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Administração Aplicada à Engenharia

Primeiro Ponto
A engenharia foi iniciada pela imaginação humana para servir a um propósito.
O objetivo nesta parte introdutória adaptada do capítulo um do texto abaixo
busca identificar uma estrutura para compreender esta atividade humana como
uma maneira de pensar sobre engenharia e sua implicação na atividade
econômica e social.

Engineering in Time
The Systematics of Engineering History and Its Contemporary Context

Capitulo 1

Sobre Engenharia
Identificando uma estrutura
1.1 Uma História em Cápsula
A primeira referência documentada a um termo sugestivo acerca do significado
convencional da palavra engenheiro ou engenharia pode ser rastreado aos
primeiros tempos do império romano, quando a expressão latina ingenium era
usada para sugerir algum atributo engenhoso de um objeto ou de uma pessoa.
Logo depois, este termo foi usado para caracterizar um artefato ou dispositivo
útil para propósitos excepcionais e importantes. Eventualmente, a produção do
artefato ou dispositivo gerado começou a ser aplicado a uma pessoa que
possui uma mente inovadora e mãos hábeis na fabricação de tais dispositivos
e/ou artefatos.
Embora os romanos possam ser creditados por atribuir um rótulo a indivíduos
que eram inteligentes e hábeis na criação de dispositivos, eles não inventaram
a prática de fazer dispositivos engenhosos.
O instinto primordial para artefatos inovadores e as habilidades necessárias
para se fazer emergiu durante os primeiros movimentos da imaginação
humana. De fato, pode-se identificar uma progressão longa e sistêmica de tais
atividades como sugerido pela seguinte linha de tempo: a) desde a fabricação
pré-histórica de pedra ferramentas para a construção de pirâmides antigas; e
até a construção medieval de catedrais e fortalezas; b) da intrincada
elaboração de relógios mecânicos e impressão de tipo móvel; até as
descobertas isoladas de lentes de vidro e fundição de ferro para o
desenvolvimento do moinho de torre e energia a vapor; c) desde fábricas de
montagem de automóveis até a fabricação de aviões a jato modernos, e mais
recentemente para sondas de espaço profundo e microchips.
Ao longo desta vasta gama de progressões adaptativas, pensamento inovador
e ações habilidosas usadas na fabricação de dispositivos engenhosos foi
essencial para o surgimento de comunidades, culturas e civilizações. Assim,
pode-se afirmar que por prática demonstrada e não por rótulo específico,
ngenium e ingeniatore tem um longa e estimulante história.
1.2 Núcleo de Engenharia
Os inovadores ingeniatore romanos estavam evidentemente engajados não
apenas em ações táteis, mas também em um processo cognitivo. Eles devem
ter pensado sobre propriedades de materiais naturais, dispositivos
considerados para propósitos específicos, realizados por tentativa e erro, e
aprendidos com falhas. Agora e então surgiu um dispositivo particularmente útil
e engenhoso e foi devidamente notado por alguns escritores da época.
De fato, em algum momento da história um ingeniatore ao elaborar e fazer
algum (ns) artefato (s) descobriu que ao pensar e a partir das suas das ações
percebeu e se tornou familiarizado com as propriedades dos materiais naturais
e, em seguida, imaginativamente moldou e montou-os de maneiras particulares
de modo a produzir um dispositivo ou artefato com utilidade e função
específica.
Um observador astuto poderia concluir que esta interação e esforço constituiu
um processo técnico envolvendo naturalmente materiais em que um inventor,
por pensamento e habilidade, moldou e combinou materiais ou insumos para
criar um engenho ou artefato de interesse subsequente.
Essa dinâmica poderia ser modelada como um processo de entrada-saída,
composto por:
Materiais → ingeniatore → Artefato ou engenho (1)

A partir da formulação de equação 1 se pode sugerir que ingeniatore pode ser


representado como um conjunto sugerindo o pensamento criativo e ações
habilidosas geniais que resultam na combinação de materiais e fenômenos
naturais para a sua transformação em um dispositivo engenhoso e útil.
Observe, no entanto, a representação simbólica do item (1) pode ser universal,
quanto especifica a cada momento da evolução da história humana. Podemos
aplicar a equação 1 para o caso do Homem da Idade em que se poderia
explanar o processo de entrada-saída como sendo representado por:
Pedra natural → ação humana → pedra lascada e ferramenta ou artefato (2)
Inclusive podemos aplicar a equação 1 para o caso de um engenheiro
contemporâneo por meio de um processo de entrada-saída como sendo:
Materiais → pensamento e ações de engenharia de design e fabricação →
computador (3)
Portanto, a formulação de (1), (2) e (3) é suficiente geral e pode ser aplicada de
uma forma progressiva a evolução de processos na engenharia pois pode ser
tipicamente caracterizada como a transformação de:
Materiais naturais e suas propriedades → pensamento criativo e ações
habilidosas → engenhos, artefatos úteis (3a)
E, se quiser introduzir o tempo na equação como variável se pode escrever:

