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Tratamentos Térmicos de

Cementação a Baixa Pressão


e de Têmpera a Gás a Alta
Pressão de Metais e Soluções Gás

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2 © Air Liquide
Índice
#1. Elementos Fundamentais dos Tratamentos Térmicos.................................................................................. 5

#1.1 Oxidação – Redução............................................................................................................................................................................ 6


#1.2 Cementação..............................................................................................................................................................................................8
#1.3 O papel dos gases: atmosferas nos Tratamentos Térmicos................................................................................11
• Azoto .............................................................................................................................................................................................................11
• Acetileno .................................................................................................................................................................................................. 12

#2. Processos de Tratamentos Térmicos e Soluções Gás................................................................................. 13

#2.1 Soluções para Tratamentos Térmicos Perspetiva Geral....................................................................................... 14


#2.2 Cementação a Baixa Pressão e Têmpera de Gás a Alta Pressão (LPC/HPGQ) ............................ 15
#2. 3 Equipamentos e instalações gás ...........................................................................................................................................17
#2.4 Painéis de Controlo de Gás.........................................................................................................................................................18
#2.5 Serviços Especializados...............................................................................................................................................................19
• Controlo de fornos de tratamentos térmicos...............................................................................................................19
• Alguns exemplos de otimização de processos por auditorias técnicas especializadas ........20
• Formação em Tratamentos Térmicos............................................................................................................................... 21

#3. Segurança................................................................................................................................................................................23

#3.1 Definições..................................................................................................................................................................................................24
#3.2 Requisitos de segurança para equipamento industrial de termoprocessamento -
Norma EN 746.3.................................................................................................................................................................................25

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Esta brochura técnica de Tratamentos
por Cementação a Baixa Pressão e de
Têmpera de Gás a Alta Pressão
(LPC/HPGQ) está dividido em três
secções principais

A primeira secção descreve os conceitos

#1
fundamentais do tratamento térmico e destina-se
a ajudar o leitor a compreender as interações gás/
CONCEITOS metal que ocorrem durante o tratamento.
CONCEITOS

A segunda secção enumera e especifica as

#2
soluções para implementar gases nas instalações
dos clientes, em termos de âmbito, desempenho,
SOLUÇÕES instalações, controlo de atmosferas e serviços
SOLUÇÕES
especializados.

#3
Finalmente, a terceira secção descreve os riscos
associados à utilização de gases e como funcionar
com eles em segurança. Apresenta igualmente os
TOOLS
TOOLS
SEGURANÇA requisitos de segurança para equipamentos de
termoprocessamento industrial.

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Elementos Fundamentais
dos Tratamentos
Térmicos
#1 CONCEITOS

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CONCEITOS

#1.1 Oxidação – Redução


SOLUÇÕES

Na maioria dos processos de tratamento térmico, os fornos devem funcionar sob uma atmosfera neutra ou
redutora para impedir alterações da composição metálica à superfície por oxidação, que leva a uma deterioração
da aparência superficial e a uma alteração das propriedades tribológicas.
TOOLS

Equilíbrio termodinâmico Oxidação

Para uma reação química gasosa Para um dado metal Me, as reações químicas
aA + bB   cC + dD, há um equilíbrio entre todos essenciais são as seguintes:
os componentes que pode ser formalizado como:
(1) Me + ½ O2MeO (2)
K= C *D c
____________
d Me + H2O   MeO + H2 (3)
Me + CO2  MeO + CO (4)
Aa * Bb

As relações que definem os domínios de redução da


As variáveis A, B, C e D relacionam-se com as oxidação são, portanto, as seguintes:
pressões parciais dos diferentes gases da atmosfera.
K1 = 1/√O2 (5)
A constante K está ligada a um parâmetro ΔG, K2 = H2/H2O (6)
conhecido como entalpia livre ou energia livre GIBBS K3 = CO/CO2 (7)
que caracteriza a capacidade de formar um óxido.
Quanto mais negativo for ΔG, mais fácil é a oxidação As velocidades destas reações variam com a
do metal temperatura, de acordo com a Equação de Arrhenius.

