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MINISTÉRIO DA EDUCA ÇÃO

SECRETARIA DE EDUCA ÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERA L DE EDUCAÇÃ O DE GOIÁS
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂ NCIA

LUIS CLÁUDIO VILLANI ORTIZ

UTILIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS NO


DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS: ESTUDO DE CASO NA DISCIPLINA DE
EMPREENDEDORISMO

Orientador: Dr. Wolney Heleno de Matos

Goiânia-GO, dezembro de 2021


LISTA DE FIGURAS E ANEXOS

Figura 1 - Fluxo de Etapas da Intervenção Pedagógica ............................................... 11

Figura 2 – Cronograma de Atividades ........................................................................ 12

Anexo 1 – Formulário de Avaliação Google Forms .................................................... 23


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Percentual de Respostas a pergunta 1: “Qual foi o tópico mais


importante que você aprendeu na aula de Geração de Produto/Serviço?” ............................. 14

Gráfico 2 - Análise Comparativa entre Sistema Tradicional de Ensino - STE e


Metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos ........................................................... 15

Gráfico 3 – Termos constante na questão 6, sobre pontos que agradaram na


utilização da Aprendizagem Baseada em Projetos .................................................................. 16

Gráfico 4 – Proposições para melhorar a utilização da ABP em sala de aula ......... 17

Gráfico 5 – Respostas apresentadas da pergunta: “Você se sentiu preparado para as


aulas que trataram da temática? Justifique?” ......................................................................... 18
SUMÁRIO

Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 5

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................................... 7

3. DISCIPLINA E CONTEÚDOS ....................................................................................................... 8

4. OBJETIVOS ..................................................................................................................................... 9

4.1. Objetivo Geral.............................................................................................................................. 9

4.2. Objetivos Específicos................................................................................................................... 9

5. METODOLOGIA ............................................................................................................................. 9

6. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ESPERADOS ...................................................................... 13

7. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DA PRÁTICA INTERVENÇÃO .............................................. 13

8. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ..................................................................................... 13

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 20

10. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 22

ANEXO 1 – Formulário de Avaliação Google Forms .......................................................................... 23


1. INTRODUÇÃO

As recentes mudanças no ambiente macroeconômico pós pandêmico, instauraram uma


nova realidade às organizações e ao mercado de mão de obra. A redução da previsibilidade, o
aumento exponencial das incertezas mercadológicas, o acirramento do ambiente competit ivo e
as novas formas de requisitos das relações entre empresas e colaboradores exigem o
fortalecimento do desenvolvimento de novas habilidades e competências dos profissionais.
Da mesma forma que a tecnologia tem revolucionado os hábitos de vida e consumo de
milhões de pessoas, impõem o surgimento de novos tipos de relação entre empresas e seus
colaboradores, assim como, a visão dos profissionais quanto ao futuro de suas carreiras.
O mercado de trabalho está passando por uma orientação no qual o modelo tradicional
de emprego formal está desaparecendo, trazendo a necessidade de busca de alternativas para a
colocação profissional.
Essa mudança institui um novo cenário nas vinculações empregatícias, algo muito
diferente de algumas décadas atrás, o qual têm contribuído para formar novos parâmetros na
gestão de recursos humanos das organizações.
É justamente neste ponto que o empreendedorismo torna-se uma estratégia ou uma
opção.
Pessoas com dificuldades de realocação laboral ou desejo de abertura de um negócio
próprio - empreendimento este que possa proporcionar a satisfação pessoal, uma renda
adequada e uma vida estável – são estimulados justamente pelas oportunidades que o
mercado oferece.
Na visão de Leite (2012, p.7), ser empreendedor significa “ter capacidade de iniciativa,
imaginação fértil para conceber ideias, flexibilidade para adaptá- las, criatividade para
transformá- las em oportunidade de negócio, motivação para pensar conceitualmente
para perceber a mudança como oportunidade”.
Neste sentido, o ato de empreender torna-se, então, um processo no qual o indivíduo
precisa possuir um saber singular e conhecer bem a área de negócio que pretende atuar.
É nesse contexto de novas formas de relacionamento entre mão de obra, o atendimento
às necessidades do mercado e novos desejos profissionais que o ensino (principalmente o
ensino de nível profissionalizante e técnico) possui novos desafios. A desafiação de atuar no
processo de desenvolvimento e ampliação das capacidades e aptidões que permitam contribuir
no processo de inserção no mundo de trabalho em situações de geração de emprego e renda,
sem desconsiderar os desenvolvimento das capacidades críticas do trabalhador como cidadão.
Ao contrário do senso comum gerado na sociedade e por parte da sociedade científica,
o empreendedorismo não é um dom ou a capacidade nata que alguns indivíduos possuem para
liderar seu próprio negócio. Atualmente se conhece e sabe que o empreendedorismo pode ser
o processo de desenvolvimento de habilidades e competências que possam auxiliar as pessoas
a um despertar empreendedor ou potencializar suas capacidades produtivas no
desenvolvimento de organizações sem que o mesmo seja necessariamente um colaborador.
Kraus (2016) chama esse processo de desenvolvimento contínuo de
“trabalhabilidade”. Este conceito implica na aquisição e desenvolvimento de competências e
habilidades pessoais e profissionais, por parte do indivíduo, permitindo-o possuir uma maior
preparação, tornando-o detentor de um conhecimento único, um gestor de suas próprias
habilidades, passando a agir como um agente de mudança, ou seja, como um empreendedor.
Nesse processo de desenvolvimento dessa “trabalhabilidade”, a educação reforça seu
papel, pois segundo Yshikawa et al (2016) o meio da preparação para a prática
empreendedora é importante, pois, possibilita a melhora no rendimento de oportunidades, de
planejamento e aumenta o efeito de empregabilidade, normalmente demonstrado pela
participação percentual das micro e pequenas empresas no Produto Interno Bruto Nacional.
Sob esse prisma, o Tabalho de Final de Curso, pretende u desenvolver com alunos do
Curso Médio Técnico em Análise de Sistemas, uma intervenção pedagógica, na disciplina de
Empreendedorismo, utilizando a metodologia da Aprendizagem Baseada por Projetos (ABP),
como ferramenta para desenvolvimento das capacidades empreendedoras do alunos.
A experiência vivenciada nos três anos de docência da disciplina de
Empreendedorismo do Curso Médio Técnico em Análise de Sistemas no Instituto Federal
Goiano, Câmpus Iporá/GO, demonstrou a pouca vivência empreendedora e a fragilizada visão
mercadológica que os discentes têm, na proposição de elaboração de um produto ou serviço.
A escolha pela ABP representou uma estratégia alternativa aos métodos tradicionais
de ensino, no qual o professor expõe uma realidade (desconhecida por muitos) e através de
conceitos propõe soluções.
Segundo Cool (2003), Bento (2011), Santin (2017), Moran (2018), Lopes et al.
(2019), a eficiência do método tradicional de ensino é ampla mente questionável, pois
segundo os autores, o método não consegue democratizar o desenvolvimento de certas
habilidades que são significativas para a formação de um perfil empreendedor. A partir dessa
realidade, a hipótese que se desenvolveu é que a utilização de uma metodologia ativa de
ensino como a ABP, pode contribuir no desenvolvimento das referidas capacidades
empreendedoras.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Reconsiderar novas estratégias de geração do conhecimento é uma alternativa para


