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Crise Energética, Racionamento, Apagão ...

Num planeta já ávido por combustível,


a previsão é que a demanda vai dobrar nos
próximos trinta anos.

George W. Bush, o presidente dos Estados Unidos, fez um sombrio


comunicado a seus compatriotas na quinta-feira passada: "Estamos
enfrentando a pior crise de energia desde os embargos dos anos 70". A
afirmação serviu de introdução ao anúncio do plano energético de
emergência, que inclui o megaprojeto de construção de 1900 usinas
geradoras de energia elétrica nos próximos vinte anos , muitas delas
nucleares. A analogia com 70 é de causar arrepios. Naquela época descobriu-
se que o destino da civilização industrial - e do sagrado direito da cada um
encher o tanque do automóvel - estava na mão de meia dúzia de países
produtores de petróleo. A crise de 2001 pouco tem a ver com a cobiça dos
magnatas da OPEP, o cartel dos países produtores, cujo comportamento hoje
é bem mais moderado. A Califórnia, o Estado mais abastado do país mais rico
do mundo, sofre apagões em decorrência de um fenômeno que é global,
apesar de apresentar características próprias em cada região: não há energia
que baste para sustentar a avidez de consumo do planeta. "O mundo tem
fome de energia", diz Fatih Birol, autor do Panorama Mundial de Energia
2000. Ou seja, sem eletricidade e combustível não há crescimento
econômico. Não se consegue erradicar a pobreza nem aumentar o nível de
vida da população.

A demanda mundial por energia irá quase dobrar até 2030. Entre o final da II
Guerra e 1973, os países capitalistas tiveram uma expansão sem precedentes
na História. Uma das causas do formidável desempenho econômico nesse
período, que o historiador inglês Eric Hobsbawm chamou de Era de Ouro, foi
a fartura e o baixo preço da energia. Esse tempo acabou. As maiores
economias do mundo vivem com a corda no pescoço porque são grandes
importadoras de combustíveis, como carvão e gás para gerar eletricidade e
petróleo para o setor de transportes. O Estados Unidos estão em terceiro
lugar entre os maiores produtores de petróleo, mas a enorme demanda força
a importação de metade do que é consumido. São também os maiores
produtores de eletricidade, mas precisam comprar excedentes do México e do
Canadá. Ainda assim, não conseguem evitar vexames como os apagões na
Califórnia. Não é sem razão que Bush decidiu ignorar cuidados ambientalistas
e mandou procurar petróleo em áreas preservadas. No começo da semana
passada, Doug Logan, um consultor particular, alertou que a cidade de Nova
York poderá ficar no escuro nos próximos meses por causa de problemas na
transmissão de energia. A perspectiva é de pesadelo.

A dependência da civilização contemporânea em relação à energia fica ainda


mais evidente nos momentos de crise. Poucos têm sobras para garantir o
fornecimento diante de dificuldades circunstanciais, como chuvas insuficientes
no Brasil. O Japão, segundo país mais rico do mundo, tem reservas irrisórias
de carvão, gás e petróleo: os combustíveis fósseis usados na geração de
energia. Não dispõe de grandes hidrelétricas, usinas movidas por grandes
volumes de águas e que no Brasil respondem por mais de 90% da geração de
energia. A única fonte doméstica de eletricidade são as usinas nucleares, que
atendem apenas a 30% das necessidades japonesas. A situação é ainda mais
preocupante nos países em desenvolvimento, nos quais a demanda, puxada
basicamente pela Ásia e pela América do Sul, está crescendo bem acima da
média mundial. Há três indicativos claros que justificam a presunção de que
ficará cada vez mais difícil aplacar a fome por energia:

 Com base nas previsões de instituições financeiras internacionais,


como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, acredita-se
que a Ásia e a América do Sul irão apresentar índices de crescimento
econômico mais altos do que o resto do mundo.

 As populações da Ásia e da América do Sul devem continuar crescendo


mais do que as de outras regiões. À medida que melhorem de vida,
asiáticos e sul-americanos vão comprar mais eletrodomésticos e
serviços que demandam energia.

