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O ciclo perpétuo da compreensão da vida

Entender-se como uma pequena parte desse pálido ponto azul¹ traz para o
centro reflexivo a discussão sobre a vida. Não a vida como período de tempo
compreendido entre o nascimento e a morte, mas a vida de forma abrangente,
composta de módulos físicos e metafísicos, se é que podemos organizar essa
complexidade como caixas em um armário.
¹ Pálido Ponto Azul é uma fotografia da Terra tirada em 1990 pela sonda Voyager 1. A
fotografia motivou o livro do astrônomo Carl Sagan que apresenta uma visão do futuro
da humanidade no espaço.

Assumir a imensidão complexa do meio em que estamos inseridos, torna o


primeiro passo da caminhada para a compreensão da vida um tanto quanto
desanimador.
Calma, tudo bem. Iremos caminhar passo a passo até a compreensão do que
nos é dado. Não que eu já tenha alcançado tudo isso², nem que seja possível
também, pois a vida se transforma a todo instante. Como já foi dito pelo filósofo
Heráclito de Éfeso³: Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo
rio... pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tão pouco o homem! -
Sendo assim, a compreensão da vida não é só um caminho (começo, meio e
fim), mas um ciclo perpétuo, que busca as transformações do objeto de
pesquisa e do pesquisador, simultaneamente durante o processo.
² Trecho do texto escrito pelo Apóstolo Paulo na carta ao Filipenses, capítulo 3 e verso
12.
³ Pensador e filósofo pré-socrático considerado o “Pai da Dialética”

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