A relação entre K e ΔG é:
lnK= - ΔG/RT (R é a constante dos gases perfeitos e
T a temperatura em Kelvin).

Exemplo para o ferro

Para uma dada atmosfera,


H2/H2O > K2 a atmosfera é redutora para o metal Me
H2/H2O = K2 a atmosfera é neutra para o metal Me
H2/H2O < K2 a atmosfera é oxidante para o metal Me

A alteração em K2 como função da temperatura, permite


definir a estabilidade dos óxidos, de acordo com o rácio de H2/H2O

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CONCEITOS

T° (°C)
SOLUÇÕES

1000
FeO (Wustite)
900 Fe Fe + H2O   FeO + H2

800 TOOLS

700 3Fe + H2O   Fe3O4 + H2

600
Fe3O4 (Magnetite)
500 3Fe + 4H2O   Fe3O4 + 4H2

400
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
pH 2O/pH2

Fig. 1 – Curvas de equilíbrio para ferro e óxido de ferro, na presença de H2 e H2O à


pressão atmosférica

Por exemplo, para um rácio de pH2O/pH2=0.4,


a atmosfera estará a oxidar a <780 °C e a reduzir
a > 780 °C.

O mesmo se passa nos rácios:


K1 = 1/√O2
K3 = CO/CO2

O diagrama Ellingham Richardson resume os


diagramas de estabilidade do óxido para diferentes
metais (ver a secção Informações & Notas Técnicas).

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CONCEITOS

#1.2 Cementação
SOLUÇÕES

Este tratamento termoquímico de endurecimento das superfícies consiste num enriquecimento da superfície
das peças de aços extra macios ou macios (0,05% < C < 0,25%) na fase austenítica a cerca de 920°C.
A cementação é seguida de uma têmpera, que endurece a camada enriquecida com carbono, aumentando a
resistência da superfície ao desgaste e à fadiga, mantendo o núcleo dúctil e capaz de absorver choques.
TOOLS

Austenite Austenite Martensite


(~0.2%C) (~0.2%C) (~0,2%C)

~920°c Cementação Têmpera ~25°c

Austenite Martensite
(~0.8%C) (~0.8%C)

Fig. 2 – Transformação da superfície do aço durante a Cementação

As principais reações da As ligações quando o equilíbrio


Cementação antes do equilíbrio entre os gases e o aço é
nas fases gasosas são: alcançado:
2CO   CO2 + C (8) Quando é obtido um equilíbrio entre os gases e o
aço, as pressões parciais de CO, CO², O², H² e H²O
CO   C + 1/2 O2 (9)
são bem definidas a todas as temperaturas. Estão
H2+ CO   H2O+C (10)
relacionadas com o teor de carbono da austenite
através das seguintes combinações:
As proporções de monóxido de carbono e de
hidrogénio dependem do gás injetado.
K1 = acP(CO2) / P2(CO)
 ac = K1 * P²(CO)/P(CO2) (11)

K2 = acP½( O2) / P(CO)


 ac = K2 * P(CO)/P½(O2) (12)

K3 = acP(H2O) / P(H2) * P(CO)


 ac = K3 * P(H2) * P(CO)/ P(H2O) (13)

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CONCEITOS

O valor de K1, K2 ou K3 depende da temperatura O potencial de carbono "Cp":


e pode ser calculado a partir das seguintes
O potencial de carbono Cp da atmosfera é definida
combinações:
de acordo com a equação:
SOLUÇÕES
registo K1 = -21,1125 + 20689,27/T 100* a
Pot = _______________________________________
c

