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JOAQUIM OSTERNE CARNEIRO

JOSÉ OSTERNE: Sua História, Sua Descendência

João Pessoa, novembro de 2008


Carneiro, Joaquim Osterne

José Osterne: Sua História, Sua Descendência. João Pessoa:


<NOME DA EDITORA>, 2008.

73 p 21 m

1. GENEALOGIA
1. Título
“Este trabalho é dedicado a todos os
descendentes de José Osterne Ferreira Maia”.
SUMÁRIO

Apresentação..................................................................................7

Introdução.....................................................................................10

José Osterne Ferreira Maia e sua origem.....................................12

Atuação de José Osterne...............................................................21

Descendência de José Osterne Ferreira Maia...............................30

Bibliografia...................................................................................67

Iconografia....................................................................................68
Apresentação

Meton Maia e Silva

As indestrutíveis e preciosas amizades que surgem de


nossos ancestrados e descendentes, pela sua continuidade, nos
levam a atos de gratidão. Por gentil escolha de descendentes do
Dr. José Osterne Ferreira Maia, liderada pelo amigo engenheiro e
historiador Joaquim Osterne Carneiro, um dos brilhantes netos
deste consagrado advogado e benfeitor, coube a mim, na
simplicidade de ser humano e de minhas palavras a missão da
apresentação desta obra.
O livro “José Osterne: Sua História, Sua Descendência”
é pautado pelo valor de seu escopo biográfico e genealógico deste
expoente da Justiça cearense, orador talentoso e constante
estudioso deste ubérrimo Vale Jaguaribano. É um trabalho de
idealismo do autor e uma homenagem reconhecida ao seu avô
com o pretexto de levar aos pôsteres o conhecimento dos valores
morais e virtudes incontestes deste homem dotado de uma
invulgar capacidade de trabalho e de amor ao próximo.
A sua fama como advogado correu os quadrantes da vasta
zona jaguaribana, chegando a extrapolar o Estado do Ceará. Suas
relações de amizade floresciam nos meios intelectuais onde
personalidades de vulto enalteciam sua inteligência, a grandeza e

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a generosidade do seu coração. Justo, comunicativo, simples,
amigos de todos, sempre presente pela decência, incapaz de
conservar em seu coração a injustiça, a maldade. Respeitado e
admirado até mesmo pelos mais humildes.
Ouvir seu verbo impressionante, cuja voz ecoava ente as
carnaubeiras imponentes e poéticas que enfeitavam o vale dos
jaguares era o desejo de muitos cearenses. Em noite festiva de
elevado nível cultural, o Dr. José Osterne saudando o notável
patrício Leonardo Mota, membro da Padaria Espiritual
pesquisador de estudos folclóricos, membro da Academia
Cearense de Letras, Promotor de Justiça, disse: “o sentimentalista
que é Leonardo Mota unindo sua alma em flor á vossa e á minha,
e, por toda a parte cantando a glória de filhos das regiões adustas
onde maior é o amor e mais doce a esperança. Surge em nossa
terra mais um amigo, mais um irmão do que como pesquisador de
costumes para beber conosco as brisas que farfalham nas fontes
dos carnaubais altivos para inundar-se conosco na luz deste sol
da plaga jaguaribana, embriagar-se conosco nas cambiantes
doçuras da meiga claridade do luar das nossas várzeas
formosas”.
Deixou uma florescente árvore genealógica cheia de frutos
para que pudéssemos nos mirar na potência e na magnificência
deste cidadão que em vida fora cheio de fé e de sonhos
edificantes.

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Esta é mais uma obra que fará parte da coletânea de
Limoeiro enfocando a vida e a genealogia do Dr. José Osterne
figura que jamais deverá ser esquecida como modelo de ser
humano. No coração da cidade de Limoeiro do Norte, para noção
dos pôsteres, estão implantados a praça do grande benfeitor da
terra amada e o vetusto e histórico Solar dos Osterne.

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Introdução

Alcides Carneiro um dos 50 (cinqüenta) maiores oradores


mundiais de todos os tempos, num instante de inexcedível
inspiração afirmou que, “Recordar não é viver, porque recordar é
viver de lembrança e viver de lembrança é morrer de saudade”.
Mesmo não desejando contrariar o inesquecível intelectual
paraibano, de quem sou biografo, escrevi esta plaqueta com a
mente cheia de saudades e o coração repleto de lembranças, do
tempo feliz que vivi em Limoeiro do Norte, terra do meu avô
materno José Osterne Ferreira Maia, que procuro homenagear
nesta oportunidade.
Faz-se preciso afirmar que, só foi possível elaborar o
presente trabalho, em virtude das informações que foram
prestadas por Aline Osterne Carneiro, Maria Julia Osterne
Carneiro Ferrer, Ana Maria Remigio Osterne, Edmar Nogueira
Osterne, Evandro Cesar Vidal Osterne, Francisco Irajá Pinheiro,
Helder Osterne Maia, Ieda Maia Osterne Nogueira, Meton Maia e
Silva, Dolores Osterne de Oliveira, Nadir Maia Osterne, Daniel
Osterne Carneiro, Tarcisio Osterne Carneiro, Terezinha de Jesus
Osterne de Oliveira, Maria Ivete Gatti de Fáveri e Regina
Elizabeth Martins Oliveira a quem penhoradamente agradeço. Ao
mesmo tempo, estendo meu agradecimento ao meu sobrinho
Vicente Ferrer de Araújo Neto, pela colaboração prestada na

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organização, montagem da parte iconográfica e elaboração da
capa.
Devo dizer que, inicialmente adentrei na origem de José
Osterne Ferreira Maia, tomando por base principalmente, a
bibliografia existente a respeito da matéria, além de informações
outras fornecidas por seus descendentes.
Em seguida teci considerações a respeito de sua atuação,
máxime em sua terra natal, Limoeiro do Norte (CE), cenário
maior de suas atividades.
Finalmente, cuidei da sua descendência, levando em
consideração os dados fidedignos disponibilizados por seus
familiares - filhos e netos -, que têm procurado honrar seu
exemplo de homem que se preocupou em fazer o bem e cuidar do
desenvolvimento do Vale do rio Jaguaribe como um todo e de sua
terra em particular.

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José Osterne Ferreira Maia e sua origem.

Ao abordar a vida de José Osterne Ferreira Maia,


preliminarmente faz-se necessário tecer considerações sobre sua
origem, sobre seus antepassados.
Nessas condições, é imprescindível recordar a sua ligação
com a família Machado de quem descende pelo lado paterno.
GIRÃO (1967), um dos mais acreditados e lúcidos
historiados do Estado do Ceará, num trabalho intitulado
“MONTES, MACHADOS GIRÕES”, às fls. 3, ao se referir à
primeira dessas famílias afirmou: “Uma das famílias que mais se
projetaram na formação da gens cearense foi a dos MONTES E
SILVA. Veio com os primeiros exploradores da nossa interlândia,
localizando-se no médio-Jaguaribe e nos maiores afluentes deste
– o Banabuiú e o Salgado. Não dispomos de elementos
informativos ótimos para explicar-lhe a origem, e apenas
fragmentos fornecem alguma elucidação a respeito. Mas,
vinculando-se ao povoamento do Ceará, exerceu nele enorme
influencia e desdobrou-se em ramificações fecundas. Conhece-se
quanto se fixou na tradição através das lutas sanguinárias
sustentadas contra os FEITOSAS, durante a década de 1720 a
1730, todo o sertão médio-jaguaribano em alvoroço e
intranqüilidade”.
Ao tratar da família Machado, Raimundo Girão às fls. 36 e

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37, do trabalho anteriormente aludido, informou que Luzia Maria
Pessoa, filha de Maria Pessoa da Silva (pertencente à família
MONTES) e do Sargento-mor Cosme Rabelo Vieira, “casou-se
em 2 de dezembro de 1786 com o Capitão-mor Manuel Antonio
Rodrigues Machado, começando deste casal a vasta e ilustre
estirpe dos RODRIGUES MACHADO. Nasceu este Capitão-mor
em Fontes de Aguiar, freguesia de São Tiago de Aguiar,
Arcebispado de Braga, filho legitimo de Pedro Rodrigues e
Teresa Machado. Vindo para o Ceará e ligando-se pelo
matrimonio aos Montes e Silva, localizou-se na grande fazenda
Logrador, em Quixeramobim, e ai desenvolveu as suas atividades
econômicas e sociais, da mais saliente atuação. Aí constituiu a
prole, batizando os filhos e descendentes no Oratório particular
do seu latifúndio. Treze filhos houve – 11 da mulher legitima, e 2,
depois de viúvo, da mulher Maria Antonia, duas meninas,
chamadas Maria e Clara, que habilitou em sua herança, pois as
reconheceu em disposição do seu testamento, datado de 31 de
outubro de 1834. No ano seguinte, a 6 de abril, faleceu. Luzia
Maria Pessoa nasceu na Barra do Sitiá, em cuja capela de N.
Senhora da Conceição, filial da matriz de S. Antonio de
Quixeramobim, foi batizada pelo Padre Frutuoso Teixeira
Cabral, conforme consta do livro n. 225, fls. 8, da freguesia de
Quixeramobim, existente no arquivo da Arquidiocese de
Fortaleza. Foram seus padrinhos o Licenciado Matias Gomes

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Barreto, solteiro, e Úrsula Correia Vieira, solteira. Faleceu em
1813, tendo sido feito em Quixeramobim o seu inventário. São
filhos do casal, na ordem dos nascimentos:
F1- Manuel Antonio Rodrigues Machado Junior
F2 – Maria José Pessoa da Silva
F3 – Josefa Maria Pessoa
F4 – Padre Ambrósio Rodrigues Machado
F5 - José Antonio Rodrigues Machado
F6 – Isabel Maria Pessoa
F7 – Quitéria Maria Pessoa
F8 – Ana Joana Pessoa da Silva
F9 – Jacinta Maria Pessoa
F10 – Miguel Antonio Rodrigues Machado
F11 – Francisca Maria Pessoa
F12 – Maria Clementina do Amor Divino
F13 – Clara Maria da Conceição”.

A respeito do Padre Ambrósio Machado Rodrigues e


Silva, de quem descende José Osterne Ferreira Maia, Raimundo
Girão às fls. 51, do seu trabalho acima citado, afirmou o seguinte:
“Padre Ambrósio Rodrigues Machado e Silva, n. 7 de dezembro
de 1792, em Quixeramobim, fazenda Logrador. Ordenou – se no
Seminário da Bahia em 10 de setembro de 1815, tendo sido
vigário da freguesia de Campo Maior, no Piauí, de 1846 a 1850.

