Você está na página 1de 24

SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.

Lirani

AULA 4

A4-1
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.11. Avarias e defeitos nas Engrenagens


2.11.1 avarias por ruptura :
• ruptura vilolenta no pé do dente devida a sobrecargas e a choque
• ruptura por fadiga no pé do dente - se prematura é devida a defeitos de
material ou de fabricação
• ruptura no canto do dente por distribuição desigual de carga
• estilhaçamento da cabeça por fragilidade excessiva ou choque

2.11.2 desgaste nos flancos


• craterização (“pitting”) - acontece na região do dp e abaixo, associada
normalmente a fadiga por compressão
• zona estriada perto do dp devida à baixa dureza do material.
• sulcos devidos a lubrificação insuficiente.
• aquecimento devido a lubrificação / refrigeração insuficientes
• desgaste excessivo por defeito de material ou lubrificação
• rebarbas ou deformações plásticas
• “scoring” (riscos radiais). O scoring é causado pela falha do lubrificante
que tem sua “película” rompida e causa o contato metálico entre as
superfícies e a micro-solda instantânea entre as superfícies. Segue-se o
arrancamento de porções da superfície quando os dentes se afastam.

A4-2
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

As avarias podem ser evitadas por:


• redimensionar engrenagens levando
em conta choques, sobrecargas ,etc
• uso de material adequado
• uso de lubrificação adequada
• cuidados na fabricação e montagem

2.11.3 Ruidos de funcionamento das engrenagens


A análise do sinal do ruído indica duas fontes principais:
• vibração devida ao impacto de engrenamento ( E na fig abaixo)
esta frequência é proporcional à rotação e no. de dentes
• entre os engrenamentos aparecem frequências naturais dos
dentes e ruidos

A4-3
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

Medidas para diminuir ruidos de funcionamento das engrenagens


• dimuir força tangencial
• diminuir velocidade tangencial
• eliminar erros de passo
• melhorar o acabamento e adotar amaciamento
• aumentar grau de recobrimento
• adotar dentes inclinados

2.12. Lubrificação das engrenagens


• objetivos da lubrificação
D reduzir atrito
D reduzir desgaste
D conduzir calor
• Lubrificantes usados:
D óleos minerais ( puros ou com aditivos extrema pressão EP)
D graxa ( velocidades tangenciais baixas )
D sólido ( grafite , bissulfeto de molibdênio)
A escolha é baseada na viscosidade necessária calculada :
η↑ para velocidades ↓ e pressão de contato ↑ ( Tab 22.28 Niemann)
• Tipos de lubrificação:
D por imersão. A profundidade de imersão deve ser de 1 a 6 vezes o
módulo. As demais engrenagens são lubrificadas por salpicamento. A
aceleração centrífuga máxima do óleo deve ser de ω 2 .r = 550 m / s 2
D por lubrificação forçada ( aceler. maiores) com bomba e injetores.

A4-4
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.13. Fundamentos da fabricação de engrenagens

Da geometria do engrenamento sabemos que o raio de curvatura no


diâmetro genérico i :
ρ
tg φi = i portanto ρi = rb . tg φi
rb
mas d b = d p . cos α e dp = m . z

⇒ m.z
ρi = cos α .tgφi
2

• curvatura depende do número de dentes: z pequeno tem dentes mais


“gordos” , cremalheira tem flanco plano ( dp é infinito)
• NB : para um mesmo par o perfil do pinhão é diferente da coroa !!
Como produzir estes perfis ?
a por geração
a por perfilamento
movimento axial do
cortador

geracão perfilamento

A4-5
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.13.1 Fabricação de engrenagens por processo de geração


• ferramenta ( cortador) faz movimento de corte ( vc e va ) + movimento de
engrenamento

Geração por cremalheira (sistema Hob ou Renânia)


