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Teorias e Métodos em Ciência da Informação

Trabalho da aula remota do dia 04-11-2021


Aluna: Filipa Alexandra Santos Pimentel. Nº 2018287624

As Ciências Sociais para Weber são ciências da realidade, ou seja,


estas conseguem compreender a realidade que rodeia o ser humano
enquanto um ser vivo. A ligação cultural é expressa de diversas formas o
que leva o ser humano a compreender as causas pelas quais se desenvolveu
de forma histórica e não de forma mecânica por exemplo.
Com tudo, ao praticar a ciência da realidade, o conhecimento que
desta deriva é fundamentado pelo facto de que, em cada caso particular,
apenas existe um “fragmento finito”. Dessa realidade é possível constituir
um objeto de compreensão científica, pois apenas será “essencial”, na
medida de que “só este valerá a pena conhecer”. Porém, o fragmento
apresentado deve ser selecionado através de alguma forma possível: A
explicação regida por leis, de relações causa-efeito.
A teoria de Weber tem como base os Juízos de Valor. A objetividade
é assim uma ficção, pois as escolhas de cada individuo faz, justificam-se
através dos valores pelos quais são regidos.
“Uma ciência empírica não poderá ensinar a ninguém o que deve,
mas apenas o que pode e, eventualmente, o que quer.”
A observação que é praticada à distância, não é possível ser realizada
na medida em que as características do indivíduo observador estão
implicadas. Assim, a justificação para escolher o objeto de estudo de
qualquer tema torna-se subjetivo consoante as capacidades do indivíduo,
pois cada sujeito racional atribuí valores ao estudo da questão que
pretende tratar ou analisar, estando o fator cultural inerente.
Assim, Weber afirma “Não existe qualquer análise científica
puramente objetiva da vida cultural, ou (...) dos fenómenos sociais, que seja
independente de determinadas perspetivas especiais e parciais, graças às
quais estas manifestações possam ser, explicita ou implicitamente,
consciente ou inconscientemente, selecionadas, analisadas e organizadas
na exposição enquanto objeto de pesquisa.”
Nesta revista de Weber é visível uma tendência para a conceção do
ideal do que todo o conhecimento, mesmo o pensamento cultural, que
consiste num sistema de teoremas a partir do qual se poderá deduzir a
realidade.
Em diferentes casos, como o “capitalismo no seu desenvolvimento e
no seu significado cultural”, demonstra-se impossível alguma vez
depreender a realidade a partir de leis e fatores como “conhecer a
realidade, o que é importante para nós assim como a constelação em que
tais “fatores” (hipotéticos) se juntam, formando um fenómeno cultural que
consideramos historicamente significativo.”
Por outro lado, para se explicar causalmente, um agrupamento
individual, tería de se recorrer sempre a agrupamentos individuais, a partir
dos quais se explicariam, utilizando os diversos contextos hipotéticos
denominados de leis.
Em suma, a limitação destes objetivos reflete-se através do facto de
que o significado de fenómeno cultural assim como o fundamento desse
mesmo significado não podem ser extraídos de qualquer sistema
constituído por leis, pois o conceito de cultura é um conceito de valor.

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