Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
um assunto
altamente espiritual
2
Primeira Edição
5.000 exemplares
1981
EDITORA CARISMA
3
INDICE
AGRADECIMENTO ................................................................................... 6
1. UMA FILOSOFIA EVANGÉLICA .......................................................... 7
2. O SUPERCRENTE ................................................................................. 10
3. UMA TEOLOGIA FINANCEIRA .......................................................... 12
4. COISAS SANTAS ..................................................................................... 17
5. AS PRIMÍCIAS.........................................................................................20
6. ZAQUEU O PUBLICANO .....................................................................25
7. RESTITUIÇÃO .......................................................................................29
8. NEGOCIAR COM DEUS .......................................................................32
9. O DEUS CHAMADO DINHEIRO ........................................................35
10. UM ESPÍRITO COMERCIAL ..............................................................38
11. AMOR PROIBIDO ................................................................................42
12. UM VOTO ..............................................................................................45
13. O DEVORADOR ...................................................................................47
14. GENEROSIDADE .................................................................................49
15. PROSPERIDADE ..................................................................................52
16. COBIÇA ..................................................................................................55
17. FASCINAÇÃO ........................................................................................58
18. O QUE É ABUNDÂNCIA? ...................................................................62
19. HERANÇA .............................................................................................65
20. A PARTE DE CÉSAR ............................................................................69
21. ALEGRIA ...............................................................................................72
22. CORAÇÕES PRESOS............................................................................75
23. LOUCURA .............................................................................................78
24. RICO PARA COM DEUS ......................................................................80
25. INSTABILIDADE .................................................................................84
26. NECESSIDADES ..................................................................................87
27. COMO PEDIR .......................................................................................90
4
PARA O MEU CASAL DE FILHOS, WALTER RO-
BERT, JR. E HEATHER ANN. QUE POSSAM RE-
CEBER DE MIM E MINHA ESPOSA, GLÓRIA, O
QUE RECEBEMOS DE NOSSOS PAIS, WALTER
E RUTH, ALFRED E HANNA, A SABER, O
EXEMPLO DE FÉ E OBEDIÊNCIA.
5
AGRADECIMENTOs
+ ROBERTO
6
CAPÍTULO 1
UMA FILOSOFIA
EVANGÉLICA
8
desta parte vital
Outra solução para o drama financeiro de todo dia seria uma mu-
dança de filosofia, envolvendo Deus nos negócios. Para isso, entre-
tanto, ter-se-ia que mexer em muitos preconceitos, coisa quase impos-
sível a muitas pessoas. Mas como este livro pretende provar, tais bar-
reiras podem ser rompidas ao ponto de produzir uma vida inteiramente
nova.
9
CAPÍTULO 2
O SUPERCRENTE
Não menos radical que o pastor que pede desculpas ao povo pela
infeliz necessidade de levantar uma oferta, é aquele para quem a pros-
peridade é prova de espiritualidade e das bênçãos de Deus. Este é o
supercrente: sempre vitorioso, sempre alegre e sempre próspero.
10
conforme nós queremos. Muitas vezes o sofrimento continua, pois o
Senhor está moldando o caráter de Seu filho. Abundância financeira
nem sempre acontece imediatamente, como consequência de uma
oferta de sacrifício para a obra do Senhor.
11
CAPÍTULO 3
UMA TEOLOGIA
FINANCEIRA
Uma das razões dessa “pobreza” é que além da Bíblia, existe uma
influência ainda mais forte na maioria das igrejas, ou seja — o hinário.
A TEOLOGIA DO HINÁRIO
Desde os primeiros dias de sua existência, a teologia da Igreja de
12
Jesus Cristo tem sido transmitida em sua música. O amigo quer
conhecer a crença de uma determinada igreja? Muito simples: ouça os
hinos cantados em seu culto dominical. Pois este tem sido, no decorrer
dos anos, o método mais fácil e mais popular de ensinar a doutrina ao
povo.