• os dentes do cortador tem flanco reto ( cremalheira)
• um cortador tem módulo m e ângulo de pressão α fixados
porção que faz raio no pé
do dente
flanco de geração da
evolvente α

m hkz

para quebrar canto vivo na


cabeça do dente
linha primitiva do cortador
t = pc / 2 = m.π /2

7.m
• o adendo do cortador hkz é tal que dedendo da engrenagem cortada é
m 6
e portanto a folga radial de engrenamento fica f =
6
• a parte superior do perfil do flanco do cortador faz o raio do pé do dente ( e
também causa interferência - undercut - quando z é pequeno )
• a parte inferior do perfil do flanco do cortador faz o chanfro da cabeça do
dente ( quebra de canto vivo)
• para engrenagens corrigidas faz-se afastam. ou aproxim. do cortador

A4-6
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

m.z
ρi = cos α .tgφi
2

• o mesmo cortador serve para qualquer z e faz qualquer raio de curvatura


necessário uma vez fixo o ângulo de pressão. O ângulo φi é gerado pelo
movimento de engrenamento
• o ângulo de hélice é dado pelo posicionamento angular da ferramenta
• o número de dentes depende da montagem do mecanismo de divisão o qual
dá a relação voltas do cortador / voltas da peça

A4-7
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

Geração por engrenamento comum: sistema Fellows

• agora o cortador tem fixados m , α e um número finito de dentes z .


• o ângulo de hélice é dado pelo movimento helicoidal da ferramenta
• o número de dentes depende da montagem do mecanismo de divisão o qual
dá a relação voltas do cortador / voltas da peça
• a grande vantagem deste caso é cortar engrenagens usando curto percurso
axial como visto na figura acima à esquerda, ou mesmo engrenagens internas.

um sistema semelhante ao Fellows pode ser


usado para cortar sem-fim

A4-8
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.13.2. Fabricação de engrenagens por


processo de perfilamento
• perfilamento = cópia do perfil
• não existe movimento de engrenamento ,
portanto depois de feito um vão faz-se o
movimento de divisão.
• também chamado sistema módulo e a
fresa chamada de fresa módulo.
• o perfil obtido é aproximado e cada fresa
módulo tem fixados, m , α e faixa de z.

• é um processo de baixa série e também pode ser usada plainadora e


ferramenta de barra com perfil
• para altas séries usa-se máquina especial com mov de plainadora e
avanço radial concomitante das ferramentas ( shear cutting)

A4-9
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.13.3. Fabricação de engrenagens por outros processos


Existem vários outros processosde fabricação de engrenagens
• Forjamento a frio - para altas séries devido ao alto custo das matrizes
• Injeção - engrenagens pequenas e sem responsabilidade
• Sinterização

2.13.4 Acabamento e outros processos típicos


Quando se quer precisão e/ou baixo ruído usam-se os processos de
acabamento :
• shaving
• retificação
Em ambos os casos a máquina faz
movimento de geração e ainda pode
produzir um abaulamanto (crown)
do flanco (“contra-flecha”)
0,01 a 0,02

largura
Tratamentos térmicos
• tempera superficial por indução, etc
• nitretação
• shot peening (jateamento com granalhas)- para elevar resistência,
diminuir tensões residuais e aumentar resistência á fadiga
Amaciamento e ajustagem

A4-10
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

Controle de Qualidade de engrenagens ISO 1328


• Medida sobre pinos (retas) ou esferas (helicoidais)
controla se espessura do dente está dentro da tolerância ∆t
cos α (
t p + ∆t ) rpino π
rx = rp ; com ev φ pino = + ev α + −
cos φ pino dp rb z
dados ∆t , e geometria da engrenagem calcula-se a medida entrepino dx + ∆ dx
• Controle de passo de hélice e de perfil

• Rolagem com engranegem padrão

A4-11
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

Tolerâncias para dentes.

a) passo - na faixa de 0,013 a 0,040 mm


b) perfil – variação dentro de 0,013mm. a 0,025.
c) concentricidade – está na faixa de 0,13mm.
d) alinhamento do dente- em engrenagens comerciais o alinhamento é
mantido dentro de 0,013 a 0,025 mm/mm.
e) espessura – engrenagens de potência toleram de 0,050 a 0,13 mm de
variação na espessura do dente.
f )acabamento superficial – engrenagens de precisão têm o acabamento
superficial mantido de 0,8 microns rms. Engrenagens comerciais estão
dentro de 1,2 - 1,5 microns rms.

