Parafuso de potência e

Fuso de esferas
SME 421 - Sistemas Mecânicos
Profa. Daniela Águida Bento
Parafusos de Potência
(Parafuso de avanço (lead screw), Fuso)
• Parafusos de potência são
eixos roscados utilizados para
converter movimento rotacional
em linear.
• São capazes de produzir
elevada vantagem mecânica e
portanto, capazes de mover
grandes cargas.
• Comercialmente, são
fornecidos numa ampla
variedade de modelos e
materiais, sendo geralmente os
eixos em aço e as porcas em
polímeros (acetal* + PTFE) ou Thomson Industries, Inc.
bronze. *características: baixo coeficiente de atrito, alto módulo de elasticidade, resistência à impacto, baixa
absorção à umidade, resistência à produtos químicos, boas propriedades elétricas, resistente à fadiga

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Macaco
Mecânico fuso
rolamento Sem-fim

Porca
(coroa)

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Macaco mecânico Roscas típicas em parafusos de potência

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Relação entre o torque aplicado
e a força de deslocamento
linear F

(PR) Força para (PL) Força para

elevar carga baixar a carga

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Torque para rosca quadrada
Torque para superar o Fd m l  fd m Onde:
atrito da rosca e erguer a TR  ( ) f – coeficiente de fricção
carga
2 d m  fl L (lead) – avanço

Fd m fd m  l l = np
Torque para superar o TL  ( ) n – no. entradas da rosca
atrito ao baixar a carga* 2 d m  fl p – passo da rosca

No caso de roscas ACME ou outras Se desconsiderarmos o

roscas, o torque será: atrito, obtemos a
Fd m l  fd m sec  eficiência do fuso:
TR  ( ) T0 Fl
2 d m  fl sec  e  
TR 2 TR

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Fuso auto-bloqueante
Quando o torque para baixar a carga é positivo, diz-se que o parafuso é  fd m  l
autobloqueante. Desta forma, a condição de autobloqueio é que:

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Tensões no parafuso de
potência

nt – n o. de roscas engajadas

16T 6F
 3 Torção no corpo b  Flexão na raiz da
d do parafuso d r nt p rosca
F 3V 3F
B   Tensão no   Cisalhamento na
d mnt p / 2 apoio 2 A d r nt p raiz da rosca

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Exercício
• Um parafuso de potência de rosca quadrada, duas entradas, tem o diâmetro
maior de 32 mm e passo de 4 mm. Dados: fc = 0,08, dc = 40 mm e F = 6,4 kN
por parafuso. Calcule:
A) a profundidade e largura da rosca, diâmetro de passo, diâmetro primitivo
e avanço
B) o torque requerido para elevar e baixar a carga
C) a eficiência durante a elevação da carga
D) as tensões de corpo, torcional e compressiva
E) a tensão no mancal
F) as tensões de flexão e cisalhamento na raiz da rosca

FAZER EXERCÍCIOS SHIGLEY: 8-4 e 8-9

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Seleção de fusos e porcas
• Capacidade de carga
– leve a moderada
• Cargas de balanço
– Podem provocar momento na porca,
levando a fallha prematura
• Carga axial
– Carga de compressão (slide 13).
• Velocidade crítica
– Velocidade crítica em relação ao
comprimento (slide 11)
• Auto-bloquenate
– Neste caso, geralmente o avanço
deve ser maior que 1/3 do diâmetro
do fuso
l
 fd m  l  d m 
f

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 Velocidade crítica para fusos (rosca)
• A velocidade critica (limite) dos fusos está relacionada ao ponto em
que a velocidade rotacional provoca vibração excessiva.

• É recomendado que velocidade de operação não extrapole 80% da

velocidade crítica.

Distância entre mancais

a b c d e f h i j l m n o p q r s t u v

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 Velocidade Crítica
para fusos (rosca)
Diâmetro (raiz) do fuso

h i j l m n o p q
a b c d e f r s t u v

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 Capacidade de carga

Distância entre mancais

a b c d e f g h i j l m n o p q r s t

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 a b c d e f g h i j l m n o p q r s t

Capacidade
de carga de
compressão
para fusos
(rosca)

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 FUSO DE ESFERA
• Características
– Movimentação suaves,
– Deslocamento preciso,
– Redução do desgaste,
– Aumento na vida do equipamento,
– Redução do consumo de energia.
– eficiência superior a 95%

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eficiência

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eficiência

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Aplicações
– Máquinas-ferramentas (centros de
usinagem...)
– Industria aeroespacial (“flaps” de
aeronaves...),
– Instrumentos médicos (leitos, tomógrafos...
– Automação industrial (aplicadores de
adesivos, robôs industriais...)
– etc

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Comparação entre parafuso
de avanço e fuso de esferas
Fuso (rosca) Fuso de esferas

Carga Baixa (<445N) Alta (>445N)

Custo $$ $$$

Anti-backlash Disponível (baixa rigidez) ok

Depende do passo e Freio de segurança como

Auto travamento
lubrificação opcional

Eficiência 30 – 70% 85-95%*

Vibração e ruído baixo Alto (esfera recirculante)*

* Tabela com base no catálogo técnico: Lead Screws, Ball Screws and Ball Splines - Thomson

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Componentes
flange

tubode retorno

Fuso de esferas

Esferas Porca de esferas (castanha)

recirculantes
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Precisão

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 *Catálogo NSK

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 Avanço menor

Avanço maior

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Classificação
ESFERAS RECIRCULANTES

Externa por tubos Interna: insertos Interna: faces

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 Carreira de esferas sem
retentor

Carreira de esferas com

retentor (gaiola)

