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Redescobrindo a fé

histórias infantis de

André Casimiro Cassoma

SOBRE O AUTOR
André Casimiro Cassoma, nasceu em 1996, na província do
Huambo (Angola), onde reside e serve a Deus como vice-
líder de uma Célula (maioritariamente, de jovens e
crianças) filiada a Igreja AMC - Assembleia Missionária
Cristã, da qual é membro.

Licenciado em Ciências da Educação pelo Instituto


Superior de Ciências de Educação do Huambo, Cassoma
serve a Deus como educador infantil desde 2015.

Alicerçou seu chamado de evangelista, com foco aos


pequeninos, após a formação de trabalho com crianças pela
Aliança Pró-Evangelização de Crianças (APEC) Angola.
Redescobrindo a Fé

histórias infantis de

André Casimiro Cassoma

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Redescobrindo a Fé: histórias infantis

Por André Casimiro Cassoma


Copyright © André Casimiro Cassoma 2022

Primeira Edição em Português: 2022


Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Missio Dei
EDITOR I I. A. B. Quissindo “Josué”
REVISÃO I Osvaldo Panzo I Sérgio Kussumua
DIAGRAMAÇÃO I I. A. B. Quissindo “Josué”
CAPA & ILUSTRAÇÃO I Sérgio Kussumua

Todas as citações bíblicas são das ACF - Edição Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original
(Pregai), salvo indicações feitas no próprio texto.

REDESCOBRINDO A FÉ / André Casimiro Cassoma / Huambo, Angola: Missio


Dei, 2022 I pdf.
ISBN: 978-989-53588-2-3

1. Contos infantis. Poesia cristã.

EDITORA MISSIO DEI

Nossos e-Books são disponibilizados gratuitamente, com a única finalidade de


fomentar a cultura de leitura cristã em Angola e não só e oferecer oportunidade
de leitura edificante a todos aqueles que não têm condições financeiras para
comprar.

Entretanto, se o caro leitor é uma pessoa com condição financeira estável,


continue utilizando nosso acervo e, se o Senhor lhe tocar, abençoe nossos autores
ou nossa editora adquirindo os livros.
Sumário

DEDICATÓRIA 2

AGRADECIMENTOS 3

APRESENTAÇÃO 5

O QUE VOCÊ PRECISA SABER 7

A BORBOLETA SONHADORA 13

O RATINHO ZICO 23

A PEQUENA JOANINHA E O PAPAGAIO PIPOCA 29

LUCAS, O COELHINHO MAU 36

RAUL, O PEQUENO CORDEIRINHO 42

JOAQUIM, O SAPO PREGUIÇOSO 48

RUCA, A PEQUENA CEGONHA 54


Dedicatória

Dedico este livro à todas as crianças e pais que, com

grande expectativa, querem ver seus filhos a crescer na fé

em Cristo Jesus,

a perseverar nAquele que nos chamou para sermos seus

filhos amados,

e almejam ver seus filhos a crescer na graça, no

conhecimento e em estatura, como foi com Jesus.

Dedico-vos esta obra porque Jesus se importa que todas

as crianças cresçam no conhecimento dEle mesmo e sejam

exemplos na fé anunciando a salvação a todas as pessoas.

Com carinho

André Casimiro Cassoma

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Agradecimentos
Agradeço, primeiramente, a Deus, que me proporcionou
Sua graça de ser salvo e pertencer em Sua família dos
escolhidos, além de me capacitar com o seu Espírito para
poder escrever este livro para crianças.

Agradeço a Liderança da Aliança Pró-Evangelização de


Crianças (APEC) Huambo-Angola, por me dar as
ferramentas de como evangelizar as crianças; sou grato
por ter tido oportunidade de percorrer nesta missão de
anunciar a Cristo Jesus às pessoas, participando assim na
grande comissão dos santos.

Agradeço ao meu mentor na fé, Benedito Hossi Serafim,


por todo ensino que me passou e por suas palavras que
ainda ecoam em mim como se fosse a primeira vez: “Não
mates o que Deus colocou em ti”.

Agradeço ainda a todos os meus irmãos e amigos que


acreditaram em mim neste processo de escrita do livro,
pela paciência, coragem, força que me proporcionaram, foi
de muita valia.

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Agradeço aos meus pais, “em memória”, que foram e
continuam sendo mentores excelentes para toda a minha
vida, pois foram os responsáveis que Deus permitiu que me
gerassem.

Agradeço a minha irmã Edmila Paula Cassoma por toda


força e coragem que me tem dado; és como uma mãe,
grande mulher de oração! Louvo a Deus pela tua vida e pelo
apoio moral, espiritual que tens me dado, pelo teu empenho
para que este livro fosse uma realidade.

Deixo também uma palavra especial de agradecimento a


equipa da Editora Missio Dei pelo trabalho altruísta que
tem feito e, em particular, fez para a publicação desta
obra. Agradeço pelo vosso trabalho de amor!