13
glória que nos espera no além, restringindo ao aqui e agora tristeza, lá-
grimas e muita paciência. Observe estes trechos de hinos:
“Quando a luta desta vida trabalhosa se findar O adeus a este mundo vamos
dar, Para o céu então iremos Com Jesus encontraremos Na Jerusalém de Deus.”
Outro hino, que vem com o título “O Fim das Lutas”, reflete uma
teologia futurística que procura compensar as dificuldades da vida
com as promessas do descanso além:
15
“Dai, e dar-se-vos-á, boa medida, recalcada, sacudida, transbordante,
generosamente vos darão, porque com a medida com que tiverdes medido
vos medirão também” (Lucas 6:38).
16
CAPÍTULO 4
COISAS
SANTAS
“Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico:
Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os
flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer cousa das palavras
do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da
cidade santa, e das cousas que se acham escritas neste livro” (Apocalipse
22: 18,19).
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de pro-
priedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele
que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pedro 2:9).
Não toque, pois, nesta “coisa santa”, nem com sua mão nem com
sua língua, pois o Senhor da Igreja tem por ela um amor muito especial.
18
Veja agora até onde pode ir o Senhor, a fim de proteger o Seu
povo:
A palavra “dízimo” significa dez por cento do total. Pois estes dez
por cento, o dízimo, são também uma daquelas “coisas santas”, as quais
não se pode tocar, se é que não se deseja ser castigado. Eis a declaração
do Senhor sobre este assunto:
19
CAPÍTULO 5
AS PRIMÍCIAS
Onde foi, então, que Caim errou? Não foi na qualidade da oferta,
mas na falta em dar a Deus o que Ele sempre pede: as primícias. Note
a diferença entre a oferta de Caim e a de Abel:
“No fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao
Senhor” (Gênesis 4:3).
20
“Abel, por sua vez, trouxe as primícias do seu rebanho, e da gordura
deste” (Gênesis 4:4).
Pensaria acaso Israel que esta Terra Prometida não lhe custaria
trabalho algum, sendo como de fato era, promessa de Deus? A verdade
é que não é desta maneira que o Senhor oferece abundância a Seu povo.
Vadio não come. Preguiçoso não tem fartura. Isto é o óbvio. Vida
abundante tem que ser conquistada, conquista esta feita na base das
regras estabelecidas pelo Senhor.
21
Jerico era a primeira das cidades que seriam libertadas pelo povo
de Deus. Para isso, Ele pediu o dízimo — as primícias:
Por que razão, afinal? Por causa de uma simples barra de ouro e
algumas moedas de prata? Castigo tão pesado por roubo tão leve? Só
que não foi pela quantidade que Israel foi punido, e sim pela violação
da lei da aliança, do dízimo, das primícias.
22
Ai de quem faz ouvidos surdos ao que Deus ordena. As primícias
continuam sendo santas. O dízimo ainda é do Senhor. Que disse Paulo
aos romanos?
Para ser o todo abençoado por Deus, as primícias têm que ser
Suas. Sendo boa a raiz, o fruto é privilegiado. Quando o filho de Deus
é dizimista, sua vida é toda abençoada, pois as primícias Lhe foram
entregues, como Ele espera de Seus filhos.
GARANTIAS
Será que você, filho de Deus pela fé, entende a grandeza de sua
proteção pelo Pai Celestial? Terá você consciência da garantia que o
afasta do mal e confirma as bênçãos de Deus?
Não é por sua própria santidade que você tem garantida a vida
eterna. Muito embora seja ela fundamental à vida cristã. Pois não é por
uma vida correta que se entra no céu, mas pelos méritos de Jesus Cristo,
as primícias.
23
Tampouco são observações religiosas, sacramentos, vigílias,
jejuns, e mil outros
24
CAPÍTULO 6
ZAQUEU,
O PUBLICANO
Três fatos narra Lucas a respeito de Zaqueu: que era rico, baixinho
(“de pequena estatura”) e publicano. Os publicanos eram judeus a serviço
do Império Romano: cobradores de impostos, o chamado “tributo”. Só
que, além das taxas exigidas pelos conquistadores, os publica- nos
inventaram outros impostos, roubando de maneira muito democrática
tanto ricos quanto pobres.