tornar mais atraente o processo de ensino, que na atualidade trava árdua batalha com
inúmeras opções de entretenimento aos jovens da nossa contemporaneidade.
Incorporar vivências da sala de aula através de diferentes metodologias que possam
apoiar os discentes no processo de construção do conhecimento é um constante desafio.
Soares (2005) afirma que é necessário repensar práticas que coloquem os alunos no
centro do processo de ensino e aprendizagem, de modo que as suas necessidades
educacionais sejam efetivamente atendidas.
Com esse olhar de repensar as práticas educacionais, surge a importância das
Intervenções Pedagógicas, descrita por Soares (2005) como uma ação educativa no qual os
profissionais da educação realizam quando identificam alguma dificuldade no processo de
aprendizagem de um determinado conteúdo.
A intervenção pedagógica vem justamente com este intuito: auxiliar o professor a
entender e atuar de forma proativa e propositiva nas dificuldades de aprendizagem dos
alunos, proporcionando um ensino inclusivo e participativo dos alunos.
Para Freire (1987) a importância das intervenções está no caráter de interação entre
educando e educador, estabelecendo uma relação de conhecimento baseado no “estar
construindo”, proporcionando às partes uma oportunidade de serem agentes ativos e
participativos no processo de construção de conhecimento.
Um processo que segundo Freire permite- lhes uma oportunidade de crescimento
compartilhado através de uma relação horizontal e não através de uma situação de mestre-
aprendiz.
“Para que o ato de ensinar se constitua como tal, é preciso que o ato de aprender
seja precedido do, ou concomitantemente ao, ato de aprender o conteúdo ou objeto
cognoscível, com que o educando se torne também produtor do conhecimento que
lhe foi ensinado. (FREIRE, 1987, p. 79)”

A relação que uma intervenção pedagógica estabelece entre educando e educador é a


de potencializar o processo de construção do conhecimento através do conjunto de práticas
que envolvem mais os alunos e os tornam protagonistas do próprio saber.
3. DISCIPLINA E CONTEÚDOS

A Intervenção Pedagógica (IP) visou utilizar uma ferramenta particularizada de


ensino, baseado nas práticas de metodologias ativas, denominada Aprendizagem Baseada em
Projetos.

A prática pedagógica foi aplicada no curso de Ensino Médio Técnico em


Desenvolvimento de Sistemas do Instituto Federal Goiano – Câmpus Iporá, terceiro período.
Como na época da realização da IP a referida instituição de ensino estava em aulas remotas,
todo processo (aulas expositivas e acompanhamento individualizado das equipes) foi
conduzido em ambiente virtual pelo ambiente Google Meet, sempre aberto a todos os alunos,
para que em caso da dificuldade de uma equipe, pudesse representar a dificuldade das
demais, eles poderiam acompanhar e entender o processo de correção dos gargalos.