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Apresentação
A Bíblia nos ensina em Deuteronômio 6:6-9: "E estas
palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as
ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua
casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-
te. Também as atarás, por sinal, na tua mão e te serão por
frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais
de tua casa, e nas tuas portas."

Nestes textos, vemos uma urgência de Deus com relação à


instrução das crianças. Os pais e encarregados de
educação devem tomar posição, ensinando os seus filhos a
andar na lei de Deus em todos os momentos, não
negligenciando o ensino das Escrituras quer estejam em
casa ou de saída para eles terem vida e não se percam
quando crescerem.

Este primeiro volume de Histórias infantis “Redescobrindo


a Fé”, nos leva numa viagem de princípios sólidos,
experiências reais, conhecimento profundo sobre as
escrituras sagradas, sobre Deus, aonde a criança viverá
uma grande aventura num mundo mágico, com histórias
incríveis, simples de serem compreendidas, vividas, que

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aumentarão a fé, amor, devoção a Deus num clima de
emoção.

Este volume de história não substitui a Bíblia mas,


relaciona cada experiência vivida por cada personagem com
princípios Bíblicos fáceis de serem aplicados, para que a
criança ao se deparar com tais situações em sua vida,
possa saber aplicar estes princípios e se posicionar para
vencer as barreiras, medos, fraquezas, desafios que
encontramos na nossa convivência diária.

Desejamos ao caro leitor, pai, encarregado de educação


uma boa leitura e possas passar um tempo maravilho com
seus filhos, ensinado-os num clima de amor, a guardar a lei
de Deus, a obedecer aplicando cada dia estes princípios
para o desenvolvimento da vossa fé. Como pais, é preciso
investirmos na educação de nossos filhos em todas as
áreas pois o que os nossos filhos serão no futuro é
resultado que ensinamos hoje, regras, comportamentos,
princípios Bíblicos, comunhão, fé, etc. Que permitirão a
construção de maturidade emocional, espiritual e física de
nossos filhos.

O Autor

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O que você precisa saber

Quando começares a ler este livro, precisas

lembrar que será uma viagem com Deus, por

isso, Ele deve ser o principal convidado nesta

viagem extraordinária de histórias que

mudará sua perspectiva de viver.

Pois Deus é o criador de todo Universo e Ele

fez você, se importa com você, Ele é

poderoso, perfeito, puro, Ele ama você.

Por causa desse amor Ele enviou seu Filho

Jesus Cristo para salvar você do pecado;

Deus tornou-se homem e viveu como nós, mas

Ele nunca pecou, sempre obedeceu a Deus.

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O plano de Deus era que Seu Filho morresse

pelos nossos pecados, e Jesus foi pregado

numa cruz.

Por causa deste sacrifício, todos os nossos

pecados são perdoados quando recebemos

Jesus em nossas vidas como Senhor e

Salvador conforme 1 João 1:9: "Se

confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e

justo para nos perdoar os pecados, e nos

purificar de toda a injustiça."

Após recebê-lo em nossos corações,

precisamos continuar a orar, meditar em suas

palavras, obedecendo suas palavras para que

as nossas vidas sejam agradáveis a Deus e

podermos um dia quando Ele vir nos buscar,

subir com Ele no céu, nossa eterna morada,

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onde moraremos com Jesus, com os anjos, e

os nossos irmãos que também receberam

Jesus em suas vidas.

O que precisas fazer cada dia

Antes de ler cada história a cada dia, faça o

seguinte:

1- Fale com Deus.

Ore e peça a Deus que o ajude a compreender

o que você estará lendo durante este tempo.

2- Leia cada versículo na sua Bíblia

É necessário que a criança saiba de onde está

sendo tirada cada lição encontrada nas

histórias aqui descritas, para familiarizar a

criança com a leitura da Bíblia, se for

possível, leia com ela explicando-lhe como foi

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encontrada, como está dividida a Bíblia,

quantos livros tem a Bíblia, para ajudar sua

criança a crescer no conhecimento da palavra

de Deus.

3- Em cada lição, peça para que seu filho

faça um resumo.

É necessário que as crianças digam o que

compreenderam em cada lição fazendo com

que elas consigam explicar ou contar a mesma

história quando os pais não estiverem

presentes.

4- Repita cada lição quantas vezes forem

necessárias.

É necessário ter em conta que a mente da

criança não é como a do adulto, por isso

devemos repetir quantas vezes forem

10
necessárias, para que a criança se aproprie

destes conhecimentos, pois através da

repetição, sua estrutura emocional, cognitiva

será formada e será mais fácil ela memorizar

e contar de novo a mesma história para os

outros.

Cada história pode ser lida durante três ou

quatro dias para os menores.

5- Crie desafios para os seus filhos

aplicarem estes ensinos aprendidos em

cada lição aqui descritas.

É necessário que os nossos filhos não fiquem

apenas com ideias mentais, é necessário

explica a elas como vão aplicar a cada dia ao

se deparar com situações reais.