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Fazendeiro abastado no Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e
Pernambuco, e político de evidencia no Ceará, chegando a
Deputado à Assembléia Provincial. “Dos Montes diretamente
vêm os Rodrigues Machados, de entre os quais foi figura
saliente o padre Ambrósio Rodrigues Machado, patriota,
companheiro de Mororó, falecido em 1878, na idade de 86
anos”- refere João Brígido (Ceará, Homens e Fatos, p.141).
Faleceu, na realidade, em uma de suas fazendas, na Barra do
Figueiredo, a 31 de outubro de 1878. Constituiu numerosa prole,
tendo filhos de três mulheres, os quais perfilou e legitimou por
escrituras públicas e instituiu herdeiros universais. Uma dessas
escrituras data de 13 de fevereiro de 1847, feita na então Vila de
Quixeramobim, na qual ligitima os filhos Henrique, Otaviano,
Ambrosina, Tito e Belizário, havidos de Cândida Rosa de Neves,
solteira, de Goiana, Pernambuco, e foi lavrada pelo Tabelião
José Joaquim da Silva Lobo, com o testemunho de Camilo José da
silva Lobo e Manuel Antonio Ferreira Nobre. Por outra, datada
de 11 de outubro de 1834, na mesma vila, feita pelo mesmo
tabelião, com o testemunho do Padre Bento Antonio Fernandes e
de Canuto José da Silva Lobo. Ele havia legitimado e instituído
seus herdeiros e sucessores os filhos Isabel, Maria Isabel, e
Geminiano, da mulher Isabel Maria do Sacramento, solteira, e
Tertuliano, o primeiro da citada Cândida Rosa de Neves.
Posteriormente, fez coisa igual em relação à filha Benvinda

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Francelina da Silva (Dona Bem), havida de Francisca Sabino do
Espírito Santo, ou Francisca Gouveia. Deixou testamento, datado
de 18 de outubro de 1877, confirmando todas as legitimações”.
Em outro trabalho intitulado “ESBOÇO DE UMA
GENEALOGIA II OS RODRIGUES MACHADO”, o mesmo
GIRÃO (1942), declarou que o Padre Ambrósio Rodrigues
Machado e Silva foi pai dos seguintes filhos: Henrique da Silva
Machado, Otaviano da Silva Machado, Ambrosina da Silva
Machado, Tito Ambrosino da Silva Machado, Belisário A. da
Silva Machado, Tertuliano A. da Silva Machado, estes seis da
mulher Cândida Rosa das Neves, natural de Pernambuco; Izabel
Ambrosina Machado, Maria Ambrosina, Geminiano Machado,
estes três com a mulher Izabel Maria do Sacramento; Benvinda da
Silva Machado, esta com a mulher Francisca Gouveia; e João da
Bela, com a mulher parda de nome Firmina. Nesse sentido, o
Padre Ambrósio Rodrigues Machado e Silva foi pai de 11 (onze)
filhos.
O Padre Ambrósio Rodrigues Machado e Silva é nome de
uma rua situada no Bairro de Montese em Fortaleza (CE).
José Osterne Ferreira Maia era filho natural de Tito
Ambrosino da Silva Machado, também chamado de Tito Pompeu
Goianense, sendo, portanto neto do Padre Ambrósio Rodrigues
Machado e Silva.
Em 09 de agosto de 1946, o General de Divisão Médico do

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Exercito, José de Araújo Fabrício, residente em Porto Alegre(RS),
casado com Jenny Ribeiro Machado, neta de Tito Ambrosino da
Silva Machado, prestou ao Historiador Olavo de Medeiros Filho,
como eu igualmente trineto do Padre Ambrósio Rodrigues
Machado e Silva, as seguintes informações: “Tito Ambrósio
Machado, nascido em Limoeiro – Ceará, e que em 1880 mudou-se
para o Rio Grande do Sul, com sua família, radicando-se em
Bagé, onde faleceu em 1910, com 64 anos. Era casado com
Francisca P. de Vasconcelos, natural do Ceará, falecida em
Bagé, em 1899, com 53 anos”
Posteriormente, em um trabalho mimeografado intitulado
“DESCENDENCIA DOS IRMÃOS TERTULIANO
AMBROSINO DA SILVA MACHADO E TITO AMBROSINO
DA SILVA MCHADO” encaminhado a Olavo de Medeiros Filho,
José de Araújo Fabrício deu maiores detalhes sobre os dois filhos
do Padre Ambrosio Rodrigues Machado e Silva que emigraram
para o Rio Grande do Sul – Tertuliano Ambrosino da Silva
Machado e Tito Ambrosino da Silva Machado- respectivamente.
Sobre Tertuliano Ambrosino da Silva Machado foram
prestadas as seguintes informações: “Nascido, mais ou menos, em
1834, em Quixeramobim, no Ceará, e falecido em Montevidéu.
Formado em Direito, em São Paulo, veio para o Rio Grande do
Sul, assumindo, a 20 de setembro de 1860, o cargo de Juiz
Municipal e de Órfãos, na cidade fronteirista de Bagé, onde se

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radicou, cargo este que ele exerceu pelo período de oito anos.
Nesta cidade o Dr. Tertuliano teve destacada atuação política e
social, principalmente durante o período da Revolução de 1893.
Foi membro de destaque do Partido Federalista, chefiado pelo
grande tribuno Gaspar Silveira Martins, primo irmão de sua
esposa. Era fazendeiro em Bagé e no Uruguai, no Ponche Verde e
em Aceguá. Alguns dados que possuímos sobre a vida do Dr.
Tertuliano, os colhemos no livro de Eurico Jacinto Salis
“História de Bagé”, pois não conseguimos despertar o interesse
de seus atuais descendentes para este trabalho genealógico. Em
1872 foi eleito presidente da diretoria do novel clube “28 de
Setembro”, recém fundado em Bagé. Foi, também, redator do
jornal “Opinião Liberal”, fundado em 1868. O Dr. Tertuliano
Ambrosino da Silva Machado casou em Bagé com Honorina
Martins, filha de Manuel Martins, que faleceu em 17/04/1877, e
de Inácia Martins, falecida em 30/09/1899, neta paterna de João
Antonio Martins e Maria Joaquina do Nascimento ambos grandes
estancieiros em Bagé e no Uruguai, e neta materna de Domingos
Martins e Faustina De Meme (a ascendência completa da família
Martins está no Anuário Genealógico Brasileiro, ano de 1941, pg.
437; e nos Anais do 3º Congresso Sulriograndense de História e
Geografia, pg. 2504)”.
No tocante a Tito Ambrosino da Silva Machado, foi dito o
seguinte: “Seu nome, no trabalho de Raimundo Girão “MONTES,

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MACHADOS GIRÕES”, vem como Tito Pompeu da Silva
Machado ou Tito Pompeu Goianense, mas seu verdadeiro nome, o
que sempre aparece aqui no Rio Grande do Sul, foi o de Tito
Ambrosino da Silva Machado. Nasceu em 1846, em Limoeiro, CE
e faleceu em 1910, em Bagé, RS, com 64 anos. Casou no Ceará,
com Francisca de Paula Vasconcelos, natural do Rio Grande do
Norte, filha de Inácio de Loiola Vasconcelos e de Maria Chaves,
naturais do Rio Grande do Norte. Já com cinco filhos, Tito
Ambrosino, acompanhado de sua família, se transferiu para a
cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul, logo depois de 1880 e
antes de 1885, quando nasceu em Bagé seu último filho, indo ao
encontro de seu irmão Tertuliano Ambrosino da Silva Machado já
residente nesta cidade gaucha desde 1860. Tito Ambrosino
abandonou seu estado natal logo após o falecimento, em 1878, de
seu pai, e tanto ele, como seu irmão Tertuliano, nada receberam
da partilha feita pelo inventário (1879) dos vultosos bens do
falecido. Tito deixou no Ceará um filho natural: José Osterne
Ferreira Maia, conceituado advogado de grande projeção no
Baixo Jaguaribe”.
José Osterne Ferreira Maia nasceu em Limoeiro do Norte
(CE), em 29 de junho de 1875 e teve como pai adotivo Antonio
Manuel Ferreira Maia, Comandante da Guarda Nacional, que lhe
deu o sobrenome.
Segundo LIMA (1996), às fls. 308 do seu livro “NA

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RIBEIRA DO RIO DAS ONÇAS”, “Antonio Manuel Ferreira
Maia, da família “Cagafogo”, parente de Mestre Afonso e
protegido de Pe. Ambrósio, que foi deputado, comandou, durante
muitos anos, a Guarda Nacional de São Bernardo. No livro Nº
280, na p.208, do Arquivo Público do Ceará, aparece sua
nomeação, em 11.01.1849, para delegado de Policia, nomeação
feita pelo Presidente da Província, Fausto Augusto de Aguiar.
Estranhamente sua nomeação para comandante superior da
Guarda Nacional de São Bernardo foi feita pelo próprio
Imperador, pelo decreto de 12 de maio de 1865 (Livro 271, p. 51-
Arq. Pub. Ceará)”.
Vale lembrar que, ao longo de sua fecunda existência, José
Osterne Ferreira Maia sempre manteve estreita ligação afetiva
com os seus familiares, especialmente com os residentes no Rio
Grande do Sul, ou seja, com os seus irmãos, filhos de Tito
Ambrosino da Silva Machado. É conveniente destacar que, esses
parentes chegaram inclusive a enviar passagens para ele e a
família se mudar para aquele Estado da Federação, fato que não se
concretizou, porque os amigos de Limoeiro do Norte (CE) fizeram
um abaixo-assinado apelando para que ele permanecesse na
cidade.

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Atuação de José Osterne

Limoeiro do Norte é uma bucólica e aconchegante cidade,


situada na planície aluvial de uma ilha formada pela bifurcação do
rio Jaguaribe. Apresentando uma topografia plana, sua vegetação
é dominada por carnaubais, que delineiam uma paisagem
exuberante àquela sempre acolhedora urbe. No final da tarde ou
quando muito no inicio da noite, o Aracati, um vento que sopra no
interior dos Estados do Ceará, do Rio Grande do Norte e da
Paraíba, proporciona uma aragem das mais agradáveis. Pois foi ali
que José Osterne Ferreira Maia implementou suas atividades
altamente produtivas, nos mais diversificados ramos do
conhecimento humano.
Inteligente, possuidor de notável carisma e de uma grande
visão, muito jovem se destacou como um homem acima do seu
tempo, pelas iniciativas pioneiras adotadas em favor de sua terra.
Assim, com muito esforço tornou-se acreditado Advogado
Provisionado - Rábula, com larga e profícua atuação em todo
Ceará, principalmente nos municípios de Limoeiro do Norte,
Aracati, Russas, Quixadá, Quixeramobim, Jaguaribe, Icó,
Fortaleza, Maranguape, Lavras e Senador Pompeu, como também
em outros Estados da Federação – em 1899 empreendeu viagem
ao Amazonas, onde permaneceu durante 3 (três) meses com a
finalidade de defender a causa de um grande seringalista -.

