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2013

o
n 5 Suplemento especial

RESUMOS DA XI JORNADA PAULISTA DE PLANTAS


MEDICINAIS

Universidade Bandeirante Anhanguera


Programa de Pós-graduação em Farmácia
2
RPIF
2013 XI JORNADA PAULISTA DE PLANTAS
Suplemento MEDICINAIS
especial
1O Congresso Paulista de Fitoterapia

Editorial
A Universidade Bandeirante Anhanguera – UNIBAN, em parceria com a Associação Paulista de
Fitoterapia – APFIT, promove a 11ª Jornada Paulista de Plantas Medicinais e o 1º Congresso Paulista de
Fitoterapia, que ocorre de 6 a 9 de Novembro de 2013 na cidade de São Paulo, na Unidade Maria Cândida.
O tema geral do evento é “A relação universidade-empresa e a geração de medicamentos fitoterápicos no
Brasil”, com apresentação de palestras, mesas-redondas, cursos diversos e exposição de pôsteres.
A escolha do tema busca, novamente, reforçar que, apesar de termos uma abundante
biodiversidade e um quadro de pesquisadores e instituições experimentes e capacitadas, nossa
produtividade em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos é mínima, incompatível com a
necessidade do país. Em valores, o mercado brasileiro 2013 está dimensionado na faixa de R$ 1,4 bilhão, o
que representa cerca de 3% do mercado fitoterápico mundial; em termos de produtos fitoterápicos
desenvolvidos com espécies nativas, o faturamento atinge apenas cerca de R$ 35 milhões, representando
2,5% do faturamento brasileiro, que já é baixo. Tal situação precisa ser avaliada, criticada profundamente e
desse processo podem surgir propostas e interações diversas capazes de ampliar o universo de produtos
fitoterápicos desenvolvidos no país.
Os resumos publicados nesta edição correspondem a 80 trabalhos apresentados na forma de
pôster, nas seguintes áreas do conhecimento: Botânica, Agronomia, Etno (botânica e farmacologia),
Tecnologia, Controle de Qualidade, Farmacologia, Toxicologia, Clínica, Microbiologia, Políticas públicas e
outros temas relacionados.
Agradecemos aos participantes, palestrantes, debatedores e patrocinadores a presença na Jornada,
esperando que se constitua num momento oportuno ao debate, à ampliação do conhecimento e, assim,
contribua à consolidação da fitoterapia no contexto científico, terapêutico e industrial brasileiro.

Luis Carlos Marques (Presidente APFIT)


Maria Cristina Marcucci Ribeiro (Presidente da Comissão Organizadora)

Universidade Bandeirante Anhanguera

Endereço para correspondência


Mestrado Profissional em Farmácia
Universidade Bandeirante Anhanguera – Unidade Maria Cândida
R. Maria Cândida, 1813 - CEP 02071-013 – São Paulo - SP Brasil 3
Tel: +55 11 2967 9147/9137
E-mail: ppgfarmacia.uniban@anhanguera.com
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Índice de Títulos
01.01
ESTUDO MORFOANATÔMICO DAS FOLHAS DE Cybistax antisyphilitica (Bignoniaceae)
Pereira PM1, Fiuza TS1, Ferreira HD2, Paula JR1, Tresvenzol LMF1
1
UFG - Faculdade de Farmácia, 2UFG - ICB

01.02
ESTUDO MORFOANATÔMICO DAS FOLHAS DA Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers.
Pereira PM1, Fiuza TS1, Ferreira HD2, Paula JR1, Tresvenzol LMF1
1
UFG - Faculdade de Farmácia, 2UFG - ICB

01.03
MORFOANATOMIA DE Muehlenbeckia sagittifolia (Ortega) Meisn. (Polygonaceae)
Erbano M1, Perico CP2, Bohn A2, Santos EP2
1
Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas,
2
Universidade Federal do Paraná - Departamento de Botânica

01.04
VARIABIDADE GENÉTICA DE Salvia lachnostachys Benth. (Lamiaceae).
Erbano M1, Schühli GS2, Santos EP1
1
Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas,
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Florestas

01.05
CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA DE PLANTAS MEDICINAIS DO HORTO DA EMBRAPA
AMAZÔNIA ORIENTAL
Ilkiu-Borges F1, Rodrigues ST1, Lameira OA2, Moreira JK, Mendes MJA
1
Embrapa Amazônia Oriental - Laboratório de Botânica, 2Embrapa Amazônia Oriental -
Laboratório de Biotecnologia

01.06
AVALIAÇÃO FARMACOGNÓSTICA DA DROGA VEGETAL CIPÓ-PRATA
Scheffler AV1, Munhoz FA1, Santos MC1, Marques LC1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia.

01.07
ESCLARECIMENTO DA IDENTIDADE BOTÂNICA DA DROGA VEGETAL JOÃO-DA-COSTA
(CAULES DE Diclidanthera laurifolia Mart.)
Vendramini JRHEA1, Villagra BLP, Marques LC1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia.

01.08
ANTIPARASITIC ACTIVITY OF COUMARIN COMPOUNDS
Oyafuso LT1, Barbosa SCA1, Pereira RMS1, Santos MRM1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Programa de Biotecnologia e Inovação em
Saúde

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

01.09
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DO JAMBU Spilanthes oleracea L.
Wadt NSY1, Balbino DM1, Souza MS1, Almeida ITM1, Silva TH1, Gavinho D1, Okamoto MKH1,
Bach EE1
1
Universidade Nove de Julho (UNINOVE)

01.10
ESTUDO MORFOANATÔMICO DE Passiflora setacea DC
Almeida AR1, Kato ETM1, Bacchi EM1
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo - Farmacognosia

02.01
CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CAPÍTULOS FLORAIS DE Calendula officinalis L.
INOCULADAS COM FUNGOS MICORRÍZICOS E ADUBADAS COM FÓSFORO
Heitor LC1, Lima TC1, Freitas MSM1, Prins CL1, Daflon DSG1, Carvalho AJC1, Martins MA2
1
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - LFIT, 2Universidade Estadual do
Norte Fluminense Darcy Ribeiro - LSOL

02.02
AVALIAÇÃO “IN VITRO” DO POTENCIAL DA TINTURA DE AÇOITA-CAVALO (Luehea
divaricata Mart.), NOVALGINA (Achillea millefolium), GERVÃO (Stachytarphetta spp),
AMORA-PRETA (Morus nigra L.), CAVALINHA (Equisetum giganteum L.), GRAVIOLA
(Annona muricata), GUACO (Mikania glomerata), JAMBOLÃO (Syzygium cumini L.),
JURUBEBA (Solanum paniculatum), SABUGUEIRO (Sambucus australis) E GENGIBRE
(Zingiber officinale) NO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICELIAL DE Monilinia fructicola
Oliveira JSF1, Bittencourt ALA1, Martins DP1, Yamamoto SM1, Camilo SB1
1
Faculdade Integral Cantareira

02.03
AVALIAÇÃO “IN VITRO” DA TINTURA DE JAMBOLÃO (S. cumini L.); BÁLSAMO (M. toluifera);
AÇOITA-CAVALO (L. divaricata Mart.); COPAÍBA (C. langsdorffii); NOVALGINA (A.
millefolium); GERVÃO (Stachytarphetta. spp); AMORA-PRETA (M. nigra L.); CAVALINHA (E.
giganteum L.) E GUACO (M. glomerata) NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO DE Colletotrichum
spp
Martins DP1, Bittencourt ALA1, Yamamoto SM1, Oliveira JSF1, Camilo SB1
1
Faculdade Integral Cantareira

02.04
AVALIAÇÃO DAS TINTURAS DE AÇOITA CAVALO (L. divaricata MART.), ALFACE (L. sativa),
CONFREI (S. officinate L.), COPAÍBA (C. langsdorffii), FRUTA-DO-LOBO (S. grandiflorum),
JURUBEBA (S. paniculatum), GENGIBRE (Z. officinale), GRAVIOLA (A. muricata L.), GUACO
(M. glomerata Spreng.), JAMBOLÃO (S. cumini l.), MANGABA (H. speciosa), SUCUPIRA (D.
purpurea) “in vitro” NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICELIAL DO Fusarium oxysporum.
Bittencourt ALA1, Yamamoto SM, Martins DP, Oliveira JSF, Camilo SB
1
Faculdade Integral Cantareira, São Paulo, SP, Brasil

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

02.05
PURIFICAÇÃO PARCIAL DO EXTRATO DE MANJERICÃO E IDENTIFICAÇÃO DA FRAÇÃO
INDUTORA DE RESISTÊNCIA NA INTERAÇÃO CEVADA-FUNGO.
Sorato N1, Melo JR1, Franklin VA1, Bach EE1
1
UNINOVE – Saúde

02.06
USO DO EXTRATO DE MANJERICÃO, DE LOCAIS DIFERENTES, COMO INDUTOR DE
RESISTÊNCIA EM PLANTAS DE CEVADA (EMBRAPA 195) CONTRA Bipolaris sorokiniana.
Sorato N1, Almeida DA1, Santos LC1, Wadt NSY1, Bach EE1
1
UNINOVE – Saúde

03.01
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ESTROGÊNICA OU ANTI ESTROGÊNICA DE FITOCOMPLEXOS DE
Physalis angulata e Dioscorea alata EM RATAS PRÉ PÚBERES E PÚBERES
Rodrigues GMC1, Contini SHT1, Gelfuso EA1, Moreira LGQ1, França SC1, Del Bianco-Borges B2
1
UNAERP, Ribeirão Preto - Biotecnologia, 2USP

03.02
EVALUATION OF Solidago chilensis DC EXTRACT (BRAZILIAN ARNICA) IN THE MECHANISMS
OF WOUND HEALING
Gastaldo B1, Hatanaka E2, Bortolon JR2, Mutata G2, Bacchi EM1
1
FCF/USP - Farmácia, 2Universidade Cruzeiro do Sul – ICAFE

03.03
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PARA O
TRATAMENTO DE FERIDAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE.
Lins Neto JR, Silva DIS1, Souza CCS1, Albuquerque JFC1, Sena KXFR
1
Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos

03.04
DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Spirulina platensis
Souza CCS1, Santos MA1, Albuquerque JFC1, Catanho MTJA2
1
Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos, 2Universidade
Federal de Pernambuco - Departamento de Fisiologia e Farmacologia

04.01
PADRONIZAÇÃO DO EXTRATO DE Achyrocline alata POR PLANEJAMENTO FATORIAL
Demarque DP1, Carollo CA1, Boaretto AG1, Fernandes-Fitts SM2
1
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Laboratório de Farmacognosia, 2Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul - Laboratório de Microbiologia

04.02
CARACTERIZAÇÃO DO EXTRATO SECO COMERCIAL DE Uncaria tomentosa VISANDO A
OBTENÇÃO DE CO-PROCESSADOS CONTENDO EXTRATO E POLÍMERO HIDROFILICO POR
SPRAY-DRIER
Braga AC1, Peregrino C2, Mourão S1, Dos Santos P1
1
UFF - Faculdade de Farmácia, 2UFF – LURA

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

04.03
PRODUÇÃO DE INOVAÇÃO FARMACÊUTICA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
FARMÁCIA (MESTRADO PROFISSIONAL) DA UNIVERSIDADE BANDEIRANTE ANHANGUERA –
UNIBAN
Paulino N1, Suárez JAQ1, Valduga CJ1, Pereira RM1, Ribeiro MCM1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia.

04.04
APRESENTAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO IRRIGATÓRIA PARA BIOPULPECTOMIAS CONTENDO
EXTRATO TIPIFICADO DE PRÓPOLIS DE Baccharis dracunculifolia - PROPY® C
Paulino N1, Paulino AS2
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia,
2
MEDLEX Gestão de Informações & Cursos Ltda - Desenvolvimento & Inovação em Produtos,
Florianópolis, SC

04.05
COMPARAÇÃO DO CONTEÚDO DE COMPOSTOS FENÓLICOS E DA ATIVIDADE
ANTIOXIDANTE DO CHÁ PRETO (Camellia sinensis) EM SACHÊ E BEBIDA PRONTA.
Noriega P1, Barbosa MC2, Fiorderize C2, Leal JO2, Medeiros DS2, Mizutani NL2, Cocato ML2
1
Nanofitotec - CIETEC-IPEN/USP, 2Universidade Anhembi Morumbi – Farmácia

05.01
Physalis angulata L. - EFEITOS DO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO E ESTRESSES
ABIÓTICOS NOS TEORES DE SECO-ESTERÓIDES
Soares M1, Souza MO2, Souza CLM2, Ribeiro IM1, Rodrigues CP1, Mazzei JL1, Pelacani CR2,
Tomassini TCB1
1
FIOCRUZ / Farmanguinhos - Laboratório de Química de Produtos Naturais - PN2, 2UEFS -
Departamento de Ciências Biológicas

05.02
Capsicum frutescens (PIMENTA MALAGUETA)
Silva AGF1, Marcucci MC1, Alpiovezza AR1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

05.03
PARÂMETROS FISICO-QUÍMICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE CHOCOLATES
Silva AGF1, Marcucci MC1, Alpiovezza AR1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

05.04
ESTABILIDADE DE CREME COMPOSTO POR EXTRATOS AQUOSOS DE PLANTAS.
Soares VCG1,2, Marques SA1,2, Moura C1
1
UNIP - ICS, 2UNIANCHIETA – FARMÁCIA

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

05.05
AVALIAÇÃO DO LÍQUIDO EXTRATOR PARA EXTRAÇÃO DE BUTANOLÍDEOS DE Piper
malacophyllum POR CLAE.
Dos Santos MC1, Silva EK1, Zermiani T1, Costa MC1, Bittencourt CMS1, Malheiros A1, Machado
MS1
1
Univali, Curso de Farmácia, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, SC, Brasil.

05.06
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DOS ÁCIDOS MIRSINÓICOS A E B ISOLADOS DE
Rapanea ferruginea.
Zermiani T1, Silva RML1, Malheiros A1, Bresolin TMB1
1
Universidade do Vale do Itajaí - Programa de Mestrado em Ciências Farmacêuticas

05.07
CARACTERIZAÇÃO FARMACOGNÓSTICA DA DROGA VEGETAL JOÃO-DA-COSTA (CAULES DE
Diclidanthera laurifolia Mart.)
Vendramini JRHEA1, Villagra BLP2, Munhoz FA1, Marcucci MC1, Marques LC1 1Universidade
Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

06.01
EFEITO CITOTÓXICO DE EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Citrullus lanatus (THUNB.)
(Cucurbitaceae) PARA LEUCEMIA PRO-MIELOCÍTICA
Siqueira SL1, Militão CGM1, Albuquerque JFC1
1
UFPE - Departamento de Antibióticos

06.02
CITOTOXICIDADE DE EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Cucurbita pepo L.
(Cucurbitaceae) PARA CARCINOMA DE LARINGE
Siqueira SL1, Militão GCG1, Albuquerque JFC1
1
UFPE - Departamento de Antibióticos

06.03
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Vernonia condensata
Borges AS1, Queiroz GL1, Gonçalvez RCR1, Kitagawa RR1
1
UFES - Departamento de Ciências Farmacêuticas

06.04
TERAPIA FITOTERÁPICA COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Pereira da Silva ME1, Santos GAA2, Janz FL1, Pardi PC1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, 2Senac - Curso de Farmácia

06.05
SCREENING FARMACOLÓGICO DA DROGA VEGETAL FLORES DE JASMIM
Alpiovezza AR1, Pinto MS1, Gonçalves ID1, Marcucci MC1, Marques LC1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.06
EFEITOS DA 7-HIDROXICUMARINA NA POPULAÇÃO DE LINFÓCITOS T EM MODELO
MURINO DE LISTERIOSE.
Ferreira FG1, Aquino CB1, Cabral PF2, Silva MS3, Oliveira CO4, Araujo RSA5, Barbosa-Filho JM5,
Queiroz MLS3
1
Unicamp / Puc Campinas - Hemocentro, 2Unica / Puc Campinas - Hemocentro, 3Unicamp -
Hemocentro, 4Unicamp - Farmacologia, 5UFBP - Farmacologia

06.07
EFEITOS DA 7-HIDROXICUMARINA NA POPULAÇÃO DE CÉLULAS NK E PRODUÇÃO DE IFN-
GAMMA EM CAMUNDONGOS INFECTADOS COM Listeria monocytogenes.
Aquino CB1, Ferreira FG1, Silva MS2, Cabral PF1, Araujo RSA3, Barbosa-Filho JM3, Torello CO4,
Queiroz MLS2
1
Unicamp / Puc Campinas - Hemocentro, 2Unicamp - Hemocentro, 3UFBP - Farmacologia,
4
Unicamp – Farmacologia

06.08
SCREENING FARMACOLÓGICO DA DROGA VEGETAL RIZOMAS DE ‘NÓ-DE-CACHORRO’
(Vernonia cognata Less. – Asteraceae)
Pinto MS1, Alpiovezza AR1, Gonçalves ID1, Marcucci MC1, Marques LC1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

06.09
ATIVIDADES ANTIOXIDANTE E ANTITUMORAL DE Diclidanthera laurifolia Mart.
Stoppa C1, Vendramini J1, Nunes C2, Ribeiro MCM1, Diniz S1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, 2FMUSP.

06.10
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIPROLIFERATINA IN VITRO DE AMOSTRAS DE Piper
umbellatum L. DE DIFERENTES PROCEDÊNCIAS
Iwamoto LH1, Andrade PH2, Ruiz ALTG3, Carvalho JE3, Foglio MA1, Rodrigues RAF1
1
UNICAMP/CPQBA - Departamento de Fitoquimica, 2PUC-CAMPINAS - Farmácia,
3
UNICAMP/CPQBA - Departamento de Farmacologia e Toxicologia

07.01
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA ORAL DE Passiflora edulis Sims (Passifloraceae) EM
CAMUNDONGOS
Beraldo J1, Soares CHW2, Kato ETM3, Silva JLV1
1
Universidade Nove de Julho - Saúde, 2Universidade Nove de Julho - Farmácia-
Bioquímica/Saúde, 3Universidade de São Paulo - Faculdade de Ciências Farmacêuticas

07.02
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DO EXTRATO HIDROETANÓLICO DA MAMA CADELA
(Brosimum gaudichaudii Trécul) EM CAMUNDONGOS.
Okamoto MKH1, Rodrigues FNO1, Silva ALC1, Silva LM1, Wadt NSY1, Bach EE1 - 1Universidade
Nove de Julho - Saúde

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

07.03
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DO HIDROLATO DE Melaleuca armillaris Sm. EM
CAMUNDONGOS.
Okamoto MKH1, Fernades VM1, Silva ALC1, Silva VTRW1, Wadt NSY1, Bach EE1
1
Universidade Nove de Julho - Saúde

07.04
ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA, APOPTÓTICA EM OSTEOCLASTOS E CITOTÓXICA
DAS PLANTAS Mentha x villosa Huds e Chenopodium ambrosioides L.
Juiz PJL1, Ávila Campos MJ2, Gambari R3, Piva R3, Penolazi L3, Silva F4, Lucchese AM5,
Uetanabaro APT6
1
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências da Saúde, 2Universidade
de São Paulo, 3Università Degli Studi di Ferrara - Departamento de Bioquímica e Biologia
molecular, 4Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências Agrárias,
5
Universidade Estadual de Feira de Santana - Departamento de Ciências Exatas,
6
Universidade Estadual de Santa Cruz - Departamento de Ciências Biológicas.

08.01
CITOLOGIA HORMONAL VAGINAL SOB USO DE ISOFLAVONAS DERIVADAS DO Glycine max
(L.) Merr.
Lima SMRR1, Reis BF2, Bernardo BFA1, Silva GMD1, Silva MAG3, Yamada SS1 - 1FCMSCSP -
Obstetricia E Ginecologia - DOGI, 2UNIVAS - Obstetrícia e Ginecologia - DOGI, 3FCMSCSP –
Patologia

08.02
ESTUDO DA MICROBIOTA VAGINAL EM MULHERES APÓS A MENOPAUSA COM O USO DE
ISOFLAVONAS VIA VAGINAL
Andreotti JDB1, Lima SMRR1, Endo CM1, Scorzelli ACC1, Fortunato FG1, Watanabe DT1,
Bernardo BFA1, Sasagawa SM1, Yamada SS1, Ueda SMY1
1
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

08.03
MORFOMETRIA DO EPITÉLIO VAGINAL DE MULHERES APÓS A MENOPAUSA COM USO DE
ISOFLAVONAS VIA VAGINAL
Scorzelli ACC1, Lima SMRR1, Fortunato FG1, Watanabe DT1, Endo CM1, Andreotti JDB1,
Bernardo BFA1, Silva MALG1.
1
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

08.04
ESTUDO DOS EFEITOS DA Cimicifuga Racemosa NAS MULHERES APÓS A MENOPAUSA
USUÁRIAS DE TAMOXIFENO OU INIBIDORES DE AROMATASE PARA O TRATAMENTO DE
CÂNCER DE MAMA
Hernandes LM1, Macruz CF2, Lima SMRR2, Martins MM2
1
FCMSCSP, 2FCMSCSP – DOGI

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

08.05
TRABALHO CLÍNICO DE ANÁLISE DE RESULTADOS USANDO PLANTAS MEDICINAIS EM
CURATIVOS EXTERNOS NOS PACIENTES AMBULATORIAIS E/OU VISITAS DOMICILIARES
Guagliardi TC, Petit Prieto AF1, Pereira MMC, Iabiku C, Pureza Neto OC, Bizerra CM, Barcaghi
H, Alves dos Santos L, Torres CAS, Nascimento C, Breve M, Machado D.
1
PMSBC + PMD – Saúde.

08.06
USO DE INFUSÃO DE Bauhinia forficata NO TRATAMENTO DE FERIDA EM BOVINO
Silva MDA1, Guterres KA1, Scherer B1, Acosta GS1, Martins CF2, Cleff MB2
1
Universidade Federal de Pelotas, 2Universidade Federal de Pelotas - Departamento de
Clínicas Veterinárias.

08.07
ANÁLISE IN VITRO DO EXTRATO DE Campomanesia xanthocarpa NA ATIVAÇÃO CELULAR
EM LINHAGENS MONOCÍTICAS THP-1
Cunha EBB1, Silva NF2, Viecili PRN3, Aita CAM2
1
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Escola de Medicina - Pós-Graduação em
Ciências da Saúde, 2Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Escola de Medicina,
3
Universidade de Cruz Alta - Instituto de Cardiologia de Cruz Alta

09.01
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Coutarea hexandra (JACQ.) K. SCUM. FRENTE A Candida
albicans.
Plastino PJ1, Solidônio EG2, Sena KXFR1, Albuquerque JFC1
1
Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos, 2Universidade
Federal de Pernambuco - Departamento de Energia Nuclear

09.02
AVALIAÇÃO POR MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Punica
granatum NA DIMINUIÇÃO DA REPLICAÇÃO DO BoHV-1 COLORADO EM ZIGOTOS
MURINOS EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS.
Palazzi EG1,2,3, Felicio JD1, Pituco EM1, Stefano E1, Okuda LO1, Hansen D1, Nogueira AHC1,
Fernandes MJB1, Simoni IC1, Gonçalves RF1, Lima MS1, Scrivanti JB4, Vicente EJ5
1
Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo,
SP, Brasil, 2Interunidades em Biotecnologia /ICB_USP. 3Doutorando, 4Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo - Laboratório de Controle Genético e Sanitário Animal.
5
Universidade de São Paulo - Departamento de Microbiologia.

09.03
ESTUDO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL DE DUAS ESPÉCIES DE PLANTAS MELITÓFILAS
CONTRA HERPESVÍRUS BOVINO E SUÍNO.
Simoni IC1, Aguiar B2, Parreira MR2, Fernandes MJB2, Fávero OA3
1
Instituto Biológico - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo,
SP, Brasil. 2Instituto Biológico. 3Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.04
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FUNGICIDA DO ÓLEO VOLÁTIL DE Peperomia pellucida (L)
Kunth. (Piperaceae)
Sussa FV1, Felicio JD2, Gonçalez E2, Silva PSC1
1
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN/CNEN/USP - CRPq - Centro do Reator
de Pesquisa, 2Centro de Sanidade Animal do Instituto Biológico (IB)

09.05
DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL ANTIFÚNGICO DE Astronium urundeuva (Allemão) Engl.
(Anacardiaceae) CONTRA Candida albicans RESISTENTE A DERIVADOS AZÓLICOS.
Bonifácio BV1, Negri KMS1, Ramos MAS1, Silva PB1, Toledo LG2, Lucena VAA1, Wagner V3,
Almeida MTG2, Bauab TM1
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de
Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP -
Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Campus Experimental
do Litoral Paulista – UNESP

09.06
AVALIAÇÃO DAS TINTURAS DE AÇOITA CAVALO (Luehea divaricata Mart.), ALFACE
(Lactuca sativa), BÁLSAMO (Myroxylon peruiferum L. f.), COPAÍBA (Copaifera langsdorffii),
FRUTA-DO-LOBO (Solanum grandiflorum), GERVÃO (Stachytarphetta spp.), GRAVIOLA
(Annona muricata L.), GUACO (Mikania glomerata Spreng.), JAMBOLÃO (Syzygium cumini
L.) E SABUGUEIRO (Sambucus nigra L.) “in vitro” NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICELIAL
DE Sclerotinia sclerotiorum
Yamamoto SM1, Bittencourt ALA1, Martins DP1, Oliveira JSF1, Camilo SB1 - 1Faculdade Integral
Cantareira.

09.07
EXTRATO METANÓLICO DE ESCAPOS DE Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland
(Eriocaulaceae), UMA NOVA ABORDAGEM ANTIFÚNGICA CONTRA C. krusei e C.glabrata
Ramos MAS1, Bonifácio BV1, Silva PB1, Toledo LG2, Negri KMS1, Lucena VAA1, Santos LC3,
Almeida MTG2, Bauab TM1
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de
Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP -
Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Instituto de Química
de Araraquara - UNESP/IQ - Departamento de Química Orgânica

09.08
PERFIL ANTIFÚNGICO DO EXTRATO METANÓLICO DE ESCAPOS DE Syngonanthus nitens
(Bong.) Ruhland (Eriocaulaceae) CONTRA LEVEDURAS NÃO-albicans ISOLADAS DE TRATO
GENITAL FEMININO.
Bauab TM1, Bonifácio BV1, Silva PB1, Negri KMS1, Lucena VAA1, Toledo LG2, Almeida MTG2,
Santos LC3, Ramos MAS1
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de
Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP -
Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Instituto de Química
de Araraquara - UNESP/IQ - Departamento de Química Orgânica

12
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.09
AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE DUAS FORMULAÇÕES A PARTIR DE PRODUTOS NATURAIS PARA
USO COMO CONSERVANTES DE ALIMENTOS
Fujisawa DIR1, Araujo FRC1, Mendes PB1, Mendonca S1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

09.10
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE DROGAS VEGETAIS DA RELAÇÃO NACIONAL DE PLANTAS
MEDICINAIS DE INTERESSE PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO
Silveira SAS1, Araujo FRC1, Barbosa AP1, Mendonca S1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

09.11
DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Cucurbita
pepo L. (CUCURBITACEAE) PARA GERMES GRAM-POSITIVOS E GRAM-NEGATIVOS
Plastino PJ1, Sena KXFR1, Albuquerque JFC1
1
Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos

09.12
ANÁLISE MICROBIANA DOS FRUTOS DE Morinda citrifolia
Fernandes MAG1, Bucek EU1, Paula GS1, Vieira TR1, Velasco ND1, Abreu MTCL1
1
Uniube

09.13
ATIVIDADE DE EXTRATOS DE Pothomorphe umbellata FRENTE A Candida tropicalis
Freitas JA1, Sorrechia R1, Rodrigues ER2, Pietro RC1
1
UNESP - Fac. de Ciências Farmacêuticas, 2UNIFEG - Centro Univ. Guaxupé

10.01
MATERIAL DE ORIENTAÇÃO DE PRODUTO FITOTERÁPICO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
E PACIENTES ATENDIDOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Braz T1, Kato ETM1
1
Universidade de São Paulo - Departamento de Farmácia

11.01
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO ALHO (Allium sativum L.) SOBRE O COLESTEROL PLASMÁTICO
EM COELHOS COM HIPERCOLESTEROLEMIA INDUZIDA
Alves MJQF1, Klassa B1, Groselli MM1, Tardivo ACB1
1
Instituto de Biociencias/UNESP – Fisiologia

11.02
EFEITOS DO MARACUJÁ (Passiflora edulis f. flavicarpa), IN NATURA, SOBRE O NÍVEL DE
COLESTEROL PLASMÁTICO EM COELHOS COM HIPERCOLESTEROLEMIA EXPERIMENTAL.
Alves MJQF1, Groselli MM1, Okawabata FS1, Damasceno BF1, Moraes MB1, Tardivo ACB1
1
Instituto de Biociencias/UNESP – Fisiologia

13
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.03
ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA DE PLANTAS MEDICINAIS CULTIVADAS NO RECÔNCAVO
BAIANO FRENTE AS LINHAGENS CELULARES K562, MCF-7 e MDA-231
Juiz PJL1, Gambari R2, Piva R2, Brognara E2, Silva F3, Alves RJC4, Lucchese AM5, Uetanabaro
APT6
1
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências da Saúde, 2Università
Degli Studi di Ferrara - Departamento de Bioquímica e Biologia molecular, 3Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências Agrárias, 4Universidade Estadual de
Feira de Santana - Departamento de Biologia, 5Universidade Estadual de Feira de Santana -
Departamento de Ciências Exatas, 6Universidade Estadual de Santa Cruz - Departamento de
Ciências Biológicas.