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6- Após ler cada história, fale novamente

com Deus.

Converse com Deus, agradecendo-Lhe por tudo

que Ele fez e faz por você.

Peça-Lhe que o ajude a aplicar cada lição

aprendida, pois Ele está esperando por você,

Ele quer ouvir você conforme Jeremias 33:3:

"Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-

te-ei coisas grandes e firmes que não sabes."

Agora sim! Você está pronto para esta grande

viagem de aventuras extraordinárias.

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A Borboleta Sonhadora

Era eu vez, numa Floresta encantada. Onde

todos os

bichinhos

viviam

felizes,

cada

família trabalhava, buscando alimentos,

objectos para construção de suas pequenas

vilas.

O sol resplandecia, seus raios iluminavam as

lindas flores que acordavam cada manhã

louvando a Deus, cantavam, dançavam, giravam

de um lado para o outro, sopradas pelo vento.

Era tudo uma maravilha! Pois a glória de Deus

cobria toda floresta como no Jardim do Éden.

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No Norte da

floresta, vivia

uma família de

Borboletas

muito lindas, que voavam com suas belas e

maravilhosas asas resplandecendo a glória de

Deus. Nesta mesma família, vivia uma mãe e

seus cinco filhos, que viviam numa bela árvore.

Todas as noites, antes de dormirem, a mãe

borboleta, colocava-os na cama e contava-lhes

a história do filho pródigo encontrada no livro

de Lucas 15:11-32 que dizia:

Era uma vez, um senhor

tinha dois filhos, e o

menor entre eles dois

desejava muitas coisas,

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sonhava acordado e só queria sair de casa e

conhecer o mundo. Numa manhã ele falou ao

seu pai:

- Pai, me dá a parte da herança, tudo que me

pertence. Então o pai sem dizer nada, repartiu

a herança pelos filhos.

Dias depois o filho menor viajou e foi muito

distante de seu pai onde gastou tudo que havia

recebido (seu

dinheiro); mas

tarde, todo dinheiro

acabou e ficou

muito pobre.

Então naquela cidade onde ele foi, houve uma

grande fome e ele começou a passar

necessidades. Ele desesperado, foi a procura

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de emprego, mas ninguém lhe ajudava, até que

um senhor da cidade lhe deu um emprego para

guardar os porcos e

ele comia o que

davam para os

porcos comerem.

Que triste ele ficou! Dizia a mãe para eles.

Foi assim com tanta

tristeza que ele

lembrou de seu pai, sua

vida antiga “como ele

comia uma comida bem quentinha, dormia numa

caminha bem arrumadinha, era amado pelo pai e

seu irmão, tinham muitos trabalhadores que os

ajudavam em tudo”, ainda lembrou que os

trabalhadores de seu pai tinham comida em

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abundância. Então ele disse para si mesmo:

voltarei e pedir perdão.

Ele se levantou e foi

até seu pai. Quando

ele se aproximava de

casa, com suas

roupas sujas e com

fome, seu pai estava na porta e o viu de longe.

Quando seu pai o viu, correu-lhe e lhe abraçou

cheio de amor, mas o filho disse:

Pai pequei contra ti e contra os céus e não

sou digno de ser

chamado de seu

filho; faze-me como

um dos teus servos,

mas o pai mandou preparar um grande banquete

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para seu filho, roupas novas, anel, sandálias

para ele, pois o pai dizia “o meu filho estava

perdido, mas agora apareceu”.

Mesmo o filho ter ido embora o perdoou e o

recebeu, pois Jesus disse que “há festa no

céu quando um pecador se arrepende”.

Todos os filhos da mamãe Borboleta se

alegravam com a história que a mamãe contava

todas as noites.

Entre os filhos da mãe Borboleta, existia uma

borboleta, aventureira, sonhadora que se

chamava

Violeta,

gostava de

sair sem

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avisar a mãe, para conhecer o mundo pois

olhava como a chuva caia e deixava as plantas

alegres, como o Arco-íris brilhava em toda

floresta, era muito lindo, via todos os animais

brincando, passeando e ela também só queria

sair para poder explorar a floresta sem se

preocupar com os riscos que a floresta tinha.

Era uma Borboleta muito linda, com muitas

cores nas asas, quando voava e os raios solares

reflectiam sobre ela parecia as cores do Arco-

íris.

Certa manhã, enquanto a mamãe Borboleta

preparava o lanche para eles, Violeta “a

pequena Borboleta aventureira” saiu sem avisar

na mamãe pois “era traquina” e foi voando para

a floresta e de repente, enquanto ela voava,

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começou a chover e ela com medo caiu numa

teia de

aranha e não

conseguia se

soltar. Então

ela começou

a chorar, pois pensou que morreria, por as

aranhas serem animais que comem borboletas.

Ela lutava, lutava, mas não conseguia se soltar.

Foi ali que ela lembrou da história que a mamãe

lhes contava todas as noites sobre “o filho

pródigo” pois ela também era como aquele

rapaz que não queria obedecer e ficar ao lado

do pai e seu irmão.

