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1.

Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de História Contemporânea da


Europa e América do século XIX a século XXI; tem como tema: A Revolução Socialista
Russa (1917). Pois, nenhum acontecimento desde a Revolução Francesa ocasionou
tamanha efusão de estudos históricos e tanto debate apaixonado como a Revolução Russa.
A revolução socialista de 1917 não foi apenas um acontecimento importante na história da
Rússia, transformando uma sociedade antiquada e alterando o modo de vida de milhões de
pessoas, foi também um catalisador no desenvolvimento do nosso mundo.

1.1. Objectivos

1.2Geral:

 Compreender a Revolução Socialista Russa de 1917.

1.3Específicos:

 Localizar geograficamente a Rússia


 Contextualizar a da Revolução Socialista Russa de 1917;
 Descrever as características principais dos Partidos de Mencheviques e de
Bolcheviques;
 Explicar as fases da Revolução Socialista Russa de 1917;
 Identificar as causas e consequências da Revolução Socialista Russa 1917;

1.4Metodologia

Para a materialização deste trabalho privilegiou-se meramente, o método dedutivo, fez-se


algumas leituras, análises, discussões das ideias de diferentes autores, resumo de
conteúdos, e a compilação das fontes, que esta, por fim, culminou com o presente trabalho.
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I Capitulo

2.0 Localização geográfica da Rússia.

A Rússia esta localizada no continente americano, é o maior país do mundo em extensão


territorial, com cerca de 17075400 de quilómetros quadrados. A Rússia faz fronteiras com
países europeus e asiático, é banhado pelo oceano pacífico e artico. A sua paisagem inclui
tundras e florestas até praias subtropicais. A cidade capital da Rússia e Moscovo. A cidade
de Petersburgo foi fundada pelo líder russo Pedro, que esta cidade conta com palácio de
inverno, em estilo barroco, que agora abrigue maior parte da colecção de arte do museu
hermitage.

2.1 Historial da Russa

De acordo com Vicentini (2010, p.90), o século XIX, a Rússia juntamente com a
Inglaterra, a França, a Alemanha e a Áustria, eram maiores potências europeias, porém
enquanto os outros países cresciam, faziam reformas e se industrializavam. A Rússia era
considerada um país atrasado em relação aos demais. Sua economia baseava-se na
agricultura. Os servos trabalhavam, mas os senhores feudais não tinham o menor interesse
de modernizar as plantações.

O país era governado pelo Czar (Imperador), que tinha poder absoluto, inclusive a
Igreja Católica Ortodoxa. Entre os anos de 1854 e 1856, a Rússia entrou em guerra com a
Inglaterra, França e Turquia (Guerra da Criméia), mas foi derrotada justamente por causa
do atraso em que se encontrava o país (idem).

2.3 Antecedentes

Segundo Cummins (2012, p. 204) avança que em Janeiro de 1905, um conjunto de


operários participava de um protesto pacífico em frente ao Palácio de Inverno de São
Petersburgo, uma das sedes do governo. O objectivo era entregar um abaixo-assinado ao
czar. A guarda do palácio abriu fogo matando mais de mil pessoas. O episódio ficou
conhecido como Domingo Sangrento e provocou uma onda de protestos em todo o país.
A Rússia sofria devido problemas e, ainda sob uma monarquia absolutista, uma economia
rural sem uma propriedade privada definida, com uma burguesia que depois veio enfrentar
Guerra da Crimeia. A entrada desta guerra enfraquecera mais ainda a economia e o
exército. A situação agravou-se com a convocação militar obrigatória, que paralisou a
agricultura.
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Nos últimos meses de 1916, o país estava à beira do colapso total. A crise
alimentar, o rigoroso racionamento e ainda as derrotas frente aos Impérios Centrais
explodiram numa onda de greves e passeatas. A Rússia de Kerensky tentou elevar a
conscrição e combater as deserções, o que causou resistência. Durante a Primeira Guerra
Mundial, como membro da Tríplice Entente, a Rússia lutou junto com a Inglaterra e a
França, contra a Alemanha e a Áustria-Hungria. Com as sucessivas derrotas, a Rússia
estava militarmente aniquilada e economicamente desorganizada. Em Março, o movimento
revolucionário foi deflagrado. OS grevistas espalharam-se por vários centros industriais e
os camponeses. Grande parte dos militares aderiu aos revolucionários e forçaram a
abdicação do czar Nicolau II, em Fevereiro de 1917.a revolução russa conhece o
desenvolvimento básico das estruturas socioeconómicas durante o governo dos últimos três
czares: Alexandre II, Alexandre III e Nicolau II. (CUMMINS,p. 25).

