você   vai   tirar   quando   eu   lhe   disser.”   Ele   avançou,   com   as   pernas   longas
cobrindo o chão entre eles numa velocidade que a apavorou.

80
Brenna entrou em pânico e recuou vários passos, clamando quando ele agarrou o
cinto do roupão e o jogou de lado.
Tomando seu queixo em um aperto forte, King levantou seu rosto para ele, correndo
o polegar sobre seus lábios, como se testando sua maciez.
“Eu não gosto de me explicar, Red. Eu sei que você é nova nisso, e é por que vou
deixar passar. Uma vez. Quando eu lhe disser para fazer alguma coisa, espero ser obedecido.
Imediatamente. Tire o roupão, Red, ou use sua palavra segura. Agora.” Soltando­a, ele se
afastou, estreitando os olhos enquanto esperava.
Trêmula por seu toque e gelada por seu tom frio e distante, Brenna engoliu em seco,
quase sem fôlego por estar tão perto dele.
Calor se derramava dele, o monte e mudança dos músculos bem definidos  à sua
frente fazendo suas mãos coçarem para alcançar e tocá­los.
“Vacilação e recusa a obedecer ganham punições. É assim que devemos começar?”
Brenna   piscou,   arrebatando   a   cabeça   para   encontrar   seu   olhar   novamente.   “Não.
Sinto muito, eu só…”
Ele   olhou   intencionalmente   para   onde   ela   segurava   as   extremidades   do   roupão
juntas antes de encontrar seus olhos de novo, arqueando uma sobrancelha expectante.
“Bem?”
Assentindo mais uma vez, Brenna soltou o controle apertado que tinha no roupão,
sugando um fôlego afiado na onda de consciência que a atravessou quando o olhar de King
deslizou pela pele que ela havia revelado.
Seu   estômago   apertou   enquanto   encolhia   os   ombros   fora   do   manto,   os   mamilos
frisando apertados sob seu olhar. Vulnerável e insegura, ela embrulhou os braços à sua volta,
um sobre os seios, o outro sobre seu monte.
King franziu o cenho em desaprovação. “Você acha que esconder o que me pertence
de mim é permitido? Coloque suas mãos em seus lados. Nunca mais tente se esconder de
mim.”
Tremendo incontrolavelmente agora, Brenna deixou as mãos caírem para os lados,
permanecendo rígida sob seu intenso escrutínio. Ela não conseguia se lembrar de jamais ter

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se sentida tão completamente indefesa e, fora usar sua palavra segura e tomar a chance de
nunca estar com Royce novamente, não havia nada que ela pudesse fazer sobre isso.
A única coisa que usava era a gargantilha que Royce tinha colocado em seu pescoço
na   véspera.   Que   de   repente   se   sentia   mais   apertado   e   mais   pesado   do   que   nunca,   um
lembrete de que ela tinha sido marcada como deles.
Ela   já   tinha   tomado   à   decisão   de   explorar   essa   fantasia,   e   embora   estivesse   com
medo, a excitação e o início de luxúria borbulhando em suas veias não a deixariam desistir
agora.
“Cabeça erguida. Ombro para trás. Empurre os seios para fora.”
Chocada com a onda de  calor  e corrida  de  umidade  em  sua boceta,  ela respirou
fundo e o obedeceu, os mamilos tão eriçados que doíam. Pressionando as coxas juntas, ela
ficou tão quieta quanto podia, e sua respiração ficou áspera quando ele circulou atrás dela.
Sua pele queimando em todos os lugares que o olhar se demorava, cada centímetro de seu
corpo ganhando vida com a necessidade.
Ele   voltou,   dando   um   passo   atrás   e   olhando   para   seu   monte.   “Você   vai   ao   SPA
amanhã para ter essa boceta depilada. Não gosto dela escondida de mim, e uma vez que
estiver depilada, você vai ficar mais sensível lá.”
Ela se lembrou da sensação na vez que tinha raspado seu monte alguns anos atrás,
mas não conseguia imaginar como seria se sentir tão nua com King e Royce.
Mas ia adorar descobrir. Ela encontrou seus olhos, as bochechas queimando. “Ok.”
As sobrancelhas dele subiram, e seu olhar brilhante segurou o dela. “Foi uma ordem,
Red, não um pedido. Siga­me para a sala de jogos. Royce me disse que ele não teve a chance
de terminar de inspecioná­la.”
Ele se virou e saiu, deixando­a para seguir atrás dele, de alguma maneira sabendo
quando ela se curvou para pegar o roupão. “Deixe o roupão, Red. Mova­se.”
Correndo   para   alcançá­lo,   Brenna   não   pôde   deixar   de   se   sentir   autoconsciente
quando saiu para o corredor. Apesar de Royce ter garantido que outros não viriam até este
piso, ela sabia que Sebastian sim, e quase caiu de alívio ao encontrar o corredor vazio.

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Enquanto seguia King para até o final, ela esperou que Royce aparecesse, sabendo
que   sua   presença   ia   aliviar   um   pouco   sua   ansiedade,   uma   ansiedade   que   aumentava   à
medida que se aproximavam da porta pesada de madeira.
Ela achou mais difícil manter os braços em seus lados do que teria imaginado, mas
não ousou se cobrir, feliz que não tinha quando alcançaram a sala e King se virou, deslizando
os olhos sobre ela.
Ele abriu a porta, fazendo um gesto para que ela o precedesse. “Muito bom. Você não
tentou se cobrir. Eu sei que queria. Desde que vai estar nua a maior parte do tempo, você vai
se acostumar um pouco mais a isso. Não completamente, entretanto.” Seu sorriso frio enviou
um   calafrio   através   dela.   “Nós   não   queremos   que   isso   aconteça.   Essa   sensação   de
vulnerabilidade que você sente agora por estar nua nunca vai desaparecer completamente.
Vai continuar aí.” Ele fechou a porta atrás dele, o clique forte da tranca fazendo­a saltar.
A primeira coisa que a atingiu foi que cada lâmpada tinha sido ligada, iluminando a
sala   inteira,   e   lhe   permitindo   ver   itens   que   provavelmente   teria   sido   melhor   não   ver.
Prateleiras cheias com uma variedade de couro com aspecto sinistro e engenhocas de metal
que ela tinha um sentimento seriam usadas nela em algum momento forravam uma parede
inteira. Mesas e bancos de diferentes  alturas  e tamanhos estavam espalhados por todo o
cômodo, praticamente cada um deles feito de couro.
Olhando   na   direção   que   King   apontava,   Brenna   engoliu   em   seco,   seus   passos
vacilando quando viu as correntes penduradas no teto e caindo perto de uma barra no chão.
Ela não conseguiu evitar. Parou e olhou para ele medrosamente, sua mente correndo.
“O que vai fazer comigo?”
O sorriso frio de King a gelou. “Eu vou bater em sua bunda se você hesitar ou me
questionar novamente. Fique bem aqui.”
Precisou de uma tremenda quantidade de força de vontade para ela não se cobrir
enquanto se apressava para onde ele apontava. Dolorosamente consciente de sua nudez, ela
ergueu o olhar para King em uma tentativa desesperada de descobrir uma pista do que ele
estava pensando, mas sua expressão continuava fechada, os olhos distantes e avaliadores.
“Muito bom. Não haverá fugas como fez com Royce. Francamente, fico surpreso que
ele tenha permitido isso. Ele deve estar ficando mole.”

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Brenna estremeceu. Ela sequer podia imaginar o que ele faria com ela se pensava que
Royce tinha sido mole.
“Coloque suas mãos sobre a cabeça e agarre a barra acima de você.”
A demanda afiada em sua voz a teve lutando para obedecê­lo. Erguendo os braços,
ela   ficou   ciente   de   como   o   movimento   levantava   seus   seios,   deixando­os   ainda   mais
vulneráveis. A sensação das calças de couro que ele usava roçando seu traseiro nu fez seu
estômago sacudir e enviou uma nova onda de umidade para cobrir suas coxas.
Ela não esperava ficar tão excitada com King, sua presença fria e sua dureza não era
nada parecido com a maneira como Royce tinha sido com ela ontem.
Ela   olhou   para   a   barra   quando   ele   envolveu   algo   em   seu   pulso,   instintivamente
tentando empurrar quando o viu embrulhar uma cinta ao redor dele.
“Não. Não faça isso. Eu vou ficar quieta.”
King riu. “Não, não funciona nesta sala. É só usar sua palavra segura, e você vai estar
livre para partir.”
Ela não faria isso e ele sabia. Trêmula, ela assistiu impotente, enquanto ele fechava as
fivelas. Uma vez terminado, ela testou os laços, seu alarme crescente quando não deu em
nada. “Eu acho que te odeio. Royce é muito mais agradável.”
Ela não tinha ideia do que a levou a provocá­lo, e desejou que pudesse puxar as
palavras de volta, mas já era tarde demais.
King parou e se moveu para ficar na frente dela, os dedos se fechando ao redor de
seus mamilos, beliscando­os até que ela clamou e foi até os dedões dos pés.
“Nunca tente jogar um de nós contra o outro. Acredite­me, Royce pode ser tão cruel e
tortuoso quanto eu. Espalhe as pernas, Red.”
Chocada com a onda de luxúria na dor aguda em seus mamilos, Brenna teve que
agarrar a barra mais apertada para permanecer de pé.
Ela não queria admitir para si mesma o quanto isso a excitava, e certo como o inferno
não queria que ele visse nesse caso que o tinha incitado a fazer algo ainda mais perverso com
ela.

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Soltando seus mamilos, ele se ajoelhou a seus pés, correndo os dedos pelos cachos
em seu monte. “É bom ver que você é uma ruiva natural, mas isso tem que ir. Quero ver e
sentir essa boceta sem nada no meu caminho.”
Tremendo de necessidade, ela olhou para baixo, sacudindo ainda mais quando ele
puxou suas pernas mais largas, ligando­as a cada uma das extremidades de uma barra que
ele depois prendeu ao piso.
Assustada por ter sido colocada em uma posição tão completamente indefesa, ela
mordeu o lábio, lutando para controlar sua respiração irregular.
King  recuou,  olhando­a  criticamente   antes  de  assentir.  “Muito   bom. Agora  posso
inspecionar   minha   propriedade.   Se   você   falar,   exceto   para   usar   sua   palavra   segura   ou
responder minhas perguntas, eu vou amordaçá­la, aí você não poderá nem usar sua palavra
segura.”
“Sim.   Faça­o.”   Brenna   estremeceu,   com   sua   excitação   tão   intensa   que   ela   queria
gritar. “Eu não vou conseguir ficar quieta e não quero usar minha palavra segura. Vou acabar
estragando tudo. Eu sei disso. Por favor. Não deixe.  Eu quero, não, eu  preciso  fazer isso.
Preciso ver Royce de novo. Por favor, apenas me amordace e faça o que quiser.”
King sorriu, mas ela podia jurar que viu um flash de raiva e mágoa em seus olhos.
“Interessante. Você está realmente excitada por ter que lidar comigo, não é? Parece
também que você não tem nenhuma ideia sobre tudo o que submeter tem a ver. Bem. Vamos
ver o quão bem você faz sem a mordaça. Acho que quero ouvi­la implorar, Red.”
“Por favor, me leve.”
A sobrancelha de King subiu. “Você quer dizer fodê­la?”
“Sim. Foda­me. Por favor. Não posso aguentar mais.”
Seus   olhos   endureceram,   tornando­o   ainda   mais   intimidante.   “Quando   eu   quiser
fodê­la, Red, eu vou fodê­la. Não preciso de sua permissão, lembra? Você não fez nada para
merecer meu pau. Você não consegue ficar quieta e não consegue se calar. Você tem sido tão
ruim que eu poderia nem te deixar gozar hoje.”
“Eu farei o que você quiser. Só não me machuque ou me deixe usar minha palavra
segura.”

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Segurando seu olhar, os olhos atentos, King segurou seus seios, rolando os mamilos
entre os polegares e indicadores, e então com a mesma rapidez os soltou, batendo no lado
inferior de seus seios.
“Você vai fazer o que eu quiser de qualquer jeito. Você não tem escolha, Red. Você já
teve seus mamilos presos?”
Com os seios em chamas e as ondas de calor fluindo para seu centro, Brenna tinha
dificuldades  de se concentrar. Fechando os olhos, ela tragou forte, clamando, e estalando
seus olhos abertos quando seus mamilos foram comprimidos novamente.
“Responda­me, Red.”
“Eu — uh — mais ou menos.”
As sobrancelhas de King subiram. “O que quer dizer, mais ou menos? Ou eles já foram
presos ou não foram.”
Brenna estremeceu na lembrança. “Eu te–tentei c–conseguir que meu n–namorado
fosse mais… E os comprei, mas não tive coragem de lhe pedir para usá­los. Então eu mesma
os c–coloquei, mas doeu muito.”
King   correu   o   polegar   sobre   seu   queixo.   “Você   já   fantasiou   sobre   isso,   mas   não
conseguiu o que queria?”
Brenna assentiu; meio apavorada que ele fosse prender seus mamilos agora, quando
estavam tão vulneráveis. “Ele disse  que  eu era muito mandona e exigente. Você não vai
prendê­los agora, não é?” O pensamento de tê­los presos quando estavam tão sensíveis e
quando  ela não  poderia  fazer  nada  para detê­lo  a assustava até a morte,  mas também  a
excitava o suficiente para que uma nova onda de umidade cobrisse suas coxas.
Ela morreria se ele descobrisse.
King riu friamente. “Você tem o direito de estar assustada. Acredite­me, Red, eu sou
mais   mandão   e   mais   exigente   do   que   você   jamais   poderia   ser.   Quando   você   está   nessa
posição, eu posso prender seus mamilos e não há nada que você possa fazer sobre isso. Você
tem muita sorte que hoje é só uma inspeção. Você já chupou um pau?”
Brenna   assentiu,   seu   estômago   vibrando   para   ter   um   homem   como   King   fraco   e
desesperado enquanto ela o chupava até a conclusão. “Algumas vezes.” Seus olhos foram

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para a protuberância na frente das calças de couro, sua boca regando. Ela adoraria ter a
chance de senti­lo tremer de excitação e se tornar massa em suas mãos.
“Você já foi forçada a chupar um pau?”
Seu   olhar   voou   para   ele,   mais   uma   vez   caindo   para   olhar   seu   peito   e   braços
volumosos. Ele poderia forçá­la tão facilmente. Ele poderia fazê­la ficar de joelhos e empurrar
o pênis em sua boca para forçá­la a chupá­lo. O pensamento de estar presa enquanto ele fazia
isso, as mãos dele apertadas em seu cabelo para trabalhar o pênis dentro e fora de sua boca,
enviou outra onda de desejo através dela.
“N–Não.” Os poucos homens com quem ela tinha estado nunca teriam tido as bolas
para tentar.
King segurou seu queixo, forçando sua boca aberta. E correu um dedo de um lado
para o outro sobre seu lábio inferior, surpreendendo­a no domínio absoluto em um ato tão
simples. “Você vai. Quando eu achar que você está pronta, eu vou empurrar meu pau entre
esses lábios macios e rosa, e ensiná­la como me levar toda a distância até sua garganta.”
Mantendo   seu   rosto   erguido,   ele   correu   uma   mão   por   seu   corpo   até   seu   centro.
Evitando seu clitóris, ele deslizou a mão entre suas coxas e afundou um dedo em sua vagina
com um golpe firme, que forçou um grito dela.
Brenna mordeu o lábio para conter outro grito, mas não conseguiu sufocar o gemido.
Seus dedos dos pés se enrolaram em um esforço de impedir sua boceta de apertar sobre ele.
Ele pressionou contra as paredes de sua boceta como se testando e moveu o dedo
dentro dela com um toque firme, segurando seu olhar com o dele de aço pelo tempo que a
explorou.
As ondas de formigamento começaram, fazendo sua boceta apertar contra o dedo
quando seu orgasmo correu para ela. Ela tentou pará­lo, se manter firme, mas não conseguiu.
Ela   não   queria   gozar   com   King.   Ela   queria   Royce.   Gozar   agora   seria   como   uma
traição a Royce. King era muito áspero, muito cru em seu domínio.
Seu corpo não quis escutá­la, tremendo impotente no toque, cada curso como dedos
elétricos se movendo sobre ela — dentro dela. Seu corpo se esticou, sua respiração saindo em
ofegos   enquanto   a   pressão   se   construía.   Ela   endureceu,   sugando   o   ar   na   onda   poderosa
dentro dela. Só precisando de mais um golpe.

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Com um grunhido, King deslizou o dedo fora com uma velocidade que a deixou
cerrando no vazio, gritos de angústia se despejaram fora dela.
Lágrimas  de  frustração   turvando   sua vista.  “Não. Por  favor,  não  pare.   Eu  estava
começando a gozar. Eu preciso —”
“Silêncio!”
Ele bateu em seu peito, um bofetão leve em seu mamilo que enviou outro choque de
calor   chiando   para   seu   clitóris.   Seus   gritos   frenéticos   ecoaram   na   sala   enquanto   ela   se
contorcia tanto quanto os vínculos permitiam, em um esforço de se aproximar.
King bateu em seu mamilo, os olhos encobertos e alertas enquanto ela se contorcia e
clamava novamente.
“Eu   sei   malditamente   bem   que   você   estava   começando   a   gozar.   Você   não   está
lidando com um de seus namorados, Red. Eu sei do que você precisa, talvez melhor do que
você.   Você   é   notavelmente   apaixonado   e,   provavelmente   a   mulher   mais   naturalmente
submissa que eu já conheci. Você já teve este clitóris preso?”
Só de imaginar isso a assustou até a morte. Suas fantasias nunca tinham envolvido
qualquer coisa dolorosa. “Machucaria.”
O sorriso frio que King lhe deu a assustou ainda mais. “Este  é totalmente o ponto,
Red. Você vai amar.”
“Mas —”
A sobrancelha de King subiu enquanto ele batia em seu mamilo de novo, mantendo
seu  corpo  preparado.  “Você  quer  ser  vendida  em leilão. Você  realmente  não  acha que  o
Mestre que pagar generosamente por você vai permitir que você dite as regras, não é?”
“King, eu —”
“Mestre.   Quando   desejar   me   abordar   nesta   sala,   você   vai   se   referir   a   mim   como
Mestre.”
Brenna eriçou com sua arrogância, mas alguma parte dela, bem no fundo, sentiu uma
emoção erótica nisso, uma que a deixou com gagueira.
“M–Mestre.” A palavra ficou presa em sua garganta, mas soou tão certa. “Eu não
acho que poderia suportá­lo.”

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King correu os dedos por sua barriga e coxas, o toque leve e explorador como se
testando a elasticidade de sua pele.
“Quando você estiver excitada o suficiente, e precisar de alívio o suficiente, você vai
tomar tudo que eu te der. Você vai fazer absolutamente qualquer coisa que lhe for dito para
fazer sem hesitação. Vai ser uma lição difícil para alguém tão teimosa quanto você aceitar,
mas você fará.” Ele soou meio distraído, como se falando consigo mesmo enquanto os dedos
se moviam mais baixos. “Tão apaixonada quanto você é, eu acho que vai ser um longo tempo
antes de alcançarmos seus limites.”
Erguendo seu olhar para ela, os olhos cheios de curiosidade e fascinação, ele correu
um dedo sobre seu clitóris. Com as pernas abertas bem largas em uma posição que mantinha
suas dobras separadas, ela não conseguia fazer nada para escapar do calor escaldante, não
importa o quanto lutava.
Precisou de cada grama de força de vontade que possuía para não clamar na pressão
crescente. Ela não queria gozar com King — especialmente quando ele a olhava com aquele
olhar possessivo em seus olhos.
Qual seria a sensação de pertencer a um homem assim?
“Você é uma submissa magnífica, uma que qualquer Mestre ficaria encantado em
assumir.”
Algo em seus olhos; lamento, talvez, e uma maravilha que ela achou irresistível, teve­
a arqueando para se aproximar dele. As palavras saindo de seus lábios antes que pudesse
detê­las.
“Você gostaria de tentar? Quero dizer, em vez de me leiloar?”
Seus olhos suavizaram, e as mãos em sua cintura apertaram uma vez antes que ele a
soltasse e se virasse.
“Vamos ter que ver isso, Red. Mas não se engane — se eu decidir ser seu Mestre, não
seria nada como isso.”
Ele se moveu para ficar atrás dela, o hálito quente contra sua orelha. Os dedos se
movendo sobre a gargantilha de prata em seu pescoço. Embora ele não a tocasse em qualquer
outro lugar, ela sentia o calor de seu corpo ao longo de toda sua parte de trás. “Você vai ter
que provar que quer ser dominada. Para sempre. Todos os dias. Você vai ter que provar que

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pode lidar com dois Mestres em sua vida. Você tem alguma ideia do quão perto um Mestre e
uma submissa chegam? É um laço forte, Red, um que a maioria das pessoas não consegue
lidar. Não estou a ponto de me envolver com uma mulher que não pode ir longe. Lembre­se,
eu e Royce compartilhamos as mulheres. Você pertenceria a nós dois. Nossa propriedade.”
Brenna estremeceu no estrondo profundo da voz suave. Seus mamilos frisaram ainda
mais apertados, seus seios se sentindo inchados e pesados. Seu traseiro apertou no roçar da
perna contra ele. Estar amarrada nesta posição escancarada a deixava aberta e exposta, o ar
acariciava sua fenda e aumentava sua sensação de vulnerabilidade.
“Eu não acho que sei como me submeter. Ensine­me.”
King amaldiçoou baixinho e se endireitou, e as mãos se moveram sobre os globos de
seu traseiro. “Você já foi fodida na bunda?”
Seu   traseiro   apertou   em   resposta,   fazendo   sua   abertura   enrugada   formigar   com
consciência.
Ela sempre quis que um de seus namorados sugerisse isso, mas eles não fizeram, e
ela teve vergonha de pedir por ela mesma.
Ela engoliu. “N–Não.” Sua resposta sufocada pareceu agradá­lo imensamente.
Amaldiçoando   interiormente   na   demonstração   de   fraqueza,   ela   ergueu   o   queixo,
tentando ignorar a maneira como seus mamilos formigavam por atenção. Em vez de encher
sua boceta com o dedo novamente, ou acariciar seu clitóris do jeito que ela esperava, ele
correu as mãos pelas bochechas de sua bunda.
Os lábios tocaram sua orelha, as palavras lentas e profundas. “Uma bunda virgem.
Minha para explorar. Eu me pergunto o quanto você vai gostar de ter seu traseiro violado.
Explorado.   Esticado.   Usado.   Fodido.   Cheio   com   tudo   que   eu   quiser   enchê­lo   em   meu
capricho. Você vai lutar comigo. Sim, Red, você vai. Você nunca será totalmente domada,
mas seria um inferno de muita diversão tentar.”
Brenna fechou os olhos, tentando apertar seu traseiro fechado, mas com as pernas
espalhadas tão largas, ela não podia.
“Eu não sei se posso, King, hum, Mestre. Eu nunca —”
“Você não tem escolha, lembra, Red? Esta bunda é minha. Posso usá­la como quiser.
E posso dá­la para outra pessoa usá­la se eu escolher.”

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Seu   estômago   caiu.   Ela   já   estava   acima   de   sua   cabeça   com   ele.   E   não   poderia
imaginar tentar se acostumar com outra pessoa.
“Não! Por favor. Eu não posso. Só quero pertencer a você e Royce. Não posso me dar
a mais ninguém.”
King   bateu   em   sua   bunda,   um   bofetão   afiado   que   a   surpreendeu   com   seu   calor.
Nenhum homem com quem ela esteve jamais tinha tido a coragem de espancá­la antes, uma
de suas fantasias mais escuras. “Você não  dá  nada. Essa bunda é minha para dar, não sua.
Como você espera ser leiloada se não quer que outro homem a toque? Cada homem na sala
vai poder manusear a mercadoria à venda. Eu posso curvá­la e deixar cada homem na sala se
revezar para enfiar os dedos dentro de sua bunda, e não haverá uma maldita coisa que você
possa fazer sobre isso.”
Brenna estremeceu; incapaz de suportar a ideia de que qualquer outro homem que
não fosse Royce ou Rei a tocasse. Embora nenhum dos dois a tivesse realmente tomado, ela já
se sentia como se pertencesse a eles mais do que jamais pertencera a qualquer homem.
O calor persistente em seu traseiro se espalhou, fazendo seu quente por toda parte.
Quente. Tão quente.
Ninguém, exceto Royce e King jamais a fizera se sentir assim.
Agora que teve um gosto disso, ela queria mais. Muito mais.
Jogando a cabeça para trás, ela gemeu. “Por favor. Não quero que nenhum outro me
toque.”
“Você vai mudar de ideia. Alguns minutos atrás, você não queria que eu a tocasse,
lembro?” King raspou os dentes sobre seu ombro, enviando um arrepio de alarme através
dela.
King riu baixinho, uma risada pecaminosa que enviou calafrios por sua espinha.
“Agora, você está  tremendo  de necessidade, e arrepia cada vez que te toco. Suas
coxas estão molhadas com seus sucos.” Ele correu um dedo sobre o interior de sua coxa.
“Encharcada, e eu mal a toquei.”
Curvando­se, ele soltou seus pés da barra, mantendo­os espalhados, e a ajudou a se
endireitar antes de alcançar por cima de sua cabeça para soltar seus pulsos.

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Livre das restrições, ela teve que trancar os joelhos para não cair. Virando­se, ela
colocou   as   mãos   em   seu   peito,   maravilhando­se   na   sensação   de   seus   músculos   enormes
aglomerados sob sua palma.
“O que quer que eu faça?” Estremecendo com o tremor em sua voz, ela cavou os
dedos nele, precisando de seu contato e força para firmá­la.
King olhou intencionalmente para suas mãos antes de levantar a cabeça, arqueando
uma sobrancelha escura. “Eu lhe dei permissão para me tocar?”
Brenna puxando as mãos, temendo que em sua inexperiência, fizesse algo que o faria
mudar de ideia. “Não. Sinto muito. Eu não —”
“Não, o quê?”
Brenna estremeceu novamente no aço em seu tom, enrijecendo, assim ele não notaria.
Olhando em seus olhos, ela de repente percebeu o que ele queria. “Não, Mestre. Sinto
muito, eu não sabia que não tinha permissão para tocá­lo.”
Algo parecia  estar mudando. Ela se encontrava mais em sintonia com ele a cada
minuto — mais consciente de seu humor e mais sensível às mudanças em seu tom. Chamá­lo
de  Mestre  não parecia mais tão ridículo quanto apenas momentos antes. Ela queria ganhar
mais um daqueles seus sorrisos. Ela queria ser especial para ele — lhe dar mais prazer do que
qualquer mulher já tinha.
Para seu alívio, os lábios de King se curvaram.
“Eu sei Red. Você vai aprender. É meu trabalho lhe ensinar. Só não sei se você vai ser
forte o suficiente para assumir dois Mestres.”
Eriçada na ideia dela não ser forte o suficiente quando sua força tinha afugentado
todos os seus namorados, Brenna abriu a boca para lhe dizer que apenas sua inexperiência
tinha tornado possível ele abalá­la agora.
Ele tocou em seus lábios quando ela tentou falar, eficazmente silenciando­a. “Todas
as palavras do mundo não vão me convencer. Você vai ter que provar.”
Brenna fechou a boca, surpresa quando ele a levou para um dos bancos menores.
“Curve­se sobre este e espalhe as pernas.”

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Disposta a apostar que ele tinha usado de propósito um tom gelado para assustá­la,
Brenna assentiu uma vez, tentando não parecer tão nervoso quanto se sentia. Seu traseiro
cerrou apertado, com a ameaça de tomar sua bunda ainda ecoando em sua mente.
Tremendo, ela se curvou sobre o banco de couro frio, um que era em um ângulo que
quando ela se curvou sobre ele, seus quadris ficavam mais altos do que a cabeça.
“Espalhe as pernas, Red.”
Uma corrida de umidade escapou no comando de seu tom inflexível.
Era o tom de um homem no comando, um que não admitia nada menos do que a
rendição completa. Em vez de assustá­la, a confiança lhe dava uma sensação de segurança,
uma que a aquecia por dentro.
Ela   não   tinha   dúvidas   da   capacidade   de   King   em   lidar   com   o   que   surgisse.   Ela
poderia contar com sua experiência e força para guiá­la. Confiando nele agora um pouco
mais, ela encontrou sua excitação afiada.
Seu buraco traseiro apertou na sensação do ar se movendo sobre ele. Ela teve um
sentimento de que King estava bem ciente da vulnerabilidade que ela estava sentindo em
saber que ele podia ver sua boceta, bunda e clitóris, e ela não conseguia ver nada dele.
Ele parecia ser um perito em despertar sua mente, assim como seu corpo, um dos
aspectos de intimidade que ela descobriu esteve procurado.
Agarrando   o   banco   acolchoado,   ela   fechou   os   olhos   firmemente   e   lhe   obedeceu,
espalhando os pés tão largos quanto podia.
E esperou. Ela esperou, sem se atrever a se mover, curiosa e apreensiva sobre o que
ele faria com ela. Resistindo ao desejo de virar a cabeça para vê­lo, ela permaneceu nessa
posição, os nervos esticados ao ponto de ruptura.
Ela ofegou no som da porta se abrindo, sacudindo e se virando para olhar por cima
do ombro, parando abruptamente quando sua voz profunda ecoou.
“Não se atreva a se mover.”
O tom de King prometia retaliação se ela desobedecesse, mas o pensamento de outra
pessoa   vê­la   desse   jeito   a   mortificava.   Lutando   contra   as   lágrimas,   ela   forçou   as   pernas
trêmulas a permanecer na posição e apertou os olhos até mais firmemente fechados.
“M–Mestre?”

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Uma mão deslizou sobre seu traseiro, um toque que ela reconheceu do dia anterior.
“Sim, minha querida sub?”
Afundando ao som do tom divertido de Royce, Brenna abriu os olhos e olhou por
cima do ombro dele.
“Eu — hum — King quer me colocar no leilão, também.”
Ela clamou no beliscão forte em seu clitóris, alarmada que tivesse começado a gozar
na   dor   aguda.   Contorcendo­se,   ela   clamou   de   novo   quando   outra   corrida   de   umidade
escapou, cobrindo suas coxas já encharcadas.
Royce a soltou quase imediatamente. “Quem?”
“Mestre King!” Brenna chutou os pés, balançando sua bunda em um esforço de obter
algum alívio.
King suspirou. “Mestre Royce tem nos observado o tempo todo, Red. Eu já te disse.
Nós compartilhamos. Ele sabe tudo que eu faço com você e eu sei tudo que ele faz. Você
assinou   o   contrato,   lembra?   O   contrato   diz   que   nós   íamos  treiná­la  para   ser   vendida   no
próximo leilão. Agora, fique quieta.”
Ela ouviu sons suaves, mas não conseguiu identificá­los, sua mente girando com o
fato de que os dois homens permaneciam entre suas coxas abertas, e que Royce agora usava
calças de couro semelhantes às de King.
Uma   mão   esfregou   seu   traseiro,   King   suspirou   de   novo.   “Ela   é   completamente
indisciplinada.”
“Vou fazer melhor. Ow!” Um bofetão afiado aterrissou, dessa vez na pele delicada da
parte superior de sua coxa. Ela não queria pensar no calor que se espalhou rapidamente para
sua fenda. Estava tão perto de gozar que temia que só sua força de vontade pudesse impedi­
la de ultrapassar.
King   suspirou   novamente.   “Como   eu   disse,   ela   é   totalmente   indisciplinada.   Fala
quando   não   deveria.   Não   consegue   conter   seu   orgasmo,   algo   que   realmente   temos   que
trabalhar se vamos tentar treiná­la. É temperamental. Você pode ver isso em seus olhos. Vai
ter que ser superado. Ela questiona tudo, e não consegue se agarrar ao conceito de que nós
possuímos  seu   corpo   agora,   não   ela.   Eu   realmente   não   acho   que   um   mês   vai   ser   tempo
suficiente para treiná­la.”

94
Royce correu os dedos pela umidade cobrindo o interior de suas coxas.
“Ela é apaixonada, porém. Cheia de fogo. Você está certo, no entanto. Só não acho
que ela é ousada o suficiente para ver isso. Ou disciplinada o suficiente.”
“Concordo. Ela me tocou, pelo amor de Deus, e sem permissão.”
Royce continuou a acariciar sua coxa, movendo­se cada vez mais perto de sua fenda.
“Por outro lado, não podemos desistir. Fizemos uma promessa e assinamos um contrato. Ela
é   nova  nisso.  Vamos   trabalhar   com  ela   tanto   quanto   pudermos.   Pelo   menos  o   Dom  que
comprá­la vai ter alguém já parcialmente treinada. Ele vai ter que terminar sua formação ele
mesmo.”
Brenna estremeceu, enervada com a forma como eles falavam sobre ela como se não
estivesse ali, e abalada no pensamento de ser vendida para um estranho.
“Eu serei boa. Eu juro. Só quero estar aqui. Não quero ir para nenhum outro. Quero
ficar aqui com vocês.”
Nunca em sua vida ela poderia ter imaginado que articularia essas palavras, mas
nesse momento, elas pareciam perfeitas.
King bateu em sua bunda novamente. “Eu juro, se você abrir a boca de novo, eu vou
amordaçá­la. Você quer provar que vai fazer de tudo? Quer nos mostrar que possuímos cada
centímetro de você? Separe suas nádegas e nos mostre o que possuímos.”
Com medo de falar, Brenna abriu as pernas um pouco mais.
Royce estalou a língua. “Com as mãos, Brenna. Espalhe suas nádegas.”
Oh, Deus!
Alcançando atrás, ela agarrou suas nádegas e as espalhou, estremecendo no beliscão
em sua abertura  enrugada.  Tremendo  a sério  agora, ela enterrou o rosto contra o couro,
sentindo seus olhares. Ela nem sequer sabia que poderia se sentir tão vulnerável. A facilidade
com que eles quebravam suas defesas a aturdia, ganhando seu respeito  como nada mais
poderia.
Ela queria que eles a levassem, que a tocassem, que a dobrassem à suas vontades. Ao
dar­se a eles, ela encontrava algo que tinha passado anos procurando, e não ia desistir sem
lutar.

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King bateu de leve em seu traseiro. “Muito bom. Agora, me implore para inspecionar
sua bunda. Não se esqueça de me tratar corretamente.”
“Oh, Deus!”
“Nem perto.” Seu tom divertido disparou seu temperamento.
“Por que tenho que pedir? Pensei que você tinha dito que me possuía.”
King suspirou. “Nós fazemos, mas queremos que você entenda que está se dando
para nós. Não estamos tomando. Mas, uma vez que nos dê, não vamos permitir que o tome
de volta. Cada parte de você que nos der é nosso, Red — até que nós o damos a outra pessoa.
Agora, você tem algo a me dizer, ou gostaria de sair agora?”
Ela não podia acreditar que eles estavam fazendo­a fazer isso. Puxando um fôlego
irregular, ela apertou os olhos fechados antes de soltar o ar novamente.
“M–Mestre, por favor, inspecione minha bunda.”
“Claro, Red.”
Brenna   soltou   um   grito   estrangulado   quando   um   grande   dedo   lubrificado
pressionou contra sua abertura enrugada e forçou seu caminho para dentro. Enrolando os
dedões dos pés, ela lutou para acostumar à sensação extremamente decadente e estranha.
Nunca sentira nada tão íntimo. Nunca se sentira tão possuída.
Ele começou a mover o dedo, pressionando contra as paredes internas de seu ânus, o
dedo circulando, como se quisesse se certificar de que não tinha perdido um único ponto.
Lutar para permanecer quieta se provou difícil, especialmente porque ela continuava
perdendo o aperto em suas nádegas. Sobrecarregada com o assalto decadente, ela tremeu
descontroladamente e gritos choramingados se derramaram dela.
Com os pensamentos desordenados ela tentou manter o controle da conversa entre
Royce e King, caso eles dissessem algo para ela. Mas o rugido em sua cabeça, sua respiração
irregular e seus choramingos tornava difícil ela ouvir qualquer coisa, especialmente enquanto
lutava para permanecer quieta sob a experiência mais íntima e chocante de sua vida.
King   disse   algo   baixo   para   Royce,   que   respondeu   em   um   tom   também   baixo,
tornando impossível ela saber o que eles estavam dizendo. King moveu o dedo dentro dela,
girando­o antes de empurrar fundo.

96
Brenna   clamou,   gemendo   enquanto   seu   corpo   se   reunia,   e   os   formigamentos   de
alerta cresceram mais nítidos.
Ela ia gozar! Oh, Deus! Com o dedo em sua bunda!
Tragando pelo ar, ela apertou contra ele, sabendo que nunca seria capaz de olhar
para qualquer um deles no rosto novamente se gozasse agora.
King apertou uma mão na parte inferior de suas costas, deslizando o dedo em seu
buraco quase livre. Mantendo­o em sua abertura, ele pressionou contra o anel apertado de
músculos, fazendo­o queimar.
“Eu não acredito. Estou inspecionando e ela está prestes a gozar. Vamos precisar de
muita paciência para treinar alguém tão responsivo e tão indisciplinado.”
“Deixe­me sentir.”
Um dedo deslizou dela, e apenas um ou dois segundos depois, outro deslizou fundo.
Lágrimas encheram seus olhos, a necessidade de gozar esmagadora. “Eu não consigo
evitar. Sinto muito. Eu vou — ah!”
O dedo em sua bunda se empurrou profundamente e começou a acariciar, fodendo­a
com uma força que tornou quase impossível respirar. Doía um pouco, mas a dor só aguçava
o prazer.
Era diferente de tudo que ela já tinha experimentado.
Seu orgasmo bateu forte, tão forte que ela não conseguia respirar.
Algo mudou dentro dela, seu corpo sacudindo enquanto o prazer mais sublime a
percorria.
Sim. Tão bom. Ninguém jamais a tinha feito se sentir dessa maneira.
Royce. King. Homens diferentes de quaisquer outros que ela já conhecera.
Eles a faziam querer mais.
Render­se lhe trouxe tanto prazer, mais prazer do que ela imaginara.
Ondas do mais incrível calor e sensação lavaram sobre ela, fazendo com que cada
centímetro de seu corpo viesse à vida. Ela empurrou, clamando fracamente quando isso a
lançou de suas garras.
Ela se afundou e agarrou a mesa de couro para suporte, tardiamente percebendo que
tinha soltado suas nádegas em algum momento. Estremecendo quando Royce se retirou, ela

97
enterrou o rosto contra o couro. Ela podia fazer isso. Podia se submeter a eles na sala de
jogos.
Sempre que desejasse, ela poderia ir até eles. Ela iria embora satisfeita, lhes dando o
tipo de sexo que eles precisavam. Ela não queria pensar que este tempo terminaria em um
mês, no entanto.
Agora que tinha encontrado o tipo de prazer e proximidade física que sonhara, ela
certo como o inferno não queria tomar a chance de perdê­los. Ela não podia imaginar nunca
poder experimentar este tipo de prazer novamente.
Lentamente, ela se tornou ciente do silêncio desaprovador ao seu redor.
Percebendo   que   tinha   cometido   um   erro,   ela   engoliu   em   seco   e   correu   para   se
desculpar.
“Eu s–sinto muito, Mestre.”
Quando o silêncio continuou, ela começou a chorar. Chocada consigo mesma, ela
tragou forte para se segurar enquanto uma enorme sensação de perda quase a consumia.
Pela primeira vez em sua vida, ela se sentia conectada a um homem, dois homens, e
já tinha estragado tudo. Ela nunca seria capaz de voltar a ser o que era antes. Ela precisava
disso tanto quanto precisava respirar.
Finalmente,   King   a   ergueu   para   posição   de   pé,   virando­a   para   enfrentá­los.
Segurando seu rosto, ele sorriu quando ela automaticamente virou o rosto em sua palma.
“Você   está   perdoada   dessa   vez.   Você   realmente   é   uma   mulher   incrivelmente
apaixonada e responsiva.”
Brenna sorriu, emocionada de ter outra chance. “Vou fazer o melhor que posso. Vou
tentar muito duro. Você vai ficar muito feliz comigo.”
Royce estendeu a mão para seu seio, enquanto King deslizava uma mão entre suas
coxas para correr um dedo sobre seu clitóris.
“Já estamos felizes com você.”
Os joelhos de Brenna pareceram virar borracha, e ela percebeu que pela primeira vez
os dois homens a tocavam ao mesmo tempo.
Era tão impertinente ser tocada por dois homens ao mesmo tempo. E também a fazia
se sentir desejada e sexy.

98
King   bateu   em   seu   clitóris,   fazendo­a   sacudir.   “De   volta   para   seu   quarto   por
enquanto.”
Enquanto   se   dirigiam   para   a   porta,   Brenna   olhou   de   um   para   o   outro,   ainda
consciente de sua nudez. “O que vamos fazer agora? Temos um determinado momento para
o sexo? Vocês querem que eu informe quando estiver pronta?”
King suspirou, compartilhando um olhar com Royce antes de encontrar seus olhos
novamente.
“Você   nos   pertence,   Red.   Nós   vamos   tomá­la   quando   quisermos.   Vamos   fodê­la
quando   quisermos.   Você   é  nossa,   Red,   algo   que   você   parece   ter   muita   dificuldade   para
entender.” Ele correu a mão de suas costas até seu traseiro, o toque possessivo. “Você tem
muito que aprender, e tenho a sensação de que você vai lutar contra nós. Apenas lembre­se,
você pode ir a qualquer momento, mas quando for, não espere voltar.”
Cheia   de   medo,   Brenna   engoliu   em   seco   e   se   virou   para   Royce.   “Quando   devo
esperá­los?”
Os olhos de Royce endureceram. “Quando viermos para você. Vá tomar um banho e
descanse um pouco.” Ele abriu a porta de seu quarto, segurando seu ombro para impedi­la
de entrar. Inclinando­se, ele puxou um mamilo, olhando para ele enquanto o rolava entre o
polegar   e  indicador,   estreitando  os olhos  quando  ela   clamou   no  prazer  intenso.  “Não  se
masturbe. Seu corpo e orgasmos são nossos agora.”
Uma vez lá dentro, Brenna olhou para a porta fechada, sacudindo no alto clique da
fechadura.
Ela era uma prisioneira. Uma posse. Um brinquedo.
Ela tinha de alguma maneira que aprender a viver com isso, pelo menos até que
descobrisse outro plano, porque por sua vida, ela não podia imaginar ficar longe deles agora.
    

99
Capítulo Cinco
“Então você é a mulher que tem Royce e King todo irritado. Parabéns. Já estava na
hora.”
Brenna procurou nos traços da mulher sorridente por qualquer sarcasmo, aliviada
quando não encontrou nenhum. Sorrindo de volta, ela deu de ombros.
“Eu não posso imaginar Royce e King todo irritado, mas sou eu quem está ficando no
clube com eles — pelo menos por enquanto.”
“Por enquanto? Oh, a propósito, eu sou Natalie — Nat — Langley. Você é Brenna,
certo?”
Enrolando   os   dedões   dos   pés   dentro   dos   chinelos   que   lhe   foi   dado   para   calçar,
Brenna puxou o roupão mais apertado. “Sim. Você vive aqui em Desire?”
Vestida como Brenna, em um roupão e chinelos, Nat estudou as unhas e franziu o
cenho. “Sim, há muitos anos. Maldição, eu preciso de uma manicure pior do que pensava.”
Olhando   para   cima   de   novo,   ela   se   recostou,   cruzando   uma   perna   sobre   a   outra.   “Está
gostando de nossa pequena cidade até agora?”
Ela tinha passado a maior parte do tempo no clube. “Eu não vi muito dela ainda. Fiz
uma caminhada no outro dia, mas tenho que admitir não ter prestado muita atenção.”
Ela   tinha   estado   tão   abalada   pela   nota   que,   embora   tenha   entrado   nas   lojas,   ela
realmente não tinha prestado muita atenção.
“Eu gostei do que vi até agora, e só sei que todos parecem gostar de Royce e King.”

100
Brenna   não   conseguiu   deixar   de   notar   que   a   mulher   parecia   distraída,   seus
pensamentos aparentemente em outro lugar. Quando seus olhos clarearam, eles seguravam
uma infelicidade que puxou o coração de Brenna.
Nat parecia quase… Solitária.
Esperando   mudar   de   assunto,   Brenna   forçou   um   sorriso.   “Estou   nervosa.   Nunca
estive em um lugar como este antes.”
Para seu alívio, Nat sorriu.
“Se você ficar com Royce e King, este lugar será como uma segunda casa para você.”
Sorrindo, ela levantou uma sobrancelha. “Tratamento completo, eu presumo?”
Brenna estremeceu. “Acho que sim. Eles ainda estavam conversando com a mulher lá
na frente quando a outra me trouxe para cá. Isso vai doer, não é?”
“Vale a pena. Então, conte­me sobre o que aconteceu com Donner.” Rindo, ela bateu
de leve no joelho de Brenna. “Se ficar aqui, você vai se acostumar com minha franqueza.”
Soltando a respiração, que ela não tinha percebido  que estava segurando, Brenna
sacudiu   a   cabeça.   “Eu   normalmente   sou   franca,   também,   mas  estar   com   Royce   e   King   e
aprender coisas sobre esta cidade; tem me deixado meio atordoada.”
As   duas   mulheres   estavam   sentadas   sozinhas   em   uma   pequena   alcova,   fora   do
caminho da agitada atividade do salão, onde várias mulheres arrumavam os cabelos e unhas.
Nat sorriu, com um sorriso travesso que convidava amizade. “Você vai se acostumar
com a gente. Já teve sua boceta depilada?”
O rosto de Brenna queimou. “Tenho quase trinta e quatro anos e as pessoas desta
cidade ainda conseguem me envergonhar.” Endireitando­se, ela esfregou as palmas úmidas
sobre o roupão que cobria suas coxas. “Raspada. Nunca depilada. Fiz isso para alavancar
uma vida sexual medíocre.”
Nat se sentou de frente. “Funcionou?”
“Não.” Ela não  podia acreditar  que  tinha dito  a uma  completa  estranha  algo  tão
íntimo, mas era fácil de conversar com Nat. Ela apostaria qualquer coisa que precisaria de
muito para chocá­la.
Recostando­se novamente, Nat assentiu. “Um homem que faz com que você depile,
ou se raspe, não tem nenhum desejo de uma vida sexual sem brilho.”

101
“Parece que você fala por experiência.”
“Sim, eu sou uma sub.”
Brenna piscou, achando difícil imaginar a mulher sentada à sua frente se submetendo
a alguém. “Você?”
“Sim. Meu marido, Jake, é um grande homem.” Seu sorriso sumiu, e a tristeza voltou
a seus olhos.
“Sinto muito.” O instinto a teve se sentando de frente, cobrindo a mão de Nat com a
sua. “Eu ultrapassei, algo que faço com muita frequência. Acho que estou mais nervosa com
essa coisa toda do que imaginava.” Olhando em volta para se certificar  de que ninguém
podia ouvi­las, ela baixou a voz. “Eu nunca estive com homens como Royce e King antes —
sabe — Doms. É emocionante como o inferno quando não está me assustando até a morte.”
Nat   sorriu,   tomando   a   mão   de   Brenna   na   dela.   “Enquanto   for   emocionante   e
assustador, você está bem. É quando ele fica distraído e desliga o telefone quando você entra
no quarto que fica realmente assustador.”
“Sra. Langley, já estamos prontos para você.”
Nat ficou de pé, apontando na direção da grande sala. “Eu te encontro lá depois.
Tenho certeza que você tem um monte de perguntas, e vai poder me contar tudo sobre si
mesma.”
Horas mais tarde, uma Brenna muito relaxada fez seu caminho para a sala de espera
do SPA, os impossivelmente saltos altos, forçando­a caminhar devagar. Ela usava um vestido
que tinha encontrado em cima da cama quando saiu do chuveiro, um em um padrão floral
brilhante. Por cima, ela usava sua própria jaqueta, e sandálias vermelhas foda­me que Royce
e   King   também   tinham   deixado   para   ela.   Respirando   fundo,   ela   parou   na   porta   quando
Royce e King se levantaram.
Ciente dos olhares cobiçosos em Royce e King da mulher atrás do balcão, Brenna lhe
atirou um olhar sujo e deu um passo em direção a eles, parando abruptamente quando Royce
levantou   a   mão.   Com   um   brilho   possessivo   nos   olhos,   ele   girou   um   dedo   no   ar,   uma
demanda muda para que ela girasse.
Ela não esperava que eles viessem com ela, ou que esperariam até que terminasse.
“Vocês estão esperado todo esse tempo?”

102
Royce girou o dedo novamente. “Não. Nós os tivemos nos chamando quando você
estava quase pronta.”
Ela não queria admitir que isso a aquecia, mas de alguma maneira a fazia se sentir
como uma posse. Decidindo que estava pensando demais nisso, ela fez como ele queria e
girou.
Depois de ser tratada em um pacote completo no SPA, ela sabia que estava em seu
melhor e, tinha que admitir, se sentia melhor do que tinha em anos. Seu cabelo, agora uma
onda brilhante de cachos, tinha sido aparado e escovado, enquanto os outros pelos em seu
corpo foram cruelmente depilados.
Ela amava a sensação decadente do ar se movendo sobre seu monte, agora nu, a cada
passo, mas mais do que isso, ela amava saber que eles sabiam que ela tinha sido depilada.
Mal   podia   esperar   para   tê­los   correndo   os   dedos   sobre   seu   monte   liso,   sabendo   o   quão
sensível estaria lá agora.
Ela não tinha recebido um sutiã ou calcinha para vestir, e quando perguntara sobre
eles  esta manhã, King lhe disse que se quisesse que ela usasse um sutiã ou calcinha, ele
condenadamente bem os teria fornecido.
Os dois assentiram sua aprovação enquanto King se aproximava, não preocupando
em manter a voz baixa.
“Você está linda. Como essa boceta se sente, agora que está depilada?”
O rosto de Brenna queimou, e ela não pôde deixar de olhar para a mulher atrás do
balcão. “Tudo bem.”
“Tudo bem? Aposto que se sente um inferno de muito melhor do que bem. Deixe­me
ver.”
Brenna congelou. “O quê? Aqui? Agora?” Ele não podia estar falando sério!
King franziu o cenho. “É claro, aqui e agora. Levante o vestido. Quero ver se eles
fizeram   um   bom   trabalho.”   Ele   levantou   uma   sobrancelha   quando   ela   hesitou.   “Se   você
gostaria de me ter colocando­a sobre meu colo e erguendo esse vestido acima de sua cabeça
para primeiro bater em sua bunda, está tudo bem para mim.”
“Não!” Inferno, ele faria isso.

103
Soltando um suspiro trêmulo, ela apertou as coxas fechadas contra a onda de calor lá,
amaldiçoando interiormente o fato de que a ameaça a tinha excitado. Sabendo que ele veria e
sentiria que suas coxas estavam cobertas com seus sucos, ela se virou de costas para a mulher
no   balcão,   agarrou   a   bainha   na   frente   do   vestido   com   as   mãos   trêmulas,   e   o   ergueu.
Descobrindo   seu   monte   para   eles,   ela   se   certificou   de   manter   sua   bunda   coberta   para   a
mulher atrás dela não vê­la.
Royce sorriu. “Você não tem que ter vergonha de mostrar sua bunda. É uma bunda
malditamente boa. Claro, se você deixar outro homem vê­la, vou ter que te bater e matá­lo.”
Brenna estremeceu quando King se ajoelhado à sua frente, sugando o ar quando os
dedos dançaram levemente sobre seu monte e dobras. Agradecendo suas estrelas da sorte
que não havia mais ninguém na sala de espera,  ela trancou os joelhos contra a onda de
luxúria e olhou para Royce através dos cílios.
“Como você vai manter minha bunda escondida quando me leiloar?”
Royce fez uma careta. “Vamos lidar com isso quando chegar a hora. No momento,
você é nossa, e não compartilhamos com outros.”
King bateu em sua coxa, enviando um choque de calor para sua fenda. “Abra­as,
Red.” Ele olhou para cima quando ela hesitou. “Você está disposta a aceitar as consequências
de me fazer dizer duas vezes?”
Engolindo em seco, ela abriu as pernas, muito ciente da mulher atrás dela.
Morreria   de   vergonha   se   King   espancasse   sua   bunda   em   plena   vista   da   mulher
sorridente atrás do balcão.
King, o rato desviado, correu os dedos de cima a baixo no interior de suas coxas. “Ela
está   encharcada   de   novo.   Parece   que   nossa   pequena   submissa   gosta   de   ter   sua   boceta
depilada.” Endireitando­se, ele tomou suas mãos, permitindo que seu vestido caísse de volta
no lugar.
“Muito   bom   Red.”   Para   sua   surpresa,   ele   se   curvou   e   roçou   os   lábios   nos   seus.
“Muito bom. Vamos dar o fora daqui.” Com um braço firme em volta de sua cintura, ele a
levou para fora, segurando­a quando ela teria caído.
“Desculpe.   Eu   gosto   de   usar   saltos,   mas   estes   são   mais   altos   do   que   estou
acostumada.”

104
Royce bateu de leve em seu traseiro antes de deslizar um braço firme ao seu redor.
“Suas pernas parecem com um quilômetro de comprimento neles.”
King levou sua mão aos lábios. “Você sabe que tem permissão para nos tocar sempre
que quiser, contanto que não esteja na sala de jogos.”
Brenna piscou. “Sério?”
Royce,   que   se   adiantara   para   segurar   a   porta   aberta,   caiu   na   risada   quando   ela
empurrou King contra a parede.
Ela sabia que só tinha sido capaz de fazê­lo porque o surpreendera e porque ele não
ia   machucá­la.   Aproveitando   ao   máximo   sua   posição,   ela   passou   as   mãos   por   ele,
emocionada com a chance de explorar seu corpo rígido. Os músculos do peito flexionaram
sob seu toque, as coxas tão duras e grandes quanto troncos de árvores sob seus dedos. Ela
apertou seu bumbum firme e começou a agarrar seu pênis antes que ele a parasse.
“Epa!   O   que   você   pensa   que   está   fazendo?”   Ele   as   puxou   para   suas   costas   e
conseguiu algemar seus pulsos em uma de suas mãos.
Brenna gemeu; os saltos tornando possível ela acariciar seu pescoço. “Você disse que
eu podia tocá­lo.”
Royce riu. “Você fez.”
Os olhos de King brilharam enquanto ele a segurava longe e sorria. “Você está certa.
Eu fiz. Mas, eu não pensei que você ia me atacar. Talvez você tenha alguma raia de domínio
em você.”
Pressionando­se contra ele, ela suspirou. “Provavelmente. Agora você vê por que sou
uma bagunça. Eu intimidei cada homem que namorei.”
King abriu a boca para falar, mas ela se empurrou fora de seus braços.
“Por favor, não tente me aplacar. Eu gosto do sexo, mas  é difícil me submeter. Já
percebi que nunca vou ser esse tipo de pessoa. Inferno, mesmo durante o sexo, eu quero
controlar tudo. Como diabos devo ser uma submissa se quero estar no controle? Foda­se.
Sinto muito se disse qualquer coisa. Podemos ir?” Sentindo­se como uma boba, mais uma
vez, ela saiu pela porta que Royce mantinha aberta, lutando quando ele agarrou seu braço.

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“Solte­me. Eu já sei que não vou durar o mês.” Ela olhou em volta, envergonhada ao
ver que eles começavam a chamar a atenção dos outros. Vendo outro homem, um escuro
como Royce e bonito que nem o pecado, ela baixou a cabeça. “Podemos ir, por favor?”
“Vamos conversar sobre isso mais tarde.” Royce se virou, oferecendo a mão quando
o outro homem se aproximou. “Oi, Jake. Nat está lá dentro?”
Brenna  ergueu  o queixo, recuando  instintivamente na raiva fria e poder absoluto
rondando os olhos de Jake.
O outro homem segurou seu olhar, sem piscar, e levantou uma sobrancelha em seu
olhar contínuo, sorrindo  levemente  quando  ela baixou o  olhar e  ficou lhe dando  olhares
sorrateiros.
Royce  deslizou   um  braço   ao  redor  de  sua  cintura,  puxando­a  para   perto  em   um
movimento possessivo que fez seu coração bater mais rápido.
Os olhos de Jake seguiram o gesto, as sobrancelhas subindo. “Tá brincando. Sua?”
King tomou sua mão. “Por enquanto. Então, como está Nat?”
Jake balançou a cabeça  abruptamente.  “Bem.  Ela está bem. Ela queria  um dia no
SPA.”
A tensão em seu tom teve Brenna olhando para ele novamente. A frustração em seus
olhos a rasgaram, e ela falou sem pensar.
“Nat é sua esposa?”
Seus olhos, afiados a laser, moveram­se para ela. “Sim. Por quê? Você conhece minha
esposa?”
Brenna assentiu hesitante, pensando nos olhos tristes da mulher que conhecera no
SPA. “Eu a conheci lá dentro.”
“É mesmo?” Seu tom frio a fez arrepiar.
“Sim.” Ela olhou de Royce para King e depois de volta para Jake, sabendo que nada
disso era da sua conta. A tristeza no rosto de Nat e a frustração em Jake soltando sua língua.
“Ela te ama tanto.”
Jake   piscou,   e  seus   olhos  clarearam.   “Eu   sei.  Obrigada.   Se  vocês  me   dão   licença,
minha esposa está esperando, e hoje é nosso aniversário.”

106
* * * * *

King subiu no banco da frente do grande SUV com uma facilidade que a fez se sentir
pequena e frágil. “Chega pra lá.”
Brenna ainda nem tinha se acomodado em seu assento quando Royce se virou para
ela. “Agora, mostre­me.”
Sentada   no   banco   entre   eles,   ela   respirou   fundo   na   pontada   de   luxúria   em   seu
comando de aço.
Seu   estômago   estremeceu   enquanto   agarrava   a   bainha   do   vestido   e   o   erguia
lentamente, provocando­os.
Royce   arqueou   uma   sobrancelha   em   sua   ousada,   mas   King   meramente   puxou   a
bainha do vestido até sua cintura, a mão quente prensando  plana contra sua barriga e o
segurando lá, revelando seu monte.
Alcançando, Royce traçou um dedo sobre seu monte nu, os olhos quentes enquanto
seguiam o movimento. “Muito bom. Agora, querida, você está sedosa em toda parte.”
Ela já esperava estar mais sensível lá, mas até o toque mais leve de King e Royce se
provou estar muito mais.
A necessidade e o fascínio em seus rostos a fazendo se sentir como a mulher mais
desejável do mundo, um sentimento que fez sua cabeça girar.
Ela tinha que continuar se lembrando de que eles haviam aperfeiçoado esse olhar
durante anos encantando uma mulher a se submeter.
Seus olhares encobertos, afiados e alertas, brilhavam com calor enquanto deslizavam
sobre ela, como se ela fosse à coisa mais importante e irresistível do mundo para eles.
Eles faziam com que se sentisse bonita e feminina em maneiras que ela nunca se
sentiu em anos.
Como uma mulher poderia resistir se sentindo assim?
Royce bateu em sua coxa. “Espalhe­as, querida.”
Sugando por ar, Brenna obedeceu sem hesitação, excitação correndo por suas veias
na necessidade em seus rostos.

107
Ela agarrou um ombro em cada lado para apoio, inclinando os quadris mais altos
quando os dedos de Royce deslizaram por suas dobras. Deixando escapar um grito quando
um dedo tocou seu clitóris, seu fôlego saindo aos arrancos quando ele brincou com o cerne
inchado.
Ele levantou a cabeça para olhar para King. “Ela é tão sensível em todos os lugares.
Assim que a tocamos, ela sobe em chamas. Vamos ter que aliviá­la no chicote, especialmente
em seu clitóris.”
O ar soprando em suas dobras e a sensação dos dedos explorando um lugar tão
sensível tornavam difícil se concentrar. Reprimindo outro grito, ela jogou a cabeça para trás.
“Você não está falando sério, né? Quando no inferno eu vou conseguir o real?”
Droga. Ela não queria dizer isso.
Ambos pararam e olharam um para o outro. Royce parou de brincar com seu clitóris
para correr a mão por sua coxa. “O real? Que real?”
“Nada. Eu não sei o que estava dizendo. Você me deixou tão excitada que — oh!”
Ela   saltou   quando   Royce   rasgou   a   frente   de   seu   vestido   aberto,   instintivamente
segurando seus braços quando os dedos se fecharam sobre seus mamilos, beliscando­os com
força antes de soltá­los.
Olhando em seus olhos, ele enfiou a mão no bolso da camisa e tirou uma braçadeira
de mamilo, balançando­a na frente de seus olhos.
“Eu lhe fiz uma pergunta.”
Ela tentou não olhar para a braçadeira, mas encontrou seu olhar sendo atraído por
ela. Já as tinha visto em revistas, mas até mesmo a que tinha usado em si mesma parecia tão
assustadora.
Ela   imaginou   que   tinha   mais   a   ver   com   a   mão   grande   a   segurando   do   que   a
braçadeira propriamente.
Seus mamilos apertaram quase dolorosamente, a ameaça de ter um deles grampeado
enviando outro choque de calor para seu clitóris.
Rasgando seu olhar da braçadeira, ela tocou o colar em seu pescoço, olhando em seus
olhos.

108
“N–Nat disse que esta gargantilha é uma gargantilha do clube. E–Ela disse que, uh,
se eu pertencesse a vocês, minha gargantilha ia combinar com seus anéis.”
Com a mão trêmula, ela tocou um dedo na brilhante esmeralda que ele usava; uma
que combinava quase exatamente com seus olhos. Alcançando atrás, ela tocou a mão que
King usava para acariciar seu quadril, tocando o anel lá. “Vocês dois usam a mesma pedra.
Quando eu mencionei a Nat, ela me disse por que. Eu vi que Jake usava um anel combinando
com a gargantilha de Nat. Ela pertence a ele.”
Ela prendeu o fôlego quando Royce deixou o final da braçadeira dançar sobre seu
mamilo.
King   arqueou   uma   sobrancelha   e   se   recostou   no   assento.   “E   você   acha   que   quer
pertencer a nós quando seu mês acabar? Você nem sequer sabe o que isso implica. Você sabe
o tipo de clube que possuímos, não é? Eu não quero ouvir um monte de resmungos ou lidar
com crises de ciúmes porque tocamos outras mulheres. Agora, você está sendo levada pelo
sexo. Há um inferno de muito mais do que isso.”
Brenna respirou fundo na punhalada fria de doer em seu estômago. “Vocês têm sexo
com outras mulheres o tempo todo, não é? Eu sou apenas uma leiga fácil para vocês, não é?”
Royce, sentado no banco do motorista, ajustou ela não muito gentilmente de volta no
centro e cobriu seus seios antes de ligar o motor. “É claro que não. Somos seletivos com quem
fodemos, Brenna. Nós ajudamos os Doms. Não treinamos subs, exceto para nosso próprio
prazer.”
King a puxou do  assento, arrastando­a em seu colo para olhar para ela. “Você   é
inocente nesse estilo de vida. Você realmente acha que uma mulher como você vai conseguir
assumir dois Doms? Se um já é difícil, o que estou certo Nat te disse. Não vai ser fácil, e você
nem sempre vai gostar do quão possessivo e dominador Royce e eu podemos ser.”
Virando­se para ele, ela o abraçou perto. “Ela me disse. E também me disse que vale
a pena.”
Estendendo a mão, ela segurou sua mandíbula forte, decidindo ir pela honestidade.
“Eu não sabia que homens como vocês existiam. Bem, eu sabia, mas não sabia tudo  que
envolvia. Vocês me fazem sentir como uma mulher em formas que eu nunca senti antes, e é
fantástico o sexo. Eu nunca me senti tão realizada. Se vocês me ensinarem a agradá­los…”

109
A mão de King deslizou dentro do vestido rasgado. Ele cobriu seu seio e apertou,
com os olhos ilegíveis. “Há muito mais envolvido, Red. Alguns Doms compartilham suas
mulheres com outros homens. Se você nos pertencesse, nós não o faríamos. Seríamos muito
possessivos de você, tanto que provavelmente ia deixá­la maluca.”
Royce deslizou a mão por sua perna até sua fenda. Espalhando­a mais larga, ele
mergulhou um dedo em sua boceta. “Exigiríamos obediência completa de você. Qualquer
show de temperamento ou desafio ganharia um castigo. Admiramos o temperamento em
uma mulher, mas não o teríamos usado contra nós. Veríamos isso como um jogo de atenção e
o trataríamos adequadamente. Você conseguiria chamar a atenção, mas provavelmente não
do tipo que queria.”
Fechando as pernas em sua mão, ela apertou a mão que King usava em seu seio,
incitando­o.
“Diga­me.   Você   disse   um   chicote.   Tenho   que   admitir,   eles   me   assustam.   Doeria
muito? Você o usaria se estivesse realmente louco comigo?”
Royce apertou o dedo contra um ponto dentro dela que a teve se contorcendo no colo
de   King.   “Nenhum   Dom   que   se   preze   jamais   castigaria   com   raiva.   Um   chicote   dói;
especialmente em seu clitóris.”
Brenna se aquietou, achando difícil imaginar tal coisa.
“Você   realmente   chicotearia   meu   clitóris?”   Ela   sabia   que   nunca   seria   capaz   de
suportar a dor e tentou se afastar.
King rosnou. “Fique onde está. Abra essas coxas agora, porra. Largo.”
Brenna hesitou, sabendo que havia mordido mais do que podia mastigar, mas não
ousaria desafiá­lo e tomar a chance de ser mandada embora. Não agora. Não quando havia
muito mais para descobrir.
King beliscou seu mamilo, fazendo­a choramingar. “Agora, Red. Escancarada. Um pé
atrás da cadeira e o outro no volante.”
Brenna mordeu o lábio e obedeceu; certa que Royce, com o dedo  em sua boceta,
podia senti­la apertar e liberar mais de seus sucos.
Ele ia saber o quanto isso a excitava.

110
Royce sorriu. “Ela gostou disso. Está quase pronta para gozar.” Ele deslizou fundo e
se retirou quase completamente, todo seu comportamento de um homem possessivo, que
queria o que considerava seu.
“Seu clitóris, seus seios, sua bunda, tudo seria chicoteado. Vai doer, mas pelo resto
desse   dia,   o   toque   mais   leve   vai   despertar   cada   terminação   nervosa   lá   e   aumentar   sua
excitação  e sentidos. Você  é nossa no momento, Brenna. Deixe como está. Você não está
pronta para  se  comprometer   com este   estilo   de  vida.  Você  mal  teve  seus  dedos  dos   pés
molhados, então, certo como o inferno não sabe o que quer ainda.”
King empurrou de lado a parte superior do vestido, expondo seus seios totalmente
para seus olhares de novo. “Há também um laço que se forma entre um Dom e seu sub. Nós
não temos isso ainda. Talvez nunca aconteça. Quem sabe? Por enquanto, você vai ter que
aceitar o que estamos lhe dando.”
Brenna quis chorar quando eles removeram as mãos e a colocaram de volta em seu
assento. Cobrindo­se, ela olhou para frente por alguns minutos antes de tentar quebrar o
silêncio tenso.
“Poderia haver um trabalho para mim aqui na cidade. Eu queria ir dar uma olhada.”
Ambos se viraram para ela em surpresa. Os olhos de King se estreitaram. “Onde?”
“Um lugar chamado  Indulgences. Nat disse que sua irmã é uma das proprietárias e
que estão tão ocupadas com os pedidos, que precisam de alguém para cuidar deles. Nat disse
que ela trabalha lá às vezes, e que Kelly, uma das outras proprietárias, está em casa agora.
Ela está grávida e tem que ficar de repouso.”
King assentiu. “Kelly é a esposa de Blade. Nosso parceiro.”
“Oh. É essa Kelly. Acho que este é um mundo pequeno.”
Royce concordou. “Especialmente em Desire. Você pode ir ver sobre o trabalho assim
que voltarmos para casa e se trocar.”
King franziu o cenho. “Se você conseguir um trabalho, porém, vamos querer saber as
horas que você está trabalhando. Vamos resolver isso para que possamos ter nosso tempo
juntos. Você também vai ter que ser vigiada de perto, pelo menos até que descobrirmos quem
enviou aquela nota.”

111
Royce   tocou   sua   coxa,  puxando   seu   vestido   mais   alto.   “Você   vai  ter   seu   próprio
tempo, mas vamos exigir tempo para nós.”
“Parece perfeito.” Brenna lutou de volta um sorriso no quanto as coisas pareciam
começar   a   cair   no   lugar.   Ela   amava   se   sentir   querida,   amava   o   sexo   e   a   sensação   de
realização, mas eles tinham razão no fato de que ela só tinha começado e tinha muito mais
para   aprender.   Ela   estava   assustada,   porém,   deles   desistirem   dela,   e   temia   que   se
acontecesse, ela nunca teria essa sensação deliciosa de novo.
Ainda mais assustadora foi à constatação de que eles não pareciam sentir a conexão
com ela que eles precisavam.
Grata que tinha um mês para aprender tudo que pudesse sobre este novo estilo de
vida, Brenna se debruçou contra Royce.
“Obrigado pela viagem ao SPA. Eu fui polida, encerada, e lustrada. O que vamos
fazer   agora?   Eu   gostaria   de   ir   encontrar   Jesse   Erickson.   Nat   a   chamou   e   ela   está   me
esperando.”
Rei assentiu. “Nós vamos levá­la para lá agora.”
Brenna olhou para seu vestido rasgado e fez uma careta.
“Eu preciso me trocar primeiro, lembra? Além disso, quero ir sozinha. Tenho certeza
que ela não vai gostar de —”
“Jesse nem piscaria se fôssemos com você.” Royce sorriu e bateu de leve em seu
joelho. “Ela já mora aqui tempo suficiente para entender como as coisas funcionam por aqui.
Ela provavelmente já sabe sobre Donner e a nota. As notícias viajam rápido em Desire.”
Brenna concordou. “Ela sabe. Nat lhe disse, mas eu ainda quero ir sozinha. Olha, só
porque sou sua submissa no momento, não significa —”
King a cortou impiedosamente. “Sim, significa.” Deslizando a mão em seu cabelo, ele
inclinou seu rosto para ele. “É exatamente o que isso significa, e o que eu venho tentando lhe
dizer. Pertencer a nós significa pertencer a nós, algo que está se tornando muito evidente que
você não está preparada.” Ele a soltou também abruptamente e amaldiçoou.
Atirando   nele   um   olhar,   Royce   pegou   a   mão   dela.   “Não   somos   irracionais,
entretanto. Você pode tentar nos convencer.”

112
Ansiosa para fazer isso, e estimulada por seu olhar brincalhão, Brenna se enrolou
nele. Olhando­o através dos cílios, ela brincou com o botão superior de sua camisa branca,
deslizando­o livre. Acariciar sua pele quente com a ponta dos dedos lhe deu mais emoção do
que ela tinha imaginado.
“Por favor, Royce. Eu ficaria muito grata. Eu serei cuidadosa. Eu prometo. É plena luz
do dia. As ruas estão cheias de gente. Além disso, como vamos descobrir quem está fazendo
isso se eu passar todo o meu tempo trancada no clube com vocês dois me vigiando como
falcões?” Ela não pôde acreditar que o corpo de Royce enrijeceu sob seu toque, algo que a fez
se sentir ainda mais desejável. “Eu realmente gostaria de ver um pouco mais da cidade, e é
apenas a alguns quarteirões.”
Royce parou em um sinal, seu olhar encoberto buscando o dela. “Bem convincente.
Tudo bem para mim, contanto que não tenha problema para King.”
Ela se virou para encontrar King observando­a com expectativa. “O que posso dizer
para convencê­lo?”
King sorriu. “Eu quero um beijo.”
Sugando pelo ar, Brenna virou e se inclinou para ele, erguendo o rosto para o beijo.
“Não. Você me beija.”
Brenna teve que ficar de joelhos para alcançá­lo, segurando em seu ombro enquanto
se inclinava em direção a ele.
Ela percebeu que tinha se esquecido de segurar o vestido fechado quando as mãos
dele cobriram seus seios, fazendo­a ofegar assim que sua boca tocou a dele.
Ele assumiu quase que imediatamente, deslizando a língua na dela e aprofundando o
beijo enquanto massageava seus seios suavemente.
Quando  ele interrompeu o beijo, sua cabeça  girava e seu estômago apertava com
uma nova onda de excitação.
“Venha cá.”
King a puxou para mais perto dele, acenando em resposta a uma saudação gritada
enquanto   passavam   pela   cidade.   “Estamos   voltando   para   o   clube.   Depois   que   voltar   da
Indulgences, você vai para seu quarto, dispa­se, e vai direto para a sala de jogos.”