Ela chorava, gritava, tentava se mexer para

sair da teia, mas não conseguia. Então ela olhou

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para o céu e fez a seguinte oração: Papai do

céu, me perdoa porque eu nunca obedeço à

mamãe, pequei contra ti, por favor me

ajuda; se me tirares daqui prometo que não

mais desobedecerei à mamãe.

Ela continuava chorando pensando: O que seria

da vida dela? Se aparecesse as aranhas e lhe

comessem? Se Jesus não ouvisse a sua oração?

Foi ali enquanto ela pensava no assunto,

chorando que sem ela dar conta a chuva havia

parado e tornou as teias de aranha muito

moles, até que a Violeta a pequena Borboleta,

conseguiu se soltar. Então ela entendeu que

Deus ouviu a sua oração, não permitiu que as

aranhas chegassem até ela.

Que alivio! Disse ela.

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Naquele momento agradeceu ao papai do céu e

voou para casa e beijou sua mãe que lhe

esperava muito preocupada. Quando chegou

pediu desculpas a mamãe Borboleta e prometeu

nunca mais sair sem avisar. A mamãe lhe

esperava com um lanchinho bem gostoso.

Agora a Borboleta que desobedecia, já não

desobedece mais.

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O Ratinho Zico

Na floresta encantada, além dos pomares, vivia

um ratinho chamado Zico. Era um ratinho muito

traquina, não respeitava ninguém, roubava toda

comida que

os outros

bichinhos

da floresta

guardavam,

para aguentarem o inverno, e todos o odiavam

por isso, ninguém gostava dele e de brincar

com ele.

Todos os animais da floresta reclamavam com o

rei das Fadas, sobre o comportamento dele,

desejavam que ele fosse expulso da Floresta,

do meio deles, e não queriam ele por perto.

23
Mesmo o ratinho Zico sabendo disso, não se

preocupava em mudar o seu comportamento e

ele era um ratinho muito esperto, rápido que

ninguém conseguia apanhá-lo.

Numa certa manhã, enquanto Zico corria para

aprontar mais uma das suas partidas, ele se

encontrou com seu amigo de infância, Tomás a

Toupeira,

que saía de

uma nova

reunião de

todos os

bichinhos da floresta, e perguntou-lhe o

Tomás:

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Zico, porquê fazes estas coisas? Não percebes

que todos te odeiam e querem expulsar-te da

floresta?

Zico respondeu: Eu faço isso porque gosto e

quero tudo só para mim. Deixa-me em paz, se

meta na tua vida. Disse ele furioso.

Então Tomás disse-lhe: antes de partires,

deixa-me contar-te uma história que minha avó

contava sempre para mim, acerca de um homem

chamado “Zaqueu” encontrado em Lucas 19:1-

10 que diz:

Num certo dia, Jesus entrou numa cidade

chamada Jericó e havia um homem que se

chamava Zaqueu, era um homem rico, chefe

dos cobradores de impostos. Ele queria ver

Jesus, mas a multidão lhe impedia porque era

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muito baixinho e não só, toda multidão lhe

odiava porque ele cobrava imposto nas pessoas

mais do que devia, por isso não gostavam dele,

nem queriam ele por perto, nem ser amigo dele.

Isso te lembra algo? Perguntou Tomás a

Toupeira, muito triste ao Zico!

Então continuou Tomás, Zaqueu não

conseguindo ver Jesus devido à multidão,

resolveu subir em uma árvore de Figueira, com

a esperança de que Jesus talvez passasse por

ali e ele conseguisse vê-lo. Quando ele subiu na

árvore, de repente olhou para baixo e viu

Jesus em baixo da árvore, e Jesus disse-lhe:

Zaqueu, desça dali, pois hoje me agrada

entrar em sua casa.

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Zaqueu muito admirado, e toda a multidão

também, desceu da árvore e se alegrou em

receber Jesus, e Zaqueu disse a Jesus: Oh!

Senhor, devolverei quatro vezes mais a

todos que roubei e darei metade dos meus

bens aos pobres. Jesus então disse: Hoje a

salvação entrou nesta casa, pois este homem

também é filho de Abraão. Na verdade, o

filho de Deus veio para buscar e salvar os

que estavam perdidos.

Zaqueu foi perdoado e salvo naquele mesmo dia

e ele nunca mais voltou a roubar. Assim como

Zaqueu, você também, pode ser perdoado, se

devolveres tudo o que roubaste e se pedires

perdão de todos os teus pecados.

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Foi naquele momento que Zico o pequeno

ratinho, começou a chorar e dizia que também

estava arrependido e queria mudar.

Então Zico fez a seguinte oração: Papai do

Céu, meu Senhor, eu peço perdão, pois como

Zaqueu eu também roubei todos os alimentos

dos outros, mas hoje estou arrependido e

devolverei tudo que eu roubei. Obrigado por

vires me salvar como salvaste Zaqueu,

amém.

