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Teorias e Métodos em Ciência da Informação

Trabalho da aula remota do dia 7-10-2021


Aluna: Filipa Alexandra Santos Pimentel. Nº 2018287624

Para se entender a diferença entre as Ciências da Natureza e as


Ciências do Espírito é necessário conhecer os três grandes ciclos da
evolução do conceito de Ciência.
O 1º ciclo os fenómenos eram explicados através da razão, recusando
a intervenção de figuras mitológicas, assim como todos os elementos
materiais são responsáveis pela existência do mundo. O conceito de ciência
na filosofia de Aristóteles é compreendido como uma atividade superior,
procurando a essências das coisas. O conhecimento surge através da leitura
das diversas obras, podendo este ser hierarquizado em memória e
experiência.
O 2º ciclo prende-se com a intervenção de astrónomos como
Copérnico, Galileu e Kepler, cujos esforços levaram ao surgimento do
primeiro grande conceito para o entendimento da lei. Toda a natureza
obedece a leis que devem ser consideradas como resposta aos diversos
fenómenos observados.
O 3º ciclo surge com a intervenção do homem na natureza, o
desenvolvimento da técnica e a criação de áreas de especialização. O
desenvolvimento da filosofia como o racionalismo o empirismo e a critica da
razão pura levaram à discussão do estatuto das ciências do espírito e a sua
relação com as ciências da natureza.
O facto de se observar que as ciências do espírito são diferentes das
ciências naturais está fixa na autoconsciência humana, pois antes se
preocuparem em investigar a origem do espírito humano, a autoconsciência
atua no sentido de propor uma responsabilidade de ação. Neste âmbito
verifica-se uma diferença entre o homem e a natureza- o objetivo de produzir
acontecimentos espirituais.
As ciências do espírito fundamentam-se no uso combinado de sentidos
e de factos resultantes da experiência. Os processos originados pela anterior
experiência são formados a partir de expressões fornecidas na experiência
interna, mas compostos através do predomínio de fatores externos, como os
sentidos, podendo ser concedidos por analogia. A experiência interior
desloca-se assim em factos espirituais para o mundo exterior.
Por um lado, a natureza e a sua composição intervêm na vida humana
e faz com que recebam, através do sistema nervoso, estímulos do curso geral
da natureza, afetando-o com sensações, representações, sentimentos e
desejos que por outro lado afetam o seguimento da natureza na medida da
ação e dos propósitos. Estes propósitos do mundo humano têm, obviamente,
as suas repercussões.
No âmbito desta dupla influência, podemos combinar o conhecimento
de como a natureza ajusta os seres humanos com uma visão e como esta lhe
fornece material para a ação.
As ciências da natureza terão sido as primeiras a ser consideradas, logo
os estudos da humanidade seriam ocupados por estas. No entanto, o
aparecimento das ciências do espírito ocupou o lugar das anteriores ao tornar
possível a compreensão das experiências vividas pelo homem e a forma como
este se manifesta.
Na minha opinião a convecção de vivência, expressão e compreensão
constituem um método mais próprio para encontrar o objeto das ciências do
espirítico que, no fundo, é o ser humano, pela sua objetividade e como agente
e pelas suas intenções.

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