Projeto de Estradas

Escola de Engenharia e Tecnologia

Prof. Celio Daroncho

Mestre em Engenharia de Transportes

Considerações
Iniciais
-Projeto
-Velocidades
-Distâncias
-Classes de projeto
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O traçado de uma estrada

 Escolha do traçado
 Anteprojeto
 Projeto Final
 Definições para projeto
 Velocidade
 Distâncias de Segurança
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Fatores que influenciam a escolha

do traçado
 Topografia
 Terreno Plano
 Terreno Ondulado
 Terreno Montanhoso
 Condições geológicas e geotécnicas
 Hidrologia
 Desapropriações
 Interferências no ecossistema
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Anteprojeto
 Conhecimento adequado da região
 Levantamento e proposições iniciais
 Estudo antecipado em maior escala e
sujeito a maiores erros
 Serve como base para definições mais
apuradas
 Estudo preliminar do traçado
 Sondagem inicial (±50 m)
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Anteprojeto
 Escolha do traçado
 Inicialmente uma reta
 Estudos em torno desta
 Desviar de pontos complicados
 Rios
 Benfeitorias
 Áreas ecológicas
 Morros
 Vales
 Cidades
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Anteprojeto
 Escolha do traçado
 Privilegiar determinados pontos
 Gargantas
 Contorno de elevações íngremes
 Montante de grotas
 Seções estreitas de rios
 Travessia adequada de ferrovias
 Aproveitamento de traçados existentes
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Anteprojeto
 Implantação do anteprojeto
 Exame do terreno
 Identificação de pontos obrigados
 Escolhas dos pontos de interseção
 Cálculo do comprimento das tangentes
 Cálculo das deflexões
 Escolha dos melhores raios
 Cálculo dos pontos notáveis das curvas
 Cálculo do estaqueamento (20 ou 50m)
 Levantamento do perfil sob o traçado
 Definição e cálculo das curvas verticais
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Projeto Final
 Maior detalhamento
 Eventuais modificações
 Cálculo de todos os elementos
 Paralelo a este é feito
 Terraplenagem
 Drenagem
 Superestrutura
 Obras civis
 Paisagismo
 Serviços complementares
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Representação gráfica do projeto

 Planta
 Representação em escala da projeção
da estrada sobre o plano horizontal
 Escala 1:2.000
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Representação gráfica do projeto

 Perfil longitudinal
 Representação do corte transversal a
estrada feito sob o eixo de locação da
mesma
 Contém
 Perfil
do terreno
 Greide de terraplenagem
 Greide da pista

 Escalas
 Vertical1:200
 Horizontal 1:2.000
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Representação gráfica do projeto

 Seções transversais
 Cortes perpendiculares a estrada feitos
em cada estaca de locação (20m)
 Podem ser feitos em outros locais se
necessário
 Representa a situação da seção
 Corte
 Aterro
 Mista

 Escala 1:200
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Representação gráfica do projeto

 Seções transversais

Pista simples

Pista dupla
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Representação gráfica do projeto

 Composição entre planta, perfil e seções
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Elementos básicos para o projeto

 Introdução
 Projeto é o estudo de todas as características que
envolvem uma rodovia
 Traçado em função de leis físicas e psicológicas
 Inadequação destas características podem causar
acidentes, sub-utilização ou sobre-utilização
 Escolha de boas característica e condições não
representam uma diferença de custos tão elevada
– alterações futuras elevam muito os custo de
construção
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Velocidades
 Usuáriodesenvolve a velocidade permitida
 Velocidade depende
 Motorista  habilidade, vontade, psicologia.
 Veículo tipo, peso, potencia, conservação.
 Estrada  geometria, conservação, tráfego, clima,
limite de velocidade, policiamento, etc.
 Sempre existirão veículos em velocidades
diferentes em uma estrada
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Velocidades
 Velocidade de Projeto (Vp)
 Maior velocidade possível de se desenvolver na via,
com segurança (veículo padrão)
 Decisiva para a escolha do padrão da estrada
 Geometria deve oferecer segurança e possibilidade
de desenvolver esta velocidade
 Diretamente proporcional a função da estrada
 Relação velocidade de projeto, custos e tempo
> velocidade, > custos, < tempos
 < velocidade, < custos, > tempos
 Deve-se encontrar a situação ótima
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Velocidades
 Velocidade de Projeto (Vp)  DER-SP
Velocidade de projeto (km/h)
Classe da rodovia VDM Tipo de terreno
Desejável Mínima
Plano 120 100
E 4.401 a 50.000 Ondulado 100 80
Montanhoso 80 60
Plano 100 100
I 1.501 a 4.400 Ondulado 80 80
Montanhoso 60 60
Plano 80 80
II 501 a 1.500 Ondulado 60 60
Montanhoso 40 40
Plano 60 60
III Até 500 Ondulado 40 40
Montanhoso 30 30
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Velocidades
 Velocidade de Percurso (Vm)
 Média de todas as velocidades de todo o tráfego da
rodovia
 Somatória das distâncias dividida pela somatória dos
tempos de percurso
 Melhores características geométricas encorajam a se
trafegar com maiores velocidades
 Quantidade de veículos interfere na velocidade
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Velocidades
 Velocidade Legal – Placas
 Para a qual a via está liberada
 Definida por força de lei
 Baseada em diversos fatores
 Economia
 Segurança
 Política
 Sociedade
 Etc.