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Em 1869 casou com Maria Julia Ferreira Maia, nascida em
Martins (RN).
Após 1911, no oitão da Igreja Matriz, na rua atualmente
denominada Cônego Bessa Nº 1, em frente à Praça que leva seu
nome, construiu sua casa, uma verdadeira “mansão”, onde
atualmente funciona a Academia Limoeirense de Letras,
inaugurada oficialmente em 13 de novembro de 2004,
oportunidade em que foi igualmente instalada a Biblioteca Dr.
Francisco de Andrade Carneiro e a Sala de Leitura José Osterne
Junior (Juca).
Em 1917, sua residência foi demolida pelas águas da
grande cheia do rio Jaguaribe ocorrida naquele ano, sendo
posteriormente reconstruída nos moldes como se encontra até
hoje.
De outra parte, ao tratar do progresso de Limoeiro do
Norte (CE), LIMA (1996), às fls. 342 e 343, do seu livro
anteriormente referido, declarou: “A primeira padaria só se
instalou em 1913, comendo-se, até então, em vez de pão, bolachas
d`água, vindas em lombo de burro. Um pólo de renovações
econômicas e cultural aparece, de forma estranha, na
personagem extraordinária, culta e dinâmica (cidadão citado
como eminente, no Álbum do Jaguaribe de 1922) : José Osterne
Ferreira Maia, filho natural de Tito Machado, filho do celebre
Pe. Ambrósio Rodrigues da Barra do Figueiredo, criado pela

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família Ferreira Maia (“Cagafogo”). Era um rábula de alto
conceito, pioneiro de mil iniciativas, no burgo ainda colonial. O
Casarão que construiu para sua família ainda existe, ao lado da
matriz, em cujo quintal plantou inúmeras fruteiras, que não
existiam na região. Montou um “catavento americano” (de ferro),
comprado no Recife, o primeiro que chegou à zona jaguaribana
(1905). Sonhava com moto-bombas, com barragens (profetizou o
“arrombamento” do açude Orós). Tentou explorar as riquezas
minerais da Chapada do Apodi. Furou o primeiro poço tubular
profundo na região. Foi ele que trouxe o fícus benjamim (planta
originaria da Malásia) para Limoeiro, (de um único pé plantado
frente a sua casa, a planta espalhou-se por todo o município,
apesar da fúria depredadora dos prefeitos, que os culparam pela
praga dos mosquitos chamados “lacerdinhas”). Era advogado
conceituadíssimo, respeitado em todo o Estado. Limoeiro deve um
monumento a este neto do Pe. Ambrósio Machado”.
O ALBUM DO JAGUARIBE (1922), organizado por
Eusebio de Sousa, em comemoração a passagem do primeiro
centenário da Independência do Brasil, às fls. 73, ao falar do
município de Limoeiro do Norte (CE), primeiramente afirmou:
“O local onde presentemente demora a cidade foi nos primitivos
tempos o escolhido pelos seus povoadores – justamente aquelles
que começaram o povoamento das várzeas jaguaribanas – para o
estabelecimento da primeira vivenda que então existiu com o

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nome de Fazenda do Limoeiro. Essa fazenda, se esse nome se
pode dar a uma pequena porção de reses, era propriedade de
Antonio Rodrigues, natural de Pernambuco, morador na Villa do
Aracaty. Dera-lhe a denominação de Limoeiro, pelo encontro da
formosa árvore que lá encontrou, carregada copiosamente”.
No decorrer de seu trabalho, Eusébio de Sousa enumerou
os limites do município, assinalou os rios e lagos naturais
existentes, a qualidade das terras e a vegetação nativa.
Concomitantemente, às fls. 75, destacou a existência de
fruteiras enfatizando: “No município se encontram enumeras
árvores fructíferas taes como laranjeiras, bananeiras, aterás,
mangueiras, cajueiros e abacaxieiros sendo as melhores fructas a
laranja e o abacaxi. Marginam a cidade vários pomares ou sítios
que se multiplicam pelo município. Deve-se esse melhoramento –
força é confessar - ao espírito progressista do advogado José
Osterne Ferreira Maia que começou a cultura do primeiro sitio,
nas imediações da cidade, no anno de 1899. De doido o
chamaram, e elle doido de coragem e de fé se foi fazendo surdo
aos ápodos e trabalhando sempre. Um catavento americano – o
primeiro que teve entrada no município, no anno de 1905, veio
trazer uma confusão geral no espírito dos que criticavam aquelle
luctador. Desde a manga, igual a de Itamaracá (Pernambuco) até
a laranja, igual à da Bahia, desde a tamareira até a jaqueira, a
cajarana, etc, tudo produz admiravelmente o famoso Valle do

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Jaguaribe. Mais de cinqüenta cataventos americanos já
funcionam no município, e muitos mais de trezentos feitos pela
habilidade dos artistas sertanejos, girando como os americanos
ao sabor de todos os ventos, estão como atalaia do progresso
mostrando, nos pequenos sítios, o que será o futuro das várzeas
jaguaribanas quando as bombas centrifugas poderem ser
adquiridas pelos honrados e laboriosos matutos. Ao que se diz, o
advogado José Osterne Ferreira Maia pretende, com uma força
de vontade sempre nova, introduzir a primeira bomba centrifuga
em Limoeiro, e é possível que de seu segundo exemplo, como do
primeiro possam surgir imitadores. Estaria, ao menos nas várzeas
famosas do Jaguaribe, resolvido o problema das sêccas”.
Ao longo do seu trabalho, Eusebio de Sousa, mencionou o
clima saudável em nível municipal; as jazidas de cal e cálcio; os
limoeirenses ilustres; o problema das enchentes causadas pelas
cheias dos rios Jaguaribe e Banabuiú; as principais ruas da cidade
e os povoados que ocorrem no município; os recursos de solo e
água existentes e a pretensão do engenheiro Trajano Saboya
Viriato de Medeiros instalar na Serra do Apodi, uma estação agro-
pecuária destinada ao cultivo de variedades selecionadas de
algodão e criação de animais puros através da perfuração de poços
profundos.
No respeitante a exploração na Serra do Apodi, às fls. 83,
são prestadas as seguintes informações: “Pretende o patriótico

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cearense adquirir dez mil hectares quadrados das excellentes
terras, o que já requereu à Câmara Municipal, por intermédio de
seu representante alli, o advogado José Osterne Ferreira Maia,
encarregado já da abertura de dois poços profundos, um dos
quaes está feito, dando resultado magnífico. Tem esse poço a
profundidade de 66 metros quase toda cortada em rocha viva com
uma colunna de 45 metros d`água de optima qualidade e 44
estáveis, dando uma vazão de 3080 litros d` água por hora. O
segundo poço vae ser perfurado à margem da estrada de rodagem
que vae para Mossoró e em local próprio para a agricultura. O
Dr Trajano Medeiros pretende localizar cincoenta famílias sobre
a serra. Magnífico é o futuro que aguarda o grande tentamen, que
terá como epilogo a installação de uma usina para
beneficiamento do algodão ao pé da cidade, tendo para isso
offerecido terreno, gratuitamente, o advogado José Osterne”.
LIMA (1996), às fls. 79 e 81, do seu livro já aludido, ao
falar dos cataventos destacou “José Osterne, o gênio polivalente
de Limoeiro, no começo do século, entre outras inúmeras
iniciativas pioneiras, lembrou se de ir comprar um catavento
“americano” (de ferro), em Recife (1905), criando o primeiro
pomar nascido de sementes trazidas de outras regiões. O gênio
inventivo do sertanejo fez o resto. Começaram a ser construídos
de carnaubeiras e arueira, inúmeros cataventos imitando as
ferragens do catavento de José Osterne. O vento do Aracati, que

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sopra o vale, fazia as rústicas engenhocas girar, dia e noite,
acumulando água potável, em tanques que irrigavam os pomares.
Subindo à torre da igreja, era possível contar centenas de
cataventos, no horizonte, concorrendo em seu formato com a copa
arredondada das carnaubeiras. Hoje, pesquisadores descobriram
que o litoral nordestino constitui a área de melhor potencial
eólico do mundo, ventos do mar que penetram de sertão a dentro
através dos vales dos rios secos. A exemplo da utilização da
energia solar, o catavento é considerado, hoje, uma das soluções
(tecnologia doce) para as crises provocadas pelos combustíveis
fósseis. Mas, que houve com os cataventos de Limoeiro (algo
parecido com a paisagem formada pelos moinhos holandeses) ? A
inundação de Orós destroçou todos os cataventos, destruindo a
produção de frutas do vale. Ninguém teve mais coragem de
reconstruir o processo tradicional de irrigação artesanal. Logo
veria a energia de Paulo Afonso acenando com a irrigação com
moto-bombas “tecnologia dura” e de alto preço, já sonhada por
José Osterne, quando cavou o primeiro poço profundo. A moto-
bomba não busca água do subsolo, como fazia o catavento: capta
a água que jorra pelo leito do rio vinda de Orós. Falta aparecer
outro José Osterne para retormar-se, como se faz no mundo todo,
o uso das “tecnologias doces”, com o aproveitamento do vento”.
Além de causídico de grande respeito e credibilidade, José
Osterne se destacou como tribuno, sendo também proprietário de

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uma botica, localizada anexa a sua residência, onde atendia sua
clientela – manipulava poções e infusões, aplicava injeções a fazia
curativos -. Como tudo que empreendia, essa farmácia funcionava
legalmente, conforme autorização Nº 73, de 09 de agosto de 1911,
concedida pelo Inspetor Dr. Evandro Borges Mamede, da
Inspectoria de Hygiene do Estado do Ceará.
Católico praticante, devoto de Santo Antonio, em 1900
juntamente com o Padre Antonio Pereira Graça Martins - Vigário
da Freguesia de Limoeiro do Norte (CE) - e seus amigos
Francisco Celestino da Costa, Petronilo Felismino, Francisco
Remigio de Freitas e João Maria de Freitas, foi um dos fundadores
e o primeiro presidente da Associação do Pão de Santo Antonio,
entidade filantrópica sem fim lucrativo, que tem por objetivo dar
assistência material a 40 (quarenta) pobres de sua terra e que ainda
hoje vem funcionando normalmente. Convém recordar que, em
1911 a Associação do Pão de Santo Antonio, em um terreno
doado pelo Tabelião Serafim Chaves, deu inicio a construção da
Igreja de Santo Antonio, imponente templo concluído em 1935,
com recursos provenientes de contribuições populares. O edifício
que se constitui num dos postais da cidade, foi projetado e
construído por José Ferreira Sombra - Mestre Sombra, um
limoeirense que se destacou como projetista, pedreiro, pintor,
marceneiro, poeta e agricultor.
Como homem de uma inteligência privilegiada,

28
preocupado em elevar o nível intelectual da sua terra, em 1909
lançou o jornalzinho “O Limoeiro”, que era confeccionado em
uma impressora de sua propriedade. Este noticioso foi fundado
por Francisco Celestino da Costa e teve em José Osterne Ferreira
Maia um dos seus mais atuantes colaboradores.

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Descendência de José Osterne Ferreira Maia.

José Osterne Ferreira Maia, chamado pelos filhos “Papai


Zezé”, nasceu em Limoeiro do Norte (CE), em 29 de junho de
1875 e faleceu em Parangaba (CE), em 14 de outubro de 1927,
vítima de diabetes. Anos depois, conforme seu desejo, seus restos
mortais foram transportados para sua terra. Era casado com Maria
Julia Ferreira Maia – “Mamãe Marica” -, nascida em Martins
(RN) em 1869 e falecida em Limoeiro do Norte em 08 de janeiro
de 1925.
Em sua homenagem, após sua morte, a praça situada em
frente a sua casa passou a chamar-se Praça José Osterne.
Em agosto de 2005, em reconhecimento a sua atuação
como Advogado, a Secção da Justiça Federal de Limoeiro do
Norte (CE), deu o seu nome à Sala dos Advogados. Na ocasião,
sua neta Ieda Maia Osterne Nogueira efetuou o corte da fita
simbólica, cabendo a sua bisneta Juliana Ferreira Osterne fazer o
discurso de agradecimento.