Logo depois, os dois amigos se abraçaram e

foram muito alegres e Zico devolveu tudo que

ele roubou dos outros bichinhos da Floresta,

pediu perdão a todos e prometeu nunca mais

voltar a roubar os outros. Zico passou a ajudar

todos os bichinhos da Floresta com sua rapidez

e inteligência.

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A pequena Joaninha e o
Papagaio Pipoca

Havia entre os Pomares, um papagaio chamado

Pipoca. Era um pássaro verde, com barras

amarelas e

bico de cor

vermelho,

vivia entre

as árvores

com seus pais e um irmãozinho que acabara de

nascer. Era um pássaro que não gostava de

ajudar os outros, sempre dava uma desculpa

para não ajudar os outros animais da Floresta.

Todos reclamavam do seu comportamento e

diziam para ele: Um dia irás precisar de nós e

ninguém estará ali para ajudar você.

29
Pipoca gostava

de se gabar

porque a sua

casa estava no

alto de uma

árvore e olhava para os outros animais da

Floresta a trabalharem e zombava deles, pois

não queria ajudá-los em suas tarefas e isso

irritava a todos, porque para além de não

ajudar, zombava de todos.

Certa manhã, quando seus pais haviam saído a

procura de alimento devido ao Inverno que se

aproximava, ele saiu para dar uma volta,

deixando seu irmãozinho dormindo

tranquilamente, foi quando se encontra com a

pequena joaninha Bolinha, próximo ao lago dos

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Hipopótamos. Bolinha a pequena joaninha, era

muito querida por todos pois, sempre ajudava

os outros, mesmo sendo tão pequena. Então

Pipoca perguntou-lhe: Bolinha, bom dia! Por que

você sempre ajuda os outros?¬¬ Isso não te

cansa?

- Então Bolinha disse para ele: Vou contar-te

uma história que tem me ajudado sempre a ser

boa com os

outros

encontrada

em Lucas

10:30-36 que diz: “Certo dia descia um homem

de Jerusalém para Jericó tendo sido apanhado

por ladrões que o assaltaram e bateram-no

deixando-o quase morto e os ladrões fugiram.

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Mais tarde, desciam de Jerusalém para Jericó

certo sacerdote levita, que passou por ele mas

não o ajudou, e passou também um homem

Samaritano “seus povos eram inimigos”, e

vendo-o no chão teve pena dele e ajudou-o,

levando-o num hospital, limpou suas feridas e

cuidou dele pagando todo dinheiro que pediram

lá para os curativos, medicamentos e

alimentação. Jesus perguntou qual dos homens

foi o próximo daquele homem assaltado? Foi o

homem Samaritano”, respondeu Pipoca. Então

disse Bolinha ao Pipoca: É por isso que sou boa

para com os outros porque eu poderia ser este

homem assaltado.

32
Pipoca depois desta conversa, despediu Bolinha

saindo dali a refletir do que ele acabou de

ouvir.

Quando ia a caminho de casa, houve uma forte

trovoada que fez a árvore onde estava sua casa

pegar fogo

e ele todo

assustado,

lembrou que

seu

irmãozinho estava em casa dormindo. Tentou

chegar perto da árvore, mas não conseguia pois

o fogo se alastrava cada vez mais e mais. Ele

foi a voar numa grande velocidade pedindo

ajuda em todos os animais da Floresta, mas

ninguém saia para poder ajudá-lo. Ele chorando,

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se lembrou do que a Bolinha a pequena joaninha

lhe falou, que ela poderia ser aquele homem

assaltado pedindo ajuda, ainda lembrou que ele

nunca ajudava os outros animais e dizia que

nunca iria precisar dos outros. Ele chorava

muito, pois o seu irmãozinho iria morrer e

ninguém estava ali para ajudá-lo. Foi então

naquele exacto momento que a Bolinha e os

outros animais, saíram a correr para ajudá-lo e

como o ratinho Zico era muito rápido,

conseguiu tirar o irmãozinho do Pipoca da casa

da árvore que estava em chamas e conseguiram

apagar o fogo.

Ufa! Que grande susto! Todos diziam o mesmo.

Naquele exacto momento Pipoca começou a

pedir desculpa pelos seus maus

34
comportamentos e agradecia a todos por

salvarem sua casa e seu irmãozinho.

Foi então a partir dali que Pipoca começou a

ajudar os outros quando estes estivessem a

precisar e passou a ensinar a história que a

Bolinha a pequena joaninha, havia lhe contado.

Compreendendo, que sempre devemos ajudar

os outros pois um dia será a nossa vez.

35
Lucas, o coelhinho mau

Havia na parte Sul da Floresta uma família de

coelhinhos brancos, muito fofos, que viviam

entre os arbustos. Era uma família muito feliz,

com cinco membros, o pai, a mãe e os três

filhinhos, Lucas, Paulo, e a Ana. Certo dia,

quando estes brincavam, Ana sem querer,

atirou a lancheira do Lucas no lago, então Lucas

bastante furioso, disse a sua irmãzinha: Sua

chata, por que fizeste isso? Era a minha

lancheira preferida, agora não perdoarei você!