113
Royce   assentiu   e   se   virou   para   ela,   os   olhos   cintilando.   “Hoje,   vamos   apreciá­la
juntos.”

Capítulo Seis
Brenna quase dançou em seu caminho de volta ao clube, encantada que não só tinha
encontrado   um   emprego   em   Desire,   mas   que   também   tinha   conhecido   potenciais   novas
amigas.
Com  seu   corpo   formigando   com   antecipação,   ela   assegurou   seu   domínio   sobre   a
bolsa de amostras que Jesse Erickson lhe dera, sorrindo para as pessoas por quem passava
enquanto caminhava pela calçada.
A caminhada lhe dava a chance de conferir alguns dos lugares na cidade, alguns que
queria uma oportunidade de voltar, mas ela não se atreveu a parar agora, sabendo que Royce
e King estavam esperando por ela.
Ninguém se aproximou dela, e não houve mais notas, deixando­a se perguntando se
o bilhete tinha sido um erro, ou possivelmente destinado à outra pessoa.
Sentindo­se muito melhor, ela tinha uma mola em seus passos enquanto corria de
volta, ansiosa para estar com Royce e King novamente.
Ela sentia falta deles, e não podia acreditar o quanto.
A necessidade de pertencer a eles se aprofundava a cada dia, especialmente agora
que começava a entender que eles realmente se importavam com sua felicidade.

114
Eles haviam lhe dado suas roupas que tinham escondido, deixando­a escolher uma
peça para vestir. Claro, eles ficaram e a observaram preparar­se; Royce reclinado na chaise
em seu quarto, enquanto King aguardava perto da janela.
Ela   escolheu   uma   calça   preta   simples   e   um   suéter   azul,   que   ambos   os   homens
aprovaram, mas ela ainda se lembrava dos olhares de desaprovação em seus rostos quando a
viram em sua calcinha de algodão e sutiã simples.
“Com licença?”
Brenna parou ao som de uma voz masculina vinda de trás dela, e se virou, ainda
sorrindo,   para   enfrentá­lo.   Seu   coração   disparou,   mas   ela   manteve   o   sorriso   no   lugar
enquanto olhava ao redor para se certificar de que ainda havia pessoas por perto.
Mais alto do que Royce e King, o homem de pé na calçada, tinha o mesmo ar sobre
ele   que   Royce,   King   e   até   mesmo   Jake   tinha.   Impressionada   com   o   poder   e   autoridade
graciosa, ela endureceu quando outro pensamento lhe ocorreu.
Seria um dos homens nos lances do próximo leilão?
Dando um passo atrás, ela tocou o colar em volta do pescoço, nervosa agora. “Está
falando comigo?”
Ele   sorriu,   apontando   para   seu   pescoço.   “Eu   reconheci   a   gargantilha.   Você   não
precisa ficar nervosa. Eu não sou seu perseguidor. Você é Brenna?”
“Sim.” Ela deu outro passo atrás. “Como sabe disso?”
Ele   sorriu,   estendendo   as   mãos   como   se   para   provar   que   não   queria   lhe   fazer
nenhum mal. “Royce  e King  têm todos em alerta. Não  tenha medo. Meu nome  é Logan
James. Eu possuo a loja de couros por aqui, e o pedido especial que King e Royce fizeram
está pronto. Eu me perguntei se você poderia entregar a eles para mim.”
Brenna assentiu, soltando um suspiro de alívio. “Claro.”
Sorrindo, ele se virou e voltou para dentro. “Obrigada. Eu já volto.”
Curiosa, ela se aproximou da janela para ver o tipo de itens que ele tinha colocado
em exibição. Sua boca caiu aberta quando viu, além de roupas, chicotes de todos os tamanhos
e tipos, e várias coisas que ela não conseguia nem identificar.
Ela viu até dildos de couro, a disposição de bom gosto em um dos cantos não os
fazendo parecer menos ameaçador.

115
Perguntando­se o que King e Royce teriam pedido, afinal, eles pareciam já ter uma
grande variedade de tudo que poderiam precisar em sua sala de jogos, ela voltou a olhar
para a roupa, mas seus olhos continuaram indo para os dildos no canto.
Quando a porta da loja se abriu novamente, ela recuou, fingindo interesse em uma
das saias próximas à frente.
Logan saiu com um pacote na mão, embrulhado com papel pardo e amarrado com
uma corda.
“Obrigada. Não deveria me surpreender que tenham adivinhado seu tamanho certo.
Foi um prazer conhecê­la, Brenna. Espero que possamos vê­la mais vezes por aqui. Desde
que Jesse chegou aqui, os homens de Desire têm encontrado as mulheres perfeitas para eles
de lá para cá. Ela tem sido nosso amuleto da sorte.”
Ele sorriu, e o flash de branco apenas intensificou sua beleza masculina, mas não fez
nada para diminuir a aura de poder e força que o cercava. Ela decidiu que ele parecia uma
combinação de Royce e King, com alguma da graça e beleza de Royce, temperada com a forte
masculinidade de King.
Sorrindo, ela aceitou o pacote. “Você já encontrou a sua?”
Ele suspirou, e seu sorriso caiu ligeiramente. “Não. É preciso um inferno de uma
mulher para aturar as regras desta cidade. Se você perguntar às mulheres, vale a pena, mas
não   são   muitas   mulheres   que   apreciam   como   os   homens   daqui   cuidam   delas.   Elas   nos
chamam   de  mandões  —   e   este   é   um   dos   melhores   nomes   que   elas   nos   chamam.”   Ele   se
inclinou mais perto, falando em um sussurro. “Mesmo algumas das mulheres que moram
aqui agora, ocasionalmente, afirmam que somos um pouco arrogantes.”
Brenna já tinha ouvido bastante disso de Nat, e tinha experimentado um pouco por si
mesma.
Fingindo choque, ela sorriu. “Tá brincando?” Rindo de seu olhar estreitado, ela levou
o pacote que ele lhe dera ao peito, curiosa sobre seu conteúdo. “Você mencionou Jesse. Você
quis dizer Jesse Erickson?”
Inclinando a cabeça, Logan sorriu. “Sim. Vejo que tem uma sacola de sua loja. Você a
conheceu?”

116
“Sim. De fato, ela acabou de me contratar. Começo depois de amanhã. Ela me deu
algumas amostras para experimentar.”
“Parabéns.   É   melhor   voltar   para   o   clube   antes   que   Royce   e   King   comecem   a   se
preocupar. Diga­lhes que vou aparecer mais tarde.”
Brenna   assentiu   e   se   virou,   voltando­se   impulsivamente.   “Posso   te   fazer   uma
pergunta?”
Logan arqueou uma sobrancelha. “Sim. O que é?”
“Você…   Quero   dizer…   Você   gostaria…   Você   quer…   Você   está   procurando   uma
mulher? Você parecia… Quero dizer, a razão pela qual estou perguntando é porque você
pareceu —”
Seus olhos gelaram ainda mais. “Você está se oferecendo?”
Nervosa agora, ela se apressou a explicar.
“Não! Oh, Deus, eu sempre faço uma bagunça de tudo.” Ela soltou um suspiro, e
respirou fundo antes de começar novamente. “Eu tenho uma amiga, uma que se machucou
muito. Quando liguei para ela mais cedo e mencionei que estava aqui e que tinha conhecido
Royce   e   King…   Bem,   ela   pareceu   tão   deprimida.   Eu   esperava   que   uma   vez   que   me
acomodasse aqui… Quero dizer,  se  eu me acomodar aqui, ela poderia vir me visitar. Ela é
muito legal, mas tem o hábito de intimidar os homens, bem, tipo como eu fazia — até chegar
aqui. Nada parece intimidar os homens daqui. Eu pensei que talvez…”
“Que eu gostaria de conhecê­la?” Ele sorriu, e o gelo foi substituído por diversão.
“Talvez. Não gosto de encontros às cegas, Brenna. Prefiro a caça. Se ela está à procura de um
homem —”
“É este o problema. Ela desistiu dos homens completamente. Ela é linda e inteligente,
e você não vai acreditar, mas ela desenha roupas de couro  para as mulheres. Eu apenas
pensei que…”
“Interessante. Vamos ter que conversar sobre isso mais tarde.” Ele fez um gesto por
cima do ombro. “Royce está vindo para você e ele não parece muito feliz.”

* * * * *

117
Brenna atravessou o estacionamento com Royce. “Eles seriam perfeitos juntos. Quero
dizer, eu não o conheço muito bem, mas ele pareceu o tipo de homem que não é intimidado
facilmente.   Pelo   menos   ela   poderia   conhecê­lo.   Eu   nem   posso   acreditar   que   consegui   o
emprego. Jesse parece tão boa. Ela me deu um monte de amostras para experimentar, mas eu
gosto mais da framboesa azul.”
Royce arqueou uma sobrancelha. “Isso não é você quem decide.”
“Droga, Royce. Eu gosto da framboesa.” Ela agarrou a sacola de novo, mas ele a
puxou fora de seu alcance.
“Talvez nós a deixemos tê­la. Talvez não. Você sabe o quanto eu estava preocupado
com você?”
“Sinto muito. Não havia nenhuma razão para se preocupar. Eu conversei com Jesse
um  pouco,  e  então  quando  eu  passava  pela  loja  de   couro,  Logan  saiu  para   me  dar  esse
pacote.”
Apontando para o pacote que ele segurava, ela tocou seu braço, emocionada que eles
a considerava especial o suficiente para comprar algo para ela. “Ele disse que você encontrou
meu tamanho certo. O que é?”
Royce sorriu, pegando sua mão e levando­a para subir os degraus.
“Algo   para   você   usar   quando   estiver   sendo   castigada.   Imaginamos   que   tão
indisciplinada   quanto   você   é,   vamos   ter   que   trabalhar   muito   duro   para   treiná­la.   Isto   é
garantido  transformá­la  em  uma  trêmula  pequena  sub  que   fará  de  tudo   para  não   usá­lo
novamente. Você vai implorar por alívio e só o pensamento de ter que usá­lo de novo vai
mantê­la sob controle.”
Brenna   riu,   como   imaginou   que   ele   esperava   que   ela   fizesse,   sabendo   que   nada
poderia realizar tudo aquilo. “Claro. O que está nesse pequeno pacote vai fazer tudo isso.
Fala sério. Estou com fome. Onde está King? Tenho que lhe dizer que consegui o emprego.”

* * * * *

118
Royce   a   observou   correr   pelos   degraus,   nem   mesmo   se   incomodando   com   o
elevador. Ele a seguiu em um ritmo muito mais lento, imerso em seus pensamentos quando
acenou em direção à Sebastian.
Ele não queria lhe dizer que King já sabia que ela tinha sido contratada. Ele e King
tinham mantido uma estreita vigilância sobre ela e já tinham organizado com Clay, um dos
maridos de Jesse, para ligar quando Brenna saísse da loja.
Ele sorriu quando ouviu seu grito, imaginando que ela deveria ter encontrado King.
Retardando seus passos, ele a ouviu tagarelar sobre tudo que tinha acontecido desde
que saíra, concluindo com um apelo para que ela fosse permitida manter a framboesa azul.
Inferno, ele não se importava com qual ela usava, mas ele queria ver se ela seria
capaz de concordar com eles.
Ele queria saber como ela reagiria ao não conseguir do seu jeito, se ela ficaria louca e
faria   birra,   ou   se   usaria   suas   artimanhas   femininas   —   artimanhas   que   ela   parecia   ter
esquecido — para mudar suas mentes.
Ele podia lidar com o primeiro, mas parecia muito à frente para o segundo.
Ele queria reivindicá­la, fazê­la deles em todos os sentidos possíveis, acorrentá­la a
eles, assim ela não teria a menor chance de escapar.
Mas era tudo uma questão de escolha. Temendo que o que eles queriam de uma
mulher seria demais para ela, estavam movendo mais lento com ela do que tinham com
qualquer outra mulher.
Inferno, eles nem sequer a tinham tomado ainda!
A provocação lenta começava a denunciá­los, de seus temperamentos curtos para a
insônia. Como diabos ele poderia dormir com seu pênis tão fodidamente duro que doía?
Embora ela fosse cabeçuda e opiniosa em algumas áreas, ela parecia não ter muita
confiança em sua própria sexualidade e feminilidade.
Ela tinha tomado alguns golpes nessas áreas, e isso se mostrava.
Ele e King há muito tempo tinham desistido de um dia encontrar uma mulher que
pudesse compartilhar suas vidas, e se fosse honesto consigo mesmo, ele teria que admitir que
nunca tivesse se imaginado com uma mulher tão ingênua ou tanto de um desafio como era

119
Brenna.  Imaginara­se com alguém  mais experiente  neste  estilo  de  vida, uma  mulher  que
saberia o que seria esperado dela e que agiria em conformidade.
Ele queria uma mulher que ia satisfazer sua necessidade de dominar, uma que ia
responder a cada toque e que estaria ansiosa para agradá­lo.
Brenna era tudo isso e muito mais. Ela se submetia ansiosamente uma vez que era
despertada, mas o resto do tempo, ela queria ser independente. Ela também mostrava uma
hesitação enquanto lutava com seus próprios instintos, um que eles precisavam superar.
Ele podia ver a luta em seus olhos, e sabia que ela cedia quando lhe convinha, apenas
para   satisfazer   sua   curiosidade.   Ela   não   queria   que   seu   tempo   junto   terminasse   até   que
tivesse todas as respostas que procurava, era algo que ele e King não podiam deixar escapar.
Ele   sabia   que   até   um   olhar   dele   tinha   o   poder   de   excitá­la.   E   duvidava   que   ela
soubesse   que   ele   podia   vê­lo,   mesmo   sua   luta   interior   para   não   deixá­lo   se   mostrar   era
aparente para ele.
Deus, ela o excitava.
Ela tinha a suavidade, a feminilidade que seus amigos tinham se apaixonado pelas
mulheres com quem eles se casaram, uma suavidade que ele acreditava não seria adequada
para ele. De alguma maneira, porém, isso realçava sua rendição, o poder de sua paixão como
um contraste com a suavidade que ela lutava para esconder.
Feminina até o núcleo, e com medo de mostrá­lo.
Lembrar sua raiva no dia em que ela os conhecera nunca deixava de excitá­lo. Ele
soube então que ela seria algo especial, mas não planejava ficar tão perdido nela.
Era difícil para ele enfrentar a verdade.
Ele estava assustado — angustiantemente assustado — que uma vez que a tivesse,
ele nunca fosse capaz de desistir dela.
Se Brenna decidisse que não poderia lidar com este estilo de vida, um que ele sabia
nunca poderia viver sem, ele ficaria devastado.
Quando ela falara sobre pertencer a ele e King, ele teve o mais incrível desejo de jogá­
la sobre o ombro e correr de volta para o clube com ela.

120
Ele   não   podia   se   apegar   a   ela,   porém,   não   do   jeito   que   queria.   Manter   alguma
distância entre eles tinha que ser umas das coisas mais difíceis que ele já fizera, mas precisava
para se proteger.
Então, ele e King tinham usado a desculpa do leilão como uma maneira de ficar perto
dela sem se comprometerem, um mecanismo automático de defesa para não se machucar.
Ele só a conheciam há alguns dias e já podia sentir suas defesas se desmoronando ao
seu redor.
Parte dele queria ser fácil com ela, na esperança de que ela pudesse passar o mês,
enquanto a outra queria fazer o seu pior para ela, na esperança de assustá­la longe antes que
se tornasse muito apegado a ela.
Ele podia ver a confusão em seus olhos quando ele e King passaram de um extremo a
outro, mas não podia fazer nada sobre isso. Ele se convencera de que se ela acabasse sendo
uma parte permanente de suas vidas, teria que lidar com os diferentes níveis de submissão.
Se ela não pudesse lidar com isso, seria melhor que eles soubessem agora.
Porque, Deus o ajude, ele não podia mudar quem ele era.
Parecia, no entanto, que nem podia ela, e ela tinha acabado de começar sua jornada
de descoberta do tipo de vida que ela precisava.
Ele ia ajudá­la nisso, ia ensiná­la o que ela precisava saber e conhecer seus limites.
Ele achara que sabia tudo sobre si mesmo e suas próprias necessidades, mas desde
que conhecera Brenna, tinha aprendido ainda mais.
Antes de o mês terminar, ele temia — muito — que perderia seu coração.

* * * * *

Brenna escarranchou King, que estava sentado em uma grande cadeira de couro em
sua mesa, pressionando seu monte contra a grande protuberância atrás de seu zíper.
“Estou tão animada. Jesse pareceu muito legal.”
King assentiu. “Jesse é muito legal. Por que você está usando roupa?”
Brenna piscou. “Porque eu estava na rua.”

121
As mãos de King apertaram em suas coxas. “Pensei que você tinha sido informada
para voltar, ir para o quarto, se despir, e vir para a sala de jogos.”
Brenna  fez beicinho, se alarmando  quando  seus  olhos se estreitaram.  “Eu quis te
contar que consegui o emprego. Eu estava animada. Pensei que você ficaria feliz por mim.”
“Estou feliz por você. Beije­me.”
“O quê?” Brenna tremeu. Exceto de King roçar os lábios nos dela no SPA, e o beijo
que ele quis depois de sua visita ao SPA, nenhum deles a beijara. “Você quer me beijar?”
Seus olhos se estreitaram mais. “Muito.”
Aplainando­se   contra   seu   peito,   Brenna   se   curvou   e   tocou   os   lábios   nos   dele,
empurrando a língua contra ele para ganhar entrada. Ela enrolou os braços em seu pescoço e
se inclinou, roçando a língua contra a dele, mas novamente encontrou seu controle do beijo
rapidamente tomado. King envolveu os braços ao seu redor, varrendo sua boca com a língua
e explorando os recessos de sua boca, com uma paixão e domínio que a deixou sem fôlego.
Ela adorou.
Quando ele levantou a cabeça, ela se afundou contra ele, a cabeça girando. “Uau.
Você é um bom beijador.”
King riu, batendo em sua bunda. “Você também. Saia do meu colo e dispa­se. Você
ficou vestida o dia todo.”
Esfregando a bunda e excita tanto pelo calor quanto e domínio disso, Brenna rastejou
fora de seu colo, necessidade já fluindo através de suas veias.
“A maioria das pessoas passa o dia vestido, sabe.”
King sorriu. “Você não é a maioria das pessoas. Você me pertence e eu quero você
nua quando estiver perto de mim. Você vai estar nua muito frequentemente, Red, algo que
vai ter que se acostumar.”
Royce entrou na sala, jogando as duas sacolas na mesa de King.
“Ela vai trabalhar em tempo parcial. Ela disse que já conversou com sua amiga para
enviar o resto de suas coisas. Vamos verificá­las e escolher as que ela vai poder usar.”
Brenna tinha terminado de tirar um tênis, suas palavras enviando um calafrio através
dela.
“Vocês podem escolher o que eu visto?”

122
Royce suspirou. “Você realmente não tem ideia do que é esperado de você, não é?
Claro que vamos escolher sua roupa, assim como vamos escolher o perfume que vai usar.
Você nos pertence, Brenna. Cada centímetro de você é nosso para fazer o quisermos.” Ele
olhou para King. “Temos muito trabalho a fazer.”
King concordou. “É o que fazemos.”
Brenna terminou de tirar o outro tênis e parou com as mãos no botão da calça.
“Por que nenhum dos dois me tomou? Vocês não me querem?”
King arqueou uma sobrancelha e se levantou. “Se não a quiséssemos, Red, você não
estaria aqui. Você está tentando me dizer que você quer o meu pau?”
Ela queria mais do que isso. Ela queria todo ele. Ela queria a chance de chegar mais
perto. Ela queria atravessar essa distância que sentia entre eles.
Assentindo, ela deu um passo em sua direção, lançando um olhar para Royce.
“Eu quero ser sua. Em todos os sentidos.”
Royce sorriu de leve. “Isso ainda não se sabe. Estarei esperando na sala de jogos.”
De pé com os braços cruzados sobre o peito, King esperou pacientemente, os olhos
ilegíveis.
Brenna não desperdiçou tempo, livrando­se das roupas com abandono e jogando­as
de lado.
Sem uma palavra, King fez um gesto para que ela o precedesse.
Andando  corredor  abaixo, ela  cuidadosamente  manteve  os braços em seus  lados;
mais uma vez extremamente consciente de sua nudez. Ela achava muito diferente do que
estar   nua   com   um   homem   em   uma   cama.   Ela   estava   nua,   enquanto   eles   ainda   estavam
vestidos, o que já a fazia se sentir vulnerável, mas, além disso, ela tinha que desfilar na frente
deles.
Quando ela chegou à porta no final do corredor, ela encontrou Royce esperando logo
dentro, segurando uma venda.
“Venha cá, Brenna.”
“Você vai me vendar?”
King bateu em sua bunda de trás. “Acho que nós deveríamos amordaçá­la, também.
Se você quer usar sua palavra segura, Red; faça­o agora.”

123
“Beije minha bunda!”
Brenna congelou, batendo a mão na boca, horrorizada com o que tinha feito. “Sinto
muito, King. Merda. Quero dizer, Mestre. Será que conta que ainda não começamos? Droga,
eu esqueci.”
Mais autoconsciente do que nunca, ela se cobriu, achando difícil estar tão exposta
quando o sexo não estava envolvido.
Royce sorriu levemente. “Sim, conta. Acho que vamos ter que fazer algo sobre sua
memória.” Ele olhou intencionalmente para seu corpo, e os olhos se demoraram em seus
braços, que ela instintivamente tinha usado para se cobrir, até que ela os deixou cair para os
lados.
Ela tinha cometido o erro de relaxar em torno deles depois de ter saído com eles hoje,
e depois de suas provocações quando ela voltara para casa da cidade.
Tinha sido um erro essa atitude na sala de jogos, uma que ela apostava eles a fariam
pagar.
“Sinto   muito.   É   difícil   estar   nua   quando   o   sexo   não   está   envolvido.   Sinto­me
constrangida.”
King entrou na sala atrás dela e fechou a porta.
“Muito ruim. Quando quisermos você nua, você vai ficar nua.”
Royce se moveu para trás dela e colocou a venda sobre seus olhos, mergulhando­a
em completa escuridão.

* * * * *

Uma vez que Royce a tinha vendado, ele encontrou o olhar de King e balançou a
cabeça, relaxando um pouco.
Cristo, ela era adorável.
Eles tinham decidido vendá­la esta noite, a fim de construir um pouco de confiança,
mas também para aumentar seus sentidos. Com Brenna, isso poderia ser uma experiência
para se lembrar.

124
Ele não gostava de admitir, nem para si mesmo, que eles a queriam com uma venda
para   que   pudessem   desfrutar   dela   esta   noite,   banquetear­se   dela,   sem   deixá­la   ver   seus
rostos.
Esta noite, ele não queria ter que esconder seus sentimentos por ela, nem esconder a
alegria em suas respostas e a constante surpresa em sua reação pelo que faziam com ela.
Ele tinha dominado muitas mulheres em sua vida e nunca tinha tido tal dificuldade
em manter seus pensamentos e sentimentos para si mesmo. A maior parte das mulheres com
quem esteve era sofisticada e praticada em submissão, mas nenhuma nunca tinha feito isso
com o abandono que Brenna fazia — ou a luta para chegar lá.
Ela o balançava; algo que ele não pensava possível. Quando  ela correra  na outra
noite, ele ficara tão surpreso, mais consigo mesmo do que com ela, que se passaram vários
minutos antes que ele fosse atrás dela.
Atordoado com ele mesmo, ele ficara olhando para ela, tentando se recuperar do
chute no intestino que ele não esperava.
Olhando para ela agora, que esperava ansiosamente, seu lábio inferior tremendo, ele
sabia que nunca quis tanto uma mulher assim.
Suas   mãos   coçavam   para   tomar   seus   seios   cheios,   altos   para   eles,   e   acariciar   os
mamilos   rosados   e   eriçados   até   que   ela   gritasse   seu   prazer.   Ele   mal   podia   esperar   para
colocar   as   mãos   em   volta   de   sua   cintura   fina,   algo   que   ele   imaginava   fazer   enquanto   a
levantava e baixava sobre seu pau. Sua boceta agora­descoberta implorava por sua atenção, e
aquela sua bunda arredondada parecia pronta para uma surra erótica.
Ele começou a se despir, grato por libertar seu pênis da prisão, vendo King que fazia
o mesmo.
“Bem, Brenna, já que o clube está fechado esta noite, eu acho que temos várias horas
para trabalhar e melhorar sua memória.”
Ele sorriu em seu calafrio, ansioso por isso mais do que tinha ansiado por qualquer
coisa em muito tempo.
 

125
Capítulo Sete
Mergulhada   em   escuridão,   Brenna   respirou   fundo,   tremendo   de   nervoso.   Mesmo
depois de apenas um minuto ou dois, seus outros sentidos pareciam muito mais nítidos.
Ouvindo o farfalhar de roupas, seu pulso saltou, e ela desesperadamente desejou poder vê­
los. Ia adorar ter a chance de explorar seus corpos, ter a liberdade de deslizar as mãos sobre
eles.
Ela não podia vê­los, porém, mas estava intensamente ciente de que eles podiam vê­
la.
Sentia­se ainda mais exposta agora do que nunca, algo que ela não pensava possível.
Ela   estava   nua   na   sala   de   jogos   com   Royce   e   King.   Com  ambos,  Royce   e   King.
Vendada.

126
Cada fantasia que ela já teve parecia pálida e insignificante.
Sentindo seus olhares se moverem sobre ela, queimava­a em todos os lugares. Sua
cabeça  girava, e superada  pela necessidade  de se firmar, ela estendeu  a mão, dando  um
suspiro de alívio quando Royce a pegou.
“Está tudo bem. Eu estou aqui. Não vamos deixá­la cair.”
King veio por trás dela, correndo as mãos dos quadris até seus seios, o corpo nu
quente contra o dela. A sensação do pênis pressionando contra a parte inferior de suas costas
a fazendo saltar, sua boceta cerrando com antecipação.
“Antes de amordaçá­la, vou fazer uso dessa boca espertinha dela. Eu acredito que ela
me disse para beijar sua bunda.”
A risada baixa de Royce a encheu de apreensão. “Sim, ela definitivamente disse.”
Trêmula,   impotente,   Brenna   gemeu   quando   King   a   virou   e   alcançou   seus   seios,
clamando   quando   ele   beliscou   seus   mamilos   e   os   soltou.   A   dor   rapidamente   se
transformando em prazer e enviando choques de calor escaldante para sua fenda.
Seu   corpo   veio   à   vida   com   as   sensações,   cada   centímetro   de   sua   pele   sensível   e
dolorida por atenção. Até mesmo o cabelo se movendo em suas costas a despertava. Ela tinha
Royce e King só para ela, dois dos homens mais dominantes que já conhecera; homens que
podiam cumprir todas as fantasias que já teve, e algumas que ela nem sequer tinha sonhado
ainda.
Ela queria ser tomada. Usada. Apreciada.
Mas tinha aprendido bastante sobre si mesma desde que estava com eles para saber
que queria algo mais.
Ela queria que eles a quisessem, que precisassem dela com o mesmo desespero que
ela precisava deles.
Ela queria que esta fosse uma noite que nenhum deles jamais esqueceria.
Royce veio por trás dela, fazendo­a estremecer no calor quando seu corpo nu, rígido
e quente, pressionou contra o dela. Ele agarrou seus pulsos em uma das mãos, erguendo­os
acima de sua cabeça e com uma velocidade que a surpreendeu, enganchou algo em cada um,
e trancou juntos.

127
Ter suas mãos puxadas acima da cabeça a deixava indefesa para proteger os seios e
mamilos, dando a Royce e King a liberdade de fazer o que quiserem com eles.
Tremendo   ao   som   de   uma   corrente   sendo   baixada,   ela   mordeu   o   lábio   para   não
gritar, determinada a ficar tão quieta quanto possível. Não queria parecer tão ingênua quanto
tinha antes, e lutou para não mostrar o quanto ficava nervosa cada vez que eles a continham.
A fantasia nem sequer tinha chegado perto de prepará­la para a realidade.
A sensação de seu  mamilo  direito  sendo  comprimido  de novo a chocou e a teve
clamando, a dor quase mais do que podia suportar. Ela foi até a ponta dos pés em um esforço
instintivo de escapar, mas não ajudou.
Royce acariciou a parte inferior de seu seio, o hálito quente contra seu rosto. “Calma.
Respire   através   disso.  Você   pode   fazê­lo.   Não   está   tão   apertado   quanto   poderia   ser.   Por
alguma razão, King teve pena de você.”
Obedecendo, ela respirou fundo várias vezes, chocada que a dor tivesse diminuído, e
o prazer começado. Ondas afiadas e implacáveis disso. Cada movimento fazia o peso da
braçadeira em seu mamilo balançar, aumentando a sensação. Ao invés de ficar quieta, ela
lutou contra suas amarras, cada movimento enviando um flash de calor para sua fenda.
Royce roçou os lábios contra sua testa. “Muito bem, querida. Agora você vê como a
dor pode se adicionar ao prazer.” Acariciando a parte inferior de seu seio, ele correu os lábios
em seu rosto. “Você precisa disso, não é, Brenna? Você precisa disso tanto quanto nós. Você
sabe o quanto está bonita, tomando tudo que lhe damos? Faz você se sentir viva, não faz?
Você não está pensando em mais nada além de nós. Você nos sente em toda parte, não é?”
King   riu   e   puxou   a   braçadeira,   fazendo­a   clamar   de   novo,   a   dor   e   o   prazer   se
misturando em uma onda erótica de prazer diferente de tudo que ela já tinha experimentado.
“Ela faz. Olhe para o jeito como ela treme. Você está certo, porém. Estou indo fácil
com ela porque ainda é nova nisso, mas ela precisa ser levada na mão. Ela quer estar por
cima até o fim. Ela é maníaca por controle. Ela vai ter seus mamilos presos e depois vai
chupar pau antes de ser amordaçada. Uma vez que eu trabalhar sua bunda, ela vai pensar
duas vezes antes de falar assim comigo de novo.”

128
Sugando pelo ar quando King enganchou a braçadeira em seu outro mamilo, Brenna
subiu até os dedões dos pés, respirando profundamente até que a dor diminuísse, e o prazer
mais uma vez assumisse.
“O–O que vai fazer com minha bunda?”
Um silêncio tenso encheu o ar, um cheio de desaprovação.
Royce suspirou. “Permita­me. Estive ansioso para usar um chicote nela desde que
saiu correndo daqui naquela primeira noite. Não acho que ela captou bem o fato que, desde
que   estamos   na   sala   de   jogos,   ela   não   é   permitida   nos   questionar,   ou   falar,   sem   ser
perguntada.”
Brenna nunca tinha estado tão assustada em sua vida — ou tão excitada. “Não!”
A voz de Royce veio direto da frente, o calor de seu corpo queimando sua frente.
“Isso não funciona, Brenna. Use sua palavra segura e vai estar livre para ir.”
“Não.”
Ela não podia ir embora. Ela queria tudo que eles tinham para dar, e nunca ia se
perdoar se parasse isso agora.
A batida do que parecia uma centena de tiras de couro atingindo seu seio a assustou
tanto que ela teria caído se não fosse a corrente presa às faixas de couro em seus pulsos.
Alarmada, ela lutou para trancar os joelhos novamente, surpresa ao descobrir que não doía
tanto quanto temia. Ela esperava ser espancada, ou que o chicote fosse bater em sua bunda.
Não esperava que seus seios fossem chicoteados.
O calor era incrível, especialmente onde o chicote bateu na braçadeira. Tão quente.
Tão excitante. Seus seios se sentiam inchados e pesados, e mais sensíveis agora. O aumento
na sensação de vulnerabilidade e a percepção de que eles podiam fazer o que quisessem com
ela, enviando seus sentidos e excitação às alturas.
Sua boceta apertou forte, liberando seus sucos, seu clitóris inchou. Ela mal teve a
chance de recuperar o fôlego antes que o chicote descesse sobre seu outro seio.
As tiras de couro bateram em sua pele como carícias quentes, não mordendo como
ela esperava, mas apenas dolorosas o suficiente para mantê­la em guarda e inflamar sua
fome, se construindo em algo que ela não conhecia.

129
O chicote desceu de novo e de novo em um padrão imprevisível, assim ela nunca
sabia que mama seria a próxima.
Quando ele bater no lado sensível de seu seio, ela veio até os dedões dos pés, e se
encontrou arqueando as costas, empurrando os seios para fora em um apelo silencioso por
mais.
Ela não podia acreditar.
Ela estava amando. Ela realmente estava amando saber que eles podiam fazer o que
quisessem com ela. Saber que eles faziam isso, não para machucá­la, mas para lhe dar todo
prazer, exaltava seus sentidos, o medo só forte o suficiente para adicionar à sua excitação.
Antecipando outro golpe em seus seios, Brenna clamou quando o chicote começou a
atacar em toda parte, não forte, mas com poder suficiente para aquecer e despertar cada
terminação nervosa em seu corpo. Braços, pernas, barriga, todos receberam atenção, o chicote
deixava   sua   pele   quente   em   todos   os   lugares   que   tocava.   A   batida   em   seu   monte   a
surpreendeu, mas antes que ela pudesse reagir, ele caiu sobre seu traseiro. Vários golpes em
sucessão rápida cobriram cada centímetro de sua bunda, deixando suas nádegas quentes e
acendendo a consciência em sua abertura enrugada.
“Espalhe essas pernas, Brenna. Largas.”
O   gelo   na   voz   de   Royce   segurava   uma   extremidade   subjacente   de   tensão   que   a
excitou ainda mais.
Nervosa   agora,   mas   não   menos   excitada,   ela   espalhou   as   pernas   bem   abertas,
surpresa quando o peito de King roçou em seus mamilos. Um segundo depois, ela ouviu o
som da corrente e suas mãos foram baixadas.
“De joelhos, Red. Abra essas coxas tão afastadas quanto possível.”
Com os pulsos presos no aperto forte de King, Brenna se abaixou de joelhos, abrindo
as coxas até que os músculos lá estremeceram na tensão.
“Chupe.”
Ela abriu a boca quando um pênis tocou seus lábios, levando a grande cabeça para
dentro. Saboreando King pela primeira vez, ela gemeu, deleitando­se na chance de agradá­lo
desse jeito.

130
Ela queria excitá­lo, lhe dar tanto prazer que ele não pensasse em mais nada além
dela. A necessidade de obter algum tipo de controle sobre ele através do prazer a excitava, e
uma batalha de vontades se seguiu.
Ela o chupou forte, usando a língua nele, sua própria excitação tornando difícil se
concentrar. Faminta por ele, ela usou a boca com abandono, emocionando­se quando seu
corpo endureceu contra o dela.
A   mão   que   ele   apertou   em   seu   cabelo,   um   lembrete   afiado   de   quem   estava   no
comando, emocionou­a em altos níveis, reforçando sua necessidade de controle.
Segurando suas mãos contra o peito, King gemeu, cerrando a mão em seu cabelo.
“Você vai ter que se concentrar agora, Red. Royce não terminou. Essa boceta, clitóris,
e essa pequena abertura enrugada apertada não provaram o chicote ainda.”
Em pânico, Brenna tentou fechar as pernas e se afastar de King, mas ele obviamente
tinha antecipado sua reação e firmou seu aperto, outro sinal do quão bom ele era nisso — e o
quão bem ele já a conhecia.
King segurou firme, não lhe permitindo  alavancar como  precisava  para fechar as
pernas, e puxando sua cabeça para mais perto, forçando mais do pênis em sua boca.
“Concentre­se.   Respire   pelo   nariz.   Vou   te   dar   mais.   Devagar.   Quando   Royce
chicoteá­la, é melhor eu não sentir seus dentes. Preste atenção em chupar meu pau.”
O   tom   baixo   e   grave   a   emocionou,   dizendo­lhe   o   quanto   ele   estava   gostando.
Querendo lhe dar mais prazer do que ele já conseguira, ela chupou com mais força, tendo
cuidado de respirar pelo nariz quando ele empurrou o pênis até o fundo de sua garganta.
Ele encheu sua boca, forçando seus lábios bem largos para aceitá­lo.
“Chupe­me bem, Red, e eu poderia pegar leve com você quando eu enfiar um plug
anal nesse seu rabo apertado.”
Seu   traseiro   cerrou   em   resposta,   no   momento   em   que   o   chicote   o   atingiu,   as
extremidades batendo com precisão mortal direto em sua abertura. Corcoveando os quadris
contra o calor afiado, ela choramingou em sua garganta, sua luta movendo as braçadeiras em
seus mamilos e despertando de novo o puxão lá.

131
Sua boceta apertou, liberando um jorro de umidade apenas um ou dois segundos
antes do chicote golpeá­la. Clamando ao redor do pênis de King, ela esqueceu todo o resto
em sua luta para superar o calor escaldante.
King moveu sua cabeça em seu pau. “Chupa, Red, enquanto eu fôdo essa boca. Você
deveria ver o rosto de Royce. Ele está tendo um bom tempo com o chicote. Parece que ele
quer foder essa boca, também. Você já engoliu?”
Brenna tentou se ajustar à velocidade crescente de seus golpes, às vezes engasgando
quando   se   esquecia   de   respirar   pelo   nariz.   Cada   vez,   King   desacelerava   e   a   deixava   se
recuperar, algo quase impossível de se fazer com o calor em seu centro.
Ele acariciou seu cabelo, murmurando palavras suaves de encorajamento, a ternura
totalmente inesperada.
Brenna sacudiu a cabeça, se perguntando se ele ia achá­la ainda mais ingênua. Ela
não conseguia parar de choramingar ao redor de seu pênis, gemendo quando o prazer e dor
se misturaram e começaram a se construir.
Sentia­se primitiva, sexy, desinibida.
Prazer e dor. Vulnerabilidade e poder.
Ela precisava disso — entregar cada parte de si mesma para a guarda de outro.
“Você vai agora.” O estrondo profundo em seu peito a animou, enchendo­a com uma
sensação de poder que ela pudesse levar um homem como ele a tal prazer.
Royce manteve o chicote se movendo sobre suas costas e traseiro, atingindo­a com
força suficiente para aquecer sua carne e sensibilizar cada centímetro dela.
O pau em sua boca saltou um segundo antes do lançamento quente de King atingir o
fundo de sua garganta. Ela continuou chupando, engolindo cada gota, emocionando­se com
cada   gemido   de   prazer   vindo   dele.   O   chicote   bateu   novamente   entre   suas   pernas,   as
extremidades atingindo seu clitóris inchado e pulsando.
O choque rasgou através dela, deixando­a congelada no lugar por alguns segundos
antes de perceber que tinha começado a gozar.
A dor fugiu quase que imediatamente, deixando para trás um formigamento de calor
em seu clitóris, um que a teve lutando contra suas amarras. Sua liberação desapareceu tão

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rápido quanto começou, deixando­a no fio da navalha. Corcoveando os quadris para tentar
aliviar a dor, ela gemeu roucamente mais e mais.
Ela não podia mais suportar. Precisava terminar de gozar. Precisava se lançar desse
tormento. Seu clitóris queimava e inchava, chiando com sensação.
Choramingando, ela contorceu os quadris, piscando para conter as lágrimas.
E tentou puxar as mãos livres para se esfregar,  aliviar a dor incrível lá, mas não
conseguia soltá­las do aperto forte de King.
Ela lutou. E se esforçou, mas não conseguiu se libertar.
O chicote atingiu seu clitóris novamente, assustando­a tanto que ela congelou, com
apenas uma fração de segundo antes de seu orgasmo a golpear.
A onda de prazer bateu nela com uma força que a deixou sem fôlego por vários
segundos, parando seu coração antes de coroá­la.
O grito que rasgou dela, abafado pelo pênis de King, não soou nada como dela.
Ondas longas e avassaladoras de prazer a atingiu forte, tornando quase impossível
respirar.   Ela   tentou   fechar   as  pernas   contra   isso,  mas  não   conseguiu,   gritando   quando   o
chicote bateu lá novamente.
King   deslizou   o   pau   de   sua   boca,   e   para   sua   surpresa,   se   ajoelhou   à   sua   frente.
Soltando suas mãos atrás de seu pescoço, ele tomou seu rosto nas mãos e o ergueu para ele,
fazendo­a desejar poder vê­lo.
“Você é uma mulher incrível, Red. Você gosta de ter sua boceta e clitóris chicoteados,
não é? Você é o sonho de um Dominante.”
Royce correu as tiras de couro sobre sua bunda. “Vamos ver. Aposto que ela usa essa
palavra segura antes de terminarmos aqui esta noite.”
Os músculos em seu traseiro estremeceram na atenção, seu corpo tão sensibilizado
que o mais leve toque em qualquer lugar a fazia tremer. Uma fina camada de suor a cobria,
cada centímetro de seu corpo tremia no rescaldo da explosão de sensações.
King a envolveu nos braços, tomando o peso de seu corpo, quando ela caiu, as mãos
subindo   e   descendo   em   suas   costas.   “Depois   que   ela   descansar   um   minuto,   a   gente
continua.”

133
Ele puxou uma das braçadeiras em seus mamilos. “Vou removê­las. Ela já está com
elas   tempo   suficiente   por   agora,   especialmente   porque   ela   vai   estar   com   elas   quando   a
colocarmos sobre o banco.”
Brenna engasgou, virando o rosto para aspirar o cheiro de King, enquanto o gosto
dele ainda permanecia em sua língua.
“Eu não posso acreditar na forma como vocês me fazem sentir. Eu gozei de dor. Eu
não pensei que fosse possível. O que há de errado comigo?” Franzindo a testa quando sua
voz quebrou, ela fechou a boca.
King alisou seu cabelo para trás, puxando­a para mais perto. “Não há uma fodida
coisa. Não é só a dor, mel. Você precisa se render, tanto quanto precisamos tê­la se rendendo
para   nós.   É   uma   necessidade,   Red,   uma   que   você   não   tem   nenhuma   razão   para   se
envergonhar.”
As   palavras   tranquilas   ditas   suavemente   e   o   toque   dos   lábios   em   sua   testa   a
emocionaram como nada mais poderia.
Eles sempre pareciam saber exatamente do que ela precisava.
Ela   não   sentia   vergonha   de   nada   agora,   deleitando­se   na   atenção   que   ambos   lhe
davam.   Nos   braços   de   King,   ela   se   sentia   querida   e   protegida,   a   realização   do   quanto
confiava neles aquecendo­a de dentro.
Com seus sentidos aguçados, ela ouviu Royce se mover.
Envolvendo um braço ao redor dela por trás, ele acariciou seu ombro com os lábios
antes de endireitar e erguê­la fora de seus pés.
“Quero essa boca quente em meu pau.”
King tirou seus pulsos do pescoço, correndo a mão por seu traseiro quando a virou
para Royce.
“Royce quer você mal, Red. Não o desaponte.”
Royce a levou através da sala, numa velocidade e facilidade que a fez se sentir ainda
mais feminina e a lembrou de sua força. “Ela não vai, não é, Brenna? Você quer me agradar,
não é mesmo?”
Sua voz baixa escorria pecado, a promessa de prazer inconfundível.

134
“Mais do que tudo. Leve­me, Royce.” Ela soube de seu erro quase imediatamente,
mas era tarde demais para voltar atrás.
Ele congelou, e o corpo inteiro se aquietou. O frio vindo dele a fez arrepiar quando
ele a colocou de pé com calma deliberada.
Ela sacudiu com apreensão quando ele se moveu ao seu redor como se em câmara
lenta, todos os seus sentidos em alerta com cada escovada de seu corpo contra o dela.
Ele se mudou para trás dela, o calor de seu corpo aquecendo suas costas. Segurando
seus braços para trás com os seus musculosos, ele desceu uma mão por seu corpo até separar
suas dobras bem largas, e com a outra, entregou um bofetão afiado em seu clitóris.
Apesar de seu grito, ele fez de novo. “Como você me chamou?”
Lutando   através   da   picada   e   o   calor   resultante,   Brenna   choramingou   em   sua
garganta, a sensação muito­afiada quase a lançando sobre a borda novamente. Seus joelhos
viraram borracha, forçando­a a trancá­los a fim de continuar de pé.
Quente. Formigando. Seu clitóris inchou e latejou.
O calor em sua fenda  era  como  nada que  já tinha experimentado. Ela mal podia
acreditar que ele realmente tinha batido nela lá.
Ela mal podia acreditar que queria que ele o fizesse de novo.
Dor. Prazer.
Ela mal conseguia distinguir um do outro.
Ela não conseguiu conter seus gritos quando ele a segurou aberta, mantendo o capuz
de   seu   clitóris   retido   para   expô­la   completamente,   seu   clitóris   tão   sensibilizado   que   até
mesmo o ar pairando sobre ele era demais. Tremendo incontrolavelmente, ela se agarrou a
ele, sabendo que não deveria, mas incapaz de se ajudar.
Seus sucos correram livres, revestindo suas coxas ainda mais. Sua boceta e bunda
cerravam,  e   os  músculos  em   seu   estômago   tão  apertados  que  doíam.  “Eu  s–sinto  muito,
Mestre.”
Até sua voz soava rouca e crua. Sua venda se tornara encharcada com lágrimas de
frustração,   gritos   choramingados   ainda   se   derramavam   dela   quando   Royce   soltou   suas
dobras, e com lenta deliberação, deslizou um dedo sobre seu clitóris.
O toque perfeito.

135
Sem desarranjo. Nem exigências raivosas para saber o que diabo ela queria.
Ela nunca se sentira assim. Nem sequer sabia que este lado dela existia.
Ela tinha sonhado, mas nunca realmente acreditara que pudesse ser assim.
Fantasia e realidade se tornaram um.
Empurrando seus seios, ela separou as coxas, silenciosamente lhe oferecendo tudo.
Ela era dele, deles, em formas que nunca tinha conhecido.
Ela quis lhes dar tudo. Queria tomar tudo deles. Ela queria mais.
Ela queria tudo.
Em menos de um minuto, ela se encontrou deitada de costas em uma mesa de couro
acolchoado, o couro frio sob sua carne aquecida. Royce ajustou sua posição de forma que sua
cabeça pendia para trás sobre a beirada e pressionou o pênis contra seus lábios.
“Abra.”
Ávida por seu gosto, e ansiosa para lhe dar a mesma satisfação que tinha dado a
King, ela separou os lábios, gemendo no gosto da umidade na ponta quando levou a cabeça
do pênis para dentro.
Ele lhe pertencia, como ela pertencia a ele, e queria desesperadamente agradá­lo.
Com   lentas   estocadas   rasas,   Royce   trabalhou   o   pênis   em   sua   boca,   a   cabeça
pressionando perigosamente perto da parte de trás de sua garganta.
“Desde   que   você   não   consegue   se   lembrar   de   me   chamar   de   Mestre,   talvez   seja
melhor que você não fale nada.”
Uma pitada de provocação em seu tom áspero, seguido por outro gemido, realçou a
proximidade que tinha começado a se formar entre eles, aliviando seus medos e aumentando
sua excitação.
Uma mão achatou em sua barriga, segurando­a no lugar enquanto King se movia
para ficar entre suas coxas. Com uma crueldade que ela não esperava de um homem que
tinha   acabado   de   segurá­la   tão   ternamente,   King   espalhou   suas   pernas   altas   e   largas,
prendendo seus joelhos nos estribos acolchoados.
Ela nunca sabia o que esperar de nenhum deles, suas mudanças rápidas de humor a
mantinham na ponta dos pés.

136
Ele dobrou o final da mesa de forma que seu traseiro se pendurava ligeiramente fora
da beirada, deixando seu clitóris, boceta e abertura enrugada inclinados alto, e escancarados,
e disponíveis para o que ele quisesse fazer com ela.
Contorcendo­se quando o ar acariciou sua fenda, ela choramingou, querendo mais.
Tremendo,   ela   cerrou   as   mãos,   gemendo   enquanto   chupava   Royce   mais   forte.
Querendo levá­lo selvagem, querendo lhe dar mais prazer do que ninguém jamais havia lhe
dado.
A sensação do chicote acariciando seus seios a fez ofegar, e a teve automaticamente
alcançando   para  cobri­los,  só  para   descobrir  que  seus  pulsos  estavam  presos  ao   topo  da
mesa.
Encontrando­se em mais uma posição extremamente impotente, ela se contorceu na
mesa de couro, sem surpresa que mal conseguia se mover. Não acostumada a ser contida, ela
mal podia acreditar no quanto lutar contra suas amarras a excitava. Não importa o quanto
lutava, ela não podia se proteger, e não podia fazer nada para esconder nada deles.
Ela não podia escapar do prazer, a maior fantasia de todas.
Eles a mantinham exposta, e estar vendada a impedia de se preparar contra o que
eles decidiam fazer com ela. A incerteza adicionava outro nível à sua excitação.
Sexo  sempre  tinha sido  previsível.  Com poucas exceções,  ela sempre  sabia o que
vinha a seguir.
Royce e King se provaram longe de ser previsíveis.
Ela correu a língua sobre o pênis de Royce, acariciando o calor espesso, respirando
pesadamente ao sentir o chicote se movendo sobre ela. Como uma carícia ameaçadora que
fazia   tremer   a   pele   abaixo   de   cada   curso   decadente,   escravizando­a,   concentrando   sua
atenção no deslizamento suave em sua pele.
Quando ele bateu, ela clamou no choque, respirando ainda mais pesado quando ele
começou   a   acariciar   novamente.   Ela   nunca   sabia   quando   a   atacaria,   e   embora   não
machucasse quase nada, aquecia sua pele e a mantinha no limite, insegura de quando ou
aonde o chicote ia lhe entregar outro ferrão.
“Sua boca é incrível. Pouco a pouco, vamos ensiná­la a levar nossos pênis em sua
garganta. Não entre em pânico. Apenas respire pelo nariz.”

137
Lutar contra suas amarras a excitava, e ela podia dizer pela dureza das mãos de
Royce e King e o grunhido  áspero em suas vozes, que eles gostavam de tê­la lutando do
mesmo tanto.
King   dançou   os   dedos   por   suas   dobras,   um   beliscão   inesperado   em   seu   clitóris
forçando um grito dela. “Você pode lutar o quanto quiser, mas não pode se mover nem um
centímetro. Olhe para este clitóris, todo brilhante e inchado. Bonito e vermelho. Esta boceta e
bunda simplesmente estão implorando por atenção, não é?”
Royce deslizou o pênis livre de sua boca, usando o polegar para pressionar contra
seu lábio inferior. “Qual é meu nome?”
Sua necessidade de se rebelar contra se dirigir a ele de tal forma a fez hesitar, uma
hesitação que lhe rendeu um puxão em ambos os mamilos. Ela lutou enquanto ele os puxava,
suas lutas só intensificando a dor aguda.
Ofegando   através   da   dor,   ela   parou   de   resistir.   “Oh,   Deus.   Mestre.   Você   é   meu
Mestre.”
“Muito   bom.”   Liberando   seus   mamilos,   ele   colocou   as   mãos   sobre   seus   seios,
aquecendo­os com as palmas. “E você nos pertence. Cada centímetro de você nos pertence
para usar como desejarmos. Isso é certo?”
Tremendo, ela tentou ouvir King, se perguntando o que ele planejava fazer. Ela não
podia ouvi­lo, mas os imaginava, um em sua cabeça e o outro entre suas coxas, os olhos em
seu corpo estendido para seu prazer. Engolindo em seco na imagem mental, ela choramingou
novamente. “Sim, Mestre. Eu sou sua e de Mestre King para usar como desejarem.”
“Esta boca é minha para foder?” Ele tirou as mãos de seus seios, usando a ponta dos
dedos para dançar sobre os mamilos e enviar ainda mais sensação direta para seu clitóris.
“Sim, Mestre.”
“Sim, Mestre, o quê?”
Brenna não podia acreditar que ele ia fazê­la dizer isso. Impaciente por alívio, ela
lutou com mais força, as palavras saindo em uma corrida. Ela precisava gozar. Precisava de
seu toque. Em qualquer lugar. Em todos os lugares.
“Sim, Mestre, minha boca é sua para foder.”

138
Ela mal tinha dito as palavras antes da cabeça do pênis passar por seus lábios e sobre
sua língua, os impulsos curtos chegando rapidamente agora.
Voraz por seu gosto, e desesperada para ganhar algum tipo de controle, ela o chupou
com força, fechando os lábios apertados sobre ele para dirigi­lo tão rápido quanto pudesse
para a borda.
Emocionada nos gemidos profundos vindo dele, ela estremeceu no traçado de pontas
de dedos sobre seu monte.
Um dedo pressionou em sua boceta, chocando­a e fazendo­a perder a concentração
até Royce beliscar seus mamilos.
“Chupa. Concentre­se, Brenna.”
Sua boceta  apertou  o cerco  contra o dedo  dentro  dela, um gemido escapando  na
pressão contra um ponto dentro dela que nunca deixava de dirigi­la selvagem. Ela tentou
balançar os quadris para conseguir que King se movesse, no momento em que Royce gozou
com um gemido e empurrou o pênis mais fundo, movendo os dedos por seu cabelo. Seu
corpo se reuniu, e sua boceta cerrou forte no dedo de King, a sensação crescendo ainda mais
quando ele entregou uma série de golpes leves do chicote em seu clitóris.
Sacudindo em cada um, ela usou as pernas para balançar em cima da mesa, gemendo
ao redor do pênis de Royce. Seus mamilos, ainda tenros dos clipes, enriçaram tão firmemente
que doíam. Seus músculos do estômago tremendo no esforço de absorver o bombardeio em
seus sentidos, tantos que ela não conseguia processar todos.
O formigamento quente começou sem nenhum aviso, seu clitóris pulsando com cada
batida de seu coração.
Ela queimava, e seu clitóris se sentia dez vezes o tamanho normal. Lutando contra
suas amarras, ela engoliu mais uma vez quando Royce se retirou de sua boca, seus gritos de
conclusão soando fracos e primitivos para seus próprios ouvidos.
O prazer cresceu e explodiu, e o calor de formigamento rolou através dela até que os
sentiu chegando aos seus dedos dos pés. Seu corpo apertou, e ela puxou contra seus laços
quando o orgasmo lavou sobre ela.

139
Muito quente. Muito forte. Seu clitóris palpitou. Dor. Prazer. Ela não sabia. Só sabia
que tinha que ser a coisa mais incrível que já sentira. Nada existia; exceto gozar, as ondas
lentas rolando aparentemente sem fim.
Depois de um último impulso, King retirou o dedo, correndo a mão em seu abdômen
tremendo. “Lindo. Agora, Red, você vai ser fodida.”
Brenna lutou pelo ar, seu corpo ainda tremendo. Ela nunca tinha sequer suspeitado
que pudesse gozar mais de uma vez, mas sabia que não podia tirar outro.
“Eu não vou. Ser capaz. De gozar de novo. Sinto muito.” Ela não conseguia recuperar
o fôlego. Ela queria apertar as coxas, para fechar contra as sensações extremas. Ela precisava
se proteger, se enrolar em uma bola até que pudesse se recompor.
Mas, aparentemente, Royce e King tinham outros planos.
Royce soltou suas mãos e segurou seus seios, brincando com os mamilos, apesar de
seus esforços para escapar. “Quem te disse isso? Não terminamos com você ainda, querida.
Você esqueceu minha promessa de esticar essa bunda?”
“Oh, Deus! Por favor. Você não pode estar falando sério. Eu queimo em todos os
lugares. Não consigo parar de tremer.”
Mole e sonolento, seu corpo ainda trêmulo, ela se encontrou virada de bruços, suas
mãos mais uma vez presas ao topo da mesa.
Eles de alguma maneira tinham ajustado a mesa, levantando sua bunda no ar, seus
joelhos bem abertos e presos com tiras de couro um cada lado da mesa.
Sua abertura enrugada formigava com consciência, fazendo­a apertar lá, mas suas
coxas tinham sido espalhadas muito largas para suas tentativas de fechar contra eles serem
eficazes. Não importava. Se eles queriam tocá­la lá, enchê­la lá, ela sabia que não seria capaz
de detê­los.
Seu corpo estava lá para eles brincarem e usarem pelo tempo que quiserem, e pela
primeira vez lhe bateu o quão seriamente Royce e King tinham tomado seu prazer.
Ela podia senti­lo em seu toque, ouvi­lo em sua voz e em sua respiração.
Eles prosperaram nisso.
Quando o couro sob seus seios caiu, ela guinchou em surpresa, alarmada agora que
seus seios ficaram pendurados livres — e mais uma vez vulneráveis. Ela não conseguia parar

140
de lutar, a luta contra seus vínculos a excitando e intensificando a fantasia de ser tomada
contra sua vontade.
Ela lutou ainda mais quando uma braçadeira foi presa ao primeiro mamilo e depois o
outro,   o   peso   delas   puxando   seus   mamilos,   uma   sensação   que   intensificava   com   cada
movimento.
“Não. Pare. Soltem­me.”
Royce bateu em sua bunda. “Não. Implore a Mestre King para lubrificar sua bunda
enquanto fode sua boceta. Se não, quando eu colocar o plug, ele vai entrar a seco e vai doer
ainda mais.”
“Não. Deixa minha bunda em paz.” Algo dentro dela exigia que lutasse; a emoção de
desafiá­los   e   lutar   para   escapar   como   um   bônus   adicional,   e   algo   que   ela   nunca   tinha
percebido que precisava. “Não me toque lá. Minha bunda está fora dos limites para você.”
Sua   bunda   vibrou   com   consciência,   e   ela   esperou   que   eles   percebessem   o   quão
desesperadamente ela queria ser forçada a aceitá­los lá.
Ninguém mais se atrevera, e pedir isso nunca lhe daria a mesma emoção de ter sua
bunda tomada.
Ela não sabia por que, mas quanto mais fraca ela se tornava, sua necessidade de lutar
se tornava mais forte. Certa de que poderia pôr fim em tudo com sua palavra segura, e que
sem isso, eles não iam parar, não importava o que dissesse, ela se deixou ir, encontrando seu
controle despojado dela, apesar de seus melhores esforços.
Ser contida e forçada a libertava em formas que ela nunca poderia te imaginado. Ela
poderia lutar contra tudo que queria que eles nunca iam deixá­la ir embora.
Royce   riu   friamente.   “Ainda   há   alguma   luta   em   você?   Não   haverá   quando
terminarmos. E vamos tomar essa bunda, Brenna. O quanto vai doer é com você.”
Ela se contorcer aumentava os puxões em seus mamilos, cada dor afiada enviando
mais calor para sua fenda. Sua boceta e bunda apertavam; ambas desesperadas por atenção.
“Não. Deixe minha bunda em paz.”
Com  uma   velocidade   que   forçou   o   ar   fora   dela,   King   empurrou   o   pênis  em   sua
boceta. “Isso não é maneira de falar com seus Mestres. Peça desculpas agora.”

141
Brenna chutou os pés, desesperada para que ele se movesse. Vários golpes do chicote
em seu traseiro erguido apenas tornou o calor mais forte. Ela cerrou contra ele várias vezes,
precisando do atrito do pênis se movendo contra suas paredes internas.
“Por favor. Foda­me. Por favor. Eu preciso gozar.”
Ela ia perder sua mente se não gozasse logo. Ela nem sequer se lembrava de quando
sua satisfação em gozar tinha terminado e sua excitação começado de novo, mas, de repente,
se encontrava à beira de mais um orgasmo.
Ela não conseguia parar. Não importa como eles a tocavam, seu corpo respondia se
ela quisesse ou não.
Lágrimas arderam em seus olhos, molhando a venda quando o calor formigando se
tornou insuportável.
“Sinto muito, Mestres. Por favor, mova­se. Por favor, me leve.”
King esfregou sua bunda, deslizando o dedo até acariciar sua abertura enrugada, que
instintivamente apertou forte em defesa.
“Implore­me para lubrificar sua bunda.”
Ela não podia acreditar que eles a fariam fazer isso, mas parecia que eles queriam sua
rendição completa. Queriam que ela implorasse ter o lugar mais íntimo de seu corpo usado
como eles desejassem.
“Por favor, Mestre, lubrifique minha bunda.”
“Claro, mel.”
Um dedo firme e escorregadio com lubrificante forçou o caminho em sua bunda no
momento em que King começou a foder sua boceta.
A dupla invasão se sentia como nada que ela já tinha experimentado  antes. Seus
mamilos balançavam a cada estocada, o puxão doloroso acrescentado ao prazer. O dedo se
sentia enorme em sua bunda, o anel apertado de músculos esticando largo quando ele moveu
o dedo ao redor, lubrificando bem sua bunda.
Lá estava ele, acariciando seu lugar mais íntimo como se fosse o dono.
Ela lutou; incapaz de se adaptar  à intimidade gritante, mas não podia pará­lo. Só
podia tomá­lo. Choramingando na sensação dele usando­a de tal maneira, ela não conseguia

142
parar de apertar em seu pênis e dedo, fazendo a sensação de ter sua bunda invadida ainda
mais extrema.
“Ela é fodidamente apertada.” A voz de King soou mais áspera com a tensão do que
nunca.
Royce correu a mão por suas costas. “Eu sei, mas ela é desafiadora. Não vou usar o
plug menor. Talvez usando este em seu rabo pelo resto da noite vai conseguir acalmá­la.”
King fodeu a sério, as punhaladas constantes e profundas do pênis levando­a cada
vez mais perto da borda. Com a bunda alta nesta posição, as estocadas eram profundas, o
dedo mantido bem fundo em sua bunda fazendo seu pau enorme se sentir ainda maior.
“Acho que ela deveria ter o rabo plugado frequentemente.”
“Concordo. Não há nada como um rabo cheio para lembrar uma mulher que ela é
possuída. Empalar sua bunda parece ser a forma mais eficaz de lidar com os desafios de
nossa sub.”
Brenna  não  podia evitar.  Apenas  o pensamento  de tê­los enfiando  coisas em sua
bunda a excitava muito, ela apertou o cerco no pau de King e no dedo, as ondas enormes de
lançamento lavando sobre ela numa corrida louca.
Clamando seu prazer, ela tentou se contorcer, mas suas restrições tornava impossível
se mover. O formigamento de calor correr de sua bunda para sua boceta e clitóris, e depois
para os seios e vice­versa. Ela não conseguia parar de gozar, mesmo quando King gemeu e
bateu fundo, retirando o dedo de sua bunda para agarrar seus quadris com força.
Tremendo   incontrolavelmente,   ela   começou   a   descer,   alarmada   que   sua   bunda
cerrava com antecipação para a atenção de Royce.
Ela   havia  aprendido   há   muito   tempo   que   a   mente   era   a  ferramenta   erótica   mais
poderosa, mas nunca tinha acreditado que seria tão forte quanto fez agora. Royce e King
dominavam   esse   aspecto,   lhe   dando   informações   suficientes   para   manter   seu   corpo
zumbindo com expectativa.
Ela também confiava que eles fariam o que disseram, e isso significava que ela estaria
tendo um plug anal enfiado em seu rabo ela querendo ou não.
A única coisa que poderia pará­lo seria usar sua palavra segura, e isso há muito
tempo deixou de ser uma opção para ela.

143
Ela respirou profundamente quando King se retirou, sabendo que uma invasão ainda
mais decadente a aguardava.
Royce tomou o lugar entre suas coxas, correndo a mão sobre sua bunda, os dedos
perigosamente perto de sua abertura enrugada.
“Lindo.”
O fato de que ele podia ver tudo não a envergonhava tanto quanto antes, mas ela
ainda se mexeu, sentindo o olhar aquecido em seus lugares mais íntimos.
Ele riu suavemente. “Você pode se mover o tanto que quiser, mas não pode fugir.
Este plug vai entrar em sua bunda. Você poderia ter tido um menor, mas foi uma menina má,
não é?”
Brenna mordeu  o lábio, sua respiração  irregular enquanto esperava que o plug a
tocasse.
Ao invés, um bofetão afiado pousou em seu traseiro. “Eu te fiz uma pergunta. Ou
você me responde, ou vou chicotear essa pequena abertura delicada antes de enfiar um plug
ainda maior em você.”
Tentando conter a onda de excitação no que ele esperava dela, Brenna engoliu em
seco. “Sim, Mestre.”  Oh, Deus. Ela nem sequer tinha percebido que isso fazia parte de sua
fantasia, mas parecia que eles a conheciam melhor do que si mesma.
“Sim, Mestre, o quê?”
Oh, Deus. “Sim, Mestre, eu fui uma menina má.” Ela mal podia acreditar que ele
realmente a fazia dizer isso.
Ela   estremeceu,   quase   gozando   ali   e   agora.   Ela   deveria   saber   que   ele   não   se
esqueceria disso, cada palavra puxava sua fantasia para fora e a tornava mais completa.
“Você precisa ser punida, não é? Você não quer ser uma boa menina?”
A decadência sedosa em seu tom teve os formigamentos de alerta rodando em seu
clitóris.
Jogando a cabeça para trás, ela enrolou os dedões dos pés, sabendo que se dissesse a
coisa errada, ela poderia conseguir algo que não conseguiria lidar. “Sim, Mestre. Eu preciso
ser punida. Eu quero ser uma boa menina.”
“Eu acho que ter sua bunda plugada vai fazê­la se comportar. O que você acha?”

144
Cada   terminação   nervosa   em   sua   bunda,   ainda   formigando   com   consciência   das
ministrações de King, chamejou para a vida como nunca antes.
Algo dentro dela ainda precisava se rebelar. Com a emoção fluindo através de suas
veias, ela chutou as pernas.
“Não.”
A pressão de Royce nela apertou. “Vou te provar o quanto está errada sobre isso.”
Brenna gritou quando o plug começou a entrar nela. A forma de cone se alargando
quando   Royce   o   empurrou   mais   fundo,   esticando   o   anel   apertado   de   músculos   em   sua
abertura e fazendo­o queimar.
De pé ao lado dela, King esfregou sua bunda. “Fodidamente lindo. Red gosta de ser
forçada a ter seu rabo cheio. Perfeito.”
Oh, Deus! Ela nunca sobreviveria a isso. É muito. Muito quente. Muito mau.
“Não. Seu filho da puta. Tire­o. Dói. Dói.”
“Muito ruim.” O tom frio de Royce se adicionou aos calafrios correndo de cima a
baixo em sua espinha. “Você poderia ter tido um menor, mas você é uma menina malcriada.
Talvez este vá ensiná­la se comportar.”
Deus, ela queria mais. Queria tudo. Ela queria ser usada e tomada e agradada. Ela
queria ser o objeto de sua paixão, a única que eles sempre iam querer ou precisar.
Sabendo que só ia aumentar a emoção, Brenna lutou, e o puxão em seus mamilos a
excitou ainda mais.
“Não. Tira isso. Seu filho da puta. Eu te odeio. Você não pode colocar isso dentro de
mim. É muito grande. Tira­o, seu bastardo. Eu te odeio.”
Royce deslizou um dedo sobre seu clitóris. “Você vai me odiar ainda mais. Só entrou
a metade e vou fazê­la gozar quando tomar o resto.”
“Não! Eu não vou.” Eles teriam tudo então. Eles queriam tudo e sabiam como obtê­
lo. Eles a conheciam. Conheciam seus desejos, suas fantasias, seu corpo, mente e alma.
Royce riu. “Sim, Brenna. Você vai.” Ele apertou contra o plug, empurrando mais dele
nela até que ela pensou que fosse estourar.
A sensação da borracha dura fazendo as paredes internas de seu ânus se retirar para
assumir, e o desamparo de sua posição completa.

145
Eles podiam fazer qualquer coisa com ela, e ela não podia detê­los. Invadindo seu
lugar mais privado com uma determinação e desumanidade que ela só tinha sonhado, eles
ainda de alguma forma a faziam se sentir segura e querida, e a coisa mais importante em seu
mundo.
O tempo todo que ele apertava o plug dentro dela, Royce usava os dedos com perícia
erótica sobre seu clitóris, o cerne sensível tão tenro que ela não conseguiu se segurar.
Ela gozou forte e rápido, apertando no plug e fazendo sua bunda queimar ainda
mais   quente   quando   deslizou   o   resto   do   caminho   nela.   Estreitando­se   drasticamente,   e
permitindo que o anel apertado se fechasse em torno dele, mas agora a parte mais larga do
plug estava dentro dela.
Ainda na agonia do orgasmo, ela lutou para se ajustar à sensação muito­cheia do pau
de Royce mergulhando profundamente  em sua boceta. Cada grito, cada gemido que eles
forçavam dela fazendo­a pertencer ainda mais a eles.
Cada impulso forte movia o plug em sua bunda, lhe dando a sensação de estar sendo
tomadas  em ambas as aberturas  de  uma só  vez, uma  fantasia secreta  que  ela mal podia
esperar para explorar.
Rígida,  com  cada  centímetro   de  seu  corpo   formigando, ela  clamou  de  novo  e  de
novo, o prazer a chamuscando em todos os lugares.
King correu as mãos sobre ela, sussurrando palavras suaves de elogios, palavras ao
qual ela se agarrou.
“Boa   menina.   Tão   bonita.   Tão   suave.   Você   está   sendo   boa.   Esse   plug   está   muito
bonito em sua bunda, Red.”
Ele  apertou  contra isso  enquanto  Royce  fodia sua  boceta, aumentando  a pressão.
Quando Royce empurrou fundo e gemeu, Brenna percebeu que nunca tinha parado de gozar,
seu orgasmo parecendo durar para sempre.
As   enormes  ondas  a  consumiram,   deixando­a  ofegando   e  tremendo  tanto   que   os
grampos pendurados em seus mamilos nunca paravam de se mover.
Não   até   que   Royce   se   aquietou   ela   começou   a   descer,   seu   corpo   estremecido   no
rescaldo de mais prazer do que ela jamais teria imaginado que poderia experimentar. Ela se
sentia entorpecida, quase bêbada.

146
Fraca   e   instável,   ela   não   se   mexeu   enquanto   eles   a   soltavam   de   suas   amarras.   E
choramingou  na  mudança  do   plug  em  sua  bunda,  a  borracha  dura   a mantendo   esticada
quando Royce a ergueu contra o peito.
Piscando contra a luz quando ele tirou a venda, ela lutou para conseguir que seus
olhos se focassem. Quando fez, o afeto terno nos olhos de Royce lhe tirou o fôlego.
Curvando­se, ele tocou os lábios em seu cabelo. “Durma bebê. Nós vamos cuidar de
você.”
Dormir? Como ela poderia dormir com essa coisa assustadora dentro dela?
Ela deve ter derivado  porque  acordou quando Royce a baixou para os braços  de
King. E gemeu fracamente na sensação da água quente acariciando seu corpo desgastado.
King riu baixinho. “Volte a dormir. Nós temos você.”
Depois   que   a   lavaram   completamente,   e   também   ternamente   a   secaram,   eles   a
colocaram na cama e dobraram as cobertas ao seu redor.
Ela mal conseguiu abrir os olhos, gemendo quando o movimento mais leve fez o
plug em sua bunda se deslocar.
“O plug. Ainda está em mim.”
Royce alcançou sob as cobertas para acariciar seu seio, forçando outro gemido dela
no toque da mão contra seu mamilo sensível.
“Estou bem ciente disso. Ele fica aí até eu tirá­lo. Vá dormir. King e eu vamos estar te
observando pelo monitor enquanto cuidamos de algumas papeladas. Depois a gente volta.”
Brenna piscou, forçando­se a se concentrar. “Vocês vão dormir comigo?”
Alguma emoção indefinível relampejou nos olhos de Royce, mas desapareceu antes
que sua mente cansada pudesse identificá­la.
“Nós vamos dormir com você. Agora dorme.”
Brenna não precisou de mais persuasão. Fechou os olhos e adormeceu antes que a
porta se fechasse atrás deles.
    