Do casamento de José Osterne Ferreira Maia e Maria Julia


Ferreira Maia nasceram os seguintes filhos:

1) - Antonio Solon Osterne nasceu em 1890 e faleceu em


16 de novembro de 1959 em Limoeiro do Norte (CE). Exerceu o

30
cargo de Escrivão do Cartório de Jaime Leonel Chaves existente
em sua cidade natal, desempenhando também a função de Prático
em Veterinária. Era casado com Adélia Pinheiro Osterne, nascida
em Jaguaribara (CE), em 1893 e falecida em Limoeiro do Norte
(CE), em 20 de setembro de 1972. Antonio Sólon Osterne e
Adélia Pinheiro Osterne foram pais de:
1.1) - Maria Laise Osterne nascida em 09 de agosto de
1919 e falecida em 17 de abril de 2004 em Limoeiro do Norte
(CE). Dedicou sua vida ao magistério, na qualidade de Professora
do Grupo Escolar Padre Joaquim Meneses, situado em sua cidade
natal. Afora isso, gostava de fazer flores ornamentais que eram
usadas nas quermesses e festas religiosas.
1.2) - Elaine Pinheiro Osterne nascida em 20 de junho de
1921 e falecida em 10 de abril de 2006, em Limoeiro do Norte
(CE). A exemplo de sua irmã Maria Laise, se dedicou ao
magistério, lecionando no Grupo Escolar Padre Joaquim Meneses,
do qual foi Diretora. Possuindo uma voz maviosa, pertenceu ao
Coral Ana Bilhar regido pelo Maestro Odílio Silva e também fez
parte do Grêmio Dramático Familiar de Limoeiro do Norte.
Quando do seu falecimento, após uma longa enfermidade, o
Escritor Meton Maia e Silva lhe dedicou uma bela e comovente
crônica intitulada “Partiu o Rouxinol de Limoeiro”.

2) - Crimilde Osterne (Bibia) nasceu em Limoeiro do

31
Norte (CE), em 16 de agosto de 1893 e faleceu em Fortaleza (CE),
em 28 de dezembro de 1977. Possuindo um temperamento suave,
após o falecimento dos pais - a mãe Maria Julia faleceu em 1925 e
o pai José Osterne em 1927-, Bibia como era carinhosamente
chamada, passou a ser considerada pelos irmãos como uma
segunda mãe. De prendas domésticas, era uma costureira que
possuía grande clientela na sociedade limoeirense.
Com a ajuda dos irmãos mais velhos e de Santana, uma
fiel serviçal que morou com a família até o final dos seus dias,
cuidou da educação dos irmãos menores – Emilce, Dilnor e
Ozanan - sendo amada e respeitada por todos. Vale lembrar que,
após a enchente que ocasionou o transbordamento da barragem do
Açude Orós, em 1960, Crimilde Osterne (Bibia) juntamente com
os irmãos – Natércia, Lyrio, Emilce e Ozanan, e, os sobrinhos
Edmar e José passou a residir em Fortaleza (CE), onde faleceu aos
85 anos.

3) - José Osterne Júnior (Juca). Terceiro filho de José


Osterne Ferreira Maia e de Maria Julia Ferreira Maia, José
Osterne Júnior (Juca) nasceu em 21 de junho de 1895 e faleceu
em 14 de junho de 1974, em Limoeiro do Norte (CE). Quando do
seu centenário ocorrido em 1995, seus filhos numa das mais justas
homenagens publicaram uma plaqueta intitulada “JOSÉ
OSTERNE JÚNIOR “JUCA”, contendo informações das mais

32
importantes a seu respeito. Os primeiros estudos foram feitos em
sua cidade natal. Posteriormente se transferiu para Fortaleza (CE),
onde estudou no tradicional Colégio São Luiz. De acordo com a
aludida publicação, “Nesse colégio ele foi aluno brilhante e
concluiu quatro títulos de humanista, correspondente ao nosso
atual 2º grau. Para ingressar no curso superior houve um
impasse. Pai e filho não chegaram a um acordo. Seu pai que era
advogado, queria o filho a seguir a mesma formatura, mas o filho
pretendia ser médico. Não houve um consenso e o Curso da
Universidade não foi feito. Não cursando a universidade, ele foi,
porém, um pouco de tudo, médico, dentista, orador, desenhista,
advogado, enfermeiro e muito mais o foi do que se lhe tivessem
conferido o diploma, pois agia com a intuição perfeita do dever a
cumprir”. Ao regressar de Fortaleza (CE) após ter concluído os
preparatórios, passou a trabalhar na Casa Klein, localizada na
cidade de Aracati (CE). Mas o amor à família e a sua terra o fez
voltar a Limoeiro do Norte (CE), oportunidade em que contraiu
matrimonio com sua eterna musa, Dulce Lage Maia, em 03 de
março de 1924. Ao longo de sua fecunda existência trabalhou na
IFOCS – Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, na cidade
de Quixadá (CE), foi Gerente da Cooperativa de Credito
Limoeirense e Secretário da Prefeitura de sua cidade, na
administração do Prefeito Francisco Remígio. A plaqueta
anteriormente citada trata de sua atuação em Limoeiro do Norte,

33
destacando: “A oratória foi a sua grande arte. A maior de suas
especialidades. Não havia inauguração, festa, solenidade, em que
Juca não fosse chamado para o discurso. E como ele se esmerava,
como escolhia as palavras adequadas a cada caso! Juntava tão
bem o pensamento, transmitia as mensagens com tanto ardor, as
palavras se atropelavam, borbotavam e misturavam-se aos
aplausos. Como era bonito ouvi-lo falar! O Jornalista Meton
Maia e Silva forneceu-nos, de seus arquivos, que Juca Osterne foi
o Orador Oficial de inúmeras solenidades em Limoeiro, dentre as
quais:
- Lançamento da pedra fundamental do Palácio Episcopal
de Limoeiro (29.08.1937).
- Inauguração do Dispensário dos Pobres de Santo
Antonio (01.11.1963).
- Lançamento da pedra fundamental do Liceu de Artes e
Ofícios de Limoeiro do Norte (21.09.1952).
Construções – o seu amor maior. Saia catando, onde quer
que começassem a estocar tijolos, areia, lá ele a ver o que seria,
como seria e quem faria a construção. Ao lado disso, podemos
contar inúmeras obras que tiveram o seu acompanhamento
oficial. Assim acompanhou as obras de construção da Escola
Normal, Ginásio Diocesano, Dispensário dos Pobres, etc. Na
década de 30, o então Prefeito Custódio Saraiva solicitou a Juca
projeto para um monumento na Praça Capitão João Ennes (onde

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hoje está localizada a Coluna da Hora). O projeto foi aprovado,
executado e inaugurado em 1939 (dados do livro “Mestre
Sombra-Vida e Época”-Valdyr Sombra - pg. 23). Mas, de todas as
obras que viu, acompanhou a que mais o apaixonou foi a Igreja
de Santo Antonio. O inicio da construção foi 1911 e a conclusão
em 1935. Com dedicação ele viu a obra crescer e mais que isso,
teve um carinho especial, durante toda a sua vida pela
conservação da sua querida Igreja de Santo Antonio. Com muita
honestidade ele acompanhava os gastos com a construção e
cuidava alegremente dos mínimos detalhes para o embelezamento
daquele templo. Concluída a majestosa obra, continuou os seus
zelos, o seu amor. Semanalmente, às terças feiras, lá estava ele
junto aos 40 pobres de Santo Antonio para a PAGA, menina dos
olhos de sua vida toda. Dia da PAGA, para ele era dia de festa.
Jamais deixou de usar o paletó para distribuir o pão-dos-pobres.
Era um ritual. Arrumava-se com a melhor roupa, vestia paletó,
perfumava-se todo e lá se encaminhava para a Igreja e presidia a
PAGA (era ele o Presidente da Associação do Pão de Santo
Antonio, quando faleceu em 1974), onde o esperavam ansiosos os
40 velhinhos associados e os demais devotos que iam também
cumprir promessas e distribuir esmolas. Ou simplesmente
devotos, sem outras atribuições”.
Da sua união com Dulce Lage Maia, nascida em Limoeiro
do Norte (CE), em 30 de outubro de 1905 e falecida em Fortaleza

35
(CE), em 27 de abril de 1998 e que após o casamento adotou o
nome de Dulce Maia Osterne nasceram os seguintes filhos:
3.1) – Herbene Maia Osterne que faleceu antes de
completar um ano de vida.
3.2) – Dalton Osterne, nascido em 24/10/1925. Seus
primeiros estudos foram feitos em sua cidade natal. Em seguida
passou a residir em Fortaleza, onde estudou e começou a trabalhar
no comércio. Inteligente e muito hábil, dentro em breve tornou-se
acreditado comerciante e exportador. Atualmente desenvolve
atividades empresariais no Estado de Minas Gerais, no ramo da
hotelaria e do comércio sendo também romancista e inspirado
poeta. Do seu casamento com Maria Carmem Wanderley Osterne
nasceram os seguintes filhos:
3.2.1) – Francisco José Wanderley Osterne, nascido em
25/12/1951. É Engenheiro Civil, Administrador de Empresas e
Professor da Universidade Federal do Ceará. Foi casado com a
Advogada Fabíola Leitão Ferrer e desta união nasceu:
3.2.1.1) - João Vitor Ferrer Osterne, estudante.
3.2.2) – Maria Cecília Osterne Pinto, nascida em
16/11/1953. Empresaria casada com Administrador e Comerciante
Francisco Pinto pais de:
3.2.2.1) – Mariana Pinto Osterne formada em Turismo.
3.2.2.2) – Francisco José Osterne Pinto formado em
Informática, especializado em Artes Gráficas de Computação.

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3.2.2.3) – João Paulo Osterne Pinto, Bacharel em Direito e
Comerciante.
3.2.3) – Dalton Osterne Junior, nascido em 25/12/1955,
Administrador de Empresas. Foi casado com Patrícia Osterne.
Desta união nasceram:
3.2.3.1) - Helena Osterne formada em Administração do
Comercio Exterior exercendo a função de Consultora Empresarial,
casada, mãe de Letícia e Lara, ambas estudantes.
3.2.3.2) – Camila Osterne formada em Administração de
Empresas.
3.2.3.3) – Fabiana Gomes Osterne, Jornalista, funcionária
da TV Cidade Fortaleza.
3.2.3.4) – Dulce Gomes Osterne estudante universitária de
Informática.
3.2.3.5) – Júnia Osterne estudante.
3.2.3.6) – Dalton Osterne Neto estudante
3.2.4) – José Carlos Wanderley Osterne, Engenheiro
Mecânico e Administrador de Empresas, casado com Vera, pais
de Gabriel formado em Engenharia Mecânica e Rodrigo,
estudante de Direito.
3.2.5) – Marcelo Wanderley Osterne nascido em
25/08/1960, Empresário casado com Joelma Andrade Osterne,
pais de:
3.2.5.1) - Vanessa Andrade Osterne, estudante.