11.04
CURATIVO FITOTERÁPICO: UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA EM UMA UNIDADE PILOTO
DO MUNICÍPIO DE DIADEMA – RELATOS DE CASOS.
Torres CAS1, Santos LA2, Prieto AFP3
1
Prefeitura de Diadema - saúde, 2Prefeitura Municipal de Diadema - Saúde, 3Prefeitura
Municipal de São Bernardo e Diadema – Saúde

11.05
ESTUDO DO POTENCIAL ALELOPÁTICO DOS EXTRATOS DE Eugenia punicifolia SOBRE AS
SEMENTES DE PEPINO (Cucumis sativus L.)
Santos C1, Costa MF1, Kolb RM1
1
Unesp - Assis - Depto C. Biológicas

11.06
ANÁLISE QUALITATIVA DOS CONSTITUINTES VOLÁTEIS DOS FRUTOS DE Eugenia punicifolia
Kunt DC
Duó-Bartolomeu AC1, Fiori GML2, França SC1, Pereira AMS1, Taleb-Contini SH1
1
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) - Unidade de Biotecnologia de Plantas Medicinais,
2
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP). - Núcleo de Pesquisa
em Produtos Naturais e Sintéticos (NPPNS)

11.07
ATIVIDADE INIBITÓRIA DE Ochroma pyramidale SOBRE HIALURONIDASE
Ferreira JF1, Barros IMC1, Viana TL1, Fagg CW2, Magalhães PO1, Silveira D1, Simeoni LA1
1
Universidade de Brasília - Faculdade de Ciências da Saúde/Campus Universitário Darcy
Ribeiro, 2Universidade de Brasília - Faculdade de Ceilândia/Campus UnB-Ceilândia

11.08
FICHA DE ANAMNESE NA PRÁTICA FITOTERÁPICA
Mourão VB, Gaspi FOG1
1
Pós-graduação em Fitoterapia - Fundação Hermínio Ometto - FHO/UNIARARAS

14
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.09
ATIVIDADE VIRUCIDA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Origanum vulgare FRENTE AO VÍRUS
DA ARTERITE EQUINA
Blank DE1, Correa RA1, Alves GA1, Freitag RA1, Hübner SO1, Cleff MB1,2
1
UFPel, 2UFPel – VETERINARIA

11.10
CITOTOXICIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL E EXTRATOS DE Rosmarinus officinalis
Blank DE1, Alves GA1, Correa RA1, Freitag RA1, Hübner SO1, Cleff MB1
1
Universidade Federal de Pelotas

11.11
RESGATE DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS
Silva MDA1, Giordani C1, Guterres KA1, Matos CB1, Lavadouro JHB1, Ratslaff K1, Albuquerque
G1, Cleff MB2
1
Universidade Federal de Pelotas, 2Universidade Federal de Pelotas - Departamento de
Clínicas Veterinárias

11.12
O USO DE PRODUTOS NATURAIS NA TÉCNICA DE COLORAÇÃO HISTOLÓGICA
Bocuto C1, Iannicell J1, Santos GAA2, Pardi PC1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Laboratório de Patologia Experimental,
2
Senac

11.13
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS HIDROALCOÓLICOS DE CRAVO DA ÍNDIA
Pereira RMS1, Teixeira A1, Costa SF1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN

15
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Índice de Autores
Abreu MTCL 09.12
Acosta GS 08.06
Aguiar B 09.03
Aita CAM 08.07
Albuquerque G 11.11
Albuquerque JFC 03.03, 03.04, 06.01, 06.02, 09.01, 09.11
Almeida AR 01.10
Almeida DA 02.06
Almeida ITM 01.09
Almeida MTG 09.05, 09.07, 09.08
Alpiovezza AR 05.02, 05.03, 06.05, 06.08
Alves dos Santos L 08.05
Alves GA 11.09, 11.10
Alves MJQF 11.01, 11.02
Alves RJC 11.03
Andrade PH 06.10
Andreotti JDB 08.02, 08.03
Aquino CB 06.06, 06.07
Araujo FRC 09.09, 09.10
Araujo RSA 06.06, 06.07
Ávila Campos MJ 07.04
Bacchi EM 01.10, 03.02
Bach EE 01.09, 02.05, 02.06, 07.02, 07.03
Balbino DM 01.09
Barbosa AP 09.10
Barbosa MC 04.05
Barbosa SCA 01.08
Barbosa-Filho JM 06.06, 06.07
Barcaghi H 08.05
Barros IMC 11.07
Bauab TM 09.05, 09.07, 09.08
Beraldo J 07.01
Bernardo BFA 08.01, 08.02, 08.03
Bittencourt ALA 02.02, 02.03, 02.04, 09.06
Bittencourt CMS 05.05
Bizerra CM 08.05
Blank DE 11.09, 11.10
Boaretto AG 04.01
Bocuto C 11.12
Bohn A 01.03
Bonifácio BV 09.05, 09.07, 09.08
Borges AS 06.03
Bortolon JR 03.02
Braga AC 04.02
Braz T 10.01

16
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Bresolin TMB 05.06


Breve M 08.05
Brognara E 11.03
Bucek EU 09.12
Cabral PF 06.06, 06.07
Camilo SB 02.02, 02.03, 02.04, 09.06
Carollo CA 04.01
Carvalho AJC 02.01
Carvalho JE 06.10
Catanho MTJA 03.04
Cleff MB 08.06, 11.09, 11.10, 11.11
Cocato ML 04.05
Contini SHT 03.01
Correa RA 11.09, 11.10
Costa MC 05.05
Costa MF 11.05
Costa SF 11.13
Cunha EBB 08.07
Daflon DSG 02.01
Damasceno BF 11.02
Del Bianco-Borges B 03.01
Demarque DP 04.01
Diniz S 06.09
Dos Santos MC 05.05
Dos Santos P 04.02
Duó-Bartolomeu AC 11.06
Endo CM 08.02, 08.03
Erbano M 01.03, 01.04
Fagg CW 11.07
Fávero OA 09.03
Felicio JD 09.02, 09.04
Fernades VM 07.03
Fernandes MAG 09.12
Fernandes MJB 09.02, 09.03
Fernandes-Fitts SM 04.01
Ferreira FG 06.06, 06.07
Ferreira HD 01.01, 01.02
Ferreira JF 11.07
Fiorderize C 04.05
Fiori GML 11.06
Fiuza TS 01.01, 01.02
Foglio MA 06.10
Fortunato FG 08.02, 08.03
França SC 03.01, 11.06
Franklin VA 02.05
Freitag RA 11.09, 11.10
Freitas JA 09.13

17
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Freitas MSM 02.01


Fujisawa DIR 09.09
Gambari R 07.04, 11.03
Gaspi FOG 11.08
Gastaldo B 03.02
Gavinho D 01.09
Gelfuso EA 03.01
Giordani C 11.11
Gonçalez E 09.04
Gonçalves ID 06.05, 06.08
Gonçalves RF 09.02
Gonçalvez RCR 06.03
Groselli MM 11.01, 11.02
Guagliardi TC 08.05
Guterres KA 08.06, 11.11
Hansen D 09.02
Hatanaka E 03.02
Heitor LC 02.01
Hernandes LM 08.04
Hübner SO 11.09, 11.10
Iabiku C 08.05
Iannicell J 11.12
Ilkiu-Borges F 01.05
Iwamoto LH 06.10
Janz FL 06.04
Juiz PJL 07.04, 11.03
Kato ETM 01.10, 07.01, 10.01
Kitagawa RR 06.03
Klassa B 11.01
Kolb RM 11.05
Lameira OA 01.05
Lavadouro JHB 11.11
Leal JO 04.05
Lima MS 09.02
Lima SMRR 08.01, 08.02, 08.03, 08.04
Lima TC 02.01
Lins NetoJR 03.03
Lucchese AM 07.04, 11.03
Lucena VAA 09.05, 09.07, 09.08
Machado D 08.05
Machado MS 05.05
Macruz CF 08.04
Magalhães PO 11.07
Malheiros A 05.05, 05.06
Marcucci MC 05.02, 05.03, 05.07, 06.05, 06.08
Marques LC 01.06, 01.07, 05.07, 06.05, 06.08
Marques SA 05.04

18
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Martins CF 08.06
Martins DP 02.02, 02.03, 02.04, 09.06
Martins MA 02.01
Martins MM 08.04
Matos CB 11.11
Mazzei JL 05.01
Medeiros DS 04.05
Melo JR 02.05
Mendes MJA 01.05
Mendes PB 09.09
Mendonca S 09.09, 09.10
Militão CGM 06.01
Militão GCG 06.02
Mizutani NL 04.05
Moraes MB 11.02
Moreira JK 01.05
Moreira LGQ 03.01
Moura C 05.04
Mourão S 04.02
Mourão VB 11.08
Munhoz FA 01.06, 05.07
Mutata G 03.02
Nascimento C 08.05
Negri KMS 09.05, 09.07, 09.08
Nogueira AHC 09.02
Noriega P 04.05
Nunes C 06.09
Okamoto MKH 01.09, 07.02, 07.03
Okawabata FS 11.02
Okuda LO 09.02
Oliveira CO 06.06
Oliveira JSF 02.02, 02.03, 02.04, 09.06
Oyafuso LT 01.08
Palazzi EG 09.02
Pardi PC 06.04, 11.12
Parreira MR 09.03
Paula GS 09.12
Paula JR 01.01, 01.02
Paulino AS 04.04
Paulino N 04.03, 04.04
Pelacani CR 05.01
Penolazi L 07.04
Peregrino C 04.02
Pereira AMS 11.06
Pereira da Silva ME 06.04
Pereira MMC 08.05
Pereira PM 01.01, 01.02

19
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Pereira RM 04.03
Pereira RMS 01.08, 11.13
Perico CP 01.03
Petit Prieto AF 08.05
Pietro RC 09.13
Pinto MS 06.05, 06.08
Pituco EM 09.02
Piva R 07.04, 11.03
Plastino PJ 09.01, 09.11
Prieto AFP 11.04
Prins CL 02.01
Pureza Neto OC 08.05
Queiroz GL 06.03
Queiroz MLS 06.06, 06.07
Ramos MAS 09.05, 09.07, 09.08
Ratslaff K 11.11
Reis BF 08.01
Ribeiro CM 06.09
Ribeiro IM 05.01
Ribeiro MCM 04.03
Rodrigues CP 05.01
Rodrigues ER 09.13
Rodrigues FNO 07.02
Rodrigues GMC 03.01
Rodrigues RAF 06.10
Rodrigues ST 01.05
Ruiz ALTG 06.10
Santos C 11.05
Santos EP 01.03, 01.04
Santos GAA 06.04, 11.12
Santos LA 11.04
Santos LC 02.06, 09.07, 09.08
Santos MA 03.04
Santos MC 01.06
Santos MRM 01.08
Sasagawa SM 08.02
Scheffler AV 01.06
Scherer B 08.06
Schühli GS 01.04
Scorzelli ACC 08.02, 08.03
Scrivanti JB 09.02
Sena KXFR 03.03, 09.01, 09.11
Silva AGF 05.02, 05.03
Silva ALC 07.02, 07.03
Silva DIS 03.03
Silva EK 05.05
Silva F 07.04, 11.03

20
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Silva GMD 08.01


Silva JLV 07.01
Silva LM 07.02
Silva MAG 08.01
Silva MALG 08.03
Silva MDA 08.06, 11.11
Silva MS 06.06, 06.07
Silva NF 08.07
Silva PB 09.05, 09.07, 09.08
Silva PSC 09.04
Silva RML 05.06
Silva TH 01.09
Silva VTRW 07.03
Silveira D 11.07
Silveira SAS 09.10
Simeoni LA 11.07
Simoni IC 09.02, 09.03
Siqueira SL 06.01, 06.02
Soares CHW 07.01
Soares M 05.01
Soares VCG 05.04
Solidônio EG 09.01
Sorato N 02.05, 02.06
Sorrechia R 09.13
Souza CCS 03.03, 03.04
Souza CLM 05.01
Souza MO 05.01
Souza MS 01.09
Stefano E 09.02
Stoppa C 06.09
Suárez JAQ 04.03
Sussa FV 09.04
Taleb-Contini SH 11.06
Tardivo ACB 11.01, 11.02
Teixeira A 11.13
Toledo LG 09.05, 09.07, 09.08
Tomassini TCB 05.01
Torello CO 06.07
Torres CAS 08.05, 11.04
Tresvenzol LMF 01.01, 01.02
Ueda SMY 08.02
Uetanabaro APT 07.04, 11.03
Valduga CJ 04.03
Velasco ND 09.12
Vendramini J 06.09
Vendramini JRHEA 01.07, 05.07
Viana TL 11.07

21
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Vicente EJ 09.02
Viecili PRN 08.07
Vieira TR 09.12
Villagra BLP 01.07, 05.07
Wadt NSY 01.09, 02.06, 07.02, 07.03
Wagner V 09.05
Watanabe DT 08.02, 08.03
Yamada SS 08.01, 08.02
Yamamoto SM 02.02, 02.03, 02.04, 09.06
Zermiani T 05.05, 05.06

22
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Índice Botânico

Achillea millefolium 02.02, 02.03


Achyrocline alata 04.01
Allium sativum 11.01
Aloe vera 05.04
Anacardium occidentale 03.03, 09.10
Annona muricata 02.02, 02.04, 09.06
Arnica montana 03.02
Astronium urundeuva 09.05
Baccharis dracunculifolia 04.04, 09.03
Baccharis trimera 09.10
Baccharis trinervis 09.03
Baccharis uncinella 09.03
Banisteriopsis argyrophylla 01.06
Bauhinia forficata 08.06
Beta corolliflora 11.12
Bixa orellana 11.12
Brosimum gaudichaudii 07.02
Calendula officinalis 02.01
Camellia sinensis 04.05
Campomanesia xanthocarpa 08.07
Capsicum frutescens 05.02
Chenopodium ambrosioides 07.04, 11.03
Cimicifuga racemosa 08.04
Citrullus lanatus 06.01
Copaifera langsdorffii 02.03, 02.04, 09.06
Cordia verbenacea 09.10
Coutarea hexandra 09.01
Cucumis sativus 11.05
Cucurbita pepo 06.02, 09.11
Cybistax antisyphilitica 01.01
Cymbopogon citratus 05.04
Diclidanthera laurifolia 01.07, 05.07, 06.09
Dioscorea alata 03.01
Dioscorea bulbifera 03.01
Dioscorea cayennnesis 03.01
Dioscorea mexicana 03.01
Dioscorea villosa 03.01
Diplotropis purpurea 02.04
Echites peltata 01.07, 05.07
Equisetum giganteum 02.02, 02.03
Eugenia punicifolia 11.05, 11.06
Foeniculum vulgare 05.04
Gingko biloba 06.04
Glycine max 08.01; 08.02; 08.03

23
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Hancornia speciosa 02.04


Heteropterys aphrodisiaca 06.08
Jacaranda brasiliana 01.02
Jasminum officinale 06.05
Jasminum sambac 06.05
Lactuca sativa 02.04, 09.06
Lippia alba 11.03
Luehea divaricata 02.02, 02.03, 02.04, 09.06
Maytenus ilicifolia 09.10
Melaleuca armillaris 07.03
Melissa officinalis 06.04
Mentha spicata 05.04
Mentha x villosa 07.04, 11.03
Mikania glomerata 02.02, 02.03, 02.04, 05.04, 09.06, 10.01
Morinda citrifolia 09.12
Morus nigra 02.02, 02.03
Muehlenbeckia sagittifolia 01.03
Myroxylon peruiferum 09.06
Myroxylon toluifera 02.03
Ochroma pyramidale 11.07
Ocimum americanum 11.03
Ocimum basilicum 02.05; 02.06, 05.04, 11.03
Origanum vulgare 11.09
Passiflora alata 01.10
Passiflora edulis 01.10, 07.01
Passiflora edulis f. flavicarpa 11.02
Passiflora setacea 01.10
Passiflora sp 09.10
Paullinia cupana 06.04
Peperomia pellucida 09.04
Phyllanthus sp 09.10
Physalis angulata 03.01, 05.01
Piper malacophyllum 05.05
Piper umbellatum 06.10
Pithecellobium cochliocarpum 03.03
Pothomorphe umbellata 09.13
Punica granatum 09.02
Rapanea ferruginea 05.06
Rheum palmatum 11.12
Rosmarinus officinalis 05.04, 11.10
Salvia lachnostachys 01.04
Salvia officinalis 06.04
Sambucus australis 02.02
Sambucus nigra 09.06
Schinus terebinthifolius 03.03
Sideroxylon obtusifolium 03.03
Solanum grandiflorum 02.04, 09.06

24
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Solanum paniculatum 02.04, 02.04


Solidago chilensis 03.02
Spilanthes oleracea 01.09
Spirulina platensis 03.04
Stachytarphetta spp 02.02, 02.03, 09.06
Symphytum officinate 02.04
Syngonanthus nitens 09.07, 09.08
Syzygium aromaticum 11.13
Syzygium cumini 02.02, 02.03, 02.04, 09.06
Uncaria tomentosa 04.02
Vernonia cognata 06.08
Vernonia condensata 06.03
Vernonia sp 09.10
Zingiber officinale 02.02, 02.04

25
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

Resumos
01.01
ESTUDO MORFOANATÔMICO DAS FOLHAS DE Cybistax antisyphilitica (Bignoniaceae)

Pereira PM1, Fiuza TS1, Ferreira HD2, Paula JR1, Tresvenzol LMF1
1
UFG - Faculdade de Farmácia, 2UFG - ICB

Introdução: A Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart., popularmente conhecida como ipê-


verde, é encontrada em várias formações florestais, em especial no Cerrado. Essa planta é
utilizada na medicina popular como depurativo do sangue, antidiurético, analgésico e anti-
inflamatório. Este trabalho teve como objetivo realizar o estudo morfoanatômico das folhas
de C. antisyphilitica. Material e métodos: As folhas foram coletadas no município de Águas
Lindas/GO, Brasil e uma exsicata depositada no Herbário da UFG sob o nº 45679. A
caracterização macroscópica das folhas dessa espécie foi realizada à vista desarmada e o
anatômico de acordo com as técnicas convencionais. Resultados e Discussão: As folhas são
opostas cruzadas, compostas, palmadas, com cinco a sete folíolos lisos, elípticos, com
margens inteiras, ápice agudo, base atenuada e nervuras peninérveas; o pecíolo é
canaliculado e longo. A epiderme é unisseriada, hipoestomática, com estômatos
anomocíticos; a cutícula é espessa e estriada com poucos tricomas glandulares, mais
evidentes na face abaxial. O mesofilo é dorsiventral com parênquima paliçádico
apresentando duas camadas de células e parênquima lacunoso com sete a oito camadas de
células. Na nervura principal o sistema vascular é em forma de arco apresentando floema,
seguido do câmbio vascular, xilema secundário e xilema primário; no parênquima medular
evidenciou-se pontuações. No peciólulo a epiderme é recoberta por cutícula espessa em
flanges, com alguns tricomas tectores e glandulares peltados na face adaxial e apenas
glandulares na face abaxial. Cristais estão presentes nas células parenquimáticas próximas as
calotas esclerenquimáticas. Conclusão: O presente estudo fornece dados que auxiliam na
identificação botânica da C. antisyphilitica.

26
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

01.02
ESTUDO MORFOANATÔMICO DAS FOLHAS DA Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers.

Pereira PM1, Fiuza TS1, Ferreira HD2, Paula JR1, Tresvenzol LMF1
1
UFG - Faculdade de Farmácia, 2UFG - ICB

Introdução: A Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. (Bignoniaceae) é uma espécie encontrada no


Cerrado e utilizada popularmente para o tratamento de doenças dermatológicas. O presente
trabalho teve como objetivo fazer o estudo morfoanatômico das folhas da J. brasiliana.
Material e métodos: As folhas foram coletadas no município de Águas Lindas/GO, Brasil e a
exsicata depositada no Herbário da UFG sob o nº 45680. A caracterização macroscópica das
folhas dessa espécie foi realizada à vista desarmada. O estudo anatômico foi realizado de
acordo com as técnicas convencionais. Resultados e discussão: As folhas são opostas
cruzadas, recompostas, bipinadas, com dezessete pares de folíolos, que se subdividem em
trinta e sete foliólulos. Os folíolos são opostos e paripenados, enquanto os foliólulos são
opostos e imparipenados, oblongos, de ápice obtuso, margens lisas e nervura do tipo
peninérvea. A epiderme é hipoestomática com estômatos anomocíticos, recoberta com
cutícula espessa em flanges, seguida de hipoderme unisseriada. Tricomas tectores longos,
pluricelulares, em grande quantidade, são observados em ambas as faces e tricomas
glandulares peltados apenas na face abaxial. No peciólulo observa-se parênquima cortical
contendo cristais próximos às calotas de células esclerenquimáticas. A raque principal
apresenta o formato de quadrado irregular, enquanto a raque secundária é circular, ambas
com duas longas projeções na face adaxial. Essas características diferenciam a J. brasiliana
de outras espécies de Bignoniaceae. Conclusão: O presente estudo é importante para a
identificação taxonômica dessa espécie de uso medicinal.

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

01.03
MORFOANATOMIA DE Muehlenbeckia sagittifolia (Ortega) Meisn. (Polygonaceae)

Erbano M1, Perico CP2, Bohn A2, Santos EP2


1
Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas,
2
Universidade Federal do Paraná - Departamento de Botânica

Muehlenbeckia sagittifolia (Ortega) Meisn. ocorre na América Austral e no Sul do Brasil.


Possui propriedades medicinais, como antialérgico, anti-inflamatório, antidiabético,
adstringente, diurético, depurativo sanguíneo. Este trabalho visa descrever a morfoanatomia
desta espécie contribuindo para o seu controle de qualidade. Folhas adultas e caule foram
fixados em formaldeído/ácido acético/etanol 1:1:18 (FAA), seccionados à mão livre, em
micrótomo, corados, e submetidos a testes microquímicos. Descrição macroscópica.
Trepadeira volúvel, ramificada. Caule estolonífero, sublenhoso, anguloso, articulado. Folhas
simples, alternas, com ócrea, pecioladas; lâmina membranácea, glabra, lanceolada, base
sagitada, ápice agudo, margem inteira. Inflorescências (racemo de cimeiras) axilares com 1–
2 racemos; 12–20 cimeiras alternadas com 1–3(5)-flores. Flor andrógina, monoclamídea,
pedicelada; brácteas persistentes; tépalas verde-amareladas, persistentes; 8 estames, ovário
súpero. Fruto aquênio, preto, trifacetado. Descrição microscópica. Caule cilíndrico anguloso,
epiderme unisseriada, cutícula espessa, plissada, tricomas glandulares peltados, uma
camada de endoderme. Periciclo com uma bainha esclerenquimática espessa, vários feixes
vasculares colaterais, circulares, não contínuos, separados por raios parenquimáticos
estreitos. Folha dorsiventral, anfiestomática, epiderme unisseriada, cutícula plissada,
tricomas glandulares peltados nas duas faces, mais frequente na abaxial. Em vista frontal,
células epidérmicas onduladas, estômatos anisocíticos e tetracíticos. Transversalmente,
nervura central plano-convexa, dois feixes vasculares colaterais: um maior, central, outro
menor, adaxial. Pecíolo com oito feixes vasculares: um maior, central, três medianos
adaxiais, quatro menores (dois em cada lateral) abaxiais. Organização peciolar assemelha-se
à nervura central foliar. Drusas de oxalato de cálcio ocorrem na folha e compostos fenólicos
no caule e folha. Os caracteres morfoanatômicos descritos contribuem para identificar
Muehlenbeckia sagittifolia, espécie com potencial farmacológico.

28
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

01.04
VARIABIDADE GENÉTICA DE Salvia lachnostachys Benth. (Lamiaceae).

Erbano M1, Schühli GS2, Santos EP1


1
Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas,
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Florestas

Salvia lachnostachys Benth., nativa no Paraná, contém terpenos indicando um potencial


farmacológico como anti-inflamatório. Estudos populacionais desta espécie podem
contribuir com dados para seu cultivo e conservação. Em avaliações de variabilidade
genética a técnica de amplificação de regiões entre microssatélites (Inter Simple Sequence
Repeat, ISSR) é bastante empregada. O objetivo deste trabalho foi analisar a diversidade
genética inter e intrapopulacional da espécie com ISSR. Foram examinados 73 indivíduos de
três populações (Curitiba, Palmeira e São Luiz do Purunã, Paraná, Brasil). A variabilidade
molecular foi estudada com nove primers. Parâmetros para a avaliação da diversidade
genética incluindo análises de grupamento (cluster), componentes principais (PCA), análise
de variação molecular (AMOVA) e estrutura de populações foram utilizados. Foram
amplificados 10-22 loci por primer, totalizando 155 bandas polimórficas (95,6%). O índice de
Simpson de cada primer indicou uma média de 0,79 e os primers (AG)8YC e (AG)8A foram os
mais polimórficos. O número de loci polimórficos entre populações foi de 97,48%. Os índices
diversidade de Nei e Shannon foram 0,2509 e 0,3982 em média. Os indivíduos de Curitiba
apresentaram maiores valores de variabilidade. Na AMOVA, a diferenciação genética
interpopulacional foi 15% (Gst = 0,1678) e intrapopulacional foi 85% indicando uma variação
genética majoritária intrapopulacional. Nas análises de grupamento e PCA, os resultados
foram consistentes e as três populações aparecem como distintas. O estudo da estruturação
populacional reforçou a distinção entre as populações amostradas. Estes valores podem
orientar a caracterização de variedades ricas em terpenos e futuros resgates de
germoplasma para cultivo e conservação.