147
Capítulo Oito
Brenna acordou com um sobressalto, piscando contra a forte luz do sol fluindo pelas
janelas altas.
Virando  a cabeça  para  a direita,  ela franziu  a testa no  espaço  vazio  ao  seu  lado.
Lembrava­se   vagamente   de   King   ali   a   noite   passada,   sua   cabeça   deitada   no   peito   dele.
Correndo uma mão pelo lençol e o encontrando frio, ela subiu em seus cotovelos, virando­se
para o calor vindo de seu outro lado.
Sorrindo ao ver Royce dormindo, ela rolou em direção a ele, mordendo um gemido
na mudança do plug ainda dentro dela. Encantada por ter esta oportunidade de observá­lo
em tal momento desprotegido, ela deixou seus olhos vagar sobre ele, bebendo­o por inteiro.
Seus   cílios   escuros,   ridicularmente   longos   para   um   homem,   pareciam   sedosos   ao
toque,   e   ela   ansiou   pela   chance   de   descobrir   por   si   mesma.   Ela   sabia   que   seus   lábios,
parecendo  tão  suaves agora, podiam firmar  num piscar de  olhos em desaprovação. Suas
belas feições apareciam ainda mais durante o sono, algo que ela não tinha pensado possível.
Franzindo a testa novamente enquanto se perguntava quantas mulheres o tinham
visto desse jeito, ela alcançou para tocar seu cabelo, brincando com um cacho macio e ficando
fascinada pela maneira como se enrolou em seu dedo.
O lençol tinha descido e se amontoado em seus quadris, revelando um peito largo e
esculpido com músculos. Sua boca regou, e seus dedos coçaram para explorar a pele mais
escura. Ela o olhou para se certificar de que ele ainda estava dormindo antes de estudar seu
peito novamente, se perguntando o que ele faria se acordasse e a encontrasse o explorando.
148
Ela nunca em sua vida tinha conhecido um homem mais bonito, e, exceto por King,
nenhum mais atraente.
Ele   poderia   fazer   uma   fortuna   como   modelo.   Sua   perícia   com   o   corpo   de   uma
mulher, sua paciência aparentemente inesgotável e charme irresistível, provavelmente teria
as mulheres em todos os lugares caindo sobre eles e disputando sua atenção.
Imaginando como ele parecia com aquelas calças de couro, caminhando pelo clube
com   um   bando   de   mulheres   nuas   se   arrastando   atrás   dele,   ela   endureceu,   rangendo   os
dentes.
Realista o suficiente para admitir que nunca pudesse competir com o grande número
de   mulheres   que   ele   poderia   escolher,   ela   mordeu   o   lábio,   puxando   o   lençol   mais   um
centímetro ou dois.
Encolhendo­se na lembrança de como praticamente tinha implorado para que eles a
tomassem, ela percebeu que provavelmente não era diferente das centenas de outras que
fizeram o mesmo.
Ela não conseguia parar de pensar neles  com  elas, apesar do fato de que homens
como Royce e King provavelmente nunca se permitiriam pertencer a ninguém.
Sabendo   que   ia   se   machucar   se   esperasse   mais,   ela   também   sabia   que   tinha   que
aceitar que este mês seria tudo o que teria deles, e deste estilo de vida — um estilo de vida
que ela nem sequer entendia.
Ela  poderia  fingir  por  um  tempo,  porém,   e  armazenar  memórias  que   teriam  que
durar por toda a vida.
A mão direita dele se deitava sobre seu estômago duro, e incapaz de resistir, ela
traçou o dedo sobre a pedra verde em seu anel. A esmeralda brilhante parecia cintilar na luz
da manhã, parecendo zombar de seu desejo de usar o colar correspondente.
Com um suspiro, ela olhou para seu rosto de novo, surpresa ao encontrá­lo olhando
para ela.
“Nós   usamos   preservativos   quando   fodemos   com   você;   se   é   com   isso   que   está
preocupada. Somos saudáveis, de qualquer maneira.”

149
Ela franziu o cenho, não querendo admitir que ainda não tivesse pensado nisso. O
tempo tinha sido tão mágico que coisas como doenças ou gravidez não tinha sequer passado
por sua mente. Só mostrando a que distância ela já tinha ido.
Royce levantou a mão, empurrando seu cabelo para trás.
“Algo errado, minha pequena sub?”
A   lembrança   de   sua   condição   temporária   só   a   deprimiu   mais.   Perguntando­se
quantas mulheres ele chamava assim todas as noites, ela deu de ombros e se afastou, de
repente precisando de um pouco de privacidade. Ela não era nada especial para ele, apenas
mais uma em uma longa lista de mulheres que não conseguia resistir a ele.
“Além do fato de que tenho um plug em minha bunda?”
Ela começou a rolar para a beirada da cama, ganindo quando Royce passou um braço
em volta de sua cintura e a arrastou de volta. Gemendo ao sentir o plug se movendo dentro
dela, ela tentou se arrastar para longe de novo, seus esforços contidos quando Royce rolou
em cima dela.
Usando   as   coxas   para   empurrar   seus   joelhos   afastados,   ele   abriu   espaço   para   si
mesmo,   o   pau   duro   cutucando   sua   fenda.   Os   olhos,   pesados   de   sono,   escureceram   com
preocupação.
“O que há de errado?”
“Não há nada de errado. Só quero me levantar e tomar banho.”
As mãos dela foram para seus ombros em um gesto automático de mantê­lo perto,
amando a sensação do corpo duro pressionando o dela no colchão. Ela não pôde deixar de
imaginar como seria acordar com ele todas as manhãs, ter a chance de explorar seu corpo
magnífico, senti­lo abraçá­la e sussurrar um para o outro antes de começarem o dia.
“Você acha que pode escapar mentindo para mim?”
Brenna suspirou, afundando­se ainda mais em sua festa de piedade. “Não estamos
na sala de jogos, Royce.” Ela desviou o olhar, temendo que ele visse a miséria em seus olhos.
Royce ficou tenso, erguendo­se ligeiramente fora dela. Com um brilho nos olhos que
ela não reconheceu, ele apoiou o peso em um braço e alcançou entre eles. Tomando um
mamilo entre o polegar e indicador, ele o rolou, aplicando apenas pressão suficiente para
disparar seu pulso e enviar uma onda de resposta de necessidade para seu clitóris.

150
“Talvez   você   devesse   ler   o   contrato   que   assinou.   Você   nos   pertence   vinte   e
quatro/sete no mês. Nós já dissemos que faríamos mesadas para seu horário de trabalho. Se
quiser sair, use sua palavra segura, Brenna.”
Estremecendo em seu tom frio, ela ergueu o olhar para ele, abalada pelo gelo em seus
olhos.
Não importava. Seu corpo ainda respondia como se o favorecesse, e quando ele usou
os joelhos para empurrar os seus mais largos, ela instintivamente inclinou os quadris para
cima em uma demanda silenciosa por sua possessão.
Ela queria aquele mesmo olhar quente que ele tinha lhe dado ao acordar, mas sabia
em seu coração que provavelmente era melhor não se permitir tornar mais emocionalmente
ligada a ele do que já estava.
Usar a palavra que colocaria fim a alguma vez vê­lo ou a King novamente, porém,
não era uma opção.
Com eles, ela se sentia mais viva do que jamais tinha em sua vida, mais desejada.
Ainda que só durasse um mês, ela queria, e não ia desistir nem de um minuto.
“E você? E se você quiser sair?” Ela não conseguia se lembrar de ter lido qualquer
coisa sobre isso no contrato, mas estava tão excitada e animada, que tinha pulado muito dele.
Os olhos de Royce se estreitaram. “Nós comprometemos um mês para treiná­la. A
única maneira de quebrar o contrato é você fazê­lo.”
Soltando um suspiro de alívio, ela sorriu; emocionada que eles não pudessem sair
disso. O pênis pressionado contra sua coxa pareceu crescer, e o beliscão de castigo em seu
mamilo reforçando a necessidade dentro dela.
Royce sorriu, com um sorriso lento e cheio de más intenções.
“Faça­o, Brenna. Use sua palavra segura. Admita que já saiba a verdade — que você
quer isso demais e que está com medo de alcançar e pegá­lo.”
Royce   correu   a   mão   por   seu   corpo   até   sua   fenda,   separando   suas   dobras   e
acariciando seu clitóris com uma perícia que nunca falhava em excitá­la.
“Você precisa do que nós podemos te dar.”
Sentindo­se presa agora, e temendo que ele tivesse falado a verdade, Brenna o olhou
de lado, enquanto pânico borbulhava dentro dela. “Você é muito arrogante. Só porque você

151
sabe como apertar meus botões, não pense que pode me controlar. Eu não sou um de seus
bimbos.” Seu fôlego engatou no deslize do dedo sobre seu clitóris. “Eu só estou aqui para, ah,
ter certeza de que vocês não estão treinando homens como Donner.” Ela esperava que ele
atribuísse a rouquidão em sua voz ao início da hora e não à necessidade que ela lutava para
conter.
“Isso é besteira e você sabe. Você sabe o que quer. Nós. Você realmente não acha que
vai poder subir naquele palco e ser vendida pelo maior lance, não é?”
Erguendo  o  queixo, Brenna  lutou para  respirar  normalmente,  enquanto  um  dedo
desonesto deslizava em sua boceta e começava a acariciar suas paredes internas. Temendo
que,  se admitisse  não  poder,  eles  então  usassem isso  como  desculpa  para  expulsá­la, ela
forçou uma confiança em sua voz que não sentia.
“É   claro.   Estou   esperando   ansiosa.”   Seus   quadris   balançaram   por   sua   própria
vontade. “Ou você não vai honrar o contrato?”
Encarando­a, Royce estudou seu rosto enquanto continuava a manipular seu clitóris,
seus olhos escurecendo quando ela mordeu o lábio para conter seus gritos.
“Ao pé da letra, minha pequena sub.”
Alcançando no criado­mudo, ele pegou um preservativo, os olhos firmes nos dela
enquanto o rolava.
“Sua submissão não se limita à sala de jogos. É apenas mais definido lá. Mantenha
essas coxas abertas.”
A   extremidade   áspera   na   demanda   em   sua   voz   a   teve   rapidamente   abrindo   as
pernas, que ela inadvertidamente tinha deixado fechar vários centímetros.
Royce,   de   joelhos   entre   elas,   pairou   sobre   ela,   os   olhos   possessivos   enquanto   se
demoravam em seus seios, como se o dono de tudo que inspecionava.
Ocorreu­lhe de repente que, em muitos aspectos, ele era.
Ela pertencia a ele, e a King, em maneiras que ela nunca tinha pertencido a ninguém.
Ela se encontrava em sintonia com eles de uma forma que nunca tinha estado com os
poucos homens que conhecera no passado, mas, novamente, Royce e King estavam em uma
classe totalmente diferente dos outros homens.

152
A mudança mais leve em seus corpos, a mudança mais leve em suas expressões, a
inflexão mais leve em sua resposta de um responder de voz criada nela, uma instintiva que
ela parecia não ter controle.
Alarmada ao perceber o poder que eles tinham sobre ela, ela tentou lutar contra o
domínio sobre seus sentidos, sem sucesso. Prendendo o fôlego, os músculos de seu estômago
apertaram  quando ele  empurrou  a cabeça  do  pênis dentro  dela, a sensação  de plenitude
muito grande para lutar.
“Royce, o plug. Você não pode me levar com o plug dentro de mim. Oh, Deus!”
Quando ele empurrou para diante, o plug se moveu, lhe dando a sensação de estar
sendo tomada em ambas as aberturas.
Usando as coxas poderosas para erguê­la alta e larga, ele colocou uma mão em seu
abdômen, usando o polegar para manipular seu clitóris.
“Eu   sei   muito   bem   que   você   tem   um   plug   na   bunda,   Brenna.   Eu   o   coloquei   lá,
lembra?” Ele se retirou um ou dois centímetros, só para pressionar mais fundo, fazendo com
que o plug se movesse dentro dela novamente.
Ela se sentia tão cheia,  tão cheia  até para pensar. A dupla penetração  e o polegar
acariciando seu clitóris enviaram seus sentidos bobinando tão rápido que ela nem sequer
teve tempo de se ajustar, passando de consciência leve para excitação completa em poucas
punhaladas. Ela não conseguia parar de apertá­lo, a tensão fazendo sua bunda queimar em
torno do plug.
Seu clitóris, ainda sensível da noite anterior, se sentia muito inchado e pesado para
seu toque, e sem pensar, ela agarrou sua mão para afastá­la.
“Não. É muito.”
As paredes internas de sua vagina se contraíam enquanto seu corpo lutava para se
ajustar, o formigamento crescendo mais forte a cada golpe.
Royce ficou tenso, o brilho de desafio em seus olhos fazendo­a percebe o que tinha
feito.
“Coloque as mãos acima da cabeça!”
Brenna   obedeceu   imediatamente,   choramingando   na   sensação   tão­forte   do   dedo
insistente se movendo sobre seu clitóris.

153
“Eu já te disse que isso não funciona comigo. Você realmente está tentando me dizer
que eu não posso tocar neste clitóris sempre que eu quiser? Ele é meu, Brenna. E vou fazer o
que quiser com ele. Agora, segure na cabeceira da cama e não solte até que eu diga.”
Limitada de usar sua palavra segura, ela não podia escapar de seu toque, a sensação
de ter sua boceta e bunda preenchidas, enquanto ele manipulava seu clitóris suscetível a teve
correndo em direção à borda.
Sua bunda e boceta se sentiam muito cheias, a manipulação em seu clitóris muito
afiada. Tudo pareceu se intensificar ao ponto onde a dor e o prazer se misturaram e ela não
podia dizer onde um terminava e o outro começava.
Royce se retirou quase toda a distância e entrou fundo, a punhalada dura deslocando
o plug dentro dela e roubando o pouco fôlego que ainda tinha.
“Você precisa disso, Brenna. Você precisa ter essa boceta e essa bunda preenchidas.
Quando King e eu a tomarmos juntos, você vai ser fodida com um pau duro em ambas às
aberturas, ao mesmo tempo.”
“Oh,   Deus.   Eu   não   vou  ser   capaz  de   tomá­los.”  Ela   choramingou,   imaginando   o
quanto se sentiria tomada então, seu corpo reprimiu apertado, fazendo­a se sentir ainda mais
cheia.
Ela   mal   conseguia   respirar.   Não   aguentava   mais.   Mas   não   podia   escapar   disso,
forçada a tomar tudo que ele lhe dava. Ela não sabia que poderia ser possível  sentir  tanto,
estar perdida em um mundo onde nada mais importava, exceto atender às necessidades de
seu corpo, e dele.
Ela precisava gozar. A pressão se manteve construindo até que ela pensou que fosse
explodir, mas ela não conseguia ultrapassar. A frustração e necessidade a teve lutando contra
ele, mas seus esforços não pareceram perturbá­lo nem um pouco.
A cama se moveu quando King caiu ao seu lado, surpreendendo­a, pois ela nem
sequer sabia que ele estava no quarto.
“Sim. Não será um plug lá. Será meu pau. Mas, por agora, abra a boca.”
O rosnado áspero de King veio à sua direita, e ela se virou para ele instintivamente,
estremecendo quando a cabeça do pênis tocou seus lábios.

154
A necessidade de gozar teve lágrimas ardendo em seus olhos. Cada punhalada, cada
golpe  do  dedo   de  Royce   em  seu  clitóris  a  deixando   selvagem.  O  formigamento  de   calor
parecia nunca ter fim, mas assim que as ondas ameaçaram consumi­la, Royce cruelmente a
parou, desacelerando os golpes e liberando seu clitóris, puxando­a de volta a partir da borda.
Quando ela se contorceu debaixo dele, King colocou uma mão em seu abdômen para
segurá­la no lugar, deslizando a cabeça do pênis entre seus lábios entreabertos e sobre sua
língua, quase até a garganta.
Preenchida em todos os lugares, e o corpo pulsando com sensação, ela entrou em
pânico e empurrou King, percebendo seu erro quase imediatamente.
Para sua surpresa, King se retirou, com os olhos procurando enquanto se inclinava
para segurar seu queixo.
“Diga­me.”
Um calafrio a atravessou, seguido quase imediatamente por um brilho quente que só
a fez queimar mais quente. As palavras foram caindo fora dela antes que pudesse detê­las.
“Tanta sensação. Eu não posso aguentar mais. Eu preciso gozar. Quando eu começo a
gozar — ah, por favor — Royce para. Meu clitóris queima. Toda vez que Royce se move, o
plug em minha bunda se move também. Minha boceta está cheia. Minha bunda está cheia.
Eu preciso gozar tão mal. Deixe­me gozar. Eu queimo em todos os lugares. Por favor. Eu
farei o que quiser. Por favor, me deixe gozar.”
Com seu corpo tão sobrecarregado com sensação, como pequenas bolhas estourando
em suas veias, Brenna mal conseguia falar, as palavras saindo em uma série de gemidos
ofegantes.
King   agarrou  suas  mãos  e  usou  o   cinto   do  roupão  para   amarrá­las  na  cabeceira,
escarranchando  sua  cabeça   com as  coxas  poderosas.  “Você  pode   fazer  isso,  bebê.  Vamos
deixá­la gozar, e quando o fizer você vai ver que valeu a pena esperar. Quero encher sua
boca com meu pau. Quero sua buceta, bunda e boca todas cheias. Essa é minha menina, me
deixe entrar. Respire pelo nariz, Red. Leve­me um pouco mais. Eu vou devagar. Sim, é isso
mesmo. Boa menina. Um pouco mais dessa vez.”

155
Relaxando sob seu tom sussurrado, grata que Royce tivesse desacelerado os golpes
ainda mais para lhe permitir se acalmar, Brenna manteve a boca bem aberta e relaxou sua
língua, tomando o pau de King quase toda a distância em sua garganta.
Cada vez que o empurrão de Royce aumentava, ou ele começava a brincar com seu
clitóris de novo, ela perdia a concentração e se apavorava quando começava a engasgar.
Cada vez, porém, King falava com ela através disso. “Preste atenção em meu pau,
Red. Pense no que você está fazendo. Você tem que ser capaz de se concentrar. Você está aqui
para nosso prazer. Seu trabalho é nos dar prazer. Se eu não gozar, você não goza. Posso
provocá­la o dia todo sem deixá­la gozar, se eu quiser. Seu trabalho é se certificar de que
estamos tendo prazer.”
Gemendo sua frustração, ela tentou bombear os quadris, mas o aperto forte de Royce
não permitiu.
Ela doía por todo lado, seu corpo rígido enquanto Royce a fodia com força suficiente
para mantê­la pendurada lá, acariciando seu clitóris com frequência suficiente para manter
os formigamentos de alerta martelando em seus sentidos.
Ela lutou em suas amarras, chutando as pernas em fúria impotente.
Em sua fome, ela chupou King com mais força, tentando levá­lo mais fundo em sua
garganta do que antes.
Suas coxas tremeram contra ela, emocionando­a que tivesse um efeito tão forte sobre
ele.
“Essa é minha menina. Engole cada gota, Red.”
Seus gritos frenéticos cresceram ainda mais altos quando King gozou, tornando­se
gemidos   quando   sua   semente   quente   bateu   no   fundo   de   sua   garganta.   Engolindo
avidamente, ela saboreou seu gosto, desejando que suas mãos estivessem livres para puxá­lo
para mais perto.
Ouvindo os gemidos de King, sentindo sua perda momentânea de controle, Brenna
abriu os olhos e olhou para ele, surpresa e um pouco atordoada na ternura e confusão em
seus olhos.
Com mãos gentis, ele as deslizou por seu cabelo até chegar a seus mamilos, parando
como   se   tivesse   mudado   de   ideia   sobre   algo.   Em   apenas   um   piscar   de   olhos   seu   rosto

156
endureceu novamente, os olhos afiados e cheios de intenção perversa quando ele puxou seus
mamilos.
Royce entrou fundo, beliscando seu clitóris ao mesmo tempo em que King se retirava
dela e se movia para o lado, pressionando os dedos em seus mamilos.
Apertando forte no plug, ela soltou um grito chocado quando o prazer e a dor se
misturaram.
A pressa repentina de lançamento a atordoou, o prazer estourando livre em uma
enorme onda, seguida de perto por várias outras, cada uma levando­a mais e mais alto. Ela
as sentiu em todos os lugares, sua bunda e boceta cheias apertando duro e fazendo­a se sentir
ainda mais cheia. Os beliscões afiados em seus mamilos a teve arqueando mais nas mãos de
King,   a   necessidade   de   lhe   dar   total   acesso   queimando   forte.   Seu   clitóris   palpitou
insuportavelmente sob a pressão firme de Royce, o calor escaldante se espalhando ao longo
de todo  seu corpo, inundando­o com uma onda quente  que  a deixou momentaneamente
congelada.
Seu corpo se curvou quando o prazer explodiu, sentindo­se como se um choque de
corrente elétrica a percorresse.
Preenchida   em   todos   os   lugares,   sentindo­os   em   todos   os   lugares,   ela   disparou,
cerrando contra o pau de Royce enquanto ele pulsava e encontrava seu próprio lançamento.
King soltou seus mamilos, reclinando­se ao seu lado.
“Bem, acho que isso responde a questão de se você é nossa só na sala de jogos.”
Alcançando acima dela, ele liberou seus pulsos, juntando­os na grande mão e massageando.
“Você gosta de ter sua bunda e boceta cheias ao mesmo tempo, e gosta de dor. Você também
é boa com a boca.”
King a surpreendeu ao se inclinar e tocar os lábios nos dela. Erguendo a cabeça, ele a
olhou com aquele mesmo olhar de ternura e confusão em seus olhos. “A mulher perfeita.”
Algum impulso a teve o agarrando, segurando sua mandíbula forte enquanto cobria
a mão de Royce com a dela. Olhando de um para o outro, ela sorriu. “Não existe tal coisa
como uma mulher perfeita, mas eu gostaria muito de ser perfeita para vocês.”
Atordoada com os olhares de choque em seus rostos, ela endureceu, ganindo em
surpresa quando Royce se retirou e com um movimento súbito a virou de bruços.

157
“Seu novo Mestre vai ficar muito feliz.” A frieza em seu tom a alarmou.
Nervosa   quando   King   se   aquietou   ao   seu   lado,  e   mais   alarmada   ainda   no   longo
silêncio que se seguiu, Brenna levantou a cabeça.
“Novo Mestre?”
Royce agarrou a base do plug, movendo­o dentro dela até que ela choramingou. “É o
que é tudo isso, lembra? Você não acabou de me dizer que está esperando ansiosa para ser
vendida pelo maior lance?”
Brenna ficou imóvel, seu fôlego saindo aos arrancos quando Royce começou a puxar
o plug de sua bunda. Tomando cuidado para manter o rosto escondido no travesseiro, ela
agarrou os lençóis.
Ela faria o que tivesse que fazer para ficar aqui, e ter sua atenção assim. Se tivesse
que prometer ser leiloada até então, que assim seja. Ela sempre poderia usar sua palavra
segura, e então escapar de ser vendida.
“Sim, mas —”

* * * * *

King apertou a mandíbula, encarando Royce enquanto lentamente corria a mão de
cima a baixo das costas de Brenna, incapaz de se segurar.
“Você vai ficar aqui e ser vendida no final de seu treinamento.  É isso aí. Não vai
haver qualquer negociação. Você o assinou Red. E você vai cumprir essa porra.” Baixando a
voz, ele correu um dedo por sua espinha, deleitando­se em seu calafrio. “Você precisa disso,
Red.”
Deus o ajude, ele também.
Ele precisava  dela. Tão doce. Tão responsiva. Tão expressiva. Ele poderia passar o
resto da vida com ela e nunca se cansaria de seu entusiasmo, sua vontade de experimentar
tudo.

158
Sua necessidade de lutar contra isso o excitava em tantos níveis, que ele levaria o
resto da vida para explorar todos eles. Ela trouxe entusiasmo e excitação à sua vida, que ele
nem sequer tinha percebido que estava faltando.
Sua cabeça estava tão cheia com coisas que ele queria fazer com ela, para ela, que
ficava acordado todas as noites com um tesão que só ela poderia satisfazer.
Ele não podia acreditar que alguém tão ingênuo e inexperiente pudesse levar ele e
Royce com tal abandono, e ainda continuar sendo doce. Eles a mantinham em uma névoa de
luxúria, mas ele ainda podia ver o temperamento em seus olhos e apenas o pensamento de
conquistá­la o deixava duro como uma pedra do caralho.
Não, sua pequena sub não ia escapar dele.
Nem no final do mês.
Nem nunca.
Ele precisava dela; e isso assustava o inferno fora dele.
    

159
Capítulo Nove
Para sua surpresa, Royce e King a empurraram para o banheiro, aparentemente os
dois planejando tomar banho com ela.
Vê­los nus pela primeira vez deixava seus sentidos em sobrecarga. Ela queria tomar
seu tempo para apreciar a vista, e percebeu que nem sabia por onde começar.
Tudo era magnífico.
O corpo de Royce, amarrado com massa musculosa, segurou­a paralisada quando ele
entrou no chuveiro e se voltou para ela. Do alto da cabeça, seus longos cabelos negros agora
molhados e escorrendo pelas costas, à perfeição cinzelada de seus traços, até seus ombros
largos e corpo musculoso, ele exalava sofisticação, sexo e poder. Seus olhos, sempre afiados a
observavam enquanto ela o estudava, aquecendo  sua pele em todos os lugares por onde
passava.
“Entre aqui, Brenna.”
Tomando sua mão estendida, ela o deixou puxá­la no chuveiro, caindo contra ele
quando a arrastou. Correndo as mãos por seu peito lindo, ela olhou em seus atraentes olhos
verdes.
“Você é tão bonito.”

160
Royce   sorriu,   passando   a   mão   de   seu   seio   até   chegar   a   suas   dobras.   “Eu   estava
pensando exatamente a mesma coisa sobre você.” Antes que ela pudesse responder, ele a
empurrou para debaixo do spray, rindo quando ela cuspiu e lutou com ele.
“Você vai me afogar!”
Uma mão a segurou debaixo do spray, enquanto a outra se deslizava eroticamente
sobre sua pele molhada. Rindo, ele capturou um mamilo entre os lábios, chupando­o até o
céu da boca antes de liberá­lo. “Pare de gritar e não vai engolir tanta água. Você ainda não
aprendeu que lutar comigo não te fará nenhum bem?”
“Só porque você é mais forte do que eu —”
Ela desejou poder abrir os olhos para vê­lo, mas ele a manteve sob o spray. Ela nunca
tinha imaginado brincar assim com ele e nem percebido o quanto precisava de uma pausa na
intensidade. E se deu conta de repente que eles pareceram reconhecer sua necessidade, e que
já tinham feito à mesma coisa várias vezes.
Os últimos minutos no quarto tinham sido muito tensos, a distância que ele e King
colocaram entre eles foi uma coisa tangível quando a viraram de bruços.
Agora, porém, eles pareciam querer brincar, mas ela ainda sentia a distância que
existia entre eles, uma distância que precisaria de mais do que um pouco de jogo para fechar.
Dividindo suas dobras, Royce deslizou um dedo sobre seu clitóris, rindo baixinho
quando ela foi mole e agarrou seus ombros como apoio.
“Posso controlá­la com apenas um dedo, querida.”
Ela estremeceu quando sua manipulação continuou, abrindo mais as coxas para lhe
dar melhor acesso. “Royce. Deus, eu amo quando você me toca.”
Inclinando­se,   ela   enrolou   a   mão   em   seu   pênis,   surpresa   ao   encontrá­lo   duro
novamente. “Eu amo tocá­lo.” Afundando­se contra ele, ela enterrou o rosto em seu pescoço
e correu a mão da base de seu pênis até a ponta e vice­versa. “Eu amo os momentos que
tenho a liberdade de tocá­lo dessa maneira.”
Com a água quente de múltiplos sprays batendo em seu corpo e a sensação de ter seu
clitóris  acariciado, Brenna  gemeu e se agarrou nele para apoio, as pernas  balançando no
prazer entorpecente.

161
Soltando   seu   clitóris,   ele   correu   a   mãos   por   seus   seios,   o   toque   despertando   e
confortando, a hesitação  em sua carícia  fazendo­a levantar o rosto  para poder  vê­lo. Seu
pênis saltou; duro e grosso em sua mão e ficando mais duro a cada curso. Royce apertou a
mandíbula, os olhos ilegíveis. “Eu amo tocá­la, também. Você é primorosa.”
Envolvendo   um   braço   ao   seu   redor,   ele   a   puxou   do   spray,   apoiando­a   contra   a
parede do chuveiro.
“Perfeita, de fato.” Ele tirou a mão dela de seu pênis e beijou seus dedos. “Tenho
algum trabalho para fazer. King levantou mais cedo para fazer o dele, mas eu fiquei na cama
com você. King está livre agora para providenciar suas roupas e alimentá­la, enquanto eu
vou fazer algumas coisas para poder passar mais tempo com você mais tarde.”
Ele tocou os lábios nos dela, algo, ela percebeu com um sobressalto, que eles vinham
fazendo com regularidade crescente. Ele não aprofundou o beijo, mas deixou se demorar,
como se relutante em quebrar o contato. Erguendo a cabeça, ele correu um dedo sobre seu
lábio inferior e olhou em seus olhos.
“Eu tenho que tomar banho e sair daqui.” Algo relampejou em seus olhos, um aço
possessivo, temperado com ternura. “Quero que você seja uma boa menina para mim hoje.”
Ela quis ficar indignada com suas palavras, e realmente tentou, mas, ao invés, se
encontrou achando que a fazia se sentir especial, lhe dando a impressão de que ele estaria
pensando nela o dia todo. Isso fazia algo em seu estômago quando algum deles falava com
ela assim, fazendo­a se sentir quente e muito feminina por dentro, suave contra sua força.
Ela descobriu que esta era a atração mais irresistível de todas.
Cada vez que ele a olhava daquele jeito, ela se encontrava imaginando ter Royce e
King   em   sua   vida   permanentemente   —   imaginando   o   quanto   ficaria   feliz   ao   ver   aquela
ternura em seus olhos todos os dias. Sabendo que pensamentos como estes só acabariam lhe
trazendo dor, ela forçou uma risadinha e o olhou através dos cílios.
“Eu meio que pensei que você e King preferiam quando eu sou uma menina má.”
Royce passou a mão em suas costas, puxando­a para mais perto. “Nós ainda não
vimos esse seu lado de menina má, não é, querida? Mas vamos. Antes desse mês acabar, nós
o faremos.”

162
Desconfortável sob seu olhar conhecedor, ela olhou para o lado e pegou o xampu.
“Não faço a menor ideia do que você está falando.” Ela tinha feito tudo que podia para
esconder a mulher independente e franca que já havia intimidado tantos homens.
Royce tomou o frasco de xampu de sua mão. “Sim, eu acho que você faz. Vamos
banhá­la,   Brenna.   Nós   cuidamos   do   que   nos   pertence   —   e   você,   minha   querida   cabeça
quente, definitivamente nos pertence.”
A arrogância em seu tom há irritou um pouco, mas quando ele esfregou um bocado
de xampu entre as mãos e começou a massageá­lo em seu cabelo, ela ficou mole, gemendo
enquanto caía sua cabeça para trás.
Nenhum homem jamais tinha feito algo tão ternamente possessivo com ela antes.
Atordoada com a intimidade, e na sensação de ser estimada, Brenna teve que engolir o nó na
garganta antes de falar.
“Isso é bom.”
Bom  nem   sequer   começava   a   descrever   o   incrível   prazer   dos   dedos   firmes
massageando seu couro cabeludo.
“Bom. Feche os olhos para que eu possa enxaguá­los.” Ela sorriu na diversão em seu
tom e deixou os olhos fechados enquanto ele enxaguava seu cabelo.
A porta do grande chuveiro se abriu, e ela estremeceu quando uma rajada de ar frio
atingiu seu corpo, seus olhos estalaram abertos novamente. “Eh! Isso está frio.”
King veio por trás dela, as grandes mãos subindo para segurar seus seios. “Você vai
estar bem quente em um minuto.”
Ela deixou King segurá­la enquanto observava Royce se banhar. Deixando seu olhar
seguir a trilha de sabão escorrendo pelo corpo de Royce, ela alcançou e correr um dedo em
seu mamilo. “Caramba, você fica bem assim todo molhado e com essas bolhas de sabão por
toda parte.”
Ele sorriu; um flash de branco contra a pele escura. Ele alcançou e puxou um de seus
mamilos escorregadios, os olhos cheios de diversão.
“Assim como você. Agora, vou passar as próximas horas pensando em você nua e
molhada.”

163
King trouxe as mãos, cheias de gel de banho perfumado, para massagear seus seios.
“Assim que verificarmos suas roupas e decidirmos o que ela pode manter, nós vamos sair.
Rachel está nos esperando, e acho que vamos dar uma passada em Logan novamente. Eu a
quero em renda e couro quando não estiver nessas coisas de algodão que vai estar usado
para o trabalho.”
Brenna suspirou quando as mãos de King desceram, inclinando­se mais fortemente
contra ele quando seu corpo ficou fraco sob seu assalto tenro. Gemendo quando ele alcançou
seu monte, ela franziu a testa e teve que lutar para reunir seus pensamentos. “O que quer
dizer com — você vai decidir que roupa eu posso manter? Quem é Rachel? Onde estamos
indo?”
Royce terminou de lavar o cabelo e enxaguou, sorrindo quando ela estendeu a mão
para traçar uma linha de bolhas sobre seu peito. “Eu gostaria de ver a expressão no rosto de
Rachel quando você entrar lá.”
Ciúme mostrou sua cara feia, e ela tentou empurrar as mãos de King longe, mas
provavelmente ela teria tido mais sorte em mover uma parede de tijolos.
“Quem   é   Rachel?   Tenho   certeza   que   vocês   já   devem   ter   fodido   cada   mulher   na
cidade, mas isso não significa que eu quero conhecê­las.”
Ela não podia acreditar que eles seriam tão crueis.
Sugando   pelo   ar   quando   King   separou   suas   dobras   e   mergulhou   entre   elas,   ela
agarrou seus antebraços para apoio.
“Filho da puta!” Uma mão forte contra seu abdômen a segurou quieta, e os dedos
seguraram  suas dobras abertas,  enquanto  com a outra, ele  impiedosamente  acariciou seu
clitóris, o prazer  tão afiado que ela não conseguiu nem respirar. “Porra, você não vai —
ahhhh!”
Royce assistiu com interesse enquanto ela gozava; os olhos brilhando com satisfação.
“Certifique­se de que Rachel tire todas as suas medidas. Eu não quero que Logan a toque.”
Seu clitóris sensível não teve a menor chance, pulsando, e então queimando quando
King a enviou sobre a borda com uma calma casual enquanto continuava sua conversa. Que
ela perdeu uma parte, mas a parte que ouviu a mandou subindo rapidamente.

164
“Também vamos ter que medir sua bunda para os plugs. Desde que você usou um
dos menores ontem à noite, vamos ter que ir gradualmente com os maiores até encontrarmos
o perfeito para suas punições.”
Brenna olhou boquiaberta. “Menor? Ele era fodidamente enorme. Você mesmo disse
isso.”
Movendo a mão de seu abdômen, King envolveu um braço ao redor de sua cintura e
a ergueu fora de seus pés, deixando­a curvada sobre o braço e pendurada vários centímetros
do chão.
“Não. Ele só não era o menor, como tínhamos inicialmente previsto. Sua bunda  é
extremamente apertada.”
Chutando os pés, ela procurou freneticamente algo para segurar, agarrando a única
coisa sólida ao seu alcance — a coxa dura de King. “Isso  é porque ninguém nunca tinha
enfiado nada lá antes! King! Merda. Coloque­me no chão.”
Passando a outra mão sobre sua bunda, ele fez uma pausa para entregar um bofetão
afiado antes de esguichar o gel frio sobre seu traseiro aquecido, rindo baixinho quando ela
guinchou.
“Eu   acho   que   nossa   pequena   sub   desesperadamente   quer   ser   má,   mas   está
simplesmente com medo de nos deixar ver esse seu lado. Eu não consigo decidir se ela acha
que   somos   estúpidos   demais   para   vê­lo,   fracos   demais   para   lidar   com   ele,   ou   lentos   o
suficiente para deixá­la escapar disso.”
Brenna   lutou,   chutando   os   pés   em   alarme   quando   o   gel   frio   deslizou   sobre   sua
abertura enrugada. “Maldito seja, pare de falar de mim como se eu não estivesse aqui!”
Royce correu uma mão em seu cabelo molhado enquanto King começava a lavá­la.
“Nós sabemos que você está aqui, querida. Você acha que King e eu estaríamos no
chuveiro juntos se você não estivesse? Nós compartilhamos você, Brenna. Isso significa que
há coisas que precisamos discutir sobre você e seus cuidados. Desde que queremos passar
tanto tempo quanto pudermos com você, algumas dessas discussões vão acontecer na sua
frente. É algo que você vai ter que se acostumar.”

165
Um dedo escorregadio entrou em sua bunda, surpreendendo um grito dela, e tão
rápido quanto ele se retirou, deixando seu traseiro cerrando com uma necessidade frenética
de se fechar contra uma coisa tão íntima quanto sendo empalada por capricho.
Ela nunca conseguia se entender com sua possessividade de cada parte dela, e se
perguntou se alguma vez faria.
King riu. “Tenho que lavá­la, querida.”
Brenna virou a cabeça, brilhando em Royce por cima do ombro. “Da próxima vez eu
vou tomar banho sozinha.”
King a deixou de pé sob o spray e começou a enxaguá­la, parando para entregar
outro bofetão afiado em sua bunda. “Isso não é você quem decide; Red.”
Puxando­a contra ele, ele inclinou sua cabeça para trás com um punho em seu cabelo,
dando um beijo duro em seus lábios. “Quando este mês acabar, você vai saber exatamente o
que significa pertencer a Royce e a mim.”

* * * * *

Menos de uma hora depois, Brenna começou a se perguntar como ela poderia ter
subestimado a extensão total da submissão que eles esperavam dela.
Depois de lhe dar um beijo demorado, um que fez seus dedões dos pés enrolarem,
Royce partiu para cuidar de seus negócios, deixando­a sozinha com um King muito tortuoso
e controlador, um homem que ela mal reconheceu.
Depois de ajudá­la a sair do chuveiro, ele a secou completamente, sua atenção com
seus mamilos e sua fenda deixando­os quentes e formigando.
“Fique quieta. Segure no balcão e espalhe as pernas.”
Nervosa agora, ela fez, assistindo­o pelo espelho, piscando em choque quando ele
pegou um pente e começou a trabalhar os emaranhados de seu cabelo.
Sua   ternura   a   fez   se   sentir   ainda   mais   querida,   tanto   que   ela   teve   que   limpar   a
garganta antes de falar. “Posso pentear meu próprio cabelo.”

166
King   franziu   o   cenho   enquanto   trabalhava   outro   emaranhado   solto,   encontrando
seus olhos no espelho. “Você provavelmente vai ter que fazê­lo comigo. Royce é um inferno
de muito melhor com isso do que eu, mas posso, pelo menos, tirar os emaranhados. Olhe pra
frente.”
Olhando no espelho, Brenna tentou evitar olhar para si mesma, olhando­o ao invés.
“Eu quero colocar meu roupão.”
“Não.”
“Isso não é legal.”
King encontrou seus olhos no espelho  mais uma vez, seu sorriso o puro  pecado.
“Quem no inferno disse que eu era legal?”
“Por que eu não posso colocar meu roupão?”
“Eu gosto de você nua.”
“Por   que   tenho   que   manter   minhas   pernas   abertas   enquanto   você   penteia   meu
cabelo?”
“Você vai perceber  que vou fazê­la abrir as pernas para um monte de coisas. Eu
gosto delas abertas, então você vai deixá­las abertas.”
Brenna tomou um momento para pensar sobre isso, relaxando mais a cada passagem
do pente em seu cabelo. “Sabe, quando você diz esse tipo de coisa, me excita, mas me irrita
ao mesmo tempo. O que o faz pensar que eu vou abrir minhas pernas cada vez que você me
diz?”
King terminou com o pente e o jogou de lado. “Porque se você não fizer, eu vou abri­
las para você e depois puni­la por me desobedecer.”
Brenna   atirou   uma   mão   quando   ele   alcançou   para   pegar   um   dos   frascos   de
hidratante da loja de Jesse. “Este está errado.”
Ignorando­a,   King   o   destampou   e   apertou   uma   quantia   generosa   na   palma.   “Eu
gosto deste, e isso realmente não importa, contanto que eu possa colocar minhas mãos em
você.”
Brenna se preparou para o frio, mas King esfregou a loção entre as palmas antes de
colocá­las em sua pele. Derretendo sob os cursos longos e suaves em suas costas, ela segurou
no balcão como apoio.

167
“Isso é bom, King, mas você não espera que eu o deixe fazer isso todo dia, não é?”
Ela   já   podia   sentir   se   tornando   viciada   nesse   tipo   de   atenção.   Seria   perigoso   se
acostumar a algo que teria que viver sem.
Só seria mais uma decepção para lidar com quando o mês terminado.
Arqueando uma sobrancelha, ele encontrou seu olhar no espelho. “Deixar­me?”
As mãos se moveram para seu traseiro, massageando a loção em sua pele. “Eu já te
disse que nós cuidamos do que é nosso, e podemos verificá­la para ter certeza de que você
não está contundida ou ferida em qualquer lugar.”
Parando para apertar mais da loção na mão, ele encontrou seu olhar no espelho de
novo, os olhos brilhando. “Você costuma ficar violenta quando goza.”
Uma vez que tinha preenchido as palmas e as colocado juntas, ele sorriu e cobriu
seus seios com as mãos, rindo baixinho quando ela ofegou.
O frio se sentiu ainda mais chocante na pele ainda quente do chuveiro, criando um
contrastante flash de calor para sua fenda. O calor de suas mãos logo aqueceu a loção, lhe
permitindo deslizá­las sobre sua pele escorregadia.
Recostando­se contra ele, Brenna fechou os olhos e desfrutou da sensação das mãos
se movendo sobre ela. Sustentada pelo corpo quente e firme de King, ela deixou escapar uma
série   de   gemidos   enquanto   as   mãos   trabalhavam   sua   magia,   os   cursos   firmes   e   longos
esfregando a loção completamente antes de mover mais abaixo.
Nenhum dos dois falou, e embalada pelo silêncio e o toque suave, Brenna começou a
relaxar.
Ele alisou a loção sobre sua barriga e quadris, tomando seu tempo, como se não
tivesse nada para fazer o dia todo, exceto isso. Trabalhando em suas dobras, ele beijou seu
ombro.
“Boa e macia. Qual é a sensação de estar depilada?”
Brenna gemeu roucamente e inclinou os quadris para cima, esperando que ele desse
a seu clitóris formiguento algum alívio.
“Torna   bem   mais   sensível   lá.”   Erguer   a   cabeça   de   seu   peito   pareceu   um   esforço
monumental,   mas   ela   fez,   encontrando   seu   olhar   no   espelho.   “E   me   faz   sentir   meio
malcriada.”

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King sorriu e beijou seu ombro. “Eu gosto quando você se sente meio malcriada.
Fique quieta para que eu possa passar em suas pernas e depois vamos ver suas roupas.”
Brenna foi de bom grado quando ele a virou, apoiando as mãos em seus ombros
enquanto ele massageava a loção em suas pernas. “Você deve descobrir muito.”
“Eu faço. De onde você tirou esse machucado?”
Perdida na sensação de ter as pernas massageadas, e com o rosto de King tão perto
de seu monte, Brenna teve que tragar fortemente antes de falar.
“Bati na chaise.” Franzindo a testa, ela olhou com surpresa. “Eu não tenho nenhuma
contusão do chicote.”
“Nem   deveria.”   King   beijou   seu   monte   antes   de   se   levantar   e   tomar   sua   mão.
“Vamos. Quero ver o que precisamos para você.”
Quando  entraram  no  quarto,  ela pegou o  roupão  pendurado  na parte  de  trás  da
chaise, só para ter King batendo sua mão longe.
“Nada de roupa. Vamos. Seu café da manhã está aqui.”
King puxou uma cadeira e a acomodou. “Hoje eu vou deixá­la comer sozinha, mas às
vezes Royce ou eu vamos alimentá­la.”
“Alimentar­me? Eu posso me alimentar sozinha.” Ela assistiu enquanto ele vestia um
par de jeans e uma camiseta branca antes de voltar à mesa. Mais uma vez, estar nua enquanto
ele estava vestido, fazia­a se sentir ainda mais nua e exposta.
Curvando­se   por   trás   dela,   King   segurou   seus   seios,   correndo   os   dedos   sobre   os
mamilos.
“Eu sei, e você pode se banhar, também, mas como seus Mestres, Royce e eu temos o
direito de fazê­lo sempre que quisermos.”
Brenna   tomou   um   gole   de   café,   quase   o   derramando   quando   King   rolou   seus
mamilos entre os polegares e indicadores.
“King, eu não posso comer assim. Eu nunca comi nua antes.”
“Você   vai   fazer   isso   bem   frequentemente,   então   é   melhor   se   acostumar   logo.”
Soltando seus mamilos, King se sentou ao lado dela, levantando a tampa de prata do prato
na frente dela.

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“Espero que você goste de waffles. Se você já tem preferência por algo, ligue e diga a
Sebastian.”
Com os mamilos ainda formigando, e o nível baixo de excitação ainda zumbindo
através dela, Brenna pegou o garfo e apunhalou um dos morangos em cima.
“Vocês vão me manter aqui para sempre? Eu não posso ir lá embaixo?”
King sacudiu a cabeça. “Pela duração do contrato, você está em treinamento. Você só
vai descer quando Royce ou eu te levar. Claro, você está livre para tomar o elevador e ir
direto para a porta da frente sempre que quiser, mas só depois que você resolver isso com
Royce ou comigo. Queremos saber onde você está em todos os momentos, especialmente até
descobrirmos quem está por trás daquela nota. Desde que Donner está na prisão, Ace está
verificando a conexão com alguém que vive aqui.”
Brenna cortou os waffles. “Eu acho que foi um erro. Talvez tenha sido designado à
outra pessoa. Talvez alguém apenas achasse que era engraçado.” Balançando a cabeça, ela
encharcou o pedaço de waffle na calda. “Essa nota não poderia ter vindo de Donner. Ele está
na prisão a uma centena de quilômetros daqui. Se ele teve alguém para fazê­lo — para me
assustar, ou para me dar uma lição — eu não vou deixar isso mexer com minha cabeça. Não
vou deixá­lo me tornar sua vítima mais uma vez.”
Estendendo a mão, ele passou o dedo em seu pescoço, onde ela normalmente usava o
colarinho. Eles o tiravam antes dela ir para a cama, ou de um banho, mas ela nunca saía do
quarto sem usá­lo.
“Há um dispositivo adaptado em seu colar que nos ajuda a acompanhar onde você
está.”
Ofendida, Brenna parou com um pedaço de waffle a meio caminho da boca. “Vocês
não confiam em mim?”
King deu de ombros. “Tivemos problemas no passado, geralmente quando tivermos
nossos seminários. Temos várias mulheres que vêm aqui para se submeter aos homens que
estamos treinando. Elas usam esses colarinhos para deixar as pessoas na cidade saberem que
elas estão sob a proteção do clube. Apenas Royce, Blade e eu podemos destrancá­los, então,
se uma delas não voltar na hora certa,  à gente vai encontrá­la. No seu caso, nos ajuda a
manter o controle sobre você. Não sabemos quem está por trás da nota, então vamos nos

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sentir melhor sabendo onde você está o tempo todo. Incline­se para frente. Quero seus seios
na mesa enquanto você come.”
Brenna congelou em surpresa, olhando­o para ver se ele estava provocando­a.
King encontrou seu olhar com um clarão pedregoso, arqueando  uma sobrancelha
quando ela hesitou.
Outra onda de necessidade apertou seu estômago e aumentou a consciência em seu
clitóris quando ela obedeceu, curvando­se para frente até que a parte inferior de seus seios
tocasse a superfície fria da mesa.
“Assim está melhor?”
A sobrancelha dele subiu novamente no sarcasmo em seu tom.
Inclinando a cabeça, ele sorriu de leve. “Por enquanto.”
Depois de comer mais alguns pedaços, ela parou novamente. “Então, as mulheres
querem vir para cá para serem usadas por homens que se inscreveram para a instrução?”
Se   soubesse   disso,   ela   poderia   ter   eventualmente   tentado   fazê­lo   por   si   mesma.
Felizmente, ela não tinha. Se tivesse, ela poderia nunca ter tido esta oportunidade com Royce
e King, homens que podiam tornar um café da manhã uma experiência sexual.
“Absolutamente. Alguns usam seu tempo de férias no trabalho para vir para cá.” Ele
sorriu, abastecendo seu café e servindo uma xícara para si mesmo. “Na verdade, há uma lista
de espera.”
Depois de já ter comido mais do que normalmente fazia de manhã, Brenna pousou
seu garfo. “Por que eles querem fazer isso?”
“Para viver uma fantasia. Você pode se endireitar agora. Não se cubra. Quero ver
seus seios. Tome seu café para depois podermos começar.”
Ciumenta   agora,  Brenna  pegou  seu  café.  “Então,  você  e  Royce  fazem  com elas   a
mesma coisa que estão fazendo comigo? Vocês as treinam, e depois as leiloam? Depois disso,
eles voltam e deixam outros homens dominá­las?”
King ficou de pé, movendo­se para ficar atrás dela novamente. Inclinando­se, ele
puxou   seus   mamilos.   “Eu   já   disse,   nós   não   treinamos   subs   aqui.   Treinamos   Doms.  Eles
praticam   com   elas,   aprendendo   a   ler   suas   respostas   antes   de   se   sentirem   confiantes   o
suficiente para encontrar uma sub deles próprios.”

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Virando­se, ela o viu se mover para sua mala que ela não via há dias.
“Então, com quem você e Royce praticam?”
Ele abriu a mala e começou a vasculhar através de suas coisas, erguendo uma peça
de roupa para inspecioná­la e jogando­a na cama antes de levantar a seguinte. Virando na
cintura, ele sorriu para ela por cima do ombro.
“Eu não preciso praticar, querida. Eu sou muito perito em dominar uma mulher, mas
se você está perguntando se vou foder outra mulher enquanto estou te dominando — não.
Eu sou seletivo com quem eu fôdo. E Royce também.”
Colocando sua xícara de café de lado, Brenna se virou, lutando para não se cobrir.
“Então, enquanto eu estiver aqui com vocês, vocês não vão fazer nada com outra mulher?”
King   deu   de   ombros   e   se   endireitou,   movendo­se   para   a   chaise.   “Royce   e   eu,
ocasionalmente, as tocamos, mas apenas para demonstrar algo a um dos homens. Não vamos
fode­las,   não   suas   bocetas,   suas   bundas,   ou   suas   bocas.   Quando   tivermos   os   leilões,   nós
vamos   exibi­las,   mas   nenhum   de   nós   tem   qualquer   interesse   nelas.   Você   é   a   única   que
estamos interessados nesse sentido.”
Intrigada, Brenna se ajeitou na cadeira, esfregando as coxas quando outra onda de
calor fez seu clitóris pulsar.
“Exibi­las?”
King assentiu. “No leilão, você e várias outras mulheres vão estar vendadas, nuas, e
com as mãos amarradas atrás das costas em uma sala cheia de homens. Eles vão querer
inspecioná­la antes de fazerem suas ofertas, ver exatamente o que estão comprando.”
Lutando para não demostrar seu choque, ou a onda afiada de luxúria, ela mordeu o
lábio e desviou o olhar, tentando não imaginar qual seria a sensação de ter Royce e King
fazendo   tal   coisa  com  ela.   O  pensamento  de  vários  homens  estranhos  tocando­a,  porém,
enviou um calafrio através dela.
Ela tinha que encontrar uma maneira até então para fazer Royce e King desejá­la
para si mesmos.
Levantando­se, ela atravessou o espaço entre eles e se enrolou contra as costas de
King, sorrindo quando ele endureceu.
“Eu gosto de passar o tempo com você desse jeito.”

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King se virou, tomando­a nos braços, o que pareceu ser um gesto automático, mas
seu   olhar   encoberto   segurava   uma   pitada   de   hesitação.   O   flash   de   calor   em   seus   olhos
virando suspeita. “Que jeito é esse?”
Brenna   deu   de   ombros.   “Sabe.   Conversando.   Só   estar   juntos.   Eu   gostaria   que
pudéssemos ter tido o café da manhã juntos, apesar de tudo.”
King riu, e um pouco da rigidez deixou sua grande armação. “Sou um madrugador.
Cresci em uma fazenda. Quando se levantou, eu já tinha comido; exercitado, tomado banho,
e tido um par de horas de trabalho feito.”
Correndo as mãos por seu peito, e afundando a ponta dos dedos nos músculos ali,
Brenna sorriu para ele.
“Eu adoraria vê­lo se exercitar.”
Rei sorriu e bateu em sua bunda, o gesto brincalhão. “Amanhã, antes de ir trabalhar,
você pode se exercitar comigo. Vamos, temos que olhar suas roupas, e depois temos algumas
compras para fazer.”
Virando­se, ele ergueu um punhado de calcinhas de algodão e sutiãs de sua mala.
“Vamos começar com estes. Você pode usá­las para trabalhar, mas só isso. Se vê­las em você
em qualquer outro momento, eu rasgá­las fora. Agora, vamos ver o resto.”
Rindo baixinho, ele esfregou sua bunda. “Eu odeio fazer compras, mas vesti­la vai
ser divertido.”
Demorou apenas alguns minutos para passar sua mala, e Brenna tinha que admitir
que a enervasse King verificar suas coisas, assim como a percepção de que ela nem sequer
tinha precisado de nada desde que chegara aqui.
King acenou e apontou para ela guardar os jeans que ele separara. “Jesse disse para
você usar jeans e algo confortável para o trabalho, né?”
Brenna  os dobrou  e os colocou na gaveta antes de se virar. “Sim. Quero  parecer
agradável, caso ela precise de mim para atender os clientes, mas na maior parte, vou estar
nos fundos, embalando os pedidos para deixá­los prontos para serem enviados. Ela disse que
têm ficado muito ocupadas on­line, e com Kelly ausente, tem sido uma loucura. Nat também
está fazendo um monte de produtos, e pode precisar de mim para ajudá­la a engarrafá­los.
Eu mal posso esperar. Parece que elas estão muito ocupadas por lá.”

173
Ela estava muito ansiosa para começar uma nova vida com um trabalho que soara
como um desafio e muita diversão, e trabalhar com mulheres que ela já começara a gostar.
Uma vida amorosa satisfatória seria a única coisa que ela ia precisar para tornar tudo
perfeito.
King   assentiu.   “Clay   e   Rio   disse   a   mesma   coisa.   Eles   acham   que   Jesse   está
trabalhando demais e certo como o inferno eles não esperavam que o negócio fosse crescer
tanto. Agora, com Kelly fora, Jesse e Nat estão trabalhando o tempo todo para dar conta. Fico
feliz que elas a contrataram. Vai ajudá­las e mantê­la por perto.”
Tentando parecer tão desinteressada quanto possível, Brenna levantou uma camisola
da cama e se virou, segurando­a a sua frente. “King, eu gosto das pessoas daqui. Se eu gostar
deste trabalho, eu estava pensando em ficar. É uma cidade maravilhosa, mas…”
King tomou a camisola de suas mãos e a jogou na direção da lata de lixo. “Nada de
camisolas. Mas o quê?”
Olhando para a camisola no chão, ela franziu o cenho. “Eu preciso de camisolas às
vezes. Elas são confortáveis e eu gosto de usá­las quando não me sinto bem. Às vezes eu só
preciso de…” Ela esfregou os braços, um arrepio a atravessando quando uma nova onda de
vulnerabilidade bateu nela.
King sorriu e beijou sua testa. “Vou comprar uma nova para você. Não quero que
vista uma camisola para mim que você vestiu para outro homem.”
Brenna se encontrou cada vez mais excitada ficar de igual para igual com um homem
tão grande quanto King, especialmente não usando nenhuma peça de roupa. “Eu apenas
queria que você soubesse que posso querer ficar em Desire, mesmo se você me leiloar—”
King virou a cabeça, os olhos estreitados e pesquisadores. “Quando nós te leiloarmos.
Isso é o que você quer, não é?”
Brenna forçou um sorriso. “Claro.” Ela não daria a nenhum deles um motivo para se
livrar   dela.   “Eu   só   queria   dizer   que,   quando   vocês   terminarem   comigo   —   quero   dizer,
terminar com meu treinamento — eu ainda quero viver aqui.”
King acenou uma vez, seus olhos azul­esverdeados planos e não dando a ela nenhum
indício de seus pensamentos.

174
“Tudo bem. Você vai usar o vestido verde hoje. Vá buscar seu colar e o traga para
mim.”
Ela   não   sabia   o   que   tinha   dito   para   chateá­lo,   mas   o   queria   com   aquele   humor
brincalhão novamente. “Por que tenho que usar o colar se eu vou estar com você? A ideia
não é de que ele é para que as pessoas saibam que estou com vocês?”
King esperou até que ela colocou o colar em sua mão estendida antes de responder.
“Quando as pessoas virem você comigo, elas podem pensar que você é uma amiga
ou conhecida. Inferno, eu poderia estar lhe dando instruções. Quando eles virem que você
está comigo e usando isso, eles vão saber que Royce e eu estamos fodendo você, e vão chutar
a bunda de qualquer homem que tentar avançar. Esse colar significa que você está sob nossa
proteção.   Grande   diferença.”   Ele   firmou   o   colar   em   volta   de   seu   pescoço,   os   olhos
possessivos. “Isso permite que todos saibam que você está fora dos limites. Se você entrar em
apuros, ou precisar de qualquer coisa quando não estivermos por perto, vamos receber um
telefonema.”
Brenna estremeceu ao sentir o metal frio contra sua pele, suas emoções em polvorosa.
Ela não usava nada mais, só o colar que significava que ele e Royce a possuíam. Parte dela
queria se rebelar em sua arrogância e prepotência, enquanto a outra se emocionava com a
possessividade e caloroso afeto em seus olhos.
Ela agarrou o vestido que ele queria  que vestisse, parando quando ele sacudiu a
cabeça.
“Eu não terminei com você ainda.” Ele se moveu para uma das altas cômodas e abriu
a gaveta de cima, voltando com algo que parecia pequenas correntes de prata. “Jogue os
ombros para trás.”
Obedecendo,   Brenna   olhou   para   as   correntes   duvidosamente,   os   mamilos   já
formigando em antecipação. “Pensei que íamos sair.”
“E vamos sair.” Franzindo o cenho em concentração, King beliscou seu mamilo e
deslizou um círculo sobre ele. “Fique quieta.”
Trêmula,   ela  olhou   para   baixo,  incapaz   de   desviar   o   olhar   quando   ele   apertou   o
círculo em seu mamilo apenas o suficiente para deixá­la ciente de sua presença, mas não o
suficiente para causar qualquer dor.

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“Oh, Deus. King, por favor, não me diga que você espera que eu use isto enquanto
estamos fora.”
“Ok.”
Depois que terminou, ele soltou a corrente, o peso puxando seu mamilo, e moveu
para o outro. Uma vez que terminou, ele encontrou seus olhos, com um leve sorrindo. “Eu
não vou te dizer. Vou deixá­la descobrir isso por conta própria. Estique esses mamilos para
mim. Se não o fizer, e eu os prender enquanto estiver relaxada, você não vai conseguir ficar
reta, sem eles puxarem. De qualquer forma, está bem para mim, mas esta é a última vez que
será avisada.”
Alarmada,   Brenna   empurrou   os   seios   para   fora   até   onde   podia.   Estremecendo
quando ele prendeu as correntes em seu colar, e trancando os joelhos contra a necessidade
premente que nunca se afastava da superfície.
“King, quando concordei com isso, eu não pensei que ia me submeter a você fora do
sexo. Você e Royce querem que eu seja como sua… Posse. Eu sou uma mulher adulta, mas
me sinto possuída, e um pouco indefesa.”
King terminou de fixar a segunda corrente antes de encontrar seus olhos, os dele
brilhando com promessas.
“Uma coisa que você nunca será é indefesa.”
Ele respirou fundo e soltou o ar lentamente. “Nós te possuímos, pelo menos até o
leilão, ou até você usar sua palavra segura. Você pode trabalhar se quiser. Você terá tempo
livre, mas Royce e eu queremos saber onde você vai estar em todos os momentos e com
quem.   Nós   vamos   te   dizer   o   que   vestir,   e   te   dar   banho   se   quisermos,   e   alimentá­la   se
quisermos. Você terá sua própria vida, mas você sempre vai se submeter a nós — isto é, pelo
resto do mês. Vire­se. Cotovelos na cama, as pernas bem abertas.”
Não confiando no aço em sua voz, Brenna se apressou a obedecer, saltando para
cima de novo quando a porta se abriu.
Um bofetão forte caiu em sua bunda, surpreendendo­a.
King a olhou enquanto Royce fechou a porta e atravessou o quarto.
“Quem diabo te deu permissão para se mover?”

176
Ela   olhou   para   Royce   por   ajuda,   mas   ele   meramente   arqueou   uma   sobrancelha,
olhando­a com desaprovação.
“Eu não sabia que era Royce. Podia ser qualquer pessoa.”
Balançando a cabeça, King suspirou. “Só Royce e eu vamos entrar aqui sem bater.
Sebastian   bate   primeiro,   mas   nada   disso   importa.   Eu   lhe   dei   uma   ordem,   Brenna.   Se   eu
quiser desfilar você nua até a Main Street, eu farei.”
Apressando­se para se virar novamente, Brenna parou quando Royce agarrou seu
braço. “Espere. Eu quero ver.”
Com   um   dedo,   ele   traçou   o   círculo   sobre   seu   mamilo,   balançando   a   cabeça   em
satisfação. “Eles ficam bem nela. Eu só subi porque Jake entregou a última peça. Eu não sabia
se você queria colocá­la nela ou não.”
King assentiu e pegou a caixa da mão de Royce. “Absolutamente. Ela está tendo um
pouco de dificuldade com a ideia de que é nossa o tempo todo, e não apenas na sala de jogos.
Eu ia lhe dar alguns lembretes enquanto estávamos fora para deixar esse ponto certo. Isso vai
ajudar.”
Brenna   saltou   quando   King   se   ajoelhou   a   seus   pés,   lamentando   imediatamente
quando ele franziu o cenho para ela novamente.
Segurando seu quadril, ele fechou a cara. “Por que diabos você está tão nervosa?”
Royce sorriu, circulando ela e King para ficar atrás dela, envolvendo um braço forte
em sua cintura para puxá­la contra ele.
“Ela   não   está   acostumada   com   isso,   pobre   bebê.   Provavelmente   está   um   pouco
sobrecarregada.”
Brenna olhou por cima do ombro. “Você acha?”
Royce bateu  em sua bunda  exatamente  no  mesmo  lugar que  King  tinha minutos
atrás. “Comporte­se.”
“Eu — oh, meu Deus!”
Brenna quase entrou em colapso quando  King chupou seu clitóris duro, e tão de
repente o soltou. “O que você fez? King; tem algo aí.” Ela agarrou o clitóris para aliviar a
pressão lá, tremendo no quanto se sentia exposta agora, só para ter King agarrando sua mão
antes que pudesse alcançá­lo.

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Beijando seus dedos, King se levantou, ainda segurando outra daquelas pequenas
correntes. Com um sorriso, ele deu à corrente em sua mão um pequeno puxão.
Ela clamou no puxar em seu clitóris, e teria caído se Royce não a estivesse segurando.
“O que é isso? O que você está fazendo?”
King endireitou a corrente e a prendeu no centro do colar que ela usava, antes de
recuar para admirar sua obra.
“Perfeito. Agora, vire­se e se curve. Espalhe essas pernas.”
Com um olhar em Royce, e com sua ajuda, Brenna se virou, com as pernas instáveis.
Cada pequeno movimento que fazia criava um puxão de resposta em seus mamilos e clitóris.
Uma mão deslizou sobre suas costas, uma que ela reconheceu como de Royce. Ela
não  sabia como ele tinha percebido,  ou até mesmo  se ele fez, o quanto  ela precisava  do
contato com um deles nesse momento.
Como ela observava King se mover para o criado­mudo, lhe bateu que quanto mais
forte a conexão entre eles se tornaram, mais ela contava com seus toques, ou às vezes apenas
o som de suas vozes.
Ela não gostava de estar tão dependente de qualquer um, não importando o quão
bom   eles   a   faziam   sentir.   Não   gostava   do   controle   que   eles   tinham   sobre   ela,   um   que
começava a se tornar mais do que apenas sexo.
King encontrou seu olhar antes de mover para ficar atrás dela novamente. “Não se
preocupe. Este é o mesmo pequeno plug que você usou na outra noite. Levante a bunda,
mel.”
Royce continuou a esfregar suas costas. “Essa é uma boa menina.”
Mordendo o lábio, ela sugou pelo ar no choque de um dedo lubrificado invadindo
seu buraco. Cerrando as mãos na cama, ela tomou várias respirações rápidas quando King
moveu o dedo dentro dela, suas pernas tremendo tanto que ela não sabia por mais quanto
tempo seria capaz de suportar.
Choramingando na invasão tão­íntima, ela se curvou para frente e pressionou na
mão de Royce em suas costas, enviando as correntes balançando quando King tirou o dedo e
pressionou o plug frio contra sua abertura enrugada.
“Porra, bebê. Você está linda.”

178
Aplicando   pressão,   ele   forçou   o   anel   apertado   de   músculo   em   sua   abertura   a   se
retirar, esfregando suas nádegas quando ela estremeceu.
“Esta é uma boa menina. Só mais um pouco.”
Tomada. Esticada. Sua abertura mais privada invadida no capricho.
E mais uma vez roubada de sua resistência, algo que eles pareciam saber fazer muito
bem. Quando  sua bunda estava cheia dessa maneira, ela simplesmente  não  conseguia se
concentrar para resistir a qualquer coisa que eles fizessem com ela.
Seu   corpo   inteiro,   vivo   com   sensação,   tremia   impotente.   Seus   mamilos,   clitóris,
boceta e bunda veio à vida com atenção demais, ou não o suficiente, ela não podia ter certeza.
Choramingando na plenitude esmagadora e consciência muito­afiada, que teve suas
defesas desmoronando ao seu redor, Brenna clamou quando King empurrou o final do plug,
forçando as paredes internas de seu ânus a esticar para aceitá­lo.
Sentiu a base contra ela, e se voltou instintivamente para trás, só para ter sua mão
capturada por Royce.
“Não, querida. Ele fica. Agora vamos vesti­la para sua viagem de compras.”
Brenna estremeceu quando ele a ajudou a ficar de pé, cada movimento puxando em
seus mamilos e clitóris e deslocando o plug em sua bunda.
“Eu não posso sair assim. Por favor, não me façam sair assim.” A choradeira em sua
voz a irritou.
Ela teve que levantar os braços cuidadosamente para King colocar o vestido por cima
de sua cabeça, clamando no puxão em seus mamilos e clitóris quando o fez. “Eu não posso.
Eu não consigo andar. Droga, eu posso me vestir.”
O King terminou de vesti­la e chegou por baixo do vestido para bater de leve em sua
bunda, um lembrete de que ele não havia lhe permitido usar sutiã ou calcinha.
“Você pode se vestir quando Royce e eu permitirmos, e vai sair assim porque é isso
que eu quero.” Vindo ao redor para ficar na sua frente, ele inclinou sua cabeça para trás, os
olhos relampejando quando ela choramingou no puxão em seu clitóris e mamilos. “Confie
em mim. Eu nunca farei nada que não acho que você pode lidar. Não vou sair do seu lado.”
Para seu assombro, ele a puxou para perto, correndo a mão de cima a baixo em suas
costas.   “Eu   sei   que   você   está   confusa.   Eu   sei   que   você   não   confia   em   seus   sentimentos.

179
Lamento que Royce e eu tenhamos que lhe dar um curso tão rápido como esse, mas só temos
este mês. Queremos que você veja o nível de submissão que seu novo Mestre pode esperar de
você. Não é para todos, mas é melhor você saber com certeza se é isso mesmo que você está
procurando ou não.”
Algo em seus olhos a arrastou, uma tristeza, quase… Resignação.
Ela olhou para Royce e o encontrou observando­a, a mesma intensidade e pesar em
seus próprios olhos. Colocando as mãos espalmadas no peito de King, ela suspirou, e decidiu
ir com a verdade.
“Tenho medo. Tenho medo de que isso seja mais do que eu quero, mas também
tenho medo de que vou perder minha paciência e vocês não vão me querer mais. Tenho
medo de que o próximo homem que eu me entregar não vai me fazer sentir do jeito que
vocês fazem. Estou com medo de que seja sempre assim então. Eu vou saber exatamente do
que preciso, mas não serei capaz de encontrá­lo nunca mais.”
Ela piscou para conter as lágrimas, engolindo o amontoado na garganta.
“Estou com medo que vou encontrar exatamente o que estou procurando, apenas
para perdê­lo para sempre e me sentir mais vazia por dentro do que antes.” Ela não queria
lhes dizer que não falava só do estilo de vida, mas também deles.
Seu corpo zumbia com desejo, mas ela sabia que eram a sensação de suas mãos em
sua pele, os olhares de carinho e ternura em seus olhos, e suas vozes amadas que fazia isso
possível para ela permitir todo o resto.
Royce assentiu e deslizou a mão por seu cabelo, os olhos sombrios.
“Temos medo de algumas das mesmas coisas, Brenna. Queremos você. Muito, mas
queremos uma mulher que goste de nós, não só do que podemos fazer por ela.”
Será   que   eles   não   sabiam   que   não   poderiam   fazê­la   se   sentir   assim,   se   ela   não
gostasse deles?
Curvando­se,   ele   deu   um   beijo   leve   em   seus   lábios,   os   olhos   ternos.   “Todos   nós
temos muito a explorar e pensar a fazer. Faça compras com King. Vejo você mais tarde.”
King foi até seu armário e voltou com um par de suas sandálias e um suéter. “Vamos
indo. Vai ser um dia atarefado.”
“Eu preciso de minha bolsa.”

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“Não, você não. Uma das coisas que você vai ter que aprender é que Royce e eu
vamos te dar tudo que precisa.”
Deixando­o ajudá­la com o suéter, ela encontrou seus olhos, se perguntando o que
ele diria se soubesse que ele e Royce já tinham lhe dado tudo que precisava. Exceto amor.
E uma promessa para o futuro.
    

Capítulo Dez
Tomando sua mão, King a levou através do estacionamento do clube, e então para o
outro lado da rua. “Você está quente o suficiente, mel?”
Brenna   nem   sequer   tinha   pensado   nisso,   muito   distraída   com   o   puxão   suave   e
liberação  das  correntes  presas a seus mamilos e clitóris, e o movimento  do  plug  em sua
bunda a cada passo.
“Exceto quando uma rajada de vento sobe meu vestido.”

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Para sua alegria, King riu. “Eu sei como um fato que está bem quente lá em cima.”
Inclinando­se, ele roçou os lábios em sua têmpora. “Isso deve ser um grande choque.”
Erguendo sua mão, ele beijou seus dedos novamente, sorrindo para as pessoas que
acenavam para ele.
“Sabe o que vou fazer com você assim que voltarmos para seu quarto?” Seu tom de
conversa não a enganou nem por um minuto.
Brenna estremeceu, sorrindo quando ele franziu o cenho e colocou o braço em volta
dela,   puxando­a   contra   ele   e   a   envolvendo   em   calor.   Olhando­o   através   dos   cílios,   ela
balançou a cabeça. “Tenho até medo de perguntar.”
King diminuiu os passos quando começaram a passar por outra mulher, uma com
um homem em cada lado dela e outro um pé atrás.
“Você está maravilhosa, Erin. Seus maridos estão te tratando bem?”
Brenna pestanejou. Maridos?
A outra mulher parou, brilhando no homem à sua direita, o amor em seus olhos à
vista.   “Jared   está   sendo   uma   megera.   Ele   realmente   me   levou   ao   médico   por   causa   das
náuseas da manhã, depois do médico já ter explicado o que esperar. Ele age como se eu fosse
à primeira mulher na história do mundo a ter um bebê.”
O homem em questão  se inclinou e roçou os lábios nos dela, correndo  uma mão
possessiva em seu abdômen ainda plano.
“Você é a primeira mulher na história do mundo a ter o meu bebê.”
O homem à sua esquerda a puxou para perto. “O nosso bebê.”
King sorriu, puxando Brenna para mais perto. “Brenna, estes são Erin, Jared, Duncan
e Reese Preston. Esta é Brenna Nelson. Ela está ficando com Royce e comigo.”
Erin   acenou,   sorrindo   e   oferecendo   a   mão.   Ela   brilhava,   e   seus   olhos   ardiam   de
felicidade sob os olhares indulgentes dos três homens intimidantes a cercando.
“Nós ouvimos muito sobre você. É bom finalmente conhecê­la. Não se preocupe. Eles
vão descobrir quem escreveu aquele bilhete. Rachel está te esperando na loja. Ela já tem tudo
o que você pediu pronto.”
Brenna apertou a mão da outra mulher, olhando para os homens a cercando, e se
perguntando se tinha ouvido corretamente. Nenhuma mulher teria  três  maridos. Sorrindo,

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ela olhou timidamente, o rosto queimando no pensamento do que estas pessoas pensariam
dela se soubessem o que estava usando, e não usando, por baixo do vestido.
“Eu aprecio muito isso, mas tenho que ser honesta. Não faço a menor ideia do que
você está falando. King mencionou Rachel, mas eu não sei quem ela é, ou por que estamos
indo vê­la.”
Erin riu e se recostou contra o homem de pé atrás dela com a familiaridade de uma
mulher segura nos braços de seu homem. Cobrindo as mãos que ele colocou protetoramente
sobre sua barriga com a dela, Erin se aconchegou mais perto dele.
“Rachel é minha irmã. Nós possuímos a loja de lingerie aqui em Desire. Royce e King
fizeram um pedido para você e já temos tudo pronto. Parabéns, a propósito. A maioria de
nós nunca pensou — ei!”
Jared esfregou o braço onde a tinha cutucado, o olhar se prolongado no colar em
volta do pescoço de Brenna.
“Eu vejo que ela está usando a coleira do clube. Isso é bom, especialmente até que
todos a conheçam. Vamos indo agora. Erin precisa de um cochilo.” Sorrindo para a esposa
flagrante, ele riu. “Ela fica um pouco razinza quando está cansada.”
Depois que eles se despediram e se afastaram Brenna ouviu Erin responder, sua voz
crescida em indignação.
“Ranzinza? Espere até chegarmos em casa e vou te mostrar  o ranzinza!”
Depois que os outros foram embora, Brenna olhou para King. “Você realmente disse
maridos? No plural?”
King assentiu enquanto viravam outra esquina. “Sim, os três são maridos de Erin.
Em Desire, há várias relações como esta, e espero que muito mais por vir.”
Até   se   encontrando   na   posição   de   se  apaixonar   por   Royce   e   King,   a  logística   de
casamento com mais de um homem a cambaleava.
“Você quer dizer, para sempre?”
King franziu o cenho. “É claro. Ela sabia a algum tempo que estava esperando, mas
não   disseram   a   ninguém   porque   Kelly   tinha   acabado   de   anunciar   que   estava   grávida,   e
depois de todos os seus abortos, eles não queriam roubar sua festa. Não foi até Erin desmaiar
na calçada que eles tiveram que contar a todo mundo.”

