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O TERCEIRO MUNDO

COMO PODEMOS CLASSIFICAR ESTES PAÍSES?

O termo TERCEIRO MUNDO começou a ser utilizado associando a ideia aos países que
ficavam arredados dos centros de decisão e de repartição mundial da riqueza.

A expressão SUBDESENVOLVIDOS contém implicitamente a ideia de que setes países se


encontram numa situação de atraso quando comparados com os países desenvolvidos.

A partir de 1966 as Nações Unidas introduziram a expressão PAÍSES EM VIAS DE


DESENVOLVIMENTO e actualmente PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO (PVD/PED)

Atendendo ao fosso entre os países desenvolvidos do Norte e e os países mais pobres do


hemisfério Sul é habitual utilizar-se a expressão PAÍSES DO NORTE e PAÍSES DO SUL.

ECONÓMICO SOCIAL
Rendimento per capita baixo, Taxas de analfabetismo altas,
mão-de-obra desqualificada falta de assistência, más
exportam produtos de baixo condições de habitação, fome e
PAÍSES DO SUL
valor acrescentado e têm escassez de alimentos
forte endividamento externo Como se caracterizam? generalizada.

DEMOGRÁFICO
POLÍTICO
Elevado crescimento, taxa de
Conflitos étnicos e fronteiriços,
mortalidade infantil elevada,
governos corruptos e autocráticos,
esperança média de vida
não são respeitados os direitos
baixa.
humanos.
O meio natural onde se localizam os países desenvolvidos não é favorável ao
desenvolvimento pois ao localizar-se na região inter-tropical com longos períodos
de seca faz com que os solos se esgotem e se tornem frágeis esgotando-se com
facilidade. As grandes catástrofes naturais como tufões, inundações ou secas são
frequentes trazendo muitos prejuízos.

A colonização deixou estes países com estruturas económicas que serviam as


necessidades dos colonizadores levando à falência das actividades locais.

Como as taxas de mortalidade baixaram e as de natalidade mantiveram níveis elevados


o crescimento populacional é elevado o que contribui para o aumento do número de
pessoas subalimentadas. As carências alimentares resultam de uma prática agrícola
virada para as culturas de exportação que degradam os solos devido à sobreexploração.

Estes países têm uma forte dependência económica do exterior quer do ponto de vista
comercial, financeiro nomeadamente do investimento estrangeiro e mesmo tecnológico pois
todo o equipamento tem que ser importado.
Os reflexos da colonização
A maior parte dos países de África, Ásia e América Latina que actualmente constituem o
denominado Terceiro Mundo eram no século XIX colónias dos países ocidentais
desenvolvidos.
Após a II Guerra Mundial apoiados pela Carta da Nações Unidas, que defende o direito dos
povos colonizados à auto-determinação e independência, dá-se o desmoronamento dos
seculares impérios coloniais europeus fazendo surgir um novo mapa político em vários
continentes.

O período de colonização deixou várias consequências nos planos económico, social e político:

 Destruição das economias tradicionais – exportação de produtos primários de baixo valor


acrescentado e importação de produtos manufacturados pagos a preços elevados.

 Pilhagem dos recursos naturais.

 Criação de fronteiras políticas artificiais – sem ter em conta a cultura e as afinidades dos povos.

 Destruição das estruturas sociais, políticas e linguísticas.

 Cidades construídas de forma a servir os interesses das metrópoles.

 Ritmo de crescimento demográfico acelerado devido à baixa da taxa de mortalidade.

 Migrações internas e vagas de refugiados.

 Dualismo económico, um moderno e lucrativo controlado pelas transnacionais, outro tradicional


e pouco produtivo virado para o auto-consumo.

 Desigualdades económicas e sociais profundas entre as elites do poder e uma vasta população
que vive na pobreza.

A Questão do Terceiro Mundo


O comércio internacional é o resultado de uma divisão do trabalho que se realiza à escala mundial.
A troca internacional é necessária porque os países não podem produzir o conjunto de bens e de
serviços de que têm necessidade.
Os países europeus têm necessidade de matérias-primas que eles não possuem, enquanto outros
países desejam obter os seus produtos de alta tecnologia. Cada país pode portanto especializar-se
na produção de um certo bem e realizar trocas com os países que disponham de uma outra
especialização.

