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Líquen

Líquen
Lucca Tartaglia

Oribê Editorial—2020
©Oribê Editorial, 2020
Editoração: Mayã Fernandes
Revisão dos poemas e projeto gráfico: Lucca Tartaglia
Revisão da apresentação: Bianca Cabral
Diagramação: Oribê Editorial
Capa: Lucca Tartaglia
Auxílio Jurídico: Ana Karoline A. de Freitas

Dados de Catalogação na Publicação (CIP)

TARTAGLIA, Lucca. Líquen / apresentação de Anace Lima


- 1ª Edição, Brasília: Oribê Editorial, 2020.
69p.
ISBN: 978-65-991902-1-6
CDD 800 literatura

Todos os direitos desta edição são reservados à Oribê Editorial


oribeeditorial.com
contato@oribeeditorial.com
ÍNDICE

[11] Clave

[22] Correspondência toda

[37] Catálogo para depois

[48] Conserto em sol menor


para Maria e Sebastião,
meus avós maternos.

para Maria dos Anjos,


que não voltei a conhecer.
Chi lima piano piano rotondo rotondo nom manca
Magiare per tutto il mondo.

A travessia

]:[

Maria Joana da Silva


APRESENTAÇÃO

A poesia de Lucca é um alfarrábio de miudezas.


Uma pedra – muda – é jogada no lago. Um animal furtivo
passa. Cresce um ramo banal na calçada.
Algo habita em uma parede esquecida.
Detritos são colocados em um descampado, mas não sem
compor com a paisagem. Uma pá de cal é colocada no solo.
O rigor de sua palavra nos deixa entrever o lugar do
cotidiano cozido pacientemente a partir do olhar do que se
está ao redor.
É um riscado de fósforo – meticuloso e pontual.
É também um arranjo que, por vezes, faz-se fina ironia com
a burocracia e as imbecilidades contemporâneas, sendo
contra-corrente diante do imediato.

Anace Lima

9
clave

11
META FÍSICA

além do ser
há um bicho que adoece
de tanto pensar

12
FLOR ESTA DE VAGAR

a mão sobre o colo


o solo firme da mão
e o chão cozendo a planta dos pés

13
FÓSFORO

depois de iluminar
anoitece a cabeça
e permanece

assombrado

14
DEDÁ-LOS

para matar o filho


sem culpa

armações, estruturas, penas e planos de voo

15
CAIXA

imitar com infantilidade


a voz de um deus menino
e – na primeira palavra –
arrebentar o peito contra o mar

feito ícaro submerso


no sol impraticável
de penas artificiais
quando a cera postiça
desfaz a altura instrumental
e arquiteta o tombo dos que
- vencendo o labirinto -
deixaram-se iludir pela fulgor
das coisas de fora

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SEM FIO

com muitos caminhos e nenhuma saída// a cidade é um


labirinto/ teseu/ um minotauro faminto/ a procura de
ariadne

17
ACERO

1.
aprendo a lento esse jeito de amar feito
quem deixa

2.
procuro uma forma de residir fora da casa
um furo

3.
a maneira exata do animal quando cresce
a mata

4.
um modo de possessão que não seja possuir

18
ISTRICE

1.
um candeeiro prenhe de luz
a cozer, no meão, pelo avesso, uma estrela
devora, de vagar, a claridade

um candeeiro tem mais gravidez que o peso do sol


sobre o vulto alagado das aves
na terra

2.
com a fenda dos anos
o carneiro abriu a pastagem
e para carpir o balido
inumou a voragem no vinco

3.
um coração aceso de pedra
erguido
um gume ferido de olor e sumo
lâmpada de anelo afogueada
cânfora enraizada no revés do chão

19
4.
do concreto das casas
extrairá o aspecto improvável da floração
o aspecto de flor
bruto e ainda quente
como um fruto a residir no coração inaudito
a semente

20
correspondênciatoda

21

21
LES TROIS-FRÈRES

como se a rosa do seu jeito


não tivesse feito nenhum espinho

como se o trato – sozinho – não fosse


um lugar

como se o simples fato de crescer


– não fosse uma revolução

– não fosse uma rebelião particular e silente


que só a gente sabe no fim

que desconhece.

