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Doctorado en Psicología
RESUMO
ABSTRACT
This is a study of Neglecting Parental Figures and the Development of Social Skills
in Childhood. The study on this topic is due to the importance of understanding
more about negligent parenting style and the impact on the development of social
skills in childhood, contributing to the scientific, personal and professional growth on
the subject. The specific objectives aim to: identify the parental function in the
development of social skills; analyze parental care and behavior problems in
childhood; explain parental function in the family context; explain parental neglect in
the family context. The guiding question will be: "What is the impact on the
development of social skills in childhood when having a negligent parenting style?"
The methodology adopted will be bibliographic survey and based on the experience
lived by the author when conducting an integrative review, which includes:
introduction, literature review, methodology and conclusion. It was concluded that
for parents to know their children well, they must not neglect the affective aspects. It
is important to reflect on the importance of affectivity.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................5
2. ASPECTOS GERAIS SOBRE FAMÍLIA...........................................................................6
3. FIGURAS PARENTAIS......................................................................................................8
4.FATORES RELEVANTES NO DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES
SOCIAIS.................................................................................................................................11
5. CONCLUSÃO....................................................................................................................13
6. REFERÊNCIAS.................................................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por objeto o estudo sobre as Figuras Parentais Negligentes e o
Desenvolvimento das Habilidades Sociais na Infância. Ao contextualizar o tema em apreço,
verificou-se que as pessoas passam boa parte de suas vidas investindo em inúmeras maneiras
de relacionamento interpessoal, seja ela no contexto familiar, escolar/acadêmico,
profissional.
Para Santos & Wachelke (2019), estudos recentes têm sido realizados no intuito de
compreender as relações formadas entre pais e filhos e o impacto dos estilos parentais no
desenvolvimento psicossocial, eis que é na infância e adolescência, onde estão presentes
inúmeras adaptações e mudanças nas habilidades interpessoais. Por tal motivo, torna-se
fundamental um ambiente familiar que proporcione amparo e orientação ante a
complexidade das emoções experimentadas.
Ainda para os autores acima, a presença de relações familiares com dificuldades na
imposição de limites para o comportamento da criança e do adolescente pode influenciar
diretamente no preparo satisfatório desse período, ocasionando certos comportamentos de
risco. As atitudes dos pais adotadas na educação dos filhos pode ser encarada como estilo
parental, representando a maneira pela qual os pais lidam com as questões disciplinares,
hierárquicas e emocionais na relação com os filhos.
De acordo com Benchaya et. al. (2011) foi indicado um método de estilos parentais
baseado em teorias, chamadas de exigência (demandingness) e responsividade
(responsiveness). A exigência parental abrange as atitudes dos pais que tem por objetivo
controlar e monitorar o comportamento dos filhos, estabelecendo-lhes limites e regras.
Estilos parentais que exibem níveis baixos de responsividade e de expressão afetiva e
de controle, sem revelar qualquer interesse nas atividades, companhias e inquietações dos
filhos, são chamados de negligentes. Esses tendem a serem frios, distantes, despreocupados
e a não comprometer-se. Mantém relações por reação e não por princípios. Não corrigem
seus filhos até se sentirem obrigados e irritados. É inconsistente e imprevisível para
disciplinar e duro e abusivo quando está fora de controle. (BENCHAYA et. al. 2011)
Segundo Alvarenga; Weber; Bolsoni-Silva (2016), os estilos parentais negligentes
eles são insensíveis e não afetuosos, impõem regras insuficientes. Esses tipos de pais tendem
a evitar os problemas colocados por seus filhos e acabam com comportamentos que
dificultam seu desenvolvimento. A supervisão e monitoramento quase não existem, mas
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A família é o centro onde nascem e crescem novos membros da sociedade, é com ela
que aprendemos a respeitar, ter compromisso e disciplina. Nela que esses membros recebem
seus primeiros ensinamentos de como conviver na sociedade. Uma família que tem atenção
e paciência com seus membros tem mais facilidade em preparar esse indivíduo para o
mundo, pois o papel da família vai além de ensinar a ele o que é errado e certo. Maurício
Knobel (1992) nos mostra que:
A família é um grupo primário e natural da sociedade, nos quais o ser
humano vive e consegue se desenvolver. Na interação familiar, que é
prévia e social (porém determinada pelo meio ambiente) configura-se bem
precocemente a personalidade determinando-se as características sociais,
éticas, morais e cívicas dos integrantes da comunidade adulta.
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3. FIGURAS PARENTAIS
criança com o mundo exterior e interior em formação do sujeito. Os pais utilizam as mais
diversas estratégias de acordo com as situações.