Em muitos casos a qualidade das engrenagens pode ser medida por


simples testes funcionais.
Em algumas aplicações um TESTE DE RUÍDO é suficiente para aprovar
ou reprovar as engrenagens.
Algumas das engrenagens de potência são testadas RODANDO A PLENA
CARGA E VELOCIDADE durante um período de tempo. Se elas ficarem
polidas, sem desgaste, e girarem silenciosamente, pode ser garantido que
elas trabalharão bem.

BACKLASH

• em alguns casos a carga nãopermite que


se forme um filme de lubrificante
adequado e então se recuam as
engrenagens e aumenta-se a distância
entre-centros de ∆C para obter folga
circunferencial ( backlash B)

B = 2 ∆C sen α

A4-12
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.14. Projeto de transmissões por engrenagens

2.14.1 Escolha da disposição dos eixos e lay-out da transmissão


• eixos horizontai, paralelos e caixas bi-partidas são preferíveis . Fig 22.1
• uma disposição que resultre em dimensões próximas de um quadrado
geralmente são as mais econômicas
• notar na figura todos os detalhes construtivos ( 16 itens) . Não se esqueça
deles ao fazer seu projeto !

A4-13
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

• para pequenos redutores pode-se ter tampas laterais flangeadas Fig 22.2.
• neste caso não esquecer: parafusos só tem função de fixar (força axial). Usar
então pinos-guia de posicionamento.
• a usinagem dos mancais em tampas flangeadas ou em eixos com 3 mancais
(hiperestáticos!) deve ser feita concomitantemente em mandriladora

A4-14
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.14.2. Distribuição das relações de transmissão


• Normalmente a fonte de potência mecânica são motores elétricos, que
possuem alta velocidade e baixo torque. Porisso usamos redutores
• Potência em cada eixo
N i +1 = ηmancais . ηengrenamento .N i

ηmancais ≅ 0,98
 0,1 0,03 
ηengrenamento ≅ 1 −  +

 z pinhão . cos β v + 2  i

β - ângulo de hélice e v - velocidade tangencial ( m/s)

Relação de transmissão i - iI = z I 2 de forma que iI > 1 para


reduções. z I1

onde iI é a relação de transmissão do primeiro par de engrenagens I e zI1


é número de dentes da engrenagem 1 do par de engrenagens I
itotal = i1 . i2 ....in
• para um estágio i até 8 ( 6 para máquinas de mais precisão)
• para 2 estágios ( 2 pares de engrenagens ou 3 eixos) i até 45
• para 3 estágios ( 3 pares ou 4 eixos) i até 200

• i é regida pela aritmética de inteiros e portante varia aos saltos


zI1 16 16 17 17
zI2 39 40 37 38
i 2,4375 2,5000 2,1765 2,2353
variação - +2,56 % -10,71 % -8,29 %

A4-15
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

• ao escolher os z não os escolher como multiplos mesmo que i o permita


para evitar que um dente sempre engrene com o mesmo outro dente a cada
volta . Por exemplo se i=0,5 escolher 17 e 35 o que dá êrro de -2,8%
• no caso de projeto de redutores, o momento torçor ( e portanto todos os
esforços) cresce à medida que a rotação diminui. Também é possivel provar
que os esforços na engrenagem menor crescem quando i aumenta. Portanto é
aconselhável adotar i decrescentes e aproveitar o momento torçor menor.