22
WELL

1.
depois da floração
do gracejo
o corpo despenca e
no tombo
entende

a subida era o ensaio seguro da morte

o murmúrio do fim num esboço obscuro

2.
depois
a chuva amainou o rigor da terra
serenando o gesto e a dureza

a crueza interna
do chão

23
PEREZSER

1.
morre um homem agarrado a um cavalo

o animal corre pela campina e a crina


- tomada pelo fogo - arde

arrasta o clarão pelo gargalo da noite

2.
há um pássaro azul e uma jaula
sem canto sem grade
feita de couro e pena

3.
há um touro no prado e um homem agarrado
à mesma cena da noite anterior

4.
há um manto sobre o cavalo na campina
um lábaro sem cor e - por cima do brasão -
um lema

uma frase posta no interior da palavra

24
NAVALHA

1.
há um poço, mas a água é muito limpa,
a moça,
há o silêncio da moça atada ao poço,
o repouso da moça, o meu sossego,
o repouso da moça às vezes é o poço.

2.
o relâmpago, no seu lugar pôr o mar depois da cintilação,
deixar o trovão arrebentar em rumores de luz

4.
às vezes, há uma poça,
o moço,
há o remorso do moço às vezes,
os olhos do moço, aquela casa,
os olhos do moço como brasa
e um clarão

25
FARIA

1.
se houvesse
um chão que
me guardasse
seguro

se houvesse um muro
uma muralha

2.
se houvesse
uma antemanhã
uma anteaurora

se houvesse um estio
que apagasse
a corrente

3.
se houvesse
um lugar

uma casa aberta


na parede da escuta

26
uma casa

um telhado de colmo

4.
se houvesse

uma explicação
um animal de grande porte
um corte profundo
na superfície
da pedra

5.
se houvesse
um homem sentado à porta
uma criança morta uma senhora
rezando baixo
fora de casa
a espera

6.
se houvesse
um mar que
me desse
firmeza

27
se houvesse a certeza
dos líquidos

28
TÍTULO

velejando estreito
num rio feito de míngua
vai lento zelando o casco
e o vento de não partir

vai lento e explica


que ao fim do nome
não há porto
o pingo some

e assim
as coisas principiam
a ilusão de eternizar

assim
o seu leme, mestre, segredava
contra os pés revoltos e antigos
do menino falante
o murmúrio distante dos mares
e das marés

29
MACHADO

não fosse a casa um instrumento


um gomo de ferro atado a um bastão de madeira firme

um gomo de ferro a carregar o perfume depois do golpe


depois de rasgar o sândalo

jamais atentaria para o rosto das árvores quando


se aproximam do chão

como se colocassem a mão sobre o útero da terra

como se dissessem
regresso

30
DRUMMONEDO

2.
mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse raimundo
ou casto ou joão ou edmundo
ainda que não fosse uma solução
seria uma rima
e rimar - hoje em dia -
faria toda a diferença.

3.
joão armava para teresa
que armava para raimundo
que armava para maria
que armava para joaquim
que armava para lili
que não amava ninguém

joão foi para veneza


teresa para a prisão
raimundo morreu na bahia
maria entrou para o tráfico
joaquim - deprimido -
matou-se

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já lili - nunca mais vi.

4.
as portas todas à frente
- nenhuma chave na mão

o mar inteiro ao lado e nenhum nado é possível

minas é longe demais


- a fome não vai embora

e agora?
bicho sem nome

e agora?

