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Origens do Pragmaticismo:
O “Antifundacionalismo” de C. S. Peirce e a
sua Defesa da Filosofia Crítica do Senso Comum*
Origins of Pragmaticism: Peirce’s “Anti-foundationalism” and his
Defense of Critical Common-Sensism

Theresa Calvet de Magalhães


Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
thcalvet@terra.com.br

Resumo: O subtítulo deste artigo, O “antifundacionalismo” de C. S. Peirce e a


sua defesa da filosofia crítica do senso comum, já indica o seu objetivo.
Tento explicitar o que foi dito por Peirce: não apenas que toda a sua
filosofia parecia crescer “a partir de um contrito falibilismo, combinado
com uma alta fé na realidade do conhecimento”, mas também que duas
doutrinas – a doutrina do senso comum crítico e a doutrina escolástica do
realismo – foram desenvolvidas ou elaboradas por ele antes da sua for-
mulação do pragmaticismo. O realismo de Peirce é indissociável do seu
pragmatismo: “O pragmaticismo jamais teria entrado numa cabeça que
não estivesse já convencida de que há gerais reais” (CP 5.503, 1905). Não
apresento aqui Peirce simplesmente como um anticartesiano, mas retomo
o que ele próprio disse: “Embora o pragmaticismo não seja uma filosofia
[...] ele se ajusta melhor à filosofia inglesa e, mais particularmente, à dou-
trina escocesa do senso comum” (CP 8.207, 1905), e insisto que o
pragmaticismo está vinculado não apenas à filosofia escocesa mas “mais
ou menos a toda a filosofia moderna” e pode ser caracterizado como uma
“total ruptura com o nominalismo” (CP 8.208). Em Issues of Pragmaticism
[1905], Peirce defende a sua doutrina do senso comum crítico e expõe os

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