183
Balançando a cabeça, ele sorriu. “Desde então, eu não a vi sem um deles com ela. Ela
suavizou bastante desde que se casou com eles. Eles estão muito felizes juntos.”
“E   você   disse   que   um   monte   de   mulheres   em   Desire   se   casou   com   mais   de   um
homem?”  Isso  confundiu  sua mente.  O pensamento  de  Royce  e King  casados com outra
mulher criou um laço frio de ciúme em seu estômago.
Não   querendo   estragar   o   pouco   tempo   que   tinha   com   eles,   ela   empurrou
implacavelmente os pensamentos deles com outras mulheres de lado.
King deu de ombros. “Algumas, não muitas. Os números estão crescendo, porém.”
“Todo mundo sabe sobre mim, e a nota?”
“Claro. Desire é uma cidade  pequena, e todos nós somos muito próximos.” King
parou na calçada,  apontando  para uma  loja de  lingerie.  “Rachel tem  dois maridos, e ela
acabou de ter uma menininha. Espero que a pequena Theresa esteja lá.”
A mulher atrás do balcão se virou quando eles entraram, sorrindo de orelha a orelha.
“Oi, King. Você deve ser Brenna. É bom finalmente conhecê­la.”
Brenna sorriu, e sua atenção foi capturada pelo homem segurando um adorável bebê.
O homem, quase tão musculoso quanto King, fazia pequenos ruídos arrulhados para o bebê,
que estava todo vestido de rosa e babados.
Soltando Brenna, King se moveu rapidamente para o bebê, e caiu de joelhos na frente
dela. “Aí está ela. Oi, Rachel. Boone, como está esse anjinho hoje?”
Rachel suspirou. “Bom Deus, não deixe que ele comece. Minha filha tem os dois pais
amarrados firmemente em seu dedo mindinho, o que parece agradar aos três muito bem.” O
riso e amor em seu tom disse a Brenna que isso convinha a Rachel muito bem também.
A   outra   mulher   brilhava  de  felicidade,   uma  felicidade   que   Brenna   duvidava  que
muito poucas mulheres pudessem alcançar.
Erin   parecia   tê­la   encontrado,   assim   como   Jesse.   A   única   mulher   que   ela   tinha
conhecido na cidade até agora que parecia um pouco infeliz era Nat.
Rachel colocou duas sacolas em cima do balcão. “Tenho tudo pronto para você.”
King assentiu, sem desviar o olhar do bebê,  rindo  quando  ela agarrou seu  dedo.
“Obrigado. Há mais algumas coisas que quero olhar por mim mesmo.” Ele não parecia com
pressa, fazendo ruídos suaves na parte de trás da garganta; e aparentemente fascinado pela

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adorável menininha. Ele falou em voz baixa com o homem que a segurava, enquanto Rachel
os observava, o orgulho e amor aparentes no sorriso que ela compartilhou com o marido.
Inclinando­se   para   Brenna,   ela   manteve   a   voz   em   um   sussurro.   “Os   homens   de
Desire são um grupo sem igual, não é? Arrogantes como o inferno quando lhes convém, mas
um mingau por baixo.”
Brenna sorriu. “Obrigado, mas King e Royce —”
King se desvencilhou e levantou, pegando a mão de Brenna e a puxando atrás dele,
apontando para uma prateleira de camisolas de algodão. “Escolha algumas dessas.”
Sorrindo,   ele   encontrou   os   olhos   de   Rachel.   “Mingau?   Seus   maridos   deveriam   te
bater com mais frequência.”
Rachel riu com alegria, aparentemente despreocupada. “É isso que os dois vivem
dizendo.” Seu sorrido sumiu quando Theresa começou a chorar. Ela se apressou para a filha,
deixando Brenna sozinha com King.
Distraída pela visão da mão enorme de King escolhendo por pilhas de calcinha de
renda delicada, Brenna teve que passar a prateleira três vezes antes de finalmente se decidir
por duas camisolas.
Seu  rosto  queimou quando  King  tomou as camisolas, acenando  sua aprovação, e
levando­a de volta para o balcão. Cada passo deixando­a maluca, o puxão em seus mamilos e
clitóris e o movimento do plug a despertando mais a cada minuto.
Curvando­se perto de King, Brenna manteve a voz baixa, o rosto queimando. “King,
e se ele cair?”
Virando­se para ela, King sorriu. “Sua bunda é muito apertada para esse plug cair.”
Com uma risada baixa, ele colocou a mão na parte de trás de seu pescoço. De alguma
forma conseguindo mexer o colar exatamente do jeito certo para puxar os três clipes de uma
vez, e sorriu de novo quando ela engasgou. “Se está com medo de que ele caía; então você
deve manter essa bunda cerrada bem apertado.”
Empunhando   as   mãos   no   balcão,   ela   o   encarou,   involuntariamente   apertando   no
plug. “Às vezes, eu poderia te esmurrar.”
A sobrancelha de King subiu. “Sempre que quiser. Só lembre­se, eu revido, e com
algo um inferno de muito mais erótico do que um murro.”

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Para   seu   alívio,   do   outro   lado   do   cômodo,   Boone   se   levantou.   “Estou   levando
Theresa para seu cochilo. Bom te ver, King. Foi um prazer conhecê­la, Brenna.”
King acenou e deixou tudo sobre o balcão. “Envie a conta para o clube. Se Red aqui
quiser qualquer coisa, apenas nos envie a conta.”
“Farei.” Rachel preencheu um recibo e o colocou no registro antes de embrulhar tudo
em papel de seda e deslizá­lo em uma das sacolas.
“Foi um prazer conhecê­la, Brenna. Ouvi que você vai trabalhar para Jesse. Passe por
aqui em algum momento para podermos conversar.”
Consumida   pela   curiosidade,   Brenna   andou   ao   lado   de   King   enquanto   faziam   o
caminho de volta para o clube. A excitação constante já a havia deixado em um frenesi, algo
que ela suspeitava King sabia muito bem. “King, eu juro, eu vou gozar.”
“Quando chegamos em casa, você vai estar pronta para mais.”
“Já estou pronta para mais agora. Não posso mais aguentar. Por que você sempre
coloca algo na minha bunda, e não na minha boceta?”
King riu e passou um braço ao seu redor. “Eu gosto da sua boceta livre e disponível
para mim o tempo todo. Eu encho sua bunda porque deixa você dócil.”
“Dócil? Estou pronta para esmurrá­lo.”
King riu. “Vai piorar antes de melhorar. Você precisa aprender a funcionar enquanto
está excitada, porque vai ser um estado em que vamos mantê­la tão frequentemente quanto
possível.”
Ela   se   lembrou   de   algo   que   ele   havia   dito   antes.   “Você   nunca   me   disse   o   que
planejava fazer comigo quando voltarmos ao clube. Não, não me diga. Eu não vou suportar.
Merda. Diga. A expectativa vai me deixar louca.”
Com um sorriso provocador, King alcançou por baixo do vestido para bater de leve
em seu traseiro. “Você é uma pequena coisa mandona. Cabe a mim se vou te dizer ou não,
lembra?”
Brenna   bateu   em   seu   braço,   entrando   na   frente   para   se   aconchegar   contra   ele,
apertando   os   mamilos   contra   seu   peito.   Foi   tão   bom,   ela   fez   de   novo,   desejando   que   já
estivessem de volta no quarto e os dois nus. Olhando­o, ela sorriu e subiu na ponta dos pés
para tocar os lábios em seu queixo.

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“Não é justo. Você ia me dizer antes, mas fomos interrompidos. Posso ter um beijo?”
Para   seu   encanto,   King   sorriu   e   passou   o   braço   livre   em   volta   dela.   “Exigente,
também. Eu gosto disso em uma mulher.”
Achatando as mãos em seu peito, ela o olhou por entre os cílios. “Sabe? Isso não faz
sentido. Pensei que você queria que eu apenas me submetesse para tudo que você quisesse.”
Enfiando uma mão em seu cabelo, King inclinou seu rosto para trás e correu um
dedo em sua bochecha, os olhos afiando em seu gemido no puxão das correntes.
“A   rendição   mais   doce   é   a  de   uma  mulher   que   não   tem   intenção   de   dá­la,   uma
mulher que luta com isso a cada passo do caminho.”
Com ciúmes da mulher que ele estava pensando, Brenna se afastou dele, as lágrimas
queimando em seus olhos enquanto se apressava pela calçada para o clube.
Ele a pegou quase imediatamente,  soltando as sacolas na calçada para enrolar os
braços em volta dela por trás, o hálito quente contra seu ouvido.
“Onde você pensa que vai?”
Lutar contra seu domínio se provou inútil. Sem fôlego e piscando para conter as
lágrimas, ela se virou.
“Fui estúpida e fiz papel de boba de novo.”
Escovando os lábios em seu cabelo ele a embalou, o tom suave. “Por que acha isso?”
“Não importa. Eu só quero voltar para o clube e pegar minhas coisas.”
King beijou seu cabelo e a virou em seus braços.
“Por   que   você   quer   fazer   isso?”   Agarrando   seu   queixo,   ele   levantou   seu   rosto,
roçando os lábios nos dela. “Eu sei que ser despertada e não satisfeita a deixa irritada, mas se
você acha que vou deixá­la ir, você está louca.”
Brenna tentou se afastar, mas suas tentativas pareceram só diverti­lo, e só serviram
para inflamá­la ainda mais. Furiosa que ele risse dela, ela parou de se debater, não prestes a
lhe fornecer mais entretenimento.
“Solte­me, seu brutamontes. Seu filho da puta! Você me fez fazer papel de boba.
Bem, não vou fazer mais isso. Estou indo embora.”
King a abraçou, roçando seus lábios com os dele. “Eu não fiz você fazer isso. Você
está reagindo na raiva.” Ele tocou um dedo em seus lábios quando ela teria falado. “Pare com

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isso.” Ele bateu seus lábios quando ela tentou falar novamente, os olhos suaves. “Eu sei que
você não se vê do jeito que eu te vejo. Sua reação prova isso, mas você está muito zangada
agora para ouvir qualquer coisa que eu tenha a dizer.”
Brenna   tentou   se   afastar   novamente,   mas   só   conseguiu   se   esfregar   contra   ele,   as
correntes e o plug deixando­a louca e aumentando sua excitação cada vez que se movia.
“Eu posso ficar com raiva se eu quiser ficar com raiva. Olha, você não é o que eu
estava procurando. Nada disso é o que pensei que eu queria. Agora, eu só quero ir embora.”
King arqueou uma sobrancelha, a diversão brilhando em seus olhos a enfurecendo
ainda mais. “Oh? E para onde você estaria indo? Você admitiu não ter encontrado outro
emprego onde morava antes, então para o que estaria voltando? Você planejava ir para outro
lugar? Onde? Você já disse que gosta daqui, e tem um emprego. Você tem um lugar para
viver e já pediu para enviar o resto de suas coisas. Não, Red. Você não vai a lugar nenhum.”
Brenna sorriu presunçosamente e abriu a boca para usar sua palavra segura, mas
King tocou o dedo em seus lábios antes que ela pudesse pronunciá­la.
Erguendo­a até seus dedões dos pés, ele puxou o colar em seu pescoço, o puxão em
seus mamilos e clitóris quase a fazendo gozar.
“Você usa essa palavra segura, e acabou­se.”
Brenna apertou a boca fechada, alarmada que quase o tivesse feito na raiva. Ela quase
tinha cometido o maior erro de sua vida.
“Como você sabia que eu ia usá­la?”
“Eu sou seu Mestre. Meu trabalho  é conhecê­la melhor do que você conhece a si
mesma. Agora, comporte­se ou vou levá­la em um desses becos e lhe dar a surra que você
está praticamente me implorando.”
Atordoada no quão bem ele já viera a conhecê­la, Brenna lutou para se afastar, cada
movimento   dirigindo­a   mais   e   mais   perto   do   orgasmo.   Se   gozasse   agora,   ela   ficaria
mortificada, mas não sabia por quanto tempo mais conseguiria segurar sua liberação.
Ela nem sequer podia segurar boa parte de sua raiva, a fome dentro dela fazendo
quase impossível pensar em qualquer outra coisa.
Ele estava certo. Ela queria provocá­lo a fazer algo que acabaria com esse tormento.

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Seu clitóris queimava; o formigamento lá, tornando quase impossível ficar de pé,
cada puxão nele e em seus mamilos enviando pequenos chiados ao longo de seu abdômen.
Suas coxas estavam encharcadas com seus sucos, e ela continuava apertando no fodido plug
em sua bunda, fazendo­o se sentir ainda maior.
“Maldito seja! Eu não vou ceder a você mais. Não vou me submeter a uma fodida
coisa para você nunca mais. Você e seu amigo podem beijar minha bunda!”
Para   seu   choque,   King   riu.   Envolvendo   um   braço   em   sua   cintura,   ele   pegou   as
sacolas e se apressou pela calçada. “Aí está você. Eu fiquei me perguntando quanto tempo
mais você seria capaz de segurar.”
“Vá se foder.”
“Não, Red. Eu estou indo te foder, e você vai pagar por falar comigo desse jeito. Esta
é a mulher que eu vi no dia em que você veio ao clube. Você tem tentado agradar e gosta de
experimentar, mas não se soltou. Até agora, você tem apenas indo com os movimentos.”
O plug se movia implacavelmente em sua bunda a cada passo, a corrente puxando
seu clitóris e mamilos já sensibilizados a deixaram à beira do orgasmo. Apertando no plug,
ela lutou uma batalha perdida. O formigamento se tornou mais intenso, o calor se propagou,
até que ela não conseguia pensar em mais nada.
“King!”
Ele   a   pegou,   esfregando   suas   costas   enquanto   onda   após   onda   de   prazer   corria
através dela. “É isso aí, mel. Deixe­o levá­la. Você é apaixonada demais para ignorar esse
lado de si mesma. Enfrente­o, Red. Você precisa de nós tanto quanto nós precisamos de você.
Deste ponto em diante, você vai ver como é pertencer a Royce e a mim. Como é ser nossa
completamente, não apenas uma submissa, mas toda nossa.”
Segurando­o   para   suporte,   Brenna   lutou   para   falar   enquanto   as   ondas   brilhantes
lavavam sobre ela. Mal conseguindo ficar de pé, ela apreciou o braço duro ao redor de sua
cintura, e enterrou o rosto em seu peito para esconder de qualquer um que pudesse estar
observando­a.
Pasma que tivesse gozado em uma esquina, e durante uma discussão, ela gemeu em
sua garganta quando as ondas cresceram e rolaram através dela. Grata pelo apoio de King,

189
ela se debruçou nele, deixando­o tomar seu peso. Seu sussurro suave, muito parecido com os
sons que ele tinha feito com o bebê, lavou sobre ela, derretendo a última de suas defesas.
As palavras continuavam a tocar em sua cabeça, mas ela sabia que ele não queria
dizê­las da maneira que ela queria.
Ela queria o para sempre.
Uma vez que começou a se acalmar, ela levantou a cabeça cuidadosamente, para não
aplicar   pressão   nas   correntes,   e   olhou   para   King.   Surpresa   ao   encontrá­lo   olhando­a,   ela
enfrentou seu olhar buscador, tentando socar abaixo a emoção de realmente pertencer a ele e
a Royce. Certamente, ele não poderia ter implicado o permanentemente. Ela atingira fundo
alguma da raiva que dissolvera com seu orgasmo, então limpou a garganta.
“Aí estão vocês. King, eu preciso falar com você.”
Quando King a empurrou para trás de suas costas, Brenna sugou o ar no puxão em
seus mamilos e clitóris sensibilizados.
Soltando um suspiro, seu grande corpo relaxou contra o dela. “Inferno, Ace. Para
alguém tão grande, você certo como o inferno pode se esgueirar em cima das pessoas.”
Os olhos de Ace se estreitaram. “Vem a calhar. Nervoso, não é? Não posso dizer que
te culpo dadas as circunstâncias.”

* * * * *

King puxou Brenna de volta para seu lado, acariciando suas costas, em um esforço
para aliviar seu tremor.
Inferno, ele provavelmente tinha assustado a merda fora dela.
A mandíbula de Ace apertou; um olhar friamente furioso em seus olhos que King só
tinha visto um punhado de vezes em todos os anos que o conhecia. “Precisamos conversar.”
O nó em seu estômago se transformou em gelo. “Diga­me.”
Um músculo trabalhou na mandíbula de Ace. “A caligrafia e as impressões digitais
na nota são de Donner.”
King pôde sentir os músculos em seu corpo apertar um por um.

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“Onde   ele   está?”   Ele   não   se   incomodou   em   manter   a   raiva   de   sua   voz,   mas   a
suavizou quando Brenna endureceu ao seu lado. “Ele ainda está na prisão?”
Ace suspirou. “Sim. Estamos verificando  os visitantes e telefonemas. Eu informar
você e Royce do que aparecer. Pode ser qualquer um. Com todos os negócios que esta cidade
tem   feito,   temos   tido   muitos   visitantes   para   acompanhar.   Mal   posso   esperar   até   que
tenhamos um pouco mais de ajuda.”

* * * * *

Brenna sintonizou fora o resto da conversa dos homens, sua mente correndo. Ela
sabia   onde   Donner   estava   detido,   e   o   pensamento   de   confrontá­lo   a   atraía   mais   a   cada
minuto.
Quando   os   homens   terminaram   a   conversa   e   o   xerife   se   foi,   Brenna   já   tinha   se
decidido.
Ela sabia, porém, que para fugir, King e Royce não podiam suspeitar.
Eles caminharam em silêncio por alguns minutos, King segurando­a com firmeza e
rigidez ao seu lado.
“King, o que você disse antes, sobre pertencer a você e Royce, você quis dizer até o
leilão, não é?”
King não respondeu de imediato, encarando­a, os olhos se tornando duros mais uma
vez. Finalmente, ele assentiu uma vez e olhou para longe. 
“Sim. Até o leilão. Vamos. Preciso falar com Royce.”
Brenna queria voltar também. Ela tinha que enfrentar Donner, e tinha que descobrir
uma maneira de fugir de King e Royce para fazê­lo.
O silêncio de King no caminho de volta para o clube lhe permitiu pensar e chegar a
um plano.

191
Capítulo Onze
Puxando o roupão firmemente ao seu redor, Brenna compassou pelo quarto, mais
nervosa do que tinha estado desde o primeiro dia em que chegou.
King a trouxera direto para cá, e depois de despi­la e remover as correntes, plug e
colar, ele se foi, fechando a porta atrás dele. Além de lhe dizer para ficar quieta enquanto
cuidava dela, ele não lhe dissera uma palavra.
Ela ouviu vozes no quarto ao lado, e sabia que elas pertenciam a Royce e King, mas
não tinha sido capaz de distinguir mais do que algumas palavras.

192
Uma delas tinha sido seu nome.
Ela tinha tomado um banho quente e colocado o roupão, em um esforço de afastar o
frio que tinha penetrado nela desde que voltaram.
Esperando  que eles  entrassem pela porta, ela compassava, e se perguntava como
diabos ela poderia sair dali antes que qualquer um dos dois retornasse.
Respirando fundo, ela engoliu um soluço, um que nem sequer sabia que estava lá.
Claro, era difícil acreditar que Royce e King alguma vez fossem querê­la por mais do que
uma diversão temporária, mas a percepção de como devem ter rido da facilidade com que ela
tinha cedido a eles a fez querer chorar.
Passando a manga pelas bochechas, ela foi ao banheiro para pegar um pano frio.
Segurando­o contra o rosto, ela olhou no espelho e se endireitou.
“Você pode fazer isso. Apenas pegue suas roupas e dê o fora daqui. Eles vão ficar
com raiva e chutar sua bunda. Quem se importa? Você não precisa deles.”
Sua voz quebrou na última palavra. Inferno, ela não conseguia nem convencer a si
mesma. Estava com muito medo de que tinha encontrado exatamente o que precisava —
aquela qualidade indescritível que ela nunca tinha sido capaz de identificar.
Ela tinha encontrado isso com eles — aos montes.
Se pudesse encontrar uma maneira de segurá­los, ela seria a mulher mais feliz do
mundo.
A percepção  tinha batido  nela enquanto estava no chuveiro. De alguma maneira,
apesar de sua determinação de não, ela tinha se apaixonado por eles.
Realmente apaixonado.
E eles provavelmente nunca acreditariam nisso.
Furiosa com si mesma, ela foi para a porta, perguntando se seria capaz de arrombar a
fechadura.
Para seu assombro, a maçaneta girou.
King deve  ter  estado  tão chateado  quando  saiu que tinha esquecido  de trancar a
porta.

193
Sabendo que era agora ou nunca, Brenna correu e se vestiu com as roupas que eles
tinham deixado para ela usar no trabalho, agarrou a bolsa, e saiu pelo corredor, o coração
batendo quase fora do peito.
A  porta  para  o  próximo   cômodo, o  cômodo   que  eles   usavam como   escritório   no
andar de cima, estava aberta, lhe permitindo ouvir a conversa baixa.
Royce soou furioso.
“Se   alguma   vez   eu   colocar   minhas   mãos   em   Donner,   ele   vai   entender   a   palavra
tortura.”
King suspirou. “Sim, mas ele não é o único problema. Alguém entregou a nota, e eles
fizeram isso sem deixar impressões digitais no envelope. Vamos ter que vigiar Brenna até
descobrirmos quem foi, e nos certificar de que estamos entre ela e eles.”
Royce amaldiçoou. “Ninguém vai passar por nós para chegar a ela, especialmente
com todo mundo de olho nela do jeito que estão quando ela vai à cidade. Vamos mantê­la
trancada   e   distraída   tanto   quanto   possível.   Eu   gosto   de   distrair   Brenna.”   Ele   suspirou
fortemente. “Vou ficar muito feliz quando essa farsa toda acabar.”
Batendo uma mão na boca para cobrir seu arquejo, Brenna se dobrou, a facada em
seu coração mais dolorosa do que ela poderia ter imaginado.
Fechando o punho sobre as chaves do carro para impedi­las de fazer barulho, ela
ignorou a dor em sua mão e correu em direção às escadas, piscando contra as lágrimas.
A dor em seu coração superava a dor em sua mão.
Mais uma vez, ela tinha feito papel de boba.

* * * * *

 “Vou ficar feliz quando ela aceitar este estilo de vida e nós podermos finalmente lhe
dizer como sentimos.”
Royce se virou da janela. “Então, você acha que ela está lá agora planejando sair?”
Recostado na cadeira, com os pés no otomano, King se esticou e cruzou as mãos atrás
da cabeça. “É este o meu palpite. Quando fiz esse comentário sobre ganhar a submissão de

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uma mulher, ela ficou branca, depois vermelha, e então ficou furiosa e envergonhada ao
mesmo tempo. Ela não acha que é a mulher que eu descrevi. Você deveria ter visto o olhar
em seu rosto. Sim, ela está se apaixonando por nós.”
Royce mal podia conter seu próprio sorriso, achando difícil acreditar no impacto que
Brenna teve sobre ambos. Ele e King já tinham desistido de encontrar uma mulher que ambos
pudessem gostar. Era bem difícil para qualquer mulher assumir um homem tão dominante
quanto qualquer um deles, mas encontrar uma que os intrigava e fascinava parecia quase um
milagre.
Além disso, ela era malditamente adorável. Sexy. Doce e tão bonita que lhe tirava o
fôlego.
Se ela achava que ele e King estariam vendendo­a no próximo leilão, ela teria uma
grande surpresa.
Ele se preocupava com a nota, mas Donner estava atrás das grades e não poderia
chegar até ela.
Ele sabia que Ace faria de tudo em seu poder para descobrir quem o tinha pregado
na porta. Enquanto isso, ele e King a manteriam segura enquanto ela aprendia a aceitar que
precisava deste estilo de vida tanta quanto eles.
De volta da janela, ele se sentou em sua mesa e apontou na direção das sacolas que
King tinha deixado lá quando entrou poucos minutos atrás.
“Você conseguiu tudo?”
Sem abrir os olhos, King sacudiu a cabeça. “Não. Depois que ela gozou, ficou bem
chateada. Então Ace apareceu e ela ficou muito quieta. Eu só queria trazê­la para casa.”
Com um suspiro, ele se endireitou, batendo os pés no chão. “Quando eu lhe disse
que ela veria como era ser nossa, ela me perguntou se era até o leilão. Ela está malditamente
fixada nessa porra de leilão.”
Royce se recostou, esfregando o estômago onde um nó se formara. “Sim, ela está. Por
que apenas não a deixamos continuar acreditando nisso — ver se conseguimos sacudi­la?
Enquanto isso, nós faremos exatamente o que você disse e lhe damos um gostinho de como é
nos pertencer de verdade. Temos sido muito fáceis com isso até agora porque ela é nova
nisso e porque não tínhamos percebido o quanto nós dois nos apaixonaríamos por ela.”

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King sorriu. “Você deveria ter visto seu rosto quando eu disse o quanto o desafio de
fazer uma mulher se submeter, especialmente quando ela não quer, nos excitava. Ela acha
que tem cedido muito facilmente e está envergonhada disso. Ela não percebe que nunca teve
nenhuma chance, e eu sei que ela não percebe o quanto tem lutado desde o início. Ela luta
contra seu próprio desejo de ceder, mas não luta contra nós. Por que diabos nós íamos querer
uma mulher que não nos quer tanto quanto nós a queremos? Você acha que ela já considerou
isso?”
Royce sorriu, seu corpo apertado no desafio pela frente. “Sua raiva e embaraço vão
forçá­la a resistir; e ela vai ver por si mesma o quanto precisa se submeter. Ela vai lutar
contra isso, mas seu corpo não vai deixar. Não parece que ela já tenha confiado em outro
homem o suficiente para desistir do controle. Ela tem que aprender a confiar em nós, mas
com   uma   mulher   como   Brenna,   isso   não   será   fácil.   Ela   tem   que   aprender   a   confiar   que
queremos dizer o que dizemos. Será uma dura lição, mas ela terá que aceitar isso antes de
seguirmos em frente.”
Ele respirou fundo e soltou o ar devagar, mais nervoso e cheio de expectativa do que
tinha estado em muito tempo. “Tenho a sensação de que, uma vez que perceba o quanto
precisa se submeter, ela realmente vai abraçá­lo. E quando acontecer, ela será ainda mais
magnífica do que é agora. Temo que nos tornemos impotentes para resistir a ela.”
Balançando a cabeça sobriamente, King ficou de pé. “Sim, se pudermos fazê­lo. Você
percebe que só temos cerca de três semanas para nos certificar disso, de não só ela abraçar
este estilo de vida, mas também de se apaixonar pela gente?”
A onda de excitação teve Royce se levantando e se dirigindo para a porta. “É melhor
não desperdiçarmos nem um minuto, então.”
Três minutos depois, Royce segurava seu roupão, o coração disparado em terror.
“Filha da puta! Onde diabos ela está?”

* * * * *

196
Brenna   se   sentou   em   frente   na   cadeira   de   plástico   duro,   encontrando   o   sorriso
maligno de Eugene Donner, com um sorriso frio seu próprio.
“Eu não sei o que diabos você pensou que estava tentando fazer quando escreveu
aquela nota, mas se foi para me assustar, você não teve muito sucesso.”
Donner riu, com um som frio que enviou um arrepio por sua espinha.
“Eu não estou admitindo ter escrito qualquer nota que você está falando, mas se não
estivesse com medo, você não estaria aqui agora.”
Não se incomodando em esconder sua repulsa, Brenna apertou a mão no telefone
que estava usando para falar com ele.
“Eu não estou com medo. Estou divertida com seus joguinhos. Você realmente é tão
ruim para uma mulher que não consegue uma sem forçá­la? Você é realmente patético.”
Seu  rosto endureceu  em um instante, os olhos ficando  meio  selvagens, quando o
perseguidor que ela tinha enfrentado por meses reapareceu. “Patético? Não tente me dizer
que você não quer o tipo de homem que assume o comando. Eu soube que já arranjou um
lugar para você no clube.”
“Sério? E como você soube disso?”
Donner sorriu. “Um passarinho me contou. Royce e King estão tomando o que você
não me deu?”
“Eles não tomam! Eu dou; algo que você é estúpido demais para entender.”
Percebendo a verdade em suas palavras, ela estalou a boca fechada.
Apesar das coisas que eles tinham feito para ela, Royce e King nunca tinham tomado
qualquer coisa que ela não quisesse dar livremente.
Exceto seu coração.
Eles tinham roubado pedaços dele em pequenas quantidades, e ela não tinha ideia de
como pará­los.
Donner bateu a mão na mesa na frente dele, sacudindo­a de volta para o presente.
“Não consegue parar de sonhar com eles, não é? Eu já te disse que se eu não pudesse
tê­la, eu certo como inferno não ia deixar ninguém mais ter. Especialmente eles.”
Brenna   sorriu.   “Eu   tenho   notícias   para   você,   idiota.   Com   quem   eu   decido   me
enroscar não é da sua conta.”

197
Em Royce e King, a arrogância era, por vezes, irritante, às vezes sexy como o inferno,
mas nunca a fez querer vomitar da maneira como em Donner fazia agora.
“Você está preso, e pelo que ouvi, vai ficar aqui por um longo tempo, então, não há
nada que você possa fazer sobre isso.”
O rosto de Donner limpou, com um sorriso mais uma vez frio e calculista. “Você vai
ver o quanto está errada sobre isso.” Ele desligou o telefone e ficou de pé. “Guarda!”
Brenna esperou até que saísse antes de desligar o telefone e se levantar.
“Agora, idiota, talvez nós vamos descobrir quem está fazendo seu trabalho sujo.”

* * * * *

Quando Brenna voltou para Desire, seu estômago roncava, e ela se sentia mais como
si mesma do que em dias.
Ela entrou em um espaço do estacionamento em frente à lanchonete, a boca regando
por um cheeseburger.
Depois ela voltaria ao clube e terminaria o mês com Royce e King, mas faria da sua
maneira.
Ela saiu do pequeno carro que finalmente tinha conseguido pagar e bateu a porta
atrás dela.
Malditos sejam por fazê­la se importar com eles!
Tinha sido uma tola por ser tão levada por seu ato que realmente tinha começado a
pensar que eles se importavam com ela.
Até onde ela estava preocupada, a farsa tinha acabado.
Ela abriu a porta da lanchonete, encolhendo­se no tilintar alto dos sinos de alerta
contra o vidro.
“É ela?”
A voz veio de algum lugar  à sua direita, mas ela não conseguia decidir de quem
tinha vindo.

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Ela parou quando todos os olhos na lanchonete se viraram em sua direção. Antes que
pudesse reagir, o xerife se levantou de uma das cabines do outro lado.
“É ela.” Ele veio rápido em sua direção, as pernas longas fechando a distância entre
eles antes que ela pudesse se virar e sair.
“Não tão rápido.”
Ele fechou a mão em seu braço e a levou para fora e em um dos pequenos bancos,
apontando para que ela se sentasse.
“Ei! Solte­me. Estou com fome.”
Seus olhos procuraram os dela. “Você está bem?”
Seu  tom conseguiu  ser gentil e cheio  de  aço, um feito  que  os homens em Desire
pareciam ter aperfeiçoado.
“Eu estou bem, Xerife. Só quero meu cheeseburger. O que diabo está acontecendo?
Por que você me agarrou desse jeito?”
“A cidade inteira está te procurando.”
A sensação de urgência em torno dele teve­a caindo para o banco sem lutar, seu
alarme crescente quando ele ficou de pé acima dela e fez uma chamada.
“Royce, é Ace. Tenho Brenna. Estamos na frente da lanchonete. Sim, ela está bem.”
Ele desligou e fez outra chamada. “Eu a tenho. Cancele a busca. Sim, ela está bem.”
Ele desligou e colocou o telefone de volta no bolso.
“Royce   e   King   estão   a   caminho.   Seu   desaparecimento   causou   um   monte   de
problemas na minha cidade.”
Brenna suspirou. “Sinto muito. Não havia nenhuma razão para isso.”
“Eu concordo.”
Brenna soltou um suspiro, cruzando os braços sobre o peito. “O que diabos isso quer
dizer? Eu sou uma mulher adulta. Posso ir e vir como me agradar. Agora, mova­se para que
eu possa pegar o meu cheeseburger.” Ela começou a se levantar, mas ele não se moveu nem
um pouco, encurralando­a de volta em seu lugar.
“Você tenta se levantar desse banco de novo, e eu vou algemá­la a ele.”
Brenna engasgou. “Você não ousaria! Eu quero que você saiba —”

199
“Eu passei o dia inteiro vendo dois dos meus melhores amigos sendo rasgados ao
meio por sua causa. Eu ousaria muito em relação a você agora.”
Ela já estava nervosa sobre ver Royce e King de novo, mas ouvir que eles estavam
chateados só fez isso ainda pior.
“O que você disse?”
“Você me ouviu.” Ele tomou o assento ao seu lado, os olhos desafiando­a a fugir dali.
“Eu conheço Royce e King há muito tempo, e nunca os vi tão frenéticos quanto estavam
desde que descobriram que você tinha sumido.”
Olhando para frente, Brenna fez uma careta. “Depois que saí, eu percebi que deveria
ter deixado um bilhete.”
Ace balançou a cabeça. “Eu não acredito que um bilhete os teria acalmado muito,
mas teria ajudado. Eles pensaram que você tinha sido sequestrada. E passaram o dia inteiro
virando esta cidade de cabeça para baixo, procurando por você. Eu nunca tinha visto aquele
olhar de medo em seus olhos antes. E espero nunca vê­lo novamente.”
“Brenna!”
Ela nem sequer teve a chance de se virar antes de King erguê­la do banco e puxá­la
contra ele.
A mão se moveu sobre suas costas, o fôlego quente contra seu pescoço.
“Graças a Deus que você está bem!”
Agarrando seus braços, ele a empurrou longe dele, os olhos duros e frios. “Onde
diabos você esteve?”
Seu temperamento alimentou o dela. “Olha, eu tinha algo para fazer — algo para
cuidar. Eu só ia pegar um hambúrguer e estava voltando para o clube.”
King soltou um suspiro. “Então você estava voltando?”
Erguendo o queixo, ela assentiu. “É claro. Nós temos um acordo.”
O xerife avançou. “Você vai lhes dizer onde estava, ou eu devo?”
Brenna chicoteou a cabeça ao redor, e para cima. “Você sabe onde eu estava?”
Ele   arqueou   uma   sobrancelha,   os   olhos   duros.   “Este   não   é   exatamente   o   meu
primeiro dia de trabalho.” Ele falou para Royce e King, mas os olhos permaneceram nela.
“Eu pedi  ao diretor da prisão onde Donner está sendo mantido para me informar se ele

200
tivesse alguma visita. Ele teve uma esta tarde — Brenna Nelson. Ele me ligou logo antes que
ela entrasse pela porta.”
Royce assentiu. “Eu deveria ter imaginado.”
King a soltou, apertando os lábios. “Eu nem pensei nisso. Estúpido. Obrigado, Ace.”
Ace assentiu uma vez. “Sua mulher quer um cheeseburger.” Ele se virou, dando dois
passos antes de voltar. “Você provocou Donner, não é?”
Desconfortavelmente   ciente  da  tensão   vindo   de  Royce   e  King,  Brenna  forçou  um
sorriso.
“Você pode pensar em uma maneira melhor de pegar quem está fazendo isso? Eu
passei  muito  tempo  lidando  com Donner,  Xerife.  Não vou passar o resto  da minha vida
olhando por cima do meu ombro.”
Inclinando a cabeça, ele sorriu de leve. “Eu teria feito a mesma coisa.”
King gemeu. “Cristo, Ace, não a encoraje.”
Ace sorriu disso. “Não há nenhuma dúvida em minha mente de que você e Royce
vão desencorajar quaisquer outros incidentes.”
Os olhos de Royce brilharam perigosamente. “Isso nós vamos. Obrigada, Ace.”
Quando Ace voltou para a lanchonete, Royce se aproximou de Brenna, capturando
seu queixo e inclinando seu rosto para ele.
“Nós   definitivamente   vamos lidar   com  isso   de  volta  no   clube.  Vou pegar   alguns
hambúrgueres e podemos discutir enquanto comemos.”

* * * * *

Eles comeram seus hambúrgueres no parque com Royce e King compassando de um
lado para o outro na frente dela enquanto ela contava sobre sua viagem à prisão.
Royce terminou seu hambúrguer e enrolou o papel.
“Então   ele   sabe   sobre   nós?   Bom.   Mas   eu   não   gostei   do   fato   de   que   você
intencionalmente o irritou.”

201
Brenna tinha acabado de dar uma mordida em seu hambúrguer e teve que engolir
antes de falar.
“De   que   outra   forma   nós   vamos   descobrir   quem   pregou   aquela   nota   em   minha
porta? Nada mais aconteceu, e eu serei maldita se vou passar o resto da minha vida olhando
por cima do meu ombro. Donner já fez o suficiente para destruir minha vida, e eu não vou
deixá­lo me aterrorizar mais.”
King se virou, com os olhos brilhando. “Nós deveríamos ter ido com você.”
Brenna sorriu em sua arrogância. “Eu não precisava que vocês viessem comigo. Eu
cuido de mim mesma há muito tempo.”
King sacudiu a cabeça. “Isso foi antes. Você é nossa agora, Brenna, e eu tenho um
contrato assinado para provar isso.”
Sem fome mais, Brenna reembalou o que restava de seu cheeseburger e o colocou na
sacola.
“Até o leilão, eu sou sua para sexo. Este era um assunto privado que —”
Royce avançou, segurou seus braços e a ergueu até a ponta dos pés.
“Nós cuidamos de você. O que diabos você não entendeu sobre nós querermos saber
de seu paradeiro em todos os momentos?”
Brenna rangeu os dentes. “Eu tinha algo para fazer.”
Cruzando os braços sobre o peito, King balançou a cabeça. “Você desobedeceu às
regras e se colocou em perigo. Tenho certeza que você, uma mulher crescida, percebe que há
consequências a serem pagas por suas ações.”
Nenhuma quantidade de raciocínio com eles os dissuadiam.
Nenhuma quantidade de luta parecia importar.
Antes que percebesse, ela foi empurrada de volta ao clube, despida, e trancada no
quarto,   com   ordens   para   se   comportar   enquanto   eles   falavam   Ace   e   faziam   alguns
preparativos.
Sentada na cama, ela cruzou uma perna sobre a outra, ficando mais nervosa a cada
minuto.

202
* * * * *

Quase meia hora depois, Brenna congelou ao som de uma chave na porta, dando
involuntariamente   vários   passos   atrás   quando   ela   se   abriu.   Estar   sozinha  tinha   lhe   dado
tempo para pensar, e se preparar para sua raiva.
Royce entrou primeiro.
Vestindo todo de preto, com o cabelo amarrado para trás, ele parecia mais atraente e
perigoso do que nunca. Sua expressão não dizia nada, seus belos traços educados com um
olhar que poderia ter sido raiva, diversão, frustração, ou uma combinação dos três.
O frio calculado em seus olhos, porém, não poderia ser confundido.
Seu estômago apertou, mas ela manteve a expressão suave, não querendo que eles
vissem seu medo — ou sua excitação.
Ela não entendia como eles podiam excitá­la simplesmente por entrar no quarto.
“Eu soube que você foi à loja de lingerie na cidade. Encontrou algumas coisas boas?”
Brenna   piscou   na   pergunta   inesperada   de   Royce,   olhando   para   King   quando   ele
entrou no quarto carregando as duas sacolas da viagem de compras, e fechou a porta atrás
dele.
Ela   não   sabia   o   que   eles   estavam   tramando,   mas   se   eles   achavam   a   iam   pegá­la
desprevenida, eles logo descobririam que não seria assim.
“Eu… Huh… Acho que sim. Eu realmente não vi nada, exceto as duas camisolas de
algodão que King me pediu para escolher.”
Royce assentiu uma vez e entrou mais no quarto, indo em direção à mesa onde King
tinha acabado de colocar as sacolas, e começou a retirar os itens. “Bom.”
Brenna encontrou o olhar firme de King quando ele tirou os sapatos e se acomodou
na cama, o sorriso desafiando­a a contar a Royce sobre sua viagem  à cidade. Erguendo o
queixo, ela se voltou para Royce, com as bochechas queimando quando seu embaraço voltou
com força total.
Irritada, ela o viu colocar suas roupas longe, decidindo lidar com o assunto de frente.
“Você não vai mencionar nada sobre eu ter um orgasmo ali mesmo na rua?”

203
Royce terminou de empilhar um número assombroso de calcinhas, uma de cada cor
que ela podia imaginar, e se virou para dar um beijo em seu queixo levantado.
Alcançando   uma   mão   dentro   de   seu   roupão,   ele   segurou   um   seio,   acariciando   o
mamilo com o polegar. “Você age como se isso fosse algo assombroso, querida. King e eu
podemos fazê­la gozar sempre e onde quisermos.”
Brenna se inclinou em sua carícia sem querer, seus sentidos subindo. A sensação das
mãos em seu corpo provando muito atraente para ela sequer pensar em resistir. “Às vezes
você é arrogante demais para seu próprio bem. Agora eu suponho que você vai me bater e
me foder.”
Royce sorriu. “É isso que você acha que é tudo isso?” Ele rolou seu mamilo entre o
polegar e indicador, curvando­se para roçar os lábios nos dela. “O sexo é uma grande parte
disso, mas não é tudo — algo que você vai aprender com o tempo. Não posso manter minhas
mãos longe de você e não vejo nenhuma razão para tentar.”
Em pânico que mais uma vez perdia o controle tão rapidamente, ela tentou se afastar;
incapaz de esquecer que tudo isso era uma farsa para eles. “Royce, eu não vou ficar.”
“É claro que você vai.” Ele a soltou e foi para a cômoda, colocando a pilha na gaveta
antes de voltar para a sacola.
Perdida em seu toque, ela puxou o roupão bem fechado e o amarrou. “Então isso vai
ter que ser apenas para o sexo.”
Voltando­se da cômoda onde tinha acabado de colocar outra pilha de alguma coisa,
ele encontrou seu olhar novamente. “Não. King me contou o que aconteceu na cidade. Você,
obviamente, acha que se submeteu muito facilmente, mas isso não consegue tirá­la de seu
contrato. Nós dominamos. Você se submete. É assim que é, Brenna.”
King puxou as cobertas e bateu de leve na cama ao lado dele. “Tira o roupão e venha
cá.”
Brenna mal resistiu ao desejo de bater o pé. “Droga. Vocês não ouvem nada do que
eu digo.”
King sorriu. “Eu ouço cada palavra que sai de sua boca, boneca. E você nos ouve?”
Ela não confiou seu tom enganosamente casual. “É claro.”

204
King   inclinou   a   cabeça.   “Então   você   sabe   que   quebrou   várias   das   regras   que
explicamos a você. Você desapareceu sem nos dizer aonde ia e se colocou em perigo.”
Royce colocou a última das roupas longe e voltou para ela, segurando seus braços
para erguê­la até a ponta dos pés, de novo.
“Então você sabe que há consequências para seus atos.”
Ela ergueu o queixo, os mamilos já formigando. “Eu voltei, não foi? E não tenho
medo de você.”
Não prestes a lhes mostrar o quão vulnerável se sentia, Brenna resistiu ao impulso
irresistível de se cobrir.
King jogou a cabeça para trás e riu; uma gargalhada profunda que a fez se sentir
ainda mais tola.
“Boa tentativa, Red. Você certamente está com medo e você sabe disso.”
Circulando­a, ele veio por trás dela. Com lentidão deliberada, ele alcançou ao seu
redor e cobriu seus seios com as palmas, rindo contra seu ouvido quando ela arqueou mais
plenamente em suas mãos.
“Mas você confia em nós para te dar o que você precisa.” Com o mais leve toque, ele
roçou   seus   mamilos   tenros   com   as   palmas   ásperas.   “Você   quer   que   a   gente   te   toque,   te
acaricie, e dê a este corpo a atenção que ele merece.”
De  pé à  sua  frente,  Royce  ergueu  seu  queixo. “Você  gosta da atenção  que  nós  te
damos. Você precisa disso tanto quanto você precisa do gosto do chicote, e da sensação de se
deitar impotente e vulnerável sobre nossos colos, enquanto aquecemos essa bunda incrível.”
Brenna   se   afundou   mais   fortemente   contra   King   a   cada   palavra,   seu   corpo
reconhecendo seus Mestres. Ela engoliu fortemente, a garganta seca. “Eu não gosto de s–ser
tratada c–como uma criança.”
Royce correu o polegar sobre seu lábio inferior, os olhos chamejando quando ela os
separou e tocou a língua no dedo.
“Você   não   é   tratada   como   uma   criança   e   sabe   disso.   Você   é   uma   mulher   com
necessidades que queremos explorar, necessidades que King e eu queremos satisfazer. Há
uma fome dentro de você que foi apenas parcialmente despertada, e você está morrendo de

205
medo de ver o nível de submissão que realmente é capaz de chegar. Você não vai poder
satisfazer essa fome completamente até que saiba a verdade sobre si mesma.”
King correu a mão por seu traseiro, segurando as nádegas e apertando­as até que seu
buraco traseiro picou, enviando uma nova onda de umidade para cobrir o interior de suas
coxas.
“Você acha que não sabemos o quanto você gosta da atenção em sua bunda? Você faz
alguma ideia do quanto nós gostamos de brincar com você lá? Enchê­la?”
Royce tocou seu clitóris, os olhos chamejando em seu suspiro.
“Eu sabia que você era forte o suficiente. Como você disse — você voltou.”
King caiu sobre a cama novamente. “Então, você pode ser forte o suficiente  para
aceitar o castigo que sabe que está vindo para você, ou você pode usar sua palavra segura e
sair por aquela porta para sempre. Sua escolha.”
“E no leilão? Eu poderia usar minha palavra segura então?”
Royce levantou seu queixo com um dedo firme. “É isso que você pretende fazer?”
Brenna deu de ombros. “Não da sua conta, é?”
Os olhos de Royce endureceram. “É definitivamente da minha conta, desde que você
já foi prometida no leilão. Você já assinou o contrato.”
O pensamento de ser vendida pelo maior lance encheu Brenna de horror. Ela não
podia imaginar ninguém mais além de Royce ou King a tocando agora.
King se sentou. “Qual é o problema, Red? Você está amarelando agora? Eu sabia que
você era uma dessas que só queria mergulhar os dedos. Você está muito assustada do quanto
gosta disso para se comprometer com alguém. Você quer pular de Mestre para Mestre, jogar
com isso, ao invés de se tornar parte desse estilo de vida que está claramente destinada.”
Ele sorriu, com os olhos cheios de desafio.
“Você   não   tem   a   coragem   para   ir   toda   a   distância.   Inferno,   se   um   mês   é   tempo
demais para você, você nunca sobreviveria. É isso, Red? Você não é corajosa o suficiente para
ir em frente? Eu sabia que aquela mulher cuspindo fogo na minha porta tinha que ser uma
ilusão. Eu pensei que você tinha coragem, mas você só quer o caminho mais fácil.”
Brenna se virou. “Você não faz a menor ideia do que está falando, seu idiota!”

206
King riu. “Claro que eu faço. Você não tem coragem de ir atrás do que você quer.
Você é muito tímida e vergonhosa para ser uma verdadeira sub, então você quer brincar
disso sempre  que sua calcinha molhar. Estamos dispostos a jogar por algum tempo, mas
todos nós sabemos que você nunca poderia ser o tipo de sub que conseguiria manter um
Mestre interessado por muito tempo.”
“Foda­se!” Grata que sua raiva mascarou a facada em seu coração, ela partiu para o
ataque. “Espere até eu chegar a esse leilão. Os homens vão subir uns nos outros para chegar
até mim. Eu vou ser a melhor lá.”
King deu de ombros. “Vamos ver. Você não pode nem seguir as instruções.”
Brenna sorriu sarcasticamente. “Posso seguir as instruções quando me apetece. Eu
não me sinto assim. Não quero jogar seus joguinhos agora. Saia.”
Royce a agarrou para ele por trás, antes que ela pudesse evitá­lo. “Há um conceito
que eu não acho que você está chegando aqui, Brenna. King e eu não estamos jogando.”
Antes que percebesse, ela se encontrou de bruços sobre o colo de Royce. Em pânico,
ela lutou para se libertar, gritando em cada bofetão afiado que aterrissava.
“Seu filho da puta! Solte­me. Bastardo.”
Nenhum   homem   jamais   tinha   lidado   com   ela   com   tal   facilidade   antes,   com   tal
confiança.   Nenhum   homem   que   conhecera   jamais   a   fizera   se   sentir   tão   segura,   ou   tão
desejada.
Ela   precisava   disso   tanto   quanto   precisava   de   ar,   e   o   conhecimento   foi  difícil   de
aceitar.
King riu e a cama se moveu quando ele se levantou. “Vou pegar um plug.”
Ela viu seus pés descalços quando ele passou, mas não conseguia ver mais nada.
“Não! Você não vai enfiar um plug em mim. Toda vez que eu me viro, você está enfiando
algo em minha bunda!”
Royce entregou outro bofetão. “Parece ser a maneira mais rápida para conseguir sua
atenção.”
Seu   traseiro   cerrou   no   pensamento,   e   para   sua   consternação,   sua   boceta   cerrou
também, seus  sucos fluindo  e cobrindo  suas coxas. Envergonhada de deixar  Royce ver a
reação de seu corpo à sua surra, ela lutou ainda mais.

207
Os dois saberiam exatamente o quanto ela amava isso — a humilhação suprema.
“Solte­me, maldito seja! Apenas me fode e acabe com isso.”
Royce correu a mão por sua bunda. “Você sabe melhor que isso, querida.”
Sua   bunda   queimava;   o   calor   da   surra   se   espalhando,   mas   era   a   sensação   de
impotência contra isso o que realmente a excitava.
Ele batia em cada centímetro quadrado de seu bumbum, nunca atingindo o mesmo
lugar duas vezes. E espancou o lugar delicado entre suas coxas e traseiro, fazendo seu clitóris
inchar e sua boceta e bunda formigar.
Nenhuma   quantidade   de   luta   ou   balanço   conseguiu   fazê­lo   parar,   e   ela   não
conseguia se libertar. Estar curvada assim sobre seu colo a excitava mais do que ela queria
admitir.
Quando   os   pés   de   King   voltaram   para   sua   linha   de   visão,   ela   lutou   mais,
apavorando­se novamente quando Royce agarrou seus pulsos e os prendeu na parte baixa de
suas costas. “Não. Não se atreva a colocar nada em minha — uf!”
Ela não pôde terminar o resto quando King forçou algo em sua boca, firmando­o em
volta de sua cabeça para mantê­lo no lugar.
Ela sabia o que esperar, sabia que não podia parar isso.
O que provava que eles sabiam o que ela precisava, desejava; mais do que ela.
Royce correu uma mão em sua bunda, espalhando o calor. “Assim é melhor. Como
eu estava dizendo, King e eu não estamos jogando. Você nos pertence pelo resto do mês, e
depois, será colocada em leilão. Você pode resistir o tanto que quiser, mas você vai ficar e vai
aprender a se comportar. Você precisa ser domesticada, gata selvagem.”
Mordendo a bola de borracha na boca, Brenna o amaldiçoou; frustrada que nada
além de sons furiosos saíram. Se eles achavam que ela ia simplesmente ficar lá e deixá­los
fazer o que quisessem com ela, enquanto planejavam se livrar dela quando terminassem,
ambos estavam redondamente enganados. Ela renderia seu corpo, mas não sua vontade.
Quando o mês acabasse, eles estariam lhe implorando para ficar.
King se curvou perto de sua cabeça, seus olhos escuros e cheios de antecipação a
sacudiu.
“Você sabe qual é o seu problema, Red?”

208
Brenna lutou ainda mais, desejando poder socar aquele olhar presunçoso fora de seu
rosto.
King correu a mão por seu cabelo, levantando a outra mão para mostrar o plug que
segurava, e que já estava coberto de lubrificante. “Você nunca encontrou um homem que
pudesse lidar com toda essa paixão antes, então você cede, tentando se convencer que ele te
dominou. Você fantasia sobre isso enquanto ele te toma? Você fantasia que não teve escolha e
que ele te faz fazer coisas que você não quer fazer?”
Royce bateu em sua bunda de novo. “Você fantasiou sobre isso com a gente? Fingiu
que não tinha escolha? Bem, querida, é realidade agora, algo que você ainda não entendeu
realmente. Você não tem escolha. Nós vamos ter o que queremos de você e fazê­la fazer
coisas que você nem sempre quer fazer. Não há mais escolhas.”
King ficou de pé. “Abra essa bunda para mim.”
Surpresa ao descobrir que seus pulsos tinham sido amarrados com o cinto do roupão
enquanto ouvia King, Brenna lutou mais quando Royce agarrou uma nádega em cada mão e
as espalhou largas.
Esperando o plug, ela tentou cerrar o bumbum bem apertado. A picada afiada de um
chicote batendo em sua abertura enrugada a chocou tanto que ela se aquietou, e lágrimas
arderam em seus olhos na dor. Levou apenas alguns segundos para que a dor diminuísse, e
um formigamento afiado, quase demasiadamente afiado, começasse a se espalhar ao redor
de   seu   buraco   traseiro.   Tornando   ainda   pior   quando   Royce   o   segurou   aberto,   o   calor
escaldante cercando sua abertura proibida a teve cerrando a bunda e chutando os pés em um
esforço para escapar da sensação esmagadora.
Antes   que   ela   pudesse   lutar   contra   isso,   o   plug   duro   foi   implacavelmente
pressionado em sua abertura, a borracha fria um contraste nítido com o calor que já estava lá.
Mal capaz de acreditar em sua imaginação e no quanto se deliciava com tudo que
eles   faziam,   ela   tragou   pelo   ar,   lutando   para   superar   a   corrida   de   prazer   incrível   que   a
atravessou.
Ela não podia lutar contra eles. Não podia parar o plug de ir dentro dela. Não tinha
como se defender do orgasmo que ameaçava tomar conta dela.

209
King empurrou o plug nela, forçando sua bunda a esticar para aceitá­lo. A sensação
de saciedade incrível e a extrema sensação de vulnerabilidade em ter seu lugar mais privado
invadido   e   preenchido   a   seu   bem   prazer   lhe   enviando   ao   longo   de   uma   onda   de   calor
diferente de qualquer orgasmo que ela já experimentara.
O domínio de Royce a impedia de resistir, forçando­a a permanecer quieta enquanto
a onda intensa de calor lavava sobre ela.
“É isso  aí. Goza. Podemos lidar com você, Brenna. Podemos lidar com toda essa
paixão dentro de você. Temos pisado em ovos com você, mas isso foi, obviamente, um erro.”
Brenna desabou. Se eles tinham pisado em ovos com ela até agora, ela nem sequer
podia imaginar o que lhe estava reservado para o futuro.
Quando   Royce   desamarrou   suas   mãos,   ela   automaticamente   tentou   alcançar   o
pedaço de borracha em sua boca, só para ter King pegando suas mãos, erguendo­as acima de
sua cabeça e reatando­as na cabeceira da cama quando Royce a deitou de costas.
King se curvou e tomou um mamilo entre os dentes, correndo a mão pelo centro de
seu corpo até sua boceta.
A dor afiada em seu mamilo enviou um choque de calor para sua boceta, forçando­a
a reprimir o dedo de King enfiado dentro dela.
Ele  se  inclinou,  retirando   o  dedo.  “Considere  essa  trela  invisível  em   seu   pescoço
puxada, Red.”
Os olhos dela se arregalaram em sua audácia. Lutando para puxar os pulsos livres,
ela o chutou quando ele empurrou suas coxas abertas e abriu um espaço para si mesmo entre
elas.
Baixando as calças até os joelhos, ele ficou olhando para sua boceta enquanto rolava
um preservativo.
Royce beliscou um mamilo com uma mão, enquanto os dedos da outra cobriam seu
clitóris e começavam a se mover.
Brenna lutou com tudo que tinha, amaldiçoando­os em torno da mordaça, mas nada
que pudesse dizer ou fazer poderia pará­los.
Olhando nos olhos de Royce quando o próximo orgasmo a atingiu, ela viu o flash de
calor e possessividade tão intensas neles que lhe roubou o fôlego. Nesse momento, mais do

210
que em qualquer outro desde que tinha chegado aqui, ela lhe pertencia. O conhecimento
brilhava em seus olhos, e podia ser sentido em seu toque.
Quando ele lhe sorriu, ela teria feito qualquer coisa que ele pedisse, sido qualquer
coisa que ele quisesse que ela fosse.
“Ela está aí. Essa mulher que sabe do que ela precisa.”
King   gemeu,   erguendo   suas   coxas   altas   e   espalhando­as   bem   abertas   antes   de
mergulhar nela.
“Se   fosse   do   meu   jeito,   você   ia   passar   o   resto   da   vida   nesta   posição.   Sim,   Red,
continue   espremendo   meu   pau.   Bom   e   apertado,   especialmente   com   esse   plug   em   sua
bunda.”
Royce tomou seus mamilos entre os polegares e indicadores, puxando­os para longe
de seu corpo e os segurando lá enquanto cada estocada do pênis de King dentro dela os
movia e fazia o puxão mais forte.
Cada impulso deslocando o plug em sua bunda, fazendo parecer como se o grande
pênis de King a enchia em ambas as aberturas. As mãos fortes segurando seus quadris para
firmá­la para suas punhaladas, fazendo­a se sentir pequena e ainda mais impotente.
Sua bunda queimava, com o calor intenso da surra e do golpe do chicote ainda forte.
Tornando a sensação de estar sendo plenamente esticada ainda mais opressiva.
Um bofetão de Royce em seu clitóris a fez gritar ao redor da mordaça, corcoveando
tanto quanto o porão de King permitia.
Royce soltou seus mamilos, os olhos encobertos quando começou a tirar a roupa.
“Ela sabe. Ela é nossa agora, e ela sabe disso. Nossa para foder. Nossa para brincar. Nossa
para desfrutar. Nós a possuímos agora.”
Brenna ofegou quando os músculos em seu estômago estremeceram e ela começou a
gozar novamente. Pegando­a de surpresa, inchando dentro dela com uma velocidade que
nem lhe deu tempo de se recuperar. Ela não achava que fosse possível gozar novamente tão
cedo na esteira de tal prazer imenso, mas King e Royce pareciam determinados a arrancar até
a última gota de resposta dela.
Este   orgasmo   rolou   lentamente,   não   tão   intenso   quanto   os   dois   últimos,   mas   se
prolongou, minando o último de sua força. Cada centímetro de seu corpo tremia, vibrando

211
de dentro quando King entrou profundamente e gozou com um gemido, cada pulsação do
pênis   contra   suas   paredes   internas   a   enchendo   com   deleite   que   este   homem   pudesse
encontrar tal prazer nela.
Ele fechou os olhos brevemente enquanto jogava a cabeça para trás. Quando os abriu
novamente e olhou para ela, o olhar de posse tenra brilhando neles fez seu coração pular
uma batida.
Ele parecia tão forte e feroz, o homem mais masculino que ela já conhecera. Ele às
vezes podia ser frio, às vezes provocador, mas sempre duro e inequivocamente dominante.
Mas   a   maneira   como   ele   olhava   para   ela   agora,   as   feições   suavizadas   com
indulgência   e   carinho,   causando   uma   onda   de   calor   que   tanto   a   emocionava   quanto
alarmava.
Ela não podia confiar — não podia se permitir acreditar que isso significava mais do
que sua satisfação com ela naquele momento.
Ela não podia se permitir acreditar que isso significava que ele queria estar com ela
além de agora. Ela sabia melhor.
Isto só ia durar pelo resto do mês.
Quando Royce tocou seus pulsos, sua cabeça estalou para o lado. Ela olhou em sua
nudez, seu pulso disparando quando viu que ele já tinha rolado um preservativo.
Soltando seus pulsos, ele se inclinou sobre ela, o belo rosto enchendo sua vista. Ele
tirou sua mordaça e depois começou a esfregar seus pulsos, os olhos nunca deixando os dela.
“Você é incrivelmente bonita, especialmente a maneira como olha agora. Receio que
não vou ser capaz de deixá­la ir.”
A onda de prazer que a atravessou a deixou atordoada.
Ele cobriu sua boca com a dele, enquanto esfregava seus pulsos, engolindo o gemido
que escapou quando King se retirou de sua boceta. Deslizando a língua através de seus lábios
para se enredar com a dela, ele tomou posse, beijando­a com uma eficácia lenta que exigia
rendição. Ele a segurou, absorvendo seus arrepios enquanto King trabalhava o plug livre e
baixava suas pernas de volta na cama, deixando sua bunda cerrando no vazio.
Erguendo a cabeça, Royce a rolou de bruços e cobriu seu corpo com o dele, usando os
joelhos para empurrá­los abertos.

212
Brenna   estremeceu   no   fôlego   quente   contra   seu   ouvido   e   na   sensação   do   pênis
roçando sua coxa. Respirando pesadamente, ela gemeu quando o pênis pressionou contra
sua abertura enrugada, que ainda estava escorregadia do lubrificante.
“Royce. Oh, Deus. O que você vai fazer? Oh, meu Deus. Está indo dentro de mim.”
Ela sugou pelo ar, soltando­o aos arrancos quando Royce entrelaçou os dedos nos dela e
empurrou a cabeça do pênis através do anel apertado de músculos e dentro de sua bunda.
Nada no mundo jamais a tinha feito sentir tão completamente indefesa.
Arrepios correram de cima a baixo em sua espinha, o pênis duro dentro dela muito
mais intimidante do que qualquer plug. O pênis era enorme, e ela não tinha como controlar o
quão fundo ele empurrava ou o quão rápido os golpes seriam.
O nível de domínio no ato a cambaleou.
O pênis estava realmente em sua bunda!
Quente. Espesso. Queimando.
Tomando.
Usando sua abertura mais vulnerável para o prazer dele.
O formigamento começou novamente, dessa vez abrangendo toda sua fenda, e para
sua mortificação, ela se encontrou empurrando de volta contra ele em um esforço para tomar
mais.
Usando as pernas para fechar as dela novamente, e mantendo a maior parte do peso
fora dela ao se apoiar sobre os joelhos, ele as pressionou encostando­as contra os lados de
fora de suas pernas.
“Calma, bebê. Eu não vou entrar muito fundo — dessa vez.”
Não vai entrar muito fundo?
Parecia que o pênis tinha percorrido toda a distância até sua garganta!
Brenna estremeceu, e os calafrios subindo e descendo por sua espinha ficaram mais
fortes quando Royce empurrou o pênis um pouco mais. Sua bunda queimava, e suas paredes
internas cerravam no pênis grosso que a esticava impossivelmente larga.
“Eu não posso levá­lo. Está muito duro. Muito quente. Muito grande.”
Royce   mordeu   seu   ombro,   empurrando   mais   do   pênis   dentro   dela,   fazendo­a
choramingar.

213
Brenna   segurou   as   mãos   de   Royce,   clamando   repetidamente,   enquanto   ele
empurrava   o   pênis   em   sua   bunda.   As   ondas   de   formigamento   começaram   novamente,
rolando   através   dela,   mas   em   vez   de   lhe   dar   satisfação,   elas   mantiveram   o   prazer
borbulhando dentro dela.
“Eu não posso acreditar nas coisas que vocês fazem comigo. Oh, Deus. Tão bom. Eu
não posso acreditar em como isso se sente. Eu não posso. Parar. Gozar.”
Royce se retirou quase toda a distância e entrou novamente, dessa vez um pouco
mais.
“Apenas   deixe   ir.   Não   vamos  te   dar   uma   escolha  de   qualquer   maneira.   Estamos
chegando a conhecê­la bem, Brenna. Você não vai conseguir esconder nada de nós, e não vai
conseguir resistir a nada que fizermos com você.”
Involuntariamente   levantando   a   bunda   quando   ele   se   retirou   parcialmente   e
empurrou dentro novamente, ela experimentou uma onda momentânea de pânico que eles
quisessem ter mais do que ela estava pronta para dar.
Sentindo cada solavanco e cume do pênis enquanto ele forçava seu caminho mais
fundo, Brenna se empurrou contra ele para tomar mais do comprimento, mesmo enquanto
sua mente lutava para não ceder.
“É tão fundo. Você está realmente me tomando lá. Oh, Deus. Não. Você quer muito.
Não.   Oh!   Estou   gozando   de   novo.   Não!”   Ela   clamou   quando   suas   paredes   internas
apertaram, fazendo o pênis se sentir como uma lança quente apunhalando­a.
“Tire­o. Tire­o daí. Oh, Deus. Não consigo parar de gozar. Faça­o parar.” Ela não
conseguia sequer pensar, o erotismo escuro de ter um pau enterrado em sua bunda fazendo­a
tremer incontrolavelmente e mergulhando­a em um mundo decadente que a emocionava.
Royce manteve os dedos ligados com os dela, quando ela tentou afastá­los. “Não.
Este rabo é meu para foder sempre que eu quiser. Estamos tirando todas as suas escolhas.
Você é nosso pequeno brinquedo para brincarmos à vontade.”
King   empunhou   a   mão   em   seu   cabelo,   mantendo   seu   rosto   virado   para   o   dele
quando ela tentou desviar o olhar. “Você não pode pará­lo. Sim, você gosta de ter um pau
enterrado nesse rabo lindo.”

214
“Não.” Irritada na facilidade que eles a controlavam, ela lutou para resistir, não mais
capaz de aceitar a extensão de sua submissão a eles. “Eu não vou mais — ah! — ceder a vocês
desse jeito. É apenas luxúria. Vocês são mais fortes do que eu.”
Royce   empurrou   nela   de   novo,   segurando­se   quieto.   “Sim,   nós   somos   —   e   você
precisa de alguém forte o suficiente para poder controlar essa paixão. Você precisa de alguém
forte suficiente para poder te dar o que você precisa e ser capaz de lidar com você quando
perde o controle. Você está segura com a gente, Brenna. Você pode deixar ir. Você pode gritar
e chutar, e lutar, mas vamos tomá­la, usá­la, te dar prazer, e não há nada que você possa
fazer   para   nos   impedir.”   Ele   se   retirou   e   empurrou   mais   uma   vez,   gemendo   enquanto
gozava, e cada pulsação do pênis em sua bunda fazendo­a arrepiar. “Nossa.”
Brenna abriu os olhos, encontrando os encobertos de King. “Estou com medo.” Ela
não queria dizer isso, mas uma vez que as palavras escaparam, ela não pôde trazê­las de
volta.
Ela estava com medo, com medo do quanto ela lhes dera sem querer, com medo do
que restaria dela quando eles tomassem tudo.
Segurando seu rosto, King correu o polegar sobre seus lábios. “Nós vamos ajudá­la.
Confie, Red.”
Brenna clamou quando Royce se retirou; a cabeça do pênis esticando sua abertura
enrugada quando deslizou livre. “Eu não sei se posso.”
Royce correu a mão em seu traseiro e beijou seu ombro. “Só o tempo dirá, Brenna,
mas isso é algo especial. Queremos a chance de explorá­lo. Você já tem um pouco confiança
em nós. Vamos conseguir o resto.”
Mal capaz de respirar, Brenna estudou o rosto de King, lembrando­se da conversa
que ouviu antes de escapar. “Vocês querem dizer até o leilão?”
A expressão de King nunca mudou, mas seus olhos endureceram. “Sim, até a porra
do leilão. Então vamos vendê­la pelo maior lance.” Ele sorriu, foi um sorriso frio que enviou
um calafrio através dela.
Sua voz mudou dramaticamente, tornando­se fria como gelo e dura como aço. “De
nós, porém, eles vão esperar que seja bem treinada e disciplinada. Você será inspecionada

215
por centenas de homens, alguns que só vêm pela emoção e não tem nenhuma intenção de
comprar.”
Apenas o pensamento disso horrorizou Brenna. “Não!”
King rolou para seu lado. “Cada homem de qualquer parte pode entrar por aquela
porta e vê­la vendada, amordaçada, e com as mãos amarradas atrás das costas. Você vai estar
no palco, onde todos podem dar uma boa olhada em você. Um por um, eles vão poder se
aproximar e tocá­la.”
Ele deslizou a mão por seu seio antes de beliscar o mamilo. “Eles vão puxar seus
mamilos, enfiar os dedos dentro de sua boceta e bunda.”
Brenna estremeceu quando seus olhos ficaram gelados e a voz baixa. “Você vai ser
curvada e suas nádegas espalhadas. Pense nisso, Red. Todos eles vão poder se aproximar do
palco e cada um vai poder enfiar o dedo em seu rabo. Eles podem até gostar de um show, se
Royce e eu a fizermos gozar enquanto estão fazendo isso.”
Sentando­se, Brenna segurou o lençol na frente dela, ofegando quando King o rasgou
fora de sua mão. “Nunca se cubra de mim novamente!”
Royce correu uma mão por seu cabelo. “King —”
Com uma maldição, King rolou da cama e se dirigiu para a porta. “Ou ela está com a
gente, do nosso jeito, ou ela não está.” Ele saiu, batendo a porta atrás dele.
Royce suspirou enquanto se inclinava para beijar seu cabelo. “Se eu fosse você, eu
nem sequer mencionava esse leilão novamente. Se você quiser ir, vá. Se não, você é nossa.
Vamos deixá­la sozinha esta noite, e as portas destrancadas. Sua mala está no armário. Faça o
que tem que fazer.”
Brenna o observou sair, ainda olhando para a porta que ele fechou atrás dele.
Será  que isso significava que eles realmente queriam que ela ficasse com eles, ou
pensar em sua saída no final do mês com outro homem apenas os incomodava?
Com medo de acreditar que eles a queriam além do final do contrato, Brenna foi para
o banheiro, esperando que um banho quente aliviasse o frio de estar sozinha.
Ela terminou de se lavar e secar, os movimentos aos arrancos enquanto se lembrava
do modo como King tinha cuidado dela antes.

216
Vestindo o roupão novamente, ela voltou para o quarto, parando na visão de King
sentado na beirada da cama, a cabeça abaixada.
Ele a levantou, os olhos escuros e abatidos.
“Venha cá, Red.”
Ela se aproximou com pernas trêmulas, desejando poder fazer algo para diminuir a
distância entre eles, mas não podia confiar que eles queriam que ela ficasse quando já os
tinha ouvido falando sobre o fim dessa farsa entre eles.
Eles também tinham mencionado várias vezes que não achavam que ela tinha o que
era necessário para fazer isso.
Tanto quanto ela gostaria de acreditar que poderia ficar aqui com eles, ela sabia que
nunca poderia lhes dar a rendição que eles queriam, ou se entregar do jeito que ela precisava,
a menos que Royce e King pudessem amá­la.
Ela tinha medo, e odiava que seus próprios medos a impedissem de ir atrás do que
ela mais queria — assim como seus próprios medos a tinham impedido de deixar ir por
tantos anos.
Sua própria vulnerabilidade a irritava.
Ela parou na frente dele, erguendo o queixo. “O que você quer?”
King suspirou, alcançando para brincar com o cinto do roupão.
“Não vá.”
Nada do que ele pudesse ter dito a teria surpreendido mais. Brenna estendeu a mão
para   ele   antes   que   pudesse   evitar   e   rapidamente   a   puxou   de   volta.   Com   o   coração   na
garganta, ela deu um passo atrás.
“Por que não?” Ela mal se atrevia a respirar enquanto esperava sua resposta.
Prendendo   seu   olhar,   King   suspirou   novamente.   “Eu   estava   puto   quando   disse
aquelas coisas. Eu não a colocaria no palco daquele jeito, e receio que mataria qualquer um
que tentasse te tocar. Eu temo que esteja me apaixonando por você, Red.”
Brenna ofegou, seu coração batendo quase fora do peito. Seus joelhos cederam e ela
se afundou para o chão, estendendo uma mão quando ele alcançou para ela.
“Não faça isso. Não diga coisas assim.”