2.4 O governo de Alexandre II (1858 - 1881)

Alexandre II estava consciência da necessidade de se promover reformas


modernizadoras na Rússia para aliviar as tensões sociais internas e transformar o país num
Estado mais respeitado internacionalmente. Reformas promovidas pelo Alexandre II:

 A abolição da servidão agrária, beneficiando cerca de 40 milhões de camponeses


que permanecia com o pertencimento da terra, associadas ao feudalismo.
 Mandou ocupar novas áreas agrícolas;
 Incentivo ao ensino elementar e a concessão de autonomia académica às
universidades;
 A concessão de maior autonomia administrativa aos diferentes governos das
províncias.

Essas reformas trouxeram benefícios para o país que cresceu e tornou se exportador
de grãos, o aumento da população. Esse aumento trouxe algumas consequências como por
exemplo: a dificuldade de se encontrar emprego e a baixa produtividade agrícola gerando
fome e revolta. A alternativa adoptada pelo governo foi de estimular um programa de
industrialização que permitiu a entrada de estrangeiros a Rússia e várias fábricas foram
implantadas nos anos de 1880 e 1900, e a Rússia apresentou as maiores taxas de
crescimento industrial.
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Em 1904 a Rússia envolveu se a uma guerra contra o Japão. Este conflito destruiu a
economia piorando a situação dos operários e camponeses. No ano seguinte, o povo saiu
em uma marcha para entregar o abaixo-assinado ao Imperador pedindo melhorias nas
condições de vida e a instalação de um parlamento. O czar respondeu com um massacre
promovido por suas tropas, aumentando ainda mais a revolta do povo. A terra distribuída
aos camponeses era insuficiente, estando nas mãos de uma aristocracia latifundiária. A esta
faltavam, no entanto, recursos técnicos e financeiros para uma modernização da
agricultura. Esses problemas trouxeram baixa produtividade agrícola, que frequentou crises
de abastecimento alimentar, afectando muito os camponeses e a população urbana. o czar
Alexandre II foi assassinado em 1881, por grupos de oposição política (os
Pervomartovtsky), que lutavam pelo fim da monarquia vigente, responsabilizada pela
situação de injustiça social existente.(Ibd,p.28)

2.5 O governo de Alexandre III (1881 - 1894)

Após o assassinato de Alexandre II, as forças russas uniram-se em torno do novo


czar, Alexandre III, que retomou o antigo regime monárquico absolutista. Ele concedeu
grandes poderes à polícia, do governo (Okhrana), que exercia severo controlo sobre os
sectores educacionais, empresa e tribunais, para além dos dois importantes partidos
políticos (Narodnik e o Partido Operário Social-Democrata Russo), estes queriam acabar
com a autocracia, e passaram actuar na clandestinidade. Estes foram impedidos de
protestar contra a exploração das vítimas camponeses e trabalhadores urbanos,
continuaram sob a opressão da aristocracia agrária e dos empresários industriais. Esses se
associando aos capitais franceses, impulsionaram o processo de industrialização do país. A
política comandada pela Okhrana, as ideias socialistas eram introduzidas no país por
intelectuais como: anarquistas clássicos, anarco-sindicalistas, socialistas "utópicos" e
marxistas. Alexandre III morre em 1894. (Idem)

2.6 O governo de Nicolau II (1894 - 1918)

Nicolau II, sucede Alexandre III, procurou facilitar a entrada de capitais


estrangeiros para promover a industrialização do país, principalmente da França,
Alemanha, Inglaterra e Bélgica. Esse processo ocorreu ao da maioria parte dos países da
Europa Ocidental. O desenvolvimento do capital russo foi activado por medidas como o
início da exportação do petróleo, a implantação de estradas, de ferro e da indústria
siderúrgica. Os investimentos industriais foram concentrados em centros urbanos
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populosos, como Moscovo, São Petersburgo, Odessa e Kiev. A essas cidades, formou-se
um operariado de aproximado a três milhões de pessoas, que recebiam salários miseráveis
e eram submetidas a jornadas de doze a dezasseis horas de trabalho por dia, sem receber
alimentação e a trabalharem em locais imundos, sujeitos a doenças. Nessa situação de
exploração do operariado, as ideias socialistas encontraram um campo fértil para o seu
florescimento. (Idem).