 No Brasil
 Max. 120 km/h
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Distâncias de Visibilidade
 Extensãoda estrada que pode ser vista à frente
pelo motorista
 Diretamente relacionada com a segurança
 Cuidados especiais em acessos as rodovias
 Todos os veículos que querem entrar na estrada
devem ser vistos a uma distância segura
 Quanto melhor a visibilidade mais segura será a
estrada
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Distâncias de Visibilidade
 Distância de Visibilidade de Frenagem (Df)
 Distância mínima necessária para que um veículo
que percorre a estrada, na velocidade de projeto,
consiga parar com segurança antes de atingir um
obstáculo a sua frente
 Deve ser respeitada em toda extensão da rodovia
 Para diminuir esta distância, deve-se diminuir a
velocidade de projeto (ou velocidade legal)
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Distâncias de Visibilidade
 Distância de Visibilidade de Frenagem (Df)
 Soma de d1 e d2  Df  d1  d2
 d1 = distância de reação
 d2 = distância de parada

 Em unidades usuais teremos

d1  0,7 V d 2  0, 0039 
V2
f

V2
Df  0, 7  V  0, 0039 
f i
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Distâncias de Visibilidade
 Distância de Visibilidade de Frenagem (Df)
 Coeficiente de atrito – f
 Constante para determinada situação
 Influenciado por vários fatores
 Material
 Sulcos dos pneus
 Pressão dos pneus
 Tipo de pavimento
 Condição da superfície
 Presença de água
Para situação molhada o atrito é muito inferior
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Distâncias de Visibilidade
 Distância de Visibilidade de Frenagem (Df)
 Coeficiente de atrito – f
 Cálculos e definições feitas pela AASHTO
 Distância ideal de frenagem
 Adotado V = Vp
 Distância mínima de frenagem
 Adotado V = Vm
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Distâncias de Visibilidade
 Distância de Visibilidade de Frenagem (Df)
Velocidade Velocidade Média Tempo de Distância de Frenagem (m)
Coeficiente
de Projeto de Percurso reação Desejável Mínima
de atrito (f)
(km/h) (km/h) (seg) V = Vp V = Vm
30 30 0,40 29,8 29,8
40 40 0,38 44,4 44,4
50 47 0,35 62,9 57,5
60 55 0,33 84,5 74,3
70 63 0,31 110,6 94,0
80 70 0,30 139,2 112,7
90 77 0,30 168,3 131,0
100 85 0,29 204,5 156,7
110 91 0,28 245,5 179
120 98 0,28 284,6 202,4
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Distâncias de Visibilidade
 Distância de Visibilidade de Ultrapassagem (Du)
 Distância necessária para que os veículos mais
rápidos ultrapassem os mais lentos com segurança
 Condições geométricas desfavoráveis complicam
a ultrapassagem e geram filas no tráfego
 Possibilitar ultrapassagens a cada trecho de 2.000
metros
 Trechos maiores diminuem a capacidade do
tráfego
 Cálculos feitos pela AASHTO com base no
comportamento médio dos motoristas
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Distâncias de Visibilidade
 Distância de Visibilidade de Ultrapassagem (Du)
 Veículos que ultrapassa com maior velocidade
 Veículo que é ultrapassado reduz a velocidade
 Quando surge espaço suficiente a manobra inicia
 Veículo segue pela contramão com velocidade
média de 15 km/h acima do outro veículo
 Ao retornar para a pista deve haver um espaço de
segurança em relação ao veículo em sentido oposto
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Distâncias de Visibilidade
 Distância de Visibilidade de Ultrapassagem (Du)
Grupo de velocidades (km/h) 50 a 65 66 a 80 81 a 95 96 a 110
Vel. Média de Ultrapassagem (km/h) 56,2 70,0 84,5 99,8
Manobra inicial
a = aceleração média (km/h/seg) 2,25 2,30 2,37 2,41
t1 = tempo (seg) 3,6 4,0 4,3 4,5
d1 = distância percorrida (m) 45 65 90 110
Ocupação da faixa contrária
t1 = tempo (seg) 9,3 10,0 10,7 11,3
d2 = distância percorrida (m) 145 195 250 315
Espaço de segurança – tabelado
d3 = distância de segurança (m) 30 55 75 90
Veículo que trafega no sentido oposto
d4 = distância percorrida (m) 95 130 165 210
Du = d1 + d2 + d3 + d4 (m) 315 445 580 725
Valores adotados pela AASHTO
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Distâncias de Visibilidade
 Distância de Visibilidade de Ultrapassagem (Du)
Velocidades adotadas
Distância de
Velocidade de Veículo Veículo que ultrapassagem
projeto (km/h) ultrapassado ultrapassa (m)
(km/h) (km/h)
30 29 44 217
40 36 51 285
50 44 59 345
60 51 66 407
70 59 74 482
80 65 80 541
90 73 88 605
100 79 94 670
110 85 100 728
120 91 106 792
Valores adotados pela AASHTO
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Classes de Projeto
 Existem algumas diferenças entre as classes de
projeto definidas pelo DNER (DNIT) e as definidas
pelo DER-SP
 Normalmente estas características são definidas
em função do tráfego que deve ser atendido para
o 10º ano de operação da rodovia
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DNER (DNIT)
Classe Características Critérios de classificação