217
King assentiu e a ajudou a ir para a cama antes de virar as costas para ir embora.
“Sim, eu imaginei que você não ficaria muito emocionada com isso. Não há muitas mulheres
que poderiam aturar o tipo de vida que Royce e eu exigiríamos. É divertido por uma noite,
mas vivê­la todos os dias é bem diferente. Sinto muito. Olha, se precisar de alguma coisa…
Vamos estar aqui.” Virando­se, ele sorriu, com um sorriso que até mesmo ela poderia dizer
que era forçado. “Qualquer coisa mesmo, ok? Cuide­se, bebê.”
Brenna o observou sair, tendo dificuldade de respirar.
Mesmo sabendo dos obstáculos que enfrentariam, ela não podia ir embora. Como
poderia se afastar da melhor coisa que já acontecera para ela?
Como poderia ficar sabendo que seu coração provavelmente seria rasgado em dois?
Ela se encaminhou para a porta, e os ouviu ir em direção às escadas, falando em voz
baixa enquanto passavam pela porta.
Ela sabia que eles tinham um negócio para administrar, e queria sua atenção total
quando se falassem novamente.
Deitando­se, ela se enrolou em uma bola, puxando o travesseiro para mais perto e o
abraçando. Estar aqui sozinha lhe dava algum tempo para pensar.
Ela os amava. Aos dois. Tanto que doía.

* * * * *

Três   horas   mais   tarde,   ela   sorriu,   voltando­se   do   assento   perto   da   janela,   e
enxugando as lágrimas que escorriam por seu rosto.
Levantando­se, ela foi pelo corredor até seu escritório, aliviada ao ver que a porta
tinha sido deixada aberta. De pé na entrada, ela esperou até que ambos olhassem para cima,
os olhos ilegíveis.
Royce   olhou   para   King   e   ficou   de   pé,   indo   em   direção   a   ela,   só   para   parar
abruptamente e soltar a mão que tinha estendido.
“Você precisa de algo, querida?”
Brenna sentiu a tensão em ambos enquanto esperavam por sua resposta.

218
“Sim. Preciso de vocês dois. Não sei se posso ser o que vocês querem, mas nunca vou
poder viver comigo mesma se não ficar e descobrir. Eu–eu me importo com vocês dois. Eu sei
que não deveria. Só não finjam que vocês se importam comigo. Nós não nos conhecemos há
muito tempo, mas vocês dois me fazem sentir coisas que eu nunca senti antes.”
King inclinou a cabeça. “Você gosta do sexo.”
Brenna sorriu, sabendo que convencê­los de que o que sentia por eles era mais do
que   satisfação   física   seria   outro   obstáculo   a   superar.   “Isso   é   tudo   o   que   vocês   têm   me
mostrado. A única maneira que vamos poder ver se isso pode funcionar é nos livrar de todos
os jogos.”
Royce sorriu, aliviando a tensão em sua armação alta. “Nem todos os jogos, mas eu
vejo seu ponto. Estou disposto, se você estiver, mas vai haver momentos em que você vai
ficar furiosa e querer sair.”
King se levantou. “Se você for nossa, nós vamos pará­la.” Ele deu um passo mais
perto e estendeu a mão, sorrindo quando ela a tomou. “E vamos conversar. Acho que isso é
algo que está faltando.”
Royce tomou sua outra mão enquanto King a puxava para perto. “Venha se sentar
aqui e assistir televisão enquanto nós terminamos. Então, todos nós poderemos ir para a
cama. Tem sido um longo dia.”
Aconchegada contra o peito de King, Brenna encontrou o olhar de Royce. “Royce,
você… Se importa um pouco comigo? Quero dizer, eu sei que isso está à minha frente e que
não nos conhecemos há muito tempo, mas eu —”
Royce sorriu e a puxou para perto, roçando os lábios nos dela. “Eu acho que é uma
boa pergunta a um homem que já teve o pau em sua bunda. Venha cá.” Ele deslizou a mão
em seu roupão e segurou seu seio, enviando uma onda de prazer através dela com cada roce
do polegar em seu mamilo. “Sim. Eu faço. Você é uma mulher notável, mas eu não acho que
nós chegamos ao seu verdadeiro eu ainda. Estou ansioso para conhecer essa mulher.”
Inquieta agora, Brenna balançou a cabeça, inclinando­se involuntariamente em sua
carícia. Ela não achava que alguma vez teria o suficiente de seu toque.
“Eu   acho   que   você   espera   mais   do   que   posso   te   dar.   Não   menti   para   você,   ou
representei em qualquer ato. Se você espera mais de mim, vai ficar decepcionado.”

219
Ela   queria   ser   tudo   para   eles,   tê­los   olhando   para   ela   do   jeito   que   Royce   estava
olhando agora.
Com admiração. Com fome. Com carinho.
E esperava que, um dia, com amor.
Encontrando os olhos de King, ela respirou fundo. “Foi por isso que eu não quis que
você me dissesse aquelas coisas. Porque me mataria decepcioná­los.”
King   deslizou   os   braços   ao   seu   redor,   colocando   uma   mão   sobre   seu   monte   nu,
acendendo uma saraivada de formigamentos logo abaixo da superfície de sua carne sensível.
“Basta ser você mesma. Não tenha medo de nós e não esconda seus sentimentos. Seja
você mesma, e nunca vai nos decepcionar.” Ele deslizou os dedos por suas dobras e brincou
com  o   clitóris.  “Vá   se   deitar   na   cama  onde   podemos  vê­la.  Assista   algo   na   televisão   até
terminarmos. Você vai ter um grande dia amanhã.”
   

Capítulo Doze
Depois de  pregar  a etiqueta  de  endereço,  Brenna  definiu  outra caixa  de lado, no
momento em que Jesse entrava de volta na sala.

220
Sorrindo, a proprietária da  Indulgences  se estatelou em uma cadeira perto da mesa.
“Ufa! Uau, você certamente fez um monte de coisas.” Ela pegou o café, tomou um gole, e fez
uma careta. Olhando no relógio, ela ficou de pé. “Servi isso há duas horas. Não é de admirar
que esteja frio.”
Brenna  sorriu de volta e imprimiu outro formulário  de pedido, espantada  com o
número de pedidos que simplesmente continuava a chegar. “Pelo menos você está ocupada.
Muitas empresas hoje em dia estão lutando para isso.”
Jesse sorriu, e seu belo rosto brilhou. “Os negócios em Desire parecem ter uma sem
igual e muito leal clientela. Graças a Deus. Eu não sei o que eu teria feito se não tivesse vindo
para cá.”
Brenna se virou da caixa que estava montando. “Você já está aqui há bastante tempo,
certo?”
Depois de enxaguar a xícara, Jesse se serviu de outra xícara de café. “Um pouco mais
de dois anos. Meu aniversário está chegando.”
Brenna   tinha   acabado   de   alcançar   no   grande   armário   um   pequeno   tubo   de
lubrificante anal perfumado, seu traseiro apertando na lembrança de Royce a tomando lá.
Virando­se, ela cuidadosamente  manteve  o rosto em chamas virado enquanto  colocava o
lubrificante na caixa.
“Todo mundo te conhece. Eu pensei que você estivesse aqui há anos.”
Jesse   tomou   um   gole   do   café   e   o   colocou   na   mesa.   “Não.   As   pessoas   aqui   são
realmente   muito   amigáveis.”   Dando   de   ombros,   ela   fez   uma   careta.   “A   maior   parte,   de
qualquer   maneira.   Eu   vim   aqui   para   visitar   minha  irmã,   Nat,  e   fiquei   surpresa   no   quão
acolhedor todo mundo era. Contanto que você não crie problemas, ou critique os estilos de
vida que as pessoas vivem aqui, fica tudo bem. Eles estão tendo alguns problemas com um
par de homens novos na cidade, por isso tome cuidado. Eles não fizeram nada que alguém
possa reclamar ainda, mas têm uma atitude que os homens não gostam. Bob e Avery Sikes.
Se acontecer de você os encontrar, não deixe que suas observações brutas a influencie de
ficar. Eles não representam os homens daqui.”
Brenna alcançou dentro do armário pelo próximo item da lista. “Eu suponho que
você sabe por que eu vim aqui.”

221
Jesse assentiu, com os olhos cheios de simpatia. “Sim, e todos estamos felizes que
esteja bem. Você está segura aqui. Homens como Donner não têm chances nesta cidade.”
Uma borbulhar de riso quebrou livre antes que Brenna pudesse evitar. “Eu não sei
sobre segura. Você sabe que estou com Royce e King, pelo menos por enquanto.” Tão nervosa
que quase deixou cair um pote de creme, Brenna deu de ombros. “Nunca conheci homens
como   eles   antes.”   Franzindo   a   testa,   ela   colocou   o   pote   de   creme   na   caixa   que   estava
embalando. “Pensando nisso, eu nunca conheci homens como os que vivem aqui. Eles são…
Únicos.”
Jesse   foi   para   o   computador   e   imprimiu   o   próximo   pedido,   rindo   baixinho.   “Os
homens de Desire são realmente  únicos. Eu não podia acreditar nisso quando cheguei aqui.
Pensei   que   era   tudo   sobre   sexo,   mas   os   homens   daqui   realmente   se   preocupam   com   as
mulheres. Às vezes, é frustrante como o inferno, mas uma vez que você descobre como lidar
com eles, fica mais fácil.”
“Como lidar com quem?” Um homem muito alto e de aparência muito intimidante
entrou pela porta. Colocou o saco em cima da mesa antes de atravessar a sala e envolver os
braços em volta de Jesse por trás. Com um pequeno sorriso, ele estendeu a mão para Brenna.
“Oi. Você deve ser Brenna. Eu sou Clay Erickson.” Ele acariciou o pescoço de Jesse. “Lidar
com quem, Jesse Erickson?”
Jesse sorriu, e seus olhos brilharam com amor para o grande homem. “Eu lidar com
você, querido, de uma base regular. Onde está Rio?”
Como  se  na sugestão, a porta  para os fundos da loja se  abriu  novamente.  Outro
homem entrou pela porta, um tão grande quanto Clay.
Seu coração saltou uma batida quando King entrou atrás dele.
Enrijecendo, ela tocou o colar em volta do pescoço. “Oi, King.”
Cutucando Rio de lado, King soltou o saco que ela ainda não tinha notado e veio em
sua direção. “Oi, Red. Ei, Jesse. Rio disse que esta era a hora que você costuma parar para o
almoço. Rio está é Brenna.”
Rio sorriu. “A mulher que tem sacudidos as línguas em toda a cidade. Fico feliz por
finalmente conhecê­la.”

222
Ela se inclinou em King quando os braços vieram ao seu redor, o rosto em chamas.
Tentando não pensar muito no peito musculoso, e cruzando os braços para esconder a forma
como seus mamilos eriçaram, assim que ele entrou pela porta, ela manteve sua atenção nos
outros.
“As pessoas estão falando de mim? Por quê?”
Jesse atirou um clarão em Rio e se empurrou fora dos braços de Clay. “Todo mundo
está sempre falando sobre a pessoa nova na cidade. Você deveria ter visto o modo como eles
falaram de mim quando cheguei aqui. O que vocês nos trouxeram para o almoço? Estou
morrendo de fome.”
Depois que todos começaram a comer, Clay parou com o sanduíche a meio caminho
da boca e deslizou um olhar para Jesse. “Então, minha querida esposa, quer explicar como
você lida comigo?”
Jesse engoliu sua mordida do sanduíche e bateu de leve em sua mão. “Não é algo
que você entenderia. É o tipo de coisa de mulher.”
Rio sorriu. “Ei, se você estiver procurando por voluntários, ficarei feliz em deixá­la
lidar comigo, Jesse.”
Jesse riu, inclinando­se contra Rio, que estava sentado do outro lado. “Eu sei Rio. Eu
lido com você todos os dias.”
Rio agarrou a mão  de Jesse quando  ela levou uma batata frita na boca e usou a
própria boca para roubar dela. “Eu não trocaria isso por nada, querida.”
Brenna olhou para o sanduíche, meio deprimida. Ver Jesse com seus dois maridos só
enfatizava quanta distância emocional ainda existia entre ela, Royce e King.
King colocou o sanduíche de lado e se levantou, surpreendendo Brenna ao pegar sua
mão e arrastá­la de pé. “Jesse, vou tomar Brenna por um minuto. Voltaremos logo.”
Rio sorriu. “Não se apresse. Já faz horas desde que beijei minha mulher.”
Brenna arrastou os pés enquanto saía com King, ciente de como ele tinha se tornado
tenso. Ele não parou até que virou a esquina do prédio, um lugar escondido da vista de quem
passava.
“Sobre o que quer falar?”
King a encostou contra a parede. “Eu quero meu beijo, Red.”

223
Brenna piscou. “Você quer?“
“Malditamente certo que eu quero. Abra­a e me deixe ter sua boca.”
O aço em seu tom baixo enviou um arrepio de desejo através dela. E ela obedeceu
prontamente, enquanto lembranças daquela voz na sala de jogos corriam para a superfície,
junto com a onda de necessidade que as acompanhava.
Forçando   seus   lábios   abertos,   ele   tomou   sua   boca,   cobrindo   seu   seio   ao   mesmo
tempo. Engolindo seu ofego, ele usou a mão em sua nuca para mantê­la perto, enquanto
infalivelmente encontrava seu mamilo.
Com um gemido, ela emaranhou a língua com a dele, ávida em ser uma participante
disposta em sua própria sedução, e esperando fazer um pouco da sua própria. Colocando os
braços em volta de seu pescoço, ela o puxou para mais perto, pressionando o seio em sua
mão.
King parou o beijo lentamente, tomando seu mamilo entre o polegar e indicador e
apertando até que ela gemesse.
“Eu gosto do jeito que você beija. Tive dificuldade de conseguir o trabalho feito hoje
e é tudo culpa sua.”
Deslizando   as   mãos   de   seu   pescoço,   Brenna   as   aplainou   em   seu   peito.   “Por   que
minha culpa?”
Com um braço ao redor de sua cintura, King a ergueu contra ele. “Eu tenho pensado
sobre o olhar em seu rosto quando Royce fodeu sua bunda à noite passada. E tenho estado
duro o dia todo, e isso tornou quase malditamente impossível me concentrar. Tenho pensado
no gemido em sua voz quando você goza, e na maneira gostosa de você se aconchegar contra
mim em seu sono.”
Pressionando­se contra ele, Brenna teve o desejo de rasgar a frente de sua blusa e
libertar seus seios. Eles estavam inchados, os mamilos doendo com necessidade de atenção.
Seu traseiro cerrou, e a lembrança de como se sentiu quando Royce a tomou lá despertando
todas as terminações nervosas e fazendo­a ansiar por atenção lá novamente.
“King. Você não deveria falar assim. Agora, vou ficar distraída o resto do dia.”
King riu. “Bom. Royce e eu temos algum trabalho para fazer e estaremos ocupados
quando você voltar para casa. Teremos tempo para comer juntos, mas esta noite é uma noite

224
movimentada no clube. A sala de jogos vai ter que esperar até mais tarde. Abra sua blusa.
Quero sentir sua pele sob minhas mãos, não essa porra de blusa.”
Com mãos trêmulas, Brenna obedeceu, se perguntando se ele podia ler sua mente.
Sabendo que ninguém podia vê­los, ela desabotoou a blusa, revelando o sutiã preto de renda
que ele tinha escolhido esta manhã.
King   riu   quando   desabotoou   o   fecho   na   frente.   “Você   parece   com   o   pecado   em
preto.” E cobriu o mamilo com a palma, movendo­a lentamente. “Como está seu primeiro
dia?”
Brenna conteve um gemido no atrito contra seu mamilo e apertou as pernas ao redor
dele. “Estou gostando. King, eu não consigo conversar enquanto você faz isso.”
Ele rolou o mamilo novamente, um aperto gentil forçando um clamor dela. “Você é
notavelmente responsiva. Ensiná­la a se concentrar vai durar para sempre.”
“Bem, me desculpe, ah, se eu não sou como as outras bobas. Se você quiser uma
delas —”
Com uma risada suave, ele beliscou seu mamilo e cobriu sua boca, sufocando seu
grito.
Sua luta contra ele não durou muito, sua resistência derretendo quase imediatamente
sob   seu   beijo   exigente.   Ela   se   moveu   contra   seu   pau   duro   pressionado   em   sua   fenda,
rebolando na atenção que ele dava a seu seio.
Desejando que estivessem de volta ao clube onde ele poderia rasgar sua roupa e se
afundar nela, Brenna cerrou as mãos em sua camisa em frustração.
King ergueu a cabeça, os olhos procurando enquanto se moviam sobre seu rosto. “Se
eu quisesse uma das outras subs que vêm ao clube, eu as teria trancado naquele quarto do
andar de cima. Eu quero você. Sebastian vem buscá­la depois do trabalho. Royce e eu temos
uma noite ocupada à nossa frente, mas não pense nem por um minuto que nos esquecemos
de você. Não se passa nem um minuto sem que eu não a tenha em minha mente. Quando
chegar em casa, vá direto para seu quarto e fique lá.”
Ele a colocou no chão, firmando­a enquanto endireitava suas roupas e a levava de
volta até a porta da loja. Curvando­se, ele tocou os lábios nos dela. “Este é um mau momento

225
para estarmos tão ocupados. Preferia estar passando meu tempo com você. Durante todo o
dia, tenho ansiando por framboesas.”
Brenna lambeu os lábios, saboreando o gosto de seu beijo. “Por que você está tão
ocupado agora?”
Enfiando as mãos em seu cabelo, King inclinou seu rosto para ele. “Temos outro
seminário. Vai haver vários novos Doms lá e cerca de uma dúzia de subs, submissas que
contam  conosco  para   mantê­las  seguras.   É  mais  um  de  nossos  cursos  de   formação,   e  eu
preciso que você se comporte enquanto estamos ensinando.”
Brenna se empurrou mais perto, esfregando os seios contra seu peito. “Então, vocês
realmente vão mantê­las protegidas desses homens. Vocês não vão deixá­los machucá­las?”
King sorriu. “Nós realmente as mantemos seguras, o que significa que um de nós,
Blade incluído, tem que estar com eles cada vez que estão em uma cena. Estes homens não
querem machucar estas mulheres, Red. Pensei que você já tivesse entendido isso. Eles são
apenas   homens   que   descobriram   algo   sobre   eles   mesmos   e   estão   ansiosos  para   conhecer
outras   pessoas   que   estão   no   mesmo   caminho.   Eles   querem   conversar.   Eles   querem   os
recursos. Eles querem orientação. Não pinte todos com o mesmo pincel que Donner. Ele é um
babaca de primeira classe. Agora volte ao trabalho. Eu te vejo mais tarde. Pense em mim.”
Brenna   assentiu   e   o   observou   partir   antes   de   voltar   para   dentro,   fazendo   tanto
barulho quanto podia enquanto subia os degraus.
Jesse olhou para cima quando Brenna entrou, sorrindo. “Pensei que era um elefante
que estava entrando.” Ela apontou para a porta. “King já foi? Está tudo bem?”
Rio, no processo de limpar os papéis da mesa e colocar tudo em um saco, olhou para
cima, os olhos procurando enquanto esperava por sua resposta.
Acabando  de entrar na sala, Brenna começou a limpar a bagunça que ela e King
tinham feito. “Sim. Ele e Royce só estão muito ocupados agora. Ele queria me avisar sobre
isso.”
Clay, que estava recostado na pia bebericando café, concordou, com olhos ilegíveis.
“Sim, os carros têm chegado lá o dia todo. Kelly vai passar algum tempo conosco para que
Blade possa ir. Fica tudo ocupado, então, e coloca toda a cidade em alerta.”

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Brenna olhou para cima quando Rio tirou tudo de suas mãos. “Por quê? Há algo de
errado? Eles são perigosos?”
Clay avançou, tomando sua mão e a levando para uma cadeira. “Não. É muito raro
que algum deles nos dê qualquer problema. Sabemos sobre Donner, e o que você passou.
Não a culpo por ficar nervosa. Ele causou problemas quando esteve aqui, também. Royce,
King e Blade são muito bons em explicar as regras para os outros — essa gargantilha que
você está usando — não importa. Vou ligar para Royce. Você é uma mulher muito bonita, e
isso vai chamar muita atenção.”
Jesse   se   moveu   para   ficar   atrás   de   Clay,   e   Brenna   não   pôde   deixar   de   sorrir   na
maneira como ele se voltou para ela assim que ela se aproximou.
“Sempre   que   esses   seminários   estão   acontecendo,   os   negócios   na   cidade   ficam
realmente agitados, e há muitos estranhos por aí. Apenas se certifique de ter algum cuidado
extra então. Os homens que vivem aqui ficam atentos com as mulheres, por isso, se você ficar
com   medo   ou   alguém   estiver   te   incomodando,   venha   até   um   de   nós.   Pelas   próximas
semanas, vamos aparecer por aqui mais do que o habitual.”
Rio terminou e jogou o lixo fora.
“Todos   por   aqui   sabem   quem   você   é   agora.   Nós   prestamos   muita   atenção   aos
estranhos por aqui. Todos nós estaremos tomando conta de você.”
Brenna se levantou e voltou ao trabalho. “Eu agradeço por isso, mas se pude lidar
com Donner, posso lidar com qualquer um. Só odeio o pensamento de ter que olhar por cima
do ombro o tempo todo por causa de quem esta fazendo o trabalho sujo para Donner.”
Clay e Rio saíram logo depois, deixando­a sozinha com Jesse. Nat tinha chegado logo
depois do almoço e, com não muito mais do que um aceno, foi direto para a sala de trabalho
no andar de cima, uma que Brenna entendia tinha sido o apartamento de Jesse.
Brenna terminou outro pedido e colocou a caixa na pilha cada vez maior. “Quando
cheguei aqui, eu estava louca como o inferno, pensando que os homens daqui toleravam os
comportamentos como os de Donner. Eu realmente não acreditei em King e Royce quando
me disseram sobre a maneira como as mulheres são tratadas aqui. Achei que era conversa
fiada. Mas todo mundo fala sobre isso. Eu já vi isso. Eu simplesmente não consigo entender.
Qual é o truque? Eles são tão antiquados em suas visões, e arrogantes e —”

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“Chauvinistas,   dominantes,   com   um   pouco   de   Neanderthal   associado   com   isso.”
Jesse sorriu. “Eu tive o mesmo problema quando vim para cá. Eu simplesmente não sabia
como lidar com isso.” Dando de ombros, ela começou a arrumar alguns frascos que Rio e
Clay tinham tirado do lugar. “Eu pensava que homens como eles não podiam ser reais. E
pensei que todos eles eram apenas babacas arrogantes que sabiam como chegar às mulheres,
e que eram agradáveis só porque queriam entrar nas calças de uma mulher.” Ela fez uma
pausa, virando­se para Brenna.
“Essa preocupação é muito real, no entanto, e levou muito tempo para eu acreditar
nisso. Nunca tinha tido qualquer experiência com homens como os que vivem aqui. E não
conseguia entender isso. Tive um mau casamento com um marido preguiçoso, um que me
tomou como certa e nunca me fez sentir sequer uma fração do que Clay e Rio me fazem. Clay
e Rio me mostraram que podia ser diferente. Eu os amo. De verdade. Nunca pensei que
pudesse amar assim. Estes homens se importam muito com as mulheres, e realmente querem
protegê­las.”
Jesse sorriu. “Caso você não tenha notado, há muitos estilos de vida diferentes aqui.
Eu tenho dois maridos. Onde diabos mais eu poderia fazer isso? Vivemos em paz aqui, e
todos podem ser felizes. É por causa dos homens, e o que eles fizeram aqui. Os homens que
fundaram esta cidade o fizeram por essa exata razão. Mais de cem anos atrás, havia dois
irmãos que queriam compartilhar uma mulher, e criar sua própria cidade, com suas próprias
regras, era a única maneira que poderiam fazê­lo.”
Brenna ficou boquiaberta. “Tá brincando, certo? Cem anos atrás? Não é algo que as
pessoas aceitam facilmente agora. Nem posso imaginar o quão difícil deve ter sido na época.”
Jesse deu de ombros. “Eu entendo que havia uma escassez real de mulheres no oeste
naquele tempo, e era mais proeminente do que as pessoas pensam. Mas ainda não aceitas
pela maioria das pessoas. Aqui, no entanto, as pessoas podiam viver assim, mas as mulheres
não viriam para cá a menos que fossem protegidas. Esta parte do país era muito selvagem
então, e muito perigosa. Foi quando eles criaram as leis para proteger as mulheres. Incluindo
surras.” Jesse suspirou. “Eles nunca vão tirar essas dos livros. Eles se divertem demais com
elas.”

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Brenna   amaldiçoou   interiormente   na   onda   de   desejo   que   a   atravessou   quando
pensou na surra que Royce tinha lhe dado. Sentindo­se mais próxima de Jesse, ela olhou ao
redor para se certificar de que ninguém mais poderia ouvi­la.
“Eu   nunca   tinha   entendido   por   que   os   homens   batiam   em   uma   mulher.   Nunca
entendi esse tipo de relacionamento, mas era curiosa.”
Jesse riu. “Acredite­me, bater e espancar  é muito diferente — como tenho certeza
Royce e King já te provaram.”
Brenna sorriu, mesmo quando seu rosto queimou. “Entendo que há um monte de
casamentos assim.”
“E olhe para você, uma garota de sorte.”
Brenna olhou para cima quando Nat desceu os degraus com outra caixa. “O que quer
dizer?”
Nat suspirou e colocou a caixa na mesa. “Você não só tem uma relação ménage, mas
a tem com dois Doms. Isso deve mantê­la na ponta dos pés.”
Jesse olhou para sua irmã, pensativa, quando Nat começou a colocar os frascos da
caixa   longe.   “O   marido   de   Nat,   Jake,   é   um   Dom.   Ela   é   espancada,   também,   mas,
aparentemente, não o suficiente.”
Nat mostrou a língua para Jesse. “Você é espancada, também, então, nem comece.”
Brenna  balançou a cabeça.  “Eu não  acredito  no  quanto  todo  mundo   é  tão  aberto
sobre isso. Ninguém fala assim.” Uma risadinha escapou antes que ela pudesse evitá­la.
Ela não ria há tanto tempo, que até pensara que tinha esquecido como. Uma semana
em Desire, e ela se sentia tão mais jovem e mais livre que mal se reconhecia.
“Eu não posso acreditar que realmente estou ouvindo isso. Nem posso acreditar que
realmente estou dizendo isso, mas Royce me espancou, também. Pensei que ele estivesse
desapontado comigo.”
Nat bateu de leve em seu braço. “É quando eles te ignoram ou param de te espancar
que você realmente tem que se preocupar. Contanto que você possa obter uma reação deles,
considere­se com sorte.”
Jesse fez uma carranca. “Nat, eu —”
Nat se virou. “Vou voltar lá pra cima. Com Kelly fora, tenho muito a fazer.”

229
Brenna   observou   Jesse,   que   ficou   olhando   para   a   irmã.   “Algo   está   errado?   Não
conheço Nat muito bem, mas quando a encontrei no SPA esta semana, até mesmo eu podia
dizer que algo a está incomodando. Ela parece quase… Solitária.”
Jesse balançou a cabeça. “Nat e Jake estão passando por uma fase difícil, mas vai dar
tudo certo. Os dois se amam demais para desistir.” Ela sorriu quando o sino tocou lá na
frente. “Não se preocupe com Nat. Ela vai ficar bem. Você só se preocupe em encontrar uma
maneira de lidar com esses seus dois pedaços de mau caminho. Não os deixe te subjugar.”
Brenna sorriu. “Não é este o ponto de ter dois Mestres?”
Jesse riu. “Eu costumava pensar do mesmo jeito, mas Nat me provou o contrário. Ela
é a mulher mais cabeçuda e sincera que já conheci. Perguntei­lhe uma vez como diabos ela
podia se chamar de submissa se era tão malditamente agressiva, e ela me garantiu que Jake
achava um inferno de um estímulo forçá­la a se submeter. Ela me disse que ele diz que isso é
metade da diversão. Você não me parece exatamente uma violeta que se encolhe. Dê­lhes o
inferno.”
Brenna não conseguiu evitar. E começou a rir, um pouco aliviada ao encontrar outra
pessoa que queria  se submeter,  mas achava difícil.  Isso a fez se sentir um pouco  mais…
Normal.
“Enquanto você estava ocupada, Kelly ligou para se apresentar. Ela me disse como se
esgueirar lá em baixo. Disse que eu me sentiria melhor se visse King e Royce em ação, e que
quando ela fez isso, se assegurou de que Blade não estava se divertindo com outra mulher.”
Jesse,   a   caminho   da   frente,   parou,   e   se   voltou   com   uma   maldição.   “Porra,   todo
mundo consegue ver esse lugar, menos eu. Um dia desses, eu adoraria ser uma mosca na
parede enquanto Clay e Rio estão lá.”
“Você os deixa ir?”
Jesse sorriu. “É claro. Eles sentam e conversam com os outros homens, e quando há
um leilão, eles sempre voltam para casa mais dominadores e famintos do que o normal.”
Brenna piscou. “Eles vão para os leilões?”
“Claro. Todos os homens na cidade vão, eu acho.”
Brenna engoliu em seco. “Inferno santo. Eu deveria estar no próximo leilão. Eu não
estou bem certa de como aconteceu, mas assinei um contrato para ser treinada por Royce e

230
King para o próximo leilão. Eu não queria que eles soubessem que eu só queria passar mais
tempo com eles.”
Nat  desceu   os  degraus   com  outra   caixa,  no  momento   em  que  Brenna   terminava.
“Mel, você tem certeza? Não quero que se prenda muito à Royce e King se eles estiverem
planejando leiloá­la.”
O estômago de Brenna atou. “Não. King disse que ele ia querer matar qualquer um
que me tocasse.”
Nat colocou a caixa na mesa e veio para seu lado, envolvendo um braço ao seu redor.
“Por favor, descubra com certeza. Doms, bons, de qualquer maneira — e eles são bons — são
sempre muito ligados com seus subs. Você assinou um contrato, porém. E eles os levam
muito a sério. Eles rasgaram o contrato?”
Brenna engoliu em seco, respirando fundo o aroma de baunilha em Nat. “Não. Não
sei. Não os vi rasgá­lo e eles não disseram o que fizeram.”
Nat   sorriu   tristemente   enquanto   Jesse   balançava   a   cabeça   e   ia   lá   pra   frente   para
atender um cliente.
“Não   se   apaixone   por   eles,   mel.   Eu   sei   que   é   difícil.   Aqueles   dois   estão
condenadamente perto do irresistível. As mulheres  têm tentado  amarrá­los durante anos,
mas   eles   não   acreditam   que   alguma   mulher   poderia   lidar   com   ambos   e   eles   precisam
compartilhar. Eu sei como se sente, acredite­me, mas, por favor, proteja seu coração. Se eles
não rasgaram o contrato, eles ainda estão planejando leiloá­la pelo melhor lance.”
Segurando o balcão como apoio, Brenna balançou a cabeça. “Não quero ser leiloada.
Só assinei para poder aprender mais —” Ela parou, envergonhada por ter admitido.
Nat sorriu tranquilizante e bateu de leve em seu ombro. “Eu sei. Você estava curiosa
e queria explorar esses sentimentos. Eu estive aí. Eu sei, e tive a maldita sorte de encontrar
um homem como Jake. Acho que Royce e King precisam de uma mulher como você, mas não
torne isso muito fácil para eles. Eles precisam de um desafio e acho que você é a mulher certa
para esse trabalho. Faça­os batalhar por sua submissão.”
Brenna fez uma careta. “Receio que não, assim que eles me tocam, eu desmorono.
Nunca consigo resistir a nenhum deles por muito tempo.”

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Nat a abraçou. “Eu conheço o sentimento. Não é fácil, às vezes. Basta pensar nesse
contrato. Você precisa levá­los a rasgá­lo. Precisa levá­los a cair perdidamente apaixonados
por você.”
Brenna suspirou e desviou a vista para a janela, lembrando o olhar nos olhos de King
quando a beijou. “Eu não sei, Nat. Eu nem sequer sei se posso lidar com o que eles querem
de mim ainda.”
Nat suspirou e assentiu, batendo de leve em seu ombro de novo. “Então, é isso que
você precisa descobrir. Nem sempre é fácil.” Um olhar de tristeza veio e foi em seus olhos tão
depressa que Brenna se perguntou se o tinha imaginado.
“Mas   é   emocionante,   e   com   um   homem   que   você   ama,   pode   ser   absolutamente
incrível.   Há   uma   proximidade   que   é   mais   intensa   do   que   você   pode   imaginar.   Tenha
cuidado, porém, especialmente com King. Ele tem o coração de um ursinho. Ele não pode
resistir a uma mulher em apuros. Seus instintos protetores são muito fortes. Certifique­se de
que não é o que ele está sentindo por você. Certifique­se de que é real, mel, ou você vai se
machucar. Estes homens podem quebrar  seu coração.” Piscando, Nat se afastou. “Preciso
começar a fazer essa nova linha de framboesa azul. Aparentemente, você não foi à única que
gostou.”
Brenna a observou ir antes de voltar para terminar os pedidos, sua mente girando.
Até o final do dia, ela já sabia o que tinha que fazer.
Tentar resistir a não se apaixonar ainda mais por Royce e King, enquanto tentava
fazê­los se apaixonar por ela, não seriam fácil.
Mas ela tinha que tentar.
Tinha que conter partes de si mesma, partes que ela não podia se dar ao luxo de
perder, se falhasse.
Ajudando   Jesse   a   fechar   tudo,   e   preocupada   com   seus   pensamentos,   ela   quase
perdeu de ver o envelope pregado do lado de fora da janela na porta de trás.
Com um nó no estômago, ela destrancou a porta novamente e a abriu, procurando
por sinais de alguém enquanto o agarrava.
O   nó   em   seu   estômago   apertou   quando   viu   seu   nome   na   frente   do   envelope   —
colado com letras de revista ou jornal.

232
Medo tomou conta dela enquanto fechava e trancava a porta novamente, junto com
um sentimento de satisfação que tivesse conseguido uma reação de Donner.
Ouvindo a aproximação de Jesse, ela enfiou o envelope no bolso traseiro.
Não queria que ninguém soubesse sobre isso, especialmente King. Não queria que
seu protecionismo, e o de Royce, nublasse a questão.
Queria ser amada por si mesma, não porque pensavam que ela precisava deles para
cuidar dela.
Ela tinha lidado com Donner por meses.
Certamente ela poderia lidar com qualquer idiota que ele tinha lhe enviando notas —
algum idiota covarde demais para enfrentá­la.
Endireitando­se, ela forçou um sorriso quando Jesse voltou para o cômodo.
Uma vez que lidasse com esse bastardo, King não pensaria nela como alguém que
precisava ser salvo.
Ele e Royce iam ver a mulher por baixo disso — uma mulher que os desafiava em
todos os níveis.
E esperava que fosse o tipo de mulher que eles poderiam amar.
   

233
Capítulo Treze
Brenna entrou pela porta da frente do clube, parando abruptamente na visão à sua
frente. Seu estômago deu um nó. Seu coração disparou, e ela sentiu como se sua base tinha
acabado de cair fora do eixo.
Endireitando­se, ela se preparou, apertando a mandíbula para esconder sua angústia.
Mulheres, todas nuas, e cada uma com as mãos atrás das costas e os olhos abaixados,
estavam sendo conduzidas pelo corredor e para um quarto no outro extremo. Em todas as
vezes que tinha vindo dessa forma, ela nunca tinha visto a grande porta na extremidade
aberta,  mas  agora estava escancarada,  permitindo  que  as profundas vozes masculinas  no
interior chegassem até ela.
King  apareceu   à  sua  direita,   emitindo  ordens  para  as  mulheres   em  um  tom  frio,
quase aborrecido, os olhos como gelo quando encontraram os dela. Sugando pelo ar, ela
congelou no lugar, logo dentro do corredor, um nó se formando em sua garganta, um que
ameaçou sufocá­la.
Seus lábios ficaram entorpecidos, tornando difícil falar, a realidade do que King e
Royce faziam no clube batendo duro. “Que diabos?”
Ela não sabia o que fazer ou para onde olhar. Confusa que ver King em seu papel de
Dominante a excitava, ela não podia negar que o choque quente de ciúme ao vê­lo cercado
por mulheres nuas tanto a irritava quanto assustava.
A realidade de que o veria neste papel frequentemente se ficasse, bateu nela como
um soco no estômago. Ela não sabia como seria capaz de ver King e Royce fazendo esse tipo
de coisa uma e outra vez.
Se a amassem, poderia ter sido diferente, mas tinha dificuldades de enfrentar isso
enquanto ainda se sentia tão insegura.
E tinha que admitir, eles nunca mentiram para ela. Afinal, ela os conhecera por causa
do que eles faziam, mas ver King em ação foi um golpe que ela não esperava.

234
Fazendo­a perceber com bastante clareza que precisaria de uma mulher forte para
viver em uma relação comprometida com Royce e King.
Seria preciso uma força interior que ela estava relutante em deixá­los ver, com medo
de que fosse desinteressá­los.
O pensamento de sua força afugentá­los de repente pareceu ridículo, e endureceu
sua determinação em lidar com Donner e seu amigo por sua conta.
King mal a olhou quando passou e ficou de lado para ela sair e abrir espaço para que
as mulheres passassem, falando naquele tom frio e autoritário que nunca falhava em enviar
uma emoção através dela. Odiando que ele se dirigisse a um grupo de belas mulheres, nuas,
mas   não   podendo   deixar   de   notar   que   não   segurava   nenhum   afeto   ou   intensidade   que
acontecia quando ele falava assim com ela.
Seus   olhos   se   estreitaram   em   seu   sorriso,   nunca   deixando   os   dela,   enquanto
continuava a latir ordens. “Mantenha­se movendo. Mãos em seus lados. Não olhe para mim
ou ela. Olhe para frente. Estique os seios. Seus Mestres estão lá dentro esperando por vocês.
Não os envergonhe.”
Usando calças de couro preto e uma camisa escura, King parecia mais frio e mais
formidável do que ela já tinha visto. A camisa se esticava quando ele se movia, e os músculos
salientes dos braços e peito estavam claramente definidos.
Brenna começou a avançar com intenção de beijá­lo sem sentido, mas King lhe atirou
um olhar de aço, no momento em que Sebastian pegou seu braço em um aperto firme.
O   mordomo   surpreendentemente   musculoso   se   curvou   para   sussurrar   em   seu
ouvido, o tom com uma polidez fria. “Você realmente quer envergonhar seu Mestre?”
Olhando para King, Brenna sacudiu a cabeça, respirando fundo. “Não.” Ela queria
ser o tipo de mulher que ele precisava; uma mulher forte que ele pudesse se orgulhar.
Ela não conseguia desviar o olhar, a visão dele dedilhando o chicote que usava preso
ao cinto lhe roubou o fôlego e fez seu coração bater tão forte que ela se perguntou se ele
podia ouvi­lo.
O movimento leve dos dedos se arrastando  sobre o cabo  do chicote a encheu de
apreensão e seu próprio desejo de tê­lo a sós. Sua postura arrogante a excitava, lhe dando um
desejo quase irresistível de desafiá­lo até que sua atenção se voltasse para ela. O brilho frio

235
em   seus   olhos   e   o   estrondo   mortal   em   sua   voz   fazia   dele   um   inferno   de   uma   presença
ameaçadora, uma que faria qualquer um pensar duas vezes antes de desafiá­lo.
Inclusive ela.
Aparentemente,  a segunda  última mulher na fila, um loira deslumbrante,  parecia
pensar que chamar a atenção de King valia a pena o risco. Ela tropeçou, e até mesmo de onde
se encontrava, Brenna podia ver que a outra mulher estava fingindo.
Sua mão coçava para socar a outra mulher sem sentido, e ela realmente começou a
avançar, mas Sebastian a puxou de volta antes que pudesse dar mais do que um passo.
A loira caiu sobre King, esfregando o corpo nu contra ele quando a pegou, fazendo o
sangue   de   Brenna   ferver.   Ela   adoraria   agarrar   um   punhado   de   seu   cabelo   e   empurrar   a
mulher   longe   dele,   mas   King   deslizou   o   olhar   para   o   dela   bem   naquele   momento,   a
advertência em seus olhos a parando em suas trilhas.
Ela parou de lutar contra Sebastian, e ergueu o queixo, jurando a si mesma que não ia
dar à outra mulher a satisfação de perder a paciência.
Intrigada, ela cruzou os braços sobre o peito e esperou; curiosa para ver o que King ia
fazer.   Os   músculos   de   seu   estômago   apertando   quando   viu   o   resto   das   mulheres
continuarem pelo corredor até a sala, onde outra voz masculina emitiu mais instruções. A
julgar   pela   autoridade   fria   em   seu   tom,   ela   tinha   uma   boa   ideia   de   que   era   Blade.
Bloqueando­a, ela foi incapaz de rasgar sua atenção longe da loira nua que rebatia os cílios
para King.
“Oh, Mestre King! Obrigado por me segurar.” Ela esfregou as mãos contra o peito
dele, fazendo beicinho. “Você é tão forte. Eu adoraria passar mais tempo —”
Brenna rangeu os dentes  e conseguiu se libertar de Sebastian, tremendo  de fúria.
Com pensamentos de arrastar a mulher pelos cabelos, ela começou a avançar, não dando a
mínima para nada além de fazer aquela mulher tirar as mãos de King.
“De joelhos!”
Brenna parou sob o comando áspero de King e a meio caminho de cair para o chão,
antes de perceber que ele não tinha falado com ela.
Engolindo   em   seco,   ela   se   endireitou,   tremendo   quando   os   olhos   de   King
encontraram os dela. O olhar só durou um segundo ou dois, mas a mensagem foi clara.

236
Não interfira.
Brenna sabia que deveria sair agora, mas não podia resistir à chance de ver o que
aconteceria a seguir. Adoraria ver King colocar a mulher no lugar dela, mas estava ciumenta
demais para se preocupar sobre como ele o faria.
A mulher caiu de joelhos, e a irritou que ela o fizesse um inferno de muito mais
graciosamente do que  Brenna teria  sido  capaz. A loira colocou as mãos atrás das costas,
mesmo sem lhe ser dito, claramente apreciando a atenção de King.
King a olhou com frieza. “Você sabe melhor. Espalhe esses joelhos e empurre esses
seios.”
A mulher sorriu e obedeceu, lambendo os lábios quando olhou a protuberância nas
calças de King.
O desagrado em King fez Brenna se sentir um pouco melhor. “Quem é seu Mestre?”
Brenna cruzou os braços sobre o peito para esconder o fato de que seus mamilos
tinham eriçado, e lutou para não deslocar seu peso e esfregar as coxas quando um calor
delicioso se estabeleceu lá. Essa voz, essa atitude, esse homem a afetava mais, sem sequer
tentar, do que qualquer outro homem, exceto Royce.
Quando ele tentava, o efeito confundia sua mente.
Vê­lo com a outra mulher, ela temeu um dia ver aqueles olhos brilhantes olhá­la com
tal indiferença.
Ela preferia qualquer coisa à indiferença.
A   indiferença  era  um  inimigo,  e   ela  seria   maldita  antes  de  deixá­los  tornarem­se
indiferentes a ela.
A mulher sorriu animadamente e deu de ombros. “Mestre Joseph.”
Um   músculo   trabalhou   na   mandíbula   de   King   quando   lançou   um   olhar   para
Sebastian.
Brenna   ficou   congelada   no   lugar,   quando   Sebastian   se   afastou   dela,   evitando   a
mulher ajoelhada no chão para entrar na sala onde os outros se reuniam. Ela não conseguia
tirar os olhos de King, sentindo­se como se estivesse olhando para um estranho.

237
De repente, os olhos dele encontraram os dela, brilhando com calor, um olhar íntimo
só para ela. Durou apenas um segundo, mas reforçou o laço entre eles, desvendando alguns
dos nós em seu estômago.
A promessa nesse breve olhar a teve esperando ansiosa para estar a sós com ele esta
noite.
O silêncio tenso continuou enquanto King olhava para a mulher no chão, mas Brenna
sabia que sua atenção também estava nela. Ela a sentia, como uma coisa viva, respirando.
Um minuto depois, outro homem apareceu na porta do cômodo no final do corredor,
este vestia calças sob medida e uma camisa branca de botão. Ele olhou com desdém para a
mulher no chão antes de olhar para King, franzindo a testa.
“Algum problema?”
King acenou para a mulher a seus pés. “Sua sub é indisciplinada, e muito coquete.
Ela   se   esfregou   em   mim,   flertou   comigo,   e   até   agora   está   me   encarando   quando   sabe
malditamente bem que não está autorizada a olhar para mim.”
A mulher baixou a cabeça, mas não parecia muito arrependida. Um sorriso tocou o
canto de sua boca quando ela olhou para King.
O outro homem, Mestre Joseph, suspirou. “Sim, ela está ficando fora de controle.
Estou pensando em colocá­la em leilão e comprar uma nova.”
King apertou a mandíbula, parecendo ainda mais furioso. “Ela é sua para fazer o que
quiser, mas ela tem que pagar por seu desrespeito. Agora, você é responsável por ela. Leve­a
para dentro e vamos lidar com ela.”
Brenna piscou quando o outro homem prendeu uma trela no colar que a mulher no
chão usava, e a fez rastejar para o outro quarto em suas mãos e joelhos, a bunda erguida de
forma  que  sua boceta  e buraco  traseiro  pudessem  ser  vistos por qualquer  um por quem
passassem.
Trêmula no pensamento de King olhar para ela com tal desgosto, Brenna evitou seu
olhar.
“Venha cá, Red.”

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Brenna piscou no comando frio, os mamilos doendo com a necessidade de seu toque,
e a calcinha encharcada com seus sucos. Ela tinha sido despertada, vendo a mulher desafiá­lo
e sua própria resposta arrogante a isso.
“Agora.”
Deus, aquele tom a excitava!
Ela já começava a avançar quando seus olhos se ergueram para ele, o corpo tenso.
Cada passo parecia durar para sempre, os joelhos trêmulos enquanto se aproximava. Ela não
parou até que ficou direto na frente dele, olhando em seus olhos ilegíveis o tempo todo.
Erguendo o queixo, ela lutou por uma bravata que tinha diminuído sob sua presença
dominante, usando o sarcasmo para esconder seu desconforto. “Você vai me dizer que eu
não devo olhar para você agora?”
A sobrancelha de King subiu, e para sua surpresa, um sorriso se arrastou em seus
lábios.
“Sentindo­se corajosa agora, não é? Eu sabia que não ia demorar muito para você
querer testar seus limites.” Com uma mão em sua nuca, ele a puxou para perto. “Quando
você viu aquela sub de joelhos, você se imaginou a em meus pés?” Alcançando, ele tocou um
mamilo, o olhar segurando o dela. “Eu fiz, e pensei no quão bom essa boca quente se sente
em meu pau.”
Ela   lambeu   os   lábios   secos,   deixando   seu   olhar   cair   para   um   dos   botões   de   sua
camisa, enquanto lutava para não mostrar o quanto um toque tão pequeno dele deixava­a
pronta para subir as paredes.
“Você realmente vai castigá­la?” Ela sabia que provavelmente não tinha o direito de
perguntar, mas o pensamento de King fazendo coisas para aquela mulher que ele fazia para
ela a encheu de ciúmes.
King ergueu seu queixo, mantendo sua cabeça inclinada para cima, assim ela não
teve nenhum aviso antes da mão rasgar abertos vários botões de sua blusa e sutiã para cobrir
seu seio.
“Seu Mestre vai. Já tenho minha própria sub para lidar.” Seus olhos se estreitaram
nela. “Se o que eu faço é um problema para você, Red, saia agora. Não vou mudar quem eu
sou, ou o que faço, nem mesmo por você.” A mão se moveu possessiva sobre seu seio, não

239
deixando   dúvidas   sobre   quem   estava   no   comando.   Ele   puxou   o   mamilo,   os   olhos
chamejando em seu grito.
“Especialmente por você. Eu sempre soube que minha necessidade de dominar não
poderia ser mudada, mas nunca percebi o quão forte o meu desejo de possuir poderia ser.
Estive   esperando   ansioso   por   seu   desafio.   Vi   a   excitação   em   seus   olhos   quando   ela   me
desafiou. Você queria que fosse você, não é? Você queria ser a única a ganhar um castigo em
minhas mãos.”
Mãos caíram sobre seus ombros por trás, chocando­a tanto que ela gritou e começou
a se afastar antes de reconhecer a sensação delas.
Um toque que ela conheceria no escuro. Ela relaxou, amando a sensação do calor em
suas costas.
A pressão de Royce apertou, e sua voz foi um sussurro sedoso contra seu ouvido.
“Sinto­me também muito possessivo. A necessidade de ter tudo é ainda mais forte
agora do que nunca. Eu também acho que sou egoísta quando se trata de você.”
Ele trabalhou a ponta de sua blusa fora da calça e a amarrou sob seus seios. “Em
qualquer  outro momento, nós levaríamos nossa sub lá e a disciplinaríamos junto com os
outros. Você não, entretanto. Eu ficaria muito chateado se alguém que não seja King e eu
visse esses  seios lindos, ou essa buceta  macia e nua, ou essa bunda  tão  deliciosa que os
pensamentos dela me mantêm acordado à noite.”
Brenna caiu contra Royce, confiante de que ele ia segurá­la, e empurrou os seios mais
plenamente nas mãos de King. “Eu sou egoísta, também, quando se trata de vocês. Eu não
quero que vocês toquem outras mulheres.”
King apertou seus mamilos, puxando­os até que ela clamou e veio até a ponta dos
pés, os olhos cheios com o conhecimento do quão fortemente sua agressividade a excitava.
“Pelo   tempo   que   você   estiver   aqui   com   a   gente,   nós   somos   definitivamente
exclusivos. Eu já te disse isso.”
Royce pressionou o pênis contra suas costas. “Doms tem o direito de tomar quem
quiser Brenna. Não é da conta de seus subs. Nós não vamos fazer isso, mas você sabe com
que tipo de negócio nós lidamos. Você simplesmente vai ter que aceitar o resto. Ou não.
Depende de você. Agora, venha comigo. Temos algumas coisas para acertar. Parece que você

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está tão necessitada de atenção quanto à sub. Um bom Mestre nunca ignora as necessidades
de sua mulher.”
King deu a seus seios uma carícia final antes de retirar as mãos de sua blusa e cobri­
la.   Curvando­se,   ele   soltou   um   beijo   duro   em   seus   lábios   antes   de   endireitar,   os   olhos
brilhando com promessa. “Até mais tarde. Quando eu entrar, eu a quero de joelhos. Royce
vai lhe mostrar como se apresentar.”
A pulsação de Brenna saltou. “Você iria me obrigar a fazer isso?”
King arqueou uma sobrancelha desse jeito arrogante que nunca falhava em excitá­la.
“É o que eu quero Red. Vamos ver o quanto você está disposta a me agradar.”
Cruzando   os   braços   sobre   o   peito,   Brenna   permitiu   que   Royce   a   levasse   para   o
elevador. Uma vez dentro, ela se virou para encontrar King olhando para ela e ficou imóvel,
o olhar ilegível em seu rosto enviando uma onda de desejo através dela.
Ela sorriu para ele, uma risadinha escapando quando seus olhos se estreitaram.
Seus lábios tremeram e ele sacudiu a cabeça, segundos antes da porta do elevador se
fechar.
Ainda sorrindo, ela se virou para Royce. “Eu não vou cair de joelhos para ele ou para
você e nem para qualquer outro. Então, se este é seu plano, pode esquecê­lo agora.”
Royce sorriu, com um sorriso cheio de más intenções que fez os músculos de seu
estômago apertar.
“Sim, minha querida, você vai, e quando o fizer, suas coxas vão estar encharcadas
com seus sucos. Você sabe por que aquela sub se comportou mal? Seu Mestre não está lhe
dando atenção suficiente. Isso é uma coisa perigosa.”
Brenna   bufou,   sabendo   que   pagaria   por   isso   mais   tarde,   mas   determinada   que
nenhum deles tomasse sua submissão como concedida. “Você está delirando.”
Os olhos de Royce endureceram, seu corpo enrijeceu. A mudança nele aconteceu tão
rápida que ela se encontrou recuando, apenas para ser pega contra ele, no momento em que
as portas se abriram.
“Entre no quarto.”
“Olha só, Royce. Eu não acho que você entendeu —”

241
Royce a chicoteou ao redor, batendo suas costas contra o peito. “Não, minha querida
pequena submissa, eu não acho que você entendeu. Você vai fazer o que nós te dissermos.”
Brenna parou de lutar e forçou de volta sua vontade de chutá­lo. Erguendo o queixo,
ela marchou para o quarto e se virou. “Você está certo, mas —”
Royce arqueou uma sobrancelha. “Mas nada. Dispa­se.”
Brenna olhou para ele, não prestes a lhe mostrar o quanto queria estar nua e ter suas
mãos sobre ela.
Ela   levantou   uma   sobrancelha   e   olhou   para   estudar   as   unhas.   “Seu   vocabulário
precisa ser trabalhado.”
“Meu vocabulário está ótimo. Chega ao ponto. Dispa­se.” Os olhos deslizaram sobre
ela enquanto se aproximava e trabalhava o caminho ao redor dela, parando em suas costas.
“Quero ver cada centímetro de minha propriedade.”
Brenna se virou, fumegando. “Eu odeio quando você diz coisas assim.”
Royce sorriu de leve, os traços demasiadamente belos de alguma maneira parecendo
ainda mais frios. “Eu sei, assim como eu odeio me repetir. E te excita, também, o que te tira
do sério ainda mais. Eu entendo seus motivos, Brenna, mas cada vez que eu tiver que me
repetir, você vai pagar por isto.”
Curiosa, ela o olhou enquanto começava a desamarrar o nó que King tinha feito em
sua blusa.
“Sério? E como você vai me fazer pagar por isso?”
A sobrancelha de Royce subiu, e um sorriso leve se arrastou em seus lábios.
“Você vai descobrir.” O olhar se demorou em seus seios, agora nus, e ele balançou os
dedos, fazendo um gesto para que ela se apressasse com o resto.
Ela tirou o resto das roupas, seu corpo zumbindo com consciência sob o olhar intenso
de Royce. Jogando a calcinha de lado, ela cruzou os braços sobre o peito e encontrou seu
olhar de frente.
E   ainda,   sua   necessidade   de   provocar   uma   resposta   dele   se   provou   irresistível.
“Então, tiro quente, qual é o próximo?”
Royce apontou o chicote em seu lado. “De joelhos.”
Brenna piscou. “O quê?” Ele não podia estar falando sério.

242
Royce   deu   um   passo   ameaçador   à   frente.   “Eu   realmente   preciso   me   repetir?   De
novo?”
Não confiando olhar em seus olhos, Brenna caiu de joelhos. “Tudo bem. Aí. Estou de
joelhos, mas se você acha que vou rastejar de quatro —”
“Silêncio!”
Sua voz chicoteou fora, o gelo enviando um frio cortante através dela, como se ele
realmente a tivesse batido com um chicote gelado. A ameaça erótica se pendurava no ar,
intensificando a tensão no quarto.
Royce deslizou a mão em seu cabelo. “Parece que você acha que só porque tenho
sentimentos por você, querida, você vai se safar com rebeldia e atitude.” Chegando por trás
dela, ele cerrou a mão em seu cabelo, inclinando seu rosto para trás nele.
A onda de  calor em sua admissão de gostar dela roubou seu fôlego. Tornando­a
ainda mais determinada a desafiá­lo em todos os níveis, fazendo­o querê­la tanto quanto ela
o queria.
Seu olhar queimava dentro dela. “De fato, o oposto é verdade. Nós vamos ser bem
mais duros com você do que seríamos com qualquer outro. Isto é o que você precisa. Isto é o
que nós precisamos. Meus sentimentos por você só me fazem querer mais de você. Eu quero
tudo, Brenna, e vou ter isso de você.”
Royce sorriu,  e seu  sorriso  frio  a encheu  com nervos e luxúria,  uma combinação
perigosa, e uma que ela achou que desejava. “Não mova um músculo do caralho.”
Ele   foi   até   a   gaveta   do   criado­mudo   e   voltou   com   a   mordaça.   “Grite   se   quiser.
Amaldiçoe­me. Nada vai fazer qualquer diferença ou me impedir de ensiná­la que posso e
vou fazê­la me obedecer.”
Ele correu a mão por seu seio e puxou o mamilo. “Acho que, agora, é uma lição que
você   precisa   aprender,   e   uma   que   vai   ser   difícil   de   você   aceitar,   mas   que   precisa   ser
ensinada.”
Brenna não lutou, permanecendo tão quieta quanto podia, com seus joelhos cavando
no  tapete  espesso.  Ela percebeu  que  sua confiança  nele tinha crescido  quando  seu  corpo
saltou em excitação na autoridade fria em sua voz.

243
Uma vez que prendeu a mordaça de bola, ele se moveu ao redor para ficar na frente
dela, com sua expressão fria, mas tão possessiva que ela queria lhe dar tudo.
“Coloque os ombros para trás e empurre esses seios.”
Ela tremeu de nervoso e uma fome que parecia crescer mais forte e mais escura a
cada dia. Brenna empurrou a mordaça com a língua e o obedeceu, gemendo na nova onda de
luxúria.
“Muito bom. Agora, espalhe essas pernas.”
Mortificou na quantidade de umidade que revestia suas coxas, Brenna espalhou os
joelhos separados, o pulsar em seu clitóris quando o ar soprou nele quase insuportável.
Agachando­se na frente dela, Royce correu a mão por seu cabelo antes de descer
puxar seus mamilos, o choque de prazer em seu clitóris fazendo a dor ainda mais forte.
“Sempre que King ou eu lhe dissermos para assumir a posição, é exatamente assim
que queremos que você esteja. Mantenha os olhos em nós. Eles são olhos bem expressivos e
queremos vê­los.”
Ele correu a mão em seus seios, a carranca a única advertência antes de beliscar seu
mamilo. Forte.
“Mantenha esses seios esticados para fora. Eu não disse que você podia soltar os
ombros. Não importa o que eu faça com eles, você os mantêm esticados. Você entendeu?”
Brenna assentiu, piscando para conter as lágrimas na dor aguda em seu mamilo, e o
calor que se seguiu, que teve mais de seus sucos vazando.
Ela não tinha realmente entendido a fome inexplorada dentro dela. Sabia que estava
carente, mas não tinha sequer chegado perto de perceber o quanto estava insatisfeita.
Ela tinha a sensação de que Royce e King poderiam ensiná­la mais, lhe mostrar mais
de si mesma do que ela jamais soube que existia.
Royce deslizou a mão para sua barriga. “Nesta posição, seus seios, seu clitóris, sua
boceta e sua bunda estão acessíveis a seus Mestres. Eles nos pertencem, Brenna. Se eu quiser
colocar clipes nesses mamilos, eu não quero que você se mova. Se eu achar que essa bunda
precisa ser plugada, você vai ficar quieta, e até separar as nádegas se eu exigir. Você não tem
nada a dizer. Seu corpo é meu para usar como eu desejar. Isso é para o meu prazer. Não seu.

244
Lembre­se disso. Mesmo seus orgasmos me pertencem e vou permitir ou negá­los como eu
desejar.”
Ela  sabia  que  deveria  estar   furiosa. Sabia  que  deveria  se  sentir   insultada  que   ele
pensasse nela desse jeito, mas a intensidade do carinho e necessidade em seus olhos, e seu
próprio desejo de se render à sua vontade tornou isso impossível.
A confusão de seu corpo ceder enquanto sua mente exigia que se rebelasse a deixou
cambaleando, e enviou seus sentidos nas alturas.
Ela só sabia que cada centímetro de seu corpo ansiava pelo toque dele, e que, aqui e
agora, ela tinha toda sua atenção. Seus olhos deslizaram para a protuberância pressionando a
frente da calça escura.
Ele a queria, e tudo que ele fazia com ela excitava aos dois.
Ela era dele e ele era dela, e nada mais importava.
Ela encontrou seus olhos, e assentiu, indicando que tinha entendido.
Ela aceitava.
Ela queria mais.
Ela queria tudo. Queria ser inesquecível para eles, e ser a coisa mais importante em
suas vidas.
Royce levantou seu  queixo. “Não olhe para meu pau. Você não o ganhou ainda.
Vamos ver o que podemos fazer para livrá­la dessa atitude primeiro. Então, você não acha
que vai rastejar em suas mãos e joelhos se eu ordenar?” Antes que ela tivesse a chance de
responder, ele a puxou de pé, e a levou do quarto. “Nós vamos tratar disso.”
Assim que entraram na sala de jogos, Royce fechou e trancou a porta e a levou para o
centro. Virando­a de frente para a porta, ele colocou uma mão em suas costas e uma em sua
barriga, guiando­a para suas mãos e joelhos.
“Mantenha essas pernas abertas. Não ouse permitir que suas coxas se toquem.”
Pegando   uma   corrente   que   tinha   sido   aparafusada   ao   chão,   ele   prendeu   a   outra
extremidade ao colar em seu pescoço, tornado impossível ela se levantar.
Ela puxou de qualquer maneira, assustada no som dele abrindo e fechando um dos
armários atrás dela, e assustada do que ele poderia fazer. Antes que pudesse se virar para ver
o que ele estava fazendo, ele voltou.

245
O chicote batendo em sua nádega esquerda a chocou tanto que ela congelou. Não
doeu realmente, mas doeu, e para seu completo embaraço, fez seu buraco formigar.
Ela tentou apertá­lo, manter­se fechada lá, mas as botas entre seus tornozelos não a
deixaram fechar as pernas o suficiente para proteger sua abertura enrugada.
Clamando quando o chicote bateu lá, ela o amaldiçoou, as palavras confusas pela
mordaça de bola recheando sua boca. Ela tentou chutá­lo, embora soubesse que seria inútil.
A   impotência   na   situação   em   que   se   encontrava   exigia   que   ela   lutasse,   assim   como   sua
vulnerabilidade e o domínio de Royce a excitava, e para seu choque, lhe permitia povoar um
pouco seu interior, com a certeza de que ele podia lidar com sua paixão.
Isso a libertava mais do que ela poderia ter imaginado, mas também tronava mais
difícil desafiá­lo.
Ele  se moveu em torno  dela e se agachou ao seu  lado, levantando seu queixo, a
diversão   e   extremidade   dura   de   superioridade   cintilando   em   seus   olhos   enviando   um
calafrio através dela.
“Você   realmente   não   acha   que   vou   deixá­la   fazer   do   seu   jeito,   não   é?”   Ele
desapareceu de novo, movendo­se para ficar atrás dela. “Você vai ver agora o que posso
fazer com você. Você vai se sentir vulnerável, chocada, e até humilhada, mas seu corpo não
vai escutar. Ainda alguma parte de sua mente, uma que você não quer reconhecer, vai querer
mais. Lute o tanto que puder, querida. Não vai durar muito.”
Embalada   por   seu   tom   sedoso,   a   sensação   de   algo   empurrando   em   sua   abertura
enrugada forçou um ofego dela, surpreendendo­a tanto que ela quase caiu. Ela tentou se
afastar, mas a corrente prendendo­a ao chão não permitiu.
Ela não podia se levantar e não podia parar Royce de empurrar o que parecia um
pênis   de   borracha   grossa   em   sua   bunda.   O   lubrificante   nisso   e   sua   posição   tornando
impossível mantê­lo fora, e a mão de Royce apertando em suas costas a fazendo arquear,
levantando seu bumbum e tornando mais fácil para ele empalá­la.
Calafrios correram de cima a baixo em sua espinha na pressão implacável do pênis
falso dentro dela, cada centímetro aumentando a sensação de vulnerabilidade e excitação.
Gemendo   na   sensação   da   coisa   esticando   sua   bunda   enquanto   era   forçado   nela,   Brenna

246
cerrou as mãos e enrolou os dedos dos pés enquanto gemido após gemido de lamento se
derramava dela.
Umidade continuava a vazar de sua boceta, o filete quente escorrendo em suas coxas
aparentemente sem fim.
Seus sentidos já exaltados tornavam as sensações mais fortes, suas paredes internas
agarrando   no   pênis   enquanto   ele   pressionava   mais   fundo.   Maravilhada   em   tal   exibição
erótica de domínio, ela ansiou pela picada do chicote de novo, enquanto se apegava à voz de
Royce como uma tábua de salvação.
“Abra essa bunda para mim, Brenna. É minha. Empurre para trás e tome esse grande
pênis de borracha como uma boa menina. Você sabe que precisa de sua bunda preenchida
quando está sendo disciplinada. Sim, isso mesmo. Tão logo essa bunda seja violada, eu não
terei mais nenhum problema com você, não é mesmo, pequena sub?”
Ela não podia objetar, não podia se afastar. E não podia impedir sua abertura mais
íntima de ser preenchida. Impotente contra ele, ela se encontrou empurrando de volta contra
sua invasão, precisando tomar tudo que ele tinha para lhe dar.
Ele forçou sua bunda a esticar, a ceder, em seu impulso incansável para frente.
Sua   própria   confiança   nele   teve­a   empurrando   para   trás,   sabendo   que   ele   nunca
permitiria que ela se prejudicasse.
Seus sucos desciam por suas coxas agora enquanto ela se rendia ao seu domínio com
uma facilidade que a envergonhava. Seus seios se sentindo inchados e pesados enquanto
balançavam livres. Apesar de sua resistência, ela desejou mais do que qualquer coisa que ele
desse a seus mamilos a atenção que eles desejavam.
Inclinando­se, ele soltou a corrente em seu pescoço e se moveu para ficar atrás dela.
“Agora vamos vê­la fazer o que você me disse que não faria. Olhe­se no espelho à
sua direita e rasteje. Mantenha essas coxas abertas e mova essa bunda deliciosa para a porta.”
Brenna hesitou; incapaz de acreditar em seus próprios olhos. Ela se virou para olhar
no espelho e viu Royce de pé atrás dela, segurando uma vara longa ligada ao vibrador em
sua bunda.
Royce aparentemente não gostou de ter que esperar e empurrou o vibrador mais
fundo, provocando choro após choro dela.

247
A única maneira de escapar era avançar.
Royce seguiu, e a pressão constante do vibrador dentro dela forçando­a a se manter
em movimento.
A  visão  decadente  dela  sendo  forçada  a rastejar  em suas  mãos e joelhos por  um
objeto   empalado   em   sua   bunda   era   algo   tão   fora   de   noção   que   ela   não   conseguia
compreendê­lo. Ver essa grande vara saindo de sua bunda assustava o inferno fora dela.
Ela se sentiu tão pequena, tão impotente, tão cheia. Com o domínio completo sobre
ela, Royce parecia emocionado com sua resposta, a satisfação e fome em seu rosto fazendo­a
se sentir devassa e desejável.
Royce pressionou mais fundo quando ela retardou. “Você sabe o quanto está bonita?
Você tem alguma ideia do que me faz ao vê­la tão impotente e com essa bunda cheia? King
vai gostar de ver o vídeo mais tarde, e de ouvir esses gritos doces que saem de você quando
percebe que não há nada que você pode fazer senão obedecer.”
Ele torceu o pênis dentro dela, o atrito do movimento sobre as paredes internas de
seu ânus tão intenso que ela quase gozou ali e agora.
O   forte   lembrete   do   quão   escuro   seus   desejos   haviam   se   tornado,   e   no   quão
completamente Royce poderia cumpri­los, a tornaram ainda mais determinada a ser tudo
que ele e King precisavam.
Ansiosa   para   agradá­lo,   ela   o   observou   no   espelho,   balançando   o   rabo   para   ele.
Emocionada ao ver a expressão de prazer chocado em seu rosto, ela estremeceu quando seus
olhos endureceram e encontraram os dela enquanto empurrava o vibrador um pouco mais.
Com um grito, Brenna se moveu mais rápido, rastejando até a porta e se apressando
para escapar da pressão implacável em sua bunda. O chão duro tornando tudo mais difícil, e
quase a fazendo cair algumas vezes, e clamar com cada puxão do vibrador em sua bunda.
Royce   encontrou   seus   olhos   na   grande   parede   espelhada.   “Acho   que   sua   bunda
deveria estar sempre conectada. Esses olhos expressivos sempre ficam meio vidrados todas
as vezes que seu rabo está empalado. É um olhar que acho que me tornei viciado.”
Brenna   estremeceu   na   visão   de   seu   reflexo   enquanto   rastejava   até   a   porta,   cada
movimento   deslocando  o   grande  dildo  dentro  dela.   Mortificada   em  como  parecia,   ela  se

248
apressou para cumprir sua ordem, ansiosa para agradá­lo e esperando  obter alívio desse
tormento.
Quando  Royce alcançou ao seu  redor para destrancar  e abrir a porta, o vibrador
mexeu de novo, forçando um gemido dela.
“No final do corredor para seu quarto. Eu amo esse olhar de excitação indefeso em
seus olhos. Se me desafiar de novo, minha querida, eu da próxima vez vou usar um plug
maior e fazê­la rastejar com grampos nos mamilos e no clitóris.”
Gemendo nesse pensamento, e grata pelo carpete e enchimento espesso, Brenna se
apressou pelo corredor e entrou no quarto, sua bunda apertando no vibrador enquanto seus
sucos escorriam por suas coxas.
Arrepios de alerta de que seu orgasmo se aproximava rápido a provocaram, junto
com o conhecimento de que morreria de vergonha se gozasse agora.
“Pare aí.”
Brenna   parou,   respirando   irregular   quando   o   vibrador   deslizou   quase   todo   o
caminho para fora e depois entrou novamente.
“De uma forma ou de outra, você vai aprender a acreditar no que King e eu lhe
dizemos.” Ele puxou o vibrador fora dela numa velocidade que sugou seu fôlego e deixou
sua bunda agarrando no vazio.
Ele a ajudou a ficar de pé, segurando­a contra ele quando ela teria caído e deslizando
a mão por seu corpo até sua fenda.
“Você está tão encharcada. Eu sabia que você era única, mas não queria acreditar.”
Com uma mão cerrada em seu cabelo, ele inclinou sua cabeça para trás. “Temia acreditar.”
Respirando   fundo,  ele   soltou   o   ar   lentamente,   os  dedos   ocupados   em   retirar   a  mordaça.
“Acho que o tempo  dirá  se estou certo.” Seus olhos escureceram  e se estreitaram.  “Você
acredita agora que eu quero dizer o que digo?”
“Sim, Mestre.” Deus, ela precisava tanto gozar. Sua bunda, ainda escorregadia do
lubrificante,   continuava   apertando,   com   a   necessidade   de   ser   preenchida   lá   agora   quase
insuportável.
Ele sorriu ligeiramente, o olhar em seus olhos nunca mudando. “Não estamos na sala
de jogos, querida. ‘Royce' está bem aqui.”

249
Cada centímetro  de seu corpo parecia vivo e acordado  de uma forma que nunca
esteve antes, e ela se encontrava tão em sintonia com Royce que mesmo a menor mudança
em sua expressão fazia seu coração disparar.
Ela se encontrou à beira das lágrimas, precisando que ele a abraçasse, que aliviasse
um pouco da vulnerabilidade que a deixava se sentindo desamparada e confusa.
Royce manteve seu rosto erguido para ele, os olhos encobertos enquanto seguravam
os dela. “Abra­se para mim. Espalhe suas dobras e exponha seu clitóris. Se você for boa e
ficar quieta, eu poderia deixá­la gozar.”
Deslizando   as mãos  pelo  abdômen  e  abaixo,  ela  obedeceu,  estremecendo  quando
seus dedos acariciaram levemente a carne escorregadia. Puxando fôlegos trêmulos, ela se
segurou   aberta,   gemendo   na   sensação   deliciosa   dos   dedos   dançando   sobre   seu   clitóris
sensível, cada pequena carícia fazendo­a sacudir e enviando calor formiguento através dela
enquanto seu clitóris latejante crescia mais e mais quente.
Royce a puxou para mais perto, apoiando seu corpo contra o dele. “Quando gozar,
eu quero que você fique de pé. Não caia. Concentre­se em trancar os joelhos.”
Ela se tornara tão excitada que depois de apenas alguns golpes do dedo de Royce, o
formigamento de advertência ameaçou consumi­la, fazendo­a se sentir ainda mais impotente.
Tremendo por toda parte, ela agarrou a frente de sua camisa, seus gritos lamentáveis mais
desesperados quando ele retirou os dedos de seu clitóris.
Sua visão borrou com as lágrimas de frustração que encheram seus olhos. “Por favor,
Royce. Por favor. Não posso aguentar mais. Por favor, não me provoque.”
Correndo os dedos lisos sobre um mamilo, ele sorriu. “Você é uma boa menina, mas
você esquece quando está excitada. Se quiser que eu toque em seu clitóris, você tem que se
segurar aberta para mim.”
“Merda. Eu esqueci.” Tremendo toda, ela se apressou para se segurar aberta para ele,
alarmada no quão avidamente participava de sua própria submissão. E amaldiçoou quando
suas mãos trêmulas deslizaram uma vez, e então novamente, em sua pressa para levá­lo a
fazê­la gozar antes que mudasse de ideia. Ela gemeu, dando um suspiro de alívio quando
finalmente conseguiu se segurar aberta de novo.