• para distribuição de i temos duas alternativas :


z usar séries normalizadas de Rénard ( melhor) - Ver apostila de
Projeto de caixas de velocidade de Máquinas Ferraments
z usar números não normalizados

Niemann dá uma fórmula mais sofisticada para distribuir i


• Uma maneira simplificada é adotar ii +1 = ii2 / 3
• se quisermos uma relação total de engrenamento iT teremos :
4 para dois pares de engrenagem :
iT = i1.i2 = i1 . i12 / 3 = i15 / 3

⇒ i1 = iT3 / 5
obedecendo sempre redução máxima 6 e ampliação máxima 1/2
4 para tres pares de engrenagem:

iT = i1.i2 .i3 = i1 . i12 / 3. i14 / 9 = i119 / 9

⇒ i1 = iT9 / 19

A4-16
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

• Exemplo - queremos uma iT = 27 :


4 para dois pares de engrenagem :

3/ 5
i1 = iT = (27 )3 / 5 = 7,2246
2/3 2/3
i2 = i1 = 7,2246 = 3,7374
portanto o redutor teria : 27 = 7,2246 . 3,7374 mas a primeira redução
é maior que a permitida

4 para tres pares de engrenagem:

9 / 19
i1 = iT = (27 )9 / 19 = 4,7645
2/3 2/3 2/3 2/3
i2 = i1 = 4,7645 = 2,8313 e i3 = i2 = 2,8313 = 2,0013
portanto o redutor teria : 27 = 4,7645 . 2,8313 . 2,0013. OK !

• pelo mesmo motivo anterior devemos ter dentes mais robustos para os pares
com maior Mt e adotamos para o redutor :

i
mi +1 = mi . i
ii +1
no caso do exemplo anterior e 3 pares, se adotarmos m1 =5 :

4,7645
m2 = 5 . = 8,41 , adota - se m2 = 8, de acordo com DIN 7800
2,8313
2,8313
m3 = 8 . = 11,31 , adota - se m3 = 11
2,0013
• esta distribuição de m dá o ajuste grosso nos cálculos de
dimensionamento de engrenagens. O ajuste fino é obtido através da variação
da largura
A4-17
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.14.3 Escolha do denteamento


• os dentes retos são os mais baratos.
• para velocidades tangenciais maiores ou exigência de ruido menor ou
ainda relação de engrenamento maior, usam-se os dentes helicoidais.
desvantagem : produzem força axial que precisam ser retidas pelos mancais
• se a força axial for muito problemática pode-se optar pelos dentes em V
• para economia de espaço pode-se usar sistema planetário ou engrenagens
internas

2.14.4 Escolha dos materiais.


• o material precisa ter em valor adequado as seguintes propriedades:
- resistência mecânica ( σrt alto)
- resistência à fadiga
- resistência à pressão específica ( pressão de contacto)
- dureza para evitar desgaste
• as solicitações do pinhão são mais críticas geralmente que a coroa, sendo
comum serem de materiais diferentes.
• se as engrenagens são grandes o suficiente, faz-se o corpo de material mais
barato e o denteamento em uma coroa de inserto feita de material mais nobre
• típicamente, para construção mecânica normal, usam-se os aços
beneficiados com têmpera ou aços comuns cementados e temperados.
• a tabela de refência para escolha é a Tab 22.25 pag 199 VII Niemann

A4-18
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

A4-19
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.14.5. Forma construtiva das engrenagens


• os dentes são chanfrados nos lados sempre !
• as engrenagens pequenas são cheias e feitas de
barras (pinhão) e chapas grossas (coroa)
• as maiores tem alívio de peso:
- cubo
- alma
- coroa

• aquelas com alívio de peso podem ser:


- forjadas
- fundidas
- soldadas
• para engrenagens pequenas é posssível forjar a engrenagem junto com
eixo

A4-20
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.14.6 Largura dos dentes