registo K2 = -4,545 – 5927/T 19.6* ac + 1.07Ex 4798.6


T ( )
registo K3 = -7,496 +7100/T A atmosfera do gás irá carburizar ou descaburizar,
dependendo do facto de o seu Cp ser maior ou
menos do que a % do teor de C à superfície das TOOLS
Atividade do carbono "ac": peças de aço. O Cp da atmosfera de um forno pode
"ac", a atividade do carbono em austenite é igual a 1 ser controlado por uma sonda de oxigénio, por um
quando a austenite é saturada e produz carbonetos teste de folha de ferro ou por um analisador de gases
em que o carbono já não é dissolvido no ferro. A CO/CO2.
atividade do carbono ac da atmosfera é definida de
acordo com a equação:
Exemplo de fornos usados
ac = K1 * P²(CO)/P(CO2) (14)
Com os seguintes parâmetros:
Por conseguinte, basta medir a pressão parcial de CO • T° do forno: 920°C
e CO2, bem como a temperatura, para determinar a • CO medido %: 17%
atividade do carbono ac de uma atmosfera num forno • CO2 %: 0,20%
de cementação. À pressão atmosférica, a pressão
parcial é obtida a partir do valor de concentração da
atmosfera expressa em % dividido por 100. [P(CO) = Resultado  O potencial do carbono é 0,47
%CO / 100].

O fluxo de transferência de
carbono "J":
O fluxo de transferência de carbono é geralmente
expresso na seguinte forma geral:

J=ß (Cp - Cs) (15)

Sendo que ß é o coeficiente de transferência de


carbono, que é uma função da temperatura e da Fig. 3 – M
 ódulo de cálculo do potencial
composição da atmosfera. do carbono

Cp - potencial de carbono da atmosfera;


Cs - o teor de carbono de superfície do aço.

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CONCEITOS

Para manter um potencial


de carbono fixo num forno, as
pressões parciais de CO2 ou O2 ou
SOLUÇÕES H2O deverão ser controladas:

CO2 demasiado elevado


 Potencial de carbono demasiado baixo
 Injeção de um hidrocarboneto (por exemplo,
CH4)
TOOLS

CH4 + CO2   2CO + 2H2 (17)

CH4 + ½ O2   CO + 2H2 (18)

CH4 + H2O   CO + 3H2 (19)

CO2 demasiado baixo


 Potencial de carbono demasiado alto
 Injeção de ar

CO + ½ O2  CO2 (20)

H2 + ½ O2  H2O (21)

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CONCEITOS

#1.3 O
 papel dos gases: atmosferas
nos Tratamentos Térmicos SOLUÇÕES

Azoto

N² O azoto é utilizado sozinho ou misturado com gases


de redução, como hidrocarbonetos ou hidrogénio,
TOOLS

gases de nitruração, como amoníaco ou oxidantes


como dióxido de carbono ou vapor de água. A
composição gasosa da mistura e o caudal são
adaptados às especificações metalúrgicas das
partes a serem tratadas, aos diferentes tratamentos
e tipos de fornos.

As principais vantagens de atmosferas com base


em azoto são a estabilidade da composição
e a flexibilidade do caudal, pressão e composição
das misturas de gás para otimização de tratamentos
térmicos.
Ao contrário das atmosferas geradas, que requerem
um gerador dedicado para cada utilização, as A atmosfera de um gerador endotérmico ou
atmosferas sintéticas são misturas de gases exotérmico é, por outro lado, fixada em termos de
industriais puros, que são misturados e distribuídos proporções de misturas de ar/combustível e os
na altura da utilização. O mesmo tipo de equipamento estados dos sistemas de catalisação, arrefecimento
pode ser usado para fornecer instalações de e purificação.
recozimento, cementação, brasagem, etc.

O principal componente das atmosferas sintéticas


é o azoto, que é fornecido a partir de um tanque
de armazenamento e de um sistema de medição
e regulação de pressão. É utilizado por ser um
elemento neutro nas interações gás/metal e para
diluição de componentes ativos. Quanto mais
elevada for a diluição de azoto, mais lentas são as
interações gás/metal.

Em certos casos em que o azoto não pode ser


considerado como gás neutro (p. ex. nitruração de
titânio ou aços de alta liga), é substituído por árgon.

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CONCEITOS

Acetileno

SOLUÇÕES
C² H² O acetileno é um gás sintético, originalmente
produzido pela reação dos carbonetos de cálcio
com água. O gás é incolor com um leve odor a alho e é
muito instável. Pode descompor-se com um elevado
risco de explosão e é um gás muito inflamável, com
um intervalo de inflamabilidade de 2,5% a 80% de
TOOLS acetileno no ar.