A temática escolhida para ser instrumento da prática dentro da disciplina de


Empreendedorismo, foi o Desenvolvimento de Produtos. O contexto de Desenvolvimento de
Produtos/Serviços trabalha os assuntos relacionados a:

- Conceito de Produtos/Serviços: representa a indicação do conjunto de


benefícios que o Produto/Serviço oferece ao consumidor/cliente, que sobressaem ao grupo
de funcionalidades do Produto/Serviço;

- Funcionalidades: conjunto de atributos funcionais e operacionais que um


produto ou serviço possui para atender um conjunto de necessidades e desejos;

- Atributos Qualificadores de Pedido (AQP): conforme Slack, Johnston e


Chambers (2002) são os critérios que o produto/serviço deve alcançar para obter um nível
mínimo de desempenho para ser considerado, perante os consumidores. Sem os AQPs
provavelmente a empresa estaria fora da concorrência, pois não atende as exigências
mínimas requeridas pelos consumidores;

- Critérios Ganhadores de Pedidos: São para Slack, Johnston e Chambers


(2002), esses critérios são caracterizados pelos consumidores como motivos prioritários para
comprar um produto ou serviço. Os critérios ganhadores de pedidos, representam os
incrementos de desempenho, mostram vantagens cruciais junto aos clientes, sendo o
principal impulso para a competitividade;

Os elementos curriculares apresentados representam os principais componentes que


um empreendedor precisa considerar ao propor como uma nova solução mercadológica para
uma ou um conjunto de oportunidades identificadas. Torna-se elemento preponderante e
inicial no processo de planejamento de um empreendimento.

4. OBJETIVOS

4.1. Objetivo Geral

O objetivo geral da Intervenção Pedagógica objetivou à utilização da metodologia de


Aprendizagem Baseada por Projetos (ABP), como ferramenta de metodologia ativa de
ensino, na disciplina Empreendedorismo para o Curso de Ensino Médio Técnico em Análise
de Sistemas, no que trata do componente curricular referente ao Desenvolvimento de
Produto. Busca-se com essa experiência avaliar a ABP como prática pedagógica
desenvolvida na sala de aula como estrutura de interação entre docente e discente,
potencializando os resultados do processo de construção do conhecimento.

4.2. Objetivos Específicos

De acordo com Gonçalves (2011) “são considerados objetivos secundários,


relacionados à questão principal e definem aspectos mais específicos que contribuem para
alcançar o objetivo geral”. A partir desse entendimento os objetivos específicos da
intervenção pedagógica visam:
− Realizar sondagem sobre o desempenho e o nível de desenvolvimento da
turma;
− Planejar um processo de Intervenção Pedagógica;
− Executar a metodologia de Aprendizagem Baseada por Projetos no
Desenvolvimento de Produtos, em equipes;
− Aplicar instrumento de avaliação, para aferir o feedback dos alunos quanto a
metodologia aplicada, para o referido componente curricular.

5. METODOLOGIA

A realidade do ensino principalmente na esfera profissionalizante e técnico demonstra


em sua maioria, que prevalece o padrão instrucionista tradicional, o qual utiliza como
expediente de ensino a reprodução de métodos conteudistas, a memorização e o aluno na
condição espectador - reprimindo o desenvolvimento de habilidades e competências tão
necessárias para a inserção dos estudantes egressos no mundo do trabalho.
A partir da descrição do inquietante cenário de anacronismo do processo de ensino, a
proposta de Intervenção Pedagógica buscou através da utilização do sistema de Metodologias
Ativas de Ensino apresentar um referencial de trabalho para que seja possível contribuir para
a atualização de métodos de construção do conhecimento, tornando de fato, o princípio
educativo e os métodos de ensino sincronizados com as transformações e realidade do mundo,
em contraposição à passividade do estudante no método tradicional de ensino.
O presente trabalho procura ser mais uma contribuição para o fortalecimento e
oxigenação do processo de ensino escolar profissional e tecnológico. A opção pela ABP pode
ser entendida como a forma de trabalhar uma metodologia que redefine o papel do professor e
do estudante no processo de ensino e aprendizagem.
Pereira (2012) e Lovato et al., (2018) argumentam que a ABP traz como diferencial a
redefinição do papel do estudante como protagonista central, e os professores na condição de
mediadores ou facilitadores do processo.
Assim, o estudante é retirado de uma posição puramente receptora de informações,
para um contexto em que poderá desenvolver novas competências, se tornando o centro do
processo de ensino aprendizagem.
Para tanto, o processo de execução foi composto de treze etapas de execução
apresentadas na figura 1.
A primeira etapa do processo de implementação da Intervenção Pedagógica é o
momento em que é apresentada a coordenação do curso para aprovação e sequência das
atividades.
A segunda etapa representa o ponto que é realizado a avaliação do perfil dos alunos,
as características da turma, para que se possa estruturar as atividades de acordo com o perfil e
nível de conhecimento.
Na etapa seguinte ocorre o planejamento de execução com a organização do material,
disponibilização dos recursos e determinação dos prazos de execução de cada atividade.
O quarto passo foi a separação da turma em equipes, pois segundo Lovato (2018) os
resultados de trabalhos em coletividade tendem a potencializar o grau de eficiência na
execução da ABP, no qual os processos de cooperação solidária atuam de forma mais
assertiva pelo poder de colaboração entre os pares.
O autor argumenta que atividades em agrupamentos desenvolvem habilidades como
empatia, senso de compartilhamento e poder de argumentação e senso crítico.
Figura 1. Fluxo de Etapas da Intervenção Pedagógica