• adota-se sempre bpinhão = bcoroa + m para garantir boa distribuição de
carga
• para dentes mais largos passa a ser fundamental a distribuição uniforme da
carga ⇒ bom apoio da engrenagem para não defletir demasiadamente em
serviço
• valores aconselháveis para largura b do dente:
Î eixo biapoiado rígido ........................ b / d p pinhão ≤ 1,2
Î em balanço ........................................ b / d p pinhão ≤ 0,75
• para efeito de dimensionamento inicial, adotar :
Î um estágio : b/a = 0,5 ; com a = dist. entre centros
Î dois estágios : b1/ a1 =1/3 e b2 = 2 b1
Î pode-se manter a razão a razão b/a , fazendo a crescer em série
normalizada
• nunca é aconselhável usar a largura do dente maior que o diâmetro
primitivo do pinhão. Se isto acontecer os esforços de torção concentrarão a
carga quase totalmente em uma das extremidades por erros no alinhamento
dos dentes e no alinhamento do eixos. Normalmente, para estes casos usa-se
uma largura por volta de três vezes o passo circular ( b= 3 Pc ) .
• em engrenagens helicoidais duplas (espinha de peixe) a largura pode ser tão
grande como duas vezes o diâmetro primitivo do pinhão antes que o
problema de esforços de torção torne-se sério.
• as regras acima resultam em vários valores para a largura. Adota-se o mais
razoável e depois verifica-se com cálculos de dimensionamento

A4-21
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.14.7 Outros detalhes construtivos


• preferem-se os assentos passantes de rolamento
• a fixação axial de engrenagens faz-se:
- com anéis espaçadores e tampa ( detalhe A acima ) ou
- com aneís elásticos
• união eixo cubo é feita com chaveta . Para altas séries pode-se usar outras
uniões mais resistentes a Mt ( estrias múltiplas, perfil K, etc)
• os mancais escolhidos são normalmente de rolamentos. Para redutores
muito grandes se usa mancais de deslizamento.
• a escolha das varáveis de projeto de engrenagens influem não só no
tamanho e desempenho destas, mas também inflei diretamente na escolha no
tipo e no dimensionamento dos rolamentos. ( detalhes B e C)

A4-22
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.14 .8 Dados necessários para o dimensionamento

Especificações ou dados necessários para o projeto de engrenagens.


- grandeza da potência a ser transmitida. N
- a velocidade do pinhão (ou da coroa).n
- relação de transmissão. i
- vida desejada.
• freqüentemente é difícil descobrir quanta potência um par de
engrenagens deve transmitir. Tomemos o exemplo de uma engrenagem
acionada por um motor de potência nominal 10 HP:
- o motor pode ser solicitado a girar todos os dias do ano a 10 HP.
- o motor pode girar somente intermitentemente e a potência bem
abaixo de 10HP.
- ainda em outro caso, o motor pode ser ligado todos os dias e ter que
fornecer 20HP por um pequeno período de tempo.
• neste caso usa-se o conceito de fator de serviço :
N serviço = N no min al . fs
tempo funcionam. com potência de serviço
fs =
tempo total

• pode ser interessante também calcular a máxima carga contínua que a


engrenagem poderá agüentar para a vida dada.

• em seguida deverá determinar o torque máximo. Esta carga,


provavelmente, durará somente um pequeno período de tempo.
• Na maioria dos projetos é necessário fazer cálculos de tensões para
somente estas duas condições. Entretanto, em alguns casos, poderá haver
uma alta carga intermediária a qual é maior que a máxima contínua, mas
não durará tanto quanto ela. Nestes casos é necessário calcular tensões
para a carga intermediária.

A4-23
SEM 327 - Complementos de Elementos de Máquinas II J.Lirani

2.14.9 Dados de saída do projeto

Geralmente os dados, referentes aos dentes, que devem constar do desenho


são os seguintes :
dimensões e tolerâncias:
Dnúmero de dentes
Ddiâmetro primitivo
Dângulo de pressão normal
Dmódulo normal (ou “pich”)
Dpasso circular normal
Despessura do dente
Dângulo de hélice
Ddireção da hélice
Daddendum
Daltura total.
dados referentes ao material e ao tratamento térmico (se existir).

A4-24

Você também pode gostar