Via expressa
0 Decisão administrativa
Controle total de acesso

Pista Dupla
A Nível de serviço superior a C e D.
Controle parcial de acesso
I
Pista Simples Volume horário de projeto (VHP) > 200
B
Controle parcial de acesso Volume médio diário (VDM) > 1.400

II Pista Simples VDM entre 700 e 1.400

III Pista Simples VDM entre 300 e 700

A Pista Simples VDM entre 50 e 200
IV
B Pista Simples VDM < 50

Nível C  fluxo estável com ultrapassagens e velocidades controladas pela quantidade de veículos
Nível D  Fluxo já quase atingindo a situação crítica, velocidade bastante reduzida
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DNER (DNIT)
Vp (km/h) Df (m) Du (m) Raio mínimo (m) Rampa (%)
Classe e e Faixa
Terreno P O M P O M P O M P O M (%) P O M (m)

8 3,75
0 120 100 310 210 140 - - - 540 345 210 10 3 4 5
0 3,60

A - - -
6
I 100 80 210 140 85 345 210 115 10 3 4,5 6 3,60
0 680 560 420
B
5
II 100 70 210 110 65 680 490 350 375 170 80 8 3 5 6 3,60
0
4
III 80 60 140 85 45 560 420 270 230 125 50 8 3 6 7 3,50
0
A 4 6 8 3,00
3
IV 70 50 85 45 30 420 270 180 125 50 25 8 1
B 5 6 8 2,75
0

P – Terreno em região Plana

O – Terreno em região Ondulada
M – Terreno em região Montanhosa
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DNER (DNIT)
Tipo de terreno (Vel. km/h)
Classe Características Critérios
Plano Ondulado Montanhoso

Via expressa
0 Controle total Decisão administrativa 120 100 80
de acesso

Pista Dupla
Nível de serviço
A Controle parc.
superior a C e D.
de acesso
I 100 80 60
Pista Simples
VHP > 200
B Controle parc.
VDM > 1.400
de acesso

II Pista Simples VDM entre 700 e 1400 100 70 50

III Pista Simples VDM entre 300 e 700 80 60 40

A Pista Simples VDM entre 50 e 200
IV 70 50 35
B Pista Simples VDM < 50
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Definições para projeto

 Acostamento
 Área destinada para parada provisória
 Alinhamento horizontal
 Projeção do eixo da rodovia no plano
 Alinhamento vertical
 Greide da rodovia
 Canteiro central
 Espaço entre duas pistas
 Comprimento de transição
 Espaço destinado para o giro da pista na curva
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Definições para projeto

 Eixo
 Linha de referência em relação ao eixo
 Faixa de aceleração desaceleração
 Faixa adicional para um veículo entrar na via e
atingir a velocidade da via
 Faixa de domínio
 Área total da rodovia – área legal destinada
 Greide
 Perfil do eixo de rotação da pista
 Acabamento da terraplenagem e do pavimento