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FICHAMENTO – “O SENTIDO DA CIÊNCIA” DE GABRIEL COHN

Discente: Mariana de Oliveira Leal – 2º período, Direito.

COHN, Gabriel. O sentido da Ciência. In: WEBER, Max. A "Objetividade" do


Conhecimento em Ciências Sociais. Tradução: Gabriel Cohn. 1ª. ed. São Paulo: Ática, 2006.
cap. 1, p. 7-12. ISBN 978 85 08 10606-6. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/351364/mod_resource/content/1/Weber%2C
%20M.%20A%20objetividade%20do%20conhecimento%20nas%20ci%C3%AAncias
%20sociais.pdf.> Acesso em: 17 nov. 2021.

Apresentação – O sentido da ciência

 Cohn apresenta o livro falando sobre o que se trata: as ciências da cultura (termo utilizado
por Weber para denominar o que hoje é considerado como ciências sociais) são ddotadas
do dom da “eterna juventude”, ou seja, nunca se envelhecem de fato, sempre há novos
problemas e desafios para serem solucionados.
 O título do livro (a "objetividade" do conhecimento em ciências sociais) é uma pequena
armadilha, segundo Cohn. Weber não busca estudar a objetividade do conhecimento como
algo já dado, mas busca entender melhor o que seria essa ideia de objetividade.
 O ponto de partida do texto de Weber se dá através da empiria realizada pelas ciências
sociais. A empiria é a observação da realidade humana, conhecer algo que está ou esteve
no mundo. Logo, entende-se que o conhecimento não deve basear-se em valores, mas sim
em dados reais, observados.
 No entanto, Weber ainda sim acredita que a objetividade não consiste em somente se
tratar dos fatos isolados dos valores, por mais importante que isso seja, tanto é que
inicialmente evita a concepção de objetividade como oposto de subjetividade. Para ele, a o
conhecimento se atém aos fatos e não envolve avaliações (nem mesmo a do cientista).
 Para Weber, o conhecimento científico se concentra em aspectos limitados da realidade,
porque são infinitas ocorrências no mundo e, se não fossem limitadas, seria impossível
observar e estuda-las. Não podendo conhecer tudo, o cientista incide sua atenção sobre o
que lhe foi solicitado ou o que lhe parece mais viável, sendo essa segunda opção aquilo
que lhe confere significação no mundo cultural que pertence.
 Cultura, na concepção weberiana, seria “um grande campo de significados normativos,
povoado por valores fundamentais como o belo e o bom, dos quais outros derivam e que –
este é o ponto decisivo – é compartilhado por todos os que nela se incluem.” (COHN,
2006, p. 10)
 Tudo isso representa que a ciência como conhecimento do que é não se trata de qualquer
coisa, mas sim daquilo que para os homens de uma certa cultura, comunidade e em
determinado tempo lhes é importante e vale a pena conhecer. Portanto, não faz sentido se
envolver numa pesquisa social sem um impulso cultural e importante para uma sociedade.
 A força motriz de uma pesquisa científica advém de um conjunto de valores. Dessa forma,
não é correto dizer que o conhecimento científico provém somente de fatos, uma vez que
nenhum cientista se interessaria por alguma pesquisa que não tivesse uma certa utilidade
para sua vida e nem correspondesse com seus valores (sejam particulares ou coletivos).

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