Aprovação pela Avaliação da Planejamento da


Divisão em Equipes
Coordenação Turma Intervenção

Desenvolvimento Desenvolvimento
Disponibilidade da Disponibilidade do
de Aplicação Projeto por
Problemática Referencial Teórico
Exemplificadora Equipes

Apresentação de Avaliação das


Avaliação por Apresentação Final
Produto pela propostas de
Pares do Produto
Equipe Melhorias

Avaliação da
Metodologia pelas
Equipes

Fonte: Autor.

Diferente do ensino tradicional, em vez de o professor ensinar o conteúdo primeiro e


depois pedir que os alunos solucionem problemas, acontece o contrário. Nesse contexto, o
problema foi primeiramente apresentado aos estudantes, os quais precisaram se mobilizar para
encontrar soluções. Este foi o escopo da quinta etapa, o qual pretendeu a mudança de postura
do aluno através da construção efetiva do conhecimento pela aplicação em situações reais.
O sexto estágio foi o momento em que o professor na condição de facilitador
apresentou um conjunto de referenciais teóricos que amparam os alunos na resolução dos
problemas. Uma dificuldade relatada em Wakke (2018) é a dificuldade dos discentes em
obterem o referencial e aplicarem na resolução dos problemas. Para sanar essa dificuldade, se
propôs a inserção da etapa de desenvolvimento de uma Aplicação Exemplificadora, onde o
professor apresenta uma situação equivalente e busca orientar as equipes quanto a aplicação
na busca de soluções, essa sendo o escopo da sétima etapa.
A oitava etapa caracterizou-se como o momento em que as equipes efetivamente
desenvolveram suas atividades, denominada de Desenvolvimento Projeto por Equipes. Aqui
as equipes sob a tutela do professor utilizaram o referencial teórico e a pesquisa
mercadológica para desenvolver a solução (produto/serviço).
O seguimento da metodologia ocorreu com a apresentação preambular do
produto/serviço criado – nona etapa. Esse resultado seria avaliado pelas equipes pares, com
críticas, sugestões, contribuições para a melhoria da solução exposta, compondo o propósito
da décima etapa.
Com o feedback da etapa anterior, a décima primeira transformou-se no momento de
servir-se das contribuições dos pares e fazer as melhorias finais, para a apresentação definitiva
do produto construído – décima segunda etapa da Intervenção Pedagógica.
A última etapa – décima terceira caracterizou-se como o momento em que os alunos
fazem a avaliação da Intervenção no qual o pesquisador irá ponderar se a intenção da proposta
atingiu os resultados, apreciar as sugestões, contribuições e críticas proferidas pelos discentes
a fim de melhorar a proposta metodológica.
Para o desenvolvimento dessa proposta foi organizado o seguinte cronograma de
realização das atividades, apresentado na Figura 2.

Figura 2. – Cronograma de Atividades


Tempo
Etapa Dia Etapa Dia Tempo Execução
Execução
1 D - 10 10 dias 9 D2 40 minutos
2 D-5 5 dias 10 D2 30 minutos
3 D-5 5 dias 11 D2 180 minutos
4 D1 10 minutos 12 D2 30 minutos
5 D1 40 minutos 13 D2 30 minutos
6 D1 40 minutos
7 D1 40 minutos
8 D1 180 minutos
Fonte: Autor

As três primeiras atividades descritas no planejamento (etapas 1, 2 e 3) foram


executadas em períodos anteriores à aplicação da metodologia, como forma de preparação, ou
seja, D-10, ação realizada em até dez dias antes da execução, D-5 atividades desenvolvidas
em até cinco dias anteriores à execução.
As cinco atividades descritas, posteriores à terceira etapa, são programadas para serem
realizadas no primeiro dia de execução (D1) com a turma focal desejada. As ações posteriores
são planejadas para serem executadas em uma data posterior (sendo transcritas na figura 2,
como D2, ou seja, na segunda aula de aplicação).
Acredita-se que com o referido planejamento haja tempo hábil para a execução eficaz
das atividades e que não haja prejuízo no processo de aprendizado dos discentes.
6. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ESPERADOS

O trabalho de conclusão de curso apresentou a proposta da Intervenção Pedagógica,


sendo que seus resultados propostos abrangeram:
a) Organização e aplicação da ABP;
b) Apresentação de Produto por parte das equipes, seguindo os preceitos da
ABP;
c) Aprimoramento do processo de construção do conhecimento, através da
ABP;
d) Captura da percepção da eficácia da metodologia - pelos alunos, através
de aplicação de um instrumento de avaliação.
e) Análise Qualitativa da empregabilidade da metodologia, através de uma
percepção pedagógica realizada pelo professor/mentor.

7. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DA PRÁTICA INTERVENÇÃO

A avaliação pretendida e proposta, foi pensada como um instrumento de análise do


resultado da Intervenção Pedagógica - IP e ocorreu através de duas estratégias:
- Aplicação de um instrumento de verificação de satisfação, disponibilizado aos
alunos no último dia da IP, após a apresentação final dos produtos criados pelas equipes.
Instrumento construído através da solução digital Google Forms, dispinibilizado nos últimos
quinze minutos do final da aula - via link de acesso disponibilizado para o qual cada equipe
procede a avaliação. Com as respostas capturadas através do instrumento, pretende-se
averiguar se a IP cumpriu sua meta, de construir uma forma alternativa de ensino, do qual os
alunos tenham entendido melhor os conceitos e tenham desenvolvido um conjunto de
habilidades e competências superior aos resultados das formas de ensino tradicionais.
- Avaliação Qualitativa no qual o professor trará as percepções pedagógicas da
estratégia de ensino utilizada, demonstrando as potencialidades, gargalos e desafios vividas na
experiência da IP.

8. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS


Nessa seção, espera-se demonstrar os resultados obtidos com a realização do Projeto
de Intervenção Pedagógica, realizado no módulo curricular já especificado.
Dentre os resultados obtidos, o estudo separou as repercussões em duas dimensões:
uma que abrange a impressão do docente/aluno da pós-graduação em relação aos pontos
positivos e gargalos da proposta metodológica escolhida e outra da percepção dos alunos
quanto à eficácia da estratégia utilizada.
Para capturar a sensação dos alunos, quanto ao processo de construção do
conhecimento através da ABP, elaborou-se um instrumento de avaliação criado a partir de um
conjunto de questionamentos (nove perguntas) de cunho objetivo e dissertativo, para que os
alunos pudessem expressar o feedback da intervenção realizada. Tal instrumento de avaliação
foi elaborado utilizando a ferramenta Google Forms, no qual cada aluno respondeu apenas
uma vez o formulário, sem a sua devida identificação, sendo essa considerada como a última
etapa da Intervenção Pedagógica. Uma cópia do Instrumento está no Anexo I.
O universo de respondentes representou um conjunto de vinte quatro alunos da
disciplina de Empreendedorismo e Inovação do Terceiro Ano, turma A, do Ensino Médio
Integrado em Análise de Sistemas do Instituto Federal Goiano, Campus Iporá/GO.
O primeiro questionamento de caráter dissertativo inquiriu os alunos sobre o tópico
mais relevante que eles aprenderam com a experiência pedagógica.

Gráfico 1 – Percentual de Respostas à pergunta 1: “Qual foi o tópico mais importante


que você aprendeu na aula de Geração de Produto/Serviço?”

Fonte: Autor.

Dos vinte e quatro alunos que responderam ao formulário apenas 8,33% indicaram
que não avançaram seu conhecimento sobre algum ponto específico e, portanto, quase 92%
manifestaram o avanço no aprendizado de algum tema específico. Os conceitos centrais do
módulo foram os mais citados pelos alunos, representado pelos itens Conceito do Produto,
Diferença entre Conceito e Funcionalidade, Atributos Qualificadores e Atributos Ganhadores
e Agregação de Valor, os quais representaram 79,17% das respostas apontadas.
O item citado Técnicas de Inserção do Produto (no mercado) é uma temática
periférica do módulo, mas que também é bastante relevante, indicada por 12,5% dos alunos,
representando percepção do pesquisador, a autonomia dos alunos sobre as escolhas das
temáticas que mais lhes chamam a atenção e que possivelmente, mais se encaixam no seu
interesse de ampliação de conhecimento.
Destaca-se nesse item que o objetivo do módulo é construir conhecimento técnico
relativo aos três itens com maior participação percentua l, cumprindo-se assim o objetivo
docente.
Outro questionamento dissertativo efetuado aos alunos abordava o nível de
conhecimento prévio com a metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos. Da
totalidade de alunos (24) 55,6% responderam que desconheciam totalmente a metodologia,
33,3% relataram que já tinham trabalhado a ABP em outra disciplina e 11,1% indicaram que
já haviam ouvido falar da metodologia, mas que ainda não haviam tido experiências em sala
de aula.
As respostas indicam que a maioria dos alunos possui um baixo nível de
conhecimento prévio da metodologia.
Seguindo a lógica de abordar a ABP como instrumento de potencializar a geração do
conhecimento dos alunos, o instrumento questionou os alunos sob um sentido comparativo ao
sistema tradicional de ensino (STE), através de perguntas objetivas, os quais são
demonstrados no gráfico 2.

Gráfico 2 - Análise Comparativa entre Sistema Tradicional de Ensino - STE e


Metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos - ABP.