32
CASA

1.
você prende a luz
eu aprendo

pus nesse poema


sua falta - que é tudo
menos você

sua presença
- lola - não cabe

3.
não direi o seu nome
em voz alta - a falta
mora no que some

o ouvido
procura a palavra que me
consome e a chama

ascende

não direi o seu nome aqui


- fora do corpo -

33
embora você dentro seja

ensurdecedoramente

4.
chamei as coisas
de você - dei o seu
timbre
a entonação

repetidamente
chamei a mesa de você
a porta de você
a escada de você
e de você o carro
a esquina
a rua

repetidas vezes
como num mantra
incendiei as coisas
com o seu nome

mas tudo era só


rumor barulho ruído
de você aqui

34
nada
você

35
NATO

anterior à palavra casulo


colocaram ainda recente
a trabalhar de dentro
um corpo em maturação

36
catálogoparadepois

37
5. 1.

é preciso ser um bom moço


não fumar um maço por dia

é preciso honrar os pais


salvar os animais e a nação

é preciso ser vegano


ter opinião sobre tudo
dizer tudo a todo momento
em qualquer ocasião

é preciso tomar os comprimidos


falar sobre os partidos e ter um time

é preciso não ter ciúme


gostar de futebol de carnaval de sol de praia

é preciso escolher muito bem a saia de amanhã


[ ] micro-godê [ ] longa-evasê [ ] média-tubinho
[ ] n. d. a.

é preciso conter a vaia


dividir o mundo em
laia 1 e laia 2

38
5. 2.

é preciso deixar para depois certos assuntos


não discutir alguns pontos
não contestar os contos e as fardas de sempre

é preciso buscar uma cura para a falta de doença


uma certeza que vença todas as outras
uma verdade pura e absoluta

é preciso chamar de puta a moça da foto


é preciso acreditar na loto
na sorte

é preciso contabilizar a morte e liberar o porte de armas


é preciso crer em carmas
ser ateu

é preciso consultar os signos e o tarot


é preciso fazer tricô e judô
com maestria

39
5. 3.

é preciso combater a estria


e neutralizar a celulite

é preciso ingressar num programa fit – não ser démodé

é preciso evitar o clichê do inovador


e pôr tudo num lugar diferente

é preciso que você – como toda a gente – pareça feliz

40
5. 4.

é preciso conhecer a musa pop


o galã mais top da televisão brasileira

é preciso manter-se na dianteira


- sempre atualizado - ainda que o passado seja amanhã

é preciso tomar leite e não comer ovos


é preciso comer ovos e não tomar leite
é preciso usar azeite no lugar de óleo de soja

é preciso saber que


no Camboja
maçã se diz phle baom
mas Apple é apple mesmo

é preciso saber que


no Japão
o coração das pessoas é melhor

que o pior clima para cultivar cenouras


é o _______________________
e o melhor álbum dos Beatles é o
__________________________

41
5. 5.

é preciso aprender:
a) inglês b) espanhol c) francês d) mandarim

é preciso comprar alecrim para o tônico e um avião


supersônico
para viagens internacionais

é preciso arrancar o siso


publicar é preciso
– viver não –
é preciso saber
o que é preciso

é preciso ter a mão forte


anunciar que o corte não é o fim

42
5. 6.

é preciso ter acesso a todos os canais a cabo


tomar suco de nabo com semente
trocar de presidente de mulher de marido de cachorro de
programa de ideia de ano de livro de grama de graça de
biografia de ortografia de geografia de fiador de linha de
verso de terço de sócio de filha de emprego de ego de loja
de deus de tema de escola de corpo de lema de
troca

43
5. 7.

é preciso completar os dados com seu nome*


__________________________________________
com seu número* ____________________________
com seu endereço*___________________________
__________________________________________

é preciso hierarquizar as necessidades


pintar as vaidades da cor padrão
determinar o preço exato do que não tem preço
é preciso mudar o gesso e o engessado

é preciso ter cuidado com o lirismo que não é ação liberta

é preciso casar suportar odiar substituir nós todos


pela pessoa certa

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5. 8.