N (t) materiais → E (t) pensamento e ações → D (t) artefatos e engenhos (3b)


Finalmente, se pode representar essas várias expressões de forma compacta
como:
N (t) → E(t) → D(t) (3c)
Tomando essa relação dinâmica de três componentes como primordial para a
engenharia e entendido o significado desses termos constituintes se pode
aplicar a situações contemporâneas.

Mas antes um comentário sobre notação.

1.3 Notação Simbólica e Engenharia


O precedente introduziu algumas construções conceituais e notações
simbólicas associadas de particular relevância para a Engenharia no Tempo.
Tal notação simbólica é útil em nosso contexto por três razões:
(a) Familiaridade
Ele representa aspectos do pensamento e ações em forma gráfica que são
familiares para estudantes de todas as disciplinas de engenharia.
(b) Empirismo
Constitui uma maneira prática de descrever processos complexos de
importância central para a teoria e a prática da engenharia.
(c) Heurística
Sugere meios úteis e eficientes de organizar e explorar a progressão histórica e
o contexto contemporâneo da engenharia.
Ressaltamos que a notação simbólica e gráfica há muito tem provado ser uma
ferramenta instrucional e operacional mais eficaz e poderosa em Engenharia.
Embora essa notação possa assumir muitas formas - por exemplo diagramas
de força, representações de circuitos, representações de campos
eletromagnéticos, notação vetorial, projeções de plano de fase, etc. — seu
poder pedagógico repousa na eficácia das representações gráfico-geométricas
que fornecem um valioso foco cognitivo para processo de entrada-saída típico
de um negócio, empresa ou atividade econômica.