 O setor de transporte deverá passar por uma revolução nessas duas


regiões, onde o número de carros para cada grupo de 100 000
habitantes ainda é baixo. Isso afetará bastante o consumo de
petróleo.

O fenômeno energético é interessante em suas nuances : o ritmo de


crescimento do consumo de energia nos países ricos é menos acelerado que
naqueles em desenvolvimento. "Isso acontece por causa dos diferentes
estágios de industrialização" , diz Mike Grillot, economista do Departamento
de Energia dos Estados Unidos. Países atrasados têm indústrias pesadas, que
consomem mais eletricidade. As nações maduras, por sua vez, estão, cada
vez mais, se especializando na área de serviços deslocando fábricas para
países em desenvolvimento. A previsão é que no futuro esse fenômeno se
intensifique. Hoje, de cada dez habitantes do planeta, três não tem acesso à
eletricidade. A maior parte dos que estão às escuras vive em áreas rurais de
países miseráveis. Essa gente quer sair das trevas e poder comprar lâmpadas
e eletrodomésticos. Em seguida, eles vão querer comprar carro e andar de
avião - e isso só será possível se houver energia abundante e barata. A
diferença em relação às necessidades energéticas não significa que o Primeiro
Mundo está menos sedento de energia. Ao contrário, não pode descuidar-se
sem o risco de pôr a perder o que foi penosamente conquistado pelas
gerações anteriores.

Os apagões e os racionamentos estão sendo registrados em países com boa


infra-estrutura energética, sobretudo em decorrência da falta de investimento
em geração, como mostram os exemplos da Califórnia e do Brasil. Estudo
recente apontou o perigo de apagões em três regiões da Espanha em julho e
agosto, quando o país é invadido por milhões de turistas. O motivo: falta de
investimento em transmissão e aumento da demanda. Apagões são comuns
em todo o países mais precários, como Índia, Paquistão, Nigéria, Geórgia e
Armênia. "Nesses lugares, a maior causa é a falta de dinheiro para a
manutenção", diz Jamal Saghir, diretor do departamento de energia do Banco
Mundial. A crise energética não é, evidentemente, destino inevitável. É uma
questão de planejamento e sobretudo de dinheiro. Maior produtora mundial
de carvão mineral, a China garante 60% de sua demanda com usinas
termelétricas - mas está investindo 70 bilhões de dólares na construção da
maior hidrelétrica do planeta. Essa megaobra é necessária para atender às
necessidades crescentes de uma economia que há mais de uma década
cresce ao ritmo veloz de 7% ano.

A usina de Três Gargantas no Yang Tsé terá capacidade de geração 50%


superior à de Itaipu, hoje a mais potente do mundo. É uma dessas obras com
números de tirar o fôlego pela grandiosidade. Só o concreto usado nas
barragens seria suficiente para construir mais de 400 Maracanãs. O largo da
usina terá 600 quilômetros de comprimento e vai engolir doze cidades e 356
vilarejos, obrigando a remoção de 2 milhões de pessoas. Quando estiver
pronta, será um maná: produzirá 10% de toda a eletricidade de que os
chineses precisam.

As fontes de energia
tradicionais...  ... e as alternativas

Carvão Eólica
É a fonte de
energia
alternativa com
maior taxa de
crescimento.
Ainda assim, só
entra com 0,1%
mineral
Popularizado a partir da da produção
total de
Revolução Industrial, o carvão
mineral é responsável por 40% eletricidade. éa
favorita dos ambientalistas.
da produção total de energia no
mundo. No atual ritmo de Pró: poluição zero.Pode
complementar as redes
consumo, as reservas
conhecidas são suficientes para tradicionais.
Contra: instável, está sujeita a
mais dois séculos.
Pró: variações do vento ea
calmarias.Os equipamentos são
é abundante, encontrado com
facilidade na maioria dos caros e barulhentos.
países.
Contra:
o carvão mineral é o mais
poluidor entre os combustíveis
fósseis.