Chora, Mara et al (2019) corrobora com tal entendimento enfatizando que as figuras
parentais recorrem a práticas de socialização baseados em modelos como modelagem ou
expressividade emocional, oferecendo à criança elementos sobre a natureza, causas,
comportamentos e vocabulário associados a uma emoção.
Já os estilos parentais constituem um conjunto de atitudes dos pais ou cuidadores,
dentro de um clima emocional, em que se expressam os comportamentos dos pais, que
incluem as práticas parentais e outros aspectos da interação pais-filhos que possuem um
objetivo definido, tais como: tom de voz, linguagem corporal, descuido, mudança de humor
além daqueles relacionados a socialização, visando apenas, reforçar os comportamentos
percebidos como adequados e reprimir os inadequados. (NUNES; PINHEIRO MOTA Apud
BAUMRIND; YUSUF & SIM, 2017).
Segundo Wood, McLeod, Sigman, Hwang e Chu (2003) o estilo parental teria a
capacidade de causar influência ao desenvolvimento no quesito das competências sociais e
cognitivas, já que cada estilo educativo está imbuído de valores, comportamentos e normas.
Tais autores relacionaram três tipos de pais: os pais rejeitados, subdivididos em pais
ativamente rejeitadores e pais indiferentes; os casualmente autocráticos e casualmente
indulgentes e os aceitadores, subdivididos em pais aceitadores democráticos, aceitadores
indulgentes, e aceitadores democrático-indulgentes.
Baumrind (1966) desenvolvedora do que se denomina estilos parentais, relacionou
três estilos: Autoritativo, autoritário e permissivo, estudando o comportamento, maneira de
agora e pensar, características dos cuidadores e dos filhos e as consequências na formação
da personalidade e das habilidades das crianças sob a tutela de cada estilo.
O estilo autoritativo, cuja maneira de educar é através do direcionamento das
atividades infantis de maneira racional e orientada, se utilizam do diálogo, buscando
entender a lógica da criança que resulta em comportamentos, exercendo firme controle nos
pontos de divergência, colocando sua perspectiva de adulto, respeitando os interesses e
peculiaridades dos filhos.
Já os pais de estilo autoritário, para a referida autora, modelam, controlam e avaliam
o comportamento da criança de acordo com regras de conduta rígidas, demonstram baixo
suporte e elevada punição como forma de controle de comportamentos e atitudes, o que
resulta em uma restrição a autonomia e expressão emocional e comportamental das crianças,
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que em geral, tinham temperamento infeliz, pareciam distantes, hostis, ansiosas e com pouco
controle sobre suas próprias emoções negativas.
Por fim, Baumrind (1966), aponta o estilo permissivo, cujo comportamento não-
punitivo e receptivo diante dos desejos e ações da criança são traços marcantes, possuem
elevada responsividade e aceitação do ponto de vista da criança, cuja evitação na assunção
de um papel orientador deste cuidador leva a uma baixa imposição de regras e limites,
apesar de ofertarem muito apoio e atenção emocional aos filhos. Em suas pesquisas
observou que essas crianças, em sua maioria, eram teimosas, provocadoras, rebeldes e
incapazes de regular a maior parte das emoções que enfrentavam.
Posteriormente, Maccoby e Martin (1983) acrescentaram o estilo indulgente, que
possuem dificuldade de impor limites e são pouco exigentes, tolerantes e bastante afetivos,
cujos filhos costumam ter boa auto-estima, porém traços de agressividades podem estar
presentes; e o estilo negligente, cujo o egocentrismo é característica presente, eles não se
interessam pela educação dos filhos, essas crianças, com certa frequência, tendem a um
comprometimento no desenvolvimento psicológico que prejudica as atividades acadêmicas e
sociais, com aumento de somatização, depressão, agressividade.
Os autores se basearam nos protótipos de Baumrind e os reorganizaram através da
observação de duas dimensões: exigência e responsividade. Os pais autoritários, que são
exigentes e nada responsivos, apresentam um desequilíbrio com relação a aceitação das
exigências dos filhos, dos quais buscam uma inibição das demandas dos mesmos.
Por outro lado os pais indulgentes são responsivos e não exigentes e os pais
autoritativos são exigentes e responsivos, ou seja, há um equilíbrio na balança, há relação de
reciprocidade, os filhos devem responder às exigências e expectativas dos pais, mas estes
também assumem a responsabilidade de responderem, dentro de suas possibilidades, aos
pontos de vista e exigências coerentes dos filhos.