29
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

01.05
CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA DE PLANTAS MEDICINAIS DO HORTO DA EMBRAPA
AMAZÔNIA ORIENTAL

Ilkiu-Borges F1, Rodrigues ST1, Lameira OA2, Moreira JK, Mendes MJA
1
Embrapa Amazônia Oriental - Laboratório de Botânica, 2Embrapa Amazônia Oriental -
Laboratório de Biotecnologia

Os estudos com plantas medicinais, sob o aspecto agronômico, são melhor avaliados quando
realizados em Bancos de Germoplasma e Hortos, contribuindo para o entendimento do
processo de domesticação e concepção do valor socioeconômico de um táxon, além de
fornecer dados sobre manejo, identificação, descrição, diferenciação das espécies, e
conservação da biodiversidade. Sendo assim, foi feita a caracterização agronômica das
espécies existentes no Horto da Embrapa Amazônia Oriental, Belém, Pará. Foi feito um
levantamento para quantificar as espécies existentes no horto e confirmada a identificação
botânica por meio de coletas e comparações com amostras do Herbário IAN, do laboratório
da Embrapa Amazônia Oriental. Com o auxílio de fichas de campo foram feitas as avaliações
agronômicas, abordando os seguintes pontos: hábito, altura, tipo da folha, filotaxia,
comprimento e largura das folhas e folíolos no caso de folhas compostas. Para essa avaliação
foram utilizados fita métrica, régua e literatura especializada. Estão no horto 40 famílias,
abrangendo 149 espécies. Foram contabilizadas cerca de 57 espécies em sombrite e 92
cultivadas a pleno sol. As plantas em sombrite apresentaram-se 42% herbáceas; 91% com
folhas simples e 40% das folhas alternas; e a média de comprimento e largura das folhas foi
de 3,5-6,3cm e 2,0-16,1cm, respectivamente. As plantas a pleno sol apresentaram 31% de
hábito arbustivo, 79% de folhas simples, sendo 43% de folhas alternas. Sendo assim, esse
levantamento vem contribuir para um melhor conhecimento das espécies avaliadas e sua
conservação, bem como, para seu manejo pelas comunidades amazônicas.

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

01.06
AVALIAÇÃO FARMACOGNÓSTICA DA DROGA VEGETAL CIPÓ-PRATA

Scheffler AV1, Munhoz FA1, Santos MC1, Marques LC1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia.

Esta pesquisa faz parte de projeto maior destinado à avaliação farmacognóstica de espécies
medicinais brasileiras, cujas drogas vegetais são amplamente comercializadas e não
avaliadas em termos de controle de qualidade por absoluta falta de especificações
farmacognósticas básicas. Escolheu-se, neste caso, as folhas popularmente denominadas
como ‘cipó-prata’, espécie usada para problemas renais com propriedades diurética,
antilitiásica e antiinflamatória, oriundas provavelmente de Banisteriopsis argyrophylla
[A.Juss.] B. Gates, família Malpighiaceae. Para tanto, foram adquiridas amostras comerciais
no bairro do Brás, em São Paulo e realizadas avaliações farmacobotânica, físico-química e
fitoquímica preliminar conforme metodologia farmacopêica. As folhas são lanceoladas,
apresentam-se com 3-5,5 cm de comprimento e 2-2,5 cm de largura, são inodoras e com
leve sabor amargo-adstringente, face superior verde escura e a face inferior recoberta de
grande quantidade de pelos tectores longos e retorcidos, que lhe imprimem a tonalidade
prateada referida no nome popular; o ápice é agudo, base arredondada, margem revoluta e
consistência papirácea. O teor de extrativos aquoso é de 4,26%±0,16 e foram positivos os
testes para as classes fitoquímicas saponinas, flavonóides, antracênicos (teste direto) e
taninos (provavelmente do subtipo condensado); o índice de espuma foi de 100 ml. A
identificação botânico-sistemática está em andamento e deverá referir se, de fato, a droga
vegetal comercializada e rotulada como B. argyrophylla é realmente essa espécie ou outra
do mesmo gênero, confirmando novamente a necessidade de especificações
farmacognósticas que permitam avaliação da qualidade dos materiais comerciais ofertados
no Brasil. Apoio: Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

01.07
ESCLARECIMENTO DA IDENTIDADE BOTÂNICA DA DROGA VEGETAL JOÃO-DA-COSTA
(CAULES DE Diclidanthera laurifolia Mart.)

Vendramini JRHEA1, Villagra BLP, Marques LC1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia.

O comércio de medicamentos “naturais” levou ao aumento de problemas com a qualidade,


como a existência de drogas vegetais comercializadas apenas com nomes populares ou com
citações científicas equivocadas. Nesta pesquisa, decidiu-se avaliar caules comercializados
como ‘joão-da-costa’ e identificados como Echites peltata L. (Apocynaceae), cujas
especificações técnicas inexistem. Realizou-se coleta na mata nativa do Instituto Botânico de
São Paulo, avaliação do material por especialista e estudo farmacobotânico da droga
vegetal. Confirmou-se serem caules oriundos de Diclidanthera laurifolia Mart.
(Polygalaceae), popularmente chamada ‘jaboticaba-de-cipó’. Os caules não apresentam
sabor marcante, exalam um leve aroma de madeira, mostram fino súber granuloso de
coloração marrom-escuro com áreas de coloração bege ou cinza claro, com inúmeras fendas
medianas dispostas principalmente no sentido longitudinal; região medular extensa,
amarelada e com tecidos dispostos em camadas concêntricas, frouxas entre si. Na
microscopia nota-se súber de 5-10 camadas de células alongadas, região parenquimática de
15-20 camadas de células levemente achatadas, células pétreas esparsas ou agrupadas
podendo formar uma camada contínua de 3 a 5 camadas; segue-se pequena faixa de
parênquima com cerca de 3-6 camadas de raras células pétreas e ainda cristais prismáticos.
Presença de grãos de amidos isolados e arredondados em quantidade rara. Comparou-se
com o material identificado com amostras comerciais encontrando-se total semelhança e
confirmando ser a espécie Diclidanthera laurifolia a fonte botânica real das amostras de
‘joão-da-costa’. Destaca-se a necessidade de uma maior fiscalização sobre os importadores e
distribuidores de drogas vegetais visando melhorar a identificação das drogas vegetais
comercializadas no Brasil. Apoio: Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

32
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

01.08
ANTIPARASITIC ACTIVITY OF COUMARIN COMPOUNDS

Oyafuso LT1, Barbosa SCA1, Pereira RMS1, Santos MRM1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Programa de Biotecnologia e Inovação em
Saúde

Introdution: Chagas disease, also called American trypanosomiasis, still has great public
health importance in Brazil is considered one of the four major endemic diseases. Due to the
high toxicity of the drug (benznidazole) and its low efficacy in chronic disease, currently
there is exists great interest in research with the aim of finding new therapies for treatment.
Considering the existing biodiversity in Brazilian fauna and flora and their potential as a
source of bioactive molecules to be explored, our research group grounded in previous
studies of the characteristics and activities of coumarin analyzed this molecule obtaining
promising effects in the treatment of neglected diseases. Methods and Results: In
experiments in vitro we used benznidazole, coumarin, nitrocoumarin; 3,4 hydroxy-
nitrocoumarin and 3 carboxy-8-nitrocoumarin. The assessment of antiparasitic activity was
conducted in VERO cells infected with Trypanosoma cruzi CL strain and after establishment
of infection 106 cells were distributed in 24-well plates containing coverslips. The tests were
performed in triplicates and the results were determined by counting total of infected and
uninfected cells, and the number of intracellular amastigotes. The results obtained for the
most effective concentrations of compounds and the percentage of infected cells in the
same were: benznidazole 5 μg (7%), 10 μg coumarin (11,71%), nitrocoumarin 50 μg (9,66%),
3,4 hydroxy-nitrocoumarin 50 μg (7,74%) and 3carboxy-8-nitrocoumarin 20 μg (10%).
Conclusions: We can conclude that coumarin and its derivatives have good antiparasitic
activity in Chagas disease and they suggest that the continuity of work in vivo tests.
Supported by: Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.
Keywords: NEW COMPOUNDS, ANTIPARASITIC, COUMARIN, CHAGAS DISEASE

33
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

01.09
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DO JAMBU Spilanthes oleracea L.

Wadt NSY1, Balbino DM1, Souza MS1, Almeida ITM1, Silva TH1, Gavinho D1, Okamoto MKH1,
Bach EE1
1
Universidade Nove de Julho (UNINOVE)

Introdução: O Jambu (Spilanthes oleracea L.) é uma planta nativa da região norte do Brasil,
mais especificamente na Amazônia, sendo amplamente cultivada na periferia e nos
municípios próximos a Belém no estado do Pará; onde é utilizada como hortaliça
condimentar, ou com finalidade terapêutica. É utilizado empiricamente no tratamento de
diversas enfermidades, principalmente na região norte do Brasil, porém sua composição e
propriedades terapêuticas não são muito estudadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
atividade anti-inflamatória do extrato hidroetanólico 70% do jambu. Métodos: O extrato foi
feito por percolação fracionada utilizando etanol 70% como solvente, e o ensaio anti-
inflamatório foi realizado pela implantação de granulomas (“pellets” de algodão) em ratos
Wistar. Os controle utilizados foram a água (controle positivo), etanol 70% (controle
solvente) e dexametasona 0,2mg/kg (controle negativo), todos administrados por gavagem,
na dose de 1mL/Kg/dia, assim como o extrato de jambu. Análise estatística foi realizada por
ANOVA/Tukey. O ensaio foi realizado com a aprovação do comitê de ética em animais da
UNINOVE. Resultados: O ensaio demonstrou que o extrato de jambu na dose de 1mL/Kg não
apresentou atividade anti-inflamatória significativa quando administrado por via oral.
Discussão e conclusão: Foi possível pelos dados obtidos observar uma tendência anti-
inflamatória, isto indica um potencial anti-inflamatório do extrato devendo ser estudado em
outras doses e vias de administração.

34
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

01.10
ESTUDO MORFOANATÔMICO DE Passiflora setacea DC

Almeida AR1, Kato ETM1, Bacchi EM1


1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo - Farmacognosia

Passiflora setacea DC uma espécie de maracujazeiro muito apreciada em doces e sorvetes é


conhecida popularmente por maracujá-do-sono, maracujá-sururuca, maracujá de cascavel
(Oliveira, 2005). Esta espécie é pouco estudada, com quase nenhuma informação sobre sua
composição química, descrição morfoanatômica e efeitos medicinais, o que motivou este
estudo. P. setacea é uma espécie de passiflora silvestre sendo, portanto mais resistente à
morte precoce e a outras doenças causadas por patógenos do solo (Menezes,1994,
Oliveira,1994, Meletti, 2001, Fisher, 2003). Os caracteres analisados no estudo da
morfologia da droga vegetal, preparada com folhas e caules, foram: filotaxia, forma do
limbo, nervação, indumento e pecíolo (tamanho x diâmetro). A terminologia empregada na
descrição das formas foliares e padrões de venação seguiu a sugerida por Hickey (1973). A
caracterização anatômica das folhas foi realizada em cortes preparados com a droga vegetal
reidratada e/ou material conservado em etanol 70% (v/v) (Berlyn & Miksche, 1976). Os
cortes transversais, os longitudinais radiais e os tangenciais das folhas e dos caules foram
efetuados a mão livre, com o auxílio de lâmina de barbear. Os cortes das folhas foram
efetuados no terço mediano inferior da lâmina foliar plenamente desenvolvida. Os cortes do
pecíolo foram efetuados na porção proximal, mediana e distal à lâmina foliar. Foi feito o
descritivo microscópico das folhas, pecíolos e caules de P. setacea. P. setacea possui fibras
esclerenquimáticas e aglomerados de substâncias fenólicas o que permite a
diferenciação desta espécie em relação às duas passifloras oficiais do Brasil inscritas na
RENISUS: Passiflora edulis Sims. e Passiflora alata Curtis.

35
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

02.01
CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CAPÍTULOS FLORAIS DE Calendula officinalis L.
INOCULADAS COM FUNGOS MICORRÍZICOS E ADUBADAS COM FÓSFORO

Heitor LC1, Lima TC1, Freitas MSM1, Prins CL1, Daflon DSG1, Carvalho AJC1, Martins MA2
1
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - LFIT, 2Universidade Estadual do
Norte Fluminense Darcy Ribeiro - LSOL

A calêndula (Calendula officinalis L.) é uma planta medicinal, herbácea anual que apresenta
propriedades antimicrobiana, antiinflamatória, bactericida, antitumoral, diurético,
analgésico, anti-séptica e cicatrizante de tecido cutâneo. O objetivo do presente trabalho foi
avaliar o efeito da inoculação de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) e doses de fósforo
no crescimento e produção de capítulos florais em plantas de Calendula officinalis L. O
delineamento experimental foi em blocos casualizados, com arranjo fatorial de 3 x 2, sendo
três tratamentos microbiológicos: Glomus clarum, Gigaspora margarita e controle (sem
fungo) e duas doses de fósforo 0 e 50 mg dm-3, com quatro repetições. A unidade
experimental foi composta por dois vasos de plástico com capacidade para 6 dm 3 de solo
cada, contendo duas plantas por vaso. As plantas foram produzidas a partir de sementes, em
vasos de 6 dm-3, contendo como substrato uma mistura de solo e areia (1:1 v/v) esterilizada.
Aos 85 dias após a semeadura as plantas foram coletadas e foram determinados, a altura,
massa seca da parte aérea e radicular, número, diâmetro e massa seca de capítulos florais e
a porcentagem de colonização micorrízica. Verificou-se que, nos tratamentos submetidos à
inoculação com a espécie Gigaspora margarita ocorreu incrementos significativos no
crescimento e produção de capítulos florais, em baixa disponibilidade de P no substrato,
demonstrando a capacidade do inóculo micorrízico em potencializar o crescimento e a
produção de flores em Calendula officinalis L.

36
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

02.02
AVALIAÇÃO “IN VITRO” DO POTENCIAL DA TINTURA DE AÇOITA-CAVALO (Luehea
divaricata Mart.), NOVALGINA (Achillea millefolium), GERVÃO (Stachytarphetta spp),
AMORA-PRETA (Morus nigra L.), CAVALINHA (Equisetum giganteum L.), GRAVIOLA
(Annona muricata), GUACO (Mikania glomerata), JAMBOLÃO (Syzygium cumini L.),
JURUBEBA (Solanum paniculatum), SABUGUEIRO (Sambucus australis) E GENGIBRE
(Zingiber officinale) NO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICELIAL DE Monilinia fructicola

Oliveira JSF1, Bittencourt ALA1, Martins DP1, Yamamoto SM1, Camilo SB1
1
Faculdade Integral Cantareira

Introdução: O uso de plantas medicinais no controle microbiano vem se tornando uma


alternativa viável frente aos antimicrobianos usuais, sendo as tinturas de plantas, uma opção
no controle fitossanitário devido suas propriedades fungicidas e bactericidas. Monilinia
fructicola, causador da podridão parda, é o patógeno mais importante economicamente
entre os causadores de doenças nas fruteiras de caroço. O presente trabalho teve por
objetivo avaliar o efeito dos extratos das espécies citadas sobre a inibição do crescimento
micelial de M. fructicola. Material e métodos: Foram utilizadas 4 concentrações (5, 10, 20 e
50%) das tinturas e incorporados ao meio Ágar Dextrose Batata (BDA) fundente a 45° C. Para
a testemunha foi utilizado apenas BDA. Após a solidificação do meio, discos de 7 mm de
diâmetro de M. fructicola foram colocados no centro das placas de Petri e incubados em
B.O.D. a 28° C, até que a testemunha atingisse a borda da placa de Petri. O bioensaio foi
realizado em duplicata. O crescimento das colônias foram medidos diariamente em 2
sentidos perpendiculares com auxílio de um paquímetro digital tendo como referência o
desenvolvimento da colônia na placa controle. Resultados e discussão: As tinturas de gervão,
açoita-cavalo, cavalinha, jurubeba, gengibre, amora-preta, jambolão, sabugueiro, novalgina
apresentaram inibição no crescimento micelial de M. fructicola em todas as concentrações,
sendo os melhores resultados obtidos com concentrações acima de 20%. Conclusão:
Portanto, as tinturas podem ser alternativas no controle da Monilinia fructicola, porém
evidencia-se a necessidade de estudos “in vivo”.

37
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

02.03
AVALIAÇÃO “IN VITRO” DA TINTURA DE JAMBOLÃO (S. cumini L.); BÁLSAMO (M. toluifera);
AÇOITA-CAVALO (L. divaricata Mart.); COPAÍBA (C. langsdorffii); NOVALGINA (A.
millefolium); GERVÃO (Stachytarphetta. spp); AMORA-PRETA (M. nigra L.); CAVALINHA (E.
giganteum L.) E GUACO (M. glomerata) NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO DE Colletotrichum
spp

Martins DP1, Bittencourt ALA1, Yamamoto SM1, Oliveira JSF1, Camilo SB1
1
Faculdade Integral Cantareira

Introdução: O Colletotrichum spp. é patógeno responsável por perdas na produção de


plantas como leguminosas, cereais, hortaliças e culturas perenes, incluindo diversas
frutíferas e ataca principalmente as partes aéreas da planta (caule, ramo, folha,
inflorescência, flor, fruto e semente). O uso de metabólicos secundários extraídos de plantas
pode se tornar uma alternativa para controle desse fungo. O objetivo foi avaliar o efeito das
tinturas de diversas espécies na inibição do crescimento de Colletotrichum spp. Material e
Métodos: Foram utilizadas 4 concentrações (5, 10, 20 e 50%) de cada tintura e incorporados
ao meio Ágar Dextrose Batata (BDA) fundente à 45° C. Para a testemunha foi utilizado
apenas BDA. Discos de 7 mm foram obtidos de colônias de Colletotrichum spp. e transferidos
para o centro das placas de Petri e incubadas a 28° C até que a colônia da testemunha
atingisse a borda da placa de Petri. O diâmetro das colônias foi determinado diariamente
nos dois sentidos perpendiculares com paquímetro digital, tendo como referência o
desenvolvimento da colônia na placa testemunha. Resultados e Discussão: As tinturas de
jambolão, gervão, bálsamo, açoita-cavalo, copaíba, amora-preta e cavalinha controlaram o
crescimento do Colletotrichum spp. com melhores resultados na concentração de 50% com
exceção à tintura guaco e novalgina que apresentaram bons resultados à partir da
concentração de 20%. Conclusão: Todas as tinturas controlaram o crescimento do
Colletotrichum spp. variando sua eficiência conforme a concentração da tintura. Evidencia-se
a necessidade de estudos “in vivo”.

38
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

02.04
AVALIAÇÃO DAS TINTURAS DE AÇOITA CAVALO (L. divaricata MART.), ALFACE (L. sativa),
CONFREI (S. officinate L.), COPAÍBA (C. langsdorffii), FRUTA-DO-LOBO (S. grandiflorum),
JURUBEBA (S. paniculatum), GENGIBRE (Z. officinale), GRAVIOLA (A. muricata L.), GUACO
(M. glomerata Spreng.), JAMBOLÃO (S. cumini l.), MANGABA (H. speciosa), SUCUPIRA (D.
purpurea) “in vitro” NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICELIAL DO Fusarium oxysporum.

Bittencourt ALA1, Yamamoto SM, Martins DP, Oliveira JSF, Camilo SB


1
Faculdade Integral Cantareira, São Paulo, SP, Brasil

Introdução: As plantas medicinais são utilizadas pela medicina e suas propriedades são
estudadas a fim de isolar as substâncias que lhes conferem propriedades medicinais e assim,
produzir novos fármacos. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diversas tinturas
na inibição “in vitro” do crescimento micelial do Fusarium oxysporum Material e Métodos:
Foram utilizados 4 concentrações (5; 10; 20 e 50%) de cada tintura e incorporadas ao meio
de Agar Dextrose Batata (BDA) fundente à 45º C e vertidos em placas de Petri. Nas
testemunhas foram utilizadas placas contendo apenas BDA. Após a solidificação do meio,
discos de 7 mm de diâmetro do Fusarium oxysporum foram colocados no centro das placas
de Petri e incubados em B.O.D. à 28° C, até que a testemunha atingisse a borda da placa de
Petri. O bioensaio foi feito em duplicata. O IVCM das colônias foram medidos diariamente
em 2 sentidos perpendiculares com auxílio de um paquímetro digital tendo como referência
o desenvolvimento da colônia na placa controle. Resultados: As tinturas de alface, confrei,
copaíba, gengibre, graviola, jurubeba e mangaba inibiram o crescimento de F. oxysporum em
todas as concentrações, sucupira e guaco tiveram o melhor resultado a partir de 10%, açoita
cavalo a partir de 20%, jambolão a partir de 30% e fruta do lobo a partir de 50%. A média das
porcentagens de inibição de cada tintura foi de 87%. Conclusão: As tinturas inibiram o
crescimento micelial do F. oxysporum, variando sua eficiência conforme a concentração da
tintura. Evidenciam-se testes “in vivo”.

39
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

02.05
PURIFICAÇÃO PARCIAL DO EXTRATO DE MANJERICÃO E IDENTIFICAÇÃO DA FRAÇÃO
INDUTORA DE RESISTÊNCIA NA INTERAÇÃO CEVADA-FUNGO.

Sorato N1, Melo JR1, Franklin VA1, Bach EE1


1
UNINOVE – Saúde

Ocimum basilicum L., denominado como “sweet basil” é cultivado no Brasil e comercializado
como condimento podendo ser usado como medicinal, inseticida, fungicida e
antimicrobiana. Resultados anteriores demonstraram que o extrato aquoso do manjericão
possui ação como indutor de resistência em plantas de cevada (Embrapa 195) quando
infectadas com o fungo (Bipolaris sorokiniana L.) causando mancha foliar. O objetivo do
presente trabalho foi realizar purificação parcial do extrato de folhas de manjericão a fim de
determinar a possível molécula com ação indutora. Para isto, foi realizada a extração de
folhas de manjericão (origem Ibiúna) na concentração de 0,15g/mL de água, sendo triturada,
filtrada em papel de filtro e filtro Millipore (0,45micras). O extrato foi avaliado em espectro
de varredura, cromatografia de coluna de Sephadex G-50, sendo as frações analisadas em
cromatografia de camada delgada (CCD) e teste biológico em folhas de cevada (Embrapa
195) com 10 dias após germinação. Resultados parciais indicaram que no espectro de
varredura foram observados dois compostos com absorção máxima. Na cromatografia em
gel foram separadas frações e, na CCD somente a fração 1 com MM 35.000 daltons não
apresentou lesão na planta de cevada correspondendo ao padrão ácido ferúlico. Como
conclusão, o composto ácido ferúlico é um dos componentes presente que atuou como
indutor de resistência sendo importante na interação da cevada-fungo. Este é um dos
motivos de acelerar o mecanismo de ácido salicílico na indução contribuindo assim no
controle do meio ambiente e na saúde humana por ser um produto natural a ser aplicado no
campo.

40
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

02.06
USO DO EXTRATO DE MANJERICÃO, DE LOCAIS DIFERENTES, COMO INDUTOR DE
RESISTÊNCIA EM PLANTAS DE CEVADA (EMBRAPA 195) CONTRA Bipolaris sorokiniana.

Sorato N1, Almeida DA1, Santos LC1, Wadt NSY1, Bach EE1
1
UNINOVE – Saúde

Plantas de cevada infectada pelo fungo Bipolaris sorokiniana, causadora da mancha foliar,
apresenta grandes perdas econômicas ao produtor. O controle da doença tem sido feito
pelo uso de fungicidas causando problemas ao meio ambiente e saúde humana. O objetivo
do presente trabalho foi verificar a ação do extrato hidroalcoólico MH, oriundo de Ocimum
basilicum de diferentes locais, no controle da doença. Plantas de manjericão foram colhidas
em Ibiúna e Valinhos sendo transportadas ao laboratório em geladeira de isopor e,
trituradas na concentração de 0,15g folha/mL de água, filtrado e quantificada proteína.
Plantas de cevada da variedade Embrapa 195, foram desenvolvidas em estufa e separadas
para tratamentos como: a) controle (água); b) tratadas com extrato de MH de Ibiúna e após
24horas inoculada com fungo; c) idem ao grupo b com 48horas; d) idem ao grupo b com
72horas; e) tratadas com extrato MH de Valinhos e após 24horas inoculada com fungo; f)
idem ao grupo e com 48horas; g) idem ao grupo e com 72horas; g) inoculadas com fungo.
Grupos de plantas (b,c,d,e,f,g) após inoculação com o fungo, foram mantidas em câmara
úmida e escuro por 24 horas sendo depois transferidas para estufa. Após 8 dias foi avaliada a
proteção. Extratos foram utilizados na conc. de 0,20mg de proteína sendo o mesmo avaliado
em meio de cultura sobre desenvolvimento do fungo. Resultados demonstraram que plantas
de cevada tiveram proteção de 92 a 98% e, no meio de cultura o fungo não teve o
desenvolvimento inibido. Por conclusão o extrato de MH apresentou o efeito como indutor
de resistência.

41
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

03.01
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ESTROGÊNICA OU ANTI ESTROGÊNICA DE FITOCOMPLEXOS DE
Physalis angulata e Dioscorea alata EM RATAS PRÉ PÚBERES E PÚBERES

Rodrigues GMC1, Contini SHT1, Gelfuso EA1, Moreira LGQ1, França SC1, Del Bianco-Borges B2
1
UNAERP, Ribeirão Preto - Biotecnologia, 2USP

Introdução: O climatério é um período cujas mudanças fisiológicas são percebidas por


alterações no corpo e/ou no humor. Embora drogas sintéticas reduzam tais desconfortos os
efeitos colaterais decorrentes do emprego destas justifica a busca por novos bioativos
eficazes e seguros tendo como fonte sustentável plantas medicinais. Extratos hidroalcóolicos
de Physalis angulata,e a infusão de Dioscorea spp (D. alata, D. mexicana, D. villosa, D.
bulbifera, D. cayennnesis) são fontes de micromoléculas com potencial atividade estrogênica
com muitos relatos de uso popular de seus fitocomplexos. A presente pesquisa tem como
objetivo avaliar a atividade estrogênica e anti estrogênica de fitocomplexos de órgãos de P.
angulata, (cultivos in vitro) e tubérculos de Dioscorea spp. Material e métodos: Ratas fêmeas
(Wistar) em diferentes períodos do ciclo estral (pré púberes, púberes e adultas
ovariectomizadas) são submetidas ao ensaio uterotrófico (após tratamento com soluções
extrativas de P. angulata e Dioscorea spp) para verificar alterações morfofisiológicas
possivelmente induzidas por estrógenos (análise do peso da hipófise, rins, adrenais,
suprarrenais e fígado). Resultados e discussão: Nos resultados parciais observa-se que P.
angulata e Dioscorea spp têm constituintes que aparentemente induziram modificações
morfofisiológicas da hipófise, rins, adrenais, suprarrenais e fígado dos grupos tratados em
comparação com controles. As alterações nestas estruturas podem ser desencadeadas pela
ação de substâncias estrogênicas. Conclusão: Há indícios de que Physalis angulata e
Dioscorea spp possuem micromoléculas capazes de induzirem alterações no que se concerne
ao peso da hipófise, rins, adrenais, suprarrenais e fígado. Os estudos serão continuados com
a realização de ensaios de histoquímica e imunoquímica e a interação com receptores de
estrógeno.