“Então Jesus lhe disse: Hoje houve salvação nesta casa, pois que também este
27
é filho de Abraão”.
Zaqueu era um homem perdido; não por ser rico, mas por não
haver ainda encontrado Jesus. O Mestre, porém, o buscou e o salvou.
28
CAPÍTULO 7
RESTITUIÇÃO
Quando o publicano Zaqueu foi salvo, a primeira coisa que ele
fez foi planejar a restituição de tudo quanto havia defraudado.
Isto nos leva a uma importante e difícil pergunta: que fazer com o
passado? Como pôr em ordem uma vida complicada? Até que ponto
Deus exige restituição pelos erros do nosso passado?
Esta tem que ser a regra: a restituição não deve ser feita quando
ela irá ferir uma pessoa inocente. Usarei como exemplo uma situação
comum. Uma senhora feliz no casamento, ao aceitar Jesus como Salva-
dor sente desejo de contar a seu marido os deslizes cometidos quando
solteira, ou durante o período anterior à sua salvação, mesmo casada.
Tal atitude impensada só poderá provocar resultados negativos, senão
desastrosos.
Deus pede de Seu filho uma restituição possível, disto não deve
haver a menor dúvida. Não como preço, mas como testemunho de sua
salvação.
31
CAPÍTULO 8
NEGOCIAR
COM DEUS
Por pouco não perdi a calma e lhe respondi: “Minha senhora, o Cri-
ador do Universo não é um corretor de imóveis, capaz de interessar-se por este seu
bom negócio. Ele não precisa da comissão desta venda, nem tampouco de qualquer
outra coisa que possa oferecer-Lhe!”
32
nada disto aconteceu. Zaqueu de nenhum modo procurou subornar a
Deus com alguma promessa extravagante, com o fim de “operar” a
salvação. Pelo contrário, ele se prontificou a abrir mão do lucro
desonesto sem nem ao menos ter ouvido as palavras de perdão que
Jesus pronunciou.
SIMÃO
Tentar comprar as bênçãos de Deus não é fato incomum. Esta
loucura vem de longa data. Em Atos, capítulo oito, registra-se uma “boa
oferta”. Em meio a uma campanha evangelística, quando muitas
“...O teu dinheiro seja contido para perdição, pois julgaste adquirir por
meio dele o dom de Deus” (Atos 8:20).
33
todas as suas necessidades e caprichos satisfeitos pelo poder de seu
dinheiro, ele nada pede a Deus, pois de nada precisa.
34
CAPÍTULO 9
O DEUS CHAMADO
DINHEIRO
1) Servir
2) Amar
3) Devotar-se
35
Eis a razão por que dinheiro exerce tamanho poder sobre a vida
do ser humano. Ele não é simplesmente um veículo de câmbio. Ele é
um deus que exige culto; uma entidade que é passível de ser amada.
36
Basta pensar em algumas pessoas que você conhece, que
desistiram de entrar na Igreja de Jesus Cristo por causa de um apelo que
as ofendeu, ou por se recusarem a pagar o dízimo, ou por discordarem
da administração da igreja. Tudo desculpa evidente de quem ama tanto
o dinheiro que admite até mesmo perder a vida eterna, mas nunca
perder o controle de suas finanças. Se isto não é adorar o deus chamado
dinheiro, então qual a explicação?
37
CAPÍTULO 10
UM ESPÍRITO
COMERCIAL
Ao chegar, falei ao meu amigo o dia todo sobre muitas coisas, mas
nem de leve toquei no assunto que fora a razão de deslocar-me milhares
de quilômetros da minha casa. Finalmente, ele indagou a razão de
minha visita tão inesperada. Foi aí que lhe contei os pormenores da
estranha visão que tivera no quarto de hospital onde me recuperava de
uma operação do coração. Terminei por revelar-lhe as palavras que me
haviam sido transmitidas pelo mensageiro do Senhor: que ele estava em
perigo de vida por ser possuído por um espírito comercial.
