Você está na página 1de 2

Abstract: This document deals with the inadequacy of a public musical education institution

linked to a state structure that aims to promote entertainment and cultural diffusion,
proposing its migration to a structure linked to the promotion of education and professional
training.

A Escola de Música do Estado do Maranhão com 50 anos de atividades ( começou a


operar em 1970 e teve seu registro em 1974 ), formou centenas de músicos e está ou
esteve presente na vida de milhares de músicos maranhenses, sendo a única instituição
de ensino formal de música em nosso estado e a principal referência para uma geração
inteira de profissionais da área de música em nosso estado.

A instituição passou nesse meio século de existência por uma evolução em seu aspecto
pedagógico, acompanhando as necessidades e perfil do músico maranhense. Qualificou
seu quadro ( 90% aproximadamente de seu quadro possui nível superior ), ampliou seu
espaço físico ( X salas no Apeadouro em 1970, para X salas na Rua da Estrela em 1999 ),
ampliou seu quadro funcional de professores ( X 1970, para X em 2002 ( ? ) ).

Este patrimônio encontra-se ameaçado como nunca antes esteve em toda sua história.
Isto está acontecendo: 1. Pelo esgotamento da capacidade de gestão de um órgão tão
dinâmico como uma Escola Técnica Profissionalizante de Música, por uma Secretaria
de Estado de Cultura cujos objetivos primários não são a educação e a formação
artística e profissional, e sim a difusão e manutenção do patrimônio material e imaterial
cultural maranhense. Demandas de grande amplitude nestas áreas de educação e
formação profissional na atual estrutura da SECMA, são inviáveis pela completa falta
de recursos e interesse estratégicos. 2. Pela inexistência de um plano responsável de
manutenção de um equipamento musical específico, cuja característica envolve
instrumentos caros, o uso contínuo que os torna sujeito a uma intensa depreciação ( uso
intensivo e intempéries próprias do nossa região ). 3. Pelo flagrante desmantelamento do
quadro funcional, são X vagas de professores perdidas nos últimos anos por motivos de
morte e aposentadoria, desligamento e relotação, vagas que não são mais preenchidas
pela impossibilidade de concurso, note-se que não se fala em ampliação do quadro e sim
manutenção de um quadro desenhado a décadas.

Consideramos que a falta de respostas aos graves problemas que vem ameaçando a
existência da Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo é
também, e em parte, resultado de uma fraca vontade política, mas, principalmente do
seu enquadramento dentro da estrutura do Estado. O fato de não estarmos vinculados a
uma área específica de educação impede o gestor de uma correta compreensão de
nossas demandas e nos coloca a mercê de preconceitos e noções não técnicas da nossa
atividade. Quanto a isso vale ressaltar que o formato de nossa instituição como Escola
de Nível Técnico, cujo objetivo expresso em seu estatuto é a formação profissional de
músicos instrumentistas e cantores, não a torna compatível como Escola de Aplicação,
ou Extensão, ou núcleo de apoio das disciplinas de arte e música da escola pública
regular de primeiro e segundo graus, muito embora essas demandas possam ser
assimiladas como complementares ou em caráter secundário.

Para tanto estamos mui respeitosamente solicitando um reestruturação de nosso órgão,


desvinculando-o da SECMA, e o seu possível enquadramento em uma instância mais
condizente com sua natureza, e capaz de compreender as reais possibilidades quanto ao
atendimento da sua demanda social e a promoção do nosso Estado.

Você também pode gostar