Para evitar a autoignição ou a explosão, o


acetileno é dissolvido num solvente como
acetona ou dimetilformamida e embalado em
garrafas especiais que contêm um material
sólido poroso. O material poroso deve preencher
O acetileno tem sido utilizado como fonte de a garrafa de modo uniforme para assegurar
carbono para a cementação a baixa pressão uma distribuição uniforme do acetileno pelo
desde a década de 1990 e acabou por substituir volume interno e evitar qualquer espaço livre em
rapidamente a utilização de outros hidrocarbonetos que o acetileno possa estagnar e gerar uma
com esta finalidade. potencial fonte de perigo.
A baixas pressões de apenas alguns mbar, o
acetileno, em contacto com a superfície quente do Geralmente, 300 g de material poroso
metal, é sujeita a uma dissociação molecular: contém 1 kg de acetileno e 1,3 kg de solvente.
O processo de cementação a baixa pressão
C2H2 -> 2C + H2 requer uma grande quantidade de acetileno a
ser injetado num período de tempo muito curto;
e liberta o carbono, que reage com os átomos o débito normal do acetileno é de cerca de
metálicos. 15-20 m3 /h, com picos de caudal de injeção que por
vezes atingem os 30 m3 /h.

Uma das principais vantagens da utilização do A instalação de acetileno deverá ser especificamente
acetileno para a cementação a baixa pressão em concebida para ir ao encontro das especificações
detrimento de outros hidrocarbonetos é a total técnicas da célula de baixa pressão, no sentido de
disponibilidade do carbono: a dissociação da evitar a extração do solvente do material poroso e o
molécula de acetileno não produz fuligem; a massa congelamento da própria instalação.
de carbono transferida através do metal é duas vezes
mais elevada do que com outros hidrocarbonetos,
como o propano, e a transferência de carbono para o
metal produz resultados mais uniformes e eficientes,
mesmo no caso de peças com pequenas cavidades
ou furos cegos.

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CONCEITOS

SOLUÇÕES

TOOLS

CONCEITOS

Processos de Tratamentos
Térmicos e Soluções Gás

#2 SOLUÇÕES

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SOLUÇÕES

#2.1 Soluções para Tratamentos


TOOLS
Térmicos Perspetiva Geral

Tipo de Tratamento Térmico Processo Atmosfera Propostas

Cementação/Endurecimento Azoto - Metanol

Acetileno para cementação -


Cementação LP e Têmpera com
Azoto - Hélio Hidrogénio para
Gás HP
têmpera
NEXELIA™ para
Carbonitruração Azoto - Metanol - Amoníaco tratamentos térmicos e
Endurecimento/ termoquímicos
Endurecimento externo
Amoníaco - Azoto -
Nitruração
Protóxido de Azoto

Amoníaco - Azoto -
Nitrocarburação
Dióxido de carbono

NEXELIA™ para
Têmpera sub-zero Azoto líquido
tratamentos criogénicos

Azoto - Hidrogénio -
Hidrocarbonetos
Recozimento Recozimento/Revenido NEXELIA™ para recozimento
Gerador endotérmico com
diluição de Azoto

Azoto - Hidrogénio
Brasagem/Sinterização Brasagem/Sinterização NEXELIA™ para recozimento
Gerador endotérmico com
diluição de Azoto

Quadro 1 – Resumo dos processos /atmosferas / SOLUÇÕES NEXELIA ™

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SOLUÇÕES

#2.2 Cementação a Baixa Pressão e


Têmpera a Gás a Alta Pressão
(LPC/HPGQ)
TOOLS

Definição do tratamento: Atmosfera gasosa:

