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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Escola Politécnica
Fundamentos Teóricos
Professora: Sandra Pantaleão
Resenha do Texto 5

Arquitetura, história e evolução


Lucas Vani de Assis

Podemos começar essa resenha sobre o texto “A Arquitetura no Renascimento:


entre a disciplina e a indisciplina”, partindo do ponto em que o autor começa nos
explicando a aparição da arquitetura como disciplina, passando pelo Renascimento, ao
longo da dissertativa ele usa de diversos meios para contar a história da arquitetura,
desde o seu surgimento.
Assim sendo, percebemos a visível ênfase que é dado ao fato de que diferente da
nossa concepção atual de arte, na antiguidade a arte era tida com cunho “educativo”,
sendo algo facilmente “ensinável”, completamente divergente em que hoje em dia
vemos a clara presença dos termos “talento” ou “dom”.
Logo, temos a inserção da arquitetura aparecendo nas universidades,
inicialmente como uma arte mecânica no século XIII, “arte mecânica” essa que parte do
pressuposto de que se tem uma necessidade do uso do corpo, o que diverge da
concepção de “arte liberal”. Sendo aqui, onde entra o Renascimento nessa história,
aproximando bem mais a arquitetura das artes liberais e do desenho.
Ao longo do tempo com o apoio de diversos pensadores e arquitetos em si, a
arquitetura vai ganhando forças aos poucos e se divergindo de outras áreas como
a do artesanato, grande parte desse ganho de autoridade se deve a atribuição do desenho
como forma de representação, se tornando uma área “intelectual” e assim, disciplina.
Com a prática do desenho e domínio de tal, surge e se aprimora o uso da perspectiva,
dando uma imagem de como será o objeto quando pronto.
Então, com o seu surgimento como disciplina, implicam-se algumas normas,
procedimentos, conceitos, entre outros parâmetros a serem estabelecidos, para que a
arquitetura fosse didática nas universidades, sendo ainda atribuída ao Renascimento a
agregação de uma linguagem a referida disciplina. Linguagem essa que possibilitou
além da maior propagação da arquitetura, mas da libertação do arquiteto para
desenvolvimento próprio sem ter necessariamente que se basear aos métodos e técnicas
que lhe foram ensinados.
Sendo assim, a arquitetura passa a ter um objetivo mais claro na sociedade,
estudar a cidade em si, partindo a estudar a história e o passado, a cidade como um todo,
pois é na cidade onde as artes se encontram, independente do seu cunho, seja física ou
abstrata, pictórica ou escrita, para não só entender, como também se inspirar e até criar
algo , pois a cidade é onde a história foi materializada. Relacionando se em tempo com
a crescente imprensa, que facilita no mundo todo o fluxo de informações e não foi
diferente para a arquitetura.
Com a vinda da imprensa e também do papel, a arquitetura acaba abrangendo
também um pouco da escrita para representar suas ideias, mas mesmo assim o seu
principal meio de comunicação era o desenho, que foi de certa forma facilitado com
relação a praticidade pelo papel. Papel esse que não só facilitou a vida dos arquitetos,
mas de todos os cidadãos, pois com ele surgiram os livros criando mais um meio de
propagação de informação, de grande eficiência inclusive.
Com relação a Leonardo Da Vinci não restam dúvidas a ninguém sobre a sua
relevância para a evolução como um todo em sua época, mas ao se tratar da intercessão
Da Vinci e arquitetura é indubitável que suas contribuições com o desenho técnico
foram de extrema importância, trazendo consigo noções de proporção e principalmente
tridimensionalidade que ajudaram a arquitetura a evoluir em meios representativos, um
dos campos que Leonardo estudou a fundo, foi a arquitetura de igrejas, investigando
sobre formas e volumes, agregando símbolos e termos que foram de grande necessidade
para a arquitetura.
Referência:

BRANDÃO, Carlos Antônio Leite Brandão. Arquitetura no Renascimento: entre a


disciplina e a indisciplina. In: OLIVEIRA, Beatriz Santos de, et. al. [org]. Leituras em
teoria da Arquitetura, vol. 1. Rio de Janeiro: Viana & Mosley, 2009. p. 24-45.

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