Petróleo Solar
Responde por 40% de toda a Ainda não se mostrou capaz de
energia produzida no planeta. produzir eletricidade em grande
Ainda não se encontrou escala. A tecnologia deixa a
substituto desejar
mais eficiente e o custo
e barato para de
a gasolina
usada nos
automóveis.
Pró: funciona
instalação é alto. Para produzir
bem na
a mesma energia de uma
maioria dos
hidrelétrica, os painéis solares
motores e,
custariam quase dez vezes
apesar das oscilações de preço,
mais.
mantém boa relação custo-
Pró: útil como fonte
benefício.
complementar em residências e
Contra: as reservas
áreas rurais distantes da rede
concentram-se em poucos
elétrica central. Índice zero de
países, que podem manipular o
poluição.
preço. É um dos maiores
Contra: o preço proibitivo para
poluidores do ar.
produção em média e larga
escalas.Só funciona bem em
áreas muito ensolaradas.

Geotérmica Gás natural


Aproveita o calor do subsolo da Ao contrário do que se pensava
Terra, que aumenta à há duas décadas, as reservas
proporção de 3 graus a cada desse combustível fóssil são
100 metros de profundidade. abundantes. A produção deve
Representa apenas 0,3% da dobrar até 2010. É cada vez
eletricidade produzida no mais usado para gerar
planeta. eletricidade.
Pró: custos mais estáveis que Pró: é versátil, de alta
os de outras fontes eficiência na produção de
alternativas. É explorada nos eletricidade e não vai faltar.
Estados Unidos, Filipinas, Polui menos que o carvão e o
México e Itália. petróleo.
Contra: só é viável em Contra: os preços instáveis em
algumas regiões, que não algumas regiões; exige grandes
incluem o Brasil. É mais usada investimentos em infra-
como auxiliar nos sistemas de estrutura de transporte
calefação. (gasodutos ou terminais
marítimos).

Hidrelétricas Biomassa
As usinas respondem por 18% Agrupa várias opções como
da energia elétrica global. São queima de madeira, carvão
responsáveis pelo fornecimento vegetal e o processamento
de 50% da eletricidade em 63 industrial de celulose e bagaço
países e por 90% em outros de cana-de-açúcar. Inclui o uso
23, entre eles o Brasil. de álcool como combustível.
Pró: são uma fonte de energia Responde por 1% da energia
renovável, que produz elétrica mundial.
eletricidade de forma limpa, Pró: aproveita restos reduzindo
não poluente e barata. o desperdício. O álcool tem
Contra: exigem grande eficiência equivalente à da
investimento inicial na gasolina como combustível para
construção de barragens. automóveis.
Podem ter a operação Contra: o uso em larga escala
prejudicada pela falta de na geração de energia esbarra
chuvas. nos limites da sazonalidade. A
produção de energia cai no
período de entresafra.
Dependendo de como se
queima, pode ser muito
poluente.

Energia nuclear Eficiência


Apesar da chiadeira dos Melhorar a tecnologia de
ambientalistas, é a terceira máquinas e os hábitos de
maior fonte de geração de consumo permite melhor
eletricidade. Há 438 usinas aproveitamento da energia e
nucleares em operação, seis reduz a poluição. No Brasil,
delas recém-inauguradas (uma perdem-se 13% da eletricidade
na República Checa, uma no com o uso de equipamentos
Brasil, três na Índia e uma no obsoletos.Em alguns países já
Paquistão). estão rodando carros híbridos,
Pró: são uma fonte de energia que combinam gasolina e
renovável, que produz eletricidade.
eletricidade de forma limpa, Pró: é um modo sensato de
não poluente e barata. poupar a energia disponível.
Contra: exigem grande Contra: exige investimentos
investimento, demora para pesados em pesquisas
entrar em operação e produz tecnológicas. Também é
lixo radioativo. Sofre o estigma necessário convencer as
de acidentes, como o de pessoas a colaborar.
chernobyl.