Também denominada "cementação a vácuo", a O hidrocarboneto gasoso utilizado mais


cementação a baixa pressão baseia-se no princípio habitualmente para a Cementação a Baixa Pressão
de uma dissociação de um hidrocarboneto gasoso é o acetileno C2H2, devido à sua elevada difusividade
a alta temperatura e a baixa pressão (vácuo). e à sua dissociação direta em carbono à superfície
Após o aquecimento num forno de vácuo (5 a 20 do aço, que limita a criação de espécies intermédias
mbar), é efetuada uma injeção sequenciada de (fuligem). Outros gases como o propano, o etileno
um hidrocarboneto gasoso de modo a enriquecer ou o propileno podem ser utilizados puros ou em
a superfície das peças de aço com carbono. O misturas.
processo de cementação consiste numa repetição
de sequências de cementação curta e de difusão sob Para a Têmpera de Gás a Alta Pressão, é utilizado um
vácuo, sendo a reação cinética muito rápida. gás inerte, como o azoto ou o hélio a cerca de 20 bars.
Após a cementação, as peças são transferidas para A elevada pressão do gás permite atingir maiores
uma célula de têmpera a gás a alta pressão (>20 bars) velocidades de arrefecimento e uma têmpera mais
para um arrefecimento muito rápido, necessário para rápida.
obter
8 as propriedades mecânicas requeridas (dureza).
6 O hélio possibilita a obtenção de coeficientes de
4
Caudal de CnHm

As principais vantagens deste processo são: transferência térmica mais elevados graças a
2
•1Alta temperatura de cementação que acelera a uma maior condutividade térmica e a uma maior
8cinética (930°C a 950°C) velocidade do gás (rotação das turbinas mais
•6Tempos de tratamento mais rápidos acelerada). Por razões de cariz económico, o hélio é
4
•2Diminuição da oxidação intergranular, melhoria da sempre utilizado com uma unidade de reciclagem.
0resistência à fadiga 0
0 1 000 2 000 3 000
• Boa penetração do carbono t (s) em furos pequenos e
profundos, melhor uniformização da profundidade
da camada
• Diminuição da distorção em comparação com a
têmpera a óleo
• Superfícies muito limpas (ausência de óleo),
eliminação da limpeza das peças após o tratamento
térmico

4
8
Concentração de carbono na superfície
6
tc
4
Caudal de CnHm

t1 t2
Tc 2
3 1
2 8
6
1 6
tr Caudal de C2H2
Tr 4
2
0 0
Cementação Têmpera Rendimento 0 1 000 2 000 3 000
t (s)
Fig. 4 – Ciclo standard do processo Fig. 5 – C
 audal de e enriquecimento de
carbono
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SOLUÇÕES

TOOLS

Célula de cementação

Célula de têmpera

Fig. 6 – Linha típica de Cementação a Baixa Pressão / Têmpera a Gás a Alta Pressão
(cortesia da ECM France)

A Nossa Proposta
Tipo de Tratamento Atmosfera Proposta da NEXELIA™

Cementação a BP Acetileno para cementação Tratamento


Têmpera a gás a AP Azoto - Hélio para têmpera termoquímico

As soluções da NEXELIA™ fornecem-lhe atmosferas fiáveis e competitivas que são totalmente seguras de usar.
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SOLUÇÕES

#2.3 Equipamentos e Instalações Gás


TOOLS

Para criar atmosferas de tratamento térmico com base em misturas de gases, são necessários equipamentos
para as controlar. Os diagramas que se seguem ilustram as instalações e equipamentos desenvolvidos pela
Air Liquide e que fazem parte das soluções NEXELIA™.

Nitrogen
Methanol INJECTOR Bulk Tank
Gaseous lance METHANOL
Piping N2 Bulk Tank Exhaust
Nitrogen PUMP

Acetylene Methanol
storage Tank

Gaseous
Piping

C 2 H2

Cementação a baixa pressão e têmpera Cementação


com gás a alta pressão

N2 Bulk Tank
Nitrogen
bulk tank

Mixer
Hydrogen N2-H2

NH3

Mixture
Ammonia N2-H2
storage

Nitruração Recozimento – Sinterização

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SOLUÇÕES

#2.4 Painéis de Controlo de Gás


TOOLS

Os painéis de gás controlam as diferentes sequências O sistema de supervisão do forno controla o conjunto
de injeção de gases e gerem a segurança ligada ao de válvulas através do armário de controlo, abrindo
tipo de atmosfera, em particular para impedir qualquer e fechando as válvulas solenoides. Em particular,
contacto entre o ar ambiente e a atmosfera ativa no controla as sequências de purificação do forno, antes
forno, que poderia criar uma mistura explosiva. da injeção de gases ativos e no final do ciclo.

