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https://www.infoescola.

com/educacao/sociologia-da-educacao/

https://novaescola.org.br/conteudo/456/criador-sociologia-educacao

http://www.scielo.mec.pt/pdf/rle/n7/n7a07.pdf

RESENHA 2 – SOCIOLOGIA

A Sociologia é a ciência que tem como objeto de estudo a sociedade,


através da pesquisa do comportamento humano e suas várias formas de organização.
Seu início enquanto disciplina científica relaciona-se com duas revoluções que
mudaram profundamente o modo de vida dos indivíduos: a Revolução Industrial e a
Revolução Francesa.

O mundo que sucedeu a estes dois acontecimentos foi marcado por


transformações sociais, políticas, espaciais, econômicas, tecnológicas e culturais. A
sociologia nasce então e como uma tentativa de compreensão de situações novas,
criadas pela então nascente sociedade capitalista, uma vez que ela cria novas formas
de organizar a vida social.

Foram as cidades modernas e o ambiente urbano que possibilitaram


o desenvolvimento da sociologia e sua configuração enquanto área de conhecimento.
As transformações ocorridas após a revolução industrial como deslocamentos
populacionais, novas relações de trabalho, etc., consolidaram a sociologia enquanto
ciência, pois, a própria sociedade passou a se constituir em valioso objeto de estudo.

Embora Auguste Comte seja considerado tradicionalmente o pai da


sociologia, foi com Émile Durkheim que a sociologia passa a ser considerada
propriamente uma ciência com metodologia. Utilizando como objeto específico os
fatos sociais que poderiam ser estudados objetivamente como “coisas”, foi possível
romper a tendência dominante de reduzir os fenômenos sociais a experiências
individuais. Para o autor, a vida social era regida por leis e princípios a serem
descobertos com base em métodos associados às ciências naturais. Utilizando as
regras do método sociológico, a sociedade poderia ser classificada como objeto
legítimo de estudo, com natureza e dinâmicas próprias.

Analisar a construção do conhecimento como processo articulado aos


contextos sociais não se caracteriza como um empreendimento novo. No início do
século XX, vários estudiosos de diferentes países interessavam-se por essa discussão.
Na França, Auguste Comte propunha uma história social do conhecimento; Durkheim e
seus seguidores, principalmente Marcel Mauss, estudavam a origem social de
categorias fundamentais ou “representações coletivas”; do mesmo modo,
historiadores como Marc Bloch e Lucien Febvre produziram reflexões importantes
sobre as “mentalidades coletivas”. Nos Estados Unidos, Veblen também estava
interessado na sociologia do conhecimento, relacionando o conhecimento com os
grupos sociais e instituições específicas, afirmando que dentro de determinados
grupos sociais o conhecimento é considerado verdade universal, embora qualquer um
possa reconhecer que ele tem seu caráter, alcance e método relacionado aos hábitos
de vida do grupo. Outro país que se destaca nesse tipo de reflexão é a Alemanha
através de seus intelectuais que revelavam um grande interesse pela sociologia do
conhecimento, ora seguindo as idéias de Karl Marx, ora afastando-se delas. Nessa
discussão, as obras de Weber, Max Scheler e Karl Mannheim se destacam.
Argumentava-se que as idéias são socialmente situadas e formadas por visões do
mundo ou ‘estilos de pensamento’. Esses estilos de pensamento eram associados a
períodos, a nações e, para Mannheim, a gerações e classes sociais. Foi esse grupo de
intelectuais que batizou as reflexões em que investiam como “sociologia do
conhecimento”, expressão que causava impacto negativo, por representar um
questionamento da verdade científica ao propor a sua relativização.

Émile Durkheim
Em cada aluno há dois seres inseparáveis, porém distintos. Um deles
seria o que o sociólogo francês Émile Durkheim chamou de individual. Tal porção do
sujeito, o jovem bruto, segundo ele, é formada pelos estados mentais de cada pessoa.
O desenvolvimento dessa metade do homem foi a principal função da educação até o
século 19. Principalmente por meio da psicologia, entendida então como a ciência do
indivíduo, os professores tentavam construir nos estudantes os valores e a moral. A
caracterização do segundo ser foi o que deu projeção a Durkheim. "Ele ampliou o foco
conhecido até então, considerando e estimulando também o que concebeu como o
outro lado dos alunos, algo formado por um sistema de idéias que exprimem, dentro
das pessoas, a sociedade de que fazem parte", explica Dermeval Saviani, professor
emérito da Universidade Estadual de Campinas.

Dessa forma, Durkheim acreditava que a sociedade seria mais


beneficiada pelo processo educativo. Para ele, "a educação é uma socialização da
jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o processo, melhor
será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida.

Durkheim não desenvolveu métodos pedagógicos, mas suas idéias


ajudaram a compreender o significado social do trabalho do professor, tirando a
educação escolar da perspectiva individualista, sempre limitada pelo psicologismo
idealista - influenciado pelas escolas filosóficas alemãs de Kant e Hegel.

Nas palavras de Durkheim, "a educação tem por objetivo suscitar e


desenvolver na criança estados físicos e morais que são requeridos pela sociedade
política no seu conjunto". Tais exigências, com forte influência no processo de ensino,
estão relacionadas à religião, às normas e sanções, à ação política, ao grau de
desenvolvimento das ciências e até mesmo ao estado de progresso da indústria local.

REFERENCIAS:

https://www.infoescola.com/educacao/sociologia-da-educacao/

http://www.scielo.mec.pt/pdf/rle/n7/n7a07.pdf

https://novaescola.org.br/conteudo/456/criador-sociologia-educacao

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