Fonte: Autor :

Os resultados da avaliação demonstram que a maioria significativa dos alunos


percebeu que a ABP proporcionou um maior conhecimento frente ao sistema tradicional, esse
representando 70,8% das respostas. Os alunos que consideraram a ABP razoavelmente melhor
que a STE representaram 16,7%.
No contraponto, dois alunos (representando 8,3%) responderam que a ABP
proporcionou o mesmo nível de conhecimento que o STE e apenas um aluno respondeu que o
STE proporciona maior conhecimento que a ABP.
As respostas indicam o potencial de desenvolvimento do ensino das metodologias
ativas, que para esse caso utilizou a Aprendizagem Baseada em Projetos.
Para entender quais os aspectos que geram esse sentimento, o instrumento buscou
captar quais os atributos que revelam esse sentimento. Foi elaborado um questionamento
dissertativo, para que os mesmos apontassem pontos que agradaram durante a utilização da
ABP (gráfico 3).
As respostas elencaram quarenta e dois termos (cada aluno poderia colocar mais de
um termo, ponto ou palavra. Os termos que possuíram mais expressividade foram: a)
Participação (doze indicações); b) Diálogo (9); c) Interatividade (8); d) Engajamento (7
citações). Dinâmica e Prática foram os termos menos frequentes com 4 e 2 citações
respectivamente.
Gráfico 3 – Termos constantes na questão 6, sobre pontos que agradaram na
utilização da Aprendizagem Baseada em Projetos.

Fonte: Autor

Através do conjunto de respostas, pode-se interpretar, que os atributos apresentados


pelos alunos como os atributos mais marcantes no processo de ensino, destacam a
participação ativa dos alunos no processo de geração de conhecimento, condição que o STE
possui dificuldade de desenvolver durante seu trajeto pedagógico.
Em sentido contrário, a sétima pergunta abordou dissertativamente pontos que
poderiam ser melhorados na utilização da ABP, possibilitando aos alunos incluírem
ilimitadamente suas contribuições.
De um conjunto de vinte e seis termos incluídos, destaca-se sete proposições de
melhoria, apresentadas no gráfico 4.

Gráfico 4 – Proposições para melhorar a utilização da ABP em sala de aula.

Fonte: Autor

As reflexões trazidas pelos alunos foram significativamente diversificadas, sendo que


as três citações com maior participação deliberaram sobre a necessidade de um maior tempo
para os seminários de apresentação de resultados (19,2%), seguidos pela sugestão de
realização de tarefas antes da prática (15,4%) e a cobrança de maior interação dos alunos nas
práticas (15,4%).
O termo que teve a maior participação percentual foi “nenhuma” representando quase
30% das respostas. Segundo a percepção do pesquisador, essa indicação representaria a
satisfação do aluno quanto aos procedimentos escolhidos na IP, mas que não atenderia o
questionado.
Com a intenção de perceber se o aluno sentiu-se preparado para a atividade de ABP
proposta, o questionário indagou dissertativamente ao aluno: “Você se sentiu preparado para
as aulas que trataram da temática? Justifique?”. As respostas apresentadas no gráfico 5,
gravitam em torno de cinco dimensões.
O alinhamento das respostas indica relação positiva entre a preparação dos alunos e a
execução da metodologia, pois representaram quase 80% dos retornos – somatório da
segunda, terceira e quarta resposta apresentada no gráfico. Esse alinhamento do aluno com a
temática trabalhada indica condições favoráveis no processo de construção do conhecimento,
um efetivo ganho no processo de construção do conhecimento. Desta forma, pressupõe-se que
a metodologia, da forma como foi conduzida preparou adequadamente a maioria dos alunos,
para a temática abordada.
Gráfico 5 – Respostas apresentadas da pergunta: “Você se sentiu preparado para as
aulas que trataram da temática? Justifique?”

Sim, já tinha uma conhecimento prévio. 8,33%

Tudo Tranquilo 12,5%

Na maioria das vezes sim 25%

Sim, os assuntos foram dado aos


poucos, abordando todas as duvidas …
41,67%
Não, Nunca pensado do jeito que o %
12,5%
professor mostrou em aula

0 2 4 6 8 10 12

Fonte: Autor

A antepenúltima perquirição do instrumento de avaliação da metodologia, com cunho