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Classificação
2. Pré Carga

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Classificação
2. Pré Carga

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Classificação
2. Pré Carga

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Aplicações

Castanha rotativa

rolamento

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Seleção
• O fuso de esferas é um
dispositivo mecânico para
converter movimento rotativo
em movimento linear, capaz
de suportar cargas elevadas
com o mínimo de atrito e alta
precisão.
• A seleção correta de um fuso
de esferas para uma aplicação
específica é um processo
iterativo para determinação da
solução mais apropriada.
14/05/2009 IFSC/DAMM-SME 421 - Profa. Daniela A. Bento
• Algumas das principais
considerações para a
seleção são:
– Carregamento axial
– Velocidade linear
– Precisão de posição e
repetibilidade
– Tempo de vida útil requerida
– Configuração de montagem
– Restrições dimensionais
– Potência de entrada requerida
– Condições ambientais
31
Rotação máxima admissível

• Velocidade Crítica
– velocidade na qual a freqüência natural faz
com que o fuso de esferas entre em
ressonância.
– Recomenda-se não ultrapassar 80% deste
valor, sendo esta considerada a velocidade
crítica.

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Distância de montagem

castanha

fuso

rolamento
rolamento

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Condições de montagem
FIXO - LIVRE

SUPORTADO – SUPORTADO

FIXO – SUPORTADO

FIXO – FIXO

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14/05/2009 IFSC/DAMM-SME 421 - Profa. Daniela A. Bento 35
Rotação máxima admissível

• Valor de dm.n
– produto do diâmetro primitivo (mm) pela
rotação (rpm)
– Para as classes de precisão C3 e C5
considerar:
• dmn ≤ 70.000
– C10 considerar:
• dmn ≤ 50.000

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Rotação necessária para uma
velocidade linear específica

V
n Onde:
n => rotação [ rpm]
l
v=> velocidade linear [mm/min]
l => avanço [mm]
v

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Estimativa da vida
• A vida dos fusos de esferas é expressa pelo número total de
revoluções (ou total de horas ou distância percorrida)

onde:
L = Vida em revoluções
Lt = Vida em horas
Ls = Vida km
Ca = Capacidade de carga dinâmica (kgf)
Fa = Carga axial (kgf)
n = Rotação (rpm)
l (lead)= Passo (mm)
Fw = Fator de operação

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Fator de operação

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Torque de operação

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Torque de operação
• Torque em velocidade constante

Torque de acionamento (carga)

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Exercício 1
Calcule o torque de acionamento para mover uma peça com massa de 500 kg através de um fuso
de esferas de diâmetro efetivo de 33 mm e avanço de 10 mm. Considere o coeficiente de atrito nas
guias e no fuso de esferas igual a 0,003. (Despreze a resistência da pre-carga da castanha e do
rolamento).

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Exercício 2
Calcule o torque de acionamento para as mesmas condições do exercício 1, porém com
acionamento por parafuso de potência (coeficiente de atrito igual a 0,2 e rendimento de 0,32).
Considere o coeficiente de atrito nas guias igual a 0,003. (Despreze a resistência da pré-carga da
castanha e do rolamento).

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Torque durante a aceleração
• Um elevado torque é necessário quando o fuso de esferas é
acelerado na direção da carga axial, este torque é calculado da
seguinte forma:

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14/05/2009 IFSC/DAMM-SME 421 - Profa. Daniela A. Bento 46
Montagem
Alinhamento

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Montagem
Carga na castanha

Carga axial: ideal

Carga radial Desalinhamento

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Tolerâncias: fuso

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Tolerâncias: castanha

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Montagem
• Montar a castanha no fuso com
um retentor para evitar que as
esferas caiam
• Remover o retentor
• Posicionar o canal da luva contra
a pista da esfera (a). Usar fita
adesiva caso o diâmetro da luva
não a permita chegar até a pista
(b)
• Sem forçar, envolver o
porca no canal (psta) do fuso.

Importante: sempre seguir as recomendações do fabricante!

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Roteiro de seleção
1. Definir modelo a partir da precisão requerida (pré-carga)
2. Verificar tipo de montagem (posição dos rolamentos)
3. Determinar o diâmetro do fuso
4. Determinar o avanço do fuso
5. Determinar o tempo de vida
6. Determinar a velocidade crítica
7. Verificação do projeto: conferir Capacidade de carga, velocidade
crítica e vida útil
8. Selecionar o produto de acordo com as especificações do
fabricante (código de referência)
9. Verificar orientações de montagem e lubrificação do fabricante

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 Exercício
Para o sistema de movimentação apresentado abaixo:
(a) Selecionar um fuso de esferas adequado
(b) Determinar o torque do fuso a velocidade
constante
(c) Selecione um motor e redutor adequado a
aplicação a partir do torque requerido durante a
aceleração.
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Dados:
- Velocidade co carro: v = 5,08 m/min
- Força de arraste: F = 133,44 N
- Coeficiente de atrito das gias:  = 0,05
- Massa (carro + peça): m = 50 kg
- distância entre mancais: c = 800mm
- deslocamento: 500mm
- Torque de acionamento do mancal: Tu
= 5,4 N.cm
- ‘Regime de trabalho do equipamento:
- 2 anos: 6 horas/dia, 5 dias/
semana
53
Referências
• Capítulo 8: Shigley, joseph , Mischke, Charles, Richard
G. Budynas. Projeto de Engenharia Mecânica. Ed.
Bookman, 2004.
• Capítulo 12: Collins, Jack A. Projeto Mecânico de
Elementos de Máquinas. Ed. LTC. Rio de Janeiro, 2006
• www.nsk.com.br
• www.skf.com
• www.thomsonlinear.com
• www.thk.com

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