Então Ana começou a chorar muito, pedindo

perdão pelo que fez, mesmo assim Lucas não

queria perdoá-la e disse: Já não quero brincar

contigo, sai daqui, sua chata.

36
Naquele exato momento, enquanto Ana

chorava, seu pai

estava passando

e ouviu ela

chorando, então

perguntou:

Por que choras minha filhinha linda?

Lucas então respondeu com raiva: Essa chata,

atirou minha lancheira

preferida no lago e não

vou perdoá-la por isso.

O pai olhou-os e disse-lhes: Venham para aqui,

vou contar-vos uma história encontrada em

Mateus 18:21-35 que diz: Certo rei, decidiu

ajustar contas com os seus administradores e

um deles devia uma enorme quantia. Não tendo

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como pagar, implorou ao rei que o perdoasse,

então o rei o perdoou.

Quando ele ia

saindo da

presença do rei

“muito feliz”, se

encontrou com

seu colega que também lhe devia algumas

moedas. Então ele lhe agarrou no pescoço e

começou a sufocá-lo dizendo: Paga agora

mesmo a minha dívida. O homem se ajoelhou e

disse-lhe: Perdoa-me, tenha um pouco de

paciência comigo, depois pagarei tudo. Mas,

aquele homem que saiu da presença do rei não

queria perdoá-lo nem ouvi-lo, pelo contrário,

lhe colocou na prisão até pagar a dívida.

38
Quando os

outros

companheiros

viram isso,

ficaram muito

tristes e foram contar tudo ao rei.

Então o rei muito furioso e irritado, mandou

chamá-lo e disse-lhe: Servo malvado, eu

perdoei-te a dívida porque me pediste, não

devias fazer o mesmo com o teu companheiro,

como fiz contigo? Então o rei muito furioso,

meteu aquele homem na prisão para ser

castigado e pagar o que devia ao rei. Assim, nós

devemos perdoar os outros para que também

nos possam perdoar.

39
Papá, era a minha lancheira preferida que a

mamã comprou! Respondeu o Lucas.

E o pai ainda disse: Lucas, lembras quando

deixaste cair toda comida que tínhamos colhido

para o Inverno passado e nós te perdoamos?

Então, por que você não perdoa a sua irmã por

isso? Um dia pode ser você também a

quebrares algo dos teus irmãos.

Mas pai! Respondeu o Lucas.

Sei, disse o pai. Sobre a lancheira, não te

preocupes, depois falarei ao tio Pedro “o sapo”

que traga a lancheira, ok?

Está bem pai, respondeu o Lucas. E disse: Ana,

me perdoa por tudo que falei, pois estava com

raiva, e deu um beijo na testa de sua irmãzinha

e os dois voltaram a brincar muito felizes.

40
Assim, não podemos fazer nos outros aquilo

que não gostaríamos que fizessem a nós.

41
Raul, o pequeno cordeirinho

Perto da Floresta ao lado da grande lagoa,

havia uma pequena quinta onde vivia uma

família de

cordeirinhos

brancos muito

felizes.

Diariamente saltavam, brincavam naquele

jardim da pequena quinta sem preocupação

nenhuma. Entre a família dos pequenos

cordeirinhos, havia o pequeno Raul, que era o

menor entre eles, que gostava de brincar,

saltar e ajudar os outros. Só que ele tinha um

problema.

Qual será este problema? Você deve estar se

perguntando! Eh! Ele tinha um grande

42
problema; o pequeno cordeirinho tinha medo

do escuro.

Medo do escuro? Isso mesmo, ele tinha tanto

medo que não conseguia dormir com a luz

apagada, pois pensava: E se de repente,

enquanto eu estivesse dormindo, aparecesse

um urso, ou uma cobra, ou talvez um lobo. Ai,

que medo!

Você, qual é o teu medo? Assim como o pequeno

Raul, todos nós temos medo de algo. Então

quando sua mãe se apercebeu disto, ela reuniu

todos os seus filhinhos e lhes contou uma

pequena história sobre o rei David quando

derrotou o gigante Golias encontrada em I

Samuel 17:

43
“Quando o povo Filisteu desafiou o povo de

Israel para uma batalha e entre o povo Filisteu

havia um homem gigante que media quase 3

metros de altura, que queria lutar contra o

povo de Israel. Todos os homens de Israel

estavam cheios de medo devido ao gigante

Golias, até o rei Saul tinha medo dele.

Entre o povo de Israel, havia um menino de

apenas 12 anos, que decidiu lutar contra o

gigante Golias. Todos se perguntavam e diziam:

Ele é só um garoto. Até o gigante Golias riu

dele. Mas, David respondeu a Golias: Tu vens

contra mim com espada, mas vou contra ti

em nome do

Senhor, o Deus

de Israel.”