Concluímos que com as reformas promovidas pelo Alexandre II, a abolição da servidão em
1861, e a reforma agrária, adiantaria para aliviar as tensões. A Ochrana, Alexandre III
polícia política, controlava o ensino secundário, as universidades, empresas e os tribunais.
Muitas pessoas eram enviadas ao exílio na Sibéria condenados por crimes políticos. Os
capitalistas e latifundiários mantinham os domínios aos trabalhadores urbanos e rurais. As
condições de vida pioraram, com a fome, o desemprego e a diminuição dos salários. A
burguesia não era beneficiada, pois o capital estava nas mãos dos banqueiros e dos grandes
empresários.

No governo do czar Nicolau II, a Rússia acelera o seu processo de industrialização


aliada ao capital estrangeiro. Os operários concentraram-se em grandes centros industriais
como Moscou e Petrogrado. A oposição crescia ao governo. Os partidos perseguidos iam
para a clandestinidade, como o Partido Social Democrata. Seus líderes, Plekhanov e Lenin,
tinham que viver fora da Rússia para fugir das perseguições políticas.
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Capítulo II:

3.0 A Revolução Socialista Russa (1917)

A Revolução Socialista Russa de 1917 ocorrido na Rússia contra o governo do czar


Nicolau II durante a I Guerra Mundial. Os revolucionários aboliram a monarquia e
implantaram um novo regime de governo baseado em ideias socialistas.

A Revolução Russa de 1917 foi um dos principais acontecimentos do século XX,


que irrompeu a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), apesar de os seus antecedentes. O
principal aspecto da Revolução Russa é de ter sido orientada pela doutrina comunista,
desenvolvida pelo filósofo alemão Karl Marx no século XIX, esta doutrina foi
complementada e acrescida de um plano estratégico por aquele que se tornou o mais
importante líder da revolução. (GUERRA,1999.P.2O).

3.1 Causas da Revolução Russa

Na Rússia, durante o século XIX, a falta de justiça social que afectava a camada
mais pobre da população no começo do século XX. Os camponeses viviam submetidos à
nobreza latifundiária, classe social livre que vivia subjugada pelo czar (imperador) No
campo reinava uma forte tensão social com a permanência do sistema de produção feudal,
que retardava o moderna do país.

Baixos salários dos operários e submetidas a jornadas de horas de trabalho, falta de


alimentação e trabalhavam em locais húmidos, sujeitos a doenças. Nessa dramática
situação de exploração do operariado as ideias revolucionárias socialistas encontraram um
espaço para o seu florescimento. (Idem).
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3.2 As fases da Revolução Socialista Russa

A Revolução socialista Russa compreendeu duas fases distintas:

1ª Fase: A Revolução de Fevereiro1 (Março de 1917, pelo calendário ocidental), que


derrubou a autocracia do Czar Nicolau II, o último Czar a governar, e procurou estabelecer
em seu lugar uma república de cunho liberal.

2ª Fase: A Revolução de Outubro (Novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual


o Partido Bolchevique2, derrubou o Governo Provisório apoiado pelos partidos socialistas
moderados e impôs o governo socialista soviético.(Idem).

As divergências das ideias fragmentaram o partido, que se dividiu em duas tendências:

3.3 Os Mencheviques

Os Mencheviques eram da minoria na Rússia, eram liderados por Yuly Martov e


Georgy Plekanov e defendiam a ideia evolucionista de se chegar ao poder através de vias
normais e pacíficas como, por exemplo, as eleições.

3.4 Os Bolcheviques

Os Bolcheviques tinham como líder Vladimir Ilitch Ulianov, conhecido por


Lenine, essa era da maioria na Rússia, defendia a ideia revolucionista através da luta
armada para chegar ao poder. A revolução poderia ser acelerada em um país sem quadros
económicos com alto desenvolvimento capitalista. Essa aceleração poderia ser operada e
protagonizada pela aliança operária e o campesinato, ambos receberiam a orientação de um
comete revolucionário formado por intelectuais e por dirigentes partidários.