De modo geral, os países da Europa Ocidental são os mais bem preparados


para a geração de energia. Pobre de recursos naturais, a França investiu em
usinas nucleares. Sempre pragmático quando se trata de fazer negócios, o
governo francês simplesmente ignorou a gritaria ambientalista e pontilhou o
país com reatores. O resultado é que o átomo atende a 80% do consumo e
ainda permite que a França seja de longe a maior exportadora de eletricidade
da Europa. Freguesa de caderninho da energia francesa, a Alemanha tira sua
eletricidade sobretudo de termelétricas a carvão. Apesar disso, amarrado da
forma que está numa coalizão com o Partido Verde, o governo do chanceler
Gerhard Schroeder comprometeu-se a desativar as usinas nucleares até
2021. É improvável que cumpra o prazo. Entre os países desenvolvidos, os
átomos representam a segunda principal fonte de produção de eletricidade,
perdendo apenas para o carvão. Por toda a parte, há sinais de que se está no
limiar de um novo boom radioativo.

Nenhuma usina nuclear nova foi construída nos Estados Unidos desde o
acidente de Three Mile Island, em 1979. O fim da trégua foi anunciado na
semana passada por Bush. Também na semana passada, o governo japonês
deu luz verde para o início das obras de duas usinas nucleares, pondo fim a
uma pausa de dois anos causada por um acidente que matou duas pessoas. A
necessidade de fontes confiáveis de energia está fazendo com que os
europeus superem o trauma de Chernobyl, o mais sério acidente radioativo,
ocorrido na Ucrânia em 1986. Usinas nucleares também estão nos planos de
governo dos trabalhistas para as próximas eleições inglesas.

O setor de energia elétrica tem características muito próprias. Precisa de


grandes investimentos e trabalha com previsões de longo prazo, visto que
são necessários muitos anos para construir grandes usinas. É possível que
novas tecnologias ajudem a reduzir a pressão mundial por energia. Novas
linhas estão diminuindo as perdas na transmissão entre usinas e
consumidores finais. Os carros modernos consomem metade do combustível
em relação aos modelos de 1972. Eletrodomésticos e máquinas estão mais
eficientes, menos gastadores. Nos próximos quatros anos, a União Européia
investirá 550 milhões de dólares em pesquisas de energias renováveis, como
a solar e a eólica. Ninguém apostaria, contudo, um euro furado na descoberta
de uma forma alternativa de energia capaz de desbancar as tradicionais nos
próximos vinte anos. Depois de três décadas de pesquisas, as tecnologias
solar, eólica, geotérmica ou a resultante da incineração de restos orgânicos, a
biomassa, contribuem com menos de 2% da eletricidade consumida no
planeta. "Hoje, o potencial real dessas alternativas é apenas complementar",
diz Pierre Bacher, autor do livro Quelle Énergie Pour Demain? (Qual a energia
para o Amanhã?) e um dos responsáveis pela estruturação do sistema
energético francês.
 

O que ninguém aceita é correr o risco de se tornar refém de novas crises


pretolíferas. As três crises de petróleo - produto responsável por 40% da
geração de energia global - são fantasmas ainda não exorcizados. Entre 1950
e 1973, o preço médio do barril ficou abaixo de ridículos 2 dólares. No
começo dos anos 70, a OPEP dominada pelos árabes, fez uma verdadeira
revolução. Atuou em grupo e cortou a extração em 25%. A velha lei da oferta
e da procura fez o barril subir a 12 dólares, ligando alarmes em sedes
governamentais de todo mundo. A segunda crise, provocada pela Revolução
Islâmica do Irã, em 1979, também gerou um novo corte de produção. Foram
seis anos de recessão mundial e, ao final, o barril já havia pulado para 40
dólares. A guerra do Golfo provocou a terceira grande crise, que felizmente
durou pouco, em 1991. A imagem de poços de petróleo incendiando no
Kuwait provocou uma especulação sem precedentes, mas a essa altura o
poder de barganha dos produtores do Oriente Médio já havia diminuído por
causa do desenvolvimento de tecnologias de prospecção, que beneficiaram a
extração em países como a Rússia, Angola e Nigéria. Depois de anos
desunidos, os membros da OPEP chegaram a um acordo em 1999, reduzindo
a produção e triplicando o preço do barril. Menos mau que o medo de que as
reservas de petróleo estariam próximas do fim seja coisa do passado. A
produção mundial chegará ao ápice em 2040 e, só então, começará a cair.
Até lá, talvez já se tenha descoberto outra forma de saciar a fome de
energia.