44
Então naquele dia, Deus deu a vitória ao

pequeno David, mesmo todos estando com

medo. David confiou em Deus para vencer os

seus medos. Quando estivermos com medo,

precisamos lembrar da palavra de Deus e

confiar Nele, que Ele vai nos proteger e nos

ajudará a vencê-lo, disse a mãe aos seus

filhinhos.

Então Raul e seus irmãos ficaram muito felizes

com a história que a mamãe lhes contou. Ela lhe

deu um beijinho e os despediu para eles

dormirem.

Raul estava muito feliz, quando de repente

enquanto estava deitado na cama, ele ouviu um

barulho na porta, Páaaaaaaa. Parecia um prato

45
quebrado, pois estava muito escuro, ele

começou a pensar: Será que é o lobo que veio

nos comer ou é a cobra? E começou a tremer,

até que de repente ele lembrou da história do

pequeno Davi quando ele lutou com o gigante

Golias, ele confiou em Deus. Então o pequeno

cordeirinho se acalmou e fez a seguinte

oração: Papai do céu, estou com muito medo,

me ajuda a ter coragem como David para

enfrentar este meu gigante, amém. Ainda

Raul lembrou o que sua mãe lhe ensinou sobre o

Salmos 23: “Ainda que eu ande pelo vale da

sombra da morte, não temeria mal algum

porque tu estás comigo”. Então ele abriu os

olhos e voltou a dormir confiante que o

Senhor iria lhe proteger e guardar até que

amanhecesse.

46
Quando amanheceu, ele ficou muito feliz pois

conseguiu vencer os seus medos e todas às

vezes que este medo voltava ele fazia a mesma

oração e dormia feliz confiando no Senhor

Jesus.

Você também, sempre que estiveres com medo,

lembra-te da palavra de Deus e confie Nele

como fez David e o pequeno Raul, que o Senhor

Jesus virá com os seus anjos para proteger

você.

47
Joaquim, o Sapo preguiçoso

Era uma vez

na Floresta

encantada,

existia um

Sapo

chamado Joaquim que vivia no lago, no centro

da Floresta, ele era um Sapo muito preguiçoso,

tão preguiçoso que só gostava de ficar exposto

ao sol em cima de uma alga olhando os outros

animais, andando de um lugar para o outro, a

procura de alimento e abrigo, até o animal

chamado Preguiça era mais dinâmico do que ele,

triste! Não acha?

Ele dizia consigo mesmo não preciso trabalhar,

pois já vivo num lago muito bonito com alimento

48
para mim sempre que eu precisar. Ele fazia isso

diariamente. Mesmo os seus amigos lhe

avisando sobre o Inverno que se aproximava e

seria desta vez pior que os anos passados,

mesmo assim ele não queria saber.

Num dia desses, o seu amigo Pedro “o pequeno

Grilo”, resolveu fazer-lhe uma visita, pois,

estava preocupado com ele. Quando chegou lá

encontrou Joaquim deitado ao sol sem fazer

nada, e perguntou-lhe:

— Amigo, como você está? Já se preparaste

para o Inverno?

— Ele respondeu: Eu não preciso me preparar,

isso é mesmo para vocês que se preocupam

demais.

49
Então Pedro

triste com a

resposta do

amigo,

resolveu

contar-lhe uma história encontrada em

Provérbios 6:6-11 que fala como as formigas,

mesmo não tendo chefe, fazem as suas

provisões de comida no Verão, armazenam no

tempo da colheita o seu alimento e que ele

precisava aprender com elas; deixando de ser

preguiçoso.

Joaquim muito furioso disse para o Pedro: Sai

daqui, não preciso dos teus conselhos.

50
Então Pedro se retirou dizendo: só queria

ajudar você, me desculpa se te deixei triste

amigo.

Mesmo assim, Joaquim não queria saber. Então

Pedro se retirou.

Os dias

foram

passando e

começou o

tempo de

Inverno. Tudo já estava preparado para

enfrentar aquele terrível Inverno, mas o

Joaquim não. Começou a cair muita neve e sem

darem conta o lago havia congelado onde vivia o

Joaquim. Joaquim havia saído e não deu conta

de que o lago já estava congelado. Quando ele

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regressou para casa com a expectativa de

entrar no lago para passar lá todo Inverno,

percebeu que o lago congelou. Ele tentou de

tudo para encontrar uma abertura, mas não

conseguiu.

O frio era tanto que todos os outros animais já

haviam se escondido nas suas tocas e com

muita alimentação. Joaquim andava de um lado

para o outro com muita fome, cansado, sem que

alguém o ajudasse. Foi ali, naquele momento

que ele lembrou das palavras do seu amigo

Pedro “o pequeno Grilo” que lhe avisou para não

ser preguiçoso e ser diligente (trabalhador).

Joaquim começou a chorar pedindo ajuda para

todos os animais, mas ninguém o ajudava, se

52
era para lhe disciplinar, não sabemos, mas

Joaquim aprendeu bem a lição.