objetivo, perguntou: “De uma maneira geral, como você considera a metodologia utilizada
pelo professor para trabalhar a respectiva temática?” As respostas possíveis seriam: a)
Excelente; b) Boa; c) Razoável, e; d) Ruim. Com esse questionamento, buscou-se identificar o
grau de satisfação dos alunos quanto à aplicação da ABP. Das vinte e quatro respostas,
66,67% responderam com Boa e 33,33% com Excelente. Aqui se identifica o saldo positivo
na utilização da metodologia, mas também indica a necessidade de aprimoramento, para a
conversão de Boa em Excelente.
A última pergunta do instrumento propôs que o aluno pudesse fazer as suas
considerações, caso algum ponto não tivesse sido abordado nas questões anteriores. O
conjunto de sete respostas foi no contexto de não ter mais observações, contribuições ou
críticas a serem feitas
No que tange aos resultados obtidos com a Intervenção Pedagógica – IP, através da
percepção do docente/aluno, evidencia-se três percepções:
a) A utilização da ABP no processo de construção do conhecimento para a
área de empreendedorismo, no que tange ao desenvolvimento de produtos, representa uma
estratégia com significativo potencial de aprendizagem, pois conseguiu envolver os alunos na
temática pretendida.
No conjunto de três anos a frente da referida disciplina para turmas do ensino
médio, foi a primeira vez no qual se pode verificar uma participação entusiasmada dos alunos,
seja pelo caráter de desenvolvimento de uma ideia própria (de cada eq uipe), seja pelo aspecto
competitivo entre as equipes, que tornou a participação mais acirrada;
b) Outro atributo positivo identificado na metodologia aplicada, durante a
aplicação da IP, foi o fortalecimento do espírito de equipe, pois através do acompanhame nto
individualizado das equipes, similar a uma mentoria, identificou-se que os alunos
efetivamente distribuem as tarefas, gerenciando as atividades dos colegas, para que não
houvesse atrasos e para o melhoramento dos resultados.
Um relato interessante da experiência foi durante a etapa da construção do
vídeo de apresentação do produto 1 , do qual integrantes de uma referida equipe - encarregados
da construção da versão inicial, tiveram dificuldades e integrantes com outras tarefas, ao
identificarem tal carência, se propuseram a ensinar e auxiliar na melhoria do vídeo.
Como as equipes estavam todas em um mesmo ambiente virtual, algumas
discussões vazaram para outros grupos, expondo as fragilidades dos demais no mesmo tema.
Diante de tais circunstâncias dois alunos com maior conhecimento sobre edição e montagem
de vídeos, se propuseram a realizar um mini-curso – em horário extraclasse, para ensinar aos
colegas.
A adesão ao mini-curso foi massiva por parte da turma. Esse evento por si só,
ilustra o grau de empenho dos mesmos em buscar mais conhecimento e do compartilhamento
de conhecimento, fortalecendo o espírito de equipe da turma;
c) Outro aspecto positivo identificado pelo condutor da IP foi a experiência
derivada dos seminários de apresentação do produto. A forma como os grupos avaliaram seus
pares, propuseram as contribuições e fundamentaram tecnicamente as melhorias dos produtos,
foi um ganho educacional pouco visto na experiência docente. Esse momento demonstrou o
ganho qualitativo do conhecimento gerado, pois em cada contribuição apresentada, ela
continha elementos técnicos abrangidos nos materiais complementares referenciados pelo
professor e não apresentados em sala de aula.
Das seis equipes que realizaram avaliação dos seus pares, apenas uma não
apresentou tal característica, o que não desqualifica a importância da metodologia para o
ganho educacional dos envolvidos.

1
A estratégia de apresentação do produto final pelas equipes era de livre escolha, do qual os grupos escolheram
montar vídeos de apresentações enquanto outros optaram por apresentações em slides e outros optaram por uma
estratégia mista, com slides e vídeos. A intenção era fomentar a liberdade criativa das equipes.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A execução da Intervenção Pedagógica - IP como requisito para finalização do Curso


de Especialização em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica tornou possível
observar a diversidade de metodologias e possibilidades de trabalho no campo do ensino do
empreendedorismo, visto a importância do desenvolvimento de habilidades e competências
empreendedoras como critério de formação profissional.
Sob um cenário de reformulação das relações de trabalho formal, das crescentes
exigências de pró atividade dos colaboradores pelas organizações e da constante redução da
demanda por mão de obra, a geração de conhecimento em prol de aptidões empreendedoras
faz-se cada vez mais necessário, para a consecução do desenvolvimento pessoal e dos alunos,
futuros profissionais e cidadãos.
A experiência relatada por meio deste estudo de caso tornou possível compreender,
juntamente com informações resgatadas na literatura, que as metodologias ativas são uma
importante fonte de contribuição para o aprimoramento do ensino e geração de conhecimento.
Considerando a experiência do executor da IP, desde 2019 na coordenação das
atividades dessa disciplina - utilizando o STE, a percepção do docente/mentor é que uso das
metodologias ativas de ensino permitiu evidenciar a possibilidade de maior alcance dos
alunos em sala de aula, pois consegue incorporar e valorizar no processo de ensino os
atributos individuais dos alunos, seu conjunto de preferências pessoais e visões de mundo.
O conhecimento gerado pela execução da IP utilizando uma estratégia de
Metodologia Ativa de Ensino demonstrou que quanto mais diversificada for uma proposta
educacional, maiores são as possibilidades de abrangência, participação, engajamento e,
consequentemente, possibilidade de interesse e satisfação por parte dos alunos.
A utilização da metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos - ABP no
terceiro ano do Ensino Médio Técnico em Análise de Sistemas, indicou a possibilidade de
transformar a metodologia tradicional da sala de aula (condição na qual o aluno torna-se mero
espectador) em um ambiente diferenciado e compatível com a expectativa dos estudantes.
Demonstrou sua capacidade de conversão do aluno de um simples ser ouvinte, à um agente
ativo de aprendizagem e construtor do seu próprio desenvolvimento intelectual.
Dentre os resultados alcançados com a utilização da metodologia ABP, evidencia-se
a capacidade de revelar ao estudante que existe ligação entre a teoria da sala de aula e a
prática do mercado de trabalho, tornando esse um marco importante para despertar nele o
interesse pelo assunto, afinal, quando é visível a utilidade do que se está aprendendo e se
espera um futuro profissional na área, a dedicação passa a ter uma recompensa.
A metodologia ABP se mostra como uma opção válida para ajudar a formar
profissionais melhor preparados, tanto tecnicamente quanto em relações pessoais, mas para
tanto necessita de algumas observações.
Os resultados mostraram que a utilização da proposta no ensino médio pode trazer
benefícios, tais quais: maior participação e engajamento dos alunos perante os conteúdos
ministrados na disciplina; desenvolvimento do pensamento crítico e empreendedor e trabalho
em equipe.
Quando a ABP passa a considerar atributos específicos de cada grupo de estudantes,
ou ainda, grupos de assuntos abordados separadamente por projeto, esse direcionamento
permite um melhor resultado coletivo, em termos de aprendizagem e evolução, pois tais
ganhos ocorrem com a conclusão de etapas do projeto. Os ganhos também podem ser
dimensionados, quando se estabelece nas equipes uma análise crítica das dificuldades
encontradas na execução ou mesmo não cumprimento de cada tarefa.
Da mesma forma como muda o papel do aluno, redireciona-se a atuação do
professor, pois esse precisa atuar como interlocutor entre as dificuldades dos estudantes e os
pontos de referência que embasam a prática que está sendo desenvolvida. Fator esse que
necessita de apoio, preparação e conscientização do educador.
Como aprendizado pedagógico, a experiência demonstrou que a metodologia ABP
requer um ambiente de ensino extremamente preparado e planejado para que sua execução
possa ser plenamente desenvolvida e com o mínimo de desgaste ou falhas de comunicação, o
que reduz a eficácia da estratégia.
Torna-se imprescindível que todos os envolvidos tenham o entendimento de seus
papéis, enquanto estudante e professor, na orientação, desenvolvimento, acompanhamento das
tarefas geradas e as devolutivas aos alunos, pois através desse sistema de avaliação pelo
professor ou pelos pares, o poder de reflexão e aprendizado do aluno fecha o ciclo do
aprendizado.
Diante do exposto, sugere-se para trabalhos futuros a possibilidade de criação de uma
base de atividades, com enfoque na área de gestão, que se atente em metodologias ativas de
estratégias educacionais transdisciplinares que possam contribuir para a formação dos alunos.
De maneira geral, pode-se afirmar que objetivo principal deste trabalho foi alcançado
a partir da elaboração da proposta e da execução da Intervenção pedagógica demonstrando
através das evidências apresentadas que a Aprendizagem Baseada em Projetos possui um
potencial pedagógico bastante relevante, podendo ser utilizado como um substituto ou mesmo
como uma estratégia complementar ao Sistema Tradicional de Ensino.
10. REFERÊNCIAS

