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GRAMÁTICA

NORMA CULTA E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA


Uma língua nunca é falada da mesma forma e ela estará sempre
sujeita a variações, como: diferença de épocas (o português falado
hoje é diferente do português de 50 anos atrás), regionalidade (di-
ferentes lugares, diferentes falas), grupo social (uso de “etiqueta”,
assim como gírias por determinadas “tribos”) e ainda as diferentes
situações (fala forma e informal).
Além das variações já citadas, há ainda outras variações, como
o modo de falar de diferentes profissionais (linguagem técnica da
área), as gírias das diferentes faixas etárias, a língua escrita e oral.
Diante de tantas variantes linguísticas, é comum perguntar-se
qual a forma mais correta. Porém não existe forma mais correta,
existe sim a forma mais adequada de se expressar de acordo com a
situação. Dessa forma, a pessoa que fala bem é aquela que consegue
estabelecer a forma mais adequada de se expressar de acordo com a
situação, conseguindo o máximo de eficiência da língua.
Usar o português rígido e sério (linguagem formal escrita) em uma comu-
nicação informal, descontraída, é falar de forma inadequada. Soa como pre-
tensioso, artificial. Da mesma forma, é inadequado utilizar gírias, termos
chulos e desrespeitosos em uma situação formal.
Ao se falar de variantes é preciso não perder de vista que a língua é um có-
digo de comunicação e também um fato com repercussões sociais. Existem
muitas formas de comunicar que não perturbam a comunicação, mas afetam
a imagem social do comunicador. Uma frase como “O povo exageram” tem
o mesmo sentido que “O povo exagera”. Como sabemos, o coletivo como
conteúdo é sempre plural. Porém, hoje, a concordância é com a forma. Nesse
particular, há uma aproximação máxima entre língua e etiqueta social. Atu-
almente, falar “O povo exageram” deprecia a imagem do falante.
Para resolver essas chamadas questões de correções de frase é aconselhá-
vel tomar os seguintes cuidados:
 checar problemas de acentuação, crase e grafias problemáticos;
 observar o verbo (conjugação, concordância, regência);
 observar os pronomes (colocação, função sintática);
 observar se as palavras estão sendo utilizadas em sua forma e sen-
tido correto.

Exemplo.
“Convidamos aos professores para que dê início as discursões dos assun-
tos em palta”
Forma correta
“Convidamos os professores para que deem início às discussões dos as-
suntos em pauta”
Texto extraído do site: www.infoescola.com.br. Acesso em novembro de 2009.
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