250
Olhando para ele, ela esperou pelo toque de seus dedos novamente, esperando como
o   inferno   que   ele   não   recuasse.   Todo   seu   ser   se   concentrava   nele,   em   agradá­lo,   e   se
preparava para a liberação incrível que só ele e King poderiam lhe dar.
“Por favor, Royce. Eu estou pronta.”
Royce sorriu de leve, batendo em seu mamilo. “Você tem que esperar até que  eu
esteja pronto. Estou no comando aqui, algo que você parece continuar esquecendo. Se você
gozar, é porque King ou eu queremos isso — porque nós permitimos isso. Não tem nada a
ver com o que você quer, certo, querida?”
Brenna balançou a cabeça. “Por favor. Eu juro que vou ser boa. Vou fazer tudo que
você quiser. Por favor, me deixe gozar.”
“De joelhos. Apresente­se.”
Ela respirou fundo, não tendo certeza se ouviu direito. “Agora?”
Entre um batimento cardíaco e o outro, o pequeno chicote em sua cintura apareceu
em sua mão, às várias tiras de couro descendo com uma ligeira pressão na ponta de seu seio,
fazendo seu mamilo picar.
“Estou cansado de me repetir, Brenna.”
Caindo de joelhos, Brenna esgueirou um golpe em seu clitóris antes de soltar suas
dobras,   o   aguilhão   do   chicote   em   seu   mamilo   fazendo   a   ponta   inchada   pulsar
incessantemente.
Royce deixou as pontas do chicote se arrastar sobre seus seios enquanto se movia
para ficar na frente dela. “Empurre­os para frente e se espalhe mais larga. Mantenha as mãos
em suas costas ou vou amarrá­las lá.”
Ele   a   circulou,   arrastando   as   extremidades   do   chicote   por   seus   braços,   costas,
nádegas, e de volta em sua barriga. Quando parou na frente dela de novo, ele segurava o
pênis na mão, aproximando­se para colocá­lo em seus lábios.
“Abra. Se você me agradar, talvez eu a deixe gozar antes de eu voltar lá pra baixo.”
O pensamento dele com aquelas outras mulheres, a mulher lá embaixo com King,
mesmo agora, despertou seu ciúme e a fez determinada a lhe dar tanto prazer que ele nem
sequer ficaria tentado a tocá­las.

251
Abrindo a boca, ela levou a cabeça do pênis dentro, gemendo em seu delicioso sabor.
Rico e exótico, que excitava seus sentidos e deixava­a faminta por mais.
Forçando­se a ignorar a rigidez de sua mandíbula causada pela mordaça de bola,
Brenna teve que abrir bem sua boca para acomodá­lo. Ela trabalhou a língua ao redor do
pênis, chupando­o mais fundo, subindo ligeiramente para alcançá­lo melhor.
Os polegares de Royce se moveram sobre sua mandíbula. “Quando King vier mais
tarde, quero que você caia de joelhos do jeito que te ensinei. Não me desaponte.”
Brenna  balançou a cabeça,  a  única maneira que podia responder.  Emocionada na
mudança em seu tom, e na forma como as mãos se apertaram  em seu cabelo, ela sorriu
interiormente.
A emoção de agradá­lo a excitava em muitos níveis, e em maneiras que ela nunca
experimentara com nenhum outro homem.
Sua   consciência   aguda   dele   lhe   permitia   agradá­lo   mais.   Ela   notou   que   quando
passou a língua sobre a parte inferior do pênis de certa maneira, as mãos apertaram em seu
cabelo. Quando o chupou mais fundo e usou a língua, os golpes se tornaram menos suaves.
Quando ele se tornou mais excitado, ela também ficou, e cada nuance de sua resposta
aumentava a dela.
Depois de ter o pênis de borracha em sua bunda, ela agora se sentia vazia lá. Sua
boceta   lançou   mais   de   seus   sucos,   apertando   com   a   necessidade   de   ser   preenchida.   Seu
clitóris e mamilos queimavam com a necessidade de sua atenção.
Tremendo de luxúria e dolorida por toda parte, ela gemeu ao redor do pau de Royce,
emocionando­se   interiormente   em   seu   gemido   de   resposta.   Ela   não   poderia   lidar   em   ser
deixada nessas condições por muito tempo, mas a realidade de que ele poderia fazê­lo, faria
isso, teve­a chupando­o com mais força em uma tentativa desesperada de lhe dar prazer.
Correndo as mãos por seu cabelo, Royce gemeu. “Isto é tão natural para você, e ainda
assim você tenta combatê­lo.” Ele deslizou mais fundo e retirou quase toda a distância antes
de correr até o fundo de sua garganta. “Eu não me importo se você lutar comigo. Eu gosto de
vencer suas lutas, mas a ideia de que você luta consigo mesma me entristece. Você é uma
mulher forte e determinada, Brenna, mas eu não vou deixá­la se afastar de algo que nós três
precisamos tão mal.”

252
Brenna   apertou   os   lábios   ao   redor   de   seu   pênis,   estimulada   por   sua   afirmação   e
precisando provar que ela poderia deixá­lo tão indefeso quanto ele fazia com ela.
Royce riu baixinho e gemeu novamente. “Sim, você me agrada muito, mas se pensa
por um minuto que vou deixá­la de baixo para cima, você está redondamente enganada. Esta
boca   é   minha   para   foder   sempre   que   eu   quiser.   Posso   tomar   meu   prazer   com   você   e   ir
embora, deixando­a aqui excitada e necessitada.”
Atacada pela ameaça, Brenna resmungou e sacudiu a cabeça. Ainda não conseguindo
chegar a um acordo com ter sido forçada a rastejar, empurrada com uma vara ligada ao pênis
de borracha em sua bunda.
Como ela podia se sentir excitada por algo tão degradante?
Mesmo enquanto ele usava sua boca, ela não conseguia pensar em nada mais do que
seu prazer e a esperança de que ele a libertasse desse tormento.
Royce se moveu mais rápido. “Sim, eu posso, e você não seria permitida dar prazer a
si mesma. Nenhum orgasmo a menos que King ou eu permitisse.”
Ela sabia que ele não teria como detê­la, e que ele nunca saberia se ela se fizesse
gozar, mas suas palavras a excitaram do mesmo jeito.
Brenna fechou os olhos, levando­o até o fundo de sua garganta mais e mais. O pênis
saltou; o único aviso que ela teve antes dele inundar sua boca com sua semente. Engolindo
cada   gota,   ela   continuou   a   chupá­lo,   banhando   seu   pênis   com   a   língua   e   tremendo   de
antecipação com sua própria liberação.
Quando   ele   se   retirou,   ela   olhou   para   ele,   sorrindo   com   orgulho   no   olhar   de
satisfação em seus olhos. Seu sorriso leve, tão emocionante e amado que a aquecia de dentro,
com uma expressão de ternura quando os olhos procuraram os dela.
“Eu levaria o resto da minha vida para fazer todas as coisas que quero fazer com
você.   Quero   explorar   cada   limite   e   ideia   equivocada   que   você   tem   sobre   sua   própria
sexualidade e empurrá­la ainda mais.”
Ela começou a alcançá­lo, só para se lembrar no último segundo que deveria manter
as mãos em suas costas.

253
“Só não faça nada como me fazer rastejar em minhas mãos e joelhos novamente. Eu
não posso acreditar que você me fez fazer isso. O que você disse sobre King vê­lo? Você tem
uma fita disso?”
Os olhos de Royce se estreitaram. “A menos que King e eu estejamos ambos com
você, tudo que acontece na sala de jogos é gravado. Se você estiver com King, eu assisto, e
então   apago   tudo.   King   faz   o   mesmo   se   você   estiver   comigo.   Você   pertence   a  nós   dois;
Brenna.”
Seu rosto queimou. “Não. Não quero que ele veja isso. Não posso acreditar que você
fez isso comigo.”
Royce  prendeu  as  calças  e  se  ajoelhou  à sua  frente.   “Não.  O que   você   não  pode
acreditar — o que não se permite aceitar — é que ficou excitada. Não a ideia de ter rastejado
de quatro. É por que você vê agora que posso fazê­la fazer isso. Você não teve nenhum
controle   sobre  a  situação  e   agora   acredita  que  farei   o  que  digo   que   vou   fazer.   Não   faço
ameaças vãs. Você também fica incrivelmente vulnerável quando seu rabo é tomado.”
Ele  tomou seus  mamilos entre  os polegares e indicadores  e os rolou, os olhos  se
estreitando quando ela clamou.
“Pouco a pouco, você está entendendo exatamente o quanto nós vamos controlá­la, e
o quanto você precisa desse controle, especialmente por que todos nós já descobrimos o quão
profundo essa fome dentro de você vai. Quanto mais você entender, mais feliz e mais estável
você   vai   ser.   Você   vai   aceitá­lo   porque   você   sabe   que   nem   King   nem   eu   jamais   vamos
prejudicá­la de uma maneira que você não possa se recuperar, e que ambos nos preocupamos
profundamente com você.”
Ela   abriu   a  boca   para  falar,  mas  o   que   estava  prestes   a  dizer   se  dissolveu  sob  a
sensação dos dedos deslizando sobre seu abdômen até se acomodar sobre seu clitóris.
Royce o acariciou, seus sucos escorregadios facilitando o deslizamento  dos dedos
sobre a carne palpitante.
“Quanto mais profundos nossos sentimentos vão por você, mais rígidos nós seremos.
Não  podemos  permitir  acontecer  nada  a você,  querida,  e  temos todos esses  seus  anseios
secretos   para   explorar.   Ao   mesmo   tempo,   nossa   possessividade   e   nossa   necessidade   de
dominar parecem ser mais fortes com você do que nunca. Goza querida. Agora.”

254
Brenna sugou pelo ar quando seu orgasmo lavou sobre ela, como se ao seu comando.
Nada do que ele ou King tinham feito até este ponto proclamava seu domínio sobre
ela como fazê­la gozar com apenas um comando para fazê­lo.
Caindo  contra  ele,  ela  clamou  seu  prazer,  agarrando   sua  camisa entre   as mãos  e
enterrando o rosto em seu peito.
Ela enrijeceu quando a onda de prazer a coroou, seu corpo inteiro preso em uma
massa formiguenta de calor que a deixou abalada e fraca.
Através disso, o toque de Royce nunca vacilou, o curso insistente e constante em seu
clitóris continuou mesmo depois que ela começou a descer.
Os   dedos   lisos   se   moviam   continuamente   sobre   seu   clitóris   muito­sensível   com
precisão implacável apesar de seus gritos e seus apelos para que ele parasse.
Nesta posição, e com os joelhos pressionados no tapete grosso, ela não conseguia
fechar   as   pernas   contra   isso.   Agarrando   seus   antebraços,   ela   tentou   afastá­lo,   mas   não
conseguiu movê­lo.
“Não mais. Eu gozei. Por favor, eu não aguento mais.”
Royce a segurou no lugar com uma mão em seu ombro e continuou a acariciar seu
clitóris. Erguendo a mão de seu ombro, ele a enrolou em seu cabelo, inclinando seu rosto
para ele.
“Ele é meu para acariciar como eu gosto, lembra?”
Tremendo incontrolavelmente, Brenna choramingou. “Não. Por favor, não.”
O olhar coberto de Royce segurou o dela enquanto ele baixava a cabeça e tomava
seus lábios, o domínio que ele de alguma forma conseguiu injetar em seu beijo enviando seus
sentidos cambaleando.
Ele separou seus lábios com facilidade, usando a língua para explorar sua boca e
marcá­la   como   dele.   Isso   continuou   e   continuou,   deixando­a   fraca   e   mole,   tremendo,
impotente, seu corpo sacodindo a cada carícia em seu clitóris. Muito forte. Muito cru. Era
muito.
Erguendo a cabeça, ele estudou seu rosto e sorriu; aparentemente satisfeito com o
que viu.

255
Embora tivesse abrandado os golpes em seu clitóris, ele continuou uma pressão leve,
os olhos chamejando em seus gritos choramingados.
“Nesta posição, você não pode se fechar contra meu toque. Este clitóris é meu. Pensei
que você tivesse entendido isso.”
Ela não suportava mais. Seu clitóris se tornara muito sensível pela atenção, tanto que
até o menor deslize do dedo sobre ele a fazia sacudir e clamar.
A mão em seu cabelo soltou, enviando mais deliciosos chiados através dela quando
deslizou até a parte baixa de suas costas, onde se firmou.
“Arquei suas costas. Quero esses seios esticados para mim. Convide­me a tocá­los.
Segurá­los. Levante­os para mim.”
Brenna obedeceu, chocada com o quão submissa se sentia cada vez que se fazia mais
disponível para ele. A queimadura em seu clitóris a advertiu de outro orgasmo, o que ela não
pensara possível. Seu peito arfava a cada fôlego, seus gritos cada vez mais altos, quando a
ligeira dor de ter seu clitóris tão­sensível acariciado combinou com a necessidade de mais.
Ela   assistiu   com   fascinação   quando   Royce   baixou   a   cabeça   e   tomou   um   mamilo
dolorido na boca, e forçou­se a manter as costas arqueadas e os seios empurrados para fora
quando seu instinto era se enrolar adiante. Ela clamou no puxão forte, ofegando quando ele
raspou os dentes sobre ele, enviando mais dessas ondas de consciência correndo através dela.
A mão em suas costas se moveu mais baixa para esfregar suas nádegas, provocando
calafrios de cima a baixo em sua espinha enquanto ela começava a gozar.
Ela podia sentir  a umidade  se liberando  rápido, e lutou para permanecer  imóvel
quando os dedos deslizaram através de sua fenda por trás, indo perigosamente perto de sua
abertura enrugada antes de escorregar em sua boceta.
Royce soltou seu mamilo, olhando para ela enquanto seu orgasmo a inundava.
“Lindo. Eu poderia vê­la gozar o dia todo.”
Brenna sacudiu a cabeça, sabendo que não poderia aguentar mais. “Vai me matar.”
Mole e sem fôlego, ela se afundou contra ele, lutando para conseguir ar suficiente em seus
pulmões, sua boceta queimando enquanto seus golpes firmes continuavam.
“Royce. É muito.”

256
“Você nem sequer chegou perto de alcançar seus limites, querida.” Ele retirou o dedo
de sua boceta ao mesmo tempo em que parou de acariciar seu clitóris, pegando­a nos braços.
“Mas você está desgastada. Você é tão preciosa. Venha querida. Vamos para um bom
banho quente e cama. Vou ter Sebastian lhe trazendo uma bandeja de jantar.”
Para sua surpresa, Royce a banhou, tirando a camisa e lavando cada centímetro dela.
Recostando­se   contra   uma  toalha  que   ele  tinha  enrolado  nela  e   colocado  sob  seu
pescoço, Brenna deixou a cabeça descansar de lado para admirar seu peito nu.
“Royce?”   Agora   que   tinha   se   acalmado   um   pouco,   as   dúvidas   e   inseguranças
começaram a atravessá­la de novo.
Lembrando­se do que ele tinha feito na sala de jogos, e o quão complacente ela tinha
sido depois, ela não conseguia deixar de se perguntar se estava perdendo uma parte de si
mesma — mudando de alguma forma — e isso a assustava.
Royce deveria estar sabendo, pois a atenção que ele lhe deu agora parecia projetada
para acalmá­la.
“Sim, querida?”
Franzindo o cenho, ela olhou para seu perfil enquanto ele a lavava, pensando nas
outras vezes que ele e King, a tinham abraçado e segurado depois que tiveram sexo. Agora
que teve tempo para pensar nisso, ela percebeu que quanto mais intensa sua submissão, mais
atenção eles lhe davam depois.
Royce   ergueu   seu   pé   fora   da   água   e   o   ensaboou,   sorrindo   quando   ela   deu   uma
risadinha e tentou, sem sucesso, puxar o pé longe.
“Com cócegas, é?”
Depois de enxaguar seu pé, ele beijou os dedos, a sensação de seus lábios enviando
deliciosos arrepios por sua perna. Soltando­o, ele escorregou a mão sob a superfície da água,
deslizando­a   por   sua   perna.   Fazendo   uma   pausa   antes   de   alcançar   sua   fenda,   os   dedos
descansando contra sua coxa.
Arqueando uma sobrancelha, ele encontrou seu olhar, a indulgência em seus olhos a
aquecendo por dentro.
“O que você queria me dizer, querida?”

257
O carinho em sua carícia a confortou mais do que excitou, o toque firme acalmando
os tremores que ainda dançavam sob sua pele.
Tocando seu antebraço, ela olhou seu perfil, mal capaz de acreditar que um homem
tão bonito quanto Royce a queria. A atenção que ele lhe dava agora lhe trouxe lágrimas aos
olhos, a emoção tão forte que fez um amontoado em sua garganta, e ela teve que limpá­la
antes de falar.
“Você e King são sempre tão atenciosos depois que temos sexo. Vocês sempre me
tocam e me abraçam.”
Royce sorriu, pegando sua mão e levando­a aos lábios. “Sim. E daí?”
Endireitando­se, ela enrolou os braços em seu pescoço, amando a liberdade de tocá­
lo assim. Em momentos como este, ela se sentia verdadeiramente feliz, e sentia um brilho
interior que a deixava vertiginosa.
O   vínculo   que   compartilhava   com   ele   parecia   ainda   mais   intenso,   mas   mesmo   a
ternura   que   ele   mostrava   agora   não   conseguia   apagar   sua   confusão   sobre   seus   próprios
desejos.
Isso, porém, ela manteria para si mesma.
Vindo de joelhos, ela tocou os lábios em sua mandíbula forte, sorrindo contra seu
pescoço quando os braços vieram ao seu redor.
“Eu gosto disso.”
Escorregando  os braços  por  baixo  dela, ele  a levantou da   água,  segurando­a alto
contra seu peito enquanto se sentava na beirada da grande banheira e pegava uma toalha da
prateleira atrás dela.
Curvando­se, ele deu um beijo em seus lábios antes de começar a secá­la.
“Bom, porque eu gosto muito de segurá­la em meus braços.”
Para sua surpresa, enquanto corria a toalha sobre ela, ele perguntou sobre seu dia.
“E então, você gostou de seu primeiro dia de trabalho na loja? King me disse que
você parecia um pouco chateada na hora do almoço, depois de ver Jesse com Clay e Rio.”
Ele a deixou de pé e jogou a toalha na direção do cesto antes de levá­la de volta para
o quarto.  Uma vez lá, foi até a cama  e pegou o  roupão  lá e a empacotou nele  por trás.

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Curvando­se perto, ele sussurrou em seu ouvido enquanto amarrava o cinto. “Ele me disse
que você parecia meio perdida. Você quer me contar sobre isso?”
Brenna   pensou   na   maneira   como   Jesse   tinha   sido   com   seus   maridos;   os   olhares
amorosos entre eles, os sorrisos especiais que compartilhavam um com o outro, e a forma
como nenhum dos dois parecia capaz de manter as mãos longe dela.
Qualquer um que olhasse para eles podia ver o amor e respeito entre eles, o tipo de
respeito e profunda emoção que Brenna não podia imaginar se formando em uma relação
como a que ela, King e Royce atualmente tinham.
Ela   sabia   que   eles   nunca   seriam   capazes   de   respeitá­la   do   jeito   que   Clay   e   Rio
respeitavam Jesse.
Como eles poderiam respeitar uma mulher que rastejava de joelhos, empurrada por
um pênis de borracha enfiado em sua bunda?
Fechando os olhos, ela levou alguns segundos para se inclinar contra ele, saboreando
a  sensação   de   seu  grande  corpo   contra   o  dela,  os  braços  fortes  a  abraçando.  Ela  viera  a
precisar disso mais do que contara e lutou para manter seu tom frio, assim ele não perceberia
o quão vulnerável e confusa se sentia. De repente, ela se encontrou querendo ficar sozinha,
ter uma chance para pensar.
“Não há nada para dizer. Olhe, eu sei que você tem que voltar, e vai ter que trocar de
roupa. Suas calças estão encharcadas.”
“King e Blade podem lidar com tudo até eu chegar lá.”
“Mas, com todas aquelas pessoas, eles precisam de você.”
Royce a virou nos braços, inclinando seu rosto para ele e procurando em suas feições.
“Eu acho que você precisa mais de mim. O que a está  incomodando, Brenna? Não tente
manter   segredos   de   mim.   Segredos   não   têm   lugar   em   uma   relação   como   a   nossa,
especialmente se você estiver se sentindo insegura.”
Ela   se   afastou   dele,   rindo   baixinho   para   esconder   sua   tristeza,   e   esfregou   seu
estômago, onde um nó se formara.
“Eu não estou insegura. Você só tem a mulher errada.”
Royce a virou, juntando as lapelas do roupão e puxando­a para perto. E a ergueu até
a ponta dos pés, os olhos brilhando perigosamente.

259
“Oh, eu com certeza tenho a mulher certa. Só não acho que ela está convencida disso
ainda.” Ele sorriu, com um sorriso de intenção escura. “Mas ela estará. Logo.”

* * * * *

Brenna caiu na cama depois que Royce saiu, com seu corpo ainda vibrando  com
consciência mesmo quando uma letargia pesada veio sobre ela, tornando quase impossível se
mover.
De repente, ela se lembrou do envelope.
Saltando da cama, ela foi até a calça que tinha sido jogada no canto e cavou no bolso
traseiro   pela  nota.  Rasgando­o  aberto,  ela   leu  a  frase,  escrita  com  a  mesma   caligrafia   da
última nota.
Seu tempo com eles vai acabar logo — e para sempre.
Brenna respirou fundo e soltou o ar lentamente enquanto dobrava o pedaço de papel
e o colocava de volta no envelope.
Ela não ia deixar que a ameaças de Donner a afastasse de Royce e King. Se essa coisa
entre eles terminasse, seria porque eles tinham terminado, e não por causa de Donner.
Ela só queria que esse idiota a confrontasse logo.
Dobrando o envelope, ela abriu uma gaveta e o enfiou debaixo  de uma pilha de
calcinhas de algodão que usava para trabalhar, onde Royce e King nunca o encontrariam.
Com pernas trêmulas, Brenna rastejou de volta para a cama, certa de que poderia
cuidar desse idiota sozinha.
Então, Royce e King iam vê­la como uma mulher forte, uma que poderia lidar com
pertencer a dois Mestres.
Sorrindo, ela fechou os olhos, imaginando o olhar no rosto de King quando Royce lhe
dissesse o que eles tinham feito.
    

260
Capítulo Quatorze
Brenna acordou com um arranque, um calafrio a atravessando quando as cobertas
foram arrancadas dela. Antes que tivesse a chance de fazer mais do que gemer em protesto,
dentes afiados rasparam sobre sua nádega.
“Ai!”   Empurrando­se   para   longe,   ela   caiu   desajeitadamente   contra   um   Royce
dormindo, que abriu um olho e esfregou suas costas. “Ele me mordeu!”
“Você está bem, querida. King sentiu sua falta ontem à noite.”
“Malditamente certo, eu fiz.” Segurando suas pernas, King a puxou da cama antes
que ela sequer pudesse tentar lutar. “Vamos lá, dorminhoca. Você vai malhar comigo esta
manhã.”
Ela   se   encontrou   arrancada   de   uma   cama   quente   e   contra   um   corpo   ainda   mais
quente. Caindo contra ele, ela gemeu, deixando os olhos se fechar novamente.
“King! Eu não quero malhar. Ainda está escuro lá fora. Eu quero dormir.” Ela odiava
o   lamento   em   sua   voz,   mas  estava   quente   e   confortável,   e   não   via  nenhuma   razão   para
levantar cedo em seu dia de folga, a menos que envolvesse algo um inferno de muito mais
interessante do que malhar. “Vá sozinho.”
Rindo, King ergueu sua forma inerte com irritante facilidade, fixando seu corpo nu
por cima do ombro antes de sair do quarto.
“Está amanhecendo. O sol está chegando. Sabe, você fica bonita quando resmunga.”
Insultada, Brenna lhe deu um soco, sem se incomodar de abrir os olhos. “Eu não
resmungo. Só não gosto de ser arrancada de minha cama quando estou dormindo. Quero
voltar para a cama com Royce.”
Com uma mão grande atrás de seus joelhos, King a segurou firme, correndo a outra
por seu bumbum enquanto fazia seu caminho pelo corredor mal iluminado na direção oposta
da sala de jogos.
“Difícil. Você não trabalha hoje e quero passar algum tempo com você. Você disse
que queria malhar comigo, então estamos indo malhar.”

261
Brenna  esmurrou   seu  traseiro,  desapontada   ao  ver   que   ele   já   estava  vestido  com
roupa de ginástica. “Eu não disse que queria malhar no meio da noite, porra.”
King   entrou   no   cômodo   perto   do   final   do   corredor,   fechando   a   porta   atrás   dele.
Agarrando sua cintura, ele a deslizou centímetro por centímetro abaixo do comprimento de
seu corpo até que seus pés tocaram o chão, rindo quando ela ficou mole contra ele.
Envolvendo os braços ao seu redor, ele correu as mãos por suas costas, tocando os
lábios em seu cabelo. Para sua encantada surpresa, ele ficou lá, abraçando­a em silêncio por
vários minutos, fazendo nada mais do que esfregar as mãos de cima a baixo em suas costas.
Inclinando­se   para   ele,   ela   esfregou   o   rosto   na   camisa   de   algodão   macio   que   ele
usava, levantando os braços para envolvê­los em seu pescoço. Ela podia sentir o cheiro do
sabonete que ele usara no banho recente e o respirou com um suspiro, aconchegando­se mais
perto.
Enfiando os dedos em seu cabelo, ele os enrolou em sua nuca e esfregou, erguendo
seu rosto para ele enquanto fazia. Com um sorriso, ele empurrou seu cabelo emaranhado
fora do rosto, os olhos deslizando por seu corpo antes de se fixar nela.
Correndo um dedo por seu queixo, ele o moveu mais baixo, arrastando­o de seu
pescoço para a clavícula. Segurando seu olhar, ele o deslizou ainda mais baixo até a curva
superior de seu seio.
“Bom dia, bebê.”
Ela estremeceu quando o toque cresceu mais ousado, as pontas tocando de leve a
curva exterior de seu seio, enviando flechas afiadas de consciência para seu mamilo. Bem
acordada agora, Brenna correu as mãos de seu peito até os ombros, maravilhada no quanto
se sentia pequena e frágil sempre que estava com ele.
“Bom dia.” Ela alisou a camisa de algodão sem mangas sobre seu peito, desapontada
que não era pele nua. Ele, aparentemente, já se vestira para o treino, completo com tênis.
Desde que ele obviamente não planejava fazer sexo, ela se perguntou por que ele não lhe
permitiu se vestir antes de trazê­la para o quarto de treinamento bem equipado.
Olhando para ele, ela sorriu, e pela primeira vez, notou o quão cansado ele parecia.
Tentando manter o ciúme de sua voz, ela o olhou através dos cílios. “Você e Royce devem ter
vindo para a cama bem tarde ontem à noite.”

262
King   sorriu,   escorregando   as   mãos   até   seus   seios,   estreitando   os   olhos   em   seu
suspiro. “Nós acabamos de subir. Eu queria treinar um pouco antes de ir para a cama.”
Brenna gemeu quando os dedos se concentraram em seus mamilos. “Hmm, e você
precisava tanto de minha companhia que teve que me arrancar de uma cama quente?”
King sorriu e puxou seus mamilos. “Algo assim.”

* * * * *

Olhando para ela, King pensou no número de vezes que a tinha verificado durante a
noite, e o quão difícil tinha sido não abandonar suas responsabilidades lá em baixo e ir para a
cama com ela. Depois de ouvir sobre sua resposta à atenção anterior de Royce, ele passara o
resto da noite tentando não pensar nela. Pela primeira vez em sua vida, ele teve dificuldades
de se concentrar para dar a atenção necessária às pessoas no clube.
Tudo o que os Doms faziam para seus submissos tinha sua mente correndo  com
pensamentos de fazer as mesmas coisas com Brenna.
Embora ele soubesse que Royce teria dado a Brenna os cuidados subsequentes que
ela precisava, acalmando­a até que se acomodasse; ele não conseguia parar de verificá­la.
Se Royce achava que Brenna se sentia insegura e apreensiva, King acreditava nele.
O olhar em seu rosto quando almoçavam continuava a persegui­lo, mas ele percebeu
que nem todas as palavras do mundo iam ajudar. Só o tempo ia convencê­la de que eles
poderiam ser felizes desse jeito, e formar o tipo de vínculo que os Ericksons tinham. Levava
tempo, confiança, paciência e amor.
Ele já tinha os dois últimos.
E só precisava convencer Brenna a lhe dar os dois primeiros.
Cristo, ele a amava, e com uma ameaça invisível pairando sobre sua cabeça, tendo
em uma mulher que lhe pertencia assumia um significado muito mais profundo.
Ela   lhe   pertencia   —   um   conceito   que   tinha   que   admitir   ele   nunca   realmente
entendera antes.

263
A responsabilidade de seu bem­estar descansava direto em seus ombros e de Royce
— um pensamento preocupante.
“King? Algo está errado?”
Sorrindo para dissipar a preocupação em seus olhos, ele a puxou contra ele. “Claro
que não. O que poderia estar errado? Quer um pouco de suco antes de começar?”
Correndo uma mão firme em seu bumbum enquanto ia até a pequena geladeira no
canto, ele apreciou a suavidade de sua pele. “Royce me disse o que aconteceu ontem à noite.”
Ele se virou a tempo de vê­la corar, mas foi à vulnerabilidade em seus olhos que
chamou sua atenção. Ele a observou de perto, alerta para qualquer sinal de autodesprezo.
Aliviado   por   ver   apenas   embaraço,   ele   parou,   esperando   até   que   ela   o   olhasse
novamente.
“Você estava linda. Muito doce e impotente.” Escondendo um sorriso em seu olhar
de surpresa, ele fez uma careta. “Só espero que você tenha aprendido que Royce e eu não
fazemos ameaças vãs e que queremos dizer cada palavra que te dizemos.”
Ele   tinha   assistido   ao   vídeo   curto   antes   de   apagá­lo,   o   corpo   apertado   com
necessidade  de vê­la rastejando  pelo chão, empurrada por um pênis de borracha em sua
bunda.
Foi o olhar em seus olhos, no entanto, que o cativou.
No vídeo, o desafio em seus olhos azuis enviara uma onda de necessidade para seu
pau, mas foi sua poderosa luxúria e rendição impotente que lhe tirara o fôlego.
Indo de volta para ela, ele lhe entregou uma embalagem com suco de laranja e se
inclinou   para   beijar   seus   mamilos,   que   se   destacavam   implorando   por   atenção   —   como
sempre.
Sorrindo, ele tomou um mamilo na boca, incapaz de resistir à tentação da ponta rosa,
ou de chocá­la enquanto ela ainda tinha aquele olhar sonolento nos olhos. Ele gostava de se
esgueirar sob sua guarda, e gostava de ver sua luta para se recompor.
Até que ele o rasgava fora novamente.
Ela nunca seria o tipo de mulher que se renderia facilmente, algo que ele sabia ia lhe
trazer um prazer sem fim.

264
Brenna seria o tipo que nunca ia deixar de desafiar, ousar, ou empurrá­los. Ela ia
testar os limites dela, testar os limites deles, e por muitas vezes ia precisar se reassegurar
depois de se submeter tão completamente.
Ele e Royce esperavam e ansiavam cuidar dela, e cada dia a possibilidade de que isso
poderia ser um acordo de longo prazo se tornava mais real.
Cheia   de   fogo   e   paixão,   Brenna   o   desafiava,   sua   feminilidade   inegável   uma   isca
irresistível.
Levaria uma quantidade tremenda de tempo, paciência e atenção antes de Brenna
realmente entender o poder e realização de se render.
Deus os ajude quando ela o fizer.
Ele   sorriu   para   si   mesmo   enquanto   a   observava   tomar   o   suco,   esquecendo­se   e
cobrindo os seios, um hábito cativante que ele ia se esforçar para não tirar totalmente.
Ela definitivamente se tornaria uma força a ser considerada, especialmente quando
formassem um laço e ela compreendesse o quanto de poder segurava sobre eles.
Ele olhou sua nudez com uma fome que parecia crescer a cada dia.
Estendendo a mão, ele esperou até que ela baixasse a embalagem, antes de tomá­la e
colocá­la de lado.
“Eu subi para verificá­la várias vezes ontem à noite. Royce disse que você parecia um
pouco inquieta. Por quê? Porque você fez o que achava que ele não poderia fazê­la fazer, ou
porque gostou?”
“Vá para o inferno.”
King arqueou uma sobrancelha, antecipação correndo em suas veias.
“Apresente­se.”
Ele quase riu alto na expressão em seu rosto, uma de fúria atordoada que ele esperou
ansiosamente se transformar em desejo e rendição impotente.
Brenna desviou o olhar, cobrindo­se, apertando o braço ao redor dela e colocando
uma mão sobre seu monte.
“King, eu não tenho vontade de jogar agora.”
“Eu não estou jogando.” Removendo sua mão, ele alcançou para segurar seu seio,
satisfeito com sua ingestão aguda de ar quando acariciou o polegar sobre o mamilo. Com a

265
intenção de instabilizá­la ainda mais, ele  empurrou  a mão  que  ela usava para cobrir  seu
monte nu.
Mais   uma   vez,   seu   pau   saltou   no   olhar   de   confusão   e   fome   em   seus   olhos   e   no
arrepio   que   a   percorreu.   Seus   mamilos   frisaram   mais   apertados   e   os   músculos   de   seu
estômago estremeceram sob sua mão.
Levantando   uma   sobrancelha,   ele   bateu   em   seu   mamilo.   “Eu   não   acho   que   você
entendeu completamente o conceito de nos pertencer. Você não escolhe quando faz, ou o
quanto permiti. Eu sei que leva tempo para construir essa confiança, e vou fazer concessões a
isso, mas não significa que vou deixá­la ir longe com me desafiar.”
Ela ergueu o queixo, os olhos cintilando com fúria e excitação relutantes.
“Eu não sou uma criança. Eu sou uma mulher crescida.”
As lágrimas em seus olhos ataram seu estômago e o teve estendendo a mão para ela,
mas ela se esquivou. Parecendo tão perdida e triste que ele não podia suportar.
“Eu sou uma aberração!” Suas palavras saíram em um soluço, o grito rasgando­o por
dentro.
Vencendo sua luta, ele a puxou contra ele, amando a sensação das curvas macias e
quentes contra ele. “Pare com isso. Vamos. Vamos tentar sossegar.”
Ela tentou afastá­lo, algo que ele nunca permitiria. “Eu não quero sossegar! Como eu
posso sossegar? O que há de errado comigo? Eu não pensei que seria desse jeito.”
King   já   lidara   com   um   monte   de   mulheres   angustiadas   ao   longo   dos   anos,   mas
nenhuma jamais havia puxado em seu coração como as lágrimas de Brenna faziam agora.
Nunca terem estabelecido sua posição com ela tinha sido mais importante.
Erguendo seu peso leve, King se dirigiu para um dos bancos e a colocou no colo,
cada   um   de   seus   soluços   como   uma   facada   em   seu   coração.   Não   permitindo   que   ela   se
escondesse dele, ele segurou seu rosto, pressionando a outra contra seu peito.
A sensação de seu traseiro nu contra a perna, só o fazendo se sentir mais protetor
com ela.
Usando um polegar para enxugar uma lágrima, ele manteve a voz baixa e calmante.
“Você não esperava que fosse desse jeito, bebê?”

266
Brenna fungou. “Deveria ser sobre sexo. Eu sempre fantasiava sobre isso, mas em
minhas fantasias, a pessoa com quem eu estava fazia o que  eu  queria, quando  eu  queria.
Como você e Royce vão respeitar uma mulher que rasteja por aí como um cachorro? Eu não
sei como pude ser tão estúpida. Eu deveria saber —”
King  tocou  um dedo  em seus  lábios para  silenciá­la, odiando  a direção  que  seus
pensamentos haviam tomado. Abraçando­a mais perto, ele começou a balançá­la, surpreso
que parecesse tão natural.
“Em primeiro lugar, ninguém nunca disse que seria apenas sobre sexo com a gente.
Eu sei que é difícil para você, mas isso é só porque você não entende si mesma o suficiente
para aceitar o vínculo que se formou entre nós. Royce e eu estamos aqui para ajudá­la com
isso, mas não podemos ler sua mente, bebê. Você precisa falar com a gente.”
Escovando seu cabelo  para trás, ele segurou seu olhar, não  permitindo  que ela o
desviasse. “Eu tive dificuldades para enfrentar com ser dominante, também.” Em seu olhar
de surpresa, ele sorriu. “Você acha que foi fácil para mim descobrir o que eu precisava para
ser feliz? Para ficar satisfeito. Você tem alguma ideia de quantas mulheres amaram o que eu
fazia   com   elas   na   cama,   mas   não   podiam   lidar   com   o   tipo   de   homem   que   sou   fora   do
quarto?”
Brenna se inclinou para trás, olhando para ele. Ela piscou e se endireitou. “Sério?”
Com   o   nó   em   seu   estômago   crescendo   a   cada   minuto,   ele   acariciou   suas   costas,
cursos longos e firmes destinados a confortá­la — e a ele.
Desviando a vista, ele se lembrou dos olhares de medo e às vezes repulsa nos rostos
de algumas mulheres, junto com suas garantias de que ele ainda estaria disposto a fazer sexo
com elas quando estivesse no humor.
Ele há muito tempo havia socado abaixo suas emoções em relação às mulheres e viu­
se frustrado que, ao fazer isso, o sexo não parecia tão gratificante quanto antes. A ausência do
vínculo que deveria ter tido, que ele precisava ter com sua sub, se limitava à sua satisfação em
cada encontro.
Até Brenna.
Em seus olhos, ele não via repulsa. Ele via curiosidade e fome.
Ela tinha ambos em seus olhos enquanto olhava para ele agora.

267
“Você   está   me   dizendo   que   existem   mulheres   que   não   te   querem?”   Ela   riu
amargamente e desviou o olhar. “Boa tentativa, mas eu sei que isso é besteira. Eu conversei
com várias mulheres na cidade antes de te encontrar para jantar na primeira noite. Todas elas
queriam   você.   Elas   ficaram   todas   gagás,   com   aqueles   olhares   estúpidos   em   seus   rostos
quando mencionei seu nome e o de Royce.”
Intrigado, e divertido, King a virou de volta para enfrentá­lo.
“Que olhares estúpidos, e o que diabo é gagá?”
Para sua maior diversão, Brenna acenou com a mão. “Você sabe. Todas elas pareciam
que rancariam seus caninos para passar uma noite com você. Elas provavelmente jogam suas
calcinhas para você quando você passa — e não tente me dizer que elas não caem por toda
parte para ficar perto de você lá embaixo. Eu vi o que aquela mulher fez.”
Encantado com ela, ele a ajustou em seu colo até que ela o escarranchasse.
“Você não interferiu. Fiquei orgulho de você. Eu não tocaria aquelas mulheres  lá
embaixo. Um, porque enquanto  elas estão aqui, elas têm seus próprios Mestres. Dois, eu
estou trabalhando lá, não jogando. E três, eu tenho você. Já é suficiente?”
A mandíbula de Brenna apertou, mas ela se esfregou contra ele como se não pudesse
resistir, um bálsamo para sua alma maltratada. “Eu ainda não gosto. King, você realmente
quis dizer isso quando disse que teve dificuldades para lidar com o jeito que você é? Quero
dizer, você é aquele que está no comando, e não a pessoa que quer se submeter. Quem não
gostaria de ser assim?”
Com as mãos cheias de bunda firme, King a puxou para mais perto, pressionando o
pênis contra sua fenda. Arrastando os dedos entre suas coxas, ele não pôde deixar de sorrir
em sua maciez quente.
“Você não quis. Lembra?” Ele moveu os dedos, deslizando um em sua boceta quente
e sorrindo na maneira como ela instintivamente o apertou.
Seu corpo apertou quando ela jogou a cabeça para trás e gemeu, e sua boceta cerrou
mais contra o dedo. Uma onda de orgulho e outra emoção que ele não queria examinar muito
agora cresceram dentro dele.
Ele de repente se sentiu com três metros de altura — e com medo de sua mente.

268
Ele não sabia se ela percebia o que fazia com ele quando respondia tão prontamente,
mas a proximidade que precisavam agora não tinha nada a ver com sexo. Ela precisava dele,
e agora mais do que nunca, ele tinha que ser o que ela precisava.
Acariciando sua carne interior quente, ele correu a mão em suas costas, deleitando­se
em seu calafrio e na corrida fresca de umidade que cobriu seu dedo. A ideia de tê­la como
sua, de repente parecia quase boa demais para ser verdade.
Deslizando o dedo livre, ele escondeu um sorriso em seu gemido de protesto.
Parte de sua responsabilidade como seu Dom era cuidar dela todos os minutos de
cada dia, algo que ele esperava ansiosamente mais do que havia previsto.
Agora, ela não precisava de sexo. Ela precisava conversar, e cabia a ele dar a ela o
que ela precisava.
A   vulnerabilidade   em   seus   olhos   o   puxava   como   nunca   antes.   Com   um   suspiro
interior, ele colocou as mãos em sua cintura e deu um beijo rápido em seus lábios macios,
lutando contra a necessidade quase irresistível de aprofundar o beijo e derramar o que sentia
nele.
Em seu atual estado de espírito, ele provavelmente ia assustá­la até a morte.
Levantando a cabeça, ele olhou para ela, chocado com o desejo dentro dele de um dia
vê­la pesada com a criança que ele e Royce iam plantar dentro dela.
O nó dentro dele continuou a crescer na percepção de que se ele não lidasse com seus
medos e ansiedades, ela poderia ir embora. Ele se levantou, deixando­a de pé.
“Vamos   levá­la   para   vestiu   suas   novas   roupas   de   ginástica.   Vamos   conversar
enquanto você estiver se estirando.”
Os olhos de Brenna se arregalaram, a suspeita neles o fazendo rir. “Você realmente
vai me deixar usar roupas?”
King sorriu, batendo a mão em seu traseiro firme. “Dessa vez.”

* * * * *

269
Fascinada no grupo e flexão dos músculos rígidos, Brenna achou difícil se concentrar
nos pesos que King tinha lhe dado.
“Então você começou a levantar pesos por causa de seu pai?”
King empurrou a barra de pesos fora do peito mais uma vez. “Fiquei doente de tanto
ser chamado de franzino e fraco. Saí de casa aos dezoito anos, me alistei, e comecei a levantar
pesos. Quando saí, eu já tinha ganhado bastante massa muscular.”
Ele soltou o peso na barra acima antes de olhar para ela. “Foi nessa época que percebi
que eu tinha a necessidade de dominar no quarto. Eu ainda era jovem e estúpido e não sabia
o que fazer sobre isso, então eu tentei fingir que não estava lá.”
Ele se sentou, olhando­a pensativamente antes de ficar de pé.
“Da maneira como você é agora.” Ele se aproximou, tomou os pesos dela e os deixou
a seus pés quando agachou na frente dela e pegou suas mãos.
“Eu  ouvi  sobre   um  clube  onde  eu  poderia   encontrar  o  que  estava  procurando,  e
conheci Royce lá. Nós éramos jovens o suficiente para estar confusos, mas velhos o suficiente
para sabermos o que queríamos. Foi quando decidimos abrir um clube nosso. Nós queríamos
dar aos outros a oportunidade  de explorar este lado de si mesmos, e ter um lugar onde
poderiam encontrar as respostas para suas perguntas. Eu já tinha ouvido sobre a forma como
as  pessoas  viviam em  Desire  há algum  tempo, então  decidimos nos estabelecer  aqui.  As
regras da cidade e a ideia de proteger as mulheres a todo custo nos agradaram e combinaram
com  nossas   ideias  para   o  clube.   Blade   já   vivia  aqui,   e  quando  nos  conhecemos,   nós   três
entramos no negócio juntos.”
Brenna achou difícil acreditar que o homem autoconfiante na frente dela pudesse ter
estado uma época, tão confuso e inseguro de si mesmo.
“Quando você e Royce começaram a compartilhar? Não posso imaginar as mulheres
com quem vocês dormiam reclamando do sexo. Não importa o que diga; você não vai me
convencer   disso.  Tenho   estado   no   fim  receptor   por   vezes   suficiente   para   saber   que   você
consegue fazer uma mulher fazer tudo que você quiser que ela faça.”
Mesmo agora, as mãos que King colocou em suas coxas enviou o que se sentiam
como correntes elétricas correndo até sua fenda.

270
Balançando a cabeça, ele se aproximou. “Eu não quero qualquer mulher, Red. Eu
quero você, e eu não quero você apenas na cama. Eu quero você o tempo todo. Eu sou um
maníaco por controle. É importante para mim mantê­la segura, feliz e bem cuidada, que foi
uma das coisas sobre esta cidade que me atraiu. Eu preciso fazê­la minha em maneiras que
você nem poderia imaginar. Eu quero tudo. O sexo é apenas uma parte disso, Red.”
Brenna abriu as coxas e se inclinou para ele, esfregando os seios contra seu peito. “O
sexo parece ser uma grande parte disso.”
O sorriso de King lhe causou uma onda de umidade, uma que umedeceu o short que
ele tinha lhe dado para vestir.
“Somos saudáveis, adultos consentidos com necessidades. Eu nunca paro de querê­
la.   Você   é   tão   incrivelmente   apaixonada   e   a   forma   como   você   luta   contra   sua   própria
submissão é a coisa mais sexy que já vi. Francamente, eu não acho que você vai parar de
lutar,   mas   vai   encontrar   mais   e   mais   prazer   quando   entender   seus   próprios   desejos   e
necessidades melhor.”
Passando as mãos por seus ombros, ela os encontrou lisos com uma fina camada de
suor  depois  do  treino.  Brenna  estremeceu  quando  as  mãos  dele   foram   sob   sua  blusa,  os
dedos arrastando um caminho ardente até seus seios.
Afundando   os  dedos   em   seus   músculos   duros,   ela   engoliu   em   seco   e   o   prendeu
fôlego, os mamilos vivos em antecipação quando ele os circulou. Desejando que ele tocasse a
pele nua, ela arqueou as costas, fazendo­se mais disponível para ele. “E você quer satisfazer
meus desejos e necessidades?”
King sorriu, com os olhos encobertos e alertas. Correndo os dedos de um lado para
outro sobre o lado sensível de seus seios, ele se aproximou, pressionando o pênis contra sua
barriga. “É claro. Você é minha sub, e mais importante, minha mulher. Mantê­la satisfeita,
segura e feliz é a coisa mais importante no mundo para mim.”
Brenna levantou uma sobrancelha na palavra  segura, mas permaneceu em silêncio.
Balançando a fim de levá­lo a mover as mãos mais altas, ela gemeu com a pressão em sua
barriga, amando a sensação do bojo duro pressionando contra ela. Erguendo o rosto para ele,
ela tentou se concentrar em provocá­lo. “Então por que você me acordou esta manhã?”

271
King sorriu e puxou a blusa sobre sua cabeça, jogando­a de lado. O olhar indo para
seus seios, e fazendo­os inchar dentro do sutiã. “Porque eu queria passar mais tempo com
você.   Royce   e   eu   ficamos   preocupados   ontem   à   noite.   Ele   disse   que   você   parecia   brava
consigo mesma por submeter. Eu vi em seus olhos no vídeo.”
King deslizou as mãos ao seu redor, puxando­a para mais perto. “Esses olhos me
ganham cada vez do caralho. Eu vou ter que mantê­la vendada, assim você não vai poder
usá­los contra mim.”
O rosto de Brenna queimou, e ela tentou se cobrir quando ele tirou o sutiã de esporte,
mas ele não permitiu. “Como você se sentiria se tivesse que rastejar em suas mãos e joelhos
com um pedaço de pau em seu rabo para empurrá­lo?”
King riu. “Eu não ia gostar muito disso, mas, novamente, eu não faço parte inferior.
Você faz, e muito bem. Meu pau ficou duro à noite toda depois de assistir a fita. Enfrente­o,
Red.   Nós   somos   perfeitos   um   pro   outro.   Agora,   eu   quero   sentir   essa   boceta   quente   me
ordenhando seco.”
“Então, você quis que eu levantasse porque queria minha companhia? E por que eu
tive que malhar?”
King se agachou na frente dela e tirou seus sapatos e meias antes de erguê­la de pé
para se livrar de seu short, deixando­a nua na frente dele. “Porque você precisa ficar em
forma. Nesse tipo de relação, isso é importante. Tenho mais alguns exercícios para você fazer
e quando você reclamar e se queixar para fazê­los, eu vou saber que você está precisando
daquele pau de borracha preso à vara de novo para movê­la.”
Brenna gemeu, e seu bumbum cerrou em resposta à ameaça enquanto o via pescar
um preservativo do bolso. Vendo­o se despir, ela mordeu o lábio, seu corpo já apertado com
necessidade.
“Eu não entendo por que as outras mulheres não gostaram disso. Há algo que você
não está me dizendo?”
Jogando a última peça de roupa de lado, King rolou o preservativo e estendeu a mão
para   ela.   “Não.   Royce   e   eu   temos   sido   honestos   com   você   desde   o   início   sobre   o   que
queremos. Só acho que você ainda não sabe a extensão de nossa possessividade por você.”

272
Brenna prendeu o fôlego quando ele a ergueu contra ele e a baixou sobre o pênis.
“Deus, é tão bom quando você está dentro de mim.” Ela clamou quando ele se abaixou para
o banco que ela tinha usado e agarrou suas nádegas, se afundando ainda mais em sua boceta.
King gemeu e a ergueu com uma facilidade que nunca deixava de surpreendê­la. “Eu
já fui chamado de Neanderthal, muito possessivo, mandão, arrogante, e um tirano.” Com as
grandes   mãos   em   seus   quadris,   os   dedos   fortes   cavando   em   sua   bunda,   ele   a   baixou
novamente, afundando­se profundamente dentro dela. “E estas são só as coisas boas.”
Com   um   gemido,   ela   tentou   acelerar   seus   golpes,   mas   ele   os   manteve   lentos   e
uniformes. “Você é todas essas coisas, especialmente arrogante. Se apresse.”
“E você é uma exigente pequena coisa.”
Ela clamou quando ele a levantou novamente, gemendo quando ele a segurou lá com
um aperto de ferro, enquanto chupava um mamilo na boca e o trabalhava com a língua.
Disparando fogo para seu clitóris, e fazendo a queimadura no pacote de nervos já­
latejante ainda mais nítida. “King!” Jogando a cabeça para trás, ela cravou as unhas em seus
ombros rígidos. Reprimindo seu pau, ela tentou se mover sobre ele, certa de que ele poderia
segurá­la.
Ele soltou seu mamilo com um golpe suave da língua e a baixou de novo, enchendo­
a com seu calor.
“Hmm, sim, querida?”
Apertando­o uma e outra vez, Brenna rebolou em seu colo, gemendo na pressão do
pênis contra suas paredes internas.
“É tão bom. Mais.”
King sorriu, com um sorriso mau que fez seu coração bater mais rápido. “Eu vou te
dar o que você precisa, querida. Sabe; eu nunca consegui vê­la se apresentar para mim. Royce
disse que você fez isso muito bem.”
Jogando a cabeça para trás quando seus golpes vieram mais rápidos, Brenna clamou
mais uma vez quando ele se inclinou e raspou os dentes sobre seu outro mamilo. “Faz, oh,
Deus, me faz sentir como… Ah, mais rápido... Uma escrava.”

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Com uma risada suave, King envolveu os braços ao seu redor, inclinando­a para trás
enquanto empurrava mais rápido. “É isso exatamente o que você é. Minha pequena escrava.
Minha para tomar, para tocar, para foder, sempre que eu quiser. Minha. Porra, minha!”
Com um gemido desesperado, ele empurrou profundamente, no momento em que
seu orgasmo a atingiu.
Ela apertou nele, sentindo cada cume de seu pau enquanto ele empurrava  várias
vezes em sucessão rápida, o rosto uma máscara torturada. Sacudida, ela o agarrou, presa em
sua posse feroz, não parando de choramingar até que ele empurrou  uma  última vez e a
puxou para perto.
“Cristo, eu estou em apuros.”
Enquanto ele a segurava contra ele, correndo as mãos de cima a baixo em suas costas,
seu   fôlego   foi   gradualmente   desacelerando,   tornando   possível   falar.   “Maldição.”   Ainda
trêmula,   ela   levantou   a   cabeça   para   encontrar   seus   olhos,   seu   coração   tropeçando   ao
encontrá­los cheios de terna indulgência.
King riu e soltou um suspiro, apertando as mãos em seu traseiro.
“Eu mal posso esperar para você relaxar em seus treinos. Tenho algumas surpresas
para   você   quando   fizer.”   Ele   se   levantou,   segurando­a   contra   ele   e   se   dirigindo   para   o
chuveiro. “Depois de nos limparmos, vamos dormir por um tempo, e então você vai poder
me mostrar o quanto você é boa no que Royce te ensinou.”
Fechando os olhos, ela enterrou o rosto em seu pescoço enquanto ele a levava do
quarto.
“Não sei por que eu tenho que fazer.”
Isso foi um gemido em sua voz?
Limpando a garganta, ela ergueu a cabeça, encontrando seus olhos. “Não é como se
eu pudesse esconder nada de você. Por que tenho que ficar de joelhos e estar aberta daquele
jeito?”
Ainda segurando­a, King alcançou e ligou a água. “Porque nós  tomamos, e você  dá.
Ao apresentar­se, você mostra que está se dando para nós, e ficar de joelhos significa sua
vontade de se submeter.”

274
Agora que ela sabia a maneira como ele via isso, o pensamento de fazê­lo para ele a
excitava ainda mais.
Quando ele a colocou de pé para ajustar a temperatura da água, Brenna seguiu seus
instintos e caiu de joelhos, sentando sobre os calcanhares e abrindo as coxas tão largas quanto
podia. Arqueando as costas, ela empurrou os seios para fora.
Ciente da imobilidade tensa vindo de King, ela o olhou através dos cílios, uma onda
fresca de desejo a atravessando ao ver a expressão em seu rosto.
A expressão pétrea, um forte contraste com o olhar de encantamento chocado em
seus olhos, o fez parecer cada centímetro um Mestre.
Trêmula sob seu olhar, ela colocou as mãos nas costas e baixou os olhos.
“Mestre.”
Esperando   que   ele   se   aproveitasse   de   sua   posição   para   afagá­la,   Brenna   respirou
fundo quando ele jogou o preservativo no lixo e se agachou ao lado dela.
Surpresa quando ele segurou seu queixo, ela levantou a cabeça, atordoada pela posse
tenra em seus olhos. A necessidade de ter a atenção dele em seus seios a teve arqueando
mais, empurrando­os para ele.
A necessidade de pertencer a ele nunca pareceu mais forte. Ela queria se dar para ele,
queria agradá­lo. Ela nunca se sentira mais feminina e desejável do que nesse momento.
Seus   olhos  relampejaram  com algo  ao  mesmo  tempo  belo   e  assustador,  algo  que
enfatizou sua masculinidade e seu poder sobre ela.
Correndo a mão em seu cabelo, ele puxou sua cabeça para trás, enrolando a outra em
seu pescoço e se inclinado tão perto que ela podia sentir o hálito quente em seu rosto.
“Minha.”
   

275
Capítulo Quinze
“Você realmente não espera que eu vista isso, não é?” Ela olhou o material, o coração
disparado nas aberturas estratégicas que deixariam sua fenda e seios nus.
King, no processo de se vestir, olhou por cima do ombro. “Eu a coloquei aí para você,
não foi?”
Para esconder sua excitação, Brenna franziu o cenho na peça­única elástica, incapaz
de resistir correr a mão no material macio.
“Tem algumas partes faltando, não é mesmo?”
Royce entrou no quarto, usando nada além de uma toalha. Ainda úmido do banho, e
com o cabelo ainda não amarrado para trás, ele parecia absolutamente delicioso. “Não. É
exatamente do jeito que deveria ser. Você tem vários outros em cores diferentes. Coloque­o.
Quero vê­la com ele.”
Brenna  fez uma careta, automaticamente  olhando para King. “Eu  não posso  usar
isso. Eu queria sair hoje.”
Sentando na beirada da cama, King começou a colocar as meias, parando para correr
o olhar sobre ela e fazendo seu corpo formigar da cabeça aos pés.
“Que horas você vai sair?”
Brenna rangeu os dentes contra a consciência, eriçada em ter que se explicar. “Logo.
Eu queria andar pela cidade um pouco. Não consegui ver muito a última vez que saí. Você
disse   que   os   dois   estariam   ocupados   esta   manhã,   e   eu   não   quero   me   sentar   aqui   e   ver
televisão o dia todo. Tudo bem pra você?”
Ela esperava que quem tivesse mandado as notas se aproximasse dela.
Royce arqueou uma sobrancelha, os olhos brilhando com desafio em seu sarcasmo.
“Desculpe­me?”
Olhando para King novamente, Brenna trocou os pés, inquieta no olhar possessivo
de Royce. “Eu não estou acostumada a ter que responder a alguém. É plena luz do dia e vou

276
estar no centro da cidade. Vocês vão estar ocupados aqui, e quem enviou essa nota  é um
covarde. Vocês sabem. Eu não achei que fosse uma grande coisa eu sair.”
Quando King ficou de pé, Royce esticou a mão, eficazmente o parando.
“Isso  é  uma grande coisa. Queremos saber onde você está em todos os momentos.
Esta é a forma como funciona em Desire, e especialmente para você.”
Era difícil para Brenna enfrentar Royce. Cada vez que ela fazia, se lembrava do jeito
como ela se olhou no espelho e a expressão fria em seu rosto quando ele a fez rastejar de
quatro.
A proximidade que ela sentiu com ele no primeiro dia na sala de jogos parecia mais
uma memória distante, fazendo­a se perguntar se tinha imaginado.
Trêmula   sob   seu   olhar   frio,   ela   rapidamente   escorregou   em   suas   roupas,   mais
deprimida do que tinha estado desde que viera para Desire.

* * * * *

Royce a viu se vestir, lutando contra o desejo de jogá­la sobre o ombro e trancá­la
longe, assim ela nunca poderia fugir.
Ela e King pareciam ter chegado a algum tipo de entendimento, pelo menos, e ele
não   podia   deixar   de   notar   a   maneira   como   ela   sempre   olhava   para   King   para   pedir
orientação ou apoio. Ele não sabia o que tinha acontecido entre eles naquela manhã, mas
quando eles voltaram do treino, ele notou uma mudança na forma como estavam juntos.
Apesar de suas melhores intenções, Royce já estava apaixonado por ela e já começara
a fazer planos para o futuro. Ele tinha se prometido que não o faria. Tinha se prometido que
ia manter uma distância emocional dela, mas algo sobre ela o intrigava desde o início, e
depois daquele primeiro incidente na sala de jogos, quando sua paixão e vulnerabilidade
tinham brilhado, ele soube que ela era a mulher que ele nunca pensou que fosse encontrar.
Ele a tinha, pelo menos temporariamente, mas até que ela parasse de lutar contra ela,
e ele, ele não sabia se seria capaz de mantê­la.

277
Irritado consigo mesmo, ele girou um dedo no ar, silenciosamente gesticulando para
que ela girasse, e teve que lutar contra um sorriso quando ela fez uma carranca para ele,
claramente descontente com sua arrogância.
Deus, ela era  adorável e ele estava com muito  medo de  que ela fosse deixar um
buraco enorme em sua vida quando partisse.
Vestida com um material colante e macio, um que era ao mesmo tempo caloroso e
confortável, e que abraçava amorosamente suas curvas, ela girou obedientemente, apesar de
seu óbvio desejo de se rebelar.
O equipamento  de uma peça que ela usava tinha aberturas  nos seios e na fenda,
deixando tudo, exceto sua boceta, bunda e seios cobertos.
Ela franziu a testa novamente, olhando para King para apoio. “Isso me faz sentir
mais nua do que estar nua!”
Dando um passo mais perto, Royce correu um dedo sobre um seio macio, deliciando­
se   na   maneira   como   fez   seu   mamilo   eriçar.   “Este   é   exatamente   o   ponto.   Você   é   muito
autoconsciente sobre seu corpo. Quanto mais tempo você passar nua, mais vai se acostumar a
isso. Esta roupa realça sua nudez nos lugares que você mais sente.” Circulando­a, ele correu
a mão sobre cada centímetro suave de carne exposta. “Quando estiver em casa, é isto que
você vai usar, ou não vai usar nada. Eles estão pendurados em seu armário.”
Parando atrás dela, ele se inclinou e correu as mãos por seu corpo, sobre o material
macio até sua boceta ainda mais suave e descoberta.
Respiração o aroma limpo dela, um que segurava uma pitada de framboesa azul, ele
sorriu contra seu cabelo. “Você está linda e cheira delicioso. Parece que King a deixou fazer
do seu jeito e te banhou com o perfume que você queria.”
Brenna estremeceu contra ele, deixando a cabeça cair para trás contra seu ombro com
um gemido quando ele separou suas dobras e mergulhou um dedo para acariciar seu clitóris.
“Sim. Mestre King foi muito generoso.”
Royce   se   deteve,   olhando   para   King,   que   estava   fora   da   vista   de   Brenna,
aparentemente paralisado com a visão dela.
Ele   não   tinha   se   dado   conta   do   quanto   ia   machucar   ouvi­la   usar   esse   termo   de
aceitação com King, com tantas coisas ainda a se resolver entre eles.

278
King levantou o olhar e acenou uma vez. “Tenho algumas coisas para examinar. Falo
com você lá em baixo, Royce.”
Ele se aproximou de Brenna, parando à sua frente. Estendendo as mãos, ele puxou
seus   mamilos,   ganhando   um   gemido   agudo.   “Comporte­se   na   cidade,   Red.   Você   será
vigiada, é claro. Depois do jantar, vamos voltar para a sala de jogos.”
Royce esperou até King sair, ainda acariciando o clitóris de Brenna com um toque
leve, não lhe dando o suficiente para ultrapassar, mas apreciando a sensação dela em seus
braços e os pequenos arrepios que continuavam a atravessá­la.
Assim que a porta se fechou atrás de King, Royce acariciou o clitóris de Brenda uma
última vez e se endireitou, com uma ideia se formando em sua mente, uma que ia assegurar
que ela ficaria excitada e pensando nele o resto do dia.
“Há algo que quero que você vista quando sair.” Ele quis rir do olhar de indignação
atordoada em seu rosto que ela não tivesse sido permitida gozar. Ele quase podia sentir sua
luta pela compostura, e se perguntou se ela realmente achava que poderia enganá­lo em
acreditar que poderia tão facilmente escapar de sua excitação.
Sem   esperar   por   resposta,   ele   foi   até   o   armário,   mantendo   suas   feições
cuidadosamente educadas, enquanto seu corpo se apertava em antecipação.

* * * * *

Quando Royce entrou no closet, Brenna se aproveitou de sua ausência momentânea
para esfregar as coxas, esperando aliviar a dor que seu toque desonesto tinha criado.
Não   funcionou,   e   ela   realmente   não   esperava.   Nada   poderia   satisfazê­la,   exceto
gozar, e só nas mãos de King ou Royce. Eles não tinham lhe dado muitas oportunidades de
se masturbar desde que chegara, mas as poucas vezes que tentara, ela acabou apenas mais
frustrada.
Royce saiu com algo feito de couro preto drapejado sobre o braço e encontrou seus
olhos.
“Você realmente achou que esfregar as coxas ajudaria?”

279
Surpresa   que   ele   soubesse,   ela   tentou   parecer   inocente,   mas   sabia   que   seu   rosto
queimando ia entregá­la.
Estendendo a mão, ela acariciou o couro, sorrindo na sensação manteigosa sob seus
dedos.
“Tão bom. Eu amo couro.”
Royce sorriu pela primeira vez desde que ela e King tinham voltado do treino. “Eu
também. Tenho a sensação de que você vai ficar magnífica nele.”

* * * * *

Brenna   se   sentiu   um   pouco   desconfortável   em   seu   passeio   por   Desire,   porém,


vestindo uma roupa tão provocante, mas com exceção  de alguns sorrisos apreciativos  de
interesse, ninguém pareceu prestar atenção.
Ela se sentia sexy como o inferno no equipamento de uma peça, e o fato de que não
tinha   sido   permitido   usar   nada   por   baixo   a   fazia   se   sentir   ainda   mais   sexy.   Os   zíperes
estrategicamente colocados lhe davam uma emoção, um segredo impertinente que a deixava
ansiosa para encontrar Royce novamente. Ela amava a maneira como o couro se sentia contra
sua pele.
Decadente. Impertinente.
Desejável e desejada.
Royce tinha lhe ordenado encontrá­lo no parque exatamente ao meio­dia, a promessa
em seus olhos enchendo­a com antecipação. Ela esperava ansiosamente passar algum tempo
a sós com ele, esperando recuperar um pouco da proximidade que tivera com ele antes.
O vínculo que ela e King tinham formado lhe dera um pouco da confiança que ela
tinha perdido, e a fez se sentir mais como si mesma. Ela adoraria ter isso com Royce, e fechar
um pouco da distância entre eles.
A   caminhada   pela   cidade   por   várias   horas   tinha   clareado   sua   cabeça   e   lhe   dado
tempo para pensar.

280
Ela pertencia aqui. Ainda que as coisas não dessem certo entre ela, Royce e King, ela
pertencia aqui. Sentia­se bem aqui. Segura. Feliz.
Normal.
Ela tinha que admitir que a maior parte disso tivesse a ver com Royce e King.
Eles a faziam se sentir bem sobre si mesma — fazendo­a sentir como se seus desejos
fossem a coisa mais natural do mundo.
Ela precisava disso, e nem sequer tinha percebido o quanto.
Parando, ela olhou para seu reflexo na vitrine de uma das lojas, um pouco surpresa
com o que viu.
Seus olhos realmente tinham um brilho neles, um que ela não tinha há muito tempo.
Ela   se   encontrou   sorrindo   mais   e   mais   enquanto   caminhava   ao   redor   da   cidade.
Grata pelas botas confortáveis que Royce tinha lhe dado, ela andou de cima para baixo nas
ruas, chocada com o número de pessoas que realmente se dirigiam a ela pelo nome.
Para sua surpresa, ela viu algumas das mulheres que tinha visto desfilarem nuas pelo
clube, todas usando colares como os dela e todas na companhia de homens.
Os casais pareciam tão felizes e tão envolvidos um com o outro, alguns parecendo ter
esse vínculo que Royce e King tinham falado, mas não se comparavam com a proximidade
entre os moradores de Desire e seus cônjuges.
Não   demorou   muito   antes   que   ela   começasse   a   jogar   um   jogo   consigo   mesma,
tentando distinguir as pessoas que eram dos seminários no clube daquelas que realmente
viviam em Desire.
Provou­se muito fácil, pois ela encontrou seu olhar repetidamente atraído para os
colarinhos que as mulheres usavam; colarinhos exatamente iguais ao que estava ao redor de
seu próprio pescoço.
Ela   se   encontrou   tocando­o   várias   vezes,   irritada   consigo   mesma   ao   se   sentir
confortada por um pedaço frio de metal.
Olhando para o celular, ela viu que só tinha cerca de cinco minutos para fazer seu
caminho de volta para o parque.
Tinha estado tão absorta em seus pensamentos que havia perdido a noção do tempo
e indo mais longe do parque do que pensara.

281
Acelerando os passos, ela virou a esquina, esperando que Royce não pensasse que ela
tinha esquecido, ou que não se importava o suficiente para chegar na hora certa.
Ela passou por outra mulher do clube, aquela que tinha caído contra King. Surpresa
ao vê­la sozinha, Brenna encontrou os olhos da outra mulher, abalada na tristeza refletida lá.
Pensando sobre o desgosto nos olhos do homem que se chamara seu Mestre, Brenna
de repente sentiu pena dela.
Ela não sabia o que faria se Royce ou King alguma vez a olhassem assim.
Ela   nem   sequer   queria   pensar   sobre   eles   estarem   tão   insatisfeitos   com   ela   que   a
colocariam em leilão depois de tudo.
Ela não se permitiria ser leiloada, mas ficaria devastada se eles tentassem.
Ela comentou sobre o leilão várias vezes, dando a eles a oportunidade de negar que
ia colocá­la lá, mas eles nunca negaram ou afirmaram querê­la para si mesmos.
Deixada no limbo, ela evitou lhes dizer que estava apaixonada por eles, não disposta
a se fazer de boba mais uma vez.
As únicas vezes que tinha insinuado, eles rejeitaram isso, lhe dizendo que era apenas
pelo sexo.
Ela não sabia como convencê­los do contrário, mas sabia que tinha que encontrar um
jeito antes do leilão.
Talvez quando se encontrasse com Royce, ela poderia levá­lo a escutá­la.
Royce!
Ela parou de repente, e olhou ao redor, amaldiçoando quando percebeu que tinha
descido demais a rua e perdido o quarteirão onde deveria ter virado.
Esteve tão presa em seus pensamentos que nem prestara atenção.
Vendo que acabara de passar por uma das ruelas que corria entre os edifícios antigos,
e que se estendia de um quarteirão a outro, ela se apressou em direção a isso.
Estava atrasada, e Royce estaria preocupado, mas se cortasse pelo beco, ela chegaria
à mesma rua da entrada para o parque, e ele a veria.
Apressando­se pela ruela, ela não pôde deixar de sorrir no que Royce lhe faria por
estar atrasada, e se perguntou se teria alguma coisa a ver com abrir todos os zíperes que ela
usava.

282
Correndo agora, ela quase atropelou o homem que veio pela entrada do outro lado,
sorrindo um pedido de desculpas e contornando para o lado para passar por ele.
Para seu choque, ele agarrou seu braço, no momento em que outro homem, um que
ela não tinha ouvido, fechou­se atrás dela.
Ambos tinham cabelo loiro escuro, que usavam bem longos, e ambos vestiam jeans e
camisetas. Ambos eram estranhos para ela, e ambos tinham um brilho duro nos olhos que
soletrava problemas.
“Opa! Onde você está indo com tanta pressa? Ansiosa para voltar ao clube para uma
surra?”
Brenna tentou arrancar o braço livre, chutando­o para fazer sua fuga.
“Solte­me, seu idiota!”
O homem atrás dela enrolou a mão em seu pescoço e apertou, empurrando contra o
colar.
“Estivemos procurando  uma maneira de chegar até você desde  que você chateou
Donner de novo. Não posso acreditar que você tornou isso tão fácil. Este colar significa que
eles te possuem, não é?” Ele o puxou, e quase a sufocou enquanto tentava lutar com ele para
fora de seu pescoço.
“Pare!” Ela chutou no homem à sua frente para se livrar, mas não conseguiu movê­
lo. Enquanto lutava, ela gritou, esperando chamar a atenção de alguém, mas o homem na
frente dela bloqueava sua visão e impedia que qualquer um que olhasse para o beco a visse.
Para seu alívio, o colar finalmente quebrou.
Ofegando pelo ar, ela estremeceu quando o homem atrás dela jogou o que restava do
colar contra o prédio de tijolos.
O homem à sua frente sorriu. “Ei, Avery, acho que isso significa que ela não pertence
a eles mais. Talvez devêssemos levá­la para casa e lhe dar o tipo de material áspero que ela
gosta.”
Brenna não se incomodou em esconder seu desprezo. “Você não saberia o que uma
mulher quer.” Ela gritou por ajuda, seu grito cortado pela mão que Avery bateu em sua boca.
Lutando  contra  as náuseas, ela  lutou  furiosamente,  chutando  o homem de  pé  na
frente dela nas bolas, cheia de satisfação quando ele gemeu e dobrou.

283
Avery enrolou um braço em volta de sua cintura por trás, amaldiçoando quando ela
conseguiu chutá­lo.
“Ela é uma pequena gata selvagem, não é mesmo. Donner estava certo. Esta tem um
monte   de   fogo   nela.   Não   podemos   levá­la  para   casa,   no   entanto.  Alguém   pode   nos   ver.
Vamos apenas pegar e levá­la aqui mesmo.”
Apesar de seus esforços, ele conseguiu puxá­la mais para o fundo do beco, e atrás de
um dos edifícios, longe da vista da rua de ambos os lados.
Deus, eles iam estuprá­la!
“Eh, Avery, olhe para todos esses zíperes.”
Avery riu contra sua orelha, enchendo­a de repulsa. “Sim. Vamos encontrar algumas
surpresas agradáveis no interior.”
Brenna gritou quando ele a jogou no chão, lutando de volta para colocar a maior
distância possível entre  eles. Um galpão  atrás do edifício  a impediu  de escapar,  e ela se
apoiou contra ele, procurando pelo chão por algo que pudesse usar como arma.
De repente, uma arma apareceu.
Royce permaneceu atrás de ambos os homens, o rosto apertado em fúria. Como um
anjo vingador, ele agarrou o homem atrás de Avery, pegando­o desprevenido.
“Seu filho da puta!”
Como ele aterrissou um soco, Bem no meio da cara do homem, Avery se virou.
Com medo de que ele fosse atrás de Royce, Brenna saltou em suas costas e começou a
puxar seu cabelo.
“Seu pedaço de merda! Você pensou que ia me machucar?”
Royce   se   esquivou   de   um   soco   e   entregou   outro,   os   olhos   selvagens   quando
encontraram os dela.
“Brenna, corre! Saia daqui!”
Ignorando­o, Brenna agarrou Avery por sua vida, clamando quando ele bateu suas
costas contra o prédio de tijolos.
“Bastardo!”
Avery agarrou seu cabelo, mas teve que soltá­lo quando ela foi para seus olhos.
“Sua cadela! Você vai receber o que está vindo para você.”