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3.2.5.2) - Rafael Andrade Osterne, estudante.
3.2.6) – Manoela Wanderley Osterne, Artista Plástica
3.3) – Francisco Maia Osterne nascido em 12/10/1927.
Comerciante, casado com Marina Vieira Osterne, Professora com
pós graduação em Ensino Especial, na área de Deficiência
Auditiva, pais de:
3.3.1) – Francisco José Vieira Osterne, Mestre em
Fonoaudiologia, Professor Universitário, com atuação na cidade
do Rio de Janeiro (RJ).
3.3.2) – Paulo Cesar Vieira Osterne, Comerciante residente
na cidade de Bragança (PA).
3.3.3) – Fábio José Vieira Osterne, estudante.
3.4) – Helder Osterne Maia, nascido em 06/05/1930 e
falecido em 2001. Era Despachante Aduaneiro, casado com Ilza
Moreira Osterne, Professora, pais de:
3.4.1) - Simone Moreira Osterne, nascida em 20/07/1954,
formada em Administração de Empresa e em Serviço Social,
especializada em Deficiência Auditiva. Casada com Francisco
José Cavalcante, nascido em 21/01/1948, Administrador e
Funcionário Público, pais de:
3.4.1.1) – Thales Osterne Cavalcante, nascido em
15/02/1985, formado em Engenharia de Telecomunicações.
3.4.1.2) – Lucas Osterne Cavalcante, nascido em
27/08/1987, estudante de Administração de Empresas.

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3.4.2) – Silvana Azevedo Osterne, nascida em 10/03/1959,
Empresária, formada em Administração de Empresas e Turismo.
Foi casada com Miguel Sergio de Azevedo, Empresário formado
em Engenharia, pais de:
3.4.2.1) – Miguel Sergio de Azevedo Filho, nascido em
04/03/1980, Empresário no ramo de turismo formado em
Administração de Empresas.
3.4.2.2) – Denise Osterne de Azevedo, nascida em
28/02/1983, formada em Direito e em Administração de
Empresas.
3.4.2.3) – Jamile Osterne Azevedo, nascida em
07/02/1986, Empresaria formada em Turismo.
3.5) – Ieda Osterne Maia Nogueira, nascida em
02/05/1931. Professora, funcionária aposentada do Banco do
Nordeste do Brasil S.A, casada com José de Anchieta Nogueira,
funcionário aposentado do Banco do Nordeste do Brasil S.A e
Bacharel em Ciências Contábeis falecido em 18/04/1996.
3.6) – Maria do Carmo Maia Osterne (Carminha), nascida
em 01/06/1932. Professora de inglês do Colégio Christus.
3.7) – Nadyr Maia Osterne, nascida em 20/07/1934.
Professora, funcionária aposentada do Banco do Nordeste do
Brasil S.A.
3.8) – Wandyr Osterne, nascido em 19/08/1935. Auxiliar
de Serviços de Despachante Aduaneiro, casado com Lucia Braga

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Osterne, Professora, Diretora do Grupo Escolar de Maranguape
(CE), pais de:
3.8.1) – Herbene Braga Osterne, Funcionária Pública,
Bibliotecária, casada com Opson de Oliveira, Funcionário
Público, pais de:
3.8.1.1) - Gabriel Braga de Oliveira.
3.8.1.2) - Rodrigo Braga de Oliveira.
3.8.2) – Wladimir Braga Osterne, Professor, casado com
Zena da Silva Osterne, pais dos estudantes:
3.8.2.1) - Vinicius Silva Osterne.
3.8.2.2) - Vitor Silva Osterne.
3.8.3) – Ricardo Braga Osterne, comerciante, casado com
Faina Andrade Osterne, Assistente Social, pais das estudantes:
3.8.3.1) - Sara Andrade Osterne.
3.8.3.2) - Luna Andrade Osterne.
3.8.4) – Demétrius Braga Osterne, comerciante, casado
com a Farmacêutica Fabiana de Oliveira Osterne, pais das
estudantes:
3.8.4.1) - Ana Luiza de Oliveira Osterne.
3.8.4.2) - Letícia de Oliveira Osterne.
3.9) – Ernane Maia Osterne, nascido em 02/11/1936,
funcionário aposentado do Banco do Nordeste do Brasil S.A,
casado com Cleomilde Chaves Osterne, Professora pós - graduada
em Ensino Especial, sendo igualmente formada em Teologia, pais

40
de:
3.9.1) – Túlio Marcus Chaves Osterne, Médico
Anestesista, Especializado no tratamento da dor, casado com Sara
Fava, Cirurgiã Dentista, pais dos estudantes:
3.9.1.1) - Isabela Fava Osterne.
3.9.1.2) - Caio Túlio Fava Osterne.
3.10) – Marlene Osterne Leite, nascida em 17/06/1937,
Professora, Funcionária Pública do Estado do Ceará, casada com
Marcelo Maia Leite, funcionário aposentado da Prefeitura
Municipal de Fortaleza (CE), pais de:
3.10.1) – Milena Osterne Leite Moura, nascida em
13/05/1968, Pedagoga, casada com Jean Eugenio Moura,
Industrial, pais dos estudantes:
3.10.1.1) - Mariana Leite Moura.
3.10.1.2) - Mateus Leite Moura.
3.10.2) - Marcelo Osterne Leite, nascido em 16/06/1975,
Engenheiro Civil, sócio da Construtora Jota e Serviços, casado
com Milena Mota Leite, Pedagoga funcionária do Centro
Portuário do Pecém.
3.11) – Glaucia Maia Osterne, nascida em 03/07/1941,
Licenciada em Letras e Pedagogia, com pós-graduação no Curso
de Educação Especial. Professora especializada na área de
Deficiência Auditiva, no Instituto Cearense de Educação de
Surdos.

41
3.12) – José Eugenio Maia Osterne, nascido em
11/07/1947. Engenheiro civil, pós-graduado em Engenharia de
Segurança, funcionário aposentado do Banco do Nordeste do
Brasil S.A. foi casado com Maria do Socorro Ferreira Osterne,
Professora Universitária, Doutora em Sociologia, pais de:
3.12.1) - Juliana Ferreira Osterne, nascida em 18/11/1984,
Advogada.

4) - Natércia Osterne Nogueira (Teté) nasceu em Limoeiro


do Norte (CE), em 04 de 1898 e faleceu em Fortaleza (CE), em 19
de novembro de 1983. Quando jovem era considerada um das
mais belas moças de sua terra. De prendas domésticas, fazia
crochê e costurava com muita habilidade. Era casada com
Joaquim Nogueira Maia, alfaiate, nascido em Pedras, distrito do
município de Morada Nova (CE), em 26 de fevereiro de 1893 e
falecido em Limoeiro do Norte (CE), em 17 de março de 1970.
Joaquim Nogueira Maia e Natércia Osterne Nogueira
foram pais de:
4.1) - Vilmar Nogueira Osterne, nascido em Limoeiro do
Norte (CE), em 18 de setembro de 1922 e que faleceu em
Fortaleza (CE), em 09 de novembro de 1990. Durante sua
existência foi comerciante e comerciário. Do seu casamento com
Alice de Castro Nogueira, nascida em Limoeiro do Norte (CE) em
1928 e falecida em Fortaleza (CE), em 04 de junho de 2008

42
nasceram os seguintes filhos:
4.1.1) - Maria Laura de Castro Nogueira.
4.1.2) - Lauro Marcos de Castro Nogueira.
4.1.3) - Lauro Pércio de Castro Nogueira.
4.1.4) - Paulo de Tarso de Castro Nogueira.
4.1.5) - Maria Leide de Castro Nogueira.
4.1.6) - Lucia Glaura de Castro Nogueira.
4.1.7) - Eugenia de Castro Nogueira.
4.2) – Edmar Nogueira Osterne, nasceu em Limoeiro do
Norte (CE), em 02 de setembro de 1925 onde fez os primeiros
estudos e concluiu o curso ginasial. Em seguida foi residir em
Fortaleza (CE) passando a trabalhar no comércio. Após o
falecimento do seu pai Joaquim Nogueira Maia, Edmar Nogueira
Osterne ficou responsável por sua mãe Natércia Osterne Nogueira
(Teté) que foi carinhosamente tratada até o final de seus dias.

5) Maria Osterne de Oliveira nasceu em Limoeiro do Norte


no dia 28 de junho de 1899 e faleceu nesta mesma cidade, em 05
de junho de 1981. Mãe de família exemplar era casada com
Francisco Rebouças de Oliveira (Dodô), que foi funcionário da
IFOCS – Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, onde
exerceu o cargo de Tesoureiro, tendo trabalhado na construção do
Açude Piranhas, atualmente denominado Açude Engenheiro
Avidos, localizado no município de Cajazeiras (PB).

43
Posteriormente deixou a IFOCS, passando a residir em Limoeiro
do Norte (CE), onde foi Delegado, Escrivão da Policia e
Vereador. Da união de Maria Osterne de Oliveira e Francisco
Rebouças de Oliveira nasceram os seguintes filhos:
5.1) – Dolores Osterne de Oliveira nasceu em Limoeiro do
Norte (CE), em 15 de agosto de 1921. Professora, casada com o
Químico Industrial Luiz Augusto de Oliveira, de saudosa
memória, natural do Estado do Pará que trabalhou no Laboratório
do Instituto José Augusto Trindade, localizado no Acampamento
Federal de São Gonçalo, município de Sousa (PB), pertencente à
IFOCS - Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, atual
DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Em
seguida, passou a trabalhar na CSN – Companhia Siderúrgica
Nacional, localizada em Volta Redonda (RJ). Atualmente,
Dolores Osterne de Oliveira reside na cidade do Rio de Janeiro
(RJ). Da união de Dolores Osterne de Oliveira e Luiz Augusto de
Oliveira nasceram os seguintes filhos:
5.1.1) – Pedro Augusto de Oliveira, nascido no
Acampamento Federal de São Gonçalo, município de Sousa (PB),
em 29 de fevereiro de 1944. É Comandante da Marinha de Guerra
aposentado e Engenheiro Naval. Reside na cidade do Rio de
Janeiro (RJ). Casado com a Professora Ana Lúcia Pierantoni
Gambôa de Oliveira, nascida na cidade do Rio de Janeiro, em 24
de agosto de 1947, pais de:

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5.1.1.1) - Carlos Augusto de Oliveira Gamboa, Engenheiro
Aeronáutico, nascido no Rio de Janeiro, em 11 de outubro de
1972, casado com Maria Edith Bertoletti Gamboa, Advogada,
nascida em Roma, Itália, em 08 de julho de 1972, pais de:
5.1.1.1.1) - Carolina Bertoletti Gamboa, nascida em 20 de
julho de 2003, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos da
América do Norte.
5.1.1.1.2) - Raphaela Bertoletti Gamboa, nascida em 05 de
agosto de 2005, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos da
América do Norte.
5.1.1.2) - Ana Beatriz de Oliveira Gamboa, Cirurgiã
Dentista, nascida em Salvador (BA), em 15 de dezembro de 1975,
atualmente Lecturer (Clinical) in Dental Public Health, University
of Liverpool, solteira.
5.1.1.3) – Luis Augusto de Oliveira Gamboa, nascido em
Salvador (BA), em 12 de setembro de 1977, Engenheiro, solteiro.
5.1.2) – Maria Lúcia de Oliveira Salles, nascida no
Acampamento Federal de São Gonçalo, município de Sousa (PB),
em 03 de agosto de 1945. Professora, residente na cidade do Rio
de Janeiro (RJ), casada com o Comerciante João Fernando de
Salles, nascido em Rio Claro (RJ), em 31 de maio de 1938. Do
casamento de Maria Lúcia de Oliveira Salles e João Fernando de
Salles nasceram os seguintes filhos:
5.1.2.1) - Aline de Oliveira Salles, Designer e Comerciante

