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Estrutura fundiária: dimensão, à forma e à fragmentação das explorações agrícolas.

Região agrária: área de intervenção no âmbito das competências das Direções Regionais
de Agricultura, que agrupa zonas agrárias, tendo por finalidade o apoio direto nos setores
agrário e alimentar a nível local e regional e os objetivos de âmbito nacional definidos para
aquele setor.

Espaço agrícola: espaço destinado à produção vegetal e/ou animal.

Espaço agrário: superfície que integra o espaço agrícola e elementos diretamente


relacionados com a atividade agrícola (os caminhos de acesso às explorações agrícolas, os
estábulos, os armazéns, canais de rega)

Espaço rural: espaço onde se desenvolvem as atividades agrícolas, bem como as


atividades ligadas à silvicultura, à indústria, ao turismo, ao artesanato e à produção de
energias renováveis.

Paisagem agrária: paisagem constituída pela conjugação de diversos elementos, como a


morfologia agrária, o sistema de cultura e o povoamento rural.

Estrutura agrária: conjunto de marcas que configuram a paisagem agrária, resultado de


uma inter-relação entre os elementos físicos e humanos, no trabalho e na posse da terra, e
a partir do qual é possível caracterizar o espaço agrário.

Povoamento rural: modo de ocupação do espaço rural, em que se estabelecem relações


de localização entre a população e esse mesmo espaço.

Pousio: situação em que uma parcela agrícola (folha), fica sem cultura durante um ano ou
mais.

Afolhamento: divisão da exploração agrícola em parcelas (folhas), cultivando-se um


produto diferente em cada parcela, em sistema rotativo.

Campo-prado: tipo de paisagem agrícola em que se verifica uma alternância entre as


culturas alimentares, no verão, e os pastos para o gado, no inverno.

Bloco agrícola: parte de uma exploração agrícola inteiramente rodeada de terras, cursos
de água ou outros elementos, não pertencentes à exploração.

Montado: campo de cultura extensiva, onde os sobreiros e as azinheiras se encontram


dispersos no campo para compensar o fraco rendimento do solo.

Primores: produtos que se obtêm antes da época própria, atingindo, por isso, preços de
mercado elevados.

Cerrados: terreno com vedação de modo a proteger as culturas dos ventos fortes.
Designação usada no arquipélago dos Açores.
Levadas: pequenos canais de irrigação que visam redirecionar as águas de uma área para
a outra.

Exploração agrícola: unidade técnico-económica que utiliza fatores de produção comuns,


como mão de obra, máquinas, instalações, terrenos, entre outros, e que deve satisfazer
obrigatoriamente as quatro condições seguintes:
1. produzir produtos agrícolas ou manter em boas condições agrícolas e ambientais as
terras que já não são utilizadas para fins produtivos;
2. atingir ou ultrapassar uma certa dimensão (área, número de animais);
3. estar submetida a uma gestão única.
4. estar localizada num local bem determinado e identificável.

Superfície agrícola utilizada (SAU): superfície constituída pelas terras aráveis (limpa sob
coberto de matas e florestas), culturas permanentes, pastagens permanentes e hortas
familiares.

Superfície agrícola não utilizada (SANU): superfície que, por razões econômicas, sociais
ou outras, deixou de ter uma utilização agrícola e de entrar no afolhamento ou rotação
cultural. Esta superfície abandonada mantém o potencial produtivo e pode retomar a
produção com o auxílio dos meios geralmente disponíveis na exploração.

Natureza jurídica do produtor: a personalidade jurídica do responsável jurídico e


económico da exploração, que pode assumir várias formas:
– Pessoa singular: quando o produtor agrícola é uma pessoa física, independentemente de
ter registo da atividade económica nas Finanças;
– Sociedade: quando se trata de uma entidade moral, constituída segundo os códigos
comercial e civil em sociedade por ações (anônimas), sociedade por quotas de
responsabilidade limitada, sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita,
sociedade unipessoal ou outra.

Exploração por conta própria: o produtor é o proprietário, isto é, recai sobre o produtor a
responsabilidade sobre a tomada de decisão e sobre a obtenção das perdas e lucros,
podendo, no entanto, utilizar mão de obra familiar.

Exploração por arrendamento: o produtor paga uma renda anual ao proprietário da


exploração e pode usufruir da totalidade dos resultados da exploração, mas, de acordo com
a natureza do contrato, as perdas e ganhos podem ser repartidos entre este e o
proprietário.

Produtor agrícola: responsável jurídico e económico da exploração, isto é, a pessoa física


ou jurídica por conta e em nome da qual a exploração produz, que retira os benefícios e
suporta as eventuais perdas.

Terras aráveis: terras frequentemente mobilizadas e que se destinam a culturas


temporárias de sementeira anual (ex.: cereais, leguminosas, batata, hortícolas, etc.),
geralmente associadas a um sistema de rotação cultural.
Culturas temporárias: culturas cujo ciclo vegetativo não excede um ano (anuais) e as que,
não sendo anuais, são ressemeadas com intervalos que não excedam os 5 anos (prados
temporários, etc.).

Culturas permanentes: culturas lenhosas que ocupam a terra durante vários anos e
fornecem repetidas colheitas.

Pastagens permanentes: plantas, em geral herbáceas, semeadas ou espontâneas, não


incluídas numa rotação e que ocupam o solo por um período superior a 5 anos.

Horta familiar: superfície de dimensão normalmente inferior a 20 ares, reservada à


produção de hortícolas, frutos e/ou flores, maioritariamente para autoconsumo.

Cereais para grão: cereais semeados com a intenção de obter grão após maturação
completa, independentemente do destino da cultura.

Leguminosas secas para grão: leguminosas cultivadas para colheita do grão após
maturação completa, quer se destinem à alimentação humana ou à alimentação animal.

Culturas forrageiras: culturas destinadas ao corte para dar ao gado e que são colhidas
antes de completarem o seu ciclo vegetativo (maturação), de modo a serem mais bem
digeridas pelos animais.

Culturas industriais: culturas que se destinam a transformação industrial tais como o


girassol, tabaco, colza, plantas aromáticas e cana-de-açúcar, entre outras. Não inclui o
tomate para a indústria, considerada cultura hortícola.

Pecuária extensiva: tipo de criação de gado que ocupa extensas áreas ao ar livre, com
utilização de técnicas tradicionais e com baixa produção por hectare.

Pecuária intensiva: tipo de criação em que os prados são permanentemente ocupados, ou


em que se verifica o recurso a técnicas modernas de estabulação, alimentando o gado com
rações e obtendo uma elevada produção por hectare

Unidade de Trabalho Ano (UTA): unidade de medida equivalente ao trabalho de uma


pessoa a tempo completo realizado num ano medido em horas (1 UTA = 225 dias de
trabalho ou 1800 horas por ano).

Nível de instrução: nível ou grau de ensino mais elevado que o indivíduo concluiu ou para
o qual obteve equivalência.

Qualificação profissional: grau de preparação que um indivíduo demonstra para a


execução da sua profissão.

Pluriatividade: prática, em simultâneo, do trabalho na agricultura e em outras atividades.


k
Emparcelamento: operação que consiste no redimensionamento das explorações
agrícolas, através da junção de parcelas (por troca ou venda) que antes estavam
geograficamente afastadas.

Indústria agroalimentar: conjunto de atividades relacionadas com a transformação de


matérias-primas em bens alimentares e bebidas.

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