42
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

03.02
EVALUATION OF Solidago chilensis DC EXTRACT (BRAZILIAN ARNICA) IN THE MECHANISMS
OF WOUND HEALING

Gastaldo B1, Hatanaka E2, Bortolon JR2, Mutata G2, Bacchi EM1
1
FCF/USP - Farmácia, 2Universidade Cruzeiro do Sul – ICAFE

Extracts of Arnica Montana or Solidago chilensis possess a wide systematic scientific


investigation. We have investigated the effect of S. chilensis in the mechanisms of wound
healing considering the neutrophil migration’s during the inflammatory phase of this
process. Inflammation is the initial phase of the healing process and essential to the tissue
recovery progression. We have used na optical curve of rise and decline that can be reduced
with use of antiinflammatory stimuli. A wound in the dorsal surface of rats was performed
and a lyophilized hydroethanolic extract of S. chilensis (LHEE) 70% were topically
administrated. On the 5th day it was evaluate a reduction (52%) of the wound área in
comparison with control (sterile PBS). In air pouches experiments, neutrophil influx raised 18
times when capared to control group. LHEE also induced a significant increase in the release
of IL-1, L-selectin, and IL-6. In contrast, LHEE strongly inhibited the migration of MLP-
stimulated neutrophils and the amount of cytokines IL-6, L-selectin, IL-1, TNF in the exudate.
This effect indicate a modulation effect of neutrophil activation. It was noticed na increase of
cytokines liberation in human culture corroborating the results obtained in animals. In the
extract was found phenolic compounds such as quercetrin which posses antinflammatory
activity, also terpenoids were present. Our results suggest that S. chilensis can regulate
accumulation and depletion of neutrophils in the inflammatory foci and may modulate the
inflammatory of wound healing.

43
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

03.03
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS PARA O
TRATAMENTO DE FERIDAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE.

Lins Neto JR, Silva DIS1, Souza CCS1, Albuquerque JFC1, Sena KXFR
1
Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos

Introdução: O Brasil possui uma das maiores diversidades vegetal do mundo e inúmeras
experiências vinculadas ao conhecimento popular das plantas medicinais. O uso de plantas
com fins terapêuticos atravessou séculos como prática amplamente exercida, variando de
acordo com as características sociais, culturais, econômicas, ambientais de cada região do
globo. Métodos: Foi realizado um levantamento sobre o uso popular de plantas medicinais
utilizadas para tratamento de feridas. Foram entrevistados 27 raizeiros que comercializam
produtos naturais nos Mercados Públicos de Afogados, Areias, Boa viagem, Cavaleiro,
Jaboatão Centro, Madalena e São José. Para coleta de dados foi feito aplicação de formulário
padronizado. Resultados e Discussão: Os dados obtidos com as entrevistas junto aos
raizeiros nos diferentes Mercados Públicos confirmam o uso popular de 20 plantas,
salientando a parte utilizada e a forma de uso dos vegetais. A partir do material levantado
merece destaque as seguintes plantas, aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi), babatenon
[Pithecellobium cochliocarpum (Gomez) Macbr], caju-roxo (Anacardium occidentale L.) e
quixaba [Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T.D. Penn., com percentuais relativos de
citação 100% para aroeira e babatenon, 92.6% para caju roxo e 96.3% para quixaba. Outra
planta de frequência relevante foi a babosa Aloe vera L. (63%). Outras plantas citadas,
porém com menor frequência foram: Urtiga branca, romã, calêndula, confrei, angico, salvia,
alfazema de caboclo, jatobá, jucá, pau d'arco, copaiba, bom-nome, cipo-paratudo,
umburana-de-cheiro e junça. Conclusões: Aroeira, babatenon, caju roxo, quixaba e babosa
são os vegetais mais indicados pelos raizeiros, comerciantes de produtos naturais da região
metropolitana do Recife, para o tratamento de feridas.

44
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

03.04
DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Spirulina platensis

Souza CCS1, Santos MA1, Albuquerque JFC1, Catanho MTJA2


1
Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos, 2Universidade
Federal de Pernambuco - Departamento de Fisiologia e Farmacologia

Introdução: A Spirulina platensis pertence à divisão Cyanophyta, conhecidas como algas


azuis, cianofíceas ou cianobactérias. Foi introduzida na alimentação humana a mais de 1000
anos, pela civilização Asteca, no México, e por africanos na região do Lago Chad. Material e
Método: O pó foi diluído em solução salina a 0,9% à 200mg/mL. A marcação de hemácias foi
feita utilizando sangue heparinizado de rato adulto Wistar in vitro. As concentrações de
spirulina (6.25, 12. 5, 25, 50 e 100%) foram incubadas em tubos de ensaio por 60 minutos na
presença e ausência de SnCl2 na concentração 1,2 ug/mL. Após incubação foi adicionado 0,1
mL de Tc99m 3,7mBq, na forma de pertecnetato de sódio em todos os tubos, continuando a
incubação por mais 10min. A seguir, as amostras foram precipitadas e centrifugadas sendo
realizadas as contagens das célula e sobrenadante. Resultado e Discussão: Cada
experimento foi realizado em triplicata e os resultados foram analisados pela média e desvio
padrão. A capacidade de ligação do Tc-99m na presença das concentrações 6.25-50% da
Spirulina demonstrou alteração, porém foi verificada uma diminuição no percentual de
ligação em 15% na concentração de 100% (87,4±0,90), em relação ao percentual controle
que foi de 95% (95,1±1,42). A inibição da ligação do Tc-99m com as hemácias foi
provavelmente devido ao composto da espécie testada ter liberado espécies reativas de
oxigênio com maior poder oxidante, mais facilmente reduzida que o íon TcO4-. Conclusão: O
processo de ligação do Tc-99m com os elementos do sangue revelou potencial antioxidante
do extrato testado.

45
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

04.01
PADRONIZAÇÃO DO EXTRATO DE Achyrocline alata POR PLANEJAMENTO FATORIAL

Demarque DP1, Carollo CA1, Boaretto AG1, Fernandes-Fitts SM2


1
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Laboratório de Farmacognosia, 2Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul - Laboratório de Microbiologia

A espécie Achyrocline alata, conhecida popularmente como Jateí-ka-há, é utilizada como


antiinflamatória, para infecções e como coadjuvante para o tratamento de afecções bucais.
Dessa forma, utilizar o extrato em produtos odontológicos demanda estudos de
padronização e avaliação in vitro com bactérias de interesse em odontologia. Os extratos
foram obtidos em extrator acelerado por solvente. Foi primeira realizada uma extração com
hexano e, com a mesma amostra, foi feita uma nova extração com etanol 70% (Fração
Etanólica). A fração hexânica foi submetida à partição com Etanol 70%, obtendo-se 2 fases:
Hexânica e etanólica. Os extratos foram submetidos à avaliação antimicrobiana com
Streptococcus mutans, sendo a fase etanólica a mais ativa. Com base nisso, o experimento
de planejamento fatorial foi realizado monitorando a obtenção dos compostos ativos
presentes na fase etanólica. No planejamento fatorial foi realizado a análise de cinco fatores:
Solvente de extração (Hexano/Acetona), temperatura (70 à 130ºC), Ciclos de extração (1 à
5), tempo (1 à 5min), etanol/água utilizado para fazer a partição (50-90%). Os parâmetros
ideais para obtenção de um extrato com um máximo de compostos ativos por meio de
extrator acelerado por solvente são 100% de hexano, 1 ciclo de extração, temperatura de
130 ºC e partição com etanol 90%. O tempo de extração não influencia significativamente o
processo. Com a utilização do extrator e por meio de planejamento fatorial foi possível a
obtenção de extratos e as condições ideais que os compostos de interesse estarão presentes
no extrato com máximo rendimento e seletividade.

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

04.02
CARACTERIZAÇÃO DO EXTRATO SECO COMERCIAL DE Uncaria tomentosa VISANDO A
OBTENÇÃO DE CO-PROCESSADOS CONTENDO EXTRATO E POLÍMERO HIDROFILICO POR
SPRAY-DRIER

Braga AC1, Peregrino C2, Mourão S1, Dos Santos P1


1
UFF - Faculdade de Farmácia, 2UFF – LURA

Introdução: Os fitoterápicos têm assumido importância crescente na atenção primária à


saúde, sendo que as formulações sólidas orais são as mais utilizadas Apesar de todas as
vantagens, o desenvolvimento e a produção de comprimidos fitoterápicos a partir de extrato
seco é um desafio complexo e extenso. As razões para isso podem estar relacionadas com as
características tecnológicas dos extratos secos que geralmente são pós finos e higroscópicos,
de fluxo pobre e baixa compressibilidade. Neste sentido é objetivo desse trabalho avaliar as
características do extrato comercial da Uncaria tomentosa visando a obtenção de co-
processado por spray-drier. Material e métodos: Utilizou-se o extrato seco de Uncaria
tomentosa Quimer Comercial Ltda – 001*025891/11. Foram realizados os ensaios de
higroscopicidade, granulometria e fluxo. A higroscopicidade foi realizada pela análise da
umidade e ganho de massa. A granulometria foi analisada por tamisação e o fluxo por meio
do índice de compressibilidade. Resultados e discussão: No teste da higroscopicidade pôde-
se observar que com o passar dos dias houve um aumento de massa indo de 1,0017 g até
1,096 g. A umidade também aumentou, indo de 5,167% até 10,9%. Quanto ao teste de
granulometria notou-se um aumento da porcentagem de retenção dos grânulos com o
aumento do número do tamis até o de número 40 (31,00%), depois deste começou a
diminuir a porcentagem de massa retida no tamis chegando até 4,57% no tamis de número
80. No teste de fluxo a partir do volume aparente (13,42 mL) e o volume compactado (10
mL), calculou-se a densidade aparente (0,37) e a densidade compactada (0,5). Com essas
informações calculou-se o índice de carr, que foi de 26% o que indica um fluxo pobre em
compressibilidade. Conclusão: Os resultados indicam que o extrato seco de Uncaria
tomentosa é bastante higroscópico, pouco compressível e grande parte de seus grânulos
encontram-se entre 0,30 e 0,42 mm.

47
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

04.03
PRODUÇÃO DE INOVAÇÃO FARMACÊUTICA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
FARMÁCIA (MESTRADO PROFISSIONAL) DA UNIVERSIDADE BANDEIRANTE ANHANGUERA –
UNIBAN

Paulino N1, Suárez JAQ1, Valduga CJ1, Pereira RM1, Ribeiro MCM1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia.

Introdução: O Mestrado Profissional em Farmácia da Universidade Bandeirante Anahnguera


(UNIBAN) foi formalmente instituído em 2007 e estruturado com duas áreas de
concentração: identificação e validação química de insumos farmacêuticos e ensaios e
avaliação biológica de insumos farmacêuticos. Conta atualmente com 10 docentes
pesquisadores, todos doutores e com mais de 40 dissertações em áreas diversas. O caráter
profissional do Mestrado permite que os profissionais desenvolvam projetos com inovação,
patentes e mercado. Material e métodos: O trabalho apresenta o resultado das atividades
de inovação farmacêutica realizadas pelo Mestrado Profissional em Farmácia da UNIBAN
como exemplo das possibilidades de efetivação das relações universidade-empresa.
Resultados: A pesquisa na instituição iniciou-se em 1997, antes da constituição do Mestrado,
numa parceria institucional com o Ministério de Educação Superior de Cuba. Nesse período
de 14 anos de atividades foram desenvolvidas pesquisas que levaram ao depósito de 16
pedidos de patente nas áreas de padronização de própolis, câncer, inflamação,
leishmaniose, odontologia e microbiologia, dentre outras, dos quais 3 chegaram a PCT e 2 já
foram emitida nos EUA, Japão e Europa. Foram, também, estabelecidas parcerias formais
com o setor produtivo, constando até o momento convênios de pesquisa com: Natulab
Laboratório Farmacêutico, Belfar Indústria Farmacêutica, Novo Mel Ind. e Com. Exterior
Ltda. Conclusões: O processo de parceria universidade-empresa é raro e difícil O presente
relato mostra que os cursos de pós-graduação de caráter profissional, que permitem maior
flexibilidade e foco em projetos de mercado podem ser efetivos na consolidação do processo
de parcerias com empresas e gerar resultados concretos em patentes e licenciamentos.

48
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

04.04
APRESENTAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO IRRIGATÓRIA PARA BIOPULPECTOMIAS CONTENDO
EXTRATO TIPIFICADO DE PRÓPOLIS DE Baccharis dracunculifolia - PROPY® C

Paulino N1, Paulino AS2


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Mestrado Profissional em Farmácia,
2
MEDLEX Gestão de Informações & Cursos Ltda - Desenvolvimento & Inovação em Produtos,
Florianópolis, SC

Introdução: A própolis de Bacharis dracunculifolia é uma resina natural produzida pelas


abelhas, rica em compostos fenólicos derivados do ácido cinâmico, como o Artepillin C ®, com
ação antioxidante, antimicrobiana, antiinflamatória, analgésica, antiedematogênica aos
tecidos periodontais e hidratante das paredes dentinárias. Propy® C é uma solução irrigatória
para biopulpectomias com atividade produzida com extrato tipificado de própolis de
Baccharis dracunculifolia. Material e métodos: Foram utilizados uma solução de própolis de
Baccharis dracunculifolia 0,25%, diluídos em uma solução excipiente contendo gluconato de
clorexidine, fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, óleo de rícino
hidrogenado etoxilado 40 OE e cloreto de sódio, em água q.s.p. A solução foi armazenada
em embalagens padrão para uso odontológico e foi conservado em temperatura ambiente
(15 – 30ºC), ao abrigo da luz. Resultados e discussão: A solução Propy® C apresentou
propriedades irrigatórias para biopulpectomias com atividade antimicrobiana,
antiinflamatória, analgésica, antiedematogênica aos tecidos periodontais, e hidratante das
paredes dentinárias. Propy® C foi testada em modelo farmacológico, e demonstrou atividade
antiinflamatória sugerindo seu uso como solução irrigatória em biopulpectomias para o
controle da infecção e proliferação bacteriana no canal dentário, controle da dor induzida
por fatores biológicos, químicos ou físico-químicos na polpa dentária, controle da resposta
inflamatória na cavidade pulpar; controle da resposta edematogênica vascular no tecido
periodontal, para manter hidratada as paredes dentinárias e facilitar a modelagem na
cavidade pulpar. Conclusão: A própolis tipificada pode servir de modelo farmacotécnica para
o desenvolvimento de formulações de uso odontológico ou para uso em mucosas na forma
semi-sólida ou de solução.

49
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

04.05
COMPARAÇÃO DO CONTEÚDO DE COMPOSTOS FENÓLICOS E DA ATIVIDADE
ANTIOXIDANTE DO CHÁ PRETO (Camellia sinensis) EM SACHÊ E BEBIDA PRONTA.

Noriega P1, Barbosa MC2, Fiorderize C2, Leal JO2, Medeiros DS2, Mizutani NL2, Cocato ML2
1
Nanofitotec - CIETEC-IPEN/USP, 2Universidade Anhembi Morumbi – Farmácia

Introdução: Atualmente o chá é a segunda bebida mais consumida no mundo. No Brasil o


mercado desse tipo de produto está evoluindo no sentido de proporcionar novas
alternativas, criar novos segmentos e proporcionar maior praticidade ao consumidor. As
folhas de Camelia sinensis apresentam compostos fenólicos que possuem uma reconhecida
ação antioxidante, útil no combate aos radicais livres presentes no organismo. Material e
métodos: Foram analisados sachês (amostras A, B e C) e bebidas prontas (amostras X, Y e Z)
de chá preto (Camellia sinensis) através da triagem fitoquímica (alcalóides, flavonóides e
taninos), determinação de compostos fenólicos pelo método de folin-Ciocalteau e
determinação da atividade antioxidante pelo método de DPPH. Resultados e discussão:
Todas as amostras apresentaram alto teor de taninos e conteúdo negativo de flavonóides.
Os resultados da concentração de compostos fenólicos foram: A: 25,75 mg/mL ± 0,58; B:
21,83 mg/mL ± 0,36; C: 31,49 mg/mL ± 2,74; X: 3,26 mg/mL ± 0,24; Y: 3,73 mg/mL ± 0,36 e Z:
13,81 mg/mL ± 0,66. A porcentagem de inibição de DPPH nas amostras foram: A: 85,32%; B:
88,27%; C: 85,15%; X: 82,64%; Y: 84,42%; Z: 87,27%. As amostras apresentaram
concentrações de compostos fenólicos significativos além da presença de taninos e alta
porcentagem de inibição de DPPH. Conclusão: Amostras de chá pronto para consumo
apresentaram as menores concentrações de compostos fenólicos, no entanto, não houve
diferença na atividade antioxidante entre todas as amostras. O consumo de chá poderia ter
efeitos benéficos à saúde, independentemente da sua forma de comercialização.

50
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

05.01
Physalis angulata L. - EFEITOS DO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO E ESTRESSES
ABIÓTICOS NOS TEORES DE SECO-ESTERÓIDES

Soares M1, Souza MO2, Souza CLM2, Ribeiro IM1, Rodrigues CP1, Mazzei JL1, Pelacani CR2,
Tomassini TCB1
1
FIOCRUZ / Farmanguinhos - Laboratório de Química de Produtos Naturais - PN2, 2UEFS -
Departamento de Ciências Biológicas

Em plantas, a fisiologia de estresse pode desempenhar papel importante na indução da


produção de metabólitos secundários. Physalis angulata L. tem aplicação medicinal com
atividades farmacológicas comprovadas na imunomodulação, em malária e leishmanioses,
tendo sido encontradas associações às fisalinas B, D, F, G (seco-esteróides). Sementes não
condicionadas e condicionadas (imersão em solução osmótica de polietilenoglicol 6000)
geraram, após 45 dias, grupos de plantas que separados em três subgrupos foram irrigados
durante 13 dias, em estufa agrícola, distintamente: com água, restrição hídrica de 50% e
com solução 0,9% NaCl. Procedeu-se em cada subgrupo a secagem das folhas e caules por 8
dias à 40ºC, a seguir foram macerados (50 g de cada subgrupo) em 200 mL de etanol, sob
agitação constante por três vezes, num total de 600 mL por subgrupo. Após filtração, os
extratos tiveram seus volumes reduzidos até secura em evaporador rotatório. Amostras
resuspensas em metanol (25 mg/mL) foram analisadas por Cromatografia Líquida de Alta
Eficiência em coluna Hibar LiChrospher 100 RP18 5 µm 250 x 4 mm, eluição gradiente a 1
mL/min e 30ºC, de acetonitrila e solução aquosa 0,05% de ácido trifluoroacético. Os seco-
esteróides foram identificados a 225 nm, estimados contra curva de calibração de fisalina D
(10 - 1000 µg/mL) através de Detecção de Arranjo de Diodos. Os teores determinados para
as quatro fisalinas, acima citadas, revelaram perfis bastante distintos entre as folhas e os
caules, cujos valores oscilaram entre o dobro e a metade, respectivamente.

51
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

05.02
Capsicum frutescens (PIMENTA MALAGUETA)

Silva AGF1, Marcucci MC1, Alpiovezza AR1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

As pimentas picantes são as mais utilizadas pela indústria farmacêutica e também pela
indústria de cosméticos. As propriedades medicinais cientificamente comprovadas são como
auxiliares na digestão. A Capsicum frutescens L (pimenta malagueta) produz oleorresinas e
de capsaicinóides (alcaloides). A ardência da pimenta é devido aos capsaicinóides. Estes são
alcalóides e 90% são produzidos pelas células da placenta dos frutos (Ishikawa et al., 1998).
A sensação de ardor é percebida imediatamente após a ingestão da pimenta e rapidamente
dissipada. Já, a capsaicina e a di-idrocapsaicina causam maior irritação (Bosland, 1993). Na C.
frutescens malagueta as flores se formam em número de uma a três por nó (ocasionalmente
fasciculadas). Os frutos geralmente são vermelhos, cônicos, eretos, parede muito delgada,
com polpa mole; as sementes são cor de palha e mais espessas no hilo (EMBRAPA, 2009).
Sua ingestão aumenta a salivação e estimula a secreção gástrica e a motilidade
gastrointestinal, dando uma sensação de bem estar. A capsaicina apresenta propriedades
medicinais comprovadas, atua como cicatrizante, antioxidante, bactericida, auxilia na
dissolução de coágulos sanguíneos, previne a arteriosclerose, controla o colesterol, evita
hemorragias, aumenta o gasto calórico e influencia na liberação de endorfinas (Dutra et al.,
2010). Estas propriedades da pimenta malagueta mostram o potencial deste produto natural
como farmacêutico e cosmecêutico.
Referências: (1) BOSLAND, P.W. Capsicum. Capsicum and Eggplant Newsletter, v.12, p.25-31,
1993; (2) DUTRA, F. L. A. et al., Rev.Bras.Tecnol.Agroind., 4, 243-251, 2010; (3) EMBRAPA
HORTALIÇAS. <http://www.cnph.embrapa.br/capsicum /index.htm>. Acesso em:
12.07.2013; (4) ISHIKAWA K; et al., Capsicum and Eggplant Newsletter 17, 22-25, 1998.

52
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

05.03
PARÂMETROS FISICO-QUÍMICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE CHOCOLATES

Silva AGF1, Marcucci MC1, Alpiovezza AR1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

O chocolate é uma dispersão sólida de cacau, partículas de açúcar, aditivos, manteiga de


cacau, lecitina e aromatizantes (Ramli et al., 2001), originado da América do Sul. Tem várias
aplicabilidades medicinais (Efraim et al., 2011). Possui na sua composição polifenóis e
flavonóides (Pimentel, 2007). Experimental: chocolates - ao leite, chocolate meio amargo,
chocolate 70% e branco. Extraiu-se com éter etílico em soxhlet, fenóis totais em 760nm, e
teor de a teobromina e cafeína por HPLC (coluna C18, detector DAD, gradiente: água com
0,1% de ac. fórmico e metanol). A atividade antioxidante por DPPH, em 517nm. Resultados:
% de gordura - ao leite 35,27; meio amargo 18,87; 70% cacau 35,73 e branco 35,73. Teor de
fenóis (%) ao leite 0,770 ± 0,035; meio amargo 1,300 ± 0,150; 70% cacau 0,670 ± 0,005 e
branco 0,362 ± 0,009. Os teores de teobromina e cafeína (%) por HPLC, foram: ao leite 0,140
e 0,002, meio amargo 0,690 e 0,034, 70% cacau 0,250 e 0,002. A dose que elimina 50% dos
radicais livres (CE50 µg/mL) foi de: ao leite 58,30; meio amargo 57,24; 70% cacau 69,26 e
branco 180,30. Os resultados obtidos mostram que os chocolates meio amargo e 70% de
cacau apresentaram os melhores resultados de fenóis totais, teobromina e cafeína e
atividade antioxidante, mostrando que estes produtos podem ser benéficos à saúde.

RAMLI, N. et al., Malaysian J.Anal.Sci., 7, 377, 2001; EFRAIM, P. et al., Braz. J. Food Technol.,
14, 181, 2011; EDUARDO, M.F., LANNES, S.C.S., Rev.Bras.Ciên.Farm., 40, 405, 2004.

53
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

05.04
ESTABILIDADE DE CREME COMPOSTO POR EXTRATOS AQUOSOS DE PLANTAS.

Soares VCG1,2, Marques SA1,2, Moura C1


1
UNIP - ICS, 2UNIANCHIETA – FARMÁCIA

Introdução: Cosméticos naturais são aqueles que apresentam apenas 5% de sua composicão
em ativos inorgânicos, ou derivados de frações de petróleo. O maior desafio desses
cosméticos é manter a estabilidade microbiológica e físico-química, sem adição dos
conhecidos estabilizantes. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a estabilidade de
formulação Lanette sem a presença de nipagin e nipazol, apenas com extratos aquosos de
plantas cuja literatura relatam com potencial antimicrobiano. Material e métodos: A base de
creme Lanette, 100g, foi acrescida de 20% (p/p) de extratos de hortelã (Mentha spicata),
alecrim (Rosmarinus officinalis), guaco (Mikania glomerata), erva doce (Foeniculum vulgare),
capim cidreira (Cymbopogon citratus), manjericão (Ocimum basilicum), babosa (Aloe vera),
em partes iguais, dividida em três amostras de aproximadamente 30,5g cada. Uma das
amostras foi utilizada como padrão para teste microbiológico. A análise de estabilidade foi
realizada através da medida de pH das amostras, utilizando-se fita universal de pH (PAP
INDIC 0-14 lote HC 820227), semanalmente durante o período de sete semanas. Para análise
microbiológica realizada após pesagem de 1g de cada amostra, após alcalinização, e as
mesmas foram diluídas em 10 ml de Tryptic soy broth (TSB), meio de transporte, e
transferidas para placas de Petri. Os meios de cultura utilizados foram: Mueller Hinton ágar
(MH), para bactérias, Escherichia coli e Staphylococcus aureus de cepas sensíveis e resitentes
e Saboraud dextrose Agar (SA), para favorecer o crescimento de fungos, Candida albicans. A
análise microbiológica foi realizada segundo o método de pour plate (Andreoli; Kaneko;
Ohara, 2003). As placas prontas foram armazenadas em estufa a temperatura de 37ºC, por 7
dias para observação do crescimento de microrganismo. Os testes foram realizados em
triplicatas e repetidos três vezes. O ensaio de estabilidade realizado após a centrifugação da
amostra para demonstrar a não separação das fases e determinação de viscosidade por
Brooksfield. Resultados e discussão: O teste de estabilidade do pH e esterilidade
demonstrou que as amostras mantiveram-se dentro dos parâmetros permitidos. Na análise
microbiológica houve ausência de crescimento de microrganismo em todas as placas de
todas as amostras analisadas. O estudo comprovou que mesmo após período de
estabilidade acelerada, a base cosmética acrescidas dos extratos consegue manter o pH,
viscosidade e permanece isenta de contaminação microbiológica. Conclusão: A combinação
de extratos pode ser utilizada em cosméticos naturais para manter a estabilidade
microbiológica e físico-química de cremes, que posteriormente podem ser acrescidos de
outros ativos.

54
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

05.05
AVALIAÇÃO DO LÍQUIDO EXTRATOR PARA EXTRAÇÃO DE BUTANOLÍDEOS DE Piper
malacophyllum POR CLAE.

Dos Santos MC1, Silva EK1, Zermiani T1, Costa MC1, Bittencourt CMS1, Malheiros A1, Machado
MS1
1
Univali, Curso de Farmácia, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, SC, Brasil

Introdução: O gênero Piper se destaca por seus grandes potenciais farmacológicos e


microbiológicos, atribuídos a metabólitos secundários como chalconas, flavonóides e
butenolídeos. A análise de fitoconstituintes por cromatografia líquida de alta eficiência
(CLAE) pode ser uma ferramenta utilizada para mensurar a quantidade compostos obtidos
pelo processo de extração. O presente estudo teve por objetivo analisar por CLAE extratos
das folhas de Piper malacophyllum obtidos em diferentes graus alcoólicos em relação à
presença dos butenolídeos.Materiais e métodos: As folhas de P. malacophyllum coletadas
no inverno foram maceradas em diferentes graus alcoólicos (70°GL, 90°GL e etanol anidro),
mantidas sob agitação (220 rpm por 6 horas) e acondicionadas em frascos âmbar em
geladeira à 5°C. Para análise utilizou-se um cromatógrafo líquido de alta eficiência Waters®
com detector ultra violeta por arranjo de fotodiodos e coluna C18 (Phenomenex ®).
Trabalhou-se em modo gradiente com metanol: acetonitrila: água acidificada (H3PO4 pH
3,57) na proporção inicial de 50:10:40, passando para 80:10:5 em 50 minutos com fluxo de
0,8 mL/min e voltando ao gradiente inicial após 10 minutos. Resultados e discussão: Através
da analise comparativa com os padrões isolados da planta, verificou-se a presença dos
isômeros 4,6-dimetóxi-5-Z-fenilbutenolideo e 4,6-dimetóxi-5-E-fenilbutenolideo em todos os
extratos (análise em 310 nm), com diferenças em relação à intensidade dos sinais
cromatográficos dos respectivos compostos. Conclusão: O melhor liquido extrator foi o
etanol 90°GL por apresentar picos mais intensos e maiores áreas dos butenolídeos quando
comparado aos demais líquidos extratores, revelando que o grau alcoólico do solvente
extrator pode interferir na concentração dos fitoconstituintes.