45
nascida em Volta Redonda (RJ), em 14 de julho de 1970, casada
com Alexandre Costa Jorge, Comerciante, nascido no Rio de
Janeiro, em 15 de junho de 1969, pais de:
5.1.2.1.1) - Luana Salles Costa Jorge, nascida no Rio de
Janeiro, em 20 de dezembro de 1999.
5.1.2.1.2) - Felipe Salles Costa Jorge, nascido no Rio de
Janeiro, em 13 de fevereiro de 2002.
5.1.2.2) - Fernanda de Oliveira Salles Rodrigues, nascida
em Volta Redonda (RJ), em 24 de janeiro de 1976, Comerciante,
casada com o Engenheiro Paulo Marcus Barreto Rodrigues,
nascido no Rio de Janeiro, em 13 de junho de 1972, pais de:
5.1.2.2.1) - Manuela Salles Barreto Rodrigues, nascida em
Niterói (RJ), em 23 de outubro de 2003.
5.1.2.2.2) - Nina Salles Barreto Rodrigues, nascida em
Niteroi (RJ), em 07 de fevereiro de 2007.
5.1.3) – Izabel Maria de Oliveira, nascida em Volta
Redonda (RJ), em 20 de janeiro de 1949. É Professora
Universitária da PUC – Pontifícia Universidade Católica da
cidade do Rio de Janeiro.
5.2) – Lindenor Osterne de Oliveira, nasceu em Limoeiro
do Norte (CE), em 01 de julho de 1922 e faleceu em Fortaleza
(CE), em 2006. Fez os primeiros estudos em sua cidade natal,
tendo estudado também no tradicional Colégio Padre Rolim
localizado em Cajazeiras (PB). No período da II Guerra Mundial

46
serviu na Base Aérea de Fortaleza (CE). Cirurgião Dentista foi
Professor de Historia na cidade de Iguatu (CE) e Diretor/Fundador
da Rádio Iracema da referida cidade. Quando faleceu, ocupava o
cargo de Secretário da ACERP – Associação Cearense de Rádio e
Televisão. Era casado com a Professora Francisca Terezinha Maia
de Oliveira, nascida em Limoeiro do Norte (CE), em 01 de junho
de 1926. Exerceu o cargo de Professora de Economia Domestica
na cidade de Iguatu (CE), sendo o braço direito de todas as
atividades profissionais desempenhadas por Lindenor Osterne de
Oliveira. Lindenor Osterne de Oliveira e Francisca Terezinha
Maia de Oliveira são pais de:
5.2.1) - Sergio de Oliveira, nascido em Iguatu (CE), em 28
de novembro de 1953. Jornalista e Sócio Diretor da Signus
Editora, empresa localizada na cidade de São Paulo (SP). Casado
com a Psicopedagoga Maria Ivete Gatti de Fáveri, nascida em Jaú
(SP) pais de:
5.2.1.1) - Cecilia Fáveri de Oliveira, Advogada, nascida
em São Paulo (SP), em 14 de fevereiro de 1980.
5.2.1.2) - Marina Fáveri de Oliveira, Fisioterapeuta,
nascida em São Paulo (SP), em 09 de março de 1982.
5.2.1.3) - Guilherme Fáveri de Oliveira, Multimídia em
Comunicação, nascido em São Paulo (SP), em 10 de
junhode1983.
5.3) – Francisco Djalma Osterne de Oliveira, nasceu em

47
Limoeiro do Norte (CE), em 11 de setembro de 1924 e faleceu em
Fortaleza (CE), em 19 de agosto de 1997. Trabalhou durante
muitos anos como Metalúrgico da CSN – Companhia Siderúrgica
Nacional localizada na cidade de Volta Redonda (RJ). Casado
com Áurea Remígio Osterne (Aury), pais de:
5.3.1) – Cesar Remígio Osterne nascido em Limoeiro do
Norte (CE), em 13 de janeiro de 1951 e que faleceu em Volta
Redonda (RJ), em 10 de janeiro de 2000. Era casado com Glória
Márcia de Moraes Osterne e pais de:
5.3.1.1) - Marcelo de Moraes Osterne, Fisioterapeuta,
solteiro, nascido em Volta Redonda (RJ), em 23 de junho de 1977.
5.3.1.2) - Luis Eduardo de Moraes Osterne, Corretor de
Seguros, solteiro, nascido em Volta Redonda (RJ), em 07 de
março de 1980.
5.3.2) – Ana Maria Remígio Osterne, nascida em Volta
Redonda (RJ), em 13 de dezembro de 1963. Fisioterapeuta e
Mestre em Literatura Brasileira pela UFC - Universidade Federal
do Ceará. É Professora Universitária de Literatura da UECE –
Universidade Estadual do Ceará.
5.4) – Maria Neli Osterne, nasceu em Limoeiro do Norte
(CE), em 29 de dezembro de 1926. Professora aposentada reside
atualmente em Fortaleza (CE).
5.5) José Osterne de Oliveira, nasceu em Limoeiro do
Norte (CE), em 26 de julho de 1927. Funcionário do DAER-

48
Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens do Governo do
Estado do Ceará. Faleceu em Fortaleza (CE), em 25 de julho de
1990.
5.6) – Hider Osterne de Oliveira, nasceu em Limoeiro do
Norte (CE), em 28 de fevereiro de 1930 e atualmente reside em
Fortaleza (CE). Funcionário aposentado do DNOCS –
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, casado com a
Professora também aposentada do DNOCS, Maria Evanise Maia
de Oliveira, pais de:
5.6.1) – Carlos Alberto Maia de Oliveira, nascido em
Quixadá (CE), em 07 de setembro de 1953. Funcionário Público
do Governo do Estado do Ceará, residente em Fortaleza (CE),
casado com Regina Elizabeth Martins Oliveira, Industriaria
(Especialista na Área Financeira), nascida em Ipu (CE), em 08 de
fevereiro de 1957, pais de:
5.6.1.1) - Lucas Martins Oliveira, estudante universitário,
solteiro, nascido em 22 de agosto de 1990, e, de Caio Martins
Oliveira, nascido em Fortaleza, em 15 de abril de 1992, solteiro,
estudante pré-universitário.
5.6.2) - Cristina Márcia Maia de Oliveira, nascida em
Quixadá (CE), em 29 de julho de 1957. É solteira, Especialista em
Educação.
5.6.3) – Marcos Luiz Maia de Oliveira, nascido em
Quixadá (CE), em 17 de maio de 1960. Funcionário do DNOCS,

49
residente em Fortaleza (CE), casado em segundas núpcias com
Adriana Sales de Oliveira, Especialista em Informática, pais de:
5.6.3.1) - Gabriela Sales de Oliveira, nascida em Fortaleza
(CE), em 26 de junho de 2003.
Vale lembrar que, do primeiro casamento, Marcos Luiz
Maia de Oliveira é pai da estudante universitária, solteira, Livia
Barbosa Maia, nascida em Fortaleza (CE), em 31 de agosto de
1985 e de Bruno Barbosa Maia, estudante universitário, solteiro,
nascido em Fortaleza (CE), em 07 de fevereiro de 1988.
5.6.4) – Marcelo Henrique Maia de Oliveira, nascido em
Fortaleza (CE) em 18 de setembro de 1973, especialista em
Ciências Contábeis, solteiro.
5.7) – Maria Ivanise Osterne Cardoso (Boneca), nascida
em Limoeiro do Norte (CE), em 17 de abril de 1934 e falecida em
Fortaleza (CE), em 07 de maio de 2005. Era casada com Elias
Cardoso, já falecido, aposentado como Ex-Combatente da II
Guerra Mundial e comerciante em Aracati (CE), pais de:
5.7.1) – Maria Tereza Osterne Cardoso, funcionária
pública, divorciada, mãe de:
5.7.1.1) - Natália Osterne Cardoso, estudante universitária.
5.7.2) – Regina Lúcia Cardoso Barbosa, Assistente Social,
que foi casada como o médico José Hamilton Barbosa, ex-
Prefeito do município de Aracati (CE), falecido em 2003, pais de :
5.7.2.1) – Roberta Cardoso Barbosa, estudante

50
universitária, mãe de:
5.7.2.1.1) - José Hamilton Barbosa Neto.
5.7.3) – Angela Osterne Cardoso, Enfermeira
5.7.4) – Soraia Osterne Cardoso
5.7.5) – Roberto Osterne Cardoso

6) Limério Osterne, nasceu em 03 de julho de 1901 e


faleceu em 10 de setembro de 1956, em Limoeiro do Norte (CE).
Comerciante, casou em primeiras núpcias com Odeth de Oliveira
Osterne (Lili), de cuja união nasceram os seguintes filhos:
6.1) – Aroldo Osterne nascido em Limoeiro do Norte
(CE), em 14 de julho de 1925 e falecido em Salvador (BA), em 06
de novembro de 1994. Era bancário - funcionário do Banco do
Brasil -, casado com a Professora Lindaura Heudícire Barros
Osterne, pais de:
6.1.1) Aroldo Osterne Júnior, nascido em 26 de outubro de
1957, Engenheiro Eletricista, casado com a Contadora Mary
Celeste Oitaven Osterne, pais de:
6.1.1.1) - Mariana Oitaven Osterne, estudante de
odontologia, nascida em 24 de agosto de 1985.
6.1.1.2) - Renata Oitaven Osterne, nascida em 14 de
fevereiro de 1987, estudante de Arquitetura.
6.1.1.3) - Milena Oitaven Osterne, nascida em 17 de maio
de 2000.

51
6.1.2) – Eliana Barros Osterne, nascida em 06 de abril de
1959, Arquiteta e Administradora de Empresas, casada com o
Engenheiro Roberto Muniz, pais de:
6.1.2.1) - Beatriz Osterne Muniz, nascida em 15 de julho
de 1996, estudante.
6.1.2.2) - Camila Osterne Muniz, estudante, nascida em 29
de setembro de 1999.
6.1.3) – Marcelo Barros Osterne, nascido em 14 de março
de 1966, Analista de Sistema.
6.1.4) – Ricardo Barros Osterne, nascido em 12 de abril de
1968, Engenheiro Mecânico e Administrador de Empresas, casado
com Adriana de Almeida Osterne, Administradora de Empresas,
nascida em 28 de junho de 1973, pais de:
6.1.4.1) - Carolina de Almeida Osterne, nascida em 26 de
agosto de 2002, estudante.
6.1.4.2) - Felipe de Almeida Osterne, nascido em 13 de
março de 2006, estudante.
6.2) – Antonio Walder Osterne, nasceu em Limoeiro do
Norte (CE), em 04 de fevereiro de 1927 e faleceu em Fortaleza
(CE), em 14 de outubro de 2007. Advogado, Ex -Presidente do
Clube Regatas de Fortaleza, Ex- Diretor Geral do Tribunal
Regional Eleitoral do Estado do Ceará, casado com Maria Ivanir
Mendonça Osterne, funcionaria pública, aposentada, pais de:
6.2.1) – Virginia Odeth Mendonça Osterne, funcionária