O painel de controlo de gás é um dispositivo completo, O armário de controlo também gere a autorização
constituído por: para injetar o gás de processo, em função da
• um conjunto de válvulas com instrumentação (para temperatura do forno (>750 °C) e das deficiências
controlar e monitorizar os caudais e pressões que ele possa apresentar. Também tem em conta os
dos vários fluidos. Todos os componentes estão dispositivos de segurança, como a caudal do gás de
montados numa estrutura que pode ser instalada processo e a presença de azoto.
perto do forno);
O armário do painel de gás inclui a presença de
•
um armário de controlo (para controlar o
alarmes e está equipado com uma paragem de
funcionamento do conjunto de válvulas e gerir os
emergência. Alguns exemplos de Painéis de Controlo
dispositivos de segurança).
de Gás são apresentados a seguir.
Os painéis de controlo estão construídos de acordo
com a norma EN 746-3.

Fig. 7 – P
 ainéis de Controlo de Gás

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SOLUÇÕES

#2.5 Serviços Especializados


TOOLS

Auditoria de fornos de tratamentos térmicos


Com o passar do tempo, o envelhecimento das instalações, as modificações da gama de produtos e as mudanças
de operadores, podem gerar desvios na qualidade das peças e na eficiência e segurança da instalação. A
realização de auditorias pontuais ou regulares podem revelar-se de grande utilidade.

AUDITORIA DO FORNO

PORQUÊ? QUANDO? COMO?


• Otimizar o ciclo de • Arranque do forno: reparação, • Serviço de especialistas
tratamento térmico: alterações de manutenção. Controlo da de tratamento térmico
tempo, qualidade (caudais, temperatura do forno, de acordo com da AIR LIQUIDE: em um
rácio de gás, misturas de a temperatura. Controlo da segurança ou vários dias
gases) (purga, taxa de renovação, débitos,
• Equipamento de
temperatura, fecho do forno, etc.)
• Controlar a atmosfera análise:
e temperatura de um • Resolução de problemas: em gás e temperatura
forno: CO, H2, O2, CO2, caso de qualidade (oxidação,
CH4, H2O, etc. descarburização) ou problemas de
segurança
• Otimizar o consumo da
atmosfera • Regularmente: controlo da qualidade
e segurança (1 ou mais vezes por ano)

A equipa de especialistas da Air Liquide (ALTEC) • formação dos operadores sobre os requisitos da
tem uma vasta experiência de apoio aos clientes na atmosfera, no que diz respeito ao processo e à
definição de um serviço personalizado de auditoria segurança.
de fornos. Este serviço consiste em: A auditoria técnica foca-se essencialmente na
• qualificar e caracterizar o forno no seu estado atual: análise quantitativa dos componentes da atmosfera,
estanqueidade, qualidade da atmosfera, equilíbrio, retirando amostras no forno e utilizando ferramentas
caudais, etc. de simulação. O software desenvolvido pela Air
Liquide permite, por exemplo, calcular o potencial
• sugerir melhoramentos práticos, em termos de:
de oxidação/redução da atmosfera, os tempos de
- segurança da atmosfera
purga necessários, etc.
- consumo de gás: otimização dos caudais injetados
e rácios de azoto/hidrogénio
- qualidade: recomendações sobre a instalação de
injetores no forno