De fato, para a cadeira de administração aplicada à engenharia essa forma de


analise permite que os engenheiros se tornem particularmente hábeis nesse
tipo de pensamento visual e imaginativo. Por isso, esta notação gráfica é
comumente introduzida e também será aqui usado, adaptado e expandida ao
longo do curso.
1.4 Componentes Essenciais
O termo principal N(t) na Eq. (3c) representa a natureza como o ponto de
partida básico a noção de um ponto de uma progressão mais relevante. Para
fins de elucidação desta progressão, N (t) pode ser caracterizado por vários
atributos:
(a) A natureza constitui o recurso de materiais básicos essenciais para a
prática da engenharia (por exemplo, pedra, madeira, fibra, água, metal,
petróleo, etc ...).
(b) A natureza incorpora os fenômenos físicos de importância fundamental para
a teoria da engenharia (por exemplo, dureza, difusão, calor, elasticidade, atrito,
turbulência, ...).
(c) A natureza possui características dinâmicas autônomas de relevância para
o desempenho de dispositivos projetados (por exemplo, terremotos, ciclo da
água, ventos de furacão, inundações repentinas, ...).
Se pode adicionar a equação duas características adicionais, mas altamente
pessoais e privadas, a esta lista: a natureza pode induzir uma sensação
transcendental de engajamento e também pode estimular um profundo senso
de apego ao lugar.
O termo D (t) na Eq. (3C) identifica dispositivos projetados - os engenhosos e
úteis objetos ou artefatos feitos pelo homem assim julgados pelo senso
comum.
Cabe lembrar que a prática de engenharia contemporânea sugere as
definições de trabalho como úteis para definir que:
(a) Um dispositivo pode ser um artefato, construído ou adaptado, mas
invariavelmente com base em considerações de síntese; pode ser um
objeto de hardware como ferramenta, prótese, instrumento sensor,
máquina interativa, aparelho de pequena escala, montagem em grande
escala, adaptador/conversor, rede passiva/dinâmica, etc., ou pode ser
um objeto cognitivo como uma ideia estratégica, processo ótimo,
programa de ação, esquema de gerenciamento de informações,
algoritmo heurístico, pacote de software, know-how experimental, etc. ;
(b) Um dispositivo pode estar associado a uma mercadoria que fornece
funções: projeção de informações (por exemplo, livro, mostrador do
relógio, visor do monitor, ...), meios de transporte (por exemplo, vagão,
paraquedas, aeronave, ...), atender às necessidades de sustento (por
exemplo, cano de água, talheres, moinho de farinha, ...), e fornecer
entretenimento (por exemplo, guitarra, vídeo, dinâmica, arte, ...),
proporcionar conforto físico (por exemplo, forno, cadeira de jardim), etc.
(c) Um dispositivo também pode ser caracterizado como um objeto
sintetizado que envolve, estimula e capacita seus criadores e usuários;
(d) Um dispositivo pode ainda ser visto como uma unidade conveniente de
engenharia
.
Essas quatro caracterizações evidentemente abrangem uma amplitude
considerável, e, portanto, oferecem muitas oportunidades de associação como
exemplos.
Com N (t) e D (t) assim caracterizados, é evidente que na engenharia:
E (t) constitui a conexão central e unificadora na progressão de N (t) a D (t), e a
eq. (3c) pode ser uma definição; e dois corolários para engenharia podem
agora serem introduzidas.
Uma definição é dizer que a engenharia representa o pensamento criativo e as
ações habilidosas associadas ao uso ou adaptação de materiais naturais e
fenômenos na conceituação, planejamento, projeto, desenvolvimento,
fabricação, teste, implementação, melhoria e descarte de dispositivos e /ou
artefatos.
O Corolário I é que a engenharia pode ser interpretada como a atividade
racional com especificidades de como fazer dispositivos e como eles podem
ser melhorados.
O Corolário II é que a engenharia constitui o domínio do pensamento e da ação
que utiliza o que é criar, e o que pode vir a ser.
Observe que essas caracterizações evidentemente definem a engenharia não
apenas como uma atividade criativa, mas também como uma atividade de
busca de objetivos.
Todas as profissões contemporâneas precisam considerar a mudança e todas
descrevem mudança em termos que são específicos de seus interesses
A engenharia, ao longo do tempo, tornou-se cada vez mais identificada por
associação com classes de dispositivos: Engenharia Civil com dispositivos
cívicos, Engenharia Mecânica com dispositivos mecânicos, Engenharia
Química com dispositivos de processamento químico, Engenharia Elétrica com
eletroeletrônicos, e assim por diante. A associação entre uma disciplina de
engenharia específica e uma classe de dispositivos associada pode ser
indicada por subscrito pela notação:
N (t) → ei (t) → Di, j (t) (3.d)
Isso significa que os trabalhos variantes no tempo de um engenheiro associado
com a sua disciplina de engenharia “viabiliza” a fabricação de engenhosos
dispositivos. Uma característica evidentemente significativa da equação é que
os dispositivos Di, j (t) não aparecem isoladamente, mas emergem de um
amplo contexto histórico e se relacionam com projeções de engenharia
concebíveis sobre o futuro.
Para destacar esse recurso criativo e objetivo da engenharia, é preciso
perceber que os dispositivos se relacionam até e pós-data Di, j (t). Assim, a
equação incorpora um passado evolutivo único e um futuro contingente,
estabelecendo assim uma complexidade temporal distinta para entender a
evolução da engenharia.
Engenheiros precisam entender o passado relacionando os seus pensamentos
criativos e ações habilidosas tornam-se num elemento operacional para o
futuro. Um componente importante do profissional de engenharia relaciona-se
com a profundidade e amplitude da compreensão desta relação.
Logo, a engenharia é cumulativa. Então, o surgimento e implementação de
novos dispositivos é influenciado por uma variedade de desenvolvimentos
incertos e, portanto, a engenharia é contingente.
E, finalmente, a acomodação simultânea de domínios selecionados de
conhecimento cumulativo e experiência em antecipação de um contingente
futuro sugere uma terceira característica, a saber, que a engenharia é
dinâmica.
A engenharia é, portanto, uma profissão de considerável amplitude e
profundidade, e, aí é que reside o desafio que há muito atrai criativos e
habilidosos indivíduos.
Do exposto até o presente, valeria pensar e refletir de forma:
• A considerar dispositivos comuns, como bicicletas, carros, eletrodomésticos,
aeronaves, etc. para identificar quais eventos ou desenvolvimentos melhoraram
ou poderiam ter frustrado sua evolução particular?
• Como a equação (3 d) parece como um modelo convencional de entrada →
saída aplicável a muitas áreas da engenharia. Explique os motivos dessa
semelhança enfatizando em particular os pensamentos e ações de
engenheiros; e
• A equação (3 d) pode ser descrita usando cálculo; em contraste, progressões
em relação ao tempo são igualmente comuns, mas muito difícil de descrever
analiticamente. Por quê? Como responder? Além de especial
desenvolvimentos de dispositivos, considere também assuntos históricos
específicos, como biografia, histórias corporativas, evoluções nacionais, etc.; e
análises de futuro.

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