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Licenciatura em Economia
Disciplina de Macroeconomia I
Turma: ESPECIAL
TRABALHO DE PESQUISA
O docente:
Édson Garrine
2.1. Conceitos....................................................................................................................................... 4
3. CONCLUSÕES .................................................................................................................................... 9
De referir que embora esses conceitos pareçam a primeira impressão iguais, reside uma
diferença entre eles, ora, quando se fala de Crescimento Económico este trata de variáveis em
termos quantitativos, como o PIB, o PNB e etc. Ao passo que quando se fala de Desenvolvimento
Económico este trata de variáveis qualitativas como a saúde, a educação e etc.
1.1. Contextualização
A luta contra a pobreza tem sido realizada desde os primeiros dias da Independência. Foi
dada uma elevada prioridade às despesas da educação e saúde, de modo a acentuar o
desenvolvimento humano. Também foram realizados investimentos profundos na reabilitação da
infraestrutura básica. A partir de 1987, foi iniciado um programa de estabilização e ajustamento
estrutural cujo objetivo é o restabelecimento da produção e melhoria dos rendimentos individuais
num processo de reformas profundas no sentido do lançamento de uma economia propulsionada
pela iniciativa privada e pelas forças de mercado.
Nesta presente pesquisa apresentamos a “nova” teoria do crescimento económico, a teoria
do crescimento endógeno, cujo propósito é tornar endógena a variação da produtividade total de
fatores. Na verdade, esta é uma área de pesquisa ainda em progresso e não existe um modelo
unificado para explicar o crescimento endógeno. A nossa exposição irá apresentar um grupo de
modelo: (i) os modelos AK, que eliminam a implicação da convergência, introduzindo
externalidades geradas pela experiência no trabalho e do investimento no capital humano.
Segundo o Banco Mundial (1990-1995, p. 87) a redução e eliminação da pobreza tem sido
em geral considerada o objetivo último de todo o desenvolvimento económico.
1.2. Objetivos
1.2.1. Objetivo Geral
Analisar o Crescimento Económico e Desenvolvimento Económico de forma concisa.
1.2.2. Objetivos Específicos
Avaliar o modelo da teoria do Crescimento Económico endógeno;
Dar a entender os conceitos de Crescimento e Desenvolvimento Económico;
Debruçar sobre Crescimento e Desenvolvimento Económico de forma geral.
1.3. Metodologia
2.2. Modelos AK
2.2.1. Crescimento Baseado no “Aprender Fazendo”
Para eliminar a tendência dos rendimentos marginais decrescentes, característica do modelo
neoclássico, em 1986, Paul Romer assumiu que a criação do conhecimento é produto colateral
(secundário) do investimento. Esta abordagem deve-se ao contributo de Kenneth Arrow que, em
1962, citou a regularidade empírica segundo a qual o tempo (t) que se leva a construir um quadro
(“frame”) de um avião é inversamente relacionado com o número (n) de aviões do mesmo modelo
que já tenham construído, uma relação que toma a seguinte forma:
1
𝑡= 3
√𝑛
Assim, uma firma que aumenta o stock do seu capital físico aprende simultaneamente a
produzir mais eficientemente. Este efeito na produtividade é chamado “aprender fazendo” ou
learning by doing.
Suponhamos que a função de produção é do tipo Cobb-Douglas:
𝑌 = 𝐾 ∝ (𝐴𝐿)1−∝ , onde 0 <∝< 1
Dividindo ambos os lados por L, podemos representar esta função de produção na forma de
rácios por trabalhador:
Equação 1: 𝑦 = 𝐴1−∝ 𝑘 ∝
Para derivarmos o equilíbrio deste modelo, precisamos de assumir que o investimento resulta
da poupança que é uma proporção fixa (s) do rendimento:
𝑖 = 𝑠𝑦 = 𝑠𝐵1−∝ 𝑘
𝑘 = 𝑠𝐵1−∝ 𝑘 − (𝑛 + 𝛿)𝑘
Dividindo ambos os lados desta equação diferencial por k, temos a taxa de crescimento do
stock de capital:
𝑘
= 𝑠𝐵1−∝ − (𝑛 + 𝛿)
𝑘
Deste modo, neste modelo de crescimento não há lugar à convergência. O stock do capital
cresce a uma taxa constante.
Segundo Gode (2010, p.32) “Crescimento Económico” o capital humano joga um papel
importante nos modelos de crescimento económico. É insumo chave no sector da pesquisa, que
gera novos produtos ou ideias que impulsionam o crescimento económico. Países com maiores
stocks iniciais de capital humano experimentam taxas aceleradas de introdução de novos bens e,
portanto, tendem a crescer rapidamente. Numa perspectiva de economia internacional, a difusão
de novas ideias entre países é um fator importante para a promoção do crescimento económico.
Um maior stock de capital humano facilita a absorção, pelos países, de novos produtos ou ideias
inventados noutros países. Assim, um país seguidor com capital humano cresce rapidamente
recuperando a distância que o separa do líder tecnológico.
𝐻 = ℎ. 𝐿
𝐻
Equação 3: 𝑌 = 𝐴𝐾[(1 − 𝑢) 𝐾]1−∝
Os stocks do capital físico (K) e do capital humano evolvem de acordo com as seguintes
equações diferenciais, respectivamente:
As firmas operam num mercado competitivo, de maneiras que os factores de produção são
remunerados de acordo com os respectivos custos de oportunidade:
𝜕𝑌 𝐻
Equação 5.1: 𝜕𝐾
= 𝛼𝐴[(1 − 𝑢)(𝐾 )]1−𝛼 = 𝑟𝐾
𝜕𝑌 𝐻
Equação 5.2: (1 − 𝛼)(1 − 𝑢)𝐴[𝑢( )]−𝛼 = 𝑟𝐻
𝜕𝐻 𝐾
Em equilíbrio, as taxas líquidas de retorno do capital físico e do capital humano, têm de ser
iguais à taxa de juro do mercado, 𝑟𝐾 − 𝛿𝐾 = 𝑟𝐻 − 𝛿𝐻 o que aplicado as condições marginais
Equação 5.1 e Equação 5.2, implica:
𝐻 𝐻
𝑢𝐴[(1 − 𝑢)( )]−𝛼 [𝛼 ( ) − (1 − 𝛼)] = 𝛿𝐾 − 𝛿𝐻
𝐾 𝐾
Sendo o lado direito desta igualdade uma constante, a mesma apenas se pode verificar se o
𝐻
rácio H/K também for constante, = 𝛽, o que substituido na função de produção na Equação 3
𝐾
𝑌 = [(1 − 𝑢)𝛽]1−𝛼 AK
Assim, uma economia caracterizada por esta tecnologia pode evitar rendimentos
decrescentes através de uma política que assegure que o capital físico e o capital humano cresçam
𝐻
à mesma taxa, de modo a manter 𝐾 = 𝛽. Este é, portanto, um resultado análogo ao que encontramos
no modelo da H arrod-Domar.
3. CONCLUSÕES