A repartição das diferentes especializações entre todos os países do


mundo constitui:

Divisão Internacional do
Trabalho

Após a Revolução Industrial vai desenvolver-se uma Divisão


Internacional do Trabalho em que o Terceiro Mundo vai exportar em
geral produtos de fraco valor acrescentado, enquanto os países
industrializados se especializam na produção de bens de elevado
valor acrescentado.
EM CONCLUSÃO:
• Em oposição aos países industrializados os países do Terceiro Mundo detêm globalmente
uma proporção muito fraca das trocas mundiais, sobretudo se atendermos à proporção
territorial e demográfica.
• Destaca-se a Ásia em que alguns estados alcançaram já um lugar de relevo no comércio
internacional – Quatro Dragões Asiáticos – Hong Kong, Singapura, Taiwan e Coreia do Sul,
que representam dois terços das exportações de produtos manufacturados de todo o Terceiro
Mundo.
• Na América Latina destacam-se os países com maior dinamismo económico: o México e o
Brasil que detêm mais de metade das trocas latino – americanas.
• Á África cabem-lhe apenas 2,5 % do comércio mundial. Mesmo assim cerca de 60% do
comércio externo africano concentra-se em apenas 4 países: África do Sul, Nigéria, Argélia e
Líbia. À excepção da África do Sul o comércio daqueles países concentra-se na exportação de
petróleo e também (embora menos) na de gás natural.

 Devido aos choques petrolíferos (1973 e 1979) o petróleo


aumenta a sua importância no total das exportações do Terceiro
Mundo (2/3).
 Em meados de 80 com a descida do preço do petróleo este perde
importância que detinha sendo substituído pelos produtos
manufacturados dos NPI.
 Por outro lado verifica-se um grande instabilidade dos preços
das matérias primas o que agrava ainda mais a situação de
dependência.
A DEGRADAÇÃO DOS TERMOS DE TROCA

A relação entre o valor dos bens exportados e o valor dos bens importados corresponde aos:
TERMOS DE TROCA
 Quando o valor das exportações é superior ao das importações verifica-se uma:
VALORIZAÇÃO DOS TERMOS DE TROCA
 Quando se verifica a situação inversa fala-se numa deterioração ou:
DEGRADAÇÃO DOS TERMOS DE TROCA

Factores que explicam a degradação dos termos de troca nos


PVD:

 A estrutura das exportações – vendem barato e compram


caro
 Aumento de oferta de produtos brutos – implica uma baixa
dos preços nos mercados internacionais
 Diminuição da procura de matérias-primas – redução das
quantidades de matéria-prima devido ao desenvolvimento da
tecnologia.
 Substituição de matérias-primas por produtos sintéticos.
 Medidas restritivas dos PD aos produtos vindos dos PVD.
 Distinguir entre ajuda bilateral e multilateral.
 Relacionar a ajuda bilateral com a acentuação da dependência externa.
 Dar uma noção de Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD).
 Explicar a repartição regional da APD.
 Explicar o papel das ONG no processo de desenvolvimento local.
 Enunciar as limitações internas e externas da ajuda.
 Interpretar os fluxos financeiros para o Terceiro Mundo.
 Explicar as causas do endividamento externo.
 Justificar por que razão o endividamento externo é um obstáculo ao
desenvolvimento.
 Evidenciar a necessidade da renegociação da dívida externa.
 Caracterizar as políticas de ajustamento estrutural.
 Referir a importância da CNUCED.
 Justificar a necessidade de instauração de uma NOEI.
 Enunciar os objectivos da NOEI.
 Efectuar o balanço do diálogo Norte – Sul.
A Ajuda internacional assenta em parte na ideia de que o desenvolvimento é uma questão
técnica e financeira (…) Assim, a ajuda resume-se a um simples fluxo que completa os
magros recursos dos países pobres e lhes permite aceder a um nível de capital necessário
ao investimento e ao crescimento”
Emmerij, L, op. Cit.