52
pública da Prefeitura Municipal de Fortaleza (CE), casada com
Afrânio Bezerra Moreira, funcionário público do Governo do
Estado do Ceará, pais de:
6.2.1.1) - Walder Osterne Moreira, estudante de jornalismo
e de turismo.
6.2.2) – Denise Osterne Gomes de Freitas, funcionária
pública do Governo do Estado do Ceará aposentada, formada em
Ciências Contábeis, casada com Frutuoso Gomes de Freitas,
economista, funcionário público federal, com exercício no INSS,
pais de:
6.2.2.1) - Frutuoso Gomes de Freitas Neto, Bacharel em
Direito.
6.2.2.2) - Camila Gomes de Freitas, formada em
Administração.
6.3) – José Nilson Osterne de Oliveira, nasceu 13 de março
de 1929 em Limoeiro do Norte (CE) e faleceu em 03 de abril de
1991, em Fortaleza (CE). Cirurgião Dentista, Radialista,
Construtor e Professor da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano
Matos da cidade de Limoeiro do Norte (CE), casado com Egisa
Mendes Remígio Osterne, Professora, pais de:
6.3.1) – José Nilson Remígio Osterne, Engenheiro
Eletricista, especializado em Engenharia de Segurança.
Atualmente trabalha na empresa Norberto Odebrecht, casado com
Telma Regilda Luz Osterne, Geógrafa, Professora, pais de:

53
6.3.1.1) - Karoline Rafaelle Luz Osterne, Bacharela em
Direito.
6.3.1.2) - Amora Louyse Luz Osterne, estudante de
Direito.
6.3.1.3) - Caio Antonio Luz Osterne, estudante de Direito.
6.3.2) – Francisco Cesar Remígio Osterne, Técnico de
Segurança. Foi casado com Médica Cecília Santiago Lima Verde,
de cuja união nasceram:
6.3.2.1) - Francisco Cesar Remígio Osterne Filho, falecido
com a idade de 10 (dez) anos.
6.3.2.2) - Rafael Lima Verde Osterne, Cirurgião Dentista.
Posteriormente, Francisco Cesar Remígio Osterne casou
em segundas núpcias com Constancia Araújo de Oliveira Osterne,
nascendo desta união:
6.3.2.3) - Maria Julia Araújo de Oliveira Osterne.
6.3.3) – Ana Odeth Remígio Osterne, formada em História
e em Técnica de Enfermagem. Atualmente trabalha no CEJA-
Centro de Educação de Jovens e Adultos Dr. José Nilson Osterne
de Oliveira existente em Limoeiro do Norte (CE).
6.4) – Luiz Gonzaga de Oliveira Osterne, nasceu em 22 de
junho de 1930, em Limoeiro do Norte (CE) e faleceu em Fortaleza
(CE), em 09 de agosto de 1998. Funcionário do BNB – Banco do
Nordeste do Brasil S.A. onde exerceu cargos de importância, era
casado com Zenóbia de Oliveira Osterne. Desta união nasceram

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os seguintes filhos:
6.4.1) – Jerônimo de Oliveira Osterne, bancário.
6.4.2) – Heleno de Oliveira Osterne, Bancário e Químico,
casado com a Professora Maria do Socorro Pereira Osterne, pais
de:
6.4.2.1) - Luiz Henrique Pereira Osterne, estudante de
Administração de Empresas.
6.4.2.2) - Larissa Helena Pereira Osterne, estudante.
6.4.3) – Luiz Carlos de Oliveira Osterne, comerciante,
casado com Maria Almeida Osterne, pais das estudantes:
6.4.3.1) - Alyne Carla Nogueira Osterne.
6.4.3.2) - Laís Nogueira Osterne.
6.4.4) – Lilian de Oliveira Osterne, Professora.
6.5) – Terezinha de Jesus Osterne de Oliveira, costureira
aposentada, nascida em Limoeiro do Norte (CE), em 14 de
novembro de 1933 e atualmente residente em Fortaleza (CE).
Em 1933, em face do falecimento de Odeth de Oliveira
Osterne (Lili), os seus filhos acima citados passaram a viver com
os avôs maternos José Jerônimo de Oliveira e Dolores Rebouças
de Oliveira (Dona Neném)
Diante disso, Limério Osterne, viúvo, casou em segundas
núpcias, em 1933, com Noeme Vidal Osterne. Desta união nasceu
em Limoeiro do Norte (CE), em 20 de janeiro de 1949:
6.6) - Evandro Cesar Vidal Osterne, Médico da

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Aeronáutica e possui uma clínica cardiológica em Brasília (DF).
Casado com a Cirurgiã Dentista Maria Acioli Cintra Osterne, pais
de:
6.6.1) - Noeme Maria Acioli Cintra Osterne, nascida em
03 de julho de 1979, Médica, casada com o Médico Rafael
Coelho.
6.6.2) - Ernesto Misael Cintra Osterne, nascido em 23 de
abril de 1980, Médico, solteiro.
6.6.3) - Evandro Cesar Vidal Osterne Filho, nascido em 27
de abril de 1981, Cirurgião Dentista, solteiro.
6.6.4) - Thomas Edson Cintra Osterne, nascido em 24 de
fevereiro de 1983, Médico, solteiro.

7) - Lyrio Osterne, nasceu em Limoeiro do Norte (CE), em


04 de julho de 1907 e faleceu em Fortaleza (CE), em 28 de março
de 1994. Contador, solteiro trabalhou na firma Conrado Cabral
S.A, na cidade de Fortaleza (CE) de 1926 até sua aposentadoria
ocorrida em 1968.

8) - Emilce Osterne, nasceu em Limoeiro do Norte (CE),


em 15 de junho de 1914 e faleceu em Fortaleza em 12 de junho de
2003. Durante o tempo em que residiu em Limoeiro do Norte
(CE) – de 1914 a 1960 -, participou efetivamente da vida sócio-
cultural e religiosa de sua terra. Assim, integrou o Coral da

56
Matriz, regido pelo Maestro Odílio Silva, ao lado de outras moças
da sociedade local, a exemplo das irmãs Stela, Lucy e Elódia
Craveiro, Ester Rebouças e Mundinha Holanda, conforme
informações prestadas pelo Historiador Meton Maia e Silva.

9) - Dilnor Osterne Carneiro nasceu em Limoeiro do Norte


(CE), em 31 de janeiro de 1917 e faleceu em João Pessoa (PB),
em 28 de maio de 1978. Aos 8 (oito ) anos de idade ficou órfã de
mãe - sua genitora Maria Julia morreu em 1925 – e aos 10 (dez)
anos perdeu o pai - José Osterne faleceu em 1927-. A partir daí,
passou a ter em sua irmã mais velha Crimilde Osterne (Bibia), sua
segunda mãe, recebendo desta o carinho, o amor e a orientação
que toda jovem necessita. Até 1935 residiu em sua cidade natal.
Acontece que, naquele ano foi passar férias na casa de sua irmã
Maria Osterne de Oliveira, casada com Francisco Rebouças de
Oliveira (Dodô), funcionário da IFOCS – Inspetoria Federal de
Obras Contra as Secas, que trabalhava no Açude Público Piranhas,
então em construção na localidade Boqueirão de Piranhas, no
município de Cajazeiras (PB). Ali encontrou Francisco de
Andrade Carneiro, o grande amor de sua vida.
Francisco de Andrade Carneiro, chamado Dr. Chico
Carneiro, era médico da IFOCS e trabalhava no Açude Piranhas,
atual Açude Engenheiro Avidos. Faz-se preciso lembrar que,
Francisco de Andrade Carneiro nasceu no então distrito de Riacho

57
dos Cavalos pertencente ao município de Catolé do Rocha (PB),
em 02 de janeiro de 1902, filho de Joaquim Vieira Carneiro
(Moço Quincas) e de Maria Pastora de Andrade, que eram primos
legítimos. Em 1908, seus pais passaram a residir em Cajazeiras
(PB), onde Francisco de Andrade Carneiro fez os primeiros
estudos. Em seguida foi estudar em Fortaleza (CE), onde concluiu
os preparatórios no Colégio São Luiz de propriedade do Professor
Francisco Meneses Pimentel. Em 1920 ingressou na Faculdade
Nacional de Medicina, a conhecida Escola da Praia Vermelha
localizada no Rio de Janeiro (RJ), onde concluiu o curso de
medicina em 1926. No ano seguinte regressou a Paraíba, indo
trabalhar em Cajazeiras. Em 1928 passou a residir em Pombal
(PB), retornando em 1929 a Cajazeiras, quando contraiu
matrimonio com a Professora Aline Cartaxo Rolim, filha do
Coronel Sabino Gonçalves Rolim e de Leopoldina Cartaxo Rolim.
Deste casamento nasceram Maria das Neves Rolim Carneiro,
Maria Pastora Rolim Carneiro e Maria Leopoldina Rolim
Carneiro. Em 1931, foi nomeado médico da IFOCS, atual
DNOCS, indo prestar serviços na Rodovia Ramal do Cariri,
passando a residir na cidade de São João do Cariri (PB). Em 1933,
quando morava em São João do Cariri (PB), uma tragédia
marcaria para sempre a sua vida, pois a esposa Aline e a filha
caçula Maria Leopoldina vieram a falecer acometidas de febre
tifóide. Em virtude desse acontecimento doloroso, Francisco de

58
Andrade Carneiro retornou a Cajazeiras, passando a chefiar o
Serviço Médico do Açude Boqueirão de Piranhas – atual Açude
Engenheiro Avidos. Viúvo e ainda jovem iniciou um namoro com
Dilnor Osterne. O casamento aconteceu em 26 de julho de 1936.
Na qualidade de médico da IFOCS/DNOCS, Francisco de
Andrade Carneiro chefiou o Serviço Médico do Açude Publico
São Gonçalo, localizado no município de Sousa (PB) e o Serviço
Médico do 2º Distrito de Obras, localizado em João Pessoa (PB).
No período de 1946 a 1950, se licenciou do DNOCS passando a
residir em Limoeiro do Norte (CE), onde exerceu com grande
desenvoltura a profissão de médico. Trabalhou também na LBA –
Legião Brasileira de Assistência, prestando serviços na
Maternidade Cândida Vargas, em João Pessoa (PB). Faleceu em
João Pessoa (PB), em 17 de setembro de 1966. Meu pai Francisco
de Andrade Carneiro encontrou em Dilnor Osterne Carneiro, a fiel
companheira, a amiga certa das horas incertas, cuja docilidade e a
calma representavam o equilíbrio e a harmonia que sempre reinou
em nossa casa. Dilnor Osterne Carneiro e Francisco de Andrade
Carneiro são pais de:
9.1) – Joaquim Osterne Carneiro nascido em 18 de maio
de 1937, no Acampamento Federal de São Gonçalo, município de
Sousa (PB). Engenheiro Agrônomo, Escritor e Historiador,
trabalhou durante muitos anos no DNOCS, onde exerceu dentre
outros os cargos de Chefe do Instituto Agronômico José Augusto