55
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

05.06
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DOS ÁCIDOS MIRSINÓICOS A E B ISOLADOS DE
Rapanea ferruginea.

Zermiani T1, Silva RML1, Malheiros A1, Bresolin TMB1


1
Universidade do Vale do Itajaí - Programa de Mestrado em Ciências Farmacêuticas

Introdução: Os ácidos mirsinóicos A e B (AMA e AMB) isolados da espécie Rapanea


ferruginea, apresentaram em estudos prévios atividade anticolinesterásica, antinociceptiva,
anti-inflamatória e antimicrobiana. No presente trabalho foi realizada a caracterização
química e físico-química dos compostos AMA e AMB. Materiais e métodos: Os compostos
foram caracterizados por espectrometria de massas (EM), espectroscopia por infravermelho
(IV), ultravioleta (UV), Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H e 13C e avaliados quanto
ao ponto de fusão empregando a técnica de calorimetria exploratória diferencial (DSC), Log
P e pureza utilizando a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Resultados e
discussão: O AMA apresenta-se na forma de óleo e o AMB na forma de pó cristalino. Nos
espectros de massas os sinais referentes aos íons moleculares apresentam-se em m/z 342 e
em m/z 358 para o AMA e AMB, respectivamente. Os espectros no UV apresentaram
absorções máximas em 205 e 258 nm para o AMA, e em 218 e 269 nm para o AMB. Os
espectros de RMN e IV apresentaram perfil de acordo com as estruturas propostas e com a
literatura. Nas análises por DSC a fusão do AMB ocorre a 123,6 ± 0,1°C, e o AMA não
apresentou pico de fusão definido. O Log P foi 3,88 para o AMA e 3,66 para o AMB. O AMA
apresentou uma pureza de 76,20% e o AMB 98,90%. Conclusão: O conhecimento das
propriedades físico-químicas destes compostos irá contribuir para o desenvolvimento,
controle de qualidade e padronização de novos fitofármacos direcionados ao tratamento de
processos infecciosos e inflamatórios.

56
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

05.07
CARACTERIZAÇÃO FARMACOGNÓSTICA DA DROGA VEGETAL JOÃO-DA-COSTA (CAULES DE
Diclidanthera laurifolia Mart.)

Vendramini JRHEA1, Villagra BLP2, Munhoz FA1, Marcucci MC1, Marques LC1 1Universidade
Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

A procura por hábitos mais saudáveis nas últimas décadas tem levado as populações à busca
de alimentos e medicamentos “naturais”, com aumento progressivo na produção e consumo
de medicamentos fitoterápicos e produtos afins e surgimento de problemas de qualidade
diversos, como os casos de comercialização de drogas sem especificações ou com ausência
de conhecimento científico sobre suas qualidades químicas ou farmacológicas. Em pesquisa
anterior descobriu-se que a droga vegetal ‘joão-da-costa’ comercializada como Echites
peltata L. corresponde, de fato, aos caules de Diclidanthera laurifolia Mart., conhecida
popularmente como jabuticabeira-de-cipó por possuir frutos ovais, pretos ou quase pretos,
casca grossa e polpa extremamente doce. A falta de especificações farmacognósticas sobre
essa droga vegetal e o caso de adulteração comercial estimulou a realização deste trabalho.
Após coleta e identificação botânica, realizaram-se testes físico-químicos, fitoquímicos
preliminares e doseamento de flavonóides totais por espectrofotometria (reação com
cloreto de alumínio 5%) sobre amostras comerciais de acordo com metodologia
farmacopeica ou usual em fitoquímica. Os resultados físico-químicos obtidos foram:
umidade 11,36%±0,38; cinzas totais 3,11%±0,29; cinzas insolúveis em ácido 0,44%±0,27%.
Em termos fitoquímicos preliminares foram encontrados como positivos os grupos de
taninos, flavonóides e saponinas, e ausência de alcalóides, antracênicos e mucilagens. O
doseamento espectrofotométrico de flavonóides totais expressos em quercetina foi
realizado demonstrando a presença de 0,239±0,037 µg/mL ou 0,512±0,080% (m/m) nas
amostras analisadas. Com os resultados obtidos é possível montar um conjunto de
especificações de padrão de qualidade para esta droga vegetal, porém se fazem necessários
estudos mais aprofundados no que diz respeito a segurança e eficácia desta planta. Apoio:
Universidade Bandeirante Anhanguera – UNIBAN.

57
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.01
EFEITO CITOTÓXICO DE EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Citrullus lanatus (THUNB.)
(Cucurbitaceae) PARA LEUCEMIA PRO-MIELOCÍTICA

Siqueira SL1, Militão CGM1, Albuquerque JFC1


1
UFPE - Departamento de Antibióticos

Introdução: A espécie Citrullus lanatus é reconhecida pelo fruto: a melancia. Essa cultura é
amplamente cultivada e o seu fruto consumido pelo homem em todo o mundo devido às
propriedades nutricionais da polpa como proteínas, vitaminas A, B1, B2, B3, C, sódio,
potássio, fósforo, cálcio e ferro. Trata-se de uma planta originária da África, herbácea e com
ciclo vegetativo anual. Este trabalho foi destinado a investigar o potencial de citotoxicidade
das folhas da melancieira frente à linhagem de celular com leucemia pro-mielocítica.
Material e Método: O material vegetal foi extraído em etanol a 70%. E a avaliação citotóxica
foi realizada pelo método pelo método do MTT utilizado no programa de Screening (Skehan
et al., 1990), baseado na colorimetria por meio da conversão do sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-
2,5-difenil-2-H-brometo de tetrazolium (MTT) em azul de formazan, a partir de enzimas
mitocondriais presentes somente nas células metabolicamente ativas. As células com
leucemia promielocítica foram plaqueadas na concentração de 1 x 105 células/mL e as
substâncias previamente dissolvidas em DMSO foram diluídas em série no meio RPMI para
obtenção das concentrações finais e adicionadas em placa de 96 poços (100μL/poço),
incubadas por 72 horas em estufa a 5 % de CO2 a 37 °C. Foram adicionados 25 µL da solução
de MTT (sal de tetrazolium), e as placas novamente foram incubadas por mais 3 horas. A
absorbância foi lida após dissolução do precipitado com DMSO puro em espectrofotômetro
de placa a 595 nm. Conclusão: Em 90 % dos casos específicos de leucemia promielocítica é
causada pela translocação t (15;17) (q22;q21), resultado na fusão dos genes PML e RAR α,
promovendo nos pacientes sintomas relacionados à anemia, trombocitopenia,
organomegalia e distúrbios da coagulação (Sagrillo, M. R. et al., 2005). O resultado da
avaliação citotóxica do extrato etanólico das folhas de C. lanatus foi considerado excelente
com índice 99,27245%.

58
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.02
CITOTOXICIDADE DE EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Cucurbita pepo L.
(Cucurbitaceae) PARA CARCINOMA DE LARINGE

Siqueira SL1, Militão GCG1, Albuquerque JFC1


1
UFPE - Departamento de Antibióticos

Introdução: A espécie Cucurbita pepo L. (Cucurbitaceae) é uma planta rasteira de folhas


grandes e flores pequenas e amarelas. O fruto é conhecido popularmente no Nordeste
brasileiro como Jerimum (ou abóbora), apresenta polpa de coloração laranja e sementes
brancas. Por ser originária das Américas compôs a alimentação das civilizações Inca, Maia e
Asteca. Além da palatabilidade, o fruto destaca-se pelas propriedades anti-helmíntica, anti-
inflamatória, antimicrobiana, vermífuga, antitérmica, entre outras. Material e Método: As
folhas C. pepo L foram extraídas com etanol a 70%. E a avaliação citotóxica foi realizada pelo
método pelo método do MTT utilizado no programa de Screening, baseado no padrão de
colorimetria por meio da conversão do sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-brometo de
tetrazolium (MTT) em azul de formazan, a partir de enzimas mitocondriais presentes
somente nas células metabolicamente ativas. As células com carcinoma de laringe foram
plaqueadas na concentração de 1 x 105 células/mL e as substâncias previamente dissolvidas
em DMSO foram diluídas em série no meio RPMI para obtenção das concentrações finais e
adicionadas em placa de 96 poços (100μL/poço), incubadas por 72 horas em estufa a 5 % de
CO2 a 37 °C. Foram adicionados 25 µL da solução de MTT (sal de tetrazolium), e as placas
novamente foram incubadas por mais 3 horas. A absorbância foi lida após dissolução do
precipitado com DMSO puro em espectrofotômetro de placa a 595 nm. Conclusão: O extrato
etanólico de folhas C. pepo L. apresentou índice excelente de 99,34332% com margem de
erro de 0,6566811%. Esse resultado evidencia a capacidade desse extrato em impedir o
desenvolvimento das células de carcinoma de laringe.

59
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.03
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Vernonia condensata

Borges AS1, Queiroz GL1, Gonçalvez RCR1, Kitagawa RR1


1
UFES - Departamento de Ciências Farmacêuticas

Nos últimos anos, a atividade antioxidante gástrica de compostos vegetais tem atraído
interesse, em virtude da forte evidência que o processo oxidativo esteja envolvido nos
mecanismos de diversas patologias que acometem o estômago, incluindo a ulcerogênese.
Neste sentido a espécie vegetal Vernonia condensata, popularmente denominada de boldo
baiano e empregada na medicina tradicional na prevenção e tratamento de distúrbios
gástricos, foi selecionada para avaliação do potencial antioxidante. A atividade antioxidante
foi avaliada através do teste do ABTS•+ *ácido 2,2'-azino-bis(3-etilbenzotiazolina-6-
sulfônico)] e do DPPH (2,2 – difenil-1-picril-hidrazila) nos quais diferentes concentrações dos
extratos etanólico e aquoso foram incubadas com os radicais. Trolox foi utilizado como
padrão antioxidante em ambos os testes. Os resultados foram expressos em CE50, que é a
concentração efetiva do antioxidante capaz de reduzir em 50% o radical. A CE 50 dos extratos
aquoso e etanólico para o teste do DPPH foram respectivamente 48,03 ± 1,01 µg/mL e 56,19
± 1,85 µg/mL, sendo que CE50 para o trolox foi de 5,03 ± 0,91 µg/mL. No teste do ABTS•+ a
CE50 dos extratos aquoso e etanólico foram respectivamente 23,80 ± 2,63 µg/mL e 45,815 ±
6,78 µg/mL e para o Trolox < 3,125 µg/mL. Esses resultados demonstram potencial
antioxidante significativo para espécie Vernonia condensata considerando que a avaliação
foi feita com extratos brutos em comparação com padrão antioxidante. Dessa maneira, esse
estudo, espera contribuir para o desenvolvimento de produtos naturais para uso medicinal
que neutralizem os oxidantes biológicos e conseqüentemente seus efeitos nocivos.

60
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.04
TERAPIA FITOTERÁPICA COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

Pereira da Silva ME1, Santos GAA2, Janz FL1, Pardi PC1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, 2Senac - Curso de Farmácia

A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença degenerativa, que compromete principalmente a


memória recente do indivíduo. Muitas correntes de tratamento indicam que a inibição da
colinesterase é hoje a melhor forma terapêutica de fazer um refreamento da perda de
cognição, sendo que a tacrina foi o primeiro anticolinesterásico liberado para tratamento da
DA. Depois deste muitos outros inibidores foram sintetizados, como a rivastigmina, que
também atua diminuindo a perda da cognição. O objetivo desta revisão de ensaios clínicos
realizada no período de 2000 a 2013, busca identificar a ação clinica das seguintes plantas:
Paullinia cupana Kunth, Gingko biloba, Melissa officinalis e Salvia officinalis como adjuvante
do tratamento da DA. Após o levantamento sistemático dos ensaios observar-se que a
Paullinia cupana apresentou 5 registros, principalmente indicados para a fadiga e a
depressão do paciente mas sem interferir na cognição; já a Gingko biloba apresenta o maior
numero de registros ligados a Doença de Alzheimer, 18 no total, mostrando eficácia quando
associada a anticolinesterásicos como a tacrina, sendo que destes registros 9 estão ligadas
ao extrato EGB761 apresentando um quadro bastante significativo nos escores neurológicos
e cognitivos. A Salvia officinalis apresentou apenas um registro sem efetividade clinica na
cognição e com ação mais calmante e por final a Melissa officinalis que apresentou 02
registros se mostrando eficaz na fase inicial e moderada da doença. Podemos concluir que
existe a necessidade de estudos clínicos controlados com o uso da fitoterapia como
adjuvante no tratamento da Doença de Alzheimer.

61
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.05
SCREENING FARMACOLÓGICO DA DROGA VEGETAL FLORES DE JASMIM

Alpiovezza AR1, Pinto MS1, Gonçalves ID1, Marcucci MC1, Marques LC1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN

As flores de jasmim, oriunda da China, são comercializadas no Brasil e consumidas como chá
alimentício e medicinal, sem informações detalhadas a respeito. Para esta avaliação,
preparou-se extrato hidroalcoólico a 20% (p/v) com etanol 50%, seguido da concentração e
liofilização. Utilizou-se 35 camundongos suíços machos, jovens, aclimatados na Uniban, que
receberam água (controle) ou o liofilizado por via oral (100 e 5000 mg/Kg) e via i.p. (1, 100,
500, 2000 mg/Kg), sendo observados até 14 dias depois (Carlini, EA. Rev. Bras. Biol. v.32, n.2,
p.65-274, 1972). Não foi possível identificar o material pois as chaves exigem galhos inteiros,
confirmando-se, por microscopia, não serem oriundas de Jasminum officinale ou J. sambac.
Não foi verificada nenhuma alteração dos parâmetros especificados no protocolo (ataxia,
ptose, salivação dentre outros). Destaca-se o grupo de cinco camundongos (dose de 2000
mg/kg i.p.) que apresentaram tremores em 5-10 minutos após a administração, com morte
entre 15 minutos e 1 hora da administração. Estes animais foram necropsiados, não
apresentando nenhum sinal de hemorragia ou outra indicação da causa mortis. Na
observação até 14 dias não ocorreu mais nenhuma morte ou alteração digna de nota,
estimando-se a DL50 para o extrato liofilizado como acima de 5g/kg (oral) e entre 0,5-2g/kg
(i.p.). A evolução ponderal dos animais mostrou pesos equivalentes entre todos os grupos,
com evolução normal no período. Conclui-se ser o extrato hidroalcoólico do jasmim não
identificado, comercializado no Brasil, como de baixa toxicidade via oral e não indutor de
comportamentos indicativos de efeitos farmacológicos agudos. Apoio: Universidade
Bandeirante Anhanguera - UNIBAN

62
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.06
EFEITOS DA 7-HIDROXICUMARINA NA POPULAÇÃO DE LINFÓCITOS T EM MODELO
MURINO DE LISTERIOSE.

Ferreira FG1, Aquino CB1, Cabral PF2, Silva MS3, Oliveira CO4, Araujo RSA5, Barbosa-Filho JM5,
Queiroz MLS3
1
Unicamp / Puc Campinas - Hemocentro, 2Unica / Puc Campinas - Hemocentro, 3Unicamp -
Hemocentro, 4Unicamp - Farmacologia, 5UFBP - Farmacologia

A Umbeliferona ou 7-hidroxicumarina (7-HC) é um produto natural representante da família


das cumarinas que apresenta uma gama de atividades farmacológicas, como ação
antitumoral, anti-inflamatória e imunomoduladora. O modelo murino de listeriose recebeu
enorme atenção ao longo dos anos como uma ferramenta de grande valia nos estudos
envolvendo imunidade celular, pois proporciona um sistema altamente reprodutível para a
avaliação da virulência da bactéria, permitindo o desenvolvimento de estratégias
imunoterapêuticas nas imunopatias mediadas pela célula T, sem interferir com a resistência
inata, prevenção e cura de doenças mediadas por estas mesmas células. Paralelamente, a
literatura mostra que a produção da citocina anti-inflamatória interleucina-10 (IL-10) inibe a
resposta imunológica celular, favorecendo a susceptibilidade do hospedeiro frente à
infecção. Partindo do exposto avaliamos os efeitos de 7-HC na proliferação de linfócitos e
produção de IL-10 no baço de camundongos infectados com Listeria monocytogenes (LM).
Os animais receberam um tratamento prévio com 250mg/Kg de 7-HC durante 7 dias e, em
seguida, foram infectados com uma dose subletal de LM (1x104bactérias/mL). Após 48 horas
de infecção, o baço foi removido e as células esplênicas foram marcada com CFSE, para
avaliar a proliferação celular, e mantidas em cultura na presença de concanavalina A por 48
horas. A dosagem de IL-10 foi realizada nos sobrenadantes das culturas pelo método de
ELISA. Observamos que os animais tratados com 7-HC apresentaram um aumento
significativo na proliferação de linfócitos (P<0.05 – ANOVA – Tukey) e uma redução (P<0.001
– ANOVA – Tukey) na produção de IL-10 que está aumentada nos animais infectados.

63
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.07
EFEITOS DA 7-HIDROXICUMARINA NA POPULAÇÃO DE CÉLULAS NK E PRODUÇÃO DE IFN-
GAMMA EM CAMUNDONGOS INFECTADOS COM Listeria monocytogenes.

Aquino CB1, Ferreira FG1, Silva MS2, Cabral PF1, Araujo RSA3, Barbosa-Filho JM3, Torello CO4,
Queiroz MLS2
1
Unicamp / Puc Campinas - Hemocentro, 2Unicamp - Hemocentro, 3UFBP - Farmacologia,
4
Unicamp – Farmacologia

Umbeliferona ou 7-hidroxicumarina (7-HC) é um produto natural da família das cumarinas,


que possui uma gama de atividades farmacológicas relevantes, com ênfase em sua
propriedade imunomoduladora. Listeria monocytogenes (LM) é um bacilo Gram-positivo,
facultativo intracelular que se replica principalmente no interior de macrófagos e
desencadeia um aumento marcante na resposta imune inata que requer interações entre
neutrófilos, macrófagos, células Natural Killer (NK), células T e citocinas, dentre as quais
destaca-se o Interferon- γ (IFN-γ). Assim, nos propomos a estudar os efeitos da 7-HC sobre o
número de células NK (CD3-CD22-CD49b++) e a produção de IFN-γ no baço de camundongos
balb/C infectados com LM. A dose de 250mg/Kg de 7-HC foi administrada por 7 dias,
previamente à infecção, com uma dose subletal de LM (1x10 4bactérias/mL). Após 48 horas
da infecção, o baço foi removido e uma parte das células esplênicas foi marcada com os
anticorpos: anti-CD3 (APC), anti-CD22 (PE) e anti-CD49b (FITC). A análise foi realizada no
citometro FACSCalibur utilizando o software CellQuest (BD Bioscience). A outra parte das
células foi mantida em cultura na presença de concanavalina A por 48 horas. A dosagem de
IFN-γ foi realizada nos sobrenadantes das culturas pelo método de ELISA. Nossos resultados
demonstraram um aumento significativo na produção de IFN-g (P<0,01 – ANOVA, Tukey) e
na população de células NK (P<0,001 – ANOVA, Tukey) nos animais infectados e tratados
com a 7-HC, quando comparado aos animais infectados não tratados.

64
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.08
SCREENING FARMACOLÓGICO DA DROGA VEGETAL RIZOMAS DE ‘NÓ-DE-CACHORRO’
(Vernonia cognata Less. – Asteraceae)

Pinto MS1, Alpiovezza AR1, Gonçalves ID1, Marcucci MC1, Marques LC1
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN

A droga vegetal rizomas de Vernonia cognata Less. (Asteraceae) é amplamente


comercializada no Brasil como um adulterante das raízes de Heteropterys aphrodisiaca O.
Mach. (Malpighiaceae), sem estudos que a caracterizem farmacognosticamente. Para este
experimento, após avaliação farmacobotânica e testes farmacognósticos e biológicos,
preparou-se extrato hidroalcoólico a 20% (p/v) com etanol 50% (v/v), seguido de
concentração e liofilização. Foram utilizados 35 camundongos suíços machos, jovens (2
meses), pesando entre 20-30 g, oriundos do biotério da Unicamp. Os animais foram
aclimatados no LAFE Uniban, pesados e receberam água (controle) ou o liofilizado por via
oral (100 e 5000 mg/Kg) e via i.p. (1, 100, 500, 2000 mg/Kg), sendo observados durante 4
horas e até 14 dias depois, utilizando-se como roteiro básico o protocolo estabelecido por
Carlini (Rev. Bras. Biol. v.32, n.2, p.65-274, 1972). A identificação de exemplares floridos
coletados na região oeste da cidade de São Paulo foi feita pelo especialista Dr. Benoit
Loeuille (USP-SP). No screening, não foi verificada nenhuma alteração dos parâmetros
especificados no protocolo (ataxia, ptose, salivação dentre outros), não ocorreu mortalidade
em nenhum dos grupos e doses avaliados nem ocorreram diferenças significantes no peso
dos animais (tempos 0, 7 e 14 dias) ou no peso dos órgãos. Conclui-se ser o extrato
hidroalcoólico 50% dos rizomas de V. cognata como de baixa toxicidade, tanto via oral
quanto i.p., e não indutor de comportamentos indicativos de efeitos farmacológicos agudos.
Estimam-se as DL50 como superior a 2.000 mg/Kg (i.p.) e superior a 5.000 mg/Kg (oral).
Apoio: Universidade Bandeirante Anhanguera - UNIBAN

65
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.09
ATIVIDADES ANTIOXIDANTE E ANTITUMORAL DE Diclidanthera laurifolia Mart.

Stoppa C1, Vendramini J1, Nunes C2, Ribeiro MCM1, Diniz S1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, 2FMUSP.

Introdução: Diclidanthera laurifolia é uma planta popularmente conhecida por “João-da-


Costa” ou “jaboticaba-de-cipó”, membro da família Polygalaceae, de uso terapêutico
tradicional em condições ginecológicas, cujas atividades biológicas são pouco conhecidas ou
evidenciadas. O objetivo do presente trabalho foi o de determinar a atividade antioxidante e
antitumoral de um extrato hidroetanólico de amostras de caules da referida planta adquirida
de fornecedor da cidade de São Paulo. Material e métodos: Foi obtido um extrato
hidroetanólico (50:50) a 0,5% do qual foi feita a análise de atividade antioxidante pela
cinética espectrofotométrica de descoloração do radical DPPH em 517nm. Para a realização
do experimento de citotoxicidade as células da linhagem tumoral de melanoma murino
“B16F10” foram cultivadas em placas de 96 poços com RPMI completo, composto por RPMI-
1640, enriquecido com glutamina 2 mM, tamponado com bicarbonato de sódio 24 mM,
HEPES 20 mM, 10% de soro fetal bovino (SFB) e antibióticos (10000 U/mL de penicilina e
10000 mg/mL de estreptomicina) e Garamycin 30 mg/mL (Schering-Plough) na concentração
de 1,0 x104/poço e tratadas com diversas concentrações do extrato hidroalcóolico de João
da Costa (a partir da solução estoque de 10 mg/mL), ou com somente o veículo alcoólico a
50%, por 24 h. Os controles não foram tratados com o extrato. Após esse período, a
proliferação foi avaliada pelo método do “MTT” (3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-
diphenyltetrazolium bromide, Sigma-Aldrich), que utiliza tetrazolium bio-reduzido pelas
células gerando um produto colorido chamado de formazona. Nos poços contendo as células
tratadas ou não com o extrato, foram adicionados 50µL de solução de MTT (5mg/mL) e
incubados por 4h. Após esse período, o sobrenadante foi retirado e as células foram lisadas
com 200µL DMSO (dimetilsulfóxido, Aldrich). A absorbância foi medida a 540 nm em
espectrofotômetro, e a medida da formazona formada correlaciona diretamente com o
número de células viáveis na cultura. Resultados e discussão: A atividade antioxidante
expressa em CE50 (dose que elimina 50% dos radicais livres) foi de 71,24 µg/mL. Com
respeito à atividade antitumoral, o cálculo da medida de IC50, que é a concentração inibitória
do composto onde é observada uma inibição de 50% da viabilidade celular comparada com
100% de viabilidade dos poços controle (sem o tratamento), ou seja, é a concentração do
composto onde se tem um efeito tóxico para 50% das células adicionadas nos poços com o
extrato etanólico a 0,5%. Os resultados demonstraram uma capacidade antitumoral do
extrato hidroalcoólico de João da Costa com um valor de IC50 = 1421,68 µg/mL. Conclusão:
Os resultados da atividade antioxidante sinalizam para as possíveis ações anti-inflamatória e
cicatrizante da planta. O IC50 em células demonstra a capacidade antitumoral do extrato de
João da Costa e aponta para uma utilização desta planta com estas atividades descritas.

66
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

06.10
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIPROLIFERATINA IN VITRO DE AMOSTRAS DE Piper
umbellatum L. DE DIFERENTES PROCEDÊNCIAS

Iwamoto LH1, Andrade PH2, Ruiz ALTG3, Carvalho JE3, Foglio MA1, Rodrigues RAF1
1
UNICAMP/CPQBA - Departamento de Fitoquimica, 2PUC-CAMPINAS - Farmácia,
3
UNICAMP/CPQBA - Departamento de Farmacologia e Toxicologia

Piper umbellatum L. (Piperacea) conhecida como pariparoba, é usado pela medicina popular
como antioxidante, anti-malárico e anti-inflamatório. A atividade antiproliferativa in vitro do
extrato bruto diclorometano (EBD) foi avaliada com o objetivo de verificar diferentes
procedências. Folhas de P. umbellatum foram coletadas no campo experimental do
CPQBA/UNICAMP (exsicata 127123) Paulínia-SP, Ubatuba-SP (UBA) e Monte Sião-MG (MG) e
extraídas frescas por maceração com diclorometano. Verificou-se a atividade
antiproliferativa in vitro em um painel com 7 linhagens tumorais humanas por um período
de exposição de 48h e avaliou-se pelo método da Sulforrodamina B. As amostras foram
testadas nas concentrações de 0,25; 2,5, 25 e 250 µg/mL e a concentração necessária para
inibição total de crescimento celular (TGI) foi calculada através do software ORIGIN 8.0. A
média dos valores de TGI foram obtidas: 9,63; 14,0 e 52,5 µg/mL, respectivamente para as
amostras CPQBA, UBA e MG. Além disso, o perfil cromatográfico por cromatografia gasosa
com detector de massas (CG/EM) constatou diferenças entre as amostras estudadas. No
extrato de MG que apresentou atividade inferior, foram identificados: nerolidol-2 (11,2min)
com concentração 10 vezes maior do que as demais amostras e gama-amorfeno (10,5min)
cerca de 3 vezes menor. O composto majoritário (4-nerolidicatecol -29,4min) não houve
concordância com a biblioteca NIST. Contudo, através da relação m/z (314) e dados da
literatura foi possível corroborar sua presença. Através dos valores de TGI obtidos pode-se
concluir que a atividade antiproliferativa in vitro da amostra CPQBA foi mais promissora em
relação às demais.