Consuelo Diegues - Revista Veja 23 de Maio de 2001.

VOCABULÁRIO:

 Central geotérmica - Nesse tipo de central recorre-se à energia


térmica que provém diretamente do subsolo (fontes termais e
fumarolas). As principais instalações desse tipo são as de Larderello
(Toscana, potência de 380MW), The Geysers (Califórnia, 520MW), e
Wairakei (Nova Zelândia, 150MW).
 Central Hidrelétrica - Essa central utiliza a energia cinética de uma
massa de água que adiciona uma turbina hidráulica ligada a um
gerador de pólos salientes. De acordo com a sua reserva de energia,
temos as centrais a fio d'água, que não dispõem praticamente de
reserva alguma de água; centrais com acumulação, ou centrais com
reservatório a montante (que servem de reguladores de vazão); e, as
centrais de comporta, cuja possibilidade de armazenamento é inferior
a 5% da afluência anual de água. Há alguns anos já assistimos ao
desenvolvimento de dois tipos particulares de centrais hidráulicas: as
microcentrais e as centrais reversíveis. (No Brasil, foram realizados
estudos de viabilidade para implantação de uma usina reversível,
instalada na rocha, nas proximidades da bacia do rio Juquiá: nas horas
de pico o sistema funcionaria como turbina, gerando energia elétrica,
e no restante do tempo seria utilizada para bombear água para cima .)

 Central maremotriz - Central que produz energia elétrica a partir de


energia das marés. A primeira realização deste tipo foi levada a cabo
na França, no estuário de Rance.

 Central nuclear - Central em geral constituída de várias unidades (ou


subunidades) implantadas num mesmo sítio. Cada unidade
compreende um reator nuclear, um grupo de turboalternadores e
diversas instalações auxiliares. As centrais nucleares produzem
eletricidade a partir do calor liberado pela fissão do núcleo de certos
átomos pesados (o isótopos 235b do urânio, p. ex.). A turbina de uma
central nuclear é, assim, alimentada pelo vapor dos geradores de
vapor que utilizam o calor fornecido pelas fissões que se processam no
interior de um reator nuclear. As centrais nucleares são geralmente
classificadas de acordo com o tipo de reatores com que estão
equipadas. De 1980 a 1990, o número de unidades eletronucleares em
funcionamento no mundo passou de 265 a 418 e a potência de 142
milhões a 3230 milhões de KW. Embora considerável, o crescimento
ficou aquém das previsões, em parte devido às conseqüências do
grave acidente ocorrido na central de Chernobyl a 26 de abril de1986.
Na última década, predominaram os reatores a água comum sob
pressão, que, em 1990, equipavam 56% das unidades instaladas e
forneciam 62% da potência total das centrais.

 Central solar - dois tipos de centrais solares se destacam: as centrais


fotovoltaicas e as centrais termodinâmicas (ou heliotermodinâmicas).
As primeiras utilizam o efeito fotovoltaico produzido em certos
materiais semicondutores para fazer a conversão direta dos raios
solares em energia elétrica (fotopilha). No segundo tipo de central, a
energia solar é convertida inicialmente em calor, que em seguida é
utilizada para movimentar uma máquina termodinâmica à qual
eventualmente está acoplado um gerador.

 Central termoelétrica ou termelétrica - Central em que a energia


elétrica é produzida a partir de energia térmica, geralmente através da
queima de combustível, como p. ex. carvão (industrial ou mesmo
dejetos da produção carbonífera), gás de altos fornos, gás natural,
óleos pesados. Nas grandes centrais, as turbinas a vapor exigem (a
3.000 rpm) turboalternadores de potência que atinge 600MW. As
centrais mais atuais comportam geralmente vários turboalternadores
de mesma potência.

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