Enquanto os pais negligentes são não exigentes e nem responsivos, tendem a
orientar-se pela esquiva de situações incômodas, o que os faz responder imediatamente aos
desejos das crianças, com intuito de fazer cessar o inconveniente.
Um grande parêntese se faz necessário para distinguir e dirimir qualquer dúvida a
respeito da diferença um estilo parental negligente da negligência abusiva, esta última
considerada uma forma de violência contra criança. A negligência como sinônimo de maus
tratos acontece quando o responsável- cuidador, se omite da obrigação de de cobrir as
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necessidades básicas, sejam as físicas, sociais, psicológicas e/ou intelectuais (ROIG &
OCHOTORENA, 1993).
Quanto ao estilo parental negligente aa atitudes e comportamentos desses pais são
negativas quantos ao desempenho de seus papéis de pais e a longo prazo, todos os
componentes do papel parental tendem ao declínio, às vezes a supressão, resultando numa
disfuncionalidade do sistema. (MACCOBY & MARTIN, 1983).
Ao buscar mecanismos de assistência, as figuras parentais, através de um constante
encorajamento da expressão das emoções da criança, desenvolve um maior ajustamento
psicossocial, visando acessar maneiras adequadas no manejo das emoções e dos níveis mais
altos de competência emocional ao nível da regulação, expressão e compreensão
(DENHAM, 1998; DENHAM et al., 2007; ROOT& RUBIN, 2010 apud CHORA, MARA et
al).
Lautrey 1989, apud Martinho, 2010, corroborando o conceito ligado à ideia de
autoridade e de regras enfatiza a estruturação familiar como uma fator indispensável
componente na estruturação da personalidade das crianças, salientando que existem três
hipóteses: ausência de estruturação pelo absentismo de mandamentos; disposição inflexível
com regras estabelecidas por uma das partes e exigência do seu cumprimento e estruturação
maleável, caracterizado pela flexibilidade na fixação e adimplemento das regras.
A condição desta estrutura familiar depende das práticas educativas, cuja falta de
estruturação dos vínculos dos pais e da educação parental rígida a educação observamos o
autoritarismo e na estruturação flexível a norma educativa é democrática ou autoritativa-
recíproca. Todavia, não se pode afirmar que se trata de relação estritamente de causa-efeito.
O estudo dos estilos parentais no relacionamento de pais-filhos, pode evitar um
possível risco de uma apreciação errônea acerca de analogias diretas entre atuações remotas
no que concerne a conduta das figuras parentais e traços dos filhos. Comportamentos
específicos de pais, como violência física, podem resultar em consequências para o
desenvolvimento das crianças; porém, observar qualquer atitude isoladamente pode levar a
uma compreensão falha. (DARLING, 1999).
5. CONCLUSÃO
O afeto, carinho e amor são cuidados essenciais a serem ofertados à uma criança logo
em seus primeiros anos de vida, quando isto, não é repassado a uma criança, então chegamos
à conclusão de uma carência afetiva, que podem ser manifestadas desde a ausência física de
ambos os pais, tanto por maltrato, desgosto, depressão, negligência, rejeição ou abandono.
O amor dos pais, independente se são divorciados ou não é um ato de grande
importância na vida de uma criança, tanto como a alimentação e a educação, para que ocorra
de forma simplificada o desenvolvimento mental, emocional e físico.
Podemos dizer que família é uma instituição social, composta por mais de uma
pessoa física, que se igualam no propósito de desenvolver, entre si, a solidariedade nos
planos assistenciais e da convivência ou simplesmente descendem uma da outra ou de um
tronco comum. Ao lado da grande-família, formada pelo conjunto de relações geradas pelo
casamento, ou por outras entidades familiares, existe a pequena família, configurada pelo pai,
mãe e filhos.
A privação do carinho dos pais, e de sua família ou de seus responsáveis por um
longo período de tempo, pode desencadear sérios problemas, definindo como a privação de
diversos atos de uma criança, desde o carinho e amor de pais com o seu filho.
Os pais antes de planejar em se ter um filho e a construção de uma família, devem
estar plenamente consciente do seu fundamental papel na vida da criança, pois o amor não se
implora, é algo espontâneo, pois os pais precisam ter o pensamento que eles enviaram uma
vida ao mundo, que trata-se de um ente vulnerável que precisa de ambos os genitores e do
carinho mais puro e sincero.
Em consequência do aspecto mencionado, teve-se durante toda à pesquisa a
preocupação em discutir a influência da afetividade na infância, no qual ela é desenvolvida,
apresentando os seus sintomas, e como os pais ou seus responsáveis podem os ajudar tendo
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6. REFERÊNCIAS
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