67
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

07.01
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA ORAL DE Passiflora edulis Sims (Passifloraceae) EM
CAMUNDONGOS

Beraldo J1, Soares CHW2, Kato ETM3, Silva JLV1


1
Universidade Nove de Julho - Saúde, 2Universidade Nove de Julho - Farmácia-
Bioquímica/Saúde, 3Universidade de São Paulo - Faculdade de Ciências Farmacêuticas

Introdução: Passiflora edulis (Passifloraceae) é conhecida como "maracujá-azedo", sendo


usada na medicina popular como ansiolítico, sedativo, diurético. Decidiu-se avaliar a
toxicidade aguda oral do extrato etanólico liofilizado obtido das folhas e caules de P. edulis
(Pe-EtOH) em camundongos. Material e métodos: a metodologia foi desenvolvida segundo a
Res. 90 (ANVISA, 2004) e aprovada pelo Comitê de Ética no Uso de Animal da UNINOVE (AN
0003/11). Camundongos machos Swiss (15–25g) foram divididos em 2 grupos (n=5): Pe-EtOH
(2g/kg, v.o.) e veículo (1 mL/kg de água +TWEN-20 0.1%, v.o.). Os animais foram
monitorados por 14 dias, em seguida foram eutanasiados em câmera de CO2, seguido de
dissecação, retirada e pesagem de órgãos vitais (pulmões, coração, rins e fígado). A análise
estatística foi verificada pelo ANOVA de uma via seguido do pós-teste de Dunnett ou teste
“t” de Student (p<0,05). Resultados e Discussão: o Pe-EtOH (2g/kg, v.o.) induziu apenas 01
morte após 72hs. Os animais tratados (n=5) com o Pe-EtOH tiveram a locomoção reduzida
(p<0,05) aos 30 e 60 min. depois do tratamento (espaços=5,2±1,4 e 11,8±7,3,
respectivamente) quando comparados ao grupo controle (espaços=47,8±4,4 e 34,4±3,1,
respectivamente) sendo revertido aos 90 min. Após a eutanásia, houve redução significativa
no peso do coração e pulmões dos animais tratados (P=0,7±0,07 e 0,8±0,06 mg/g, n=4,
respectivamente) quando comparados ao controle (P=0,9±0,09 e 1,9±0,08 mg/g, n=5,
respectivamente). Conclusão: o extrato das folhas e caule de P. edulis na dose oral de 2g/kg
não é potencialmente tóxico, apresentando efeito sedativo corroborando o seu uso popular.

68
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

07.02
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DO EXTRATO HIDROETANÓLICO DA MAMA CADELA
(Brosimum gaudichaudii Trécul) EM CAMUNDONGOS.

Okamoto MKH1, Rodrigues FNO1, Silva ALC1, Silva LM1, Wadt NSY1, Bach EE1 - 1Universidade
Nove de Julho - Saúde

Introdução: as plantas medicinais são utilizadas desde as antigas civilizações para


tratamento, cura e prevenção de doenças. Na década de 90 a Organização Mundial de Saúde
divulgou que 65-80% da população de países do terceiro mundo tinham as plantas
medicinais como a única forma para os cuidados básicos de saúde (RAHMAN; SINGHAL,
2002). Dentre as plantas de interesse temos a Brosimum gaudichaudii Trécul, conhecida
popularmente como mama cadela, pertencente à família Moraceae; é empregada na
medicina popular no combate ao vitiligo. Objetivo: verificar a toxicidade aguda do extrato do
caule da Brosimum gaudichaudii Trecul aplicada em camundongos. Materiais e métodos: em
três grupos de camundongos Swiss adultos (fêmeas e machos) foram administrados por
gavagem, água (controle negativo), extrato aquoso de Brosimum gaudichaudii Trécul, em
doses estipuladas e álcool 70 %. Após 14 dias de observação, os animais foram sacrificados
na câmara de gás carbônico; os órgãos retirados foram observados macroscopicamente. O
método estatístico utilizado foi Tukey-ANOVA. Resultados e Discussão: foram observadas
toxicidades nas fêmeas nos seguintes órgãos: rins, coração, baço e perda de massa corporal;
nos machos apresentaram toxicidade nos rins, baço, pulmão, coração e perda de massa
corporal. Conclusão: devido a sua toxicidade, o extrato hidroetanólico de Brosimum
gaudichauadii Trécull (mama cadela) não deve ser utilizado via oral.

69
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

07.03
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DO HIDROLATO DE Melaleuca armillaris Sm. EM
CAMUNDONGOS.

Okamoto MKH1, Fernades VM1, Silva ALC1, Silva VTRW1, Wadt NSY1, Bach EE1
1
Universidade Nove de Julho - Saúde

Introdução: o uso de plantas medicinais no mundo tem aumentado na última década, sendo
fundamental conhecer sua eficácia e também sua segurança de uso. A planta Melaleuca
armillaris, espécie da família Myrtaceae encontra-se distribuída em regiões tropicais e sub
tropicais, vulgarmente conhecida como murta mel Pulseira, tem uma longa história de uso
como anti-séptico tópico (Markan, 1999). É indicada para tratamento de lesões,
queimaduras, picadas de insetos, gel para espinhas, dentifrícios, entre outros (Cox, et al
2010). Objetivo: verificar a toxicidade aguda do hidrolato de Melaleuca armillaris. Materiais
e métodos: em três grupos de camundongos Swiss adultos (fêmeas e machos) foram
administrados por gavagem, água (controle negativo), álcool 70% (controle positivo) e o
hidrolato de Melaleuca armillaris, em doses estipuladas. Após 14 dias de observação, os
animais foram sacrificados na câmara de gás carbônico; os órgãos retirados foram
observados macroscopicamente. O método estatístico utilizado foi Tukey-ANOVA.
Resultados e Discussão: não foram observadas toxicidades nas fêmeas nos seguintes órgãos:
rins, pulmões e baço, porém o coração teve uma toxicidade pouco significativa em relação
ao controle negativo, além do aumento de massa corporal não significativo. Nos machos
nenhum órgão apresentou toxicidade ao administrar o hidrolato de Melaleuca armillaris.
Conclusão: o consumo via oral do hidrolato de Melaleuca armillaris deve ser evitada por
apresentar toxicidade no coração na dose estudada.

70
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

07.04
ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA, APOPTÓTICA EM OSTEOCLASTOS E CITOTÓXICA
DAS PLANTAS Mentha x villosa Huds e Chenopodium ambrosioides L.

Juiz PJL1, Ávila Campos MJ2, Gambari R3, Piva R3, Penolazi L3, Silva F4, Lucchese AM5,
Uetanabaro APT6
1
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências da Saúde, 2Universidade
de São Paulo, 3Università Degli Studi di Ferrara - Departamento de Bioquímica e Biologia
molecular, 4Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências Agrárias,
5
Universidade Estadual de Feira de Santana - Departamento de Ciências Exatas,
6
Universidade Estadual de Santa Cruz - Departamento de Ciências Biológicas.

A utilização de espécies de plantas com finalidade terapêutica é hoje uma realidade mundial.
O uso das espécies Mentha x villosa e Chenopodium ambrosioides, principalmente para
doenças do trato digestório, na medicina popular é uma prática altamente difundida, a
despeito dos efeitos adversos associados a esta prática. Outra atividade biológica destas
plantas que poderia ser explorada seria no tratamento da doença periodontal, uma
patologia de etiologia multifatorial, considerada um problema de saúde pública. Com o
objetivo de estudar o potencial biotecnológico de óleos essenciais e extratos metanólicos de
M. villosa e C. ambrosioides foram estudadas a atividade antimicrobiana e capacidade de
indução de apoptose em osteoclastos. A atividade antimicrobiana frente aos micro-
organismos Aggregatibacter actinomycetemcomitans (ATCC 43717), Fusobacterium
nucleatum (ATCC 25586), Porphyromonas gingivalis (ATCC 33277), Bacteroides fragilis (ATCC
25285) foi avaliada por meio da determinação da concentração inibitória mínima e
concentração bactericida mínima. A avaliação da atividade apoptótica em osteoclastos do
extrato metanólico de M. villosa (único composto considerado atóxico no ensaio do MTT) foi
realizada pelo teste TUNEL e por imunocitoquímica para receptor Fas. Os resultados
mostraram que as menores concentrações inibitórias, entre os periodontopatógenos foram
registradas para a bactéria P. gingivalis e as maiores para A. actinomycetemcomitans. Os
compostos testados não foram capazes de induzir apoptose em osteoclastos. As plantas
estudadas mostraram atividade antimicrobiana, porém não exerceram atividade apoptótica
em osteoclastos nas concentrações testadas. O uso popular difundido das plantas medicinais
M. villosa e C. ambrosioides merece uma maior atenção, visto que este trabalho considerou
estas plantas tóxicas.

71
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

08.01
CITOLOGIA HORMONAL VAGINAL SOB USO DE ISOFLAVONAS DERIVADAS DO Glycine max
(L.) Merr.

Lima SMRR1, Reis BF2, Bernardo BFA1, Silva GMD1, Silva MAG3, Yamada SS1 - 1FCMSCSP -
Obstetricia E Ginecologia - DOGI, 2UNIVAS - Obstetrícia e Ginecologia - DOGI, 3FCMSCSP –
Patologia

Objetivo: Avaliar a citologia hormonal vaginal sob a ação do gel de isoflavonas de soja
(Glycine max [L.] Merr.) no tratamento da atrofia vaginal de mulheres após a menopausa.
Método: Foram estudadas 36 mulheres após a menopausa com idade média de 58,5 + 3,8
anos, avaliando o efeito da terapia com gel vaginal de isoflavonas de soja a 4% por três
meses consecutivos. A citologia hormonal vaginal foi avaliada através do Índice de Frost pela
técnica de Papanicolaou. As pacientes foram alocadas em dois tempos: Tempo zero (T0):
sem tratamento e Tempo um (T1) após três meses de tratamento. Resultados: As células
basais apresentaram-se ao índice de Frost com 88,88 + 18,75 em T0 e 18,88 + 28,76 em T1
(p< 0,000). As células intermediárias em T0 foram 10,83 + 18,06 e em T1 de 53,88 + 25,61
(p< 0,001). As células superficiais em T0 foram 0,27 + 1,16 e em T1 28,27 + 27,3 (p< 0,16).
Todas as mulheres aderiram ao tratamento com o gel de isoflavonas de soja e apresentaram
melhora no índice de maturação vaginal após três meses nas células basais e intermediárias,
e tendência de melhora nas células superficiais. Conclusão: O gel via vaginal de isoflavonas
de soja promoveu a maturação das células vaginais, podendo assim, constituir uma terapia
para mulheres após a menopausa com atrofia genital.

72
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

08.02
ESTUDO DA MICROBIOTA VAGINAL EM MULHERES APÓS A MENOPAUSA COM O USO DE
ISOFLAVONAS VIA VAGINAL

Andreotti JDB1, Lima SMRR1, Endo CM1, Scorzelli ACC1, Fortunato FG1, Watanabe DT1,
Bernardo BFA1, Sasagawa SM1, Yamada SS1, Ueda SMY1
1
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Introdução: O uso de fitomedicamentos via vaginal aparenta ser eficiente no combate aos
sintomas urogenitais da mulher após a menopausa. O efeito estrogênio simile desse tipo
farmacológico, associado à via tópica de administração, sem interação sistêmica, poderá
representar uma novidade terapêutica, principalmente, às mulheres cuja terapia hormonal é
contra indicada. Objetivo: Estudo da microbiota vaginal em mulheres após a menopausa
com o uso de isoflavona via vaginal. Metodologia: Ensaio clínico, duplo-cego, randomizado,
placebo-controlado, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa n o119/11 e financiado pela
FAPESP, envolvendo 56 mulheres após a menopausa, que assinaram Termo de
Consentimento Livre Esclarecido. As mulheres foram triadas com critérios de exclusão e
inclusão definidos e divididas em dois grupos de acordo com gel vaginal utilizado: Grupo I
(n=29), uso de Glycine max (L.) Merr (isoflavonas - Hebron®) e Grupo II (n=27), uso de
placebo. As mulheres responderam questionários de sintomas urogenitais antes do uso do
gel (T0), após 30 dias do uso (T30) e após 90 dias do uso (T90) para correlação clínica.
Microbiotas foram colhidas do fórnice vaginal posterior nos tempos T0, T30 e T90 e foram
semeadas e incubadas em meios específicos, colônias bacterianas encontradas foram
contabilizadas. Resultados e Discussão: Microrganismos mais prevalentes são Enterococcus
sp, Staphylococcus coagulase negativo e Escherichia coli, houve variação na microbiota
vaginal entre os grupos e ao longo dos tempos e melhora de sintomas urogenitais.
Conclusão: Houve modificação da microbiota vaginal nos grupos estudados. Apoio: FAPESP

73
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

08.03
MORFOMETRIA DO EPITÉLIO VAGINAL DE MULHERES APÓS A MENOPAUSA COM USO DE
ISOFLAVONAS VIA VAGINAL

Scorzelli ACC1, Lima SMRR1, Fortunato FG1, Watanabe DT1, Endo CM1, Andreotti JDB1,
Bernardo BFA1, Silva MALG1.
1
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Introdução: O maior achado após a menopausa é o hipoestrogenismo, levando à atrofia


urogenital. O uso de fitoestrogênios via vaginal, como as isoflavonas derivadas do Glycine
Max (L.) Merr, apresenta efeitos benéficos, ação local e pouca interação sistêmica. Material
e Métodos: Ensaio clínico duplo-cego, placebo-controlado, randomizado realizado no
Ambulatório de Fitoterapia no Climatério do Ambulatório de Especialidades “Dr. Geraldo
Bourroul” da ISCMSP. Foram selecionadas 44 mulheres após a menopausa com queixa de
secura vaginal e sintomas de atrofia urogenital. Usaram gel vaginal, por 90 dias, contendo:
Grupo 1 (n=22)- Isoflavonas derivadas do Glycine Max (L.) Merr. (4%) Hebron®; Grupo 2
(n=22)- Placebo (sem princípio ativo). Foram colhidas biópsias vaginais em tempo inicial (T0)
e após 90 dias (T90) e mediu-se a espessura do epitélio. A análise estatística foi feita por
teste t-Student, sendo significante p<0,05. Resultados e Discussão: Comparando-se T0 dos
dois grupos, não se encontrou diferença estatisticamente significante (p=0,83), mostrando
que estes eram homogêneos. No Grupo Isoflavonas, comparando-se T0 com T90 há
diferença significante (p=0,00001). No grupo placebo, ao compararem-se os diferentes
tempos de estudo, observou-se que também houve diferença significante (p=0,0297). Ao
final do estudo (T90), a diferença encontrada entre os dois grupos é significante (p=0,0167),
demonstrando que o produto contendo princípio ativo apresentou maior ação no epitélio
vaginal. Conclusão: Houve aumento significante na espessura do epitélio vaginal com uso gel
vaginal de Isoflavonas. Constitui-se, assim, uma alternativa de tratamento para mulheres
com atrofia urogenital que não podem ou não querem tratar-se com terapia hormonal
convencional. Apoio: PIBIC

74
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

08.04
ESTUDO DOS EFEITOS DA Cimicifuga racemosa NAS MULHERES APÓS A MENOPAUSA
USUÁRIAS DE TAMOXIFENO OU INIBIDORES DE AROMATASE PARA O TRATAMENTO DE
CÂNCER DE MAMA

Hernandes LM1, Macruz CF2, Lima SMRR2, Martins MM2


1
FCMSCSP, 2FCMSCSP – DOGI

Introdução: Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum
entre as mulheres. Tamoxifeno e os inibidores de aromatase estão disponíveis para
prevenção e podem agravar sintomas do climatério. Naquelas com contra-indicação a
terapia hormonal os fitomedicamentos podem ser indicados, com destaque para os
derivados da C. racemosa. Casuística e Métodos: Grupo 1 (n=15): Tamoxifeno (20mg/dia) ou
inibidores de aromatase (anastrozol: 1 mg/dia, ou exemestano 25 mg/dia) associado a C.
racemosa (20 mg/ 12h/12h); grupo 2 (n=10): Tamoxifeno ou inibidores de aromatase.
Índices avaliados (T0;T3 e T6 meses): Menopausal de Blatt e Kupperman, qualidade de vida
(WHOQOL-BREF), e trofismo vaginal (índice de Meisels) . Resultados: A comparação do
Índice de Kupperman nos diferentes tempos dentro de cada grupo mostrou diferenças
significantes entre os tempos T0 e T6 do Grupo 1, indicando melhora das queixas de onda de
calor. A análise das médias dos domínios do WHOQOL-BREF, não evidenciou diferenças
significantes. Quanto à citologia vaginal, verificou-se que não houve diferença significante
entre T0 e T6 no Grupo 1 e Grupo 2. Conclusões: houve melhora das ondas de calor; não
houve melhora na qualidade de vida e na citologia vaginal.
Projeto Aprovado pelo PIBIC-CNPq

75
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

08.05
TRABALHO CLÍNICO DE ANÁLISE DE RESULTADOS USANDO PLANTAS MEDICINAIS EM CURATIVOS
EXTERNOS NOS PACIENTES AMBULATORIAIS E/OU VISITAS DOMICILIARES

Guagliardi TC, Petit Prieto AF1, Pereira MMC, Iabiku C, Pureza Neto OC, Bizerra CM, Barcaghi H, Alves
dos Santos L, Torres CAS, Nascimento C, Breve M, Machado D.
1
PMSBC + PMD – Saúde.

Introdução: Sendo Profissionais de Saúde da Rede Pública tanto na PMSBC e na PMD nós deparamos
diariamente com a necessidade de prevenir, aliviar e tentar resolver na medida do possível, em
nossos pacientes nas Urgências dos nossos atendimentos ou naqueles encaminhados por outros
setores ou serviços para inicio ou continuação do tratamento ambulatorial com potencial
aparecimento de complicações estéticas, orgânicas e custos sociais e econômicos das lesões surgidas
por queimaduras, abrasões, ulceras de pressão, ou diabetogênicas, arteriais, venosas, lacerações,
amputações, ou deiscências agravadas ou não, ou delas derivadas Nas UBSs (Unidades Básicas de
Saúde) a Equipe Multidisciplinar se defronta com pacientes de boa, baixa ou nenhuma renda o que é
um problema para o tratamento de feridas pelos seus próprios recursos ou até mesmo quando tem
recursos pelo tempo e pela dificuldade de outros lidarem tentando minimizar as complicações, por
que os recursos dos Programas e Instituições não cobrem pela demanda inteira, o que estimulou o
uso de produtos de baixo custo e fácil acesso, eficazes e que não introduzissem complicações,
restrições, dificuldades semelhantes as já existentes. No Brasil nos deparamos com público de uma
diversidade resolutiva das Instituições de Saúde que vão do mais precário ao mais sofisticado nível
de primeiro mundo. Nem sempre depende dos recursos econômicos do Estado Federal, Estado
Regional ou Municipal. Muitas vezes simples planejamento técnico local.Nosso objetivo foi observar
a evolução das lesões classificadas nos diversos graus, usando óleo de girassol comercial, gel de
babosa, calendula, confrei, mamão,abacate, ipê, barbatimão, hamamelis, óleo de copaíba, camomila,
aveloz. Material e Métodos: Equipe Multidisciplinar das UBSs Alves Dias, Vila Marchi, Rudge Ramos
da Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo - SP convidaram aleatoriamente pacientes
eutróficos, com moradia identificada e com higiene adequada, todos eles moradores de São
Bernardo do Campo realizarem curativos a base de Fitoterápicos, com o mesmo treinamento pelo
Profissional Médico, grau de lesão diverso segundo os planos atingidos, com resultados dentro da
expectativa. O mesmo aconteceu na UBS de Serraria de Diadema, outro Município onde a parte
médica desenvolve suas atividades. A quase totalidade dos casos não usou antibioticoterapia
durante tratamento das lesões com os fitoterápicos, salvo casos com indicação previa ou com
complicações que assim o indicassem. Produtos de síntese, só analgésicos quando o paciente assim o
solicitava e preferia aos fitoterápicos. Os curativos fitoterápicos foram aceitos previa consulta dos
pacientes ou seu familiares responsáveis, nunca foram impostos como única conduta a ser realizada.
Era proposto e a população escolhia.Quando era necessário os pacientes e seus familiares eram
treinados para realizar seguindo a mesma técnica e metodológica nos finais de semana caso sua UBS
se encontrava fechada nesses dias ou era muito distante da sua casa para aquela UBS local. Em geral
se optava por curativo simples de manutenção evitando que eles manipulassem e interferissem no
resultado e possíveis complicações. Resultados e Discussão: Os resultados foram satisfatórios sem
nenhuma complicação, infecção secundária, com re-epitelização completa dentro do tempo
esperado. O uso do óleo de girassol, gel da babosa, polpa do abacate, polpa do mamão papaya, casca
e entrecasca do barbatimão, flor de calêndula, pomada e creme de hamamelis, creme do gel da
babosa, chá de camomila, óleo de copaíba, creme de ipê, látex do aveloz, vem sendo utilizados pelo
serviço, segundo sua precisa indicação, faz pouco mais de oito anos com ótimos resultados. Esta
metodologia é eficaz, eficiente, segura e de reprodutibilidade factível, desde que exista um
treinamento dos diversos componentes: paciente (familiares) –pessoal de Enfermagem –Médicos, e
o necessário compromisso Institucional.

76
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

08.06
USO DE INFUSÃO DE Bauhinia forficata NO TRATAMENTO DE FERIDA EM BOVINO

Silva MDA1, Guterres KA1, Scherer B1, Acosta GS1, Martins CF2, Cleff MB2
1
Universidade Federal de Pelotas, 2Universidade Federal de Pelotas - Departamento de
Clínicas Veterinárias.

Introdução: Das plantas utilizadas popularmente no Rio Grande do Sul, destaca-se a Bauhinia
forficata (pata-de-vaca), sendo aplicada na forma de chás para tratamento de enfermidades,
devido ação antimicrobiana e cicatrizante. Assim, objetivou-se avaliar estas ações através da
infusão da planta, em um bovino com lesão, definindo-se ainda a sensibilidade dos isolados
a antibióticos. Material e métodos: Coletaram-se folhas de B. forficata em Povo Novo - RS,
sendo identificada botanicamente, seca e acondicionada. O bovino adquiriu a lesão
enroscando-se em arame, o que resultou na amputação do digito lateral, evoluindo para um
quadro de osteomielite, sendo realizados cultura e antibiograma do material da lesão.
Utilizou-se infusão com 10 gramas da planta, realizando-se lavagem e debridação da lesão
duas vezes ao dia, associada à pomada da planta para uso tópico. A evolução da cicatrização
foi avaliada com medição do diâmetro da área de lesão e por fotos. Resultados e Discussão:
Na cultura isolou-se Escherichia coli e Proteus mirabilis, resistentes a amoxilina + ac.
clavulânico, cefalexina, sulfazotrim, gentamicina, oxacilina, enrofloxacina, penicilina e
ceftiofur. Na macroscopia da ferida, observou-se uma rápida cicatrização, sendo a medição
inicial de 14x17,5 cm e passando a 10x10cm após 14 dias de tratamento. Os resultados
confirmaram o uso impírico para as espécies de Bauhinia, pois a medicina popular já havia
citado esta atividade. Conclusão: Observou-se rápida cicatrização da lesão com a infusão e
pomada de Bauhinia forticata, sendo promissor o uso em feridas cutâneas contaminadas por
E. coli e P. mirabilis.

77
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

08.07
ANÁLISE IN VITRO DO EXTRATO DE Campomanesia xanthocarpa NA ATIVAÇÃO CELULAR
EM LINHAGENS MONOCÍTICAS THP-1

Cunha EBB1, Silva NF2, Viecili PRN3, Aita CAM2


1
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Escola de Medicina - Pós-Graduação em
Ciências da Saúde, 2Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Escola de Medicina,
3
Universidade de Cruz Alta - Instituto de Cardiologia de Cruz Alta

Introdução: Aterosclerose é uma doença inflamatória crônica, ligada a monócitos e


macrófagos que desempenham papel importante na formação das placas ateroscleróticas,
sendo estimulados por citocinas inflamatórias e pelo aumento das moléculas de adesão
celular, como a ICAM-1 (CD54). Monócitos migram para a íntima e se diferenciam em
macrófagos, em um ambiente de stress oxidativo, sintetizam citocinas que perpetuam o
processo inflamatório. Como um co-receptor o CD14 liga-se a partículas de LDL modificadas
potencializando a secreção de citocinas. Esse endotélio danificado perde sua propriedade
antiagregante plaquetária, anticoagulante e fibrinolítica, adquirindo atividade pró-
coagulante. Estudos recentes comprovaram que o extrato de Campomanesia xantocharpa
(“Guavirova”) diminui o colesterol e o stress oxidativo do plasma de pacientes
hipercolesterolêmicos. Esse projeto teve como objetivo avaliar se o extrato de folhas de
guavirova é capaz de modular in vitro o estado de ativação de linhagens celulares THP-1
(monócitos humanos). Material e métodos: A viabilidade celular foi verificada pelo método
MTT. A expressão dos receptores CD14 e CD54 foi realizada por citometria de fluxo.
Resultados: A viabilidade celular não foi significativamente comprometida. A THP-1, na
presença do extrato de guavirova reduziram a expressão do CD14, comparada ao controle
(p=0,02771). Incubadas com extrato e interferon-gama, apresentaram uma redução da
expressão de CD14 comparada com o grupo controle (p=0,04484). Não identificamos
alteração significativa na expressão do CD54, na presença do extrato. Conclusão: O extrato
de guavirova não modificou significativamente a viabilidade celular. Os monócitos humanos,
na presença do extrato da guavirova, incubados ou não com interferon-gama, diminuíram a
expressão do CD14.

78
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.01
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Coutarea hexandra (JACQ.) K. SCUM. FRENTE A Candida
albicans.

Plastino PJ1, Solidônio EG2, Sena KXFR1, Albuquerque JFC1


1
Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos, 2Universidade
Federal de Pernambuco - Departamento de Energia Nuclear

Introdução: Coutarea hexandra Shum.(Rubiaceae) é uma planta nativa do Brasil, de partes


úmidas da Amazônia e Mata Atlântica, ocorre em várzeas aluviais da floresta pluvial em
várias regiões do país. Esta planta é conhecida em toda a região nordeste contra diversos
males principalmente anti-inflamatórios e também no combate a dores. Em outros países é
usada contra febre intermitente, malária, paludismo, feridas e inflamações. Método: A casca
seca foi extraída com etanol, três vezes consecutivas e submetida aos testes de atividade
antimicrobiana pelo método de difusão em disco de papel. Discos de 6 mm de diâmetros
foram impregnados com 10 µL da solução do extrato de modo que cada disco ficou a
concentração de 2.000 µg. Os discos foram colocados sobre a superfície do meio Sabouraud,
semeados com os micro-organismos teste, suspensos previamente em soro fisiológico até
turbidez de 0,5 da escala MacFarland. Como droga padrão foi utilizado cetoconazol. As
placas foram incubadas a 35 °C, por 48 horas. A leitura foi realizada pela medição do
diâmetro dos halos de inibição em torno dos discos. Resultado e discussão: Esta planta havia
sido estudada anteriormente e apresentou baixa atividade contra micro-organismos Gram-
positivos, mas, quando foi recentemente testada contra diferentes cepas da levedura
Candida albicans apresentou resultados positivos com halos de inibição que variaram de 15
a 18 mm. Isto mostra que poderá ser ainda testada contra outras espécies do gênero
Candida podendo ser uma alternativa para a inibição deste micro-organismo. Conclusão:
Coutarea hexandra mostrou atividade para todas as leveduras Candida albicans testadas.

79
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.02
AVALIAÇÃO POR MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Punica
granatum NA DIMINUIÇÃO DA REPLICAÇÃO DO BoHV-1 COLORADO EM ZIGOTOS
MURINOS EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS.

Palazzi EG1,2,3, Felicio JD1, Pituco EM1, Stefano E1, Okuda LO1, Hansen D1, Nogueira AHC1,
Fernandes MJB1, Simoni IC1, Gonçalves RF1, Lima MS1, Scrivanti JB4, Vicente EJ5
1
Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo,
SP, Brasil, 2Interunidades em Biotecnologia /ICB_USP. 3Doutorando, 4Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo - Laboratório de Controle Genético e Sanitário Animal.
5
Universidade de São Paulo - Departamento de Microbiologia.