Foi quando o seu amigo Joaquim apareceu de

repente, e olhando para sua aflição resolveu

ajudá-lo dando-lhe comida que preparou e um

lugar para ficar bem quentinho.

Joaquim chorando, pedia muitas desculpas ao

amigo por ter lhe tratado mal e pelas palavras

duras que disse para ele. Assim, o amigo o

perdoou.

A partir daquele momento em diante, Joaquim

nunca mais foi o mesmo, deixou de ser

preguiçoso e aprendeu a ser diligente

(trabalhador) como as formigas.

53
Ruca, a pequena Cegonha

No grande Lago, no meio da Floresta

encantada, vivia uma família de Cegonhas muito

lindas de cores brancas e pretas que

percorriam todas as manhãs, longas distâncias

a procura de alimentos. Nesta família nasceu

uma pequena Cegonha chamada Ruca, era uma

Cegonha que não sabia voar, por causa disso as

outras aves da Lagoa ou da floresta riam-se

dele dizendo: Olha a Cegonha que não sabe

voar áhaaaaa!

Ruca não gostava de ir brincar com os outros

animais da Floresta porque se riam dele e ele

se sentia muito triste, até o ponto que ele

tinha medo de tentar voar de novo.

54
Ele observava os pássaros a voarem livres, seus

irmãos valentes a fazerem muitas manobras no

ar com o grupo de soldados que protegiam o

lago dos

predadores

como as

onças,

hienas, etc.

Ele pensava consigo mesmo: quem me dera

também saber voar.

Ele tinha medo de voar porque quando nasceu,

viu seus irmãos a voarem e tentou copiá-los,

mas quando fez isso, caiu sobre o chão e todos

os animais começaram a rir dele, então a partir

daquele momento decidiu nunca mais tentar

55
voar de novo. Sua mãe insistia para ele voar,

mas ele não aceitava, e seus irmãos diziam-lhe:

— Este é muito mole, mimado, a mãe precisa

ser dura com ele para aprender a voar.

Mas, a mãe dizia que todos têm o seu tempo.

Então, a mamãe Cegonha vendo como Ruca

estava triste, resolveu contar-lhe uma história

que sua mãe lhe contava todas as noites,

encontrada em Mateus 14:29-32 que diz:

“Jesus acedeu: Vem! Pedro desceu do barco

e começou a caminhar por cima da água em

direção a Jesus. Mas quando viu que o vento

era muito forte, teve medo, começou a

afundar-se e gritou: Salva-me Senhor!

Jesus estendeu logo a mão e segurou-o:

Homem de pouca fé, por que duvidaste? E

56
quando eles subiram para o barco o vento

parou”.

A mãe continuou:

Pedro também teve

medo quando olhou

para o vento que era

muito forte e começou a afundar. Nós também

somos assim, quando falhamos, perdemos a fé,

desistimos de tentar novamente, olhamos para

o vento que são a multidão, circunstância que

nos criam dificuldades e nos afundamos

também. Mas, o que me admira em Pedro, disse

a mãe, é que quando afundava olhou para Jesus,

pedindo socorro para que Jesus o ajudasse a

andar de novo, e Jesus dizia-lhe para ter fé e

juntos voltaram para o barco. Assim você

57
também, meu querido filho, tenha fé e peça ao

Senhor Jesus para ajudar você quando

precisar.

Ruca ficou muito feliz com a história e disse a

mamãe: Obrigado, mãe, te amo muito, pensarei

no assunto. Agora sairei para brincar.

Enquanto

brincava,

olhou para

trás e ouviu

alguém a

gritar: Socorro, socorro! Era o pequeno Esquilo

Tiago que caia da árvore ao tentar pegar uma

noz. Os irmãos de Ruca não estavam por perto

para ajudarem o Tiago e só o Ruca é quem

podia ajudá-lo naquele momento, mas Ruca não

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conseguia se mover pois estava com medo, e as

vozes dos outros animais soavam em seus

ouvidos, rindo dele dizendo que ele não

conseguiria voar, mesmo não estando ninguém

por perto. Ruca ficou imóvel sem se mexer, ele

só conseguia olhar o Tiago a cair. Foi então que

no meio deste cenário todo que ele lembrou da

história que sua mãe havia lhe contado acerca

de Pedro, então ele também orou para Jesus

dizendo: Senhor Jesus, me ajuda a voar pois

estou com muito medo.

Naquele exacto momento, Ruca começou a

bater suas asas com muita força e de repente

pam! Ruca estava a voar.

Era inacreditável o que acontecia, todos os

outros animais ficaram admirados com a cena.

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Ele voou tão rápido que conseguiu apanhar o

Tiago, antes dele chegar ao chão.

Finalmente Ruca conseguiu voar, e todos os

outros animais, batiam palmas e o chamavam de

“o pequeno herói”.

Aquele que diziam que não sabia voar, hoje é o

herói da floresta pois conseguiu voar.

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