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CURITIBA
2021
VICTTOR DE OLIVEIRA PRUDENCIO
CURITIBA
2021
RESUMO
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 35
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1 INTRODUÇÃO
uma errada, mas sim, visões diferentes a serem discutidas, e que podem ser
igualmente úteis nos diferentes contextos com os quais lidamos ao lecionar.
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
2 METODOLOGIA
Não há uma altura exata na qual o violino deva se encontrar. Mas de forma
geral, é sempre melhor estar quase paralelo ao chão ou levemente para cima
(evitando exageros) para que o arco não tenha tendência de escorregar em
direção ao espelho, e para que o peso do violino repouse na estrutura do corpo,
possibilitando uma movimentação mais livre da mão esquerda.
Em relação ao uso dos dedos no arco, é algo que até o início do século
XX se via muita diferença de acordo com a “escola violinística” da qual o aluno
recebia as informações sobre. Posteriormente, com a globalização e troca de
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ombros está relacionada ao ato de apertar o violino com o queixo para “prendê-
lo” melhor (quando a dor é do lado esquerdo). A partir do momento que a dor no
ombro esquerdo é descoberta, podemos pensar no porquê dessa dor. A
espaleira pode não estar firme ou na altura ideal, o violinista pode estar sentindo
uma insegurança, como se o violino pudesse cair a qualquer momento, etc.
Idealmente, mantemos a ideia de diagnosticar e resolver o problema.
É importante que este estudo seja feito para que sejam evitados
movimentos desnecessários no processo de tocar em duas cordas com o arco.
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O problema é que este tipo de estudo pode acarretar numa técnica mal
desenvolvida, não resolvendo os pequenos problemas que podem surgir em
meio as notas rápidas. Segundo Caregnato (2017) é importante que o aluno
busque não apenas tocar as notas, mas sim, compreender o que está sendo
tocado. Uma forma de alcançar esta compreensão, é através de processos que
criam pequenas mudanças no que deve ser tocado, adicionando por exemplo,
pequenas pausas para que o aluno seja capaz de processar cada informação
que deve ser executada.
Quando o aluno consegue executar o trecho todo com este processo, ele
inverte, e ao invés de “nota curta – nota longa”, ele executa “nota longa – nota
curta” como na imagem a seguir (FIGURA 13).
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Por fim, podemos considerar que talvez o mais importante seja passar aos
alunos a ideia de que é importante decompor o processo, focando primeiro no
entendimento dos mecanismos necessários para tocar rápido, e ir construindo a
velocidade aos poucos.
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1 Galamian (1962) usa em seu livro o termo “frame”, que poderia também ser traduzido como
“quadro”.
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Ele também menciona que uma forma de executar uma mudança de notas
mais rápida e leve aonde os dedos precisem mudar de cordas, o violinista deve
tirar a pressão que os dedos aplicam nas cordas, mas sem levantá-los.
Partindo daí, podemos considerar que uma das formas de estudar vibrato,
é fragmentando-o, trabalhando cada aspecto separadamente. Podemos
começar por acostumar o corpo ao movimento do vibrato, sem tocar. Para tal, o
aluno segura o violino na posição de tocar, coloca levemente primeiro dedo sob
o espelho, e mexe lentamente para cima, aproximando a unha ao espelho, e
para baixo, afastando-a e por fim, retornando ao ponto inicial. Este seria o ciclo
completo do vibrato. Galamian (1962) cita o ato de exercitar o vibrato sem tocar
como uma forma de praticar a flexibilidade, consciência e relaxamento dos
dedos.
Outro problema citado por Galamian (1962) em relação aos alunos que
são iniciantes no vibrato, está na falta de consciência sobre o que dá o impulso
inicial do mesmo. Segundo ele, os alunos iniciantes tendem a tentar executar a
técnica iniciando o movimento com os dedos, que na verdade movimentam-se
passivamente, tendo o impulso inicial vindo da mão ou do braço.
Ele cita que uma forma de criar esta consciência no aluno, é pedindo para
que o aluno fique na posição de tocar, então o professor segura com o polegar
e indicador (em formato de pinça) a pele que da primeira falange do dedo médio
esquerdo do aluno, e faça o movimento de vibrato para ele. Isto é feito com o
intuito de exercitar a noção corporal do aluno em relação ao que dá o impulso do
vibrato.
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Outro exercício conhecido nos dias de hoje e citado por Galamian (1962),
é o de encostar a voluta do violino na parede, ou apoia-la sob a estante de
partituras enquanto se faz os exercícios de vibrato. Este exercício tem como
finalidade ajudar o aluno com uma possível movimentação excessiva do
instrumento durante o vibrato. Movimentação essa que pode se dar devida a
tensão que “prende” o instrumento, e faz com que o violino se mexa
demasiadamente.
Galamian (1962) diz que a movimentação do dedo para o vibrato deve ser
inicialmente para baixo, e depois reajustando a afinação com a movimentação
para cima. Isto é devido ao fato de que nosso ouvido capta mais facilmente os
sons agudos do que os graves, o que faz com que um vibrato que vá igualmente
para cima e para baixo possa soar muito agudo. Quanto a direção da
movimentação dos dedos segundo Galamian, a mesma não ocorre
completamente paralela a corda, mas sim, num ângulo agudo em relação a corda
que facilite a movimentação do dedo.
Em relação aos problemas que podem surgir durante o vibrato nas cordas
duplas, Galamian (1962) sugere que o vibrato seja treinado com os dedos
separadamente num primeiro momento, posteriormente tocando e vibrando as
duas notas em conjunto. Além disto, na execução de vibrato em alguns grupos
de notas ou acordes, o vibrato de braço pode ser mais eficiente, já que a
movimentação para o vibrato de mão se torna limitada.
6 CONCLUSÃO
Neste livro, Ivan Galamian resumiu muito bem vários princípios da prática
violinística, que podem ser usados como conceitos que guiam o estudo do violino
do início ao avançado. Outros autores, como Dounis, foram utilizados para
melhor aprofundar a pesquisa. Porém, os materiais encontrados eram mais
focados nos exercícios práticos em si, contendo apenas breves notas sobre
como a prática do estudo deveria ocorrer, considerações do autor sobre a visão
do mesmo sobre conceitos mais gerais da performance do violino, entre outros.
REFERÊNCIAS
GALAMIAN, Ivan. Principles of Violin Playing and Teaching. Prentice Hall Inc.
1962.
FLESCH, Carl. Problems of tone production in violin playing. New York, Carl
Fischer Inc. 1933.
AUER, Leopold. Violin playing as I teach it. Frederick A. Stokes Company, 1921.
DOUNIS, Demetrius Constantine. The artist’s technique of violin playing, Op. 12.
Carl Fischer Inc. 1921.
FLESCH, Carl. The Art of Violin Playing: Book One. Translated and edited by:
Eric Rosenblith. New York, Carl Fischer Inc. 2000.