A transmissão de doenças pelas biotecnologias da reprodução continua a ser uma


preocupação justificável para os órgãos reguladores. Por isso, a busca de novos métodos de
controle sanitário para embriões bovinos são de extrema importância.O objetivo do trabalho
foi o de avaliar a ação do extrato etanólico (EE) de Punica granatum (PG) na diminuição da
replicação viral do BoHV-1 embriões murinos (modelo para bovinos) infectados
experimentalmente com o BoHV-1_Colorado (108 TCID50/mL) após 24h, in vitro, pela análise
da taxa de clivagem, da titulação e das alterações morfológicas por microscopia eletrônica
(ME). Os zigotos de camundongos fêmeas Swiss obtidos foram divididos em quatro grupos:
1) EE PG_Grupo controle exposto a 10µL de solução fisiológica estéril (G1PG, n= 456), 2)
Grupo exposto a 10µL vírus (G2 PG, n= 321), 3) Grupo exposto a 10µL extrato (G3 PG, n= 318) e
4) Grupo exposto a 10µL extrato e a 10µL vírus (G4 PG, n= 427). Todos os grupos foram
mantidos a 37,5ºC, durante 24h em meio TCM199 (100µL) em estufa a 5% de CO2 e 95% de
umidade. Após 24h, avaliamos a morfologia dos zigotos em microscópio eletrônico, a taxa de
clivagem e a multiplicação viral por titulação após 72h em co-cultura com células MDBK.
Todos os grupos não apresentaram alterações morfológicas, segundo ME. As organelas,
membranas plasmáticas e zonas pelúcidas mantiveram-se conservadas. As taxas de
clivagem, nos respectivos grupos, foram: G1PG 76,31% (348/456), G2PG 36,44% (117/321), G3
2
PG 68,86% (219/318), G4PG 71,06% (226/318). Foi usado o teste c (α=0,05), com correção de
Yates, para a taxa de clivagem e o teste-t (α=0,05) para a titulação. Os dados demonstram
que só houve diferença significativa entre os grupos G1PG e G2PG (p<0,05) em relação à taxa
de clivagem. Entre os grupos G2PG (título= 3,70x107 TCID50/mL) e G4PG (título 6,51x102
TCID50/mL), houve uma diferença significativa demonstrando diminuição da taxa viral
(p<0,05) por EE de Punica granatum. Apesar do grupo G2PG não causar alterações
morfológicas nestas amostras, segundo ME, foi possível verificar que o extrato de Punica
granatum reduz a taxa viral significativamente e, por isso, pode ser um possível antiviral
usado em centrais de FIV como um método eficiente de controle para TE.
O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico CNPq Brasil.

80
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.03
ESTUDO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL DE DUAS ESPÉCIES DE PLANTAS MELITÓFILAS
CONTRA HERPESVÍRUS BOVINO E SUÍNO.

Simoni IC1, Aguiar B2, Parreira MR2, Fernandes MJB2, Fávero OA3
1
Instituto Biológico - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo,
SP, Brasil. 2Instituto Biológico. 3Universidade Presbiteriana Mackenzie.

A própolis apesar de ser um material resinoso de origem animal, as abelhas a elaboram a


partir de material vegetal. Dentre a grande flora encontrada em nosso país, as espécies
dióicas de Baccharis, é uma importante fonte na produção de apiterápico. Duas espécies,
Baccharis dracunculifolia e Baccharis uncinella, se destacam como plantas melitófilas que
apresentam atividades antibacteriana e antinflamatória. Existem também relatos de extratos
de Baccharis trinervis com atividade antiviral contra o HIV. Assim, é importante estudar as
propriedades antivirais de Baccharis, na linhagem celular MDBK contra herpesvírus bovino e
suíno. Para isto, foram utilizados 4 extratos brutos liofilizados a partir de partes aéreas secas
de B. dracunculifolia e frescas de B. uncinella em solução hidroalcoólica a frio. A
concentração máxima não tóxica (CMNT) dos extratos foi avaliada em células MDBK pela
ausência alterações morfológicas detectáveis nas células. Os testes antivirais foram feitos
com células previamente tratadas com os extratos, na CMNT, e posteriormente inoculadas
com diluições logarítmicas dos vírus. O índice de inibição viral (IIV) foi calculado pela
diferença entre o título viral do tratado e do controle e foi feita análise estatística pelo Teste
de Tukey. Todos os extratos dos indivíduos masculinos e femininos das B. dracunculifolia e B.
uncinella apresentaram atividade antiviral contra ambos os herpesvírus com CMNTs entre
62,5 a 250 mg/mL. O gênero Baccharis está entre as plantas medicinais mais comercializadas
no Brasil que são empregadas no desenvolvimento de novos fármacos e também utilizadas
na medicina popular para o controle ou tratamento de diversas doenças.

81
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.04
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FUNGICIDA DO ÓLEO VOLÁTIL DE Peperomia pellucida (L)
Kunth. (Piperaceae)

Sussa FV1, Felicio JD2, Gonçalez E2, Silva PSC1


1
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN/CNEN/USP - CRPq - Centro do Reator
de Pesquisa, 2Centro de Sanidade Animal do Instituto Biológico (IB)

Introdução: Peperomia pellucida (L.) Kunth (erva-de-jabuti) é tradicionalmente conhecida


por suas propriedades medicinais tais como, analgésica, bactericida, fungicida, anti-
inflamatória, cicatrizante, entre outras. A atividade fungicida desta espécie é devida às
substâncias bioativas presentes nos seus óleos voláteis, principalmente, dilapiol. Aspergillus
flavus é um fungo filamentoso que pode produzir aflatoxinas B1 e B2 (AFB1 AFB2) e ácido
ciclopiazônico (CPA). A co-produção destas micotoxinas pode resultar num efeito tóxico
aditivo ou sinérgico sobre os consumidores. As aflatoxinas são consideradas cancerígenas;
especialmente a aflatoxina B1. Os efeitos inibitórios dos óleos essenciais de plantas sobre o
crescimento de A. flavus e produção de aflatoxina B1 têm sido descritos frequentemente na
literatura. Objetivo: Avaliar a composição química e atividade fungicida do óleo volátil de
Peperomia pellucida no crescimento de Aspergillus flavus. Materiais e Métodos: As amostras
foram coletadas no jardim Botânico, RJ. O óleo essencial foi extraído das partes aéreas por
hidrodestilação em aparelho de Clevenger e analisado por Cromatografia Gasosa acoplada a
um Espectrômetro de Massas (GC/MS). O ensaio da atividade antifúngica foi realizado pelo
método do Disco de Difusão. Resultados: Os principais componentes voláteis do óleo
essencial de P. pellucida foram: Dilapiol (53,4 %), Germacreno B (20,9 %) e Óxido de
cariofileno (10,8 %). Os compostos n-dodecano, n-tetradecano, n-Pentadecano,
aromadendreno e espatulenol foram identificados pela primeira vez neste óleo. O
crescimento do fungo foi inibido por todas as concentrações (2,5μL; 5,0 μL; 7,5 μL; 10,0 μL)
do óleo volátil (p ≤ 0,05) entre 40-56%. Conclusão: O óleo volátil de P. pellucida pode ser
considerado como um potencial composto antifúngico especialmente para a proteção
contra aflatoxina.

82
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.05
DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL ANTIFÚNGICO DE Astronium urundeuva (Allemão) Engl.
(Anacardiaceae) CONTRA Candida albicans RESISTENTE A DERIVADOS AZÓLICOS.

Bonifácio BV1, Negri KMS1, Ramos MAS1, Silva PB1, Toledo LG2, Lucena VAA1, Wagner V3,
Almeida MTG2, Bauab TM1
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de
Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP -
Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Campus Experimental
do Litoral Paulista – UNESP

Entre as novas triagens terapêuticas frente às afecções fúngicas, destacam-se aquelas


adquiridas por espécies do gênero Candida, que é uma das leveduras frequentemente
envolvidas nas infecções micóticas capazes de causar dano ao organismo humano, como a
candidíase vulvovaginal (CVV). Com o aumento do número de cepas multirresistentes aos
antimicrobianos convencionais, cresce o interesse no potencial biológico apresentado pelas
plantas medicinais. Astronium urundeuva (Allemão) Engl., popularmente conhecida como
aroeira-preta ou aroeira-do-sertão, é um representante arbóreo da família Anacardiaceae
amplamente utilizado na medicina tradicional brasileira para o tratamento de várias
doenças, apresentando como principais constituintes fitoquímicos óleos essenciais e taninos
hidrolisáveis e condensados. O objetivo deste estudo foi determinar o potencial antifúngico
do extrato etanólico de folhas de A. urundeuva frente a Candida albicans, contra uma cepa
padrão (ATCC 65428) e cinco cepas clínicas oriundas de trato vaginal com perfil resistente a
derivados azólicos. Para a determinação do potencial antifúngico foi empregado a técnica de
diluição em microplacas, onde extrato vegetal foi avaliado nas concentrações de 1000 ug/mL
a 7,81ug/mL e como controle foi utilizado o fluconazol a 512 ug/mL e anfotericina B a 16
ug/mL. Após a incubação das microplacas a 37ºC/48 horas, foram realizadas leituras
utilizando 20 uL de solução aquosa de 2% de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio (TTC). Os
resultados obtidos em triplicata demonstraram concentrações inibitórias mínimas (CIM) que
variaram de 62,5 ug/mL a 125 ug/mL entre as cepas estudadas. Os dados obtidos denotam a
importância da busca de fontes alternativas de antimicrobianos oriundos de produtos
vegetais, gerando assim, contribuições à expansão clínico-farmacológica na área
medicamentosa, ampliando as possibilidades terapêuticas frente a candidíase vulvovaginal.

83
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.06
AVALIAÇÃO DAS TINTURAS DE AÇOITA CAVALO (Luehea divaricata Mart.), ALFACE
(Lactuca sativa), BÁLSAMO (Myroxylon peruiferum L. f.), COPAÍBA (Copaifera langsdorffii),
FRUTA-DO-LOBO (Solanum grandiflorum), GERVÃO (Stachytarphetta spp.), GRAVIOLA
(Annona muricata L.), GUACO (Mikania glomerata Spreng.), JAMBOLÃO (Syzygium cumini
L.) E SABUGUEIRO (Sambucus nigra L.) “in vitro” NA INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICELIAL
DE Sclerotinia sclerotiorum

Yamamoto SM1, Bittencourt ALA1, Martins DP1, Oliveira JSF1, Camilo SB1 - 1Faculdade Integral
Cantareira.

Introdução: Os compostos secundários presentes nas plantas vem representando uma forma
de controle de doenças em plantas. S. sclerotiorum é um fungo que apresenta um controle
difícil devido a formação escleródios que garantem sua sobrevivência mesmo em condições
adversas. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diversas tinturas na inibição “in
vitro” do crescimento micelial de S. sclerotiorum. Material e Métodos: Foram utilizadas 4
concentrações 5;10;20 e 50% de cada tintura, incorporadas ao meio Ágar Dextrose Batata
(BDA) fundente à 45° C e vertidos em placas de Petri.Para as testemunhas foram utilizados
placas contendo apenas BDA. Após a solidificação do meio, discos de 7 mm de diâmetro de
S. sclerotiorum foram colocados no centro das placas de Petri e incubados em B.O.D. a 28° C,
até que a testemunha atingisse a borda da placa de Petri. O bioensaio foi realizado em
duplicata.O crescimento das colônias foram medidos diariamente em 2 sentidos
perpendiculares com auxílio de um paquímetro digital tendo como referência o
desenvolvimento da colônia na placa controle. Resultados e Discussão: As tinturas de
gervão, graviola e fruta-do-lobo, inibiram o crescimento de S. sclerotiorum em todas as
concentrações, açoita cavalo, alface, copaiba, sabugueiro e guaco tiveram o melhor
resultado a partir de 10%, balsamo a partir de 20% e jambolão a partir de 30%.A média das
porcentagens de inibição de cada tintura foi de 83%. Conclusão: As tinturas inibiram o
crescimento micelial de S. sclerotiorum, variando sua eficiência conforme a concentração da
tintura. Evidencia-se a necessidade de testes “in vivo”.

84
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.07
EXTRATO METANÓLICO DE ESCAPOS DE Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland
(Eriocaulaceae), UMA NOVA ABORDAGEM ANTIFÚNGICA CONTRA C. krusei e C.glabrata

Ramos MAS1, Bonifácio BV1, Silva PB1, Toledo LG2, Negri KMS1, Lucena VAA1, Santos LC3,
Almeida MTG2, Bauab TM1
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de
Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP -
Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Instituto de Química
de Araraquara - UNESP/IQ - Departamento de Química Orgânica

O uso indiscriminado de antimicrobianos utilizados no tratamento de infecções de cunho


fúngico determina o surgimento de microrganismos resistentes ocasionando uma
diminuição nas alternativas de drogas para o tratamento de suas manifestações. A
descoberta de novas abordagens terapêuticas frente a espécies fúngicas com elevado perfil
de resistência torna-se significante, frente a isso, o uso de plantas medicinais
potencialmente ativas ganha destaque no arsenal medicamentoso. A espécie Syngonanthus
nitens (Bong.) Ruhland (Eriocaulaceae) vem apresentando notórios potenciais terapêuticos
como atividade antibacteriana, antiulcerogênica e antifúngica. O objetivo deste trabalho foi
determinar o potencial antifúngico do extrato metanólico de escapos de Syngonanthus
nitens frente a cepas clínicas oriundas de trato vaginal, e padrão (ATCC) de C. krusei e C.
glabrata. Foi utilizada a técnica de diluição em microplacas, onde extrato vegetal foi avaliado
nas concentrações de 1000 ug/mL a 7,81ug/mL e como controle foi utilizado o fluconazol a
512 ug/mL e anfotericina B a 16 ug/mL. Após a incubação das microplacas a 37ºC durante 48
horas, foram realizadas leituras utilizando 20 uL de solução aquosa de 2% de cloreto de
2,3,5-trifeniltetrazólio (TTC). Os resultados obtidos em triplicata demonstraram significativa
ação, com concentrações inibitórias mínimas (CIM) do extrato que variaram de 31,5 ug/mL a
125 ug/mL para as duas cepas. Esta investigação reporta-se como promissora, visto a
necessidade de fontes alternativas que possuam propriedades terapêuticas contra fungos.

85
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.08
PERFIL ANTIFÚNGICO DO EXTRATO METANÓLICO DE ESCAPOS DE Syngonanthus nitens
(Bong.) Ruhland (Eriocaulaceae) CONTRA LEVEDURAS NÃO-albicans ISOLADAS DE TRATO
GENITAL FEMININO.

Bauab TM1, Bonifácio BV1, Silva PB1, Negri KMS1, Lucena VAA1, Toledo LG2, Almeida MTG2,
Santos LC3, Ramos MAS1
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara- UNESP/FCFAR - Departamento de
Ciências Biológicas, 2Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP -
Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias, 3Instituto de Química
de Araraquara - UNESP/IQ - Departamento de Química Orgânica

A candidíase vulvovaginal (CVV) se caracteriza como sendo inflamação verdadeira de vulva e


vagina, eventualmente ocasionada por fungos leveduriformes, que, em sua maioria,
pertencem a espécia Candida albicans, no entanto, nos últimos anos verifica-se um aumento
significativo do estabelecimento desta doença por outras espécie do gênero Candida, a
exemplo encontra-se a Candida tropicalis e Candida parapsilosis. A busca por moléculas
bioativas capazes de atuar positivamente contra micro-organismos, emerge o uso de plantas
medicinais como promissor. Atualmente, a família Eriocaulaceae ganha destaque no ramo
científico, apresentando propriedades importantes, como antifúngica, a exemplo, a espécie
Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland. Este estudo teve por objetivo avaliar o perfil
antifúngico do extrato metanólico de escapos de S. nitens sobre cepas de C. tropicalis e C.
parapsilosis padrão (ATCC) e clínicas isoladas de trato genital feminino. O estudo foi
procedido empregando a técnica de diluição em microplacas, onde extrato vegetal foi
avaliado nas concentrações de 1000 ug/mL a 7,81ug/mL, como controle foi utilizado o
fluconazol a 512 ug/mL e anfotericina B a 16 ug/mL. Após a incubação das microplacas a
37ºC durante 48 horas, foram realizadas leituras utilizando 20 uL de solução aquosa de 2%
de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio (TTC). Os resultados obtidos em triplicata
demonstraram significativa ação, com concentrações inibitórias mínimas (CIM) que variaram
de 250 ug/mL a 500 ug/mL. Estes dados são promissores, visto a necessidade da introdução
de novos compostos bioativos no arsenal terapêutico para o tratamento da CVV ocasionada
por estirpes diferentes daquelas eventualmente encontradas em trato genital feminino.

86
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.09
AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE DUAS FORMULAÇÕES A PARTIR DE PRODUTOS NATURAIS PARA
USO COMO CONSERVANTES DE ALIMENTOS

Fujisawa DIR1, Araujo FRC1, Mendes PB1, Mendonca S1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

Introdução: Os conservantes alimentícios são usados principalmente para produzir alimentos


mais seguros para os consumidores, impedindo a ação de agentes biológicos. Compostos
como o sorbato de potássio (SP) e o propionato de cálcio (PC) são muito utilizados pela
indústria de alimentos para aumentar o tempo de prateleira dos alimentos, principalmente
produtos láteos e de panificação. A indústria tem recentemente buscado alternativas
naturais para a substituição destes aditivos químicos, devido aos riscos associados ao
consumo acentuado. O objetivo deste estudo foi comparar duas formulações a base de
produtos naturais quanto ao tempo de preservação in vitro. Material e Métodos: Duas
formulações de produtos naturais, NM1 e NM2, desenvolvidas pela Empresa Novo Mel
Biotecnologia foram utilizadas em comparação com SP e PC em ensaio de preservação de
contaminação por microrganismos, em temperaturas de 8oC e 30oC, em duas situações;
contaminação voluntária e contaminação forçada. Os ensaios foram avaliados a cada 7 dias,
até um período de 84 dias. Resultados e discussão: As formulações NM1 e NM2
apresentaram resultados de conservação dos meios de cultura utilizados por tempo superior
aos controles químicos SP e PC, tendo uma atividade de preservação até 2 vezes maior, em
ambas as temperaturas avaliadas. O tempo máximo de preservação foi encontrado a partir
da concentração de 0,1% de cada formulação. Conclusão: Os produtos naturais formulados
para serem utilizados como opção natural de custo baixo para conservantes de alimentos
mostraram-se muito superiores aos aditivos químicos SP e PC.

87
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.10
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE DROGAS VEGETAIS DA RELAÇÃO NACIONAL DE PLANTAS
MEDICINAIS DE INTERESSE PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO

Silveira SAS1, Araujo FRC1, Barbosa AP1, Mendonca S1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN.

Introdução: Com a implantação da Política Nacional de Plantas Medicinais e fitoterápicos


pelo decreto n. 5813, de 22 de Junho de 2006 os fitoterápicos obtiveram importante
destaque na saúde pública, podendo inclusive serem utilizados como auxiliares no
tratamento de infecções microbianas. Nesse cenário, a proposta do trabalho é a avaliação da
atividade antimicrobiana e da concentração bactericida mínima de extratos hidroetanólicos
de 18 plantas que fazem parte da lista do RENISUS contra as bactérias de grande impacto
para a saúde da população. Material e Métodos: As bactérias Staphylococcus aureus,
Staphylococcus epidermidis, Enterococcus faecalis, Bacillus cereus, Escherichia coli e
Salmonella enterica foram avaliadas quanto a atividade inibitória e bactericida frente a
extratos hidroetanólicos obtidos de 18 plantas da lista do RENISUS, selecionadas pelo uso
popular, regionalismo e tradição. Material e Métodos: Os extratos hidroetanólicos de 18
plantas da lista do RENISUS tiveram suas atividades antimicrobianas avaliadas pelos métodos
de difusão em discos e microdiluição modificado, conforme metodologia NCCLS. Resultados
e discussão: Dos extratos hidroetanólicos analisados, apresentaram maior atividade
antimicrobiana contra microrganismos comumente encontrados em infecções da
comunidade os obtidos das plantas Phyllanthus sp, Maytenus ilicifolia, Vernonia sp,
Anacardium occidentale, Passiflora sp, Cordia verbenacea, Baccharis trimera. Staphylococcus
aureus mostrou-se bastante susceptível a ação dos extratos testados, enquanto Salmonella
enterica e Escherichia coli foram os microrganismos menos susceptíveis. Conclusão: As
plantas medicinais da lista do RENISUS são uma excelente alternativa auxiliar no tratamento
de infecções da comunidade.

88
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.11
DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Cucurbita
pepo L. (CUCURBITACEAE) PARA GERMES GRAM-POSITIVOS E GRAM-NEGATIVOS

Plastino PJ1, Sena KXFR1, Albuquerque JFC1


1
Universidade Federal de Pernambuco - Departamento de Antibióticos

Introdução: É uma planta rasteira possuindo folhas grandes e flores amarelas. O fruto é
comestível e tem coloração variando do verde ao amarelo contendo diversas sementes de
coloração branca. A abóbora é originária das Américas, fez parte da alimentação básica das
civilizações Inca, Maia e Asteca. Apresenta propriedades farmacológicas como adstringente,
laxante, diurética, e alcalinizante. É indicada na cura de diarréia e para diminuir a quantidade
de gases intestinais, seu sumo é indicado para prisão de ventre. Embora a planta seja
bastante consumida seus estudos concentram-se na polpa e sementes. Material e Método:
O material foi extraído em etanol com 30% de água. A atividade antimicrobiana foi avaliada
qualitativamente pelo método convencional de difusão em disco de papel. Discos de 6 mm
de diâmetros foram impregnados com 10 µL/mL de soluções dos produtos à concentração
de 30000 µg/mL. Foram testados sete micro-organismos de diferentes classes: Gram-
positivos Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus, Bacillus subtilis, e Enterococcus
faecalis; Gram-negativos Pseudomonas aeruginosa, Esherichia coli, e Serratia marcescens;
Resultados e discussão: O extrato etanólico das folhas de abóbora apresentou resultados
para os seguintes micro-organismos: Gram-positivo: Staphylococcus aureus (9 mm) e
Enterococcus faecalis (10 mm). Gram-negativo: Pseudomonas aeruginosa, (11 mm), e
Serratia marcescens (9 mm). Conclusão: O extrato hidroalcoólico das folhas de Cucurbita
pepo L. testado, apresentou resultados inibitórios apenas para dois micro-organismos Gram-
positivos e dois Gram-negativos, estes resultados foram considerados baixos. O extrato foi
totalmente inativo para alguns dos micro-organismos testados. Estes resultados não foram
os esperados em relação àqueles encontrados no óleo das sementes.

89
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.12
ANÁLISE MICROBIANA DOS FRUTOS DE Morinda citrifolia

Fernandes MAG1, Bucek EU1, Paula GS1, Vieira TR1, Velasco ND1, Abreu MTCL1
1
Uniube

Introdução: Noni (Morinda citrifolia), planta medicinal, originária da Indonésia, fruto rico em
antioxidantes, usado como: alimento; medicamento; prevenção e cura de doenças. Os
estudos da carga microbiana são escassos. Objetivo: avaliar carga microbiana dos frutos
verdes de noni. Material e métodos: realizou-se identificação botânica do vegetal em
herbário; a coleta dos frutos maduros e verdes foi realizada em Araguari-MG; obtenção da
droga vegetal a 40ºC e granulometria <2,00 e > 0,850 mm; nos frutos verde fresco, seco e
droga vegetal foram realizadas a quantificação da carga microbiana (“pour-plate”) e
bacterioscopia direta. Resultado: Os arbustos de 1,5 m de altura apresentam folhas
abundantes (5-17 cm comprimento; 10-40 cm largura), flores aromáticas globosas, frutos
verdes ovalados protuberantes irregulares, de estrutura firme (2- 6 cm altura). As Unidades
Formadoras de Colônias por grama (UFC/g); é de: 6,15 x104 (frutos verdes frescos); 8,4 x104
(frutos verdes secos inteiros); 1,63 x104 (droga vegetal/fruto verde seco). Observou bacilos
Gram positivos pela bacterioscopia direta. Conclusão: O aspecto morfológico externo do
fruto é semelhante ao descrito na literatura. A carga microbiana da droga vegetal (pó) é
baixa como esperado, pois é analisada a massa interna (não contaminada) e superfície
externa (contaminada) enquanto que nos frutos inteiros é analisada somente a superfície
externa. O estudo mostrou que a contaminação microbiana em todas as amostras, encontra-
se abaixo do limite máximo estipulado pela Organização Mundial de Saúde que é de 107
UFC/g.
Palavras chaves: Noni, Droga vegetal, Fruto, UFC/g.

90
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

09.13
ATIVIDADE DE EXTRATOS DE Pothomorphe umbellata FRENTE A Candida tropicalis

Freitas JA1, Sorrechia R1, Rodrigues ER2, Pietro RC1


1
UNESP - Fac. de Ciências Farmacêuticas, 2UNIFEG - Centro Univ. Guaxupé

Pothomorphe umbellata (L.) Miq. planta da flora Brasileira, pertence ao grupo das esciófitas,
conhecida pelo nome popular de caapeba, pariparoba, malvaísco, capeva, caapeba-
verdadeira. Apresenta como constiuintes constituintes o 4-nerolidilcatecol, esteróides,
flavonódes e terpenos. Em seu óleo essencial estão presentes E cariofileno, E nerolidol,
espatulenol, oxido de cariofileno, germacreno D, biciclogermacreno, elemol, β-pipeno.
Candida tropicalis é uma causa freqüente de candidemia em hospitais, sendo considerada a
segunda espécie em termos de virulência e importância clínica nos anos recentes. A infecção
pode ocorrer em pacientes de todas as idades, mas acomete pacientes adultos e idosos com
maior freqüência. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade de 2 frações
(Hexano/Acetato) do extrato etanólico de P. umbellata frente a Candida tropicalis. Material
e métodos: Partes aéreas de P. umbellata foram moídas e extraídas com etanol 70% e a
seguir submetidas ao particionamento com hexano/acetato de etila 9:1 e 8:2 (H9:1 e H8:2,
respectivamente). A determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi adaptada
segundo metodologia CLSI, M27-A3 (2008) frente a Candida tropicalis (ATCC 750) utilizando
microplacas de 96 poços. Resultados e discussão: As frações H9:1 e H8:2 de P. umbellata
apresentaram atividade contra C. tropicalis com Concentração Inibitória Mínima (CIM) de
1250 ug/mL e 625 ug/mL, respectivamente. Conclusão: Estes resultados demonstram
potencialidade da espécie como agente antifúngico e para tanto novos testes devem ser
realizados, procurando determinar a substância ou grupo de substâncias relacionadas com a
ação. Apoio: PADC/FCF

91
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

10.01
MATERIAL DE ORIENTAÇÃO DE PRODUTO FITOTERÁPICO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
E PACIENTES ATENDIDOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Braz T1, Kato ETM1


1
Universidade de São Paulo - Departamento de Farmácia

Introdução: A busca por plantas medicinais é crescente na sociedade brasileira, o que torna
necessária a análise do uso racional de espécies utilizadas na terapêutica e a divulgação de
informações, para profissionais de saúde e pacientes, das espécies disponíveis para uso no
Sistema Único de Saúde (SUS). Material e Métodos: 1) identificou-se a principal categoria de
doenças que acomete crianças tratadas neste serviço, a partir da base de dados DATASUS; 2)
as espécies com indicações terapêuticas correlacionadas à categoria da doença identificada
inicialmente foram selecionadas no Formulário Fitoterápico Nacional (FFN) da Famacopéia
Brasileira; 3) selecionou-se a espécie que constasse na Relação Nacional de Medicamentos
(RENAME) a qual é ofertada para pacientes atendidos no SUS; 4) realizou-se revisão na
literatura científica desta espécie a fim de elaborar o material de orientação (MO) para
profissionais de saúde e pacientes. Resultados e Discussão: Pela análise do DATASUS, as
doenças respiratórias são as que acometem prioritariamente as crianças. O FFN apresentou
8 espécies com indicações direcionadas às doenças do aparelho respiratório, das quais a
espécie Mikania glomerata Sprengel é contemplada na RENAME. A revisão bibliográfica da
espécie apresentou dados de produção, eficácia e segurança, que subsidiaram a elaboração
do material de orientação. Conclusão: O trabalho possibilitou a seleção de uma espécie
vegetal de acordo com as características epidemiológicas identificadas no SUS, bem como o
aprofundamento quanto à produção, eficácia e segurança da mesma. A elaboração do MO
mostrou-se uma ferramenta viável e didática para a ampliação do uso racional de
medicamentos de origem vegetal.