PROMESSAS
Naquele momento, ele começou a tremer e a chorar. Ao
recompor-se, confessou-me muitas coisas sobre seus envolvi^ mentos
financeiros, cuja narrativa não vem ao caso aqui revelar. O que muito
me surpreendeu foram suas promessas de uma mudança que o levaria
a remediar o problema. Afirmei-lhe que o assunto já não era mais
comigo, e sim com o Espírito do Senhor, visto ser eu um simples
mensageiro.
39
cado, o assunto fora esquecido. A Deus, sim, é que tinha que ser apre-
sentada qualquer explicação.
A próxima e última vez que vi meu amigo foi quando fui chamado
para realizar seu sepultamento. Quinze dias após deixar uma clínica,
onde fizera um “checkup” completo, recebendo como resultado o “nada
consta”, ou seja saúde perfeita, morreu ele repentinamente, em resultado
de uma estranha infecção orgânica que desafiou os melhores médicos
da cidade européia onde residia.
Por idênticas razões um outro caso, este ainda mais íntimo, envol-
vendo um grande amigo brasileiro, terá que ficar no esqueci-mento.
“Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis
ser participantes da Mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou pro-
vocaremos zelos no Senhor” (I Colossenses 10:21, 22).
41
CAPÍTULO 11
AMOR
PROIBIDO
Será que dinheiro pode mesmo levar a tudo isso? Sim, e mais
ainda. Saiba, porém, que o pecado relacionado a esta maldição não é a
posse do dinheiro, e sim o amor do dinheiro. Este, sim, é o amor proibido.
O CASAL INFELIZ
Em meio a narrativas sobre curas milagrosas, campanhas de sal-
vação e expansão gloriosa da Igreja, inclui Lucas nos Atos dos Apósto-
los a história de Ananias e Safira, casal de crentes muito infeliz.
42
Ao venderem eles uma propriedade, entregaram a Pedro apenas
uma parte do dinheiro. Veja o que se segue:
“Então disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração,
para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do
campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não es-
taria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio?
Não mentiste aos homens, mas a Deus. Ouvindo estas palavras, Ana-
nias caiu e expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes” (Atos
5:3-5).
44
CAPÍTULO 12
UM VOTO
“Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim
como é próspera a tua alma” (III Jo. 1.2)
Nota-se que este versículo não contém uma garantia, mas um voto
apenas. Não temos o direito de obrigar estas palavras a expressarem
mais do que o desejo ardente que elas próprias representam. A expres-
são “acima de tudo” enfatiza a dimensão do voto. Acima de tudo, ou seja
antes de qualquer outra coisa, o que traduz absoluta prioridade. Vemos
que este voto não traduzia um sentimento passageiro, mas era algo es-
pecialmente acentuado. João zelava no espírito para que Gaio prospe-
45
rasse e tivesse saúde em abundância.
HÁ BASE BÍBLICA?
Cabe agora perguntar se este foi um voto alheio à filosofia do
Novo Testamento; palavra meramente pessoal expressa numa simples
carta comum, ou representativa de uma mentalidade corrente entre o
povo de Deus? Examinemos as Escrituras para encontrar a resposta.
46
CAPÍTULO 13
O DEVORADOR
Apesar de em outra altura falar sobre este assunto, tenho que fazer
referência aqui ao dízimo, pois este fator tem muito a ver com a nossa
prosperidade. Eis o que Deus falou a Israel:
Além do mais, Deus pediu que Seu povo O pusesse à prova. Ele
estava como que dizendo a Israel: Vocês não têm que simplesmente
47
aceitar a Minha palavra, pois desejo provar Minha intenção de abençoá-
los, caso me obedeçam. “Provai-me”, disse Deus. Que convite singular
fez Ele a Seu povo.
OS DEVORADORES
Juntamente com os dízimos e ofertas pedidos a Israel, veio tam-
bém uma grandiosa promessa. Eis os termos do acordo: “Por vossa causa
repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vida
no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão
felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos”
(Malaquias 3:11, 12).
