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A REVOLUÇÃO SOVIÉTICA

Até 1917, a Rússia era um império com um território muito vasto que se
mantinha fechado às mudanças.

Este país gigantesco tinha grandes tensões políticas e sociais.

Do ponto de vista político, era governado pelo czar; exercia o poder


absoluto, do ponto de vista económico, pouca produtividade, e a indústria
era pouco desenvolvida e concentrada em algumas cidades.

A sociedade era hierarquizada, grandes desigualdades entre os


privilegiados (nobreza e clero) e a grande massa da população que vivia na
extrema miséria.

Os camponeses, cerca de 85%, desejavam o acesso às terras que se


concentravam nos grandes latifundiários; os operários eram uma minoria,
mas tinham forte reivindicativo, a burguesia frágil, com pouco poder
desejava a modernização do país.

A participação da Rússia na 1ª Guerra Mundial aumentou as dificuldades:


elevado número de mortos, falta de alimentos e derrotas. Isto fazia
aumentar o ruído de contestação ao czar Nicolau II.

A REVOLUÇÃO DE FEVEREIRO

Em fevereiro de 1917, fervilhava em agitação social que exigia o fim do


czarismo e da guerra.

Fevereiro de 1917, manifestações de operários, reunidos em sovietes


(assembleias de operários e camponeses), incitavam à mudança. A
burguesia e operariado moviam-se para levar a cabo uma revolução – a
revolução burguesa.

O czar Nicolau II foi forçado a abdicar e formou-se um governo provisório.


Era o fim do czarismo.

O governo provisório tomou uma série de medidas: liberdade de imprensa


e de reunião; direito à greve; preparação para uma Constituição; aplicação
do sufrágio universal, por voto direto.
A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO

O governo provisório optou pela manutenção na guerra. Esta decisão


desagradou a grande parte da população.

Em outubro de 1917, uma nova revolução pôs fim ao governo provisório –


a Revolução de Outubro.

Saíram as seguintes medidas: negociação da paz com a Alemanha, a Rússia


assinou em Brest-Litovsk o tratado de paz com a Alemanha, participação
dos operários na gestão das fábricas e nacionalização (abolição da
propriedade privada) e coletivização dos meios de produção.

Estas medidas baseavam-se na doutrina marxista. Apenas o Estado pode


garantir o bem-estar da população, Lenine defendia a necessidade de
estabelecer a ditadura do proletariado como o Comunismo.

A IMPLANTAÇÃO DO REGIME COMUNISTA

As medidas tomadas conduziram a Rússia a uma guerra civil, opôs


brancos, partidários do anterior regime [mencheviques] aos vermelhos
[bolcheviques].

Comunismo de guerra: instaurou uma ditadura e procedeu à requisição


obrigatória de produtos agrícolas para alimentar o Exército Vermelho e a
população.

A guerra civil arruinou o país, a fome, o frio e as doenças.

A NOVA POLÍTICA ECONÓMICA

A vitória dos bolcheviques, o “comunismo de guerra” contribuiu para o


descontentamento da população obrigada à requisição de géneros,
destruía, escondia ou deixava de produzir para não ter de entregar a
produção de cereais era metade da que se tinha registado em 1913.

A economia russa estava paralisada.

A sua população estava bastante contestatária. Lenine optou por


implementar uma Nova Política Económica (NEP), consistia em um recuo
estratégico ao socialismo com o intuito de construir o socialismo em bases
económicas sólidas.

Esta política visava a recuperação industrial e agrícola, acesso à


exploração da terra pela iniciativa privada, existência de pequenas
unidades de produção pertencentes a privados, entrada de capitais e
técnicos estrangeiros, construção de grandes obras públicas e alguma
liberdade de comércio.

A NEP constituiu um esforço bem-sucedido, criou um grupo de


camponeses endinheirados (kulaks) e de homens de negócios (os nepmen)
que passaram a ser “olhados de lado” pelos bolcheviques do Partido
Comunista.

A CONSTRUÇÃO DA URSS

O Império Russo era um território extremamente vasto, grande


diversidade de povos de várias etnias, com cultura, língua e religião
diferentes. Esta teia de nacionalidades constituiu uma oportunidade

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