92
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.01
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO ALHO (Allium sativum L.) SOBRE O COLESTEROL PLASMÁTICO
EM COELHOS COM HIPERCOLESTEROLEMIA INDUZIDA

Alves MJQF1, Klassa B1, Groselli MM1, Tardivo ACB1


1
Instituto de Biociencias/UNESP – Fisiologia

A utilização de plantas no, tratamento de doenças ou como meio curativo é uma tradição
popular e altamente difundida, e muitos trabalhos abordam as propriedades terapêuticas e
farmacológicas do alho na redução das hiperlipidemias. O objetivo deste estudo foi
investigar a influência do tratamento com extrato aquoso (E.A.) do alho (Allium sativum L.)
sobre o colesterol plasmático, em coelhos com hipercolesterolemia experimental. Os
animais foram divididos em G1 (grupo controle) e G2 (grupo tratado com alho). O
experimento foi desenvolvido em três fases, na 1a fase os animais receberam dieta comercial
de coelhos para avaliar o nível basal de colesterol nos animais; na 2a fase, todos os animais
passaram a receber dieta suplementada com gema de ovo até o final do experimento, para
desenvolver hipercolesterolemia, e na 3a os animais do grupo G2 receberam o tratamento
com E.A. de alho. O colesterol na 1a fase foi de 39,94 ± 9,57 mg dL-1. Na 2a fase houve
elevação significativa (p<0,05) no nível de colesterol plasmático nos dois grupos - acima de
100 mg dL-1. Com relação ao tratamento (3ª fase), o alho não promoveu redução no
colesterol plasmático dos coelhos. Os resultados apresentados permitem concluir que o alho
(Allium sativum), nas condições experimentais propostas, não foi eficaz em reduzir o
colesterol total plasmático, em coelhos submetidos à hipercolesterolemia experimental,
contrapondo os dados da literatura.

93
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.02
EFEITOS DO MARACUJÁ (Passiflora edulis f. flavicarpa), IN NATURA, SOBRE O NÍVEL DE
COLESTEROL PLASMÁTICO EM COELHOS COM HIPERCOLESTEROLEMIA EXPERIMENTAL.

Alves MJQF1, Groselli MM1, Okawabata FS1, Damasceno BF1, Moraes MB1, Tardivo ACB1
1
Instituto de Biociencias/UNESP – Fisiologia

Várias pesquisas tem mostrado o potencial do maracujá (casca, fruto e semente) para fins
terapêutico. As dislipidemias são alguns dos principais fatores de risco conhecidos e
comprovados na causa da doença coronariana e acidente vascular cerebral. O objetivo foi
deste trabalho foi investigar os possíveis efeitos da casca e da polpa com semente da espécie
de Passiflora edulis f. flavicarpa, sobre o nível de colesterol, em coelhos com
hipercolesterolemia induzida. Os animais foram colocados aleatoriamente em gaiolas
metabólicas a fim de compor três grupos experimentais: G1(controle), G2 (tratado com a
polpa/semente) e G3 (tratado com a casca do maracujá). O protocolo experimental era
dividido em três fases: na 1a fase (32 dias), os coelhos recebiam ração normal, na 2ª fase (44
dias), foram alimentados com ração suplementada com gema de ovo (RS) e na 3ª fase (40
dias), os animais continuavam recebendo RS, nos animais de G1 só a RS e nos G2 e G3 os
coelhos recebiam RS polpa e casca de maracujá, respectivamente. O nível de médio de
colesterol normal (1ª Fase) foi de 41,46 mg/dL e após a suplementação (2ª fase), os coelhos
do G1, G2 e G3 apresentaram aumento no nível de colesterol significativo (p<0,05) e
181,94%, 266,34% e de 270,68%, respectivamente. Após o tratamento com polpa e casca de
maracujá (G2 e G3), os animais apresentaram redução significativa (p<0,05) no nível de
colesterol (mais ou menos 50%). Os dados deste trabalho comprovam que o maracujá in
natura apresentou redução significativa no nível de colesterol.

94
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.03
ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA DE PLANTAS MEDICINAIS CULTIVADAS NO RECÔNCAVO
BAIANO FRENTE AS LINHAGENS CELULARES K562, MCF-7 e MDA-231

Juiz PJL1, Gambari R2, Piva R2, Brognara E2, Silva F3, Alves RJC4, Lucchese AM5, Uetanabaro
APT6
1
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências da Saúde, 2Università
Degli Studi di Ferrara - Departamento de Bioquímica e Biologia molecular, 3Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia - Centro de Ciências Agrárias, 4Universidade Estadual de
Feira de Santana - Departamento de Biologia, 5Universidade Estadual de Feira de Santana -
Departamento de Ciências Exatas, 6Universidade Estadual de Santa Cruz - Departamento de
Ciências Biológicas.

Mais de 60% dos agentes anticâncer usados atualmente são derivados, direta ou
indiretamente de produtos naturais. Este trabalho teve como objetivo estudar a atividade
antitumoral de óleos essenciais, compostos presentes nos óleos essenciais (metil cinamato,
citral, linalol, cariofileno, limoneno e carvona) e extratos metanólicos das plantas Ocimum
americanum, Ocimum basilicum, Chenopodium ambrosioides, Mentha x villosa e Lippia alba
sobre linhagens celulares MCF-7 e MDA-231 de câncer de mama e K562 de leucemia. As
linhagens tumorais foram cultivadas na presença dos compostos para determinação da
capacidade antiproliferativa. Os resultados mostraram que a atividade antiproliferativa dos
óleos essenciais foi maior que a atividade mostrada pelos extratos metanólicos e na maioria
dos casos menor que a apresentada pelos princípios ativos testados isoladamente, sendo a
linhagem MDA-231 considerada a mais resistente, quando comparada a linhagem MCF-7 e
K562. Todas as concentrações inibitórias registradas para os óleos essenciais foram
consideradas tóxicas, entretanto os compostos majoritários presentes nos óleos essenciais,
com exceção do cariofileno e metil cinamato, mostraram atividade antitumoral em
concentrações atóxicas. O composto citral foi considerado mais ativo frente a linhagem K562
(IC50 8,61 ± 1,29 µg.mL-1) e MDA-231 (IC50 41,98 ± 7,45 µg.mL-1), já o composto linalol foi
mais efetivo frente a linhagem MCF-7 (IC50 18,86 ± 1,32 µg.mL-1). Os compostos testados
não foram capazes de induzir diferenciação eritróide em células K562, sendo os extratos
metanólicos das plantas do gênero Ocimum aqueles que mostraram as melhores atividades
antiproliferativas contra a linhagem K562.

95
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.04
CURATIVO FITOTERÁPICO: UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA EM UMA UNIDADE PILOTO
DO MUNICÍPIO DE DIADEMA – RELATOS DE CASOS.

Torres CAS1, Santos LA2, Prieto AFP3


1
Prefeitura de Diadema - saúde, 2Prefeitura Municipal de Diadema - Saúde, 3Prefeitura
Municipal de São Bernardo e Diadema – Saúde

A reparação tecidual de um trauma ou doença constitui um mecanismo complexo, embora


seja um processo sistêmico, às condições e locais favorecem um tratamento adequado que
viabiliza o processo fisiológico da cicatrização. Neste sentido, surge a indispensabilidade de
uma alternativa viável que favoreça o acesso e tratamento das lesões cutâneas que
compromete a saúde do indivíduo, família e coletividade. Às terapias alternativas como a
fitoterapia, visa uma possibilidade de cura com eficácia, toxicidade aceitável e baixo custo.
Observou-se que as espécies naturais utilizadas neste estudo foram eficazmente favoráveis
no processo de cicatrização de lesões, otimizando o tempo de reestruturação tecidual. Este
estudo propõe uma possibilidade do uso desta terapêutica como mais uma alternativa de
tratamento para estas afecções, podendo ser utilizado como projeto piloto em usuários da
atenção básica de saúde.

96
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.05
ESTUDO DO POTENCIAL ALELOPÁTICO DOS EXTRATOS DE Eugenia punicifolia SOBRE AS
SEMENTES DE PEPINO (Cucumis sativus L.)

Santos C1, Costa MF1, Kolb RM1


1
Unesp - Assis - Depto C. Biológicas

No gênero Eugenia (Myrtaceae) foram isolados flavonóides e taninos, reconhecidos


compostos aleloquímicos. Neste trabalho são apresentados os resultados dos ensaios de
alelopatia dos extratos hexânico (EHEP), acetato de metila, (EAEP), metanólico (EMEP) e
hidroetanólico 70% (EHAEP) da E. punicifolia sobre a germinação das sementes e
desenvolvimento das plântulas de pepino (comprimento da raiz principal, do hipocótilo e do
número de raízes secundárias). Os extratos foram feitos a partir de 10g folhas secas /100mL
solvente. Os ensaios foram feitos em placas de Petri, forradas com papel filtro, umedecidas
com 10 mL de extrato, secas, reumedecidas com água destilada e adicionadas 25 sementes
de pepino por placa. Os extratos foram preparados nas concentrações deuções de 100% (5
mg/mL) 75%, 50%, e 25% (controle: água destilada). O delineamento experimental foi
casualizado (N=4). Para análise estatística foi utilizado Kruskal-wallis seguido do teste de
Dunn (Bioestat 5.0). O perfil fitoquimico foi feito conforme Matos (1997). O perfil
fitoquímico dos extratos indicou a presença de flavonoides, taninos e terpenos. Apenas o
desenvolvimento das plantulas foi afetado significativamente pelos extratos; a germinação,
não. EHEP a 50% estimulou a formação das raízes secundárias, mas a partir da de 75% o
efeito foi inverso. O EAEP diminuiu todos parâmetros analisados a partir de 50%. EMEP além
de inibir todos os parâmetros causou necrose nas raízes a partir de 100%. O EHAEP
estimulou a formação de raízes secundárias em 25%, mas a partir de 75% houve a inibição
das mesmas. Este extrato inibiu o crescimento da raiz principal a partir de 50% e inibiu o
crescimento do hipocotilo a partir de 25%. Em suma, a atividade alelopática depende do
extrato utilizado e da concentração testada, sendo que o efeito alelopático inibitório mais
significativo foi observado o EMEP, o que foi atribuído uma fração mais rica em flavonoides.

97
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.06
ANÁLISE QUALITATIVA DOS CONSTITUINTES VOLÁTEIS DOS FRUTOS DE Eugenia punicifolia
Kunt DC

Duó-Bartolomeu AC1, Fiori GML2, França SC1, Pereira AMS1, Taleb-Contini SH1
1
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) - Unidade de Biotecnologia de Plantas Medicinais,
2
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP). - Núcleo de Pesquisa
em Produtos Naturais e Sintéticos (NPPNS)

Eugenia punicifolia Kunt (DC.), conhecida como pedra-ume-caá, pertence à família


Myrtaceae, uma das mais importantes devido a sua ampla distribuição em todos os
ecossistemas brasileiros. Esta espécie é popularmente indicada no tratamento de infecções
e da diabetes. Atividades biológicas exibidas pelo óleo essencial de frutos de espécies desta
família como acaricida, inseticida, antimicrobiana já foram comprovadas (Oliveira et al.,
2005). Considerando o potencial farmacológico e ampla distribuição, o objetivo deste
trabalho foi identificar os constituintes voláteis dos frutos de E. punicifolia extraídos por
Micro Extração em Fase Sólida (MEFS) e analisados por Cromatografia Gasosa acoplada a
Espectrometria de Massas (CG-EM). Deste modo, 1g de frutos foram extraídos por MEFS
utilizando fibra PMDS-DVB a 60ºC durante 30 minutos. A análise dos constituintes foi
realizada por CG-EM (Varian 3900) nas seguintes condições cromatográficas: coluna capilar
DB-5; temperatura do injetor e detector 240 e 230º C, respectivamente; fluxo de He: 1,0
mL/min; split: 1:20 e programação de temperatura: 60ºC – 240ºC, 3ºC/minuto. O detector
de massas operou por impacto de elétrons a 70 eV. A identificação das substâncias foi
efetuada através da comparação dos seus espectros de massas com o banco de dados do
CG-EM (NIST 62 library) e índice de retenção de Kovats (ADAMS, 1995). A extração dos
constituintes voláteis dos frutos de E. punicifolia utilizando MEFS\CG-EM, permitiu
identificar os sesquiterpenos majoritários: Caryophyllene<(E)->, Humulene<α->, Muurolene,
Biciclogermacrene, Cadinene, Germacrene B. Os resultados obtidos demonstram pela
primeira vez a eficiência do emprego da MEFS para a extração dos constituintes voláteis dos
frutos desta espécie.

98
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.07
ATIVIDADE INIBITÓRIA DE Ochroma pyramidale SOBRE HIALURONIDASE

Ferreira JF1, Barros IMC1, Viana TL1, Fagg CW2, Magalhães PO1, Silveira D1, Simeoni LA1
1
Universidade de Brasília - Faculdade de Ciências da Saúde/Campus Universitário Darcy
Ribeiro, 2Universidade de Brasília - Faculdade de Ceilândia/Campus UnB-Ceilândia

A família Bombacaceae é composta por 28 gêneros. A madeira é utilizada na construção


naval, porém existem poucos estudos da química e atividade biológica das espécies desse
gênero. A enzima hialuronidase está envolvida em vários processos fisiológicos e patológicos
e a descoberta de inibidores potentes e seletivos pode ser útil no desenvolvimento de
medicamentos ou cosméticos. O presente trabalho visa avaliar o potencial inibitório de
extratos de folhas de Ochroma pyramidale à enzima hialuronidase. Os extratos brutos foram
obtidos por maceração em hexano seguido de etanol. A atividade de inibição da enzima
hialuronidase foi verificada pelo método turbidimétrico. Os solventes utilizados para
solubilizar os extratos foram avaliados nas mesmas condições das amostras. A análise dos
extratos indicou que somente o etanólico apresentou atividade inibitória da hialuronidase
maior que 50%, fornecendo IC50 = 81,54 µg/mL. Até onde vai nosso conhecimento, é a
primeira vez que extratos de O. pyramidale são avaliados quanto à inibição dessa enzima e o
resultado obtido mostra que essa espécie encontrada em todo o país pode ser útil no
desenvolvimento de novos fármacos.

99
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.08
FICHA DE ANAMNESE NA PRÁTICA FITOTERÁPICA

Mourão VB, Gaspi FOG1


1
Pós-graduação em Fitoterapia - Fundação Hermínio Ometto - FHO/UNIARARAS

O uso de plantas medicinais data desde a antiguidade e, nas últimas décadas vem sendo
observado um ressurgimento na sua utilização como fonte de recurso terapêutico eficaz (Di
Stasi, 1996). Segundo a OMS aproximadamente 85% da população mundial utilizam plantas
ou preparações destas (Brasil, 2006). E, em países em desenvolvimento elas constituem o
principal recurso disponível para a prevenção, o tratamento e a cura de doenças (Bugno et
al., 2005). A Fitoterapia, terapêutica que utiliza plantas em diferentes preparações
farmacêuticas mas não suas substâncias ativas isoladas, possui raízes embasadas na
consciência popular (Luz Netto JR., 1998) e tem por finalidade prevenir, atenuar ou curar um
estado patológico (Vanaclocha & Folcará, 2003). Mas, atualmente essa ciência evoluiu e
sofisticou-se. O conhecimento deixou de ser visto apenas como uma tradição simplesmente
passada de gerações para gerações e se tornou uma ciência utilizada por culturas em todo o
mundo (Tomazzoni, Negrelle, Centa, 2006). A anamnese (ana = trazer de volta e mnese =
memória) é uma técnica realizada através da entrevista que busca relembrar todos os fatos
que se relacionam com a doença e à pessoa doente (Paredes, 2008; Porto, 2001). O objetivo
desse trabalho foi elaborar uma ficha de anamnese voltada para a Fitoterapia. Realizou-se
uma revisão bibliográfica e, depois de todos os dados coletados foi montada apenas uma.
Como resultado obteve-se uma ficha que proporcionou um atendimento específico e
personalizado. Concluindo-se também que a mesma ainda contribuiu para a indicação de um
tratamento com plantas com maior qualidade, eficiência e segurança.

REFERÊNCIAS
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos.
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Assistência
Farmacêutica. Brasília, 2006. 60p.
BUGNO, A. et al. Avaliação da contaminação microbiana em drogas vegetais. Revista
Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 41, n.4, p.491-7, 2005.
DI STASI, L.C. Plantas medicinais: arte e ciência - um guia de estudos multidisciplinar. São
Paulo: Universidade Estadual Paulista, 1996. 230p.
LUZ NETTO JR., N. Memento terapêutico fitoterápico do Hospital das Forças Armadas.
Brasília: EGGCF, 1998. 15 p.
PAREDES, I. Anamnese: Roteiro de estudo. 2008. 18p. Disponível em: Acessado em: 20 de
ago. 2013.
PORTO, N. Diagnóstico pneumológico. Diagnóstico e doença. In: SILVA, L.C.C. Condutas em
pneumologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001. p. 47-49.
TOMAZZONI, M.I.; NEGRELLE, R.R.B.; CENTA, M.L. Fitoterapia popular: a busca instrumental
enquanto prática terapêutica. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 15(1):115-21, 2006.
VANACLOCHA, B.V.; FOLCARÁ, S.C. Fitoterapia: vademécum de prescripción. 4.ed.
Barcelona: Masson, 2003. 1091p.

100
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.09
ATIVIDADE VIRUCIDA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Origanum vulgare FRENTE AO VÍRUS
DA ARTERITE EQUINA

Blank DE1, Correa RA1, Alves GA1, Freitag RA1, Hübner SO1, Cleff MB1,2
1
UFPel, 2UFPel – VETERINARIA

A arterite viral eqüina (EAV) é uma doença infecto-contagiosa, para o controle da


enfermidade, não existe qualquer composto para arterivirus. Extratos de plantas, tem sido
investigados com o interesse no potencial antiviral. O objetivo deste trabalho foi avaliar
atividade antiviral do extrato etanólico de Origanum vulgare (EEO) frente ao EAV. Para
obtenção dos extratos as folhas foram imersas em álcool etílico e submetidos ao
rotaevaporador. Células RK13 foram tratadas em concentrações do extrato e analisadas a
viabilidade celular. Verificou-se efeito de pré-tratamento das células com o EEO, teste após
infecção celular e efeito virucida após incubação a 37 ºC, 20 °C e 4 °C por 1 hora do EAV ou
da mistura EAV e EEO. A viabilidade das células RK13 foi detectada a partir de 12,5 µg/mL.
No ensaio em que as células foram tratadas com o EEO antes da titulação do vírus, não
foram detectadas alterações significativas nos títulos do EAV. Contudo, na atividade virucida
foi capaz de demonstrar forte ação do EEO sobre o EAV, os títulos do EAV ficaram reduzidos
de 106 para 104 quando incubados a 37 ºC e para 103 com a incubação a 20 ºC. Com o EAV a
4 ºC não resultou em diferença no título viral. É possível que ação virucida do extrato esteja
relacionada a interação dos compostos químicos presentes com moléculas existentes no
envelope viral, resultando no impedimento da penetração na célula. Conclui-se que o EEO é
virucida e pode representar bom protótipo para o desenvolvimento de novo agente
antiviral.

101
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.10
CITOTOXICIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL E EXTRATOS DE Rosmarinus officinalis

Blank DE1, Alves GA1, Correa RA1, Freitag RA1, Hübner SO1, Cleff MB1
1
Universidade Federal de Pelotas

A determinação da citotoxicidade dos extratos obtidos de plantas medicinais é uma etapa


essencial para que estes possam ser utilizados de forma segura. O presente estudo teve
como objetivo determinar a toxicidade dos óleos essenciais, extrato aquoso e etanólico de
Rosmarinus officinalis (alecrim). A citotoxicidade foi analisada em células Madin Darby
bovine kidney (MDBK), Rabbit kidney (RK 13), Madin Darby canine kidney (MDCK) e Crandell
feline kidney (CRFK), pelo método MTT. A concentração máxima não tóxica do óleo essencial
de alecrim frente a células RK13, MDBK, MDCK e CRFK foi de 0,023µg/mL. Com relação aos
extratos aquosos de alecrim, estes apresentaram concentração não tóxica de 50 µg/mL para
as células MDBK, CRFK e MDCK. Já nas células RK 13 o extrato aquoso de alecrim foi de 12,5
µg/mL. Os extratos etanólico de alecrim, apresentaram concentração não tóxica de 3,125
µg/mL frente as células CRFK e RK 13, já nas células MDBK e MDCK foi de 6,25 µg/mL. As
análises demonstraram que a citotoxicidade foi dependente do tipo de extrato, da linhagem
celular, sendo os óleos essenciais mais tóxicos que os extratos aquosos e etanólicos. A
citotoxicidade do extrato etanólico é maior quando comparada ao extrato aquoso, sendo
que o extrato aquoso de alecrim foi o menos tóxico nas células testadas.

102
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.11
RESGATE DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS

Silva MDA1, Giordani C1, Guterres KA1, Matos CB1, Lavadouro JHB1, Ratslaff K1, Albuquerque
G1, Cleff MB2
1
Universidade Federal de Pelotas, 2Universidade Federal de Pelotas - Departamento de
Clínicas Veterinárias

Introdução: São raras as pesquisas sobre o uso de plantas no tratamento de doenças em


animais e sua inserção na cultura popular. Desta forma, este trabalho, apresenta uma
pesquisa desenvolvida na Comunidade Ceval, Pelotas-RS, que teve como objetivo avaliar o
conhecimento da população local sobre utilização de plantas no tratamento de doenças em
animais, assim como identificar as plantas que são usadas com esta finalidade. Material e
métodos: Os dados foram obtidos mediante preenchimento de formulário pelos moradores
da comunidade durante os anos de 2011 e 2012. Nestes dois anos foram mencionadas pelo
nome popular 75 plantas diferentes, sendo identificadas botanicamente após no herbário do
Instituto de Biologia, UFPel. Resultados e Discussão: As plantas pertenciam às famílias
Lauraceae, Malvaceae, Asteraceae, Brassicaceae, Liliaceae, Rosacea, Moraceae,
Magnoliaceae, Anacardiaceae, Rutaceae, Crassulacea, Celastraceae, Equisetaceae,
Alismataceae, Boraginaceae, Apiaceae, Chenopodiaceae, Loranthaceae, Polygonaceae,
Aquifoliaceae, Myrtaceae, Phytolacaceae, Bignoniaceae, Passifloraceae, Piperaceae,
Fabaceae, Melastomataceae, Plantaginaceae, Punicaceae, Euphorbiaceae, Cupressaceae e
Verbenaceae. O levantamento demonstrou o uso rotineiro das plantas medicinais nesta
comunidade, devido ao fácil acesso, baixo custo e eficácia na resolução das enfermidades,
assim como revelou a importância do resgate do conhecimento popular, pois muitas pessoas
desconheciam as indicações terapêuticas e as formas de utilização das espécies vegetais
citadas e encontradas neste ambiente. Observou-se também que muitas plantas tóxicas são
utilizadas como ornamentais representando risco à saúde. Conclusão: O resgate do
conhecimento popular sobre plantas medicinais e tóxicas é de extrema importância, visto
que estas representam auxílio no tratamento de enfermidades e algumas representam risco
à saúde humana e animal.

103
RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.12
O USO DE PRODUTOS NATURAIS NA TÉCNICA DE COLORAÇÃO HISTOLÓGICA

Bocuto C1, Iannicell J1, Santos GAA2, Pardi PC1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, Laboratório de Patologia Experimental,
2
Senac

A maioria dos corantes usados em histologia comporta-se como ácidos ou bases e tendem a
formar ligações salinas com radicais ionizáveis presentes nos tecidos. A coloração é
realizada com a finalidade de obter contraste e evidenciar os vários componentes estruturais
na secções de tecido ao nível do microscópio. Hoje em dia a maioria dos corantes usados é
de origem sintética e o custo desses muito elevado. Por este motivo o uso de corantes
naturais teria uma boa utilidade em laboratórios. Para este estudo foram preparados
misturas a base de urucum (Bixa orellana), de ruibarbo (Rheum palmatum L) e da beterraba
(Beta corolliflora), e testadas em vários protocolos experimentais, tendo como controle a
técnica de rotina pela Hematoxilina e Eosina. Para os testes foram preparadas lâminas de
fígado e rim, para comparação de identificação celular e coloração tecidual como um todo.
Todos procedimentos utilizaram protocolos específicos tendo como base a metodologia de
coloração pela Hematoxilina e Eosina, com alterações na técnica quanto a variável tempo e
calor. Os resultados das associações de urucum-ruibarbo e beterrada-ruibarbo foram
tecnicamente viáveis e atingiram os parâmetros para uma visualização segura das estruturas
estudadas, Portanto, concluímos que o uso de produtos naturais em técnicas histológicas
pode ser eficaz, mais seguro e com um custo muito reduzido em relação aos produtos
sintéticos, conseguindo com isso substituí-los.

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RPInF – Suplemento especial – XI Jornada Paulista de Plantas Medicinais

11.13

ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS HIDROALCOÓLICOS DE CRAVO DA ÍNDIA

Pereira RMS1, Teixeira A1, Costa SF1


1
Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN

Introdução: O Cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) é nativo da Indonésia. Sua flor seca é


utilizada como especiaria desde a antiguidade, empregado na culinária e na fabricação de
medicamentos. O seu óleo tem propriedades anticépticas, sendo bastante utilizado em
odontologia. O conteúdo total de óleo em cravos chega a 15%, o qual é constituído por
eugenol (70 a 80%), acetato de eugenol (15%) e beta-cariofileno (5 a 12%). Estudos revelam
que o óleo essencial apresenta propriedade anti-oxidante. Material e Método: A flor de
cravo foi adquirida comercialmente e moída até obter-se um material fino e homogêneo. O
DPPH foi obtido na Sigma-Aldrich; os solventes utilizados foram todos grau PA. O extrato foi
obtido pesando-se amostras com concentrações do cravo moído entre 2 a 20 µg/mL e
deixados sob agitação constante (27 oC, 24h) em solução de ácido acético/etanol/água. No
final do período, as soluções foram filtradas e armazenadas. A atividade antioxidante dos
extratos foi avaliada utilizando-se uma solução de DPPH 5 mM. Resultados e Discussão: Na
concentração mais baixa do extrato (2 µg/mL), a porcentagem de inibição do radical DPPH
foi de 14%. Já na concentração de 20 µg/mL, concentração dez vezes maior, observou-se
uma porcentagem de inibição do radical de 48%, quatro vezes maior. Os experimentos serão
repetidos para avaliação estatística. Serão avaliadas concentrações mais elevadas de extrato
e com tempo maior de extração, 48 e 72 horas para que possa ser determinada a
concentração de 50% de inibição. Conclusão: Como esperado os extratos de cravo-da-índia
apresentaram atividade antioxidante em concentrações da ordem de µg/mL já que
apresentam propriedade antiinflamatória. Apoio: UNIBAN.

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