é preciso acordar cedo e vencer o medo de cruzar a linha


vermelha
é preciso acertar a sobrancelha e ajudar a velha na travessia
é preciso arrancar a pia
fazer outra parede

é preciso estar na rede


ganhar um lugar no menu
ser peixe na corrente

é preciso ler ouvir ver os jornais


ignorar o sinais capitados
a interferência o ruído
a falta de sintonia

45
5. 9.

é preciso criar um livro de rosto


- uma nova mania - expor o gosto

como lei suprema

é preciso entender a ironia


a mensagem fugidia do poema

a gota de sangue em cada um

46
consertoemsolmenor

47
ESCALPO

4. 2.
devo conter o animal
de não arrebanhar o cercado

porque
de certo
há de vir o deserto e a sede

há de vir

3.
arei a terra branca
e com o animal
- aguilhado -
o sulco a vala

a força o guia
os nomes de antes

2.
ao lado
livro-me

48
como são as aves
no regaço dos poemas

feito sol
dando a sítio
a fronte descoberta
dos animais de corte

5.
dou
aos amigos de agora
nomes antigos

como fossem
os amigos de antes
agora

49
CRISÁLIDA

1.
cultivo
em um canteiro de húmus
o fogo que nenhuma torrente
saberá encontrar

atento à cavidade
e ao arranjo das pedras em torno
guardando a fagulha nova
contra o vento

habitando o intestino da embarcação

2.
feito presa que soubesse
a natureza da fome no íntimo da caçada

que fugisse em disparada


com lágrimas a verter dos olhos

zelando a culpa de não voltar e partindo

50
LÍQUEN

na parede do segredo
desde cedo a sede queima

teima a fome do seu nome sem par

do lugar sem lugar e sem meio


do lugar com nada no centro

e cada um dos lados abertos

por fora por baixo


por dentro

51
LUGAR

sem porta ou janela


sem viela de acesso

com os passos em volta


entrei
no silêncio e no silêncio encontrei
a sua morada

na entrada não havia entrada


e na varanda a varanda
não tinha

era só a casa
sozinha

sozinha
com ninguém do lado

era só a casa vazia


que de tão profunda era rasa
e nada lá dentro existia

nem os móveis nem a volta


nem a casa

52
TAURUS

trago sempre
um fio

um elo
entre os lados

trago sempre uma espada

se no repente da luta
a mão perde o pavio
um golpe macio breve

a figura decepada no chão


ainda quente

um animal ausente
o corpo

o homem
e a cabeça não

53
SALTO

33.
coser o cenho
alinhavando a escuta
e - na luta - abrandar
a língua e a fala

cuidando os lábios
de não achar a morte

polindo a voz
de não rachar

2.
serenar o peito escavado
apaziguando os ramos
e adiando a floração no coração das coisas intranquilas

um gesto lento e um movimento leve


cerzindo a porta e a varanda
a porta e as janelas
a porta o terreiro o pomar

até minguar a cerração

54
4.
à beira
deito a pedra do sono
e acendo a noite inteira
como um oceano estreito

como um aceno
uma ascese

e espero a palavra
que há de lavar a sebe
das paredes e do chão

3.
o inimigo está à volta
jerónimo - está à volta
e não para o giro

todos os nomes o chamam


jerónimo - e eu me retiro

o inimigo está à volta


jerónimo - está à volta
e não vai parar

todos os nomes o chamam


e ele não para de girar

55
1.
para fora da ciranda
um deus anda discreto

e no íntimo das mulheres


um feto brota
miúdo

mudo
como a semente
a rebentar no solo

antes de deitar quente


sobre o colo da terra
um ramo novo
e acordado

22.
de rodear a terra
e por ela os pés
- disse -

o homem dará tudo


na esperança
de permanecer

56
o galho porém
se fizer na clavícula raiz
calcanhar e cimo

verá torcer a mão


como se nunca
e nunca mais

aquela tarde aquele menino

0.
lavrando o campo

a semente
em cada bosque
- no verso -
busca
uma árvore
por existir

um fruto
por amanhecer

57
PROMETEU

1.
que vinha trazer o fogo
que logo vinha
- disse -
trazer a chama

a mecânica sutil dos luminares


a maneira correta de incendiar
a escuridão sem lado

2.
que vinha com a noite inteira
depois da primeira hora
deitar o motor da fome
sobre o fado