284
Royce continuou a lutar com o outro homem, gritando repetidamente para Brenna
soltá­lo e correr dali.
Toda vez que ele ia em direção a ela, o outro homem ia para cima dele novamente,
mas Royce continuou se aproximando.
Ele até conseguiu dar alguns golpes, esmurrando Avery no estômago algumas vezes.
“Droga, Brenna. Eu não posso acertá­lo com você em suas costas. Sai de cima dele!”
“Mova o inferno fora do meu caminho!”
King invadiu o pequeno espaço, seu tamanho tornando­o ainda menor. Praguejando
sem parar, ele foi atrás de Avery.
Assim que Avery viu King, ele foi à loucura. “Tire sua cadela de cima de mim!”
Brenna enrolou um braço em seu pescoço e deu um soco no lado de seu rosto.
“Seu  filho  da puta! Você é durão  quando  tem dois de você e está  mexendo  com
alguém menor. Por que você não tenta ser durão agora?”
Royce se esquivou de outro soco e o retornou, batendo o vento fora do outro homem
antes de se virar para King.
“Não bata nele! Você vai acertar Brenna.”
O coração de Brenna saltou pela raiva no rosto de King. Avery parou, e de repente
virou as costas para King, assim King não poderia atingi­lo.
Temendo que Avery batesse nela, Brenna não ousou soltá­lo. Segurando­o, ela fez
tudo que podia para impedi­lo de ir atrás de Royce e King.
“Acerte­o! Bata a merda fora dele.”
“Droga, Red! Mexa­se!”
King tentou agarrar a parte de trás de suas roupas, mas o ajuste do couro era tão
firme que ele não conseguiu.
O beco, já apertado, era agora ainda mais. Mesmo se ela soltasse Avery, não haveria
lugar para ela ir e sair do caminho, especialmente quando outros homens lotaram o beco.
Ela se manteve batendo em Avery, na cabeça, nos ombros e indo para seu rosto tanto
quanto pôde, mas não tinha a força ou a alavanca para fazer muitos danos.
“Filho da puta! Você não é tão durão agora, não é mesmo?”

285
Um  dos agentes,  Rafe,   avançou  no   momento   em  que  Royce  socava  novamente  o
homem com quem lutava e o deixava inconsciente.
“Droga. Tirem­na daqui.”
King fez outro agarre para ela. “Que porra você acha que estou fazendo? Droga, Red,
solte­o!”
Royce ergueu  o  homem  inconsciente  pelo  colarinho  e  o passou para alguém  que
estava do outro lado.
“Eu o peguei, Royce. Apenas tire sua mulher de lá.”
Avery   passou   o   tempo   todo   praguejando   e   gritando,   fazendo   ameaças   vis   e   a
ofendendo, e a eles, com nomes que parecia apenas enfurecer mais a multidão que gritava de
cada lado do beco.
Enfurecido agora que King o acertou repetidas vezes, Avery se virou, tanto quanto o
pequeno espaço permitiu, batendo suas costas contra o prédio de tijolos e tirando seu fôlego.
King rosnou, agarrando­a e a puxando contra ele. Então se virou, protegendo seu
corpo com o dele, enquanto colocava seu grande corpo entre ela e Avery.
Royce começou a avançar para Avery, mas King a empurrou para Royce e o bateu de
lado.
“Ele é meu.”
Segura com firmeza contra Royce, ela viu quando King virou e avançou para Avery.
Depois de só um soco, ficou óbvio que o outro homem não tinha nenhuma chance.
Rafe gritou King e tentou ficar entre os dois homens, mas não tinha espaço suficiente.
“Pô, King. Afaste­se. Pare com isso. Ele já está fora.”
King deu de ombros para o ajudante do xerife, sua raiva aparente.
“Ele tocou em minha mulher.”
Royce a segurou suavemente, as mãos se movendo sobre ela, e Brenna sabia que ele
verificava por lesões.
Ela não conseguia tirar os olhos de King, com medo de que ele fosse matar o outro
homem.
“Royce, você precisa pará­lo.”

286
“Foda­se ele. Ele te machucou. Bebê, eu sei que suas costas devem estar doendo, mas
você está machucada em algum outro lugar?”
Sua gentileza no meio de todo o caos ao redor deles teve­a piscando enquanto ele a
levava para fora do beco, à multidão recuando para dar espaço a eles.
“Royce, nós temos que pará­lo.” Ela tentou resistir, empurrando contra Royce para
voltar para King, mas Royce continuou indo, as mãos firmes, mas gentis enquanto a levava
para a rua.
“Droga. Clay, vem, ajude­me o tirá­lo de cima dele!”
King amaldiçoou profundamente, e Brenna deu um suspiro de alívio quando ouviu
sua voz profunda se aproximando.
“Red? Onde diabos você está?”
Royce   respondeu   por   cima   do   ombro.   “Estamos   aqui.   Venha.   Vamos   levá­la   ao
médico.”
Brenna   puxou   fora   de   seu   domínio,   ciente   do   número   de   pessoas   que   tinha   se
reunido   em   torno   deles.   Sentindo­se   ridícula   na   roupa   que   usava,   ela   se   inclinou   contra
Royce.
“Eu   estou   bem.   Realmente   acho   que   o   couro   me   protegeu.   Só   estou   um   pouco
dolorida. Podemos, por favor, voltar para o clube? Eu quero apenas mergulhar na banheira.”
Rafe   saiu   do   beco,   suado   e   sujo,   os   olhos   duros   e   furiosos,   suavizando   quando
encontrou os dela.
“Eu vou lá para obter um relatório assim que lidar com esses dois. Você está bem?”
Royce a segurou perto, as mãos suaves enquanto as movia sobre seu cabelo. “Não sei
ainda.  Vamos   levá­la  de   volta  ao   clube.  Estaremos   lá   a  menos  que  ela   precise  ver  o   Dr.
Hansen.”
Brenna recuou para examinar Royce e King, estremecendo nos cortes e arranhões em
ambos, e nas marcas vermelhas no rosto e no olho de Royce.
“Talvez nós devêssemos ir ao médico. Vocês dois parecem o inferno.”
“Nós estamos bem. Onde você está machucada?”

287
Antes que ela pudesse responder, Royce falou por ela. “Suas costas. Graças a Deus
ela estava usando isso. O couro provavelmente a protegeu de ser arranhada. Ela quer um
banho. Vamos poder verificá­la então, e nos limpar antes de Rafe aparecer.”
Várias   pessoas gritaram  para  saber   se  eles  precisavam  de   uma  carona, mas   King
garantiu que tinha trazido o caminhão e que eles estavam bem.
Apesar de suas objeções, Royce a pegou e levou para o caminhão, acomodando­a no
colo quando deslizou para o banco do passageiro.
Um músculo trabalhou na mandíbula de King enquanto ele ligava o motor. Virando­
se para ela, ele apertou as mãos no volante.
“Por que diabos você estava naquele beco?”
Tentando colocar alguma distância entre ela e Royce, caso ele estivesse machucado
ou trincado alguma costela, Brenna estremeceu com o corte no lábio de Royce.
“Eu me distraí  e caminhei longe demais. Eu ia chegar atrasada no encontro com
Royce, então pensei que se eu tomasse um atalho pela ruela —”
Royce amaldiçoou e a puxou para mais perto. “Pare de se afastar de mim. Então,
você foi por aquele beco quando sabia malditamente bem que quem escreveu aquela nota
ainda estava à solta.”
Ele olhou na direção de King, envolvendo os braços mais firmemente ao redor de
Brenna.
“Quem no inferno ia pensar que os irmãos Sikes iriam atacá­la?”
Brenna se endireitou, tomando cuidado para não machucar Royce. “Mas foram eles
que escreveram a nota. Pensei que você sabia disso.”
King chicoteou a cabeça para ela. “O quê?”
Royce inclinou seu rosto para ele. “Você tem certeza? Como sabe disso?”
“Ele admitiu. Ele disse que estavam tentando chegar a mim desde que eu chateei
Donner, e que Donner estava certo sobre mim.”
Os olhos de Royce endureceram. “Certo sobre o quê?”
Pensando na visão que ela deve ter sido; agarrada pela vida nas costas de Avery
Sikes, Brenna bateu a mão sobre a boca quando uma risadinha escapou.

288
“Ele me chamou de uma gata selvagem. Eu acho que cimentei essa opinião sobre
mim quando pulei em suas costas.”
King olhou para ela. “Eu não vejo nada de engraçado nisso.”
“Então, como vocês sabiam que eu estava em apuros?”
Royce suspirou. “Ouvi a briga e King já estava a caminho quando o colar quebrou. O
alarme disparou.”
Brenna ergueu o olhar para Royce, sorrindo no brilho de diversão em seus olhos.
“Você realmente  bateu  ele  fora, não  é?  Eu não  sabia que  você podia lutar assim.
Muito impressionante.”
A   diversão   se   aprofundou.   “Então,   você   acha   que   vai   se   safar   do   que   você   fez
rebatendo esses belos olhos para mim e me lisonjeando?”
Brenna se inclinou para ele, esfregando o rosto em seu ombro. “Está funcionando?”
King sacudiu a cabeça. “Quando eu penso em você sendo batida contra o prédio
mais  e  mais… Eu   não  podia  nem  bater  nele.   Eu  estava  morrendo   de  medo   de  acertá­la.
Cristo, se eu te acertasse, eu não seria capaz de viver comigo mesmo.”
Brenna sorriu, inclinando­se fortemente contra Royce e agarrando a mão de King.
“Meus heróis.”
King apertou sua mão e olhou para Royce. “Inferno, nós estamos em apuros.”

* * * * *

“Mas que diabos? Red!”
Brenna fez uma careta no berro de King vindo do quarto. Ela tinha mergulhado na
banheira enquanto Royce e King tomavam banho, e relaxado totalmente enquanto Royce a
lavava ternamente.
Enrijecendo, ela se sentou com um gemido. “Merda. Esqueci.”
Royce franziu o cenho e olhou para cima de onde estava verificado em suas pernas
por qualquer sinal de lesão.
“Esqueceu o que, querida?”

289
King apareceu na porta, segurando o envelope que ela tinha pegado na gaveta em
uma mão, e acenando para a nota com a outra.
“Você   quer   me   dizer   o   que   diabos   você   pensou   que   estava   fazendo   —   nos
escondendo isso.”
Brenna soltou um suspiro e se afundou na água. Tinha estado tão relaxada sob as
mãos experientes de Royce que, quando King saiu do cômodo para buscar algo confortável
para ela vestir, ela tinha esquecido tudo sobre a nota. Ele e Royce normalmente lidavam com
seu lingerie de renda, e evitavam a gaveta de algodão, mas quando ele foi pegar as roupas
para ela usar para falar com Rafe, que estava esperando lá embaixo, ela deveria saber que ele
pegaria coisas mais confortáveis.
Royce parou. “Isso é outra nota?”
Ele se inclinou para frente para ler a nota que King lhe estendeu, encontrando os
olhos de King brevemente antes de carranquear para ela.
“Você escondeu isso de nós?”
Ela esperava raiva, mas não a dor que viu em seus olhos.
Alarmada, ela ficou de joelhos, colocando uma mão em seu joelho nu.
“Não, Royce. Não foi assim. Eu não fiz nada para machucá­los, ou para manter algo
de vocês.”
“Então por que você fez isso?”
“Porque eu queria mostrar a vocês que eu era forte o suficiente para lidar com isso
sozinha. Eu queria provar que era forte o suficiente para lidar com vocês dois.”
Seu estômago apertou no silêncio chocado que se seguiu.
“Eu acho que não fiz um bom trabalho nisso, né? Eu queria dar a ele uma chance de
me enfrentar, mas baixei minha guarda quando estava com pressa de chegar ao parque, e
certo como o inferno não esperava que houvesse dois deles.”
Royce se inclinou, com os olhos cheios de possessividade. “Não há nenhuma dúvida
em minha mente de que você é forte o suficiente para lidar com a gente. Eu só quero estar
certo de que você aceita o que precisa, e o que nós precisamos de você. Precisamos protegê­
la, Brenna. Esse tipo de coisa não pode acontecer novamente.”

290
King colocou a nota de lado e a ergueu fora da banheira, as mãos firmes, mas gentis
quando a segurou contra ele. Seus olhos seguravam um medo que ela não tinha visto neles
antes, um medo que a tornou humilde e dispersou todas as brincadeiras.
“Não pode acontecer de novo, Red. Você vai ter que aceitar que vamos fazer o que
temos que fazer para impedir que algo assim volte a acontecer.”
Royce ficou de pé e fechou em seu outro lado, correndo a mão por suas costas até seu
traseiro.
“Se você não gostar da maneira como o fazemos, pena. Você vai ter que aprender
como lidar com isso, e com as consequências de esconder algo de nós. Isso é algo que pode
querer pensar antes de decidir se é isso o que você quer.”
Para seu choque, ele se envolveu ao redor dela por trás, o hálito quente contra seu
pescoço.
“É melhor você ser forte o suficiente para lidar com a gente, porque, minha querida,
eu não acho que poderia viver sem você agora. Eu faria qualquer coisa para mantê­la segura.
Mas, é melhor você ter certeza. Uma vez que você é nossa, não haverá como voltar atrás. Não
vamos deixá­la ir.”
King beijou seu cabelo. “Nunca. Vamos. Rafe está esperando. Fale com ele e então
poderemos terminar de cuidar de você.”
Um pouco abalada com a intensidade em seus olhos, Brenna assentiu e entrou no
quarto para se vestir, piscando para conter as lágrimas.
Eles eram de fato seus heróis, e ela os amava mais do que nunca.
Agora, ela só tinha que convencê­los.
    

291
Capítulo Dezesseis
  
Ao   ver   Royce   de   pé   na   porta,   ela   sorriu,   mais   uma   vez   impressionada   no   quão
malditamente bonito ele era. Seu pulso disparou no olhar em seus olhos, o olhar firme e
encoberto que tinha vindo a conhecer tão bem.
Ela   se   levantou   da   chaise   onde   estava   vendo   televisão,   não   parando   até   que
pressionou seu corpo contra o dele, emocionando­se que suas mãos vieram no que parecia
um gesto automático, e se estabeleceram em seus quadris.
Olhando para ele através dos cílios, ela se permitiu um pequeno sorriso.
“Oi, Mestre. Sente­se melhor? Ou ainda está bravo comigo?”
Os olhos de Royce relampejaram com algo que lhe tirou o fôlego.
As mãos apertaram em seus quadris, trazendo­a ainda mais perto.
“Eu me acalmei um pouco. Todo mundo está falando sobre como você pulou nas
costas de Avery e não o deixou fugir. Parece que você é a fofoca da cidade.” Seus olhos se
estreitaram, procurando nela. “Você parece diferente, querida. Há algo que você quer me
dizer?”
Emocionada por ser segurada tão perto, Brenna colocou as mãos em seu peito.
“Eu tenho feito algumas reflexões.”
Royce emaranhou os dedos em seu cabelo e inclinou sua cabeça para trás. “Oh?”
Esfregando os seios contra seu peito, Brenna suspirou no choque para seu sistema.
“Sim. Percebi que sou muito feliz, Royce.” Segurando seu queixo, ela sorriu na protuberância
dura pressionando contra sua barriga. “Você e King me mostraram um lado diferente de
mim, um que eu estava me tornando envergonhada. Eu ainda tenho meus momentos —”
Uma sobrancelha escura  subiu. “Como quando você é forçada a rastejar em suas
mãos e joelhos com um pênis de borracha em seu rabo?”

292
Correndo   as  mãos  por  seu   peito  duro,   Brenna   não   pôde  deixar  de  notar  que  ele
endureceu.   Toda   vez   que   ela   pensava   sobre   esse   incidente   na   sala   de   jogos,   seu   rosto
queimava. “Sim. Não é fácil enfrentar o fato de que eu fiz algo assim. Eu não só fiz, mas isso
me excitou, mesmo enquanto uma parte de mim estava puta que você me fez fazer isso.”
Inclinando­se   para   trás,   ela   olhou   em   seus   olhos,   surpresa   no   quão   tenso   ele   se
tornara.
Royce tomou seu braço e a levou de volta para a chaise. “Eu tinha que saber.”
“Tinha que saber o quê?”
“Como você responderia a isso. Você estava tão fodidamente linda.” Seu tom tinha
um toque de admiração por isso que ela nunca teria esperado de um homem como Royce.
Desviando o olhar, ela caiu sobre a chaise. “Claro. Linda. Com um pau de borracha
enfiado em minha bunda, eu tenho certeza que estava linda.”
Royce levou suas mãos aos lábios, olhando­a com olhos que brilhavam com emoção.
“Sua bunda parecia  fantástica, mas eu estava falando de seus olhos. Esses olhos que  me
viram do avesso.”
Ele puxou seu cabelo para trás, do jeito que costumava fazer, enfatizando seus belos
traços, quase demasiadamente bonitos para um macho.
“Você é muito bonito, sabia. Aposto que as mulheres vivem seguindo você por todo
o clube.”
Royce arqueou uma sobrancelha, os lábios se contraindo. “Você está tentando me
perguntar o que acontece no clube? Nesse caso, eu não vou discutir isso com você. Nunca.
Você vai ter que confiar em mim.”
Brenna fez beicinho, quase rindo quando seus olhos se estreitaram em suspeita. “Eu
vi aquela mulher se jogar em King.” Séria, ela puxou a manga de Royce. “Eu fiquei furiosa
como o inferno quando vi o jeito que ela agiu com King, mas quando a vi novamente na
cidade hoje, eu senti pena dela. Eu vi o jeito como ela olhava para o homem com quem ela
estava, e a maneira como ele olhou para ela.”
Seu estômago gelava toda vez que ela pensava nisso. “Há todos os homens não são
atribuídos uma determinada mulher, ou eles trazem a sua própria? Como isso funciona?”

293
Royce suspirou e baixou para se sentar  perto  dela. “Ambos. Se um homem quer
trazer sua própria mulher, ele é mais do que bem­vindo a fazê­lo. Do contrário, as mulheres
que são voluntárias, as que querem viver uma fantasia, são atribuídas a um deles. A mulher
de quem você está falando veio com seu Mestre.”
“Eu vi ela sozinha na cidade.”
Royce deu de ombros. “Isso é com seu Mestre. Essa mulher no clube, a que você viu
na cidade, realmente te incomodou. Por quê?”
Ela se perguntou se um dia se acostumaria a estar com homens tão observadores.
“Brenna?”
Não encontrando os olhos de Royce, ela deu de ombros.
“Seu Mestre não parecia tão interessado nela ou no fato de que ela tinha feito um
jogo para King. Exceto por querer arrancar seus olhos por flertar com King, eu senti meio que
com pena dela.” Olhando para ele, ela lutou para manter o medo de sua voz.
“É isso o que acontece quando um homem não está mais interessado na mulher que
ele domina?”
Inclinando­se para trás, Royce a puxou para mais perto, até que ela se ajoelhou entre
suas coxas espalhadas. Com lentidão deliberada, ele tirou sua blusa, correndo as mãos por
seus braços e barriga. Ele tirou o sutiã também lentamente, deixando­a nua da cintura para
cima.
“Infelizmente,   os   dois   precisam   encontrar   alguém   mais   adequado   para   suas
personalidades. Eles estão tentando forçar algo que não existe, e nunca vão poder confiar da
forma que eles precisam para fazer a relação funcionar.”
Sugando pelo ar ao sentir as mãos sobre ela, Brenna se inclinou em direção a ele,
cavando os dedos em suas coxas firmes. “Isso acontece com frequência?”
Alcançando um dedo, Royce circulou seu mamilo, o calor criando choques elétricos
para sua boceta e clitóris. “É como qualquer outro relacionamento, Brenna. É preciso muito
trabalho e compreensão. É preciso química.”
Erguendo seu olhar para ela, ele tomou o mamilo entre o polegar e indicador. “Esses
dois não satisfazem as necessidades um do outro, e por isso, estão ambos frustrados.”
Examinando seus olhos, Brenna segurou o fôlego.

294
“Eu satisfaço as suas necessidades?”
Esperando   que   ele   sorrisse   e   fizesse   um   comentário   arrogante,   ela   parou,   e   seu
estômago atou quando ele apertou os lábios como se considerando a resposta.
“Eu acho que você poderia.”
Brenna estremeceu, gemendo no calor das palmas contra seus mamilos.
Os músculos em seu estômago apertaram na massagem gentil, e necessidade sacudiu
através dela na fricção contra seus mamilos.
Curvando­se mais perto, ela tocou os lábios nos dele, usando os dentes para puxar
seu lábio inferior. Estava faminta por ele e o queria também faminto por ela. Queria que ele a
quisesse mais do que já quis outra mulher. Queria satisfazer todas as suas necessidades, ser
tão importante e necessária para ele que respirar. “Eu gostaria. Quero ser tudo para você.”
Correndo os dedos por seu cabelo, ela se mexeu contra ele. “Tome o que você precisa de
mim, Royce.”
Sentindo­se   descarada,   e   um   pouco   incerta   de   que   não   o   tinha   satisfeito
completamente,   ela   agarrou   o   fecho   de   seu   jeans   escuro.   Surpresa   que   ele   não   a   tivesse
parado,   ela   desfez   suas   calças   e   puxou   seu   pênis   livre,   respirando   fundo   no   calor
incrivelmente duro em suas mãos.
Emocionada por ter a chance de tocá­lo desse jeito, ela tirou o maior proveito disso,
correndo para acariciá­lo antes que ele a parasse e assumisse o comando. Acariciando a pele
aveludada, ela mordeu de volta um gemido, sua boceta apertando na lembrança de como seu
pênis se sentiu profundamente dentro dela.
Ela o tocou com a boca, usando os lábios, a língua, e os dentes para provocá­lo com
os lábios, seu fôlego saindo aos arrancos quando sua excitação cresceu. Usando as duas mãos
em seu pênis, ela começou a acariciá­lo, alisando os polegares sobre a pérola na ponta.
O   puxão   afiado   em   seus   mamilos   enviou   outro   choque   de   fome   através   dela,
lembrando­a   de   que   não   importava   o   que   ela   fizesse   com   ele,   ele   ainda   mantinha   esse
controle formidável. Sua boceta cerrou, seu clitóris inchou insuportavelmente contra o couro
enquanto ela se esforçava para agradá­lo.
Para agradar seu Mestre.

295
Royce parecia propenso a deixá­la ter seu momento, puxando seus mamilos mais
uma vez antes de soltá­los para deslizar as mãos em seu cabelo e puxar sua cabeça para trás,
estudando suas feições.
Seus   olhos,   encobertos   e   ilegíveis,   brilhavam   com   frustração.   “Você   nem   sequer
reconhece suas próprias necessidades. O que a faz pensar que poderia satisfazer as minhas?”
Os olhos de Brenna voaram para ele, seu coração perdendo uma batida. Sentindo­se
vulnerável e exposta, ela quis se cobrir. “Você está dizendo que eu não posso satisfazê­lo?”
Mais uma vez raiva de si mesma cresceu dentro dela. Ela sabia que tinha cedido
muito facilmente, seu desejo por eles forte demais para resistir. Ela começou a se afastar, mas
Royce não deixou.
Ele fechou o punho em seu cabelo, deslizando o polegar da outra mão ao longo de
sua mandíbula.
“O que você acha que seria necessário para me satisfazer, Brenna?”
A felicidade borbulhando dentro dela apenas momentos antes desapareceu sob uma
onda de insegurança. Sorrindo para esconder a dor, ela deixou os dedos viajar de cima a
baixo do comprimento de seu pênis.
“Provavelmente alguém mais sofisticado e experiente do que eu.”
Deixando a mão deslizar mais baixo, ele trabalhou os dedos sobre um mamilo. “Você
está errada. Se fosse isso o que eu queria, eu poderia ter tido há muito tempo. Você se lembra
do que eu disse sobre relações entre Doms e seus subs sendo muito mais intensa do que a
maioria?”
Brenna teve a sensação de que Royce pesava cada palavra cuidadosamente. “Sim.
Você disse que o vínculo entre eles era mais forte do que o de muitos casamentos.” Ela daria
qualquer coisa para experimentar algo assim.
Os olhos de Royce, escuros e misteriosos, seguraram os dela. “Pode ser. Eu já ouvi
isso. Eu já vi isso.” Endireitando­se, ele moveu suas mãos em seu pênis, colocando­a sobre os
calcanhares e prendendo­a lá enquanto deslizava a mão sobre seu abdômen. “Mas, eu nunca
experimentei isso por mim mesmo. O sexo se tornou pouco mais do que liberação para mim
há muito tempo.”

296
Ele a despiu de sua roupa com uma velocidade que a cambaleou e a estabeleceu de
volta na posição.
“Divertido. Excitante, mas sem sentimento real.”
Brenna respirou fundo no toque dos dedos em suas dobras.
Segurando o ar em antecipação do toque em sua fenda, soltando­o em um fôlego
quando ele se inclinou para trás novamente e acariciou seus mamilos, a ternura em seu toque
incapaz de disfarçar a possessividade subjacente.
“Eu   quero   esse   vínculo,   Brenna.   Com   você.   Abra   as   pernas   e   se   sente   sobre   os
calcanhares.” Assentindo uma vez em satisfação quando ela obedeceu, ele tirou suas mãos
do pênis e as colocou nas coxas. “Fique desse jeito.”
Brenna   tentou   controlar   sua   respiração   irregular,   mas   sua   posição   mantinha   sua
fenda vulnerável, despertando cada terminação nervosa lá e a enchendo com antecipação
erótica.   Ela   respirou   seu   nome   em   um   gemido,   apenas   o   olhar   em   seus   olhos   tornando
possível ela ficar quieta. Abalada pela intensidade em seu olhar encoberto, ela apertou as
mãos em suas coxas, tremendo, impotente.
“O que você quer, Royce? O que posso fazer? O que seria necessário para satisfazer
um homem como você?”
Seu   sussurro   ofegante   pareceu   adequado   para   o   silêncio   tenso,   a   irrealidade   do
momento   como   algo   saído   de   um   sonho.   Seu   coração   batia   quase   fora   do   peito,   sua
respiração saindo em grandes tragos enquanto esperava pela resposta.
Royce deslizou as mãos para os lados de seu rosto, emoldurando­o e puxando seu
corpo trêmulo para mais perto.
“Você, Brenna. Estou muito receoso de que você seja exatamente o que King e eu
temos esperado.” Correndo os polegares sobre seu lábio inferior, ele suspirou. “Mas, você
não vai se deixar ir. Você não confia em seus próprios instintos, e até que o faça, nós nunca
saberemos.”
Brenna respirou fundo, seu coração batendo muito mais rápido. Estar com Royce e
King era como uma fantasia se tornando realidade, mas a realidade de viver este estilo de
vida para sempre a preocupava.
O pensamento de viver sem este sentimento magnífico a assustava ainda mais.

297
Baseando­se no instinto, que ele a acusara de reprimir, ela se aproximou, roçando os
lábios contra os dele. Quando ele endureceu, ela recuou apenas o suficiente para olhar em
seus olhos.
“Você está tentando dizer que quer que eu faça o que eu quero fazer?”
Os lábios de Royce se contraíram, mas seus olhos permaneceram sombrios. “E aceitar
as consequências. Eu quero que você seja você, Brenna — não a mulher que você pensa que
nós queremos que você seja. Eu quero a mulher que invadiu o clube, louca como o inferno e
exigindo ver os proprietários. Eu quero todo esse fogo e paixão, e a chance de controlá­lo, dar
a nós dois, e a King para esse assunto, mais prazer do que qualquer um de nós já conheceu.”
Tocando a ponta do dedo em seu mamilo, ele sustentou seu olhar com um de aço.
“Eu quero a mulher que luta contra o que seu corpo exige. Eu quero a mulher que lutou
contra Donner e ainda teve a coragem de ir atrás do que queria. Eu quero a mulher que
pulou nas costas de Avery Sikes, batendo e gritando com ele como uma coisa selvagem. Eu
quero a mulher que chora quando está se sentindo insegura.”
Brenna conteve um gemido no calor que a atravessou em seu toque leve, os músculos
de seu estômago apertando na onda afiada de excitação.
“Royce, eu não sei o que deveria fazer. Pensei que você queria uma submissa. Estou
tentando —”
Rolando seu mamilo entre o polegar e indicador, ele parecia alheio à forma como seu
toque a afetava.
Mas ela sabia melhor.
Ele suspirou, olhando para seu mamilo, brincando com ele. “É isso mesmo. Você está
se esforçando para ser o que você acha que nós queremos, ao invés de ser a mulher que nós
realmente queremos. Dê­nos a verdadeira Brenna. A mulher que eu só vi vislumbres. Esta é a
mulher que eu não consigo parar de querer.”
Ela não deveria ter ficado tão surpresa que ele tivesse visto através dela, mas o fato
de que ele tinha e queria a mulher de verdade embaixo, aliviou um pouco da tensão dentro
dela. Aquietando­se, ela tentou ignorar as ondas de prazer na manipulação em seu mamilo e
se concentrou na conversa.

298
“Royce, eu amo o jeito que você me faz sentir. Eu amo poder me submeter e me
deixar ir. Faz­me sentir sexy e, não sei, mais feminina. Mas tenho que adverti­lo. Eu posso ser
uma verdadeira cadela.”
“E eu posso ser um bastardo de primeira classe — algo que eu acho você já percebeu
quando te fiz rastejar. Você lidou comigo então, assim como eu posso lidar com você quando
ficar uma cadela.”
Inclinando­se   mais   perto,   ele   segurou   seus   seios,   o   calor   das   mãos   forçando   um
suspiro dela. “King e eu queremos que você seja você mesma. Queremos o tipo de vínculo
com   você   que   temos   visto   tantas   vezes,   mas   que   nós   mesmos   nunca   fomos   capazes   de
experimentar.   Queremos   tudo,   Brenna,   mas   nunca   vamos   poder   tê­lo   se   você   continuar
tentando manter partes de si mesma fechada.”
O puxão em seus mamilos foi mais acentuado do que antes, e seu puxão automático
para trás o tornou ainda mais doloroso.
Royce sorriu friamente. “Quero tudo, Brenna, ou não quero nada.”
Ele a arrastou contra ele, sua mandíbula apertando. “Eu serei maldito se vou deixar
você escapar com brincar de se submeter. Eu quero a coisa real.”
Em pânico, Brenna lutou contra seu domínio, alarmada com o olhar determinado em
seu rosto. “Droga, Royce, eu rastejei na porra do chão para você, não foi?”
Os olhos de Royce chamejaram, lhe dando o sentimento desconfortável de que ele
estava se lembrando  disso. “Sim, você fez, como uma calma e bem­comportada pequena
submissa. Mansa. Tímida. Mas seus olhos te traíam. Eles estavam cheios de fúria e paixão,
fúria e paixão que você reprimiu.”
Furiosa com o insulto, Brenna lutou contra seu aperto. “Eu não sou calma, ou mansa,
ou tímida, seu idiota! Eu pensei que você disse que não havia nada de errado em querer se
submeter, mas agora você está tirando sarro de mim por isso. Vá se foder!”
Royce sorriu, com os olhos ardendo com calor. “Eu não estou tirando sarro de você
para querer — precisar — se submeter, mas sua definição é um inferno de muito diferente do
meu. Eu prefiro ganhar, não ter o que você acha que eu quero entregue para mim.”
Deslizando a mão pelo centro de seu corpo, ele bateu em seu clitóris. “Ou você não
acha que posso fazê­la me dar isso? Você não confia em King ou em mim para ganhá­lo, e

299
então você se submete de seu próprio jeito, dando o que você acha que nós queremos na
esperança de que simplesmente vamos aceitar isso. Eu vou te mostrar, pirralha, o que diabo
significa se submeter.”
Ela nunca o tinha visto assim, tão ameaçador e poderoso que lhe tirou o fôlego.
Magnífico.
Estremecendo em reação, ela lutou contra a onda de necessidade, que se tornou mais
forte com o comportamento de Royce.
As mãos foram para seu cabelo, inclinando seu rosto para trás para um beijo, um tão
possessivo e avassalador que fez girar sua cabeça. Quebrando­o, ele olhou para ela.
“Eu quero essa boca no meu pau.” Alcançando no bolso, ele tirou um conjunto de
clipes de mamilo, presos por uma corrente de prata grossa.
Embora eles tivessem enchimento de borracha, Brenna sabia que ia doer. Antes que
ela pudesse se cobrir, ele tomou seus pulsos nas mãos fortes, puxando­os para trás de suas
costas e os amarrou com seu sutiã.
Ele puxou seus braços para baixo, forçando­a a arquear as costas e empurrar os seios
para fora. Com uma mão segurando seus pulsos no lugar, ele usou a outra para prender o
primeiro clipe em seu mamilo esquerdo, firmando­a quando ela teria se afastado.
Brenna   ofegou   na   dor   aguda,   lutando   para   fechar   as   coxas   contra   os   choques
incríveis de calor elétrico para sua fenda.
“Royce! Dói. Oh, Deus.”
Tocando o clipe restante em seu outro mamilo e esfregando­o de um lado para o
outro, Royce se inclinou para frente, raspando os dentes sobre seu lábio inferior. “Respire
através disso, querida. Você sabe como. Estou aqui com você. Você nunca vai estar sozinha.
Não mais. É isso mesmo. Sim. Você fica tão linda desse jeito.”
Brenna  tomou  sua primeira  respiração  profunda,  desde  que  ele  tinha prendido  o
clipe, sentindo­se mais vulnerável do que nunca, e até mais exposta do que tinha alguns
minutos atrás.
Ainda segurando­a firme, ele colocou o clipe em seu outro mamilo, soltando suas
mãos e deixando­as amarradas atrás de suas costas, os olhos vigilantes.

300
Cada   movimento   enviava   as   correntes   balançando,   o   peso   delas   puxando   seus
mamilos e renovando a sensação sempre que começava a diminuir.
Royce não a tocava, e ainda assim ela o sentia em todos os lugares.
Necessidade a agarrava, necessidade de que ele a tomasse, a enchesse, a fizesse dele.
“Royce?”
Suas   feições   duras   não   suavizaram   nem   um   pouco,   mesmo   quando   sorriu.
Empunhando o pênis, ele o apontou mais perto. “Eu quero sentir essa boca quente no meu
pau. Mantenha essas coxas abertas e coloque esse rabo no ar.”
Brenna se sentou congelada, lutando contra sua fome, que acelerava sua respiração e
a   fazia   tremer   tanto   que   as   correntes   em   seus   mamilos   nunca   paravam   de   balançar.   Ela
respirou profundamente quando ele alcançou um dedo e puxou na corrente, clamando na
tração em seus mamilos.
Antes que pudesse reagir, ele forçou a cabeça dela sobre seu pênis. “Você precisa
desses clipes apertados?”
Seu estômago apertou na ameaça. Seus mamilos já ferroando. Ela não podia nem
imagina ter os grampos mais apertados.
Faminta pelo gosto dele, ela abriu a boca e levou a cabeça do pênis para dentro,
gemendo de alívio na chance de tocá­lo novamente. Movendo­se sobre ele, ela o tomou mais
fundo e chupou seu pau, saboreando seu gosto.
Com as mãos amarradas atrás das costas, a concentração se tornou quase impossível,
especialmente   porque   cada   movimento   balançava   as   correntes,   puxando   seus   mamilos   e
enviando   mais   choques   de   consciência   para   seu   centro.   Sua   boceta   continuava   a   vazar
umidade,   a posição   em  que  se  encontrava  e  o  humor  de  Royce   excitando­a mais  a cada
minuto.
Ele   correu   as   mãos   por   seu   cabelo,   descendo   inesperadamente   para   puxar   na
corrente.
“Bunda no ar, Brenna. Preste atenção no que está fazendo.”
Erguendo os quadris mais altos, ela choramingou, com a necessidade a agarrando
mais.

301
Saber que suas mãos provavelmente bloqueavam a visão dele de sua bunda não a
fazia se sentir menos vulnerável.
Ele sabia.
Ele sabia que ela se sentia exposta — sabia que ela precisava de seu toque lá tanto
quanto precisava de seu próximo fôlego.
A intensa labareda de fogo para sua fenda e mamilos tornou ainda mais difícil se
concentrar. Corcoveando os quadris em desespero, ela gemeu, chupando Royce mais forte.
Seus mamilos estavam em chamas, mas ao invés da dor lá diminuir sua necessidade, ela a
aumentava, cada movimento das correntes uma lembrança nítida de seu desamparo.
Determinada a lhe dar prazer para que ela pudesse obter o dela, ela o chupou com
mais força, usando a língua do jeito que sabia que ele gostava.
Recompensada por seu gemido e o toque das mãos apertando seu cabelo, ela chupou
ainda mais forte, seus movimentos ficando desesperados.
“Essa é minha garota. Você foi feita para isso, Brenna. Essa boca foi feita para meu
pau.”
Seu movimento súbito, erguendo­a fora de seu pênis, surpreendeu­a e a deixou fora
de equilíbrio. Se ele não a firmasse, ela teria caído.
Ele levantou seu rosto para ele e a segurou firme com uma mão, enquanto puxava a
corrente com a outra. Seus olhos permaneceram encobertos, mas chamejaram com calor em
seu grito.
“Você foi feita para isso, Brenna. Você foi feita para o prazer de um homem. Essa
boca é incrível.” Correndo o polegar sobre seu lábio inferior, ele apertou, sorrindo quando ela
o tocou com a língua.
“Eu quero que você seja minha, Brenna.”
Ele a ergueu e a ajudou se equilibrar sobre os calcanhares, vindo de joelhos para
pairar sobre ela.
Correndo   as   sobre   a   parte   inferior   de   seus   seios,   ele   fez   a   corrente   balançar,
firmando­a novamente quando ela teria caído.
“Aposto que esse pobre clitóris está latejando, não é mesmo?”

302
Brenna choramingou; incapaz de recuperar o fôlego. “Sim. Deus, sim. Sinto como se
vou   gozar   a   qualquer   segundo.   Por   favor,   faça­me   gozar.   Por   favor,   Royce.   Estou
implorando.”
Balançando a cabeça, Royce sorriu. “O que você quer que eu faça? Você quer que eu
te acaricie lá?”
Brenna gemeu; seu tom sedoso como uma carícia em seu clitóris. “Por favor. Royce,
por favor. Eu não posso aguentar mais.”
Com as mãos em sua cintura, ele a segurou firme. “Não. Você vai chupar meu pau
até que eu goze, e depois você vai se recostar, mantendo essas coxas abertas para que eu
possa ver e brincar com minha propriedade.”
Brenna sabia que nunca seria capaz de suportar isso. “Por favor, Royce, não. Por
favor. Preciso gozar. Por favor. Eu faço tudo que você quiser.”
O sorriso de Royce desapareceu, seus traços se transformando em pedra. “Eu já te
disse o que quero, Brenna. Eu quero essa boca no meu pau. Agora.”
Alarmada de tê­lo desagradado, Brenna se curvou para tomar o pênis de volta na
boca, grata pelas mãos a sustentando que a guiaram.
Ele segurou seu rosto quieto e começou a empurrar devagar. “Você acha que sei tão
pouco sobre você que não posso dizer quando você está perto de gozar?”
Brenna  ofegou  na forte  tração  em  seus  mamilos quando  ele  puxou a corrente  de
novo.
“Eu sei quando você quer gozar, mas se você goza ou não é comigo, não depende de
você. Eu sou dono de seus orgasmos, minha pequena submissa. Eles são meus e cabe a mim
decidir quando e se um orgasmo será permitido.”
Brenna tentou se concentrar em chupá­lo, mas cada palavra que ele dizia a excitava
ainda mais, fazendo­a sacudir com a necessidade de gozar.
Esfregando  suas costas, e alisando seu cabelo, ele continuou falando, o tom mais
áspero agora.
“Se eu quiser jogar com você o dia todo e não permitir que você goze, você terá que
aceitar. Se eu decidir fazê­la gozar em um restaurante lotado, esta é minha escolha. É sempre
quando, onde e por que eu quero. Isto é para o meu prazer, lembra?”

303
Sem   qualquer   aviso,   dois   dedos   se   empurraram   em   sua   boceta.   “Minha,   Brenna.
Tudo isso é meu para desfrutar do jeito que eu quiser.”
Ela não conseguia parar de apertar nos dedos, a incerteza de sua intenção de deixá­la
gozar ou não a deixando frenética.
Ela o levou mais fundo, chupando  e correndo  a língua sobre  cada volta e cume,
pegando especial atenção na parte inferior.
Royce gemeu, e os dedos se moveram dentro e fora de sua boceta com precisão lenta,
dirigindo­a selvagem na pressão contra um ponto sensível em seu interior.
“Eu   tenho   meu   pequeno   chicote,   querida.   Acho   que   vou   usá­lo   em   seu   clitóris
inchado. Você vai manter­se bem aberta para mim enquanto eu faço isso.”
Algo entre um gemido e uma choradeira brotou em sua garganta no momento em
que o pau de Royce pulsou. Encantada com seu gemido, e com o fato de que havia lhe dado
prazer, ela usou a língua para puxar mais disso.
Os dedos escorregaram de sua boceta, as duas mãos apertando sua cintura quando
ele gemeu de novo, o corpo endurecendo.
“Muito bom. Vou fazer uma doce pequena submissa de você ainda.”
Deslizando o pênis livre, ele agarrou seus braços para erguê­la contra ele.
“O pensamento de você usando essa boca em qualquer homem, exceto King e eu me
enfurece.”
Seguindo seus instintos, ela lambeu os lábios limpos e se inclinou em sua direção,
erguendo o rosto para ele. Seu corpo inteiro tremia de nervos e uma necessidade tão forte
que ela teria feito qualquer coisa que ele pedisse, a fim de obter alívio. “Então, seja meu
Mestre. Faça­me sua. Leve­me.”
As feições de Royce perderam um pouco da tensão, os olhos se moveram sobre seu
rosto. Curvando­se, ele tocou os lábios nos dela. “Eu acho que não tenho escolha.”
Ele desamarrou suas mãos e a ajudou se sentar, mantendo suas coxas espalhadas
com as dele enquanto alcançava a parte de trás do cinto e produzia um pequeno chicote, um
que tinha um círculo plano de couro na ponta.
“Separe suas dobras, bebê. Você vai gozar. Do meu jeito.”

304
Brenna começou a sacudir a cabeça, seu clitóris já pulsando em resposta. “Royce,
não! Por favor. Já está queimando. Eu não vou suportar se você usar isso em mim.”
Ela não conseguia tirar os olhos do chicote, imaginando qual seria a sensação dele em
seu muito­sensível clitóris. Apertando os músculos das coxas, ela tentou puxá­las juntas, mas
as pernas dele impediam.
Royce moveu as pernas largas. “Eu quero essas pernas escancaradas, mas eu não vou
fazer isso. Você vai. A única forma que você vai gozar em minhas mãos é espalhando essas
dobras bem largas para que eu possa chicotear esse clitóris.”
Usando a ponta do chicote, ele ergueu a corrente pendurada entre seus mamilos e a
deixou cair, criando um puxão afiado que a fez clamar.
Em um movimento automático, ela chegou para cobrir os mamilos e protegê­los, o
olhar de decepção no rosto de Royce a deteve no último segundo.
“Eu não posso.” Seus movimentos inquietos contra a chaise não fizeram nada para
ajudar a aliviar a dor lá. Pequenos chiados de calor se estabeleceram em seu clitóris, exigindo
atenção. “Royce, por favor!”
Ela não aguentava mais. Não conseguia ficar quieta e queria muito fechar as coxas,
ela tremia.
“Eu acho que esses grampos já ficaram tempo suficiente.”
Alcançando, ele desapertou ambos de uma vez, e jogou os grampos de lado.
Brenna gritou na sensação do sangue correndo de volta para seus mamilos, jogando a
cabeça para trás com um gemido.
Os   músculos   de   seu   estômago   apertavam   repetidamente,   cada   fôlego   áspero
tornando o aperto ainda mais forte.
Royce   correu   um   dedo   sobre   um   mamilo   extremamente   sensível,   parecendo
fascinado   com   sua   textura.   Erguendo   o   olhar   para   segurar   o   dela,   seus   olhos   brilharam,
escurecendo com emoção.
“Você   realmente   é   excepcionalmente   bonita,   com   um   corpo   feito   apenas   para   o
pecado. Uma combinação mortal, mas são esses olhos que me pegam a cada vez.”
Ele bateu o couro no final do chicote contra seu mamilo com força suficiente para
fazê­lo arder.

305
“Nesse momento, a combinação de medo e fome nesses olhos lindos têm meu pau
duro e latejando. Fiquei duro desde a primeira vez que te vi. Não parece importar quantas
vezes eu gozo. Eu sempre estou te querendo.”
Brenna  o   alcançou,   segurando  seus  braços.  “Bom.  Eu   quero   que   você   me  queira.
Sempre.” Ela clamou em surpresa quando ele bateu a ponta do chicote no outro mamilo, o
choque indo direto para seu clitóris. O formigamento afiado só piorou, advertindo­a de que
seu orgasmo estava a apenas um batimento cardíaco longe.
“Royce. Oh, Deus. Por favor. Eu preciso gozar.”
Royce sorriu. “Eu sei querida. Abra­se. Separe essas dobras suaves para mim.”
O olhar de Brenna voou para o chicote, um gemido escapando quando ela imaginou
a dor, mas mesmo assim tinha que ser melhor do que nada.
“Royce, oh Deus. Dói. Queima.”
Brenna   não   conseguia   sequer   pensar.   Cada   parte   de   seu   corpo,   especialmente   as
expostas,   chiavam   com   calor   e   sensação.   Ela   queria   gozar.   Ela  precisava  gozar.   Umidade
escorria por suas coxas cada vez que sua boceta apertava, mas era o pulsar em seu clitóris
que ameaçava dirigi­la louca.
Royce correu um dedo sobre seu mamilo. “Eu sei. Vai queimar ainda mais quando
você gozar. Deixe­me ver esse clitóris, querida.”
Ela olhou para o chicote de novo, e então em seus olhos, sabendo que não tinha
escolha.   Ela   tinha   que   gozar.   Tinha   que   ser   o   que   ele   precisava,   e   satisfazer   a   fome
queimando em seus incríveis olhos verdes.
Com   mãos   trêmulas,   ela   separou   suas   dobras,   seu   fôlego   engatando   com   cada
respiração irregular.
“Royce, por favor. Faça o que quiser.”
O chicote subiu e desceu em seu clitóris, o movimento tão rápido que acabou antes
mesmo que ela percebesse.
E então sensação a golpeou.
Sugando por ar no calor, Brenna fechou os olhos quando o orgasmo a colheu.
Seu grito torturado pairou pelo ar quando o calor escaldante em seu clitóris explodiu.

306
Ela gozou duro, seu corpo inteiro endurecendo em êxtase. Sensação após sensação
rolando através dela, cada terminação nervosa em seu corpo vindo à vida.
Ela   ficou   tensa,   assustada   com   a   intensidade,   e   em   segundos   começou   a   tremer
incontrolavelmente. Mal ciente de Royce tirando suas mãos de suas dobras e colocando­as
em   suas   costas,   ela   tentou   fechar   as   pernas   para   proteger   seu   clitóris   de   ser   tocado
novamente.
Gemendo no calor do corpo de Royce se movendo em cima dela. A fome em seu
toque a emocionando quando ele a abraçou e começou a empurrar o pênis dentro dela.
Erguendo seu traseiro, ele lentamente começou a enchê­la, cada centímetro esticando
sua carne interior delicada e fazendo­a tremer ao redor dele.
“É isso aí, querida. Eu tenho você. Caramba, você se sente tão bom e esses gritinho
roucos me fazem querer ficar dentro de você para sempre.”
Brenna   gemeu   quando   ele   começou   a   se   mover   dentro   dela,   cada   golpe
desencadeando mais desses deliciosos arrepios.
“Royce. É muito. Muito bom. Muito forte.”
Ela mal conseguia respirar, seu corpo uma massa de prazer indescritível.
As  sensações em cada zona erógena afiada, quase ao ponto da dor, o sentimento
delicioso de todos os movimentos dele forçando grito após grito dela.
Com uma mão em sua nuca, ele ergueu seu rosto para ele.
“Nunca. Nunca vai ser suficiente. Eu nunca vou ter o suficiente de você, Brenna.
Você está no meu sangue. Eu não posso te deixar ir agora.”
Suas estocadas se tornaram mais frenéticas, mais desesperadas, como se tentando se
gravar em sua alma. Os lábios pairando sobre os dela, os olhos escuros e possessivos.
“Eu farei o que for preciso para mantê­la. Você é minha, Brenna. Minha. Goza para
mim. Goza ao meu redor. Goza enquanto estou dentro de você.”
Brenna nunca tinha visto Royce desse jeito. Nunca tinha ouvido essa fome em sua
voz antes.
Envolvendo   as   pernas   ao   redor   de   seus   quadris,   ela   se   ergueu   para   ele.   “Royce,
prometa­me que não importa o que aconteça, você nunca vai me deixar ir. Mesmo — oh
Deus — mesmo se eu ficar com medo.”

307
“Nunca.”
Ele entrou profundamente, os braços apertando­a enquanto gozava.
Brenna   o   abraçou   quando   seu   grande   corpo   estremeceu,   balançando   os   quadris
enquanto o próximo orgasmo pairava logo fora de alcance. Cheia com seu pênis, e com as
ondas de seu orgasmo ainda lavando sobre ela, ela subiu continuamente até a borda de novo,
alarmada que não conseguia parar de gozar.
“Eu tenho você.”
Lágrimas nublaram sua vista, lágrimas de frustração e emoção.
Ela não deveria ter ficado surpresa que ele soubesse o que ela sentia, ou que ele lhe
daria o que ela precisava para atravessar a borda afiada do prazer novamente.
Puxando­a ainda mais perto, ele olhou em seus olhos. “Goza para mim.”
Usando a pressão dos lábios para separar os dela, ele varreu sua boca com a língua
em um beijo mais possessivo e cheio de emoção do que qualquer outro que ele já tinha lhe
dado.
Com um gemido, ela se apertou contra ele e gozou, com uma rapidez que a chocou.
Sua   demanda   sussurrada   e   marcada   com   um   beijo   tinha   sido   o   suficiente   para
mandá­la acima de um último prazer.
Nada jamais a fez se sentir mais vulnerável.
Royce pareceu saber disso, segurando­a como se ela fosse à coisa mais preciosa no
mundo para ele, secando suas lágrimas que nunca paravam de derramar.
“E agora, minha querida, você é minha.”
    

Capítulo Dezessete

308
Horas   mais   tarde,   depois   de   um   banho,   lanche,   e   um   cochilo   enquanto   Royce
verificava no clube, Brenna se encontrou colada contra ele, sua boca tomada em um beijo
ardente que fez seus dedões dos pés enrolarem.
Gemendo, ele levantou a boca da dela e correu a mão por seu cabelo, os olhos ternos
e tingidos com frustração.
“Senti sua falta. Nunca estive tão impaciente para um seminário terminar antes. Eu
volto para verificá­la em alguns minutos. Divirta­se com King, querida.”
Inclinando­se sobre ela, ele passou os braços ao seu redor e enterrou o rosto em seu
cabelo.
“Vou ter um dificuldade em me concentrar em todos os outros esta noite. Só queria
estar com você.”
Brenna estremeceu no hálito quente em seu pescoço e o abraçou mais perto.
Ele tinha sido atento e mais relaxado desde seu ato de amor mais cedo, abraçando­a e
correndo as mãos sobre ela em todas as oportunidades, subindo até seu quarto cada vez que
tinha alguns minutos de sobra.
“Você tem estado ocupado hoje. Senti sua falta, também.” Ela não pôde resistir à
chance   de   provocá­lo.   “Contanto   que   você   mantenha   suas   mãos   fora   daquelas   outras
mulheres.”
Erguendo a cabeça, Royce arqueou uma sobrancelha. “Com medo que eu vá remar
suas bundas e imaginar que é a sua?”
O traseiro de Brenna cerrou em resposta. “Algo assim.”
Ele   passou   a   mão   em   seu   traseiro   como   se   soubesse   que   suas   palavras   tinham
aumentado sua consciência lá. “Comporte­se. Seja boa para King. Vou te ver daqui a pouco.”
Ele correu as mãos sobre ela uma  última vez antes de sair do quarto, tocando os
lábios em seu ombro antes de soltá­la.
“Vou encontrá­la na sala de jogos assim que tiver algumas coisas resolvidas com
Blade. Todo mundo está indo para o jantar no hotel, então King e eu vamos poder passar um
pouco mais de tempo com você.”
Ela   o   observou   sair   antes   de   se   virar   para   enfrentar   King,   que   estava   à   espera.
Sorrindo, ela começou a avançar, ansiosa para correr as mãos em seu peito nu. “King, eu —”

309
“De joelhos, Red. Apresente­se.”
Perguntando­se   se   ele   tinha   alguma   ideia   do   que   essas   palavras   e   esse   tom   lhe
faziam, ela lutou para carranquear para ele. “Droga, King. Eu quero tocá­lo. Não estamos na
sala de jogos.” Ela deu outro passo à frente, clamando em surpresa quando ele agarrou seus
pulsos em uma grande mão e os ergueu acima de sua cabeça, eficazmente a detendo.
Os olhos se estreitaram perigosamente, fazendo­a estremecer quando ele correu um
dedo de seu ombro até seu seio, batendo em seu mamilo.
“Você realmente acha que agora que te reivindicamos, nós vamos ficar moles?”
Brenna piscou, esfregando as coxas. “Reivindicaram?” A maneira como ele disse isso
a fez se sentir atordoada.
“Sim,   Red.   Reivindicada.   Nós   te   reivindicamos   e   você   aceitou.   Isso   significa   que
somos responsáveis por você. Somos responsáveis por sua segurança e bem­estar.”
Rolando seu mamilo dolorido entre o polegar e indicador, ele se aproximou. “Somos
responsáveis por seu prazer, e punição. Em outras palavras, você é nossa.”
Franzindo a testa, Brenna conteve um gemido e veio até a ponta dos pés para aliviar
a pressão em seu mamilo. “Isso soa mais sinistro quando você o diz desse jeito. Eu meio que
pensei que nós pertencíamos um ao outro.”
Soltando suas mãos, King concordou. “Nós fazemos. Mas, você é nossa mulher, Red.
As mulheres são protegidas e vigiadas em Desire. Você sabe. Já te dissemos isso e tenho
certeza que Jesse também.”
Encarando King, e tentando ignorar a demanda de seu corpo por atenção, Brenna
pensou de volta nos tantos comentários que ouvira.
“Sim, mas não pensei que fosse assim. A forma como você está falando… É arcaica.”
“É assim que somos em Desire, Red. Protegemos nossas mulheres. Nem sempre você
vai gostar, mas vamos fazer o que for preciso para mantê­la segura. Vamos cuidar de você
em todos os sentidos, e fazer o que for preciso para fazê­la feliz, mas não pense que você vai
nos mudar. Não vamos mudar, nem mesmo por você.”
O brilho em seus olhos a colocou em estado de alerta. “Ter uma mulher que me
pertence é ainda mais excitante e inspirador do que eu esperava.” Circulando­a, ele correu as

310
mãos de cima a baixo em seu corpo, carícias leves que fizeram sua pele formigar e apertar
com consciência e necessidade.
“Minha. Cada centímetro macio. Minha para controlar. Para proteger. Para o prazer.
Podemos  ser  mais duros do  que  você vai estar  confortável   às vezes, mas sempre  vamos
cuidar bem de você.”
Enrolando­se ao redor dela por trás, ele pressionou a protuberância dura na frente da
calça contra a parte inferior de suas costas. “Agora, seja uma boa menina e se apresente. De
joelhos com as coxas bem abertas e os seios empurrados para fora. Se ofereça para mim.”
Ela prendeu o fôlego, seu corpo assolado por tremores. “Droga, King, quando você
fala assim comigo, me deixa louca.” Abaixando­se de joelhos, ela esticou os seios, os mamilos
eriçados e apertados. Mantendo as pernas abertas, ela baixou o traseiro para os calcanhares,
deixando sua fenda desprotegida, e esperando ansiosamente por seu toque.
Ela meio que virou, querendo ver os olhos dele para saber o que esperar, mas ele a
deteve com um bofetão afiado em seu traseiro.
“Olhos para baixo ou vou vendá­la.”
Por   trás,   ele   segurou   seus   seios,   esfregando   o   polegar   áspero   em   cada   um   dos
mamilos.
“Você   tem   alguma   ideia   do   que   me   faz   saber   que   tudo   isso   é   meu?   Essa   bela,
apaixonada, e deslumbrante mulher é toda minha. Todo esse fogo, toda essa necessidade de
submeter é minha para explorar ao máximo. Você tem alguma ideia do que vai acontecer
com você esta noite?”
Brenna   gemeu,   deixando   a   cabeça   cair   para   trás   no   ombro   dele,   os   mamilos
queimando   sob   a   carícia   decadente.   Suas   coxas   já   estavam   cobertas   com   seus   sucos,   a
necessidade de tê­lo a enchendo crescendo a cada segundo.
“Não.” Isso saiu como um gemido ofegante, sua presença masculina quase opressiva.
Ela sempre tinha sido atraída por homens duros e sérios, mas nenhum jamais parecera mais
duro que Royce e King.
Ela não esperava encontrar homens que também tinham o charme de Royce, do tipo
que poderia convencer uma mulher a fazer qualquer coisa, ou o tipo maldoso que King tinha
em abundância.

311
As mãos deslizaram por seus lados, segurando sua cintura de leve, essa maldade
evidente em sua voz mesmo agora. “Por mais que você quer gozar, você sempre luta contra
isso. Você é muito teimosa para se soltar e eu não posso — não vou — permitir isso.”
Enrijecendo, ela cerrou as mãos em seus lados. “Isso  é ridículo. Eu gozo o tempo
todo. Eu imploro para você me deixar gozar, lembra?”
Ela não deveria ter ficado surpresa que ele tivesse notado, mas ela certamente não
tinha   previsto   sua   própria   vulnerabilidade   de   ter   não   apenas   seu   corpo,   mas   seus
pensamentos tão expostos.
Os mesmos instintos que a tiveram tentando fechar as pernas quando se sentia muito
vulnerável ou aberta, também a teve lutando contra seus orgasmos.
King   deslizou   as   mãos   para   sua   fenda.   Usando   os   dedos   da   mão   esquerda   para
segurar suas dobras abertas, ele espancou seu clitóris com a mão direita, segurando­a firme
quando ela sacudiu em choque. A dor, aguda e quente, se espalhou rapidamente, aquecendo
toda sua fenda e fazendo seu clitóris chiar.
“Foda­se. Solte­me. Isso dói.”
“Há penalidade por mentir. Você sabe disso.” Apertando seu domínio, ele controlou
seus movimentos e pegou suas mãos quando ela tentou cobrir o clitóris.
A provocação em sua voz não fez nada para esconder a ameaça abaixo dela. “Você
não podia acreditar que a dor podia causar prazer. Agora, você vai ver que o oposto também
é verdadeiro. Você vai ver que quando eu quiser que você goze, não há nada que você pode
fazer para impedi­lo.”
Raspando   os   dentes   em   seu   pescoço,   ele   deslizou   a   mão   entre   suas   coxas   e
pressionou um dedo forte em sua boceta.
“A dor pode trazer prazer, mas o prazer também pode trazer dor.”

* * * * *

Amarrada à mesa de couro, que tinha sido ajustada para uma posição meio­sentada,
Brenna tremeu por toda parte com excitação, uma excitação que se fez mais intensa no calor

312
possessivo dos olhos de King. Seu fôlego tornou­se áspero e ainda mais irregular quando ele
amarrou suas pernas nas extensões cobertas de couro, eficazmente mantendo seus joelhos
dobrados e bem abertos.
E   amarrou   suas   mãos   em   ambos   os   lados   de   sua   cabeça,   deixando   seus   seios
desprotegidos.
De pé entre suas coxas, ele correu as mãos sobre ela, o brilho mal em seus olhos
fazendo seus dedões dos pés enrolarem.
“Bem, Red, você está pronta para mais prazer do que pode suportar?”
A   fricção   das  palmas   ásperas   contra  seus   mamilos  enviou  outra  onda  de   luxúria
através dela, a gentileza no toque mantendo­a na borda, enquanto esperava pela dor.
“King, é tão bom. Eu amo quando você me toca.” Quando nenhuma dor veio, ela
começou a relaxar, cedendo ao prazer. Poderia ficar assim para sempre, com os rolos lentos
de prazer lavando sobre ela um após o outro, cada ondulação levando­a mais alto que a
anterior.
Curvando­se   sobre   ela   de   forma   que   o   peito   quente   roçasse   seus   mamilos,   King
deslizou as mãos por seus braços. Entrelaçando seus dedos juntos, ele roçou os lábios com os
dela.
“Eu sei, bebê.”
Usando os dedos para acariciar os dela, ele beijou seu rosto em um gesto tão doce
que ela se derreteu sob ele. Segundos depois, ele levantou a cabeça, o sorriso perverso de
volta com força total.
“Vai ficar ainda melhor. Vai ser tão bom que você vai implorar por misericórdia.”
Brenna não podia imaginar não querer todo o prazer que podia receber. Sorrindo, ela
se arqueou em sua direção quando ele se endireitou.
“Eu duvido disso.”
King levantou uma sobrancelha nisso e correu um dedo do centro de seu corpo para
seu monte.
“Estamos na sala de jogos, Red. Você esqueceu como me tratar?”
Brenna   piscou,   se   preparando   para   um   beliscão   em   seu   mamilo,   sua   respiração
saindo em uma corrida quando nenhum veio.

313
“Sinto muito, Mestre. Pensei que desde que você estava sendo tão gentil…”
Inclinando a cabeça em satisfação por sua desculpa, King correu os polegares de leve
de cima a baixo em suas dobras, sem tocar em seu clitóris.
“Você acha que não posso dominá­la com gentileza?”
Ela nem sequer tinha considerado tal coisa. “Isso não faz sentido. Por que você me
tem presa se você não vai me machucar?”
King sorriu, claramente apreciando isso. “Porque o prazer vai se tornar tão intenso
que você não vai ser capaz de suportá­lo. Tão intenso que será doloroso.”
Curvando­se, ele tocou a língua em um mamilo, umedecendo­o antes de mover para
o outro.
“Royce vai estar aqui em poucos minutos. Ele não vai perder vê­la se quebrando
desse jeito, e eu acho que nós dois querermos estar aqui para os seus cuidados posteriores.”
“Cuidados posteriores? O que é isso?”
Sua   voz   soou   muito   mais   tensa   do   que   minutos   atrás,   a   tensão   em   seu   corpo
aumentando à medida que sua excitação crescia mais forte.
King se curvou para beijar sua barriga, fazendo os músculos de seu estômago tremer.
“Depois de fazer amor, você não se sente um pouco vulnerável e chorosa, e quer ser
abraçada?”   Ele   arrastou   beijos   mais   baixos,   sobre   seu   abdômen.   “É   muito   mais   intenso
quando os orgasmos são mais fortes e você está em uma posição mais indefesa. Você precisa
de orientação e ternura para se recuperar.”
Parando, ele ergueu a cabeça, os olhos cheios de malícia e mais possessivos do que
nunca.
“Nós   sabemos   como   cuidar   de   você,   Red,   se   você   simplesmente   nos   deixar.
Estávamos te esperado há muito tempo.”
Baixando a cabeça novamente, ele deslizou a língua por sua fenda, apunhalando­a
em sua boceta com um gemido antes de levantar a cabeça de novo. “Todo mundo está certo
em uma coisa. Não há nada como o sabor de sua mulher. Agora, fique quieta para que eu
possa me divertir.”
“Ficar quieta? Oh, maldição, isso é tão bom. Como é que devo ficar quieta quando
estou… Oh Deus.”

314
A boca se sentia como puro pecado, a precisão perita de como ele a movia através de
suas dobras e sobre seu clitóris tão incrivelmente sensacional que ela congelou.
Músculo por músculo, seu corpo enrijeceu, os dedos dos pés enrolando quando uma
onda enorme de prazer a atingiu com uma força e velocidade que a deixou sem fôlego e
cambaleando.
Foi incrível — tão bom que ela não conseguia se mexer. Não conseguia pensar. Só
conseguia sentir.
De alguma maneira ela conseguiu sugar pelo ar, soltando­o em um grito quando seu
corpo sacudiu nos choques de prazer sublime. Seu corpo continuou sacudindo a cada golpe
da língua sobre seu clitóris, o prazer se tornando intenso demais para permanecer quieta por
mais tempo.
“King! Não mais. Não mais. Eu não posso —”
King levantou a cabeça. “Quem?” baixando novamente, ele se banqueteou nela como
se faminto por seu gosto.
Era tão bom, bom demais para suportar. Ela puxou nas amarras prendendo  seus
pulsos em uma tentativa desesperada de obter as mãos livres para se cobrir, corcoveando na
mesa de couro o tempo todo para fugir de sua boca. Não importava o quanto ela tentava, não
conseguia se soltar e não conseguia fugir da língua quente e tortuosa.
Ela chorou. Ela choramingou. Ela gritou, mas nada parecia detê­lo.
“Mestre! Mestre. Mestre. Por favor. É muito. Eu não posso gozar mais.”
Seu clitóris queimava, e seu corpo estremecia quase continuamente como se estivesse
sendo tocado por um fio vivo.
Erguendo   a   cabeça,   King   a   olhou   com   olhos   estreitados,   usando   os   dedos   para
continuar os cursos em seu clitóris.
“Você está esquecendo que isso é meu. Eu posso brincar com você o tanto que eu
quiser. Estou fazendo isso para o meu prazer, não seu.”
Para seu assombro, ela gozou de novo, gritando mais desesperada do que da última
vez.   Cada   músculo   em   seu   corpo   apertando   contra   as   tiras   quando   alcançou   o   cume,
roubando o pouco fôlego que lhe restava.
Algum instinto a teve abrindo os olhos para ver Royce de pé ao seu lado.

315
“Royce. Por favor. Faça­o parar. Não mais. Não mais.”
Royce sorriu e prendeu o clipe em seu mamilo. “Mas, querida, nós mal começamos.”
Brenna gritou na pressão em seu mamilo, enviando seus sentidos já exaustos em
sobrecarga. Grata que os golpes em seu clitóris pararam, ela lutou pelo ar, seu corpo todo
tremendo incontrolavelmente ao ver os olhos de Royce enquanto fixava o outro clipe.
Ele olhou para seus seios, sorrindo enquanto estendia as mãos e puxava cada um dos
clipes, enviando outra onda de fogo correndo através dela.
“Você está linda.”
Gemendo na sensação do ar pairando sobre sua fenda quando King se afastou, ela
lutou para fechar as pernas em um esforço de se proteger.
“Por favor. Solte­me. Não mais. Por favor. Não posso aguentar mais.”
Royce e King trocaram um olhar, Royce sacudiu a cabeça. “Eu mal posso esperar
para vê­la desmoronar.”
Rasgando as calças abertas, ele rolou um preservativo e se moveu para ficar entre
suas coxas, correndo a mão sobre seu estômago tremendo.
“Linda.”
Brenna lutou mais, choramingando quando a cabeça do pênis começou a entrar nela,
sua boceta já o apertando.
“Não mais. Eu não vou suportar.”
Royce   fez   uma   pausa,   uma   sobrancelha   escura   subindo.   “Você   está   tentando   me
dizer que eu não posso foder essa boceta? Ela me pertence e eu a quero.”
Suas paredes internas cerraram, e sua fenda já encharcada se tornando ainda mais
molhada. “Por favor.” Ela não podia tomar mais, mas seu corpo continuava a se mover por
sua própria vontade, levantando sua boceta para ele. Cada movimento causando um puxão
em seus mamilos, o que fazia seu já­tenro clitóris formigar.
Royce   sorriu   e   escorregou   fundo,   com   as   mãos   segurando   sua   cintura   quando
começou a se mover.
“Claro, querida. Eu vou te agradar.”
Sem nenhuma possibilidade de fechar as pernas ou se proteger de qualquer forma,
Brenna não pôde fazer nada além de clamar enquanto Royce a fodia, suas estocadas lisas e

316
profundas a enchendo completamente. Cada impulso levando­a mais alto, a fricção do pênis
em um movimento contínuo ao longo das paredes internas de sua vagina.
Ciente dos olhos de King sobre ela, ela lutou para reprimir seus gemidos, sabendo
que nunca ia se acostumar a ter as mãos e os olhos de dois homens nela ao mesmo tempo.
Alternadamente puxando os grampos em seus mamilos, King manteve as setas de
dor disparando choques afiados de prazer para seu clitóris e boceta.
“Ela é linda, não é? Eu amo quando ela luta contra se render.”
A   risada   de   Royce   soou   torturada   enquanto   ele   começava   a   cavar   em   um   lugar
dentro dela que fez seu corpo apertar novamente. “Espero que ela nunca pare de lutar contra
isso.”
King se inclinou sobre ela, os olhos afiados e cheios de satisfação quando ela gritou
seu prazer.
“Não, ela não vai. Isso é bom, bebê. Gozar de novo e de novo.”
Cada orgasmo parecia mais fraco do que o anterior, mas demorava mais tempo e
roubava mais de sua vontade. Ela podia senti­lo drenando­a enquanto o prazer continuava e
continuava, apertando os olhos fechados, ela debateu a cabeça de um lado para o outro em
negação.
“Não. Não mais. Não posso gozar mais.”
Um som baixo de zumbido teve seus olhos estalando abertos novamente. Ela sugou o
ar na visão de um vibrador na mão de King, seu sorriso mau a assustando.
“Não. Por favor, não use isso. Meu clitóris não vai aguentar mais.”
As   investidas   de   Royce   vieram   mais   rápidas   agora,   fazendo­a   apertar   nele   ainda
mais, seu corpo apertando impossivelmente enquanto ela prendia o fôlego e observava em
alarme quando King baixou o vibrador para seu clitóris.
Sacudindo em choque no prazer mais intenso que ela já tinha sentido, um tão forte
que realmente beirava a dor, Brenna gritou, gozando de novo quase imediatamente.
As vibrações continuaram e continuaram e ela se contorceu, gritando com voz rouca
contra a sensação muito­afiada.
“Não. Pare com isso. Tire­o. Tire­o daí. Não!”

317
Ela corcoveou, puxando forte nas restrições. Ela tinha que escapar. Ela não podia
tomar   mais.   Seu   clitóris   palpitou,   queimando   e   pulsando   com   seu   batimento   cardíaco
próprio. Sentia­se enorme, tão sensível e muito exposto.
Um olhar passou entre eles, com algum sinal que ela não entendeu.
De repente, ambos começaram a desatar as amarras de couro a segurando. Enquanto
Royce   cuidava   daquelas   em   suas   pernas,   King   soltou   suas   mãos,   segurando   seus   pulsos
quando ela começou a alcançar para os clipes em seus mamilos, suas mãos tremendo  no
intenso prazer.
“Não, Red. Deixe­os aí. Eles não estão muito apertados — só o suficiente para senti­
los.”
“É muito. Oh, Deus. Eu nunca gozei tantas vezes.”
As   sobrancelhas   de   King   subiram.   “Você   está   falando   como   se   já   tivéssemos
terminado.” Ele não liberou seus pulsos até Royce a erguer contra o peito.
King sorriu. “Tem mais.”
Royce passou a mão em sua bunda e, com o pênis ainda dentro  dela, se virou e
sentou na beirada do banco com as pernas pendendo em cada lado. “Muito mais.”
Com um braço forte ao seu redor, ele se deitou no banco, apertando­a contra o peito.
Percebendo o que eles pretendiam, Brenna instintivamente lutou contra seu aperto,
cada movimento causando uma fricção quente em seus mamilos e puxando os clipes lá.
Ela gritou, arqueou, amaldiçoou e implorou, mas nada conseguia detê­los.
“Por favor, não mais. Eu não posso gozar mais.”
Royce gemeu. “Estes clipes têm que sair.” Ele a ergueu alguns centímetros fora do
peito, e sem aviso, King tirou o clipe de um de seus mamilos, sorrindo quando ela clamou no
sangue correndo de volta para a ponta dolorida.
“Sim,   você   pode.   Dessa   vez   você   vai   gozar   com   meu   pau   dentro   desse   rabo
apertado.”
“Não. Eu não posso. Deixe minha bunda em paz.”
Em sua condição debilitada, ela não podia lidar com a vulnerabilidade de ter seu
traseiro violado, especialmente com o pau de Royce ainda embutido profundamente em sua
boceta.