De acordo com o Banco Mundial a ajuda deve entre outros aspectos permitir:
 Melhorar a vida de toda a população.
 Melhorar o crescimento económico e obter ganhos sociais e económicos para toda a população.
 Reduzir a pobreza

A Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) obedece aos seguintes critérios:


• É fornecida aos países em desenvolvimento de forma bilateral ou multilateral
• Atribuída por organismos públicos
• Destinada a promover o desenvolvimento
• Assente em condições financeiras favoráveis (25% a fundo perdido)

A AJUDA INTERNACIONAL
BILATERAL MULTILATERAL
BILATERAL MULTILATERAL

Quando é concedida por um Estado Quando é concedida a um Estado através


directamente a outro Estado sob a forma de de organismos internacionais como o Banco
empréstimo ou doação. Mundial ou o fundo monetário internacional
(FMI)

Quando a Ajuda é BILATERAL ela serve muitas vezes de instrumento estratégico


nas mãos das grandes potências. Deste modo a Ajuda dos EUA vai principalmente
para a América central e para Israel; a do Japão para os seus parceiros comerciais
na Ásia; a da França e do Reino Unido para as suas ex-colónias.

Quando a Ajuda é MULTILATERAL é muito menos importante apesar do trabalho


das organizações ser muitas vezes exemplar.

HUMANITÁRIA – Destina-se a populações estrutural e permanentemente pobres


DE EMERGÊNCIA – Destina-se ao auxílio de vitimas dos desastres causados por
factores naturais ou humanos.

Pode ser negativa pois:


 Pode não corresponder ás reais necessidades da população.
 Os alimentos podem não ser de boa qualidade.
 Os alimentos por vezes não chegam às populações .
 Pode criar dependência nas populações.
É constituída por:
Investimentos directos – realizados principalmente por
empresas transnacionais (ETN) que actuam segundo os seus
interesses e não os dos países receptores. Os seus lucros
chegam a ser superiores ao PIB dos países onde se instalam e
por isso dominam politica e economicamente.
Empréstimos bancários – concedidos a taxas de juro pouco favoráveis aos PVD o que leva a um
agravamento da sua situação financeira e ao endividamento.
Doações das Organizações Não Governamentais (ONG)- estas organizações independentes dos
Estados e sem fins lucrativos constituem uma das melhores formas da ajuda, pois normalmente
têm uma grande proximidade com as populações.
Nos últimos anos a ajuda privada aumentou muito sobretudo em IDE que se dirige
essencialmente para as economias emergentes da Ásia. Apenas 1,5% vai para os países mais
pobres.

A ajuda prestada pelas ONG é relativamente baixa em


relação ao total da ajuda mas tem vindo a aumentar muito nos
últimos anos.
Sendo organizações que se deslocam ao terreno têm um
conhecimento muito mais profundo das necessidades das
populações o que as torna muito mais eficazes na
implementação de programas de assistência às populações
mais carenciadas.

Equipadas com técnicos especializados nos vários ramos da assistência estas


organizações estão hoje em quase todos os conflitos mundiais, não só a ajudar as
populações mas também a denunciar situações de drama humano à Comunidade
internacional.
Ao longo dos últimos anos a Ajuda tem tido alguns sucessos mas também se têm verificado uma
série de insucessos cujas responsabilidades são atribuídas quer aos doadores quer aos
receptores:

 A ajuda tem sido insuficiente : A APD tem vindo a ser ultrapassada pela ajuda privada
pois a maioria dos países não cumpre com o estipulado pelas Nações Unidas não transferindo
cerca de 1% do seu PIB anual.

 A Ajuda nem sempre é desinteressada – Os países doadores orientam a ajuda para as


regiões onde têm interesses e fazem-na segundo os seus interesses.

 Imposição de modelos desadequados à realidade dos países receptores

 A ajuda não tem sido isenta – Não tem sido orientada para os que mais precisam mas
sim para os que oferecem mais garantias.

 Tem sido mal canalizada – Não é aplicada na melhoria da qualidade de vida das
populações mas em armamento ou despesas supérfluas.
 Apropriação pelas elites do poder – Apenas enriquece alguns.
 Desincentivo à produção interna

 Agravamento das desigualdades económico-sociais – A ajuda não é repartida de


forma equilibrada por toda a população ou regiões o que conduz a um acentuar das
assimetrias.
O endividamento não é em si mesmo uma operação económica condenável quando as
riquezas produzidas graças aos recursos emprestados são suficientes para assegurar o
respectivo reembolso ( quando a taxa de crescimento da economia é superior à taxa de
juro dos empréstimos).

