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A história da criação da alavanca

Arquimedes foi o grande responsável por descobrir no século III a.C. o princípio da alavanca, ao estudar
as chamadas máquinas arquimedianas: a roldana, a alavanca e o parafuso. Em suma, podemos dizer que
todos os tipos de alavancas existentes seguem o mesmo princípio, ou seja, com uma quantidade de força
P que é aplicada em um braço maior da alavanca, que chamamos de b, é possível manter o equilíbrio de
uma força maior, que chamamos de R, que esteja localizado na ponta do braço menor (a), já que o
produto da força (P) x o braço maior da alavanca (b) é igual ao produto da força maior (R) x a força que
está localizada na ponta do braço menor (a).

A proposta do descobridor desse princípio de alavancagem acaba seguindo o esquema que citamos
acima. No entanto, sabemos atualmente que se um corpo pudesse ser pesado na superfície da terra,
desde que tivesse a mesma massa do planeta, pesaria 6 sextilhões de toneladas. Supondo então que um
indivíduo tivesse a capacidade de levantar de maneira direta um peso equivalente a 60 quilos, seria
necessária uma alavanca imensa e indeformável, na qual o braço fosse 1023 vezes maior do que o menor.

A lua por sua vez, se encontra a cerca de 400 mil quilômetros da Terra. Por isso, segundo o princípio da
alavancagem, Arquimedes teria que ficar a uma distância astronômica de cerca de 280 mil vezes mais
distante do que se encontra a galáxia mais remota. Supondo que isso seria realmente possível,
Arquimedes teria que dar um deslocamento na extremidade maior para que o braço menor pudesse
levantar o nosso planeta em apenas um centímetro. No entanto, esses cálculos desconsideram o peso da
alavanca.

No desenho acima, descrevemos o princípio de como se dá o funcionamento de uma alavanca. Por este
esquema, podemos dizer que a força que é aplicada nas extremidades dessa alavanca, é extremamente
proporcional com o comprimento do braço da mesma, medido entre o ponto onde a força é aplicada e o
fulcro, em cada uma das extremidades desse objeto.

Na equação fundamental, a força potente é chamada de Fp, o braço resistente é chamado de BR, BP é o
braço potente e a força resistente é chamada de Fr.

A alavanca que possui dois pratos, é caracterizada como sendo uma alavanca interfixa. Em uma alavanca,
para que haja equilíbrio nos dois lados, o produto que está localizado na força resultante deverá ser igual
em ambos os lados da mesma.

Em suma, uma alavanca é composta por três elementos, onde existe um ponto de apoio (PA), onde se
torna possível que a alavanca gire. Além disso, há a presença de uma força resistente, que nada mais é do
que o peso do objeto a qual se pretende colocar em movimento e ainda a força potente, que é exercida
com o objetivo final de que algum objeto seja movido.

Além disso, podemos dizer que existem três tipos de alavanca. A primeira delas é a alavanca
interpotente, também conhecida como alavanca de terceira classe, na qual a força potente se localiza
entre a força de resistência e o ponto de apoio. Para ilustrar melhor essa situação, podemos citar como
exemplos desse tipo de alavanca existente, um cortador de unhas e também uma pinça.

A força potente está entre o ponto de apoio e a força resistente.

Outro tipo de alavanca é a interfixa, também conhecida como alavanca de primeira classe, na qual o
ponto de apoio está localizado entre o ponto onde o objeto está e os de aplicação de força. Podemos
citar como exemplos desse tipo de alavanca a tesoura, o alicate e a gangorra.

O ponto de apoio da alavanca está entre a força potente e a força resistente.

O último tipo de alavanca existente é a alavanca inter-resistente, também conhecida como alavanca de
segunda classe. Nela, a força de resistência está localizada entre a força potente e o ponto de apoio. Para
melhor ilustrarmos essa situação podemos citar como exemplos desse tipo de alavanca o carrinho de
mão, os abridores de garrafa e o quebra-nozes.

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