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Manuscritos antigos – história de Alaric – Elfo do sol.

(mago)

Quando era criança, morava em uma pequena casa com meus pais. Era uma casa simples para
um estilo de vida simples: meu padrasto era lenhador enquanto minha mãe trabalhava como
faxineira para nobres na cidade. Meu pai biológico havia abandonado minha mãe, Eu era
muito novo não tenho lembranças dele. Uma certa noite, minha mãe me acordou com pressa
e apesar de estar com uma expressão calma, parecia pálida e suava frio. Quando fui tentar
falar ela colocou seu indicador na minha boca pedindo silêncio e sussurrou: - Venha comigo
meu filho. Ela então me pegou no colo e me levou até a sala onde meu padrasto estava em pé
atrás da porta observando alguma coisa pela fresta e segurando seu machado. Eu achei aquilo
muito estranho, mas ainda estava com muito sono e encostei a cabeça no ombro de minha
mãe e tentei dormir novamente. Até que subitamente escuto um estrondo de algo batendo na
porta, e acordo imediatamente. Em um segundo estrondo, meu grito foi abafado pela mão de
minha mãe em minha boca enquanto meu padrasto segurava a porta para que não fosse
derrubada. Minha mãe correu comigo nos braços para dentro de um armário e fechou a porta.
Em um terceiro estrondo percebi que a porta foi derrubada, ouvi gritos do meu padrasto e
barulho de mobília sendo destruída. Eu não conseguia enxergar o que acontecia do lado de
fora daquele armário, mas sabia que algo havia forçado sua entrada. Eu não sabia o que era
mas lembro que fazia tinha guincho estridente que arrepiava os pelos de minha nuca e me
fazia suar frio. Minha mãe observava tudo por uma pequena fresta na porta do armário e
lembro que tinha uma expressão de pânico no rosto. O som da luta ficou um pouco mais baixo
como se a criatura tivesse sido atraída para um dos quartos e por um breve momento, tudo
ficou em silencio. Minha mãe me colocou no chão e sussurrou: - Não importa o que aconteça,
não pare de correr e não olhe para trás! De repente, em um movimento súbito minha mãe
correu para fora do armário me puxando pela mão e fomos em direção a porta. Eu me

Lembro de olhar rapidamente pelo cômodo e notar que tudo havia sido destruído e de haver
também manchas de sangue pelo chão e pela parede. Nós dois corríamos em direção a cidade
o mais rápido que podíamos e pouco depois ouvi novamente o guincho estridente e parecia
que estava vindo em nossa direção, se aproximando rápido. Quando fui virar minha cabeça
minha mãe disse: - Não olhe para trás! – Ela gritou – Continue correndo! Eu estava com muito
medo, eu não conseguia pensar em nada além de correr. Meu peito ardia e eu arfava bastante.
Porém, o grito da criatura ficava cada vez mais alto e parecia se aproximar cada vez mais de
nós. Até que minha mãe soltou minha mão e disse: - NÃO PARE DE CORRER! Eu corria
desesperadamente até que ouvi o grito de minha mãe, o que me fez olhar para trás. Eu vi
minha mãe no chão, imóvel, com uma criatura grande em cima dela coberta de sangue. Apesar
da Lua cheia, eu não conseguia ver muito bem por causa da névoa que havia aquela noite e
não consegui identificar a criatura. Ainda hoje me lembro de seu corpo negro e de seus
terríveis olhos vermelhos que brilhavam na escuridão. Eu continuei correndo
desesperadamente enquanto chorava pela perda de minha mãe. Já conseguia ver a cidade de
Phlan; próxima quando ouvi novamente o guincho da criatura: estava atrás de mim. Corri até a
construção mais próxima, uma biblioteca, e bati desesperadamente na grande porta enquanto
gritava por socorro. Não parecia haver ninguém na biblioteca até que eu me virei e vi a
criatura. Estava a poucos metros de mim e mesmo assim não conseguia ver bem o que era
pela névoa densa, somente aqueles olhos vermelhos penetrantes. Ela se aproximava
lentamente como se estivesse se deliciando em ver sua presa se contorcer em medo. Minhas
pernas tremiam e eu não conseguia mais chorar, somente olhava para a criatura enquanto
sentia que era meu fim. Até que a porta da biblioteca se abriu bruscamente e saiu de lá um
homem. Ele foi em direção a criatura abrindo um livro gritou:

- NÃO TENS PODER AQUI CRIATURA DAS SOMBRAS! – Ele gritou – VOLTE PARA AS SOMBRAS
DE ONDE VEIO! Nesse momento seus olhos começaram a brilhar com uma forte luz e senti um
calor aconchegante vindo dela. A criatura soltou um guincho de dor e correu para as sombras.
Depois disso, fui acolhido por aquele homem, que descobri mais tarde ser o regente
bibliotecário. Depois daquela noite, nunca deixei de me sentir culpado por ser fraco o bastante
para proteger meus pais e decidi que faria tudo o que fosse o possível para conseguir proteger
os inocentes. Além disso, sentia uma imensa gratidão a essa biblioteca é ao meu Mestre
Gabriel Salvatore por ter me salvado. Por isso, estudei por vários anos como aprendiz magico
até conseguir ser aceito como Mago.

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