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SOLUÇÕES

Alguns exemplos de otimização de processos graças a


auditorias técnicas de nossos especialistas
TOOLS

Atmosfera inerte Atmosfera com base em CO + H2

Se a atmosfera protetora do forno é feita de um Se a atmosfera do forno for constituída por azoto,
simples gás inerte, como azoto ou árgon, o risco de hidrogénio, CO2 e CO, o risco de oxidação estará
oxidação estará ligado ao nível de oxigénio residual ligado a ambos os rácios H2/H2O e CO/CO2. Neste
na zona quente do forno. Neste caso, quando estiver caso, a otimização será efetuada de modo a reduzir
definido o valor máximo de oxigénio permitido, a as pressões parciais de CO2 e H2O.
otimização do processo será feita ajustando os
caudais de injeção de gás, para que fiquem aquém do Em caso de proteção contra a descarburização, a
limite estipulado. otimização do processo será feita ou mantendo um
nível muito baixo de elementos descarburizantes, de
H2O e CO2, ou controlando o potencial de carbono da
Atmosfera redutora N2 + H2 atmosfera, de modo a estar, perto do teor de carbono
do aço a ser tratado. O processo de otimização de
Se a atmosfera de proteção no forno for uma mistura uma atmosfera de proteção será feita da mesma
de azoto e hidrogénio, o risco de oxidação estará maneira que para uma atmosfera termoquímica de
diretamente ligado ao teor de água na zona quente do cementação.
forno e, mais precisamente, ao rácio entre a pressão
parcial do hidrogénio e a pressão parcial de vapor de
água (rácio pH2/pH2O).
Neste caso, a otimização do processo será
assegurada mantendo o teor de hidrogénio
estável e ajustando os caudais dos gases injetados
(consequentemente a taxa de renovação da
atmosfera do forno) ou ajustando o teor de hidrogénio
no forno e os débitos dos gases injetados em
simultâneo.

A Nossa Proposta
Tipo de Tratamento Atmosfera Proposta

Todos os processos Todos os tipos de atmosferas Auditorias NEXELIATM

As soluções NEXELIA™ fornecem-lhe atmosferas fiáveis e competitivas de uso totalmente seguro.


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SOLUÇÕES

Formação em Tratamentos Térmicos

TOOLS

A formação do operador também é essencial para: Cada sessão organizada inclui uma avaliação
• controlar processos de conhecimentos para assegurar que os
colaboradores em formação compreenderam os
• identificar as atmosferas utilizadas nos fornos
assuntos.
• impedir os riscos, controlando o processo
O programa de formação utiliza uma série de
• efetuar as ações corretivas certas, em caso de dispositivos (slides, vídeos, meios informáticos,
incidente. questionários, etc.).
As formações de Tratamento Térmico podem ser
Estes cursos de formação, ministrados por repetidas, para manter o nível de conhecimentos
especialistas da Air Liquide, destinam-se a fortalecer ou para assegurar que são transferidas para novos
as equipas de clientes em: empregados.
•
conceitos básicos sobre gases utilizados em
processos térmicos, conhecimento dos riscos
associados e medidas a tomar em caso de incidente
• compreender as funções das diferentes atmosferas
utilizadas nos fornos de tratamento térmico, para
melhor controlo do processo e qualidade.

A Nossa Proposta
Tipo de Tratamento Atmosfera Proposta
Formação em
Todos os processos Todos os tipos de atmosferas
Tratamentos Térmicos

As soluções NEXELIA™ fornecem-lhe atmosferas fiáveis e competitivas de uso totalmente seguro.


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22 © Air Liquide
Segurança

#3 SEGURANÇA

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SEGURANÇA

#3.1 Definições
TOOLS

Gás inflamável Temperatura de Auto-ignição


Um gás que consegue iniciar e manter uma mistura Temperatura mínima a que uma mistura inflamável,
inflamável com ar ou oxigénio (Hidrocarbonetos, em proporções adequadas, se incendeia
Hidrogénio, CO) espontaneamente.

Gás oxidante AEL (Average Exposure Limit = Limite


Um gás que consegue iniciar e manter a combustão, Médio de Exposição)
mas que não sofre combustão por si (Ar, Oxigénio) Percentagem diária máxima de gás tóxico, permitida
na atmosfera inalada pelo operador, durante um turno
Gás inerte de trabalho (8 horas)
Gás não inflamável, que não mantém a combustão e
que não reage para produzir gás inflamável. MEL (Maximum Exposure Limit = Limite
Gás asfixiante que não permite vida (Azoto, Árgon,
Máximo de Exposição)
Hélio) Percentagem máxima de gás tóxico, permitida na
atmosfera inalada por um operador em 20 minutos.
Gás tóxico
Gás que, para além de ser asfixiante, funciona também
como veneno para o organismo (CO, Amoníaco)

LEL (“Lower Explosive Limit” = Limite


Mínimo de Explosividade)

ou LFL (“Lower Flammability Limit” =


Limite Mínimo de Inflamabilidade)
O limite mínimo de explosividade de um gás no ar é a
concentração mínima por volume na mistura, acima
da qual pode incendiar-se.

