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Soluções · Fichas de trabalho

Alberto Caeiro

1. As comparações com um “carpinteiro” (v. 3) e com “quem construi um muro” (v. 5) servem ao sujeito
poético para colocar em destaque o trabalho formal, minucioso e exigente dos poetas que se dedicam
a uma poesia elaborada, pensada e produzida como outras construções humanas. Face a esses
poetas, que “trabalham nos seus versos” (v. 2), o sujeito poético manifesta admiração e estranheza.

2. Ao recusar o pensamento, afirmando que se aproxima de “quem não pensa”, o “eu” enunciador
serve-se, contudo, do verbo “pensar” para designar a ação que pratica (“Penso nisto”). Deste modo,
envolve-se na intelectualização que rejeita e expressa a contradição que sua poesia frequentemente
denuncia.

3. O sujeito poético discorre, na última estrofe, sobre a importância do contacto com a natureza como
única forma de aceder à “verdade” (v. 13). No último verso, em jeito de conclusão, recupera a sua
atitude antimetafísica, para rejeitar qualquer atividade mental que se oponha à autenticidade dos
elementos campestres que descreveu, incluindo os “sonhos” que ocorrem durante o “sono”.

OEXP12 DP © Porto Editora

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