GENEROSIDADE
Lucas cita uma das leis do Reino de Deus, que Jesus ensinava:
49
é que a recompensa não vem diretamente das mãos do Senhor, mas
através de outros. Eis aí o fator milagroso nas finanças de quem obedece
ao convite de Jesus a “dar”.
50
As bênçãos financeiras que Deus promete ao povo que Lhe obe-
dece são com juros e correção monetária! Note, porém, que esta abun-
dância não é automática. A prosperidade é resultado de iniciativa por
parte de quem deseja agradar a Deus fazendo uso correto e bíblico de
seu dinheiro.
51
CAPÍTULO 15
PROSPERIDADE
“Indo ela a buscá-la (água), ele (Elias) a chamou e lhe disse: Traz-me
também um bocado de pão na tua mão. Porém ela respondeu: Tão certo
como vive o Senhor teu Deus, nada tenho cozido; há somente um pu-
nhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês
aqui, apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu
filho; comê-lo-emos, e morreremos” (I Reis 17:11, 12).
“Elias lhe disse: Não temas; vai, e faze o que disseste; mas primeiro
faze dele para mim um bolo pequeno, e traze- mo aqui fora; depois farás
para ti
mesma e para teu filho. Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: A
farinha da tua panela não se acabará, e o azeite da tua botija não
faltará, até ao dia em que o Senhor fará chover sobre a terra” (I Reis
17:13, 14).
53
certa ocasião, quando um evangelista, visitando a nossa igreja, se pron-
tificou a “abençoar as carteiras” de quem participasse de determinada
oferta. Queria sumir, de tanta humilhação que senti. Nada disse para
não embaraçar o colega, ou criar-lhe uma situação difícil.
54
CAPÍTULO 16
COBIÇA
55
de outras coisas.
Foi esta a razão por que o mandamento falou das coisas “do teu
próximo”, pois Deus sabe perfeitamente que o que os olhos não vêem,
o coração não quer. Quem jamais cobiçou os pertences de quem mora
no outro lado do mundo? É aquilo que o nosso “próximo” tem que per-
turba. Através do que podemos ver adivinhamos as suas posses, nas-
cendo daí a cobiça.
COBIÇAR É PECAR
Pior que ofender o vizinho com a sua cobiça é ofender a Deus
com este pecado proibido. Quem cobiça não acredita na provisão do
Senhor para a sua vida. Quem nEle confia não cai neste pecado, pois
crê que o Pai do céu entende e suprirá, conforme promete a Bíblia:
56
nunca estaciona aí.
57
CAPÍTULO 17
FASCINAÇÃO
59
até a igreja para assistirem a um culto”.
Duvido.
61
CAPÍTULO 18
O QUE É
ABUNDÂNCIA?
Jesus afirmou que “a vida de um homem não consiste na abundância dos
bens que ele possui” (Lucas, 12:15).
“Uns se dizem ricos sem ter nada; outros se dizem pobres sendo mui
ricos” (Provérbios 13:7).
“Atendei agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desven-
turas, que vos sobrevirão. As vossas riquezas estão corruptas e as vossas
roupagens comidas de traça” (Tiago 5:1, 2).
“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz,
e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:17).
63
O rico pode comer do bom e do melhor e ainda assim viver mi-
seravelmente. Por outro lado, dificilmente se é infeliz quando se parti-
cipa de justiça, paz e alegria. Estes são os valores mais importantes.
O mundo diz: “Ter ou não ter, eis a questão”. Mas, o dramaturgo in-
glês diz com toda a razão: “Ser ou não ser, eis a questão”. Jesus, em Sua
simplicidade, usou palavras diferentes para descrever a Sua filosofia so-
bre as coisas que ocupam a mente do homem, dizendo: “A vida de um
homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”.
64
CAPÍTULO 19
HERANÇA
Papai havia dito que, se eu pagasse os dez por cento de toda minha
renda, eu seria abençoado durante toda minha vida. Saiba que tirar
aqueles dez centavos de cada dólar não era a melhor coisa de minha
vida, não, mas eu acreditava em meu pai e estava comprovando as bên-
çãos de Deus em sua vida.