UEL (“Upper Explosive Limit” = Limite


Máximo de Explosividade)
ou UFL (“Upper Flammability Limit” =
Limite Máximo de Inflamabilidade)
O limite máximo de explosividade de um gás no ar é a
concentração máxima por volume na mistura, abaixo
da qual pode incendiar-se.

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SEGURANÇA

#3.2 Requisitos de segurança para


equipamento industrial de
tratamento térmico - Norma EN 746.3
TOOLS

Para cumprir os principais requisitos da Diretiva Quando for necessário purgar uma atmosfera
de Máquinas, uma Norma Europeia harmonizada gasosa inflamável num dispositivo ou recipiente de
EN746.3 descreve as medidas a adotar para evitar tratamentos térmicos a mais de 750°C, e desde que
quaisquer situações perigosas na preparação e a atmosfera gasosa inflamável entre em combustão
aplicação de atmosferas de tratamento térmico. de forma completa e segura, a válvula de entrada da
atmosfera gasosa inflamável pode ser fechada até à
Os equipamentos industriais de tratamento térmico combustão completa dentro do dispositivo.
incluem os fornos e os sistemas de distribuição de
atmosferas gasosas: Temperatura de ignição segura:
•
requisitos para a injeção de uma atmosfera Quando a segurança de um dispositivo de
inflamável num recipiente processamento térmico a funcionar com uma
• requisitos durante um ciclo sob atmosfera inflamável atmosfera gasosa inflamável depender da
• requisitos para reabastecimento de um recipiente manutenção da temperatura de funcionamento a um
com ar valor de segurança mínimo, devem ser instalados um
•
eliminação de gases residuais, com queima sensor de temperatura, um dispositivo de bloqueio
preliminar ou sem queima. e um alarme. Este sistema deve impedir a atmosfera
gasosa inflamável de ser introduzida antes que o valor
Para os requisitos desta norma, aplicam-se as de temperatura mínima de segurança seja atingido e
seguintes definições: produza um alarme, se a temperatura descer depois
abaixo deste nível de segurança. Se esta situação
Atmosfera gasosa combustível: não for corrigida num período de tempo definido:
• Qualquer mistura de gases com mais de 5%(V/V)
• um gás inerte deve ser injetado ou as portas do
de elementos combustíveis (H2+CO+CH4), sendo a
dispositivo de termoprocessamento devem ser
restante mistura não combustível.
abertas, para evitar que uma situação perigosa
• Qualquer mistura de gases com mais de 1%(V/V)
ocorra
CxHy
• a válvula de entrada da atmosfera gasosa inflamável
• Qualquer mistura de gases com mais de 2,5% (V/V)
deve ser fechada.
NH3, capaz de formar uma mistura combustível com
ar ou oxigénio, com as condições de temperatura e
pressão existentes. Controlo do queimador nos pontos de
libertação da atmosfera inflamável:
Purga: A ignição permanente dos queimadores instalados
Se uma atmosfera gasosa combustível for introduzida em cada ponto de libertação da atmosfera inflamável
num dispositivo ou recipiente de processamento deve estar equipada com um sistema de controlo de
térmico, a funcionar a menos de 750°C, uma purga inflamação. O fornecimento da atmosfera inflamável
deve ser efetuada com um gás inerte, para eliminar o ou aditivos gasosos inflamáveis só é permitido se
ar, até que o teor de oxigénio seja inferior a 1% (V/V). a(s) chama(s) de ignição estiverem acesas. A falha
Purgar com um gás inerte também é obrigatório no de uma ou mais chamas de ignição deve produzir um
final de qualquer ciclo de tratamento, até a atmosfera alarme.
do forno ficar não inflamável, para evitar a criação de
uma mistura inflamável ao abrir o forno.

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