Foi esta situação que os PVD conheceram nos anos 70 (forte taxa de crescimento e
fraca taxa de juro real devido à intensa inflação).

A partir do segundo choque petrolífero (1979) uma vez que o comércio internacional se
começou a retrair, enquanto os países ocidentais adoptavam políticas económicas
restritivas verificam-se duas consequências negativas para os PVD:

A diminuição do seu crescimento, uma vez que as exportações baixavam

Certos PVD que tinham obtido muito crédito (especialmente da América Latina)
encontram-se depressa perante a impossibilidade de fazer face aos seus compromissos.

Subida das Valorização do Baixa dos preços


taxas de juro Dólar dos produtos
primários
 ALIGEIRAMENTO DA DÍVIDA
O FMI e o Banco Mundial TOMARAM
 REESCALONAMENTO DA DÍVIDA
ALGUMAS MEDIDAS COM VISTA A
 PROGRAMAS DE AJUSTAMENTO
COMBATER O SOBRE-ENDIVIDAMENTO ESTRUTURAL
 ATRIBUIÇÃO DE NOVOS
CRÉDITOS

O AJUSTAMENTO ESTRUTURAL

Consiste num conjunto de medidas impostas pelo FMI aos países endividados para controlar os
défices comerciais e públicos e a inflação:
 Privatização das empresas públicas
 Redução do investimento público
 Desvalorização da moeda
 Congelamento dos aumentos salariais
 Subida das taxas de juro

Estas medidas têm alguns efeitos negativos para a população nomeadamente:


 Abaixamento do poder de compra
 Degradação dos serviços públicos
 Redução de salários da função pública
 Diminuição das importações o que origina quebras na produção industrial
Em 1964 os países do Terceiro Mundo defendem na 1ª Conferência das Nações Unidas para o
Comércio e Desenvolvimento (CNUCED) o estabelecimento de trocas comerciais mais justas e
equitativas entre o Norte e o Sul. Esta 1ª Conferência estabeleceu os seguintes objectivos:
Favorecer a cooperação internacional de forma a criar uma relação comercial mais equitativa
entre o Norte e o Sul.
Estimular a cooperação Sul – Sul.
Reestruturar o comércio internacional.

Na 2ª conferência (1968), no sentido de estimular a exportação dos países do Sul foi aprovado
o SPG (Sistema de preferências generalizado) que prevê a redução das tarifas aduaneiras às
exportações efectuadas pelos às exportações efectuadas pelos países do Sul para os países do
Norte.
Conscientes da importância do comércio para o seu desenvolvimento os países do Terceiro
Mundo reivindicaram trocas mais justas orientados pelo princípio “ Comércio sim, ajuda não”.
Em 1974 por pressão dos países do Terceiro Mundo é aprovada na Assembleia Geral da ONU:

UMA NOVA ORDEM ECONÓMICA INTERNACIONAL (NOEI)


 Garantir uma justa remuneração dos preços das matérias primas exportadas pelos países do Sul.
 Estabilizar os preços das matérias-primas, de forma a evitar os prejuízos causados pelas
constantes flutuações dos preços.
 Facilitar o acesso dos produtos do Terceiro Mundo aos mercados do Norte.
 reduzir o endividamento através de mecanismos de renegociação da dívida e prolongamento dos prazos
de pagamento.
A ideia de que para se atingir o desenvolvimento os países do Terceiro Mundo teriam de passar
por um processo de industrialização, tal como os países industrializados do Norte levou a que
grande parte destes países adoptassem diversas estratégias de desenvolvimento centradas no
crescimento da indústria, numa primeira fase voltadas para o mercado interno para em seguida
conquistarem os mercados externos.

INDUSTRIALIZAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES – Voltada para o mercado interno


desenvolvendo a indústria transformadora ligeira para o mercado interno evitando assim as
importações. Exige proteccionismo do Estado.
INDÚSTRIAS INDUSTRIALIZANTES – Desenvolvimento de indústrias motoras criando pólos de
desenvolvimento que induzam o crescimento de toda a economia.

VALORIZAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS – Valorizar os produtos naturais por forma a não os
exportar em bruto. Foi seguida por países com abundância de recursos.
PRODUÇÃO DE BENS MANUFACTURADOS – Promoção das exportações de produtos
manufacturados , criação de zonas francas atractivas de capital estrangeiro, forte
dinamização do Estado.
A partir dos anos 70 alguns países do Terceiro Mundo começam a apresentar taxas de
crescimento muito elevadas e uma forte implantação nos mercados internacionais exportando
produtos manufacturados de elevado valor acrescentado e concorrendo directamente com os
países industrializados do Norte.
Nascem assim um conjunto de países de economias dinâmicas e competitivas com um forte
crescimento industrial e uma grande abertura ao exterior.

Estes países são também designados por:


SEMI-PERIFERIAS- Pois apresentam alguns
indicadores muito próximos dos PD
ECONOMIAS INTERMÉDIAS – Ocupam uma
posição intermédia no sistema de trocas
internacionais entre os PD e os PVD.

 A estratégia de industrialização adoptada


 A sua posição geoeconómica
Seguindo a estratégia de industrialização voltada para as exportações a partir
da década de 60 emergem quatro novos países industrializados na Ásia do
Pacífico: TAIWAN, SINGAPURA, COREIA DO SUL E HONG-KONG – os NPI de 1ª
Geração INDONÉSIA, MALÁSIA E TAILANDIA – os NPI de 2ª Geração.

Dos quatro Dragões asiáticos Hong-Kong foi o 1º a emergir


seguido de Taiwan e mais tarde a Coreia do Sul e Singapura.
Estes países caracterizam-se pela grande diversidade das suas
exportações (produtos manufacturados de elevado valor
acrescentado) afirmando-se também como importantes praças
financeiras internacionais.

FACTORES DE AFIRMAÇÃO DESTES PAÍSES:


 A sua posição geográfica entre a China e a URSS.
 O papel do Estado muito intervencionista criando mecanismos
protectores do mercado interno e atraindo investimento
estrangeiro
 A estratégia de industrialização adoptada
 Mão-de-obra abundante e com bom nível de formação.
 Elevadas taxas de investimento – poupanças internas e
investimento estrangeiro
 articulação entre a indústria e a agricultura para assegurar a
auto-suficiência alimentar.
Influenciados pelo crescimento económico dos quatro Dragões Asiáticos
surgem na região os NPI de 2ª Geração: Indonésia, Malásia e Tailândia,
estando prestes a emergir mais três: Filipinas, Vietname e China.

À semelhança do que tinha acontecido na relação do Japão com os NPI de 1ª geração, também
estes últimos iniciam um processo de deslocalização das indústrias mais poluentes e
consumidoras de mão-de-obra intensiva para os países da região.
 Com salários mais baixos e legislação mais permissiva estes países vão registar uma taxa de
crescimento do produto muito elevada.
- A Malásia é actualmente o 3º exportador mundial de semi-condutores
- A Tailândia ocupa um lugar de destaque no fabrico de componentes electrónicos e
informáticos.
- A Indonésia especializou-se na indústria pesada de siderurgia e petroquímica.
 A partir de meados de 90 o crescimento de alguns destes países tem vindo a diminuir,
afectados também pela recessão mundial, o que se deve a factores como:

 Elevada dependência dos mercados externos.


 Elevada dívida externa
 Dependência face ao dólar norte-americano.
 Instabilidade financeira devido aos capitais especulativos.
 Perda de competitividade dos NPI de 1ª geração
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Associação

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Triângulo Associação

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Singapura

Laos e Hong-Kong
Cambodja

Apesar do sucesso, estes países apresentam grandes limitações ao


nível:

SOCIAL – Verificam-se graves violações dos direitos humanos e dos trabalhadores:


trabalho infantil, horários muito longos e sem protecção social.

POLÌTICO – Permanência de regimes ditatoriais e autoritários.

AMBIENTAL – Para conseguir um rápido crescimento económico estes países não tiveram
em conta a componente ambiental, debatendo-se hoje com graves problemas.

ECONÒMICO – Um grande dependência de capitais estrangeiros o que deixa estas


economias muito vulneráveis às recessões económicas mundiais.
Destacam-se nesta região do globo a Argentina o Brasil e o México, estes países iniciaram o seu
processo de industrialização entre as duas grandes guerras seguindo um estratégia de industrialização
por substituição de importações.

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