ENCRENCAS
De .vez em quando nem tudo era “cor-de-rosa” em minha vida.
Quando meu pai adivinhava alguma encrenca, algum dilema ou
qualquer coisa não muito certa, perguntava logo: “Filho, você está em dia
com Deus? Já pagou o seu dízimo?”
Nada lhes perguntamos sobre o que iriam fazer com aquele di-
nheiro, como iriam gastar, aplicar ou guardar. Tampouco nos surpre-
endemos quando ambos, independente um do outro, veio a nós com
um cheque, para a obra de Deus, equivalente ao dízimo de sua herança.
Não correspondendo aquele dinheiro a salário ganho, eles poderiam
argumentar que não seria necessário pagar o dízimo. Entretanto, o as-
sunto nem teve que ser discutido. Sabendo ambos que honrar a Deus é
mais que obrigação, é privilégio, deram alegremente ao Senhor o que
Ele merecia: o dízimo.
66
de suas vidas. Talvez pensem até que Deus nem está Se importando
com o assunto, ou que Se esqueceu daquela “dívida”.
67
falando sobre a venda de um belo par de arreios que vendera ao vizinho;
ou do dízimo pago por esta venda. Quase que diariamente ele encerrava
o relatório com esta frase: “Ainda vitorioso!”
Ah, que herança maravilhosa recebeu meu pai de seu pai! Herança
que transmitiu a mim, a meu irmão e minha irmã. Herança que lego a
meus filhos. Isto, sim, é que é herança!
68
CAPÍTULO 20
A PARTE
DE CÉSAR
Estas palavras nada têm a ver com apoio político, nem com nossa
filosofia particular sobre formas de governo; tampouco com nossos
interesses pessoais. Paulo prossegue aquelas palavras, dizendo: “A
autoridade é ministro de Deus para teu bem” (Romanos, 13:4). Como não
pagar aos Césares que foram instituídos por Deus e agem para nosso
bem?
70
critique sua administração como corrupta e inepta. É possível que você
tenha até razão em sua crítica. Mas nem por isso você tem direito de
criar uma lei para si. Cristo diz que devemos dar a César o que é de
César. O que devemos fazer, sem discutir.
O QUE É DE DEUS?
Se Jesus pediu de nós submissão às autoridades mundanas, com o
justo pagamento aos que governam na moeda corrente do país, quanto
mais Ele não pedirá o pagamento de Deus ao que a Ele devemos.
71
CAPÍTULO 21
ALEGRIA
73
sível? Não vamos reduzir o amor divino a um certo nível de propor-
ções, nem atribuir a Deus um sentimento indigno de Sua majestade.
Temos, no entanto, que acreditar na palavra do apóstolo, que em ex-
pressão muito clara afirma que “Deus ama a quem dá com alegria”. A esta
conclusão ninguém pode fugir.
FARTURA
Uma outra lei está incluída nesta palavra de Paulo à Igreja de
Corinto: a lei da sementeira e colheita. Aliás, Paulo não foi o primeiro
a anunciá-la à Igreja. Em Seus ensinamentos sobre o Reino de Deus,
Jesus disse:
“Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com
fartura, com abundância também ceitara .
74
CAPÍTULO 22
CORAÇÕES PRESOS
“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a
ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para
vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões
não escavam nem roubam; porque onde está o teu tesouro, aí estará
também o teu coração” (Mateus 6:19).
77
CAPÍTULO 23
LOUCURA
79
CAPÍTULO 24
RICO PARA
COM DEUS
80
menos de trinta metros de nossa porta. Minha mãe vivia limpando a
fuligem das janelas, tentando impedir que a sujeira invadisse quartos e
salas de nossa casa.
81
por haverem contribuído durante os poucos anos de trabalho com meu
irmão; e ainda mais uma da denominação pentecostal canadense!
