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SÃO PAULO - Mulheres negras estão 50 por cento mais suscetíveis ao desemprego

do que outros grupos, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica


Aplicada divulgada nesta quarta-feira.

8,8 pontos percentuais. O instituto distingue os dados entre homens brancos,


homens negros, mulheres brancas e mulheres negras.
Segundo o Ipea, a taxa de desemprego entre mulheres negras é 80 por cento
superior àquela encontrada antes do início da recessão de 2015-2016.
Entre homens brancos, a variação no período foi de 4,6 pontos percentuais. Entre
negros do sexo masculino, o desemprego cresceu 7 pontos percentuais no mesmo
intervalo de tempo. A disparidade ocorre desde antes da queda do PIB em
2015-2016.
«Os resultados indicam que a resposta da taxa de desemprego dos grupos durante
a recessão não foi alterada», diz trecho do estudo.

2015-2016 afetam tanto «o número de pessoas que passam a buscar emprego


quanto...o tempo em que os desempregados se mantêm nessa condição».

FAIXA ETÁRIA

Jovens de 18 a 29 anos estão entre os mais afetados, com uma relação de 1,7 em
relação à taxa geral de desemprego. Ou seja, a cada um ponto percentual de
aumento na taxa de desemprego, há um avanço de 1,7 ponto percentual na
desocupação desta faixa etária. Na faixa etária de 30 a 64 anos, a relação é de 0,7
ponto percentual, segundo o Ipea.

COMO FAÇO PARA COMBATER O MACHISMO?

Para entendermos um pouco mais sobre o assunto, o Abracores convidou várias


mulheres para dar dicas aos homens de como agir sem perpetuar o machismo. Bora
refletir e botar em prática!! (obs: abracores e um instituto q ajuda mulheres negras a
combate preconceito e o machismo)

1 – Não envergonhe mulheres que falam abertamente sobre sexo.


Nós podemos fumar, xingar e falar sobre genitálias e sexualidade
abertamente como vocês também fazem. Também não forcem a
barra para que possamos satisfazer todas as suas fantasias
sexuais nascidas por meio dos pornôs misóginos. Cada pessoa
tem seus limites e também suas vontades. Caroline Brandão
2 – As atividades domésticas também são de vocês. Tomem essa
responsabilidade, pois a maioria dos homens quando moram com a
mãe ou esposa/namorada, agem como se o serviço doméstico
fosse um favor, e não obrigação! Lembrando que não é ajudar, mas
realizar uma atividade que também cabe a vocês! Ana Carolina
Marques
3 – Não chame sua pretendente negra de morena, e não diga que
nossa beleza é exótica. A última coisa que uma mina quer escutar
é que ela é “estranhamente bonita” assim como os animais
exóticos do zoológico. Rafaela Lincoln
4 – Quando uma mulher estiver falando, tenha o mínimo de
educação e senso em esperar ela terminar de falar, além de não
interrompe-la o tempo todo, como acontece muito por aí.
Geralmente, os homens interrompem muito falas femininas, o que
não ocorre quando um outro homem está com a palavra. Ana
Carolina
5 – As mulheres são tão capazes de realizar determinadas
atividades quanto vocês homens. Não é errado ser gentil, mas
fazer as coisas pelas mulheres por achar que elas não conseguem
é algo bem problemático. Não façam que tenhamos que provar
nada, quem vai passar vergonha são vocês. Lorena Azevedo e
Sarah Gomides
6 – É importante que os homens pensem no que dizem e como
agem. Se for uma agressão verbal que xinga a mãe, por exemplo,
é uma perpetuação do machismo. Por que não usar “filho do
patriarcado” ou “patriarcado que pariu”, ao invés de diminuir
outra mulher. Shayane Santana
7 – Não “pague” de desconstruído na frente das mulheres para
conquista-las. Muito menos faça isso ao mesmo tempo que você
age de maneira machista na frente dos amigos. Outra dica é
corrigir o amigo que está sendo machista numa roda de conversa
ou num relacionamento com alguma mulher. Tainá Azevedo
8 – Muitas palavras no diminutivo reforçam a imagem da
feminilidade com incapacidade sensibilidade e fraqueza.
Dispensamos diminutivos! Sarah Gomides
9 – Nós também podemos praticar esportes, e isso inclui o futebol!
Nem no campo nem na vida, precisamos provar algo! Podem parar
de nos perguntar o que é impedimento! Maria Júlia
10 – A minha roupa não é licença para o seu abuso. E se eu for
educada com você, não necessariamente, quero te beijar, posso
apenas querer sua amizade. Aline Carleto e Tainá Azevedo

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