BENTO, Estevão de Jesus. Aprendizage m por projetos para o desenvolvime nto de


competências: uma proposta para a educação profissional. 2011. 166p. Dissertação
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educativas escolares. In: COLL, César e colaboradores. Psicologia da aprendizagem no
ensino médio. Artmed. Porto Alegre: 2003.
FREIRE, P. Medo e Ousadia – o cotidiano do professor. Rio de Janeiro: Editora Terra e
Paz, 1987.
HISRICH, R. D., PETERS, M. P., & SHEPHERD, D. A. Empreendedorismo. Porto
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LEITE, E. O fenômeno do empreendedorismo. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.
LOPES, Renato Matos, SILVA FILHO, Moacelio Veranio, ALVES, Neila Guimarães.
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LOVATO, Fabricio Luís; MICHELOTTI, Angela; DA SILVA LORETO, Elgion Lucio;
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Acta Scientiae, v. 20, n. 2, 2018.
MORAN, José. Metodologias ativas e modelos híbridos na educação. IN: YAEGASHI,
Solange e outros (Orgs). Novas Tecnologias Digitais: Reflexões sobre mediação,
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PEREIRA, R. Método Ativo: Técnicas de Problematização da Realidade aplicada à
Educação Básica e ao Ensino Superior. Anais do VI Colóquio Internacional “Educação e
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SANTIN, Gerson Carlos. Aplicação da metodologia de apre ndizagem baseada em
projetos em curso de educação profissional. 2017. Artigo (Especialização): Curso de
Docência na Educação Profissional, Universidade do Va le do Taquari - Univates,
Lajeado/RS, 2017. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/2040 Acesso em 15 de outubro
de 2021.
SCHWAB, Klaus. A quarta revolução industrial. Tradutor Daniel Moreira Miranda. São
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SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da
Produção. 2 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002.
SOARES, Claudia Vivien Carvalho de Oliveira. As intervenções pedagógicas em
ambientes informatizados: uma realidade a ser construída. 2005(a). 133 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
2005. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/7141>. Acesso em 12 de
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WAKKE. O que você precisa saber sobre aprendizagem baseada em proble mas . 2018.
Disponível em: https://wakke.co/o-que-voce-precisa-saber-sobre-aprendizagem-baseada-em-
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YSHIKAWA SALUSSE, Marcus Alexandre; ANDREASSI, Tales. O Ensino de
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Administração Contemporânea, v. 20, n. 3, 2016. Disponível em:
https://rac.anpad.org.br/index.php/rac/article/view/1175. Acessado em 05 de outubro de 2021.
ANEXO 1 – Formulário de Avaliação Google Forms

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