Tudo isto porque, em toda a sua vida, o coração de meu pai estava
posto na obra de Deus. O amigo sabe por quê? Porque ali estava o seu
dinheiro. Desde os dezesseis anos de idade ele vinha ajuntando o seu
“tesouro no céu”, nem que fossem alguns centavos de cada vez. Hoje, com
oitenta e três anos, cinco vezes em cada mês ele recebe uma pensão. E
82
toda vez que bate à sua porta uma daquelas cinco pensões lá está ele a
assinar seu cheque para pagar o dízimo à igreja que frequenta. As vezes
ele escolhe um lugar que precisa de uma oferta e manda. Do que sobra,
ele não deposita em banco onde traça, ferrugem e ladrões podem atacar
mas envia em forma de “empréstimo” a uma igreja que está sendo cons-
truída, ou a uma obra missionária ou evangelística.
O amigo não sabe o que é ser “rico para com Deus”? Pense, então,
no meu pai, e vai saber.
83
CAPÍTULO 25
INSTABILIDADE
“E xorto aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem
depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em
Deus que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento, que pratiquem
o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir, que acumu-
lem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apodera-
rem da verdadeira vida” (II Timóteo 6:17-19).
ORGULHO
Orgulho é o grande perigo das riquezas; perigo que atingia pro-
fundamente a igreja em Laodicéia: “Pois dizes: Estou rico e abastado, e não
preciso de coisa alguma” (Apocalipse, 3:17).
Uma das características de tal mudança foi que ele passou a res-
peitar tão-somente as pessoas que ostentassem classe semelhante à que
havia alcançado. Certa ocasião eu o vi dirigir-se a um irmão na fé em
termos que não dirigiria nem mesmo a um cachorro. Quando aquele a
quem ele ofendera se retirou, homem bastante humilde, eu lhe fiz esta
admoestação: “Sinto vergonha de você como amigo, pois vejo que ao ficar “bem de
vida” você perdeu completamente seu senso de valores. Não sei como pôde ser capaz
de tratar um irmão como se fosse seu lacaio...”. Imediatamente ele me pediu
desculpas, que não lhe pude dar, visto que não fora a mim que ele ofen-
dera, e sim aquele pobre homem humilde, vítima de seu orgulho e des-
prezo. Mas pouco durou sua repentina humildade; várias vezes pude
observar os danos que seu orgulho provocara em seu caráter.
84
Voltando ao apóstolo, quero lembrar o que o “anjo da Igreja” con-
tinuou a dizer a Laodicéia, aliás palavras duras e realistas que os ricos
orgulhosos deveriam ouvir: “E nem sabes que tu és infeliz, sim; miserável,
pobre, cego e nu” (Apocalipse 3:17).
De fato, todo aquele que imagina que não precisa de coisa alguma
é miserável, pobre, cego e nu.
DEPÓSITOS
Paulo continua valendo-se da linguagem do mundo da economia
fazendo referência a um tipo de depósito nada aconselhável, ou seja o
depósito da esperança na instabilidade da riqueza. Deixa ele bem claro
que ao proceder desta forma insensata logo nada restará ao homem,
visto que ele lançou sua riqueza num saco furado.
85
foram poucos os que andaram vendendo maçãs nas ruas a fim de
sobreviverem. Bem vivas estão ainda na memória do povo americano
as famosas “filas para sopa”, decorrência da instabilidade da riqueza.
86
CAPÍTULO 26
NECESSIDADES
“Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente
em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado, como também
ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência
de fartura, como de fome; assim de abundância, como de escassez” (Fili-
penses 4:11,12).
CONTENTAMENTO
Faz já alguns anos, na cidade de Chicago, na América do Norte,
numa convenção de psiquiatras fez-se uma votação para verificar qual
havia sido o mais feliz homem de todos os tempos.
87
tempos? A resposta é sim, pois Paulo aprendeu a viver contente em
toda e qualquer situação, lição que bem poucos aprenderam, vivendo
por isso em aflição crônica.
GRATIDÃO
Paulo sabia o valor de dizer obrigado. Conheço uma pessoa que
se encanta em dar presentes a todo o mundo, mas fica muito sem jeito
ao receber um, pois jamais aprendeu a dizer “obrigada”!
