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Engenharia

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A Catedral Metropolitana de Brasília e os palácios da capital federal, projetados pelo


engenheiro Joaquim Cardozo com bases delgadas que apenas tocam o chão, são as principais
conquistas da engenharia estrutural brasileira.

A Falkirk Wheel, um exemplo da aplicação de várias técnicas e ciências da engenharia.

Engenharia é a aplicação do conhecimento científico, econômico, social e


prático, com o intuito de inventar, desenhar, construir, manter e
melhorar estruturas, máquinas, aparelhos, sistemas, materiais e processos. É
também profissão em que se adquire e se aplicam os
conhecimentos matemáticos e técnicos na criação, aperfeiçoamento e
implementação de utilidades que realizem uma função ou objetivo.
Nos processos de criação, aperfeiçoamento e complementação, a engenharia
conjuga os vários conhecimentos especializados no sentido de viabilizar as
utilidades, tendo em conta a sociedade, a técnica, a economia e o meio
ambiente.
A engenharia é uma área bastante abrangente que engloba uma série de
ramos mais especializados, cada qual com uma ênfase mais específica em
determinados campos de aplicação e em determinados tipos de tecnologia.[1]

O profissional da engenharia
Ver artigo principal: Engenheiro

O anel de ferro, símbolo dos engenheiros no Canadá.

O engenheiro é o profissional que exerce a prática de engenharia. Em muitos


países, o exercício da profissão de engenheiro obriga, para além
da habilitação com um curso superior de engenharia, a uma licença ou
certificação profissional atribuída pelo estado, por uma associação profissional,
ordem ou instituição de engenheiros ou por um outro tipo de órgão de
regulamentação profissional. Conforme o país, aos profissionais devidamente
certificados ou licenciados está reservado o uso exclusivo do título profissional
de "engenheiro" ou estão reservados outros títulos formais como "engenheiro
profissional", "engenheiro encartado", "engenheiro incorporado", "engenheiro
diplomado" ou "Engenheiro Europeu".
Normalmente, a lei restringe a prática de determinados atos de engenharia aos
profissionais certificados e habilitados para tal, ainda que a prática dos
restantes não esteja sujeita a essa restrição.
Para além da certificação como engenheiro propriamente dito, em alguns
países existe a certificação como técnico de engenharia ou engenheiro técnico,
associada aos profissionais com uma habilitação correspondente a um curso
superior de 1º ciclo na área da engenharia.

História
Mais informações: Artes mecânicas
Pirâmide egípcia de Quéfren.

Balista, um engenho de guerra romano.

Máquina de Anticítera, o primeiro computador mecânico.


Máquina a vapor de Thomas Savery.