318
King riu suavemente. “Sem chance de eu deixar essa bunda em paz. Os pensamentos
de foder esse rabo apertado tem me mantido acordado durante a noite.”
Brenna não conseguia tirar os olhos de King enquanto ele rolava um preservativo,
seu fôlego saindo em choramingos afiados quando ele pegou o lubrificante.
Um dedo forte pressionou contra sua abertura enrugada, fazendo­a picar.
“Se você quer lubrificante, é melhor você me pedir para lubrificar bem esse rabo ou
então meu pau vai entrar a seco.”
Brenna parou, não resistindo quando Royce a puxou de volta para baixo. Segurando­
o por sua vida, ela estremeceu.
“Não! Você não pode foder minha bunda a seco.”
O tom de King foi firme. “Depende de você. Você vai ter que pedir com jeitinho para
eu lubrificar sua bunda.”
Brenna não podia acreditar que ele ia descer tão baixo a ponto de fazê­la contribuir
com sua maldade.
Engolindo   o   ar,   ela   olhou   para   Royce,   que   apenas   arqueou   uma   sobrancelha   e
esperou.
“P–Por favor, M–Mestre. Lubrifique minha bunda.”
“Claro, minha pequena sub. Você gostaria que eu fodesse sua bunda com o dedo
para ter certeza de que está bem lubrificado?”
Brenna olhou para Royce, chocada com a luxúria brilhando em seus olhos.
O que estimulou sua necessidade de desafiá­los. Confiante de que eles iam se divertir
tanto quanto ela, Brenna lutou mais, certa de que não poderia escapar.
“Vá se foder. Eu não vou implorar para você enfiar o dedo em meu cu!”
Deus, ela doía com a necessidade de ter seu rabo cheio, mas não poderia aguentar
outro orgasmo. Isso a mataria, e ainda assim ela não conseguia parar de querer mais.
Ela empurrou, gritando quando um dedo frio lubrificado se empurrou nela e logo se
retirou.
King passou a mão em suas costas. “Não há o suficiente de lubrificante nela, mas é
mais do que suficiente para eu entrar.” Ele bateu de leve em sua bunda. “Você teve sua
chance, Red.”

319
Ele   pressionou   a   cabeça   do   pênis   contra   sua   abertura   enrugada   e   começou   a
empurrar, fazendo seu buraco traseiro queimar e arder insuportavelmente.
Brenna gritou. “Não. Por favor. Pare. Por favor, fode minha bunda com o dedo.”
King  recuou.  “Por  que  eu deveria  te  dar a chance  de  mudar  de  ideia?  Você  não
acabou de dizer para seu Mestre se foder?”
Ela ainda não tinha percebido o quão em sintonia se tornara com eles, mas o aço no
tom de King enviou um calafrio através dela.
Ela   nunca  ia  sobreviver   se  ele  fodesse   sua  bunda   seca,   mas  ela  quase   não  podia
acreditar que queria tentar. Ela queria que isso doesse. Ela precisava dessa dor. Ela queria
senti­lo de qualquer maneira que pudesse.
Ela queria seu rabo cheio. Completo. Esticado.
O bom senso venceu.
“Por favor, Mestre. Por favor. Por favor, fode minha bunda com seus dedos.”
Royce gemeu. “Cristo, apresse­se. Eu não posso segurar muito mais.”
King beliscou seu clitóris. “Você ouviu isso? Mestre Royce não pode resistir a você e
nem eu. Você gostaria que seus dois Mestres te fodessem, ao mesmo tempo?”
“Sim! Tudo que vocês quiserem. Por favor, Mestres, levem­me.”
“Muito bom. Fique quieta, como uma boa pequena sub e me deixe lubrificar esse
rabo para meu pau.”
“Oh, Deus.”
Sugando pelo ar quando King empurrou o dedo lubrificado em seu buraco, ela olhou
nos olhos de Royce.
Brenna gemeu impotente ao sentir os dedos de King se movendo em seu buraco e
pressionando  contra  as paredes  internas  de  seu reto.  Não  foi nada,  porém,  comparada   à
sensação   dele   se   retirar   e   encaixar   a   cabeça   do   pênis   contra   sua   abertura   enrugada   e
empurrar contra ela.
A necessidade  instintiva de combater a invasão a teve apertando  forte, mas King
pressionou implacavelmente, forçando o anel apertado de músculo a se retirar para dar lugar
à cabeça grossa de seu pau.

320
Brenna gritou; incapaz de se mover enquanto ele segurava a cabeça do pênis em sua
abertura, esticando­a largamente e fazendo­a queimar.
Ela gozou antes mesmo de perceber que estava gozando, reprimindo a cabeça do
pênis e fazendo­o queimar mais quente.
“Tão cheia. Oh, Deus! Seus pênis estão dentro de mim. Queima.”
King amaldiçoou e empurrou o pênis fundo, tão fundo que ela não podia respirar.
Muito cheia. Ela queimava em todos os lugares. Formigava em todos os lugares.
Ambos   começaram   a   se   mover,   criando   um   ritmo   de   impulsos   em   sua   boceta   e
bunda, deixando­a incapaz de fazer nada além de esperar.
Ela choramingou no prazer entorpecente, gemendo na pressão e sensação de estar
cheia e esticada.
Cheia   com   seus   pênis,   ela   não   conseguia   se   mover,   não   conseguia   respirar.   Só
conseguia sentir. Esticada mais do que jamais pensou que poderia suportar, ela se agarrou a
Royce, incapaz de fazer qualquer outra coisa, quando o prazer alucinante e sensação de ser
tomada tão completamente roubou sua última gota de resistência.
Ela gritou, com cada grito mais desesperado e ofegante que o outro.
Repleta com seus pênis, ela se afundou contra Royce, dando­se ao seu prazer, e para
o deles, emocionado por dar tudo a eles.
Sensação em cima de sensação a bombardearam. Ela perdeu a conta do número de
vezes que gozou.
Trêmula, ela não podia fazer nada além de choramingar quando outro orgasmo a
atingia antes que o último tivesse passado completamente.
Ela nunca se sentira tão realizada, tão desejada.
Tão conectada.
Royce e King a incentivavam, cada palavra como um bálsamo para sua alma.
“É isso aí, Red. Leve todos nós.”
Royce gemeu. “Tão fodidamente apertada. Goza de novo, querida. Sim. Isso mesmo.
Tão linda.”
As mãos de King firmaram em seus quadris. “Tão bom. Boa menina. Toda nossa.”

321
Ela lhes pertencia. Não podia mais lutar contra isso. Quando os dois entraram fundo,
ela gozou novamente, uma corrida de prazer e calor para se colocar sobre as outras.
De repente, ela sentiu vontade de chorar.
Um   gemido   escapou,   mas   antes   que   outro   pudesse   sair,   quatro   mãos   fortes   se
moveram sobre ela.
King embrulhou os braços ao seu redor por trás enquanto se retirava, segurando­a
quando ela estremeceu, com os lábios em seu ombro.
“Essa é nossa menina. Está tudo bem. Nós estamos aqui.”
Ele ergueu a metade superior de seu corpo contra ele no momento em que outro
gemido escapava.
“Sim, bebê. Deixe ir. Você está segura.”
Sua garganta entupiu com as lágrimas, tornando difícil falar, e um soluço rasgou dela
antes que pudesse pará­lo.
“Não mais.”
Royce   se   sentou,   erguendo­a   de   seu   pau,   os   olhos   segurando   os   dela.   Sorrindo
ternamente, ele acariciou seu rosto. “Não, querida. Não mais. Vamos cuidar de você agora.”
Tão fraca que não conseguia nem levantar o braço, Brenna não teve escolha senão
cair contra King quando ele a ergueu do colo de Royce e a virou, segurando­a contra o peito
largo. “Não. Deixe­me em paz.”
Suas palavras saíram arrastadas e fracas, mas ela não se importou. Só queria ficar
sozinha até que pudesse se orientar novamente.
Instável e sentindo­se vulnerável, ela manteve os olhos fechados, enrolando­se contra
King   quando   a   primeira   lágrima   desceu.   Ela   os   amava.   Confiava   neles   completamente,
mesmo quando achava que não poderia aguentar nem mais um minuto.
Ela nunca se sentira tão completa antes, tão absolutamente livre para se deixar ir.
Sentia­se conectada a eles em maneiras que ela nunca poderia ter imaginado.
Mesmo agora, ela precisava de seu toque para ajudá­la a se aquietar. Precisava de
sua   presença   para   fazê­la   se   sentir   segura   e   protegida   até   que   pudesse   se   recompor
novamente.

322
Precisava do amor que ela vira brilhando em seus olhos, um amor que ela não tinha
certeza se poderia lidar.
Reunindo­a perto, King a levou da sala para o corredor e no quarto.
“Eu nunca vou deixá­la sozinha. Você está presa para sempre comigo agora.”
“Conosco.” A voz de Royce veio de trás de King, no momento em que o chuveiro foi
ligado. “Dê ela para mim.”
King entrou no chuveiro, segurando­a firmemente contra ele. “Eu a tenho. Duvido
que ela tenha forças para ficar de pé.”
Royce, nu e molhado, lhe estendeu a mão, atirando em King um olhar impaciente.
“Estou ciente disso, King. Vamos lá, querida. A água quente não a faz sentir melhor? Você só
tem que ficar quietinha e vamos cuidar de você.”
Completamente drenada e chorosa, Brenna nem sequer teve a força para se agarrar a
King. Cada centímetro de seu corpo tremeu em reação. “Solte­me. Eu quero ficar sozinha.”
Ela odiou o lamento em sua voz, mas não teve forças para tentar novamente. Seus
olhos se atiraram abertos quando Royce lavou sua fenda.
“Não. Não me toque.”
As mãos permaneceram tão suaves quanto o olhar em seus olhos. “Eu serei gentil,
mas você vai se sentir melhor depois. Calma. Eu sei, querida.” Ele sussurrou enquanto a
lavava. “Eu sei que você está toda sensível. Você fez muito bem. Essa foi à coisa mais linda
que eu já vi. Você certamente vai manter King e eu em nossos dedões dos pés, não é?”
Brenna fungou, fechando os olhos novamente.
King a ajustou nos braços, acariciando o ponto delicado abaixo de sua orelha.
“Você foi magnífica. Olhe para mim, Red.”
Pairando sobre ela, King a entregou a Royce e virou seu rosto para o dele, esperando
até que ela abrisse os olhos. “Eu te adoro.”
Um soluço se soltou, e depois outro; soluços que ela não conseguia conter. Ela os
amava tanto que doía, e se deixara aberta para muito mais.
Eles poderiam destruí­la agora.

323
“Não me diga isso agora.” Ela não queria apenas carinho após o sexo. Ela queria
tudo, mas não podia aguentar muito mais. Sentia­se muito chorosa, debatendo­se para se
firmar novamente.
King terminou de enxaguá­la, se despiu e jogou as roupas em um canto. “Agora é o
momento perfeito para dizer. Venha, vamos levá­la para a cama, e aí podemos conversar.”
Minutos depois, ela se encontrava na cama com ele, enquanto Royce terminava de se
banhar. Quente e seca, e com o calor do corpo de King contra o dela, Brenna enxugou outra
lágrima.
Segurando seu rosto, King correu o polegar sobre seu lábio inferior.
“Eu nem posso acreditar que estou apaixonado. Vai demorar um tempo para eu me
acostumar, então você vai ter que me tolerar.”
Mais lágrimas caíram, lágrimas de medo e felicidade. “King, você não tem que dizer
isso agora. Eu sei que você quer cuidar de mim agora, mas —”
Os olhos de King se estreitaram. “Eu nunca em minha vida disse a uma mulher que a
amo, e quando finalmente faço, você não acredita em mim? Você realmente acha que eu diria
essas palavras só porque você gozou algumas vezes?”
“Algumas   vezes?”   Brenna   bateu   ineficazmente   em   sua   mão.   “Você   me   fez   gozar
tanto  que duvido  que  algum dia vá me recuperar.  Você está sendo  gentil comigo agora,
porque estou assim, mas —”
Com um grunhido irritado, King rolou em cima dela. “Você honestamente acha que
foi a única mulher que eu fiz gozar até que não podia andar? Eu não as amei e não lhes disse
que eu fiz.”
Chutando­o, Brenna tentou empurrar seu grande corpo fora dela, sem sucesso. “Você
não jogue essas outras mulheres na minha cara!”
“Eu não estou tentando jogá­las na sua cara, porra! Estou tentando te fazer ver que
nunca pensei que fosse encontrar uma mulher que eu pudesse amar, e que ia me amar de
volta. Eu nunca pensei que ia encontrar alguém que ia abraçar este estilo de vida, uma que ia
me deixar amá­la e me permitir cuidar dela do jeito que eu preciso. Eu te amo, porra!”

324
Entrelaçando seus dedos com os dele, ele os levantou acima de sua cabeça. “E você
me ama. Não pense nem por um minuto que você pode esconder isso de mim. Eu esperei a
vida toda por você, e serei maldito se vou deixá­la escapar de mim!”
Soltando suas mãos, ele a puxou contra ele. “Agora, eu quero ouvi­la dizer isso de
volta para mim, ou então, Deus me ajude, mas no minuto que você se recuperar, eu vou virá­
la sobre meu colo e remar sua bunda até você dizer isso.”
Royce entrou no quarto, usando uma toalha enrolada na cintura e outra para secar o
cabelo.
“Bem, isso é realmente muito romântico, King.”
Piscando para conter as lágrimas, Brenna alcançou e segurou a mandíbula de King,
abalada na intensidade do amor brilhando em seus olhos.
“Eu te amo, também. Eu já te amo há algum tempo, mas não pensei que você fosse
acreditar em mim se eu lhe dissesse. Pensei que você pensaria que era só sobre sexo. Estou
com medo.” Ela deslizou um olhar para Royce. “E se vocês se cansarem de mim? Vocês
podem escolher suas mulheres e —”
King rosnou. Ele realmente rosnou. “Eu não quero nenhuma mulher do caralho. Eu
quero você. Eu tenho estado ao redor de centenas de mulheres e nunca quis uma do jeito que
quero você, e certo como o inferno não me apaixonei por nenhuma delas.”
Um soluço quebrou livre, um que ela nem sabia que estava lá. “Você me ama?”
King pareceu um pouco apavorado. “Eu não acabei de dizer isso? Inferno, não se
atreva a chorar. Quero dizer, se você chorar, eu vou — ah, inferno.”
   

325
Capítulo Dezoito
Brenna acordou para se encontrar envolta em um cobertor e no colo de Royce, os
olhos dele ilegíveis quando procuraram os dela. Erguendo a cabeça, ela viu que ele estava
sentado na chaise, e tinha a televisão ligada baixinho.
“Onde está King?”
Sorrindo,   Royce   alisou   o   cabelo   para   trás   de   seu   rosto.   “Está   malhando.   Você
assustou o inferno fora dele. Ele consegue lidar com sua raiva e seu desafio, mas quando
você chora, o despedaça.”

326
Ela olhou para o relógio na mesa perto. “Mas está no meio da noite.”
“Pois   é.  Ele foi e assumiu  para Blade,  depois  se certificou  de  que  todos estavam
estabelecidos para a noite. Então voltou aqui, olhou para você, e foi treinar. Eu queria te
abraçar, então te trouxe para cá comigo a mais ou menos uma hora e meia.”
Deslizando   a   mão   dentro   do   cobertor,   ele   a   correu   por   seu   quadril,   lembrando
Brenna de sua nudez.
“Você se sente melhor agora?”
Assentindo, Brenna o olhou, tirando a mão do cobertor para tocar seu peito.
“Sim. Sinto muito ter desmoronado assim. Isso tudo é tão… Extraordinário. Eu não
planejava me apaixonar por vocês dois —” Pressionando o rosto em chamas contra seu peito,
Brenna deu de ombros. “Quero dizer —”
“Você pensou que eu não sabia que você me amava?” Correndo a mão por seu seio,
ele o segurou suavemente e deixou a cabeça cair contra a cadeira. “Você assustou o inferno
fora de mim mais de uma vez. Eu realmente esperava que você partisse. Fomos muito moles
com você às vezes, porque tínhamos medo de que você fosse correr daqui como tinha feito a
primeira vez que te levei para a sala de jogos.”
Esfregando uma mão pelo rosto, ele suspirou. “Você assustou o inferno fora de mim
naquele dia. Eu não podia acreditar  em quanta paixão havia dentro  de você, e que você
tivesse confiado em mim o suficiente para ir para a sala de jogos comigo. Eu mal te toquei, e
você se desfez.” Olhando­a, ele sorriu, com os olhos cheios de lembranças daquele dia. “Eu
nunca tinha ficado tão surpreso com uma mulher em toda minha vida. Você saiu antes que
eu tivesse tempo de sequer enfrentar isso. E seus olhos… Cristo, eu soube então. Assim que
olhei naqueles olhos, eu soube que eu estava perdido.” Escorregando a mão de cima a baixo
em   seu   corpo,   ele   a   puxou   para   mais   perto.   “Eu   te   fiz   rastejar   no   outro   dia,   esperando
assustá­la.”
Brenna piscou para ele, chocada com sua admissão. “Você fez? Por quê?”
Royce deu de ombros. “Você estava chegando muito perto. King e eu percebemos há
muito tempo que, embora as mulheres gostassem de jogar e submeter, seria malditamente
quase impossível que uma fosse querer se amarrar a dois Doms. King e eu compartilhamos.

327
Temos   feito   por   anos.   Somos   diferentes   na   maneira   de   dominar   e   descobrimos   que
complementamos um ao outro.”
Descendo  o   cobertor,   ele  acariciou  seu   seio   exposto,  enviando   um  calor  delicioso
através dela.
“Somos bons amigos, e tão próximos como muitos irmãos, mas amá­la testou isso.
Nós dois temíamos que você descobrisse que não gostava deste estilo de vida, um que nós já
sabemos que não podemos viver sem. E essa porra desse leilão — inferno, eu queria sacudi­la
cada vez que falava sobre isso.”
Brenna sorriu e o abraçou mais perto, gemendo quando ele descobriu o resto dela e
colocou uma mão quente em seu monte.
“Eu continuei mencionando, porque pensei que era a única razão pela qual vocês me
deixavam   ficar   e   que,   no   final   do   mês   vocês   iam   me   colocar   nele.   Eu   queria   que   vocês
negassem isso e que rasgassem esse contrato maldito.”
Royce   sorriu.   “Eu   não   vou   rasgá­lo.   Acho   que   vou   emoldurá­lo   e   pendurá­lo   na
parede em nosso escritório.” Franzindo a testa quando ela se moveu em cima dele, ele a
cobriu com o cobertor novamente.
“Pare com isso. Você não está em condições de gozar mais esta noite. Você precisa
descansar um pouco. Por que não volta a dormir?”
Endireitando­se, Brenna o escarranchou, sentindo­se como se pudesse conquistar o
mundo. “Tá brincando? Sinto­me maravilhosa. Você e King me amam. Eu ainda não consigo
acreditar.   Não   posso   acreditar   que   estou   apaixonada   por   dois   homens   que   querem   me
dominar.”
Franzindo   o   cenho,   ela   o   olhou   por   entre   os   cílios.   “Vou   ter   que   descobrir   uma
maneira de obter algum poder sobre vocês dois, ou vou estar em apuros.”
Royce deslizou a mão sob o cobertor e deu um bofetão brincalhão em sua bunda.
“Você já tem o suficiente. Que Deus nos ajude quando você descobrir como usá­lo. E como
está achando difícil acreditar que dois Doms estão apaixonados por você, talvez você acredite
quando estiver de pé no altar no dia do casamento com um plug anal enfiado nesse rabo
apertado.”

328
* * * * *

Brenna mordeu o lábio, o coração disparado de emoção. Embora o nível de ruído no
quarto fosse alto, ela segurou uma mão sobre a boca para acalmar sua respirando rápida,
com medo de alguém a ouvisse. Na ponta dos pés para ter uma melhor visão das mulheres
que estavam sendo colocada em leilão, ela não conseguia deixar de admirar as belas figuras
que seus maridos de quase uma semana faziam enquanto levavam cada mulher para o centro
das atenções.
Ambos estavam todo de preto para a ocasião. Royce parecia sinistro e sofisticado, o
melhor Mestre, enquanto  King, uma montanha de maldade,  brincava com as mulheres  e
atiçava a multidão de homens ainda mais.
Usando a ponta do chicote que segurava na mão forte, a mão que tinha um círculo de
ouro em seu dedo anelar, King bateu no mamilo da mulher, fazendo­a clamar e criar um
puxão de resposta no próprio mamilo de Brenna. Ele o tinha usado nos dela vezes suficientes
para que ela soubesse  exatamente  o que a outra mulher  estava sentindo, mas não podia
imaginar como ela deveria estar se sentido ao estar vendada e com as mãos amarradas atrás
das costas, enquanto isso era feito com ela.
E por um estranho.
Brenna não teria suportado, e sorriu no conhecimento de que nunca iria.
Ela tinha seus próprios Mestres.
Brenna tocou a mão em seu próprio seio, exposto, pois não lhe era permitido usar
nada além das roupas elásticas que Royce e King tinham comprado para ela quando estava
em casa. Beliscando o mamilo, ela tentou fingir que king tinha usado o chicote nela, mas
nada podia substituir a coisa real.
Suas coxas já estavam cobertas com seus sucos, a visão das mulheres sendo leiloadas
e a excitação e decadência da multidão de homens para comprá­las a despertara mais do que
ela poderia ter imaginado.
Ela nunca teria coragem, ou até mesmo o desejo de ser leiloada de tal forma, mas se
excitava assim mesmo.

329
“Vamos ver essa boceta e clitóris.”
Um dos homens que ela reconheceu  da cidade foi até à frente  e parecia ter uma
grande satisfação em ter cada mulher inspecionada completamente.
Cada vez que ele gritava algo, a licitação parava, e a mulher sendo leiloada ia tremer
tanto que até mesmo Brenna podia ver de sua posição, espiando através de uma abertura no
segundo andar pela ação acontecendo lá embaixo.
Deitada no piso do pequeno quarto de armazenamento que Kelly lhe dissera, Brenna
se deslocou inquieta quando King sorriu e desfilou a mulher ao redor do palco.
Lutando contra o ciúme, ela olhou para Royce e King, satisfeita ao ver que fora de
cuidar da mulher e agitar a multidão, nenhum deles mostrava qualquer interesse por ela.
Um dos homens mais próximo do palco usou outro chicote para tocar a fenda da
mulher, claramente apreciando seus gritos de prazer.
King se moveu, deixando a mulher com Royce e indo em direção à parte de trás do
palco e fora de vista, provavelmente para buscar a próxima mulher, desde que parecia que a
licitação por esta finalmente tinha terminado.
Ela estaria saindo para se juntar a quem a havia ganhado no leilão, e para uma noite
de prazer indescritível.
Blade chegou, deslizando pela multidão para o palco. Jake o seguindo, gritando para
alguns dos homens, claramente seus amigos, enquanto os dois homens se juntavam a Royce,
parando em cada lado dele.
Brenna fechou os olhos, gemendo enquanto alcançava sua fenda, nada surpresa ao
encontrá­la encharcada com seus sucos.
Os pensamentos sobre o leilão a consumiram por dias. Ela sabia que as mulheres no
palco estariam vivendo suas fantasias esta noite, e do que ela ouvira de Jesse, os homens
casados que vieram assistir, voltariam excitados para casa para suas esposas, e como Jesse
disse, inspirados.
Ela duvidava que algo como isso fosse afetar Royce e King, que provavelmente já
estavam acostumados com tais coisas, mas isso despertara o inferno fora dela.

330
Rolando de costas, ela manteve os olhos fechados e escutou a multidão, incapaz de
sacudir a fantasia de que ela estava no palco e que Royce e King eram os únicos lá para licitá­
la.
Eles iam separar suas dobras, olhando­a com fome em seus olhos. Eles iam —
“Você gostaria de me dizer o que exatamente você pensa que está fazendo?”
Brenna ofegou, empurrando­se de pé e se cobrindo. “King!”
Ele ficou lá de pé, os braços cruzados sobre o peito, encarando­a, os lábios apertados
em desagrado, mas os olhos iluminados com antecipação.
E o olhar perverso que ela já tinha aprendido significava problemas — e uma noite
emocionante pela frente.
Seu   olhar   voou   automaticamente   para   a   protuberância   na   frente   da   calça   escura,
prendendo o fôlego.
“Você está excitado por causa de mim ou por causa daquelas mulheres lá embaixo?”
A sobrancelha de King subiu. “Oh, isso  é tudo por você, Red. Fiquei imaginando
você naquele palco com Royce e eu os únicos licitantes, e então eu pego você brincando com
o que pertence a mim e a Royce.”
Sorrindo modestamente, ela se recostou nos cotovelos, expondo os seios e deixando
as pernas se abrir de leve, mordendo um gemido quando o olhar dele baixou para sua fenda.
“Você não acha mais ninguém iria me licitar?”
“Não  se  eles  valorizam suas  vidas.”  Seu  sorriso   enviou um  calafrio   através   dela.
“Sentindo­se bem confiante, não é?”
Com um movimento rápido demais para ela antecipar, King a puxou de pé e a atirou
sobre o ombro, passando uma mão ameaçadora sobre seu traseiro. “Parece que fui um pouco
mole demais com nossa nova esposa.”
Brenna   estremeceu,   lutando   para   se   libertar.   “Não,   King.   Você   e   Royce   foram
maravilhosos! Coloque­me no chão, e eu vou explicar.”
“Oh, você vai explicar, tudo bem. Assim que chegarmos ao quarto.”
Deslizando um dedo por suas dobras, ele riu. “Encharcada. Você realmente vai sofrer
agora. Você realmente gostou de assistir o leilão, não é? Você ficou se imaginando lá em cima
com todos os homens te leiloando?”

331
“Não, King! Não foi assim.”
Assim que chegaram ao quarto, King chutou a porta fechada atrás dele e a colocou
de pé, firmando­a quando ela quase caiu.
Segurando seu queixo, ele ergueu seu rosto para ele. “Você ficou imaginando todos
aqueles homens te inspecionando? Tocando­a?” Sem aviso, ele se inclinou e enfiou um dedo
em sua boceta. “Sim, você gostou disso.”
Começando a entrar em pânico agora, Brenna agarrou seus braços, gemendo quando
o dedo dentro dela começou a se mover. “Não, King. Só você e Royce. Eu imaginei que era só
você e Royce. Eu não quero nenhum outro homem me olhando ou me tocando.”
Segurando­a perto, King continuou movendo o dedo dentro dela. “Diga­me.”
Travando os joelhos igual borracha, Brenna enrolou os braços em seu pescoço e se
inclinou para ele.
“Eu fiquei assistindo e imaginando você e Royce fazendo aquelas coisas comigo.”
Os lábios acariciaram seu ombro. “Que coisas?”
Os joelhos de Brenna cederam completamente quando King tocou seu clitóris. “Oh!
King, me leve. Eu te quero tanto.”
“Que coisas você ficou imaginando Royce e eu fazendo com você?”
Embalada pelo tom suave, Brenna virou o rosto para seu pescoço, respirando seu
cheiro.
“A maneira como vocês as exibiam. Abrindo­as. E elas com os olhos vendados para
que não pudessem ver o que vocês estavam olhando. Só que eu imaginei que era você e
Royce que me tocavam.”
King levantou a cabeça, seu tom baixo e sedoso lavando sobre ela. “O pensamento do
leilão tem te excitado desde o início. Mas, você deveria assistir? Como você entrou em um
quarto trancado?”
Puxando­o de volta para baixo, ela beijou seu pescoço, segurando­o mais apertado
quando o prazer se elevou.
“Eu peguei suas chaves. Eu queria ver. Oh, King. Você e Royce estavam tão sexys lá.
Eu fiquei com tesão só de ficar observando­os.”

332
“Hmm.” Erguendo a cabeça, ele deslizou o dedo de sua boceta e enrolou uma mão
em seu pescoço, levantando seu rosto para ele.
“Fico feliz que você pense assim, mas preciso te perguntar uma coisa, bebê.”
Esfregando as coxas contra o vazio lá, Brenna lutou para chegar mais perto. Ela o
queria muito mal. Seu marido. Ela queria que ele a enchesse, para agradá­la como só ele e
Royce podiam.
Doendo   por   ele,   ela  tentou   alcançar  seu   pênis,  gemendo   em  protesto  quando  ele
segurou sua mão. “King, eu quero  tocá­lo. O que você quer me perguntar? Se apresse, e
depois me leve.”
Um bofetão afiado pousou em seu traseiro, surpreendendo­a. Antecipando outro, ela
se contorceu para escapar. “Ei!”
King agarrou seus braços, levantando­a na ponta dos pés, os olhos se demorando na
gargantilha em seu pescoço — a nova que tinham lhe dado que combinava com seus anéis.
“Você acha que, porque nós te amamos, não vamos castigá­la por nos desafiar?”
Brenna se aquietou, o estômago apertando com excitação.
Colocando as mãos em seu peito largo, ela cavou os dedos nos músculos rígidos e o
olhou através dos cílios, fazendo beicinho.
“Sério? Eu tenho sido boa. Você mesmo disse. Eu apenas queria ver —”
O brilho mal nos olhos de King teve sua boceta cerrando e vazando mais de seus
sucos. “Você foi especificamente informada para ficar longe do leilão —”
“Eu fiquei! Eu não desci para o primeiro andar.”
Os olhos de King se estreitaram. “Você sabe que não estava autorizada a ver o que se
passa lá embaixo.”
O aço em seu tom e a fome em seus olhos povoou algo dentro dela, lhe dando a
certeza que ela nem sequer percebera que precisava.
Esfregando os mamilos contra seu peito, ela se mexeu inquieta. “Você vai me bater?”
“Você não acha que merece isso?”
Seu traseiro apertou em antecipação. “Eu não fui tão ruim, fui?”

333
King riu e bateu em seu traseiro de novo. “Você foi muito ruim e sabe disso. Pare de
tentar usar esses olhos para escapar de problemas. Você está nisso agora. Quando você for
leiloada, sua bunda vai estar vermelho brilhante. Isso deve chamar alguma atenção.”
“O quê?” Brenna lutou contra seu domínio, apavorada agora. “Você não pode estar
falando sério! Nós somos casados! Você não pode me leiloar.”
Ela começou a correr, mas King a agarrou, o antebraço grosso e musculoso como
uma faixa de aço ao redor de seu meio. O som de sua roupa sendo rasgada a assustou ainda
mais.
Em segundos, ela estava tão nua quanto o dia que nasceu, e sobre o colo de King
sentado na beirada da cama.
Cada   bofetão   tanto   a   assustava   quanto   inflamava,   e   enquanto   lutava   ela   não
conseguia parar de pensar em todos os homens lá embaixo vendo seu traseiro vermelho, e
sabendo por que.
Seu traseiro queimava, mas imaginou que seu rosto se tornara muito mais vermelho.
“King, por favor. Você não pode me colocar no palco. Você não faria isso! Você não pode.”
Ela tentou cobrir o traseiro, mas ele pegou seus pulsos e os prendeu no baixo de suas costas. 
Ele e Royce tinham sido tão possessivos que ela sabia que ele não podia estar falando
sério.
Não é?
“Você não se atreva a tentar se cobrir!” Ele bateu em seu rabo várias vezes mais em
rápida sucessão, dispersando os bofetões até que todo o seu traseiro estava em chamas.
O   som   da   gaveta   do   criado­mudo   se   abrindo   a   teve   lutando   novamente   para   se
libertar. “O que vai fazer comigo?” Lutar enquanto ele amarrava suas mãos não adiantou
nada, e em um tempo embaraçosamente curto, ele teve suas mãos presas atrás das costas do
jeito que as mulheres lá embaixo tinham sido amarradas.
As mãos de King nela mandou sua excitação a alturas ainda maiores, e para sua
intensa mortificação, o medo de estar no palco na frente de outros se adicionava ao fogo.
Correndo um dedo por sua fenda, ele riu asperamente.

334
“Sim, você gostou de sua surra, e a ideia de ter esse rabo vermelho em exibição a
excita. Seu público vai esperar um pouco mais de nossa esposa, e o dispositivo de punição
que compramos para você será perfeito para seu aparecimento no palco.”
Brenna engoliu em seco, vendo King abrir uma das gavetas que costumavam manter
as coisas para ela, e tentou argumentar com ele.
“King, sinto muito por ter assistido. Eu estava morrendo de curiosidade. Admita, se
você estivesse em meu lugar, você teria olhado, também.”
Juntando o que parecia não ser nada além de tiras de couro, King se virou e fechou a
gaveta.   “Sim.   É   por   isso   que   sabíamos   que   você   tentaria.   Planejamos   isso.   Sebastian   nos
informou no minuto em que a porta se abriu.” Sorrindo, ele jogou uma das peças na cama e
foi para o criado­mudo de novo. “Você sabia que todas as portas aqui têm um alarme que é
monitorado por Sebastian?”
“Merda. Não, eu não sabia. Ele provavelmente carrega essa porra desse monitor no
terno. Ele é um linguarudo.”
King riu e se voltou, e a visão do tubo em sua mão fez seu traseiro apertar.
“Não é um monitor, mas sim, ele o carrega com ele.” Alcançando, ele puxou um
mamilo, fazendo­a ofegar. “E uma de suas funções é vigiá­la quando estamos ocupados.”
Brenna olhou para o couro em suas mãos, e tentou recuar, mas King a parou. “O que
é isso?”
O sorriso perverso de King enviou uma emoção através dela. “Você vai ver.”
Para um homem tão grande, ele se movia rápido, e antes que percebesse, ela estava
de volta sobre seu colo.
King   passou   a   mão   em   seu   traseiro.   “Bonito   e   rosado.   Vou   deixá­lo   vermelho
novamente no palco, ou você planeja lutar comigo agora?”
Ela lutou para manter as pernas fechadas, mas King manteve­a dobrada e com o rabo
no ar. “O que vai fazer?”
As mãos a deixaram, e ela sabia que só seria o tempo suficiente para cobrir o dedo
com lubrificante.

335
“Eu   vou   colocá­lo   em   você,   algo   que   vai   usar,   por   vezes,   quando   estiver   sendo
punida.”   Com   a   mão   esquerda,   ele   separou   suas   nádegas,   puxando­as   para   os   lados   e
expondo completamente sua abertura enrugada.
“Agora fique quieta para que eu possa lubrificá­la.”
A sensação de vulnerabilidade que caía sobre ela cada vez que um deles tocava sua
bunda nunca falhava em alarmá­la e excitá­la.
Como   sempre,   King   não   lhe   deu   nenhuma   chance   de   se   defender   contra   isso,
nenhuma maneira de limitar seu acesso. Segurando­a curvada e aberta, ele empurrou um
dedo   lubrificado   dentro   dela   sem   quase   nenhuma   resistência,   mergulhando­o
profundamente.
“King! Oh, Deus.” Calafrios subiam e desciam por sua espinha enquanto ele invadia
sua abertura mais privada com uma firmeza que sempre a chocava. Ele moveu o dedo ao
redor, deslizando­o sobre suas paredes internas com uma possessividade e arrogância que
ela sempre tinha que se esforçar para aceitar.
Chutando os pés, ela tentou mordê­lo, clamando quando ele se retirou e forçou dois
dedos dentro.
“Queima. Tira­os. Eu não vou tentar mordê­lo mais.”
Os dedos deslizaram fora com uma velocidade que a deixou cerrando, precisando ser
preenchida novamente, o que a irritou.
King riu e a espancou mais um pouco, facilmente controlando suas contorções.
“Eu  amo  o  quão  desafiante  você se  torna quando  fica  excitada  e não  pode  obter
alívio.” Ele correu a mão por traseiro em chamas. “Eu também amo o quão doce e submissa
você vai ficar daqui a pouco, quando não puder aguentar mais.”
“Foda­se.”
King riu de novo. “Você vê isso?”
Brenna prendeu  o fôlego no que parecia algo entre um plug anal e uma bola de
metal. Já sabendo onde tal coisa sinistra estaria indo, ela tentou apertar suas nádegas.
“Você não vai colocar isso em minha bunda!”
“Claro que vou. Vê essa tira de couro presa nele? Isso vai até o vinco de sua bunda,
deixando essas nádegas vermelhas bem expostas.”

336
Sua voz caiu vários graus, lhe dizendo o quanto ele gostava disso.
“Não é tão cônico quanto um plug anal comum, por isso tem que segurá­la aberta
um pouco mais. Eu sei o quanto você gosta da queimadura e da ferroada de ser esticada. Este
não é tão longo, mas é largo. Vamos ver o quanto você gosta dele.”
Ela   não   contava   que   estivesse   tão   frio,   o   choque   disso   apenas   o   bastante   para
congelá­la imóvel tempo suficiente para ele começar a empurrá­lo dentro dela.
O   metal   se   sentia   tão   estranho,   frio,   duro   e   ameaçador.   Clamando,   ela   tentou
instintivamente se fechar contra ele, fazendo o aguilhão e queimadura ainda pior.
“King! Queima muito ruim. É muito grande.”
King correu a mão por seu traseiro. “Não, não é. Não é nada maior do que o outro
plug que estamos usando em você agora. Só parece diferente porque é metal. Suas coxas
estão encharcadas. Acho que você está gostando da sensação do metal.”
Choramingando   no   sentimento   de   impotência   da   bola   entrando,   ela   estremeceu
quando imaginou as outras coisas de metal que arranjariam para ela.
Com suas imaginações, poderia ser qualquer coisa.
“É isso. Ficou lindo. O licitante no leilão especial que organizamos para você vai
amar   vê­lo.   Vou   curvá­la   e   puxá­lo   para   ele   ver.   Agora,   levante­se   para   que   eu   possa
terminar de fixá­lo em você.”
Brenna choramingou de novo quando ele a ajudou a ficar de pé, um movimento que
deslocou a bola de metal em sua bunda.
“Por favor, King. Não faça. Não quero que ninguém além de você e Royce me vejam
desse jeito.”
Para sua surpresa, King se ajoelhou na sua frente, trazendo duas tiras de couro por
entre suas coxas e ao longo de sua fenda, separando suas dobras e usando as tiras  para
mantê­las assim.
“Incrível. Ficou ainda mais bonito do que eu pensei que fosse.” Ele prendeu as tiras
uma na outra quando se uniram ao redor de sua cintura, cruzando­as sobre seu monte.
“Isso   vai   manter   essas   dobras   separadas   para   que   ele   possa   vê­la.   Hmm,   nós
realmente deveríamos deixar o capuz puxado por cima de seu clitóris, assim ele pode vê­lo
também.”

337
Brenna   tremia   tanto   que   mal   conseguia   ficar   de   pé.   Suas   coxas   se   tornaram
encharcadas com as ministrações de King, mas ela não podia suportar a ideia de levá­la para
o palco com algum homem estranho olhando para ela.
“King, por favor. Eu juro, nunca mais vou fazer isso de novo.” Sua garganta ficou
seca, e ela teve que engolir várias vezes antes de continuar. A bola de metal em sua bunda
segurando o anel apertado de músculo aberto mais largo do que nunca. Doía. Queimava.
Sentia­se incrível.
Com o metal segurando­a aberta, ela não podia fechar suas nádegas.
King controlava até isso.
King foi para o criado­mudo novamente e voltou com um pequeno anel e o enfiou na
boca.
Já sabendo o que esperar, Brenna se preparou, mas quase gozou ali mesmo quando
ele chupou seu clitóris na boca.
“King. Eu vou gozar. Oh, Deus!”
Ela   gritou   quando   ele   a   soltou   também   rapidamente,   deixando   o   anel   para   trás.
Segurando o capuz de seu clitóris para trás, deixando­o pulsando completamente exposto.
“Eu não vou aguentar. Você sabe o que isso faz comigo. Até mesmo o ar vai me fazer
gozar.”
Seu clitóris formigou, advertindo­a de que um orgasmo não estava muito longe. Seu
traseiro   se   manteve   cerrando   na   bola,   apesar   de   sua   determinação   de   não.   Mais   sucos
vazaram, e seus mamilos doíam tanto que ela queria gritar.
Ao invés, a única coisa que ela pôde fazer foi gemer.
As  sensações provaram ser demasiadamente  fortes para lutar. Seu fôlego saía em
grandes suspiros de prazer e tormento, crescendo mais e mais áspero a cada segundo.
“Por favor. Não faça isso. Eu juro que vou ser boa. Vou fazer tudo que você quiser.
Por favor, não faça isso comigo. Eu não vou aguentar.”
King   bateu   em   seu   clitóris,   atordoando­a   quando   o   golpe   pungente   enviou   seus
sentidos bobinando.

338
“Você é minha submissa. Eu sou seu Mestre. Você se recusa a me dar o respeito de
me   tratar   corretamente   e   desobedeceu   a   uma   ordem   direta.   Agora   está   tentando   me
convencer a não fazer algo que é meu direito fazer.”
Correndo as mãos de cima a baixo em seus braços, ele se inclinou para beijá­la. “Você
não quer me agradar?”
Deus, ela o amava. Ela o queria mais do que queria seu próximo fôlego. Seu corpo
doía por ele e seu coração saltava uma batida cada vez que ele sorria para ela.
“Sim, qualquer coisa. Por favor, faça o que quiser comigo.”
O prazer dele era tudo que importava.
Ela   queria   lhe   prazer   e   satisfazer   todas   as   necessidades   dele   mais  do   que   queria
qualquer coisa.
Ela não queria nem pensar sobre outro homem vê­la, mas se agradava King exibi­la,
ela o faria.
Por ele.
Olhando em seus olhos, ela piscou para conter as lágrimas de emoção. “Sim, Mestre.”
“Boa menina.” Seu sorriso e elogio fazia tudo valer a pena. Ela o amava, e mais do
que qualquer coisa, ela queria agradá­lo como nenhuma mulher jamais tinha.
King segurou seus seios, enviando outra onda de desejo através dela.
“Vamos cuidar desses mamilos.”
Ele   firmou   o   que   parecia   um   sutiã   de   couro   nela,   um   que   tinha   buracos   que
permitiam que seus mamilos cutucassem livres.
Uma  sensação  estranha em  seus mamilos a teve lutando  contra  ele. “King, meus
mamilos!”
King riu e a puxou para perto. “Há pequenas cerdas macias por dentro. Cada vez
que você se mover, as cerdas vão roçar em suas aréolas.” Segurando­a pela cintura, ele beijou
seu ombro. “Só para informá­la, embora  eu não  vá prendê­las agora — todas essas  tiras
podem ser fechadas no lugar. Royce e eu podemos colocá­la em você, com a peça de couro
que vai sobre seu clitóris, e deixá­la assim, pelo tempo que quisermos. Você não terá como se
dar prazer, ou escapar do tormento.”

339
Ele estendeu a mão para bater em seu clitóris. “Nós também podemos prender uma
peça de vibrador dentro e ligá­la à vontade. Você deverá estar em um verdadeiro tormento
em poucos minutos.”
Brenna balançou, e o formigamento crescia cada vez mais forte a cada segundo. “Eu
estou em tormento agora!”
King a virou para encará­lo e apontou o chicote em seu lado. “Querida, nós nem
sequer começamos. Vamos vendá­la, assim podemos ir lá pra baixo. Você vai amar o que
temos planejado para você.”
    

Capítulo Dezenove
O pau de Royce saltou para a atenção no segundo em que ele a viu. Ela parecia o
sonho   de   um   Dom,   com   os   mamilos   e   boceta   todos   expostos   e   desprotegidos,   as   coxas
brilhando com seus sucos. Ele sabia pela maneira como andava que ela tinha a bola de metal
em sua bunda, uma bunda que estaria bem­lubrificada e preparada para ser fodida.

340
E sabia que sua pele pálida era ainda mais suave ao toque do que parecia e que a
cortina de cabelos longos que desciam como cascata até a parte inferior de suas costas se
sentia como seda.
Ele às vezes ainda tinha dificuldades de acreditar que a criatura deslumbrante de pé
diante dele agora era sua esposa.
Ele sentira seu olhar sobre ele durante o leilão, e quando Sebastian apontou que ela
se escondera em um quarto de provisões para observá­los, ele soube que a noite ia ser ainda
mais emocionante do que tinham planejado.
Ele e King já tinham organizado para que Blade pudesse assumir o leilão, e para que
Jake o ajudasse, esperando surpreender sua nova esposa com um leilão dela própria.
Eles sabiam o quanto a ideia de ser leiloada a excitava, então eles haviam decidido
lhe dar esta experiência.
Ele   não   tinha   antecipado   a   emoção   que   lhe   daria,   especialmente   depois   de   ter
passado anos assistindo os outros inspecionarem a mulher.
Dessa vez, ele ia poder inspecionar sua própria.
Depois de receber o texto de King, ele tinha vindo para a antiga sala de reuniões,
uma logo ao lado da sala que usavam agora. Eles não tinham se preocupado com a acústica
desta sala, que agora servia mais como uma sala de jogos, completa com seu próprio palco.
Alguns preferiram viver suas próprias fantasias privadas a estar na área do leilão, e o
ruído da sala ao lado adicionava à experiência.
Parecia que ele e King estariam colocando sua bela esposa na área do leilão, um sem
outros licitantes.
Outra onda de possessividade o agarrou pela garganta.
Deus, ele a amava.
Royce sorriu quando King fechou e trancou a porta atrás dele, e quando chegaram
mais perto, ele pôde ver o quanto Brenna tremia.
Franzindo a testa, ele se aproximou, pegando­a quando ela seguiu sua voz e correu
para ele. “Brenna?”
“Royce, eu sinto muito. Eu estava espionando. Eu não quero que todas essas pessoas
me vejam assim. Por favor.” Um soluço quebrou livre, rasgando seus intestinos. “Eu farei

341
tudo   que   você   e   King   quiserem.   Farei   qualquer   coisa.  Por   favor.   Só   não   deixe   que   mais
ninguém me toque ou me veja. Eu quero agradá­lo, mas não posso fazer isso. É uma fantasia,
mas não posso fazê­lo.”
Royce nunca a amou mais do que naquele momento.
Rasgando a venda fora dela, ele a virou para deixá­la ver que a sala estava vazia,
exceto por eles três.
“Este   é   apenas   um   pequeno   jogo,   minha   querida.   Nós   vamos   ter   nosso   próprio
pequeno leilão privado. Vamos ver se você pode me seduzir para licitá­la.”
Os olhos de Brenna se arregalaram, o choque de prazer neles fazendo­o se sentir a
três metros de altura. “Eu deveria saber. Você disse que não deixaria ninguém mais me ver.”
Satisfeito consigo mesmo por ter planejado isso para ela, Royce adotou sua expressão
mais dura, e a vendou novamente.
“Leve­a   para   o   palco   para   que   o   leilão   possa   começar.   Quero   ver   o   que   estou
comprando antes de ofertar.”

* * * * *

Guiando­a para o palco, King correu  a mão por seu traseiro. “Tenho que dizer a
todos por que você está sendo espancada. Há um banquinho logo atrás de você. Vamos. Vou
virá­la de frente para a parte de trás do palco, assim você pode se curvar sobre ele.”
Sentindo os olhos de Royce em sua bunda quando King a virou, Brenna conteve um
gemido quando outra corrida de umidade cobriu suas coxas.
King a ajeitou sobre o banco duro, curvando­se perto para sussurrar em seu ouvido.
“Royce não consegue tirar os olhos de você.”
Emocionada que os dois tivessem tido todo o trabalho de criar uma de suas fantasias,
Brenna se jogou sobre o banco, clamando quando King forçou suas pernas abertas.
Sabendo que só a tira de couro impedia Royce de ver tudo, ela balançou a bunda, que
suspeitava ainda estava rosada.

342
Sua   respiração   ofegante   soava   alta   para   seus   próprios   ouvidos,   sua   excitação
crescendo  quando King correu  as mãos por sua bunda ainda quente. Com as dela ainda
amarradas atrás das costas, ela teve problemas para se equilibrar, então teve que abrir as
pernas ainda mais largas, num esforço para ficar de pé.
King deslizou uma mão por suas costas. “Nossa esposa estava espionando o leilão da
sala de provisões no segundo andar, e quando a encontrei, ela estava deitada de costas e
brincando com seu clitóris. Ela estava encharcada e tentando gozar.”
Brenna   ofegou  quando  King   tirou  sua  venda,  deixando­a  de  cabeça  para  baixo  e
olhando por entre suas pernas espalhadas para o belo rosto de Royce.
Acomodado   na   primeira   fila,   um   metro   ou   dois   abaixo,   Royce   arqueou   uma
sobrancelha. “Sério? Você gostaria de me explicar por que estava espionando quando tinha
sido  informada  para   não  fazê­lo?  Por   que   estava  se   tocando  quando  sabe  que  não  lhe   é
permitido?”
Sabendo que ia pagar por isso, Brenna sorriu descaradamente, ganhando um bofetão
no   traseiro.   “Desculpe­me,   Mestre.   Fiquei   curiosa   e   queria   ver.”   Ela  se   mexeu   no   banco,
ofegando no atrito em seus mamilos e no deslocamento da bola dentro dela.
Royce   assentiu   e   olhou   para   King.   “Vejo   que   sua   bunda   já   está   rosa.   Ela   parece
desconfortável. Eu gostaria de inspecioná­la antes de decidir se quero comprá­la ou não.”
Ela estremeceu de alegria no tom frio, quase distante, mas seus olhos lhe contavam
outra história.
Ele ficou de pé e se aproximou, batendo a ponta do couro liso do chicote contra a
mão. “Deixe­me sentir essa bunda.”
King   pressionou   a   mão   nas   costas   de   Brenna,   impedindo­a   de   subir.   “Seja   meu
convidado. É muito mais suave do que parece.”
Royce correu a mão por sua bunda em toque explorador, alisando­a sobre a pele,
pressionando em vários pontos, como se testando sua firmeza.
“Bunda muito boa. Ainda aquecida. Ela toma bem as surras?”
Brenna gemeu e apertou os olhos fechados quando luxúria bateu nela. Seus maridos
estavam   lhe   dando   uma   fantasia,   e   provavelmente   a   si   mesmos,   de   uma   maneira   que
ninguém mais ia testemunhar.

343
Uma onda de amor por eles brotou dentro dela.
Parecia   que   seus   maridos   fariam   qualquer   coisa   para   fazê­la   feliz.   Mesmo   seus
castigos eram projetados com seu prazer em mente.
A necessidade de agradá­los do mesmo jeito a teve se contorcendo no tamborete e
balançando o rabo para eles. Ela já não estava mais preocupada em desafiá­los — agora que
sabia o quanto eles desfrutavam em superá­la.
“Não, eu não gosto de ser espancada.”
Royce   riu   baixinho,   claramente   satisfeito.   “Ela   é   desafiadora,   também,   e   uma
mentirosa. Suas coxas estão encharcadas. Ela definitivamente precisa de algum treinamento.”
Brenna estremeceu quando Royce deslizou as mãos entre suas coxas e de volta até
sua bunda. Ela não sabia por que ficava tão ligada quando os dois falavam sobre ela como se
ela não estivesse lá, mas não podia negar que o fazia.
King suspirou. “Sim, ela é desafiadora. Tenho que ser honesto com você. Às vezes,
ela é malditamente atrevida e teimosa, e luta contra seus orgasmos com tudo que tem.”
Royce correu o dedo sobre a tira em seu vinco. “Sim, bem, ela não terá nenhuma
sorte com isso.”
King deslizou a mão mais alta para o fecho de seu sutiã de couro. “Ela nunca faz. Ela
é incrivelmente responsiva. Gostaria de inspecionar seus seios?”
Royce tocou em suas mãos, como se para tranquilizá­la. “Sim, e depois vamos voltar
a este rabo.”
A cabeça de Brenna girou quando King a levantou e a virou para que ficasse na
frente do banco voltada para Royce. Ela clamou quando ele moveu o sutiã em seus seios,
esfregando as cerdas suaves contra seus mamilos, antes de removê­lo e jogá­lo em algum
lugar atrás dela.
Com os olhos nos dela, Royce saltou para o palco e ficou na sua frente. “Seus seios
são deslumbrantes. Altos, firmes e cheios. E você disse que são sensíveis? Se não se importa,
quero testar por mim mesmo.”
Brenna prendeu o fôlego, se perguntando se ele sabia exatamente o que a arrogância
em seu tom sedoso fazia com ela. E se perguntou se King tinha alguma ideia de como sua
prepotência em manipulá­la a excitava.

344
Ela apostava que sim, e ambos os homens exploravam isso ao máximo.
Enquanto Royce estendia a mão para tocar seu seio, King enrolou a mão sobre seus
pulsos e na tira em volta de sua cintura, como se a segurando caso ela tentasse correr. Isso
puxou a tira mais alta em seu vinco e mexeu a bola lá dentro, forçando outro grito dela.
Ela recuou quando Royce tocou o dedo em um mamilo já sensibilizado pelas cerdas,
clamando de novo quando a mão de King no baixo de suas costas apertou na cinta.
Royce   levantou   uma   sobrancelha.   “Ela   é   sensível   lá.   Talvez   até   demais.
Provavelmente não pode tomar a dor. Que pena. Eu gosto de usar clipes.”
Seu fôlego engatou na memória das vezes que ele e King tinham usado clipes em
seus mamilos.
Eles   às   vezes   os   prendiam   a   seu   colarinho,   às   vezes   ao   seu   clitóris.   Alguns   que
usaram tinham pequenos pesos que puxavam a cada movimento.
Uma vez, King realmente os usou presos a uma corrente e a levou ao redor com eles.
Ela tinha gozado antes mesmo dele tocar sua fenda.
Mantendo­se em caráter de uma sub bem desafiante que não quer ser vendida, ela
ergueu o queixo. “É melhor você nem pensar em colocar nada em meus mamilos.”
Royce suspirou e olhou para King. “Ela seria um monte de problemas.”
King soltou seu domínio para agarrar seus pulsos, puxando­os e forçando suas costas
em um arco, eficazmente levantando seus seios desprotegidos mais altos.
“Ela valeria a pena. Tenho certeza que você não teria nenhum problema em superar
suas lutas. Você quer que eu a amordace?”
Royce segurou seus seios como se testando seu peso e firmeza. “Não. Acho que vou
gostar de ouvir seus gritos.” Ele beliscou ambos os mamilos de uma vez, puxando­os longe
de seu corpo, os olhos escurecendo com satisfação quando ela clamou.
Ainda beliscando­os, ele os rolou entre os polegares e indicadores. “Sim, eu acho que
ela poderia ser treinada a aceitar a dor, mas preciso verificar algo. Você pode colocá­la no
banco? Eu gostaria de ver e sentir mais.”
A arrogância e malícia em seus olhos enviaram seu coração disparado quando King a
ergueu sobre o tamborete e ficou atrás dela, sustentando seu peso enquanto a segurava em
posição reclinada.

345
“O que vai fazer comigo?”
Muito consciente das tiras segurando sua fenda aberta, e o anel segurando o capuz
de seu clitóris para trás, Brenna tremeu e tentou fechar as coxas, mas Royce ficou entre elas.
Ignorando sua pergunta, Royce falou com King. “Eu gostaria de inspecioná­la mais
antes de comprar.” Sem aviso, ele enfiou um dedo em sua boceta enquanto beliscava seu
mamilo com a outra mão.
Com um grito rouco, ela corcoveou os quadris, apertando as pernas contra as coxas
de   Royce   em   um   esforço   de   fechá­las.   Calor   disparou   de   seus   mamilos   até   sua   boceta,
forçando­a a reprimir o dedo de Royce a fodendo.
Sua respiração saiu em arrancos frenéticos quando ele rolou o mamilo e avançou
para aquele ponto mágico dentro dela, que ele e King impiedosamente exploravam a cada
chance que tinham.
“Oh, Deus.” Empurrando os seios para fora tanto quanto podia nesta posição, ela
endureceu quando o formigamento ao longo de seu corpo cresceu mais forte, advertindo­a
de que gozaria a qualquer instante. Sua boceta ordenhando o dedo de Royce que se movia
dentro dela, reprimindo­o mais duro cada vez que ele beliscava seu mamilo.
“Você está certo, ela é muito sensível.” Royce retirou o dedo no momento em que ela
estava prestes a gozar.
“Não! Coloque­o de volta. Não faça isso comigo. King não me deixou terminar, e
depois ele colocou todas essas coisas em mim e eu preciso gozar!” Chutando as pernas, ela
lutou no tamborete, tentando livrar as mãos para poder se tocar.
Ela não aguentava mais. Seu corpo tremia tanto que ela temeu cair do banco. A bola
de metal em sua bunda deixava sua abertura esticada muito largo, fazendo queimar cada vez
que ela apertava nela.
Seu   clitóris   se   sentia   enorme   e   inchado,   o   pulsar   se   tornando   insuportável.   “Por
favor. Faça­me gozar. Por favor. Eu não posso mais suportar.”
Royce sacudiu a cabeça e olhou para ela, franzindo os lábios como se considerando o
que fazer com ela.
“Ela   é   absolutamente   incrível,   mas   parece   que   é   totalmente   indisciplinada.   E
responde magnificamente, mas precisa aprender a se controlar.”

346
King colocou uma enorme mão em seu seio e apertou. “Isso é verdade, mas um bom
Mestre poderia controlá­la. Ela é especialmente vulnerável quando seu rabo está cheio. É
algo com o qual ela não consegue se acostumar.”
Royce   usou   o   chicote   para   traçar   padrões   sobre   seu   monte   enquanto   a   olhava
pensativamente.
“Ela tem algo em sua bunda agora, porém, não é?”
“Sim, mas é bem pequeno. Uma bola que a mantém meio aberta.”
Brenna enrolou as pernas em torno de Royce em um esforço de trazê­lo mais perto.
“Pequeno? Essa coisa do caralho se sente como uma bola de boliche lá dentro.”
Royce   arqueou   uma   sobrancelha,   os  lábios   franzindo   em   desagrado.   “Talvez   seja
melhor amordaçá­la.”
“Não. Você não ousaria amordaçar —”
King fechou a mão em sua boca. “Acho que vou apenas encher sua boca com um
pênis, então podemos continuar.”
Baixando a cabeça, King rasgou a calça aberta e deslizou a cabeça do pênis em sua
boca, eficazmente cortando seus gritos e maldições.
Segurando­a para cima, ele começou a se mover em estocadas lentas e rasas. “Chupa;
Red. Isso vai mantê­la quieta e ocupada. Como diabos eu vou conseguir um bom preço por
você se continuar a se portar tão mal?”
Royce riu suavemente. “Assim é muito melhor. Agora, você estava dizendo…?”
King a segurou com firmeza, deixando­a livre para atormentá­lo.
“Ter o rabo cheio a excita, mas quando sua bunda está sendo violada, ela fica dócil
imediatamente.”
Royce pareceu estar considerando, como se já não soubesse de sua debilidade e a
usasse ao máximo.
“Então, se ela está sendo fodida no rabo, ou algo do tipo é usada em sua bunda, à
deixa subjugada. Quanto mais agressivamente ela é usada, melhor?”
“Exatamente. Posso sugerir que você use seu rabo como forma de castigá­la? Parece
ser a maneira mais eficaz de conseguir sua atenção.”

347
A fome na voz de King a impulsionou. Equilibrando­se no tamborete, ela não mais
temeu cair, especialmente com seus maridos segurando­a com tanta firmeza.
Eles a haviam posicionado de forma que deixavam seus seios empurrados para fora e
sua boceta  e clitóris completamente  expostos, enquanto  discutiam  sobre  ela.  Com a boca
cheia   do   pau   de   King   e   as   mãos   tortuosas   de   Royce,   ela   não   sabia  quanto   tempo   ainda
poderia durar.
“Seu clitóris está lindo. Todo inchado e vermelho. Ela realmente deve ter gostado de
assistir ao leilão.”
Brenna sacudiu no toque do dedo de Royce em seu clitóris, o golpe leve sobre ele o
suficiente para enviá­la de novo.
Choramingando   em   torno   do   pau   de   King,   ela   chutou   os   pés   quando   seu   corpo
enrijeceu, precisando de mais do que a breve corrida de liberação que ele lhe permitiu.
Royce lhe negou, tirando o dedo com um suspiro.
“Mal posso acreditar que você está tentando me vender uma sub tão indisciplinada e
inexperiente que goza sem permissão.”
King beliscou seu mamilo, enviando outra onda de calor através dela. “Ela ainda não
aprendeu a controlar seus orgasmos. Entendi que seus últimos Mestres a mimaram demais.”
Royce suspirou, correndo as mãos de alto e baixo em seu corpo, do abdômen para os
seios e vice­versa. “Posso entender. Ela realmente é linda, e seria difícil como o inferno reter
seu prazer, mas seus orgasmos seriam muito mais fortes e satisfatórios se ela aprendesse a
controlá­los.”
“Sim, mas ela é nova nisso. Sua formação ainda mal começou.”
Brenna chupou King mais forte, usando a língua para banhar a cabeça de seu pau.
Ela quis sorrir em seu tom áspero, sabendo o quão excitado ele se tornara.
Ela mal podia acreditar, porém, que seu treinamento só começara. Ela achava que já
sabia tudo e teria dito isso se sua boca não estivesse cheia.
Ela simplesmente queria gozar, e o pequeno orgasmo que acabara de ter não tinha
sequer chegado perto de lhe dar a satisfação que ela desejava. Só a deixara mais faminta.

348
Ela   queria   gozar   duro.   Queria   aliviar   esse   tormento   que   King   e   Royce   pareciam
determinados a prolongar. Seu corpo tremia com a necessidade de liberação, e ela sabia que
ambos tinham que saber disso.
“Eu quero inspecionar seu rabo.”
Brenna congelou, e seu corpo ficou tenso em antecipação, alarme e necessidade.
Ela sabia que ele tinha que saber o que uma declaração dessas faria a ela.
“Absolutamente.  Deixe­me  apenas  levantá­la, remover   as tiras  e  retirar  a  bola de
dentro dela.”
Brenna gemeu quando King se retirou de sua boca e a ajudou a ficar de pé. Ela não
tinha notado o quanto suas costas doíam dessa posição até Royce começar a esfregá­las.
Ele continuou a esfregá­las enquanto King removia as tiras. “Mantenha o anel em seu
clitóris. Eu quero seu capuz contido enquanto termino de inspecioná­la.”
Royce   a   sustentou,   os   olhos   cheios   de   calor   e   amor.   Inclinando­se,   ele   tocou   seu
clitóris, no instante em que King puxou a bola de sua bunda, segurando­a quando ela gritou
e gozou novamente.
Ela não conseguia sentir seus pés, e suas pernas há muito já tinham virado borracha.
Ela   não   conseguia   nem   encontrar   forças   para   segurá­lo,   enquanto   as   ondas   de   liberação
lavavam sobre ela.
Seu  clitóris palpitava mais do que  nunca, fazendo­a muito ciente  do anel lá. Sua
bunda, escorregadia com lubrificante, cerrava como se a bola ainda estivesse dentro dela.
Sentia­se esticada lá, a consciência disso fazendo­a estremecer.
Desajeitada e trêmula, ela logo se encontrou de volta sobre o banquinho, de bruços,
as pernas bem abertas.
Antes que pudesse falar, King deslizou o pau entre seus lábios novamente.
“Isso deve mantê­la quieta.”
Ela ouviu o rasgo de chapa e endureceu na perspectiva de ter seu traseiro violado de
novo.
As mãos de Royce se fecharam em seus quadris e a ergueram, empurrando o pênis
em sua boceta com um golpe suave.

349
Brenna clamou ao redor do pênis de King, chocada que Royce tivesse tomado sua
boceta quando estava esperado que ele tomasse sua bunda.
Royce entrou fundo. “Muito bom. Quente. Apertada. Ela abraça com força, não é?”
Ele desatou seus pulsos e correu as mãos de alto e baixo em suas costas antes de
bater em sua bunda.
“Ela se sente bom, mas ainda não estou certo se quero possuí­la. Ela é uma boa foda,
apesar de tudo.”
Brenna sabia malditamente bem que ele falava daquele jeito quando queria irritá­la.
Ela se prometera que não ia deixá­lo alcançá­la, mas apesar de seus melhores esforços, ela
caía na rede cada e toda vez.
Chutando contra ele, ela tentou mover a cabeça para desalojar o pau de King e poder
ferroá­lo, mas King a segurou firme, sua risada a deixando ainda mais puta.
“Sim, ela é uma boa foda. Ela também chupa um pau muito bem. E é uma ótima
diversão enquanto você está assistindo um jogo, mas você tem que mantê­la amordaçada. Ela
pode ser uma chata às vezes.”
Brenna fumegou nisso. Ela nunca importunara nenhum dos dois. Se qualquer coisa,
eles a atormentavam.
Embora soubesse que eles estavam brincando com ela, ela se eriçou e tentou lutar
contra eles, o que só a fez mais excitada.
Rindo, Royce e King apertaram seus apertos, facilmente superando suas lutas. Royce
parou de empurrar apenas tempo suficiente para se debruçar sobre ela e morder seu ombro.
“Desde que sua boceta e rabo estejam disponíveis, posso mantê­la amordaçada.”
Ele empurrou novamente, cavando naquele ponto dentro dela, enquanto alcançava
ao redor para acariciar seu clitóris.
Droga.   Ela   lutou   para   não   gozar,   não   disposta   a   lhe   dar   a   satisfação   de   fazê­la
ultrapassar, especialmente quando ele tinha começado a provocá­la.
“Você quer me amaldiçoar, não é? Mas não pode fazer uma coisa, exceto ficar aí e
chupar o pau de King, enquanto estou fodendo essa boceta quente.” Ele bateu em sua bunda
de novo antes de chegar por baixo e beliscar seu clitóris.

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Ela chutou nele novamente, usando as mãos contra as pernas de King para alavancar.
Lutando para não gozar, ela tentou alcançar o clitóris para empurrar sua mão.
Seu clitóris queimava sob seus dedos, ardendo do beliscão, mas não havia nada que
ela pudesse fazer. Em sua posição atual, ela não conseguia alcançá­lo.
Choramingando na sensação demasiadamente­forte, ela se encontrou endurecendo
novamente, reprimindo no pau de Royce quando o orgasmo a atingiu.
Calor escaldante correu através dela, como pequenas correntes elétricas tocando­a
em todos os lugares. Ela não podia fazer nada para conseguir que Royce soltasse seu clitóris,
clamando em sua garganta quando ultrapassou, e ele ainda se manteve acariciando­a.
Ela não conseguia parar de gozar.
Era   muito.   Muito   quente.   Ela   ordenhava   seu   pênis,   espremendo­o   repetidamente
enquanto  as  ondas  continuaram  caindo  sobre  ela.  Não  parando. Ela corcoveou. Torceu  e
chutou nele, mas nada do que ela fazia podia detê­lo.
Seu   corpo   estremeceu   incontrolavelmente   quando   as   ondas   continuaram   a   lavar
sobre ela, seu clitóris em chamas agora. Um gemido foi sua única advertência antes de King
gozar, o pau pulsando contra sua língua.
Focada em engolir, ela deu um suspiro de alívio quando Royce soltou seu clitóris, e
lutou para recuperar o fôlego enquanto lambia King limpo.
De repente, Royce retirou o pênis com uma velocidade que a deixou cerrando no
vazio. Ela clamou novamente em surpresa e prazer quando ele apertou as mãos em seus
quadris e empurrou a cabeça do pênis em sua bunda.
A sensação do pau duro forçando o caminho em seu buraco tão inesperadamente
intensificou seu sentimento de desamparo.
Ela era dele para usar para o seu prazer. Ele era seu dono e a levava do jeito que
queria e não havia nada que ela pudesse fazer para detê­lo.
Ela amava isso — outra fantasia ganhando vida.
Seu grito veio no instante em que King se retirou de sua boca, o choque repentino de
sua bunda sendo empalada a atordoando.
Ela   não   conseguia   parar   de   clamar   enquanto   Royce   fodia   sua   bunda   com
movimentos curtos e rápidos, nem mesmo lhe dando a chance de recuperar o fôlego. Sendo

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fodida duro e profundo da forma mais dominante possível, Brenna perdeu todo o controle.
Em seu domínio, ela não conseguia se mover. Só podia suportar o que quer que seus Mestres
escolhessem fazer com ela.
“Sim. Mais. Oh Deus. Queima tão mal.” Ela gozou de novo, apertando no pênis, e
fazendo sua bunda queimar ainda mais quente. Ele a encheu completamente, forçando as
paredes internas de sua bunda a se esticar para acomodar sua dureza e espessura.
Ela se afundou no tamborete, drenada, seu corpo ainda tremendo e suas paredes
internas ainda cerrando ao redor dele.
“É isso mesmo. Ordenhe meu pau seco, minha pequena sub.” Alguns golpes mais e
ele gozou com um gemido, segurando  o pênis profundamente  dentro  de  sua bunda.  Ele
cobriu seu corpo com o dele, envolveu os braços ao seu redor e a ergueu, virando­se para se
abaixar sobre o banco com ela no colo, o pênis ainda embutido dentro dela.
Brenna choramingou no movimento do pênis em sua bunda enquanto que ele se
movia, permanecendo dura até que ele se estabeleceu e a puxou para perto. Afundando­se
contra ele, ela fechou os olhos, gemendo de prazer quando os braços fortes a abraçaram.
“Eu te amo tanto.”
O fôlego curto de Royce enviou calafrios através dela quando ele beijou seu pescoço
no lugar que ele amava, logo abaixo de sua orelha.
“Jesus,   mulher,   eu   te   amo.   Eu   continuo   pensando   que   podemos   ter   uma   noite
romântica   para   que   eu   possa   te   dizer   isso   à   luz   de   velas   e   vinho,   mas   frequentemente,
estamos ambos esgotados e suados quando te digo.”
Brenna sorriu, e não se incomodou em abrir os olhos quando King se moveu para
ficar à sua frente.
“Eu não me importo. Contanto que você diga.”
Piscando   os   olhos   abertos,   ela   olhou   para   cima   e   viu   King   a   olhando,   os   olhos
ilegíveis.
“O que foi?”
Segurando   seu   queixo,   King   correu   o   polegar   sobre   seu   lábio   inferior.   “Você
realmente pensou que íamos colocá­la em leilão?”

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Brenna deu de ombros. “Pensei que você estava tentando me ensinar uma lição. Eu
sei que não deveria me masturbar, mas não pude evitar. Pensei que estava bravo comigo.”
King sorriu. “Parece  que vamos ter que trabalhar nessa questão da confiança um
pouco mais. Eu te amo, bebê. E nunca deixaria ninguém vê­la ou tocá­la. Você acredita em
mim?”
Brenna franziu o cenho na seriedade em seu tom. “É claro.” Querendo fazê­lo sorrir
de novo, ela colocou a mão em seu peito e sorriu maliciosamente.
“Você estava tentando fazer uma venda alguns minutos atrás dizendo a Royce todos
os meus atributos.”
O sorriso de  King  caiu. “Red, nós já sabemos de todos os seus atributos. Você  é
perfeita para nós.”
Com   as   mãos   sob   seus   braços,   ele   a   ergueu   do   pênis   de   Royce,   ganhando   uma
enxurrada de maldições descontentes de Royce e um gemido dela quando a cabeça do pênis
deslizou do anel apertado de músculos. Reunindo­a perto, King a segurou contra ele com as
mãos em suas nádegas, forçando­a a enrolar as pernas em volta dele.
Esfregando  suas costas, ele a abraçou tão suavemente  quanto teria abraçado  uma
criança.
“Eu ainda não posso acreditar que nós te encontramos.”
Envolvendo os braços em seu pescoço, ela deitou a cabeça em seu ombro, fechando
os olhos e sorrindo. “Eu acho que fui quem encontrou vocês. Oh!” Ela gritou de alegria na
sensação dos dedos de Royce em seu clitóris enquanto ele tirava o anel lá.
Royce riu  e esfregou seu braço. “É, você fez, soltando fogo e relampejando  esses
olhos para nós. Não é de admirar não termos conseguido resistir a você.”
King beijou sua testa quando Royce a cobriu com a camisa, atravessando o cômodo
com ela nos braços. Erguendo a mão para seu peito, ele beijou a faixa de esmeralda que ele e
Royce tinham colocado lá.
“E agora você está presa a nós por toda a vida.”
Brenna riu suavemente, seu corpo mexendo.
“Presa?”
Royce riu de seu lado. “Descanse primeiro, querida. Correntes mais tarde.”

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Brenna deu uma risadinha. “Promessa?”
“Promessa.”
Brenna sorriu e se abraçou mais perto de King, quente e segura em seus braços.
“Então, se eu fosse a leilão, você me compraria?”
King beijou seu cabelo. “Num piscar de olhos. Eu ia derrotar todos os outros homens
que te quisessem, ia jogá­la sobre meu ombro e fugir com você.”
Intrigada, ela olhou para Royce. “Quanto você pagaria por mim?”
Ele se moveu para ficar na frente de King, de forma que os dois a cercavam. Com os
olhos cheios de ternura e amor, tão brilhante quanto a pedra em seu anel, ele pegou sua mão
e beijou a faixa de ouro e esmeralda.
“Querida, algumas coisas neste mundo não têm preço.”

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