88
céu”: ele declarou que o suprimento de suas necessidades seria efetuado
“segundo a sua riqueza em glória”. Muitas pessoas nunca emitem um cheque
no banco celestial. Algumas pelo simples fato de considerarem desne-
cessário, sendo abastadas, creem não precisarem de coisa alguma; ou-
tras por ignorância de que o desejo de Deus é suprir “cada uma” de suas
necessidades.
REALIDADE
Ao pregar sobre a cura de todas as nossas enfermidades, após a
mensagem aproximou-se de mim um homem que me disse: “Bispo, isto
é bom demais para ser verdade!” Da mesma maneira pensam alguns sobre a
promessa em Filipenses 4:19, dizendo impossível estar Deus interes-
sado em cuidar da parte financeira de nossa vida; em suprir nossas ne-
cessidades. É neste ponto que cada um fica à mercê de sua fé. Se de
fato crermos que a Bíblia merece a nossa confiança e que as promessas
de Deus são para os que creem, então não será difícil acreditar que Ele
suprirá cada uma de nossas necessidades, ainda que para isto seja ne-
cessário um milagre todos os dias. Para os “Tomés” tal certeza é assaz
difícil. Eles precisam ver para crer. O que significa que em nada acredi-
tam, pois quem pode ver não carece de crer!
89
CAPÍTULO 27
COMO
PEDIR
Tiago escreveu: “Não tendes porque não pedis” (Tiago, 4:2). Pior que
não pedir é pedir mal. O apóstolo continua: “Pedis e não recebeis porque
pedis mal” (Tiago 4:3).
90
chamado a “tomar uma atitude” a respeito da verdade que, por meio do
pregador, lhe foi apresentada pelo Espírito Santo.
91
sempre inspira a uma colaboração maior.
A BASE
A base das finanças da Igreja de Jesus Cristo tem sido, desde os
primeiros tempos, o dízimo. O pastor que não instrui regularmente o
seu povo sobre esta responsabilidade está sendo infiel à sua chamada
de formar o caráter espiritual dos membros de seu rebanho.
MOTIVAÇÃO
Durante mais de vinte e cinco anos de ministério, sem falhar uma
única vez no hábito, tenho assumido o púlpito com duas coisas
preparadas: minha mensagem bíblica e o apelo para as ofertas. Pois eu
sempre soube que nenhuma das duas partes pode ser improvisada,
resultando quase sempre a improvisação em fracasso.
Toda oferta deve ter um alvo. Não posso enfatizar demais este
ponto. Poucas são as pessoas que se deixam motivar para pagar
despesas, ou “abençoar a obra de Deus”. Portanto, na hora da oferta é que
as atividades da igreja são motivo de apelo.
Por mais tenso, portanto, que esteja o ministro diante das dívidas,
campanhas, despesas, construções, evangelismo, etc. a hora da oferta
deve ser sempre uma hora de alegria, de apelo positivo, de colaboração
espontânea.
92
inspirado. Portanto, ande devagar e com sabedoria neste terreno.
POSSIBILIDADES
Qualquer apelo tem que estar dentro das possibilidades do povo
a quem ele é dirigido. Não adianta tentar levantar numa única reunião
dinheiro suficiente para pagar uma obra de seis meses.
O que mais fere esta confiança por parte do povo é o apelo des-
necessário, portanto desonesto. A regra tem que ser esta: jamais pedir
dinheiro do qual não se precisa. A igreja não deve estar empenhada em
amontoar dinheiro, fazer investimentos, criar reservas. Se o povo tomar
conhecimento de que este é o caso, as ofertas vão imediatamente cessar.
1) Razão da mesma
2) Total necessidade
3) Prazo de sua duração
4) Necessidade da colaboração de todos
5) Relatório a curto e a longo prazo
93
RESPEITO
Seja o ministro, seja um comitê leigo que esteja com a
responsabilidade de aplicar o dinheiro entregue em dízimos e ofertas,
deve conscientizar-se de que tal dinheiro é sagrado, oferecido ao
Senhor, exigindo, portanto, um respeito absoluto.
94