Com a pressão revolucionária, o czar promulgou uma Constituição e permitiu a


convocação de eleições para a Duma Parlamento. E a Rússia tornou-se uma monarquia
constitucional, o czar ainda concentrava grande poder, e o Parlamento teve uma actuação

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Desde a Revolução de Fevereiro, a Rússia possuía dois governos paralelos, funcionando no mesmo
palácio. Um, chamado de Governo Provisório foi formado pela antiga Duma e adoptou a forma parlamentar
de governo. O outro era o Comité Central do Soviete de Petrogrado, composto por socialistas de vários
matizes, e com a predominância dos mencheviques em primeira hora. O Governo Provisório era francamente
a favor da continuação da guerra. O Comité Central carecia de consenso sobre esta questão.
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Com a criação da Guarda Vermelha, os bolcheviques puderam se lançar à tomada do poder. Em 25
de Outubro de 1917 (7 de Novembro no calendário gregoriano), os bolcheviques conseguiram tomar de
assalto o Palácio de Inverno, sede do governo, e vários outros departamentos públicos. Formaram um novo
governo baseado nos sovietes e centralizado pelo Conselho dos Comissários do Povo. Teve início com este
ato a Revolução Bolchevique.
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limitada. O governo ganhou tempo e organizou reacções contra as agitações sociais e os


sovietes, o que levou ao fracasso a revolução de 1905.(Ibd.22).

3.5 Actuação da Rússia na Primeira Guerra Mundial

Durante a Primeira Guerra Mundial, como membro da Tríplice Entente, a Rússia


lutou junto com a Inglaterra e a França, contra a Alemanha e a Áustria-Hungria. Com as
sucessivas derrotas, e economicamente desorganizada, o movimento revolucionário foi
deflagrado, grevistas Petrogrado espalharam-se por vários centros industriais e os
camponeses se rebelaram. (ARRAUDA & PILETTI,1997.P.30)

3.6 Consequências da Revolução Russa de 1917

Com o advento da I GM (1914),os russos foram obrigados a lutar e o combate


trouxe as seguintes consequências:

 Desorganização da economia; Fome, pobreza e racionamento; Saques, marchas e


protestos contra o czar; Renúncia do czar em 1917 diante da pressão popular.
 O partido Bolcheviques derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista
soviético, que acreditavam ser a melhor forma de gorno existente,
 Retirada do seu pais da I guerra mundial no ano de 1918,
 Instalação do partido comunista e implantação da união das repúblicas socialistas
soviéticas (URSS), que tornou-se uma das maiores potências económicas e
militares do governo existente. (Ibd.32).
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III Capitulo

4.0 Decadência da Revolução Socialista Rússia de Outubro.

4.1 A Ascensão do Partido Bolchevique (1920)

Os bolcheviques iniciaram grande esforço de propaganda, triplicando a tiragem do Pravda


em menos de um mês de 100 mil cópias em Junho para mais de 350 mil em Julho. Outra
tentativa de insurreição, liderada pelos bolcheviques, aconteceu entre 3 e 5 de Julho, mas
sem sucesso. O comité central adoptou uma série de resoluções impedindo a prisão e
julgamento dos bolcheviques. Sentindo sua fraqueza, o governo permitiu que vários
fossem postos em liberdade.

A 20 de Agosto os bolcheviques ganharam um terço dos votos nas eleições municipais. A


actividade dos sovietes diminuía e suas reuniões se tornavam menos concorridas. Enquanto
outros partidos socialistas abandonavam os sovietes, os bolcheviques aumentavam sua
presença. Em 25 de Setembro eles conquistaram a maioria na Sessão Trabalhista do
Soviete de Petrogrado e Trotsky foi eleito presidente. Com a deposição do czar Nicolau II,
formou-se um Governo Provisório, que passou para uma fase socialista, sob a chefia de
Kerensky. Sofrendo pressões dos sovietes, o governo concedeu amista aos prisioneiros e
exilados políticos.

