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INTRODUCAO

O Presente trabalho e da disciplina de Ciencias Politica que visa abordar sobre o tema de
Legalidade e Legitimidade do Poder.
No entanto para a melhor familiarizacao do presente tema, ha necessidade imperiosa de definicao
dos termos nos seus sentidos gerais.

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A legitimidade no exercício do poder
A legitimidade abrange por último duas categorias de problemas
distintos. O primeiro problema se relaciona com a necessidade e a
finalidade mesma do poder político que se exerce na sociedade
através principalmente de uma obediência consentida e espontânea, e
não apenas em virtude da compulsão efectiva ou potencial de que
dispõe o Estado — instrumento máximo de institucionalização de todo
o poder político. Vista debaixo desse aspecto, a legitimidade do poder
só aparece contestada nas doutrinas anárquicas, nomeadamente no
marxismo, ao passo que as demais escolas conhecidas se empenham
em dar-lhe por fundamento ora os impulsos naturais, orgânicos e
biológicos do homem, ora o consentimento livremente expresso por
uma associação de vontades, como nas teorias do contrato social,
reconhecendo-se em qualquer das últimas posições mencionadas, por
legítima, a existência na sociedade de um poder político imposto às
vontades individuais.
Se a existência do poder político na sociedade se acha legitimada com
rara ou nenhuma discrepância (sendo a única excepção a dos
anarquistas) o problema da legitimidade, ao contrário, se complica
quando a questão versada entra a ser a do exercício legítimo do
poder. Trata-se aqui de indicar o fundamento de legitimidade do
governo ou dos governantes, manifestado como um dado histórico e
relativo, consoante as doutrinas ou as crenças geralmente aceitas e
que lhes servem de esteio, modificáveis conforme a época ou o país.
Na Idade Média, essa crença-suporte da legitimidade foi Deus, a
religião, o sobrenatural, ao passo que contemporaneamente ela vem
sendo o povo, a democracia, o consentimento dos cidadãos e a adesão
dos governados.

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Mas não se exaure nisso o problema da legitimidade governativa.
Cumpre passar ao segundo problema, o de saber se todo governo é
legal e legítimo ao mesmo tempo e quais as hipóteses configuradas de
desencontro desses dois elementos: legalidade e legitimidade. Com
efeito, concebe-se perfeitamente um governo legal que seja ilegítimo.
Haja vista o exemplo francês, muito citado, do governo de Petain, que,
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investido legalmente no poder, cedo patenteou seu inteiro desacordo
com os sentimentos e esperanças e votos do povo francês. Daí
resultou negar-lhe o país adesão e consentimento, bases da
legitimidade política. Já o governo francês de De Gaulle no exílio, que
emergira das lutas da libertação nacional, foi em 1944, como governo
provisório da República francesa, o governo ilegal porém legítimo do
povo francês. Via de regra, os governos que nascem das situações
revolucionárias, dos golpes de Estado, das conspirações triunfantes,
são governos ilegais mas eventualmente legítimos, se abraçados logo
pelo sentimento nacional de aprovação ao exercício do seu poder.
Confirmada a viabilidade desses governos, a legitimidade fundará
então com o tempo a nova legalidade. E esta há-de perdurar,
conciliada no binómio legalidade-legitimidade, até que ulteriores
comoções da consciência nacional tragam com a intervenção súbita de
crises imprevistas e profundas para a conservação do poder a perda
do equilíbrio político dos sistemas legais e sua consequente
destruição.
Sumário
A questão de medição de distâncias, é fund

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