59
Trindade, Chefe do 2º Distrito de Fomento e Produção, Diretor da
Diretoria de Agronomia, Diretor da Diretoria de Irrigação,
Assessor do Diretor Geral, Coordenador do Convenio firmado
entre o Brasil e a Espanha no Campo da Irrigação e Diretor Geral
Adjunto de Operações. Exerceu também os cargos de
Coordenador de Recursos Naturais do PRODIAT - Projeto de
Desenvolvimento Integrado da Bacia do Araguaia –Tocantins
(Convenio firmado entre o Brasil e a Organização dos Estados
Americanos), Secretário de Recursos Hídricos do Governo do
Estado da Paraíba e Superintendente do Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural – Administração Regional da Paraíba.
Pertence ao Instituto Histórico e Geográfico Paraibana, Instituto
Paraibano de Genealogia e Heráldica, Instituto Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Norte, Instituto Histórico e
Geográfico do Cariri Paraibano, Academia Limoeirense de Letras,
Academia de Letras e Artes do Nordeste - Núcleo da Paraíba e a
União Brasileira de Escritores - Secção da Paraíba. Em
reconhecimento ao seu trabalho em favor das relações hispano-
brasileiras foi distinguido com a Comenda de Número da Ordem
Civil do Mérito Agrícola, conferida pelo Excelentíssimo Senhor
Ministro da Agricultura da Espanha, Dom Jaime Lamo Espinosa;
recebeu também a Comenda do Mérito Cultural José Maria dos
Santos, conferida pelo Instituto Histórico e Geográfico Paraibano
e o Diploma do Mérito Cultural José Américo de Almeida

60
conferido pelo Conselho Deliberativo da Fundação Casa de José
Américo, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à
cultura paraibana. É autor de mais de 75 (setenta e cinco)
trabalhos – livros, plaquetas e artigos -, tendo participado de
diversos congressos e simpósios realizados no Brasil e no exterior.
Casado com Maria Augusta Correia Lima, que após o casamento
adotou o nome de Maria Augusta Correia Osterne Carneiro,
Técnica em Agricultura nascida em Areia (PB), pais de:
9.1.1) – Francisco Antonio Correia Carneiro nascido em
João Pessoa (PB), em 08 de julho de 1963. Economista e Bacharel
em Direito, casado com a Psicóloga Leina de Carvalho Guerra,
pais do estudante:
9.1.1.1) - Francisco Antonio Correia Carneiro Junior,
nascido em João Pessoa (PB), em 06 de agosto de 1994.
9.1.2) – Luciano Correia Carneiro nascido em João Pessoa
(PB), em 16 de agosto de 1964. Técnico em Administração casado
com sua prima legitima Silvana Carneiro Maciel, Psicóloga,
Doutora, Professora da Universidade Federal da Paraíba, pais dos
estudantes:
9.1.2.1) - Marcio Maciel Carneiro, nascido em 15 de julho
de 1992.
9.1.2.2) - Raphael Maciel Carneiro, nascido em 04 de
agosto de 2000.
Convém lembrar que, Silvana Carneiro Maciel é filha de

61
Danilo de Lira Maciel, Médico Psiquiatra e de Maria das Neves
Rolim Carneiro, Medica, Professora da Universidade Federal da
Paraíba, de saudosa memória, filha de Francisco de Andrade
Carneiro e de Aline Cartaxo Rolim.
9.1.3) – Licania Correia Carneiro, nascida em Sousa (PB),
em 26 de maio de 1967. Fisioterapeuta, Professora Universitária,
atualmente cursando o mestrado, casada com o Economista
Marcelo Melo Borges, pais dos estudantes:
9.1.3.1) - Joaquim Osterne Carneiro Neto, nascido em 17
de maio de 1991.
9.1.3.1) - Marcela Carneiro Borges, nascida em 23 de
janeiro de 1999.
9.2) – Tarcisio Osterne Carneiro, nascido no
Acampamento Federal de São Gonçalo, município de Sousa (PB),
em 12 de dezembro de 1938. Bacharel em Direito, Advogado, Ex-
Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba.
Posteriormente, ingressou no serviço público federal exercendo a
cargo de Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, do qual se
acha aposentado. Casado com a Enfermeira Wolma Toscano de
Brito, pais de:
9.2.1) – Sérgio Toscano Carneiro em João Pessoa (PB), em
03 de outubro de 1971, casado com a Juíza de Direito Silse
Nóbrega, nascida em 18/03/1971, pais de:
9.2.1.1) - Tarcísio da Nóbrega Toscano de Brito Carneiro,

62
nascido em 16/09/1996.
9.2.1.2) - Sérgio Ricardo Toscano de Brito Carneiro Filho.
9.2.2) – Ana Raquel Toscano Carneiro, funcionária
pública, nascida em 19/11/1974, casada com José Ricardo
Carneiro Braga, Técnico em Informática, nascido em 04/09/1967,
pais de:
9.2.2.1) - Luiza Toscano Carneiro Braga, nascida em
26/10/1998.
9.2.2.2) - Rafael Toscano Carneiro Braga, nascido em
08/06/2000.
9.2.2.3) - Larissa Maria Toscano Carneiro Braga, nascida
em 23/04/2002.
9.2.3) – Ana Carla Toscano Carneiro, Procuradora Federal,
nascida em 19/11/1984, casada com Emanuel Ruck Vieira Leal,
Procurador do INSS, pais de:
9.2.3.1) - Ana Maria Toscano Vieira Leal, nascida em
07/01/2002.
9.3) - Daniel Osterne Carneiro, nascido em 30 de março de
1940, no Acampamento Federal de São Gonçalo, município de
Sousa (PB). Engenheiro Agrônomo, aposentado desde 1996 do
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS,
onde por 19 anos exerceu o cargo de Chefe do 2º Distrito de
Engenharia Rural, órgão encarregado pelas ações daquele
Departamento no âmbito do Estado da Paraíba. Desempenhou

63
também as funções de Consultor Técnico na área de gestão de
recursos hídricos junto às Secretarias de Estado de Planejamento e
de Recursos Hídricos da Paraíba. Atualmente desempenha o cargo
de Diretor de Gestão e Apoio Estratégico da Agência Executiva
de Gestão das Águas do Estado da Paraíba. Casado com Dineusa
Nunes Carneiro, Pedagoga, natural de Caruaru-PE, pais de:
9.3.1) – Daniella Nunes Carneiro, nascida em 29/03/1975,
Advogada, casada com Givaldo Costa Filho, pais de:
9.3.1.1) - Alice Carneiro Costa, nascida em 26/02/2004.
9.3.1.2) – Rodrigo Carneiro Costa, nascido em 22/12/2007.
9.3.2) – Rodrigo Nunes Carneiro, nascido em 31/05/1979,
funcionário do Banco do Brasil, falecido em 23/08/2001.
9.4) – Hortêncio Osterne Carneiro, nascido em 04/09/1941
e falecido em 25/07/1981. Era Técnico em Administração,
funcionário do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas -
DNOCS, casado com Maria Aparecida Soares de Oliveira, pais
de:
9.4.1) – Francisco de Andrade Carneiro Neto, nascido em
19/03/1970, Advogado, casado com Laís Meireles Teixeira,
nascida em 31/01/1977, pais de:
9.4.1.1) – Lara Meireles Carneiro, nascida em 09/05/2003.
9.4.2) – Leonardo Soares Carneiro, nascido em
30/03/1973, Técnico em Administração, casado com Mirian
Nóbrega, nascida em 11/02/1979, Fisioterapeuta, pais de:

64
9.4.2.1) – Gabriel Nóbrega Carneiro, nascido em
05/06/2002.
9.4.2.2) – Guilherme Nóbrega Carneiro, nascido em
14/12/2003.
9.4.2.3) - Marina Lúcia Nóbrega Carneiro, nascida em
07/08/2006.
9.4.3) – Giulianna Soares Carneiro, nascida em
14/06/1976, Advogada, casada com Álvaro Vinício Moya,
nascido em 08/02/1977. Comerciante, pais de:
9.4.3.1) – Isabella Moya Carneiro, nascida em 05/03/2005.
9.5) – Maria Júlia Osterne Carneiro Ferrer, nascida em
05/08/1947, Professora, casada com o Engenheiro Rinaldo Ferrer
de Andrade e Silva, nascido em 03/08/1943, já falecido, pais de:
9.5.1) – Vicente Ferrer de Araújo Neto, Analista de
Sistemas e estudante de Tecnologia em Construções de Edifícios,
solteiro, nascido em 31/05/1975.
9.5.2) – Érika Ferrer Osterne Carneiro Cruz, Advogada,
nascida em 31/05/1975, casada com Marcial Henrique Ferraz da
Cruz, nascido em 20/11/1968, Juiz de Direito, pais de:
9.5.2.1) - Lívia Ferrer Cruz, nascida em 23/06/1999.
9.5.2.2) - Rebeca Ferrer Cruz, nascida em 09/10/2001.
9.6) – Aline Osterne Carneiro, nascida em 09/02/1949,
Assistente Social com especialização em Serviço Social na Área
de Saúde - UFPB, solteira.

65
10) – Ozanan Osterne nasceu em Limoeiro do Norte (CE),
em 24 de setembro de 1923 e faleceu em Alto Santo (CE), em 29
de abril de 1997. Fez os primeiros estudos em sua cidade natal
onde concluiu o curso ginasial, oportunidade em que trabalhou no
comércio - Loja pertencente ao Sr. Antonio Leite -. Em seguida
passou a residir em Fortaleza, dando continuidade aos estudos e
trabalhou no comercio - durante muitos anos exerceu a Gerencia
do Café Mucuripe -, administrando também os bens da família
localizados em Limoeiro do Norte e em Alto Santo.

66
Bibliografia

FABRICIO, José de Araújo. Descendência dos Irmãos


Tertuliano Ambrosino da Silva Machado e Tito Ambrosino da
Silva Machado. Porto Alegre, 1980 (mimeografado).

GIRÃO, Raimundo. Montes, Machados, Girões. Separata


da Revista do Instituto do Ceará. Tomo LXXIX - Ano LXIX.
Editora Instituto do Ceará, 1967

_______________. Esboço de uma Genealogia II Os


Rodrigues Machado. Revista Genealógica Brasileira. Instituto
Genealógico Brasileiro Secção do Ceará. Ano III – 1º Semestre de
1942.p. 18-19.

JOSÉ OSTERNE JUNIOR “JUCA” 1895-1995. Limoeiro


do Norte-Ceará.

LIMA, Lauro de Oliveira. Na Ribeira do Rio das Onças


(Limoeiro do Norte). Editora Assis Almeida. Fortaleza-CE, 1996

SOUSA, Eusebio de. Album do Jaguaribe. Empreza


Graphica Amazonia. Belém-Pará. Brasil, 1922

67
Iconografia

68
Pe. Ambrósio Rodrigues Machado e Silva

José Osterne Maria Júlia

69
Antônio Solon Osterne Crimilde Osterne

José Osterne Júnior Natércia Osterne Nogueira

70
Maria Osterne de Oliveira Limério Osterne

Lyrio Osterne Emilce Osterne

71
Dilnor Osterne Carneiro Osanan Osterne

72
Joaquim Osterne Carneiro, Maria Julia Osterne Carneiro Ferrer,
Hortencio Osterne Carneiro, Maria das Neves Carneiro Maciel,
Aline Osterne Carneiro, Daniel Osterne Carneiro e Tarcisio
Osterne Carneiro. Vale lembrar que, Maria das Neves Carneiro
Maciel é filha do casamento de Francisco de Andrade Carneiro e
Aline Cartaxo Rolim.Os demais são filhos do casamento de
Francisco de Andrade Carneiro e Dilnor Osterne Carneiro. João
Pessoa, 1971.

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Joaquim Osterne Carneiro tomando posse como Acadêmico
Correspondente da Academia Limoeirense de Letras. Limoeiro do
Norte (CE), 13 de novembro de 2004

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