o caminho feito
sobre o leito da escuridão e da espera

3.
que vinha espantar o negrume e o perfume
do medo

ateando

58
no vazio sem nome
um cuidado um ruído
um desvio

um segredo

que vinha

59
MAMUTE

1.
MAR
conjunção adversativa

2.
ATENSÃO
quando subir a maré

3.
SÉU
paraíso possessivo

4.
POR VIRTUDE DO MUITO IMAGINAR
transforma-se o amador na coisa armada

5.
NOTA PESSOAL
o poema é um fugidor

6.
HÁ UMA GOTA DE TANG
em cada dilema

60
7.
AVE MARÍTIMA
cheia de graxa

8.
HOMENS TRABALHAM NO RIO
entulhos e detritos no fundo

9.
EX-TENSÃO LÍRICA
dispositivo utilizado para limitar a corrente

10.
O BRASIL
são os outros

11.
NATUREZA DOMÉSTICA
selva densa e civilizada dos quintais

12.
UM AVIÃO PASSA
um poema nice

13.
HOMNIBUS

61
sem ascento

14.
MORRO
em cada um

15.
LINHA VERMELHA
por medida de segurança

16.
RUA LUÍS DE CAMÕES
tape o direito da vista

17.
AQUELA ZONA
cosmopolidíssima

18.
TEXTÍCULO
frágil rúptil um saco

19.
ALGUNS
são muito bons são curiosos são apenas trocadilhos

62
20.
OFFSINA
trabalhar a pedra no meio do caminho

21.
MANUEL
assim eu quereria o meu último poema

63
COLOFÃO

o último desejo de Nicanor Parra


não representa o que eu quis dizer
apesar de ter sido escrito
não representa o que eu quis dizer

64
SOBRE O AUTOR

Na cidade mineira de Nova Lima, em 7 de julho de 1991, Lu-


cia Helena deu à luz – era manhã – o primeiro filho, Lucca,
que se mudou com os pais, alguns anos depois, para o interi-
or do estado e foi nascendo de lento a lento – quando, por
exemplo, seu pai se tornou pai, pela primeira vez, de outra
pessoa ou quando, ainda menino, viu-se, pela segundo vez,
irmão de alguém. Assim, no fim de uma parte que, sendo
parte, não terminava, foi estudar em Viçosa e foi estudar no
Rio de Janeiro e foi estudar em Portugal e aprendeu que não
sabia tudo ou que sabia nada ou que sabia muito pouco sobre
o que sabia e que, sendo assim, precisaria continuar apren-
dendo. Vive hoje em Raul Soares, Minas Gerais, e partilha da
vida com aqueles que, de uma forma ou de outra, compõem e
decompõem as circunstâncias (conhecidos, colegas, amigos,

65
parentes, amores, a Lola, etc). Aqui, no lugar onde os tempos
ensaiam parar, a criatura segue nascendo e seguirá nascendo
até nunca mais.

Contato

Instagram: @luccatartaglia

E-mail: tartaglialucca@gmail.com

66
SOBRE NÓS

A Oribê Editorial é uma editora feminista independente lo-


calizada em Taguatinga (DF) que busca realizar a publicação
de livros de artes, literatura, filosofia, educação e humanida-
des em geral. Procuramos atuar pela difusão do pensamento
crítico local abordando questões contemporâneas.

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