O conceito de engenharia existe desde a antiguidade, a partir do momento em


que o ser humano desenvolveu invenções fundamentais como a roda, a polia e
a alavanca. Cada uma destas invenções é consistente com a moderna
definição de engenharia, explorando princípios básicos da mecânica para
desenvolver ferramentas e objetos utilitários.[2][3]
O termo "engenharia" em si tem uma etimologia muito mais recente, derivando
da palavra "engenheiro", que apareceu na língua portuguesa no início
do século XVI e que se referia a alguém que construía ou operava
um engenho. Naquela época, o termo "engenho" referia-se apenas a uma
máquina de guerra como uma catapulta ou uma torre de assalto. A palavra
"engenho", em si, tem uma origem ainda mais antiga, vindo do latim "ingenium"
que significa "gênio" ou seja uma qualidade natural, especialmente mental,
portanto uma invenção inteligente.[4]
Mais tarde, à medida que o projeto de estruturas civis
como pontes e edifícios amadureceu como uma especialidade técnica
autónoma, entrou no léxico o termo "engenharia civil" como forma de distinção
entre a atividade de construção daqueles projetos não militares e a mais antiga
especialidade da engenharia militar. Hoje em dia, os significados originais dos
termos "engenharia" e "engenharia civil" estão já largamente obsoletos, mas
ainda são usados como tal em alguns países ou dentro do contexto de
algumas forças armadas.[3][5]
Antiguidade
O Farol de Alexandria, as Pirâmides do Egipto, os Jardins Suspensos da
Babilónia, a Acrópole de Atenas, o Parténon, os antigos aquedutos romanos,
a Via Ápia, o Coliseu de Roma, Teotihuacán e as cidades e pirâmides dos
antigos Maias, Incas e Astecas, a Grande Muralha da China, entre muitas
outras obras, mantêm-se como um testamento do engenho e habilidade dos
antigos engenheiros militares e civis.[3][5]
O primeiro engenheiro civil conhecido pelo nome foi Imhotep. Como um dos
funcionários do faraó Djoser, Imhotep provavelmente projetou e supervisionou
a construção da Pirâmide de Djoser, uma pirâmide de degraus em Sacará, por
volta de 2630 a.C.-2611 a.C.. Este poderá também ter sido o responsável pelo
primeiro uso da coluna na arquitetura.
Os antigos gregos desenvolveram máquinas tanto no domínio civil como no
militar. A Máquina de Anticítera (o primeiro computador mecânico conhecido) e
as invenções mecânicas de Arquimedes são exemplos da primitiva engenharia
mecânica. Estas invenções requereram um conhecimento sofisticado
de engrenagens diferenciais e planetárias, dois princípios-chave na teoria das
máquinas que ajudou a projetar as embreagens empregues na Revolução
Industrial e que ainda são amplamente utilizadas na atualidade, em diversos
campos como a robótica e a engenharia automobilística.[2]

Carta Náutica do Cartografo Português Pedro Reinel utilizadas nas viagens com as Caravelas no
período do descobrimento do Brasil.

Os exércitos chineses, gregos e romanos empregaram máquinas e invenções


complexas como a artilharia que foi desenvolvida pelos gregos por volta
do século IV a.C.. Estes desenvolveram a trirreme, a balista e a catapulta.
Na Idade Média, foi desenvolvido o trabuco.[2][3]
Renascimento
Nos séculos XV e XVI, a engenharia naval emerge em Portugal. Os novos tipos
de navios então desenvolvidos, como a caravela, a nau redonda e o galeão,
irão ser fundamentais nos grandes descobrimentos marítimos.[2]
William Gilbert é considerado o primeiro engenheiro eletrotécnico, devido à
publicação da obra De Magnete em 1600, o qual foi o criador do termo
"eletricidade".[2]
A primeira máquina a vapor foi construída em 1698 por Thomas Savery, que
assim é considerado o primeiro engenheiro mecânico moderno. O
desenvolvimento deste aparelho deu origem à Revolução Industrial nas
décadas seguintes, permitindo o início da produção em massa.[2]
Com a ascensão da engenharia como profissão, durante o século XVIII, o
termo tornou-se mais estritamente empregue para designar as atividades para
cujos fins eram aplicadas a matemática e a ciência. Além disso, além das
engenharias militar e civil, também foram incorporadas na engenharia o que
antes eram conhecidas como "artes mecânicas".
Era moderna
A engenharia elétrica pode traçar as suas origens às experiências
de Alexandre Volta em 1800, às experiências de Michael Faraday, Georg
Ohm e outros, bem como à invenção do motor elétrico em 1872. O trabalho
de James Maxwell e de Heinrich Hertz no final do século XIX deu origem
à eletrónica.[2]
As invenções de Thomas Savery e de James Watt deram origem à
moderna engenharia mecânica. O desenvolvimento de máquinas
especializadas e de ferramentas para a sua manutenção durante a Revolução
Industrial levaram ao crescimento acentuado da engenharia mecânica. [2]
A engenharia química tal como a engenharia mecânica, desenvolveu-se no
século XIX, durante a Revolução Industrial. A produção à escala industrial
precisava de novos mat

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