De volta à Rússia, os bolcheviques, liderados por Lenine e Trotsky, organizaram um


congresso onde defendiam lemas como: (Paz, terra e pão e “Todo o poder aos sovietes). A
6 de Novembro, a massa operária e os camponeses, sob a liderança de Lenine, tomaram o
poder. Os bolcheviques distribuíram as terras entre os camponeses e estatizaram os bancos,
as estradas de ferro e as indústrias, que passaram para o controle dos operários.
Igualmente, para evitar qualquer tentativa de restauração monárquica, o czar Nicolau II e
sua família foram assassinados sem qualquer tipo de julgamento em Julho de 1918.
(Ibd.43).
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4.2 A Insurreição

A insurreição bolchevique começou a 24 de Outubro, quando as forças contra-


revolucionárias tomaram medidas modestas para proteger o governo. O CMR enviou
grupos armados para tomar as principais agências telegráficas e baixar as pontes sobre o
rio Neva. A acção foi rápida e sem impedimentos. Um comunicado declarando o fim do
Governo Provisório e a transferência do poder para o Soviete de Petrogrado foi emitido
pelo CMR às 10 horas de 25 de Outubro de facto escrito por Lenine. À tarde uma sessão
extraordinária do Soviete de Petrogrado foi presidida por Trotsky. Ela estava cheia de
deputados bolcheviques e socialistas de esquerda. Onde Segundo Congresso de Sovietes
abriu naquela noite, escolhendo um Conselho de Comissários do Povo composto por três
mencheviques e 21 bolcheviques e socialistas de esquerda, e que formaram a base de um
novo governo. O Comité Executivo do Soviete de Petrogrado rejeitou a decisão daquele
congresso e convocou os sovietes e o exército para defender a Revolução. Na noite do dia
26 o Congresso aprovou o Decreto da Paz, propondo a retirada imediata da Rússia da
Primeira Guerra Mundial, e o Decreto da Terra, que propunha a abolição da propriedade
privada e a redistribuição de terras entre os camponeses.

O conflito entre os bolcheviques e os vários grupos não-bolcheviques à direita (tzaristas,


liberais, nacionalistas) e à esquerda (Socialistas democráticos e anarquistas) levaru à
Guerra Civil Russa, que duraria até o final de 1922 (Ibd.48).
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5.0 Conclusão

A Revolução de Outubro na Rússia, também conhecida como Revolução


Bolchevique ou Revolução Vermelha, foi a segunda fase da Revolução Russa de 1917,
depois da Revolução de Fevereiro do mesmo ano. Começou com a insurreição dos
Bolcheviques, liderados por Vladimir Lenine, contra o governo provisório, em 25 de
Outubro de 1917 (pelo calendário juliano) e 7 de Novembro (pelo calendário gregoriano).
A Revolução de Outubro foi seguida pela Guerra Civil Russa (1918-1922) e pela criação
da URSS em 1922.

Após a morte de Lenine, em 1924, iniciou-se uma luta pelo poder entre Trotsky e
Stalin. Com Stalin no poder, a URSS conheceu uma das mais violentas ditaduras da
história.

A Revolução de Outubro introduziu uma nova dinâmica nos processos de


desenvolvimento social e humano. Como resultado da acção criadora da classe operária,
logo nos primeiros anos do poder soviético as estruturas socioeconómicas sofreram
profundas alterações com a liquidação da propriedade privada dos latifundiários e dos
grandes capitalistas. Milhões de hectares de terras foram distribuídas pelos camponeses
pobres. Em poucos anos, os resultantes do envolvimento da Rússia na I Guerra Mundial,
da guerra civil e das agressões imperialistas ao Estado soviético, a produção industrial foi
ultrapassada em várias vezes quando comparada com a época pré-revolucionária, bem
como a elevação dos níveis de vida e culturais das massas populares.
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6.0 Bibliografia

ARRUDA, José; PILETTI, Nelson.  Toda a História.  7ª Edição, São Paulo: Ed. Ática,
1997, p.30-59.

CUMMINS, J. As maiores guerras da História. Rio de Janeiro: Ediouro, 2012, p.25-33.

GUERRA, X.F. Modernidade e independências, Ensaios sobre as Revoluções hispânicas.


Madrid: Ed. Mafre, 1992, p.19-28.

VICENTINI, P. História Mundial Contemporânea (1776-1991). Série Manual do


Candidato. 2ª Ed. Brasília: FUNAG, 2010, p.132-152.

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