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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 15575-4
EMENDA 2
14.09.2021

Edificações habitacionais — Desempenho


Parte 4: Requisitos para os sistemas de
vedações verticais internas e externas — SVVIE
Residential buildings — Performance
Part 4: Requirements for internal and external wall systems
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ICS 91.040.01

Número de referência
ABNT NBR 15575-4:2013/Em2:2021
14 páginas

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ABNT NBR 15575-4:2013/Em2:2021

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


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de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

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Esta Emenda 2 da ABNT NBR 15575-4:2013 foi elaborada no Comitê Brasileiro de


Construção Civil (ABNT/CB-002), pela Comissão de Estudo de Desempenho de Edificações
(CE-002:136.001). O Projeto de Emenda 2 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 04,
de 07.04.2021 a 06.05.2021.

Esta Emenda 2 revisa parte do conteúdo da ABNT NBR 15575-4:2013, sendo mantido o restante
do seu conteúdo inalterado.

Esta Emenda 2, de 14.09.2021, em conjunto com a Emenda 1, de 30.03.2021 e


ABNT NBR 15575-4:2013, equivale à ABNT NBR 15575-4:2021.

Esta ABNT NBR 15575-4:2021 não se aplica aos projetos de construção que tenham sido protocolados
para aprovação no órgão competente pelo licenciamento anteriormente à data de sua publicação
como Norma Brasileira, nem àqueles que venham a ser protocolados no prazo de até 180 dias após
esta data, devendo, neste caso ser utilizada a versão anterior da ABNT NBR 15575-4:2013

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Edificações habitacionais — Desempenho


Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e
externas — SVVIE

EMENDA 2

Página 1, Seção 2

Incluir:

ABNT NBR 10151, Acústica – Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas
– Aplicação de uso geral

ABNT NBR 16425-1, Acústica - Medição e avaliação de níveis de pressão sonora provenientes
de sistemas de transportes - Parte 1: Aspectos gerais

ABNT NBR ISO 10052, Acústica – Medições em campo de isolamento a ruído aéreo e de impacto
e de sons de equipamentos prediais - Método simplificado
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ABNT NBR ISO 16283-1, Acústica - Medição de campo do isolamento acústico nas edificações e nos
elementos de edificações - Parte 1: Isolamento a ruído aéreo

ISO 12354-1, Building acoustics – Estimation of acoustic performance of buildings from the performance
of elements – Part 1: Airborne sound insulation between rooms

ISO 12354-3, Building acoustics – Estimation of acoustic performance of buildings from the performance
of elements – Part 3: Airborne sound insulation against outdoor sound

ISO 16283-3, Acoustics – Field measurement of sound insulation in buildings and of building elements
– Part 3: Façade sound insulation

ISO 17534-1, Acoustics – Software for the calculation of sound outdoors – Part 1: Quality requirements
and quality assurance

Página 1 Seção 2

Excluir:

ISO 140-4, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements –
Part 4: Field measurements of airborne sound insulation between rooms

ISO 140-5, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements –
Part 5: Field measurements of airborne sound insulation of façade elements and façades

ISO 10052, Acoustics – Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service
equipment sound – Survey method

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Página 28, Seção 12

Substituir por:

12 Desempenho acústico
12.1 Generalidades

Esta Parte da ABNT NBR 15575 apresenta os requisitos e critérios para a avaliação do isolamento
acústico entre os meios externo e interno, entre as unidades autônomas e entre as dependências
de uma unidade e as áreas comuns.

É considerado o isolamento a ruído aéreo de vedações verticais internas e externas (SVVI e SVVE).

O atendimento dos valores de desempenho, estabelecidos nesta Norma, é avaliado por meio
de ensaios realizados em campo para os sistemas de vedações verticais da unidade habitacional.
Este requisito aplica-se também às SVVIE com função estrutural.

12.2 Métodos disponíveis para a avaliação

12.2.1 Descrição dos métodos


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12.2.1.1 Método de engenharia, realizado em campo

O isolamento a ruído aéreo de SVVE (fachadas) determina, em campo, de forma rigorosa, a diferença
de nível padronizada ponderada a 2 m de distância da fachada (global) da vedação externa (conjunto
fachada e cobertura, no caso de casas térreas e sobrados); nos edifícios multipisos, somente
a fachada, caracterizando, de forma direta, o comportamento acústico do sistema. O método é descrito
nas ISO 16283-3 e ISO 717-1.

O isolamento a ruído aéreo de SVVI (paredes internas) determina, em campo, de forma rigorosa,
a diferença de nível padronizada ponderada entre as unidades autônomas e entre uma unidade
e as áreas comuns, caracterizando, de forma direta, o comportamento acústico do sistema. O método
é descrito nas ABNT NBR ISO 16283-1 e ISO 717-1.

Os resultados obtidos restringem-se somente ao sistema avaliado.

NOTA O desempenho acústico de sistemas de piso em uso pode ser afetado por geometria, volumes,
detalhes de execução e pelas uniões entre os sistemas da edificação.

12.2.1.2 Método simplificado, realizado em campo

Este método permite obter a diferença de nível padronizada ponderada a 2 m de distância da fachada
da vedação externa (conjunto fachada e cobertura, no caso de casas térreas e sobrados); nos edifícios
multipisos, somente a fachada, e a diferença de nível padronizada ponderada entre os recintos
internos, em situações em que não se dispõe de instrumentação necessária para medir o tempo
de reverberação, ou quando as condições de ruído de fundo não permitem obter este parâmetro.
O método simplificado é descrito nas ABNT NBR ISO 10052 e ISO 717-1.

Os resultados obtidos restringem-se somente ao sistema avaliado.

NOTA 1 O desempenho acústico de sistemas de piso em uso pode ser afetado por geometria, volumes,
detalhes de execução e pelas uniões entre os sistemas da edificação.

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NOTA 2 A incerteza definicional é a incerteza de medição que resulta da quantidade finita de detalhes
na definição de um mensurando (ver Bibliografia). A incerteza definicional dos resultados obtidos usando
o método simplificado é, a priori, maior do que a incerteza definicional dos resultados obtidos usando
o método de engenharia

NOTA 3 É possível determinar o isolamento sonoro de componentes e elementos construtivos


em laboratório (parede, janela, porta e outros) por meio de ensaio descrito na série ISO 10140. Mais
informações são fornecidas no Anexo F.

12.2.2 Parâmetros de avaliação

Os parâmetros de avaliação adotados nesta Parte da ABNT NBR 15575 são indicados na Tabela 16.

Tabela 16 – Parâmetros acústicos de avaliação


Símbolo Descrição Norma Aplicação pertinente
ABNT NBR ISO Vedações verticais internas
Diferença de nível padronizada
DnT,w 16283-1 em edificações (sistemas
ponderada
ISO 717-1 de paredes)
Diferença de nível padronizada
ISO 16283-3 Vedações verticais externas
D2m,nT,w ponderada a 2 m de distância da
ISO 717-1 em edificações (fachadas)
fachada
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12.3 Requisito – Isolamento acústico de vedações externas

12.3.1 Critério – Isolamento a ruído aéreo de sistemas de vedações externas: fachadas

Avaliar o isolamento a ruído aéreo promovido pela vedação externa (conjunto fachada e cobertura,
no caso de casas térreas e sobrados); nos edifícios multipisos, somente a fachada).

12.3.2 Método de avaliação

Deve-se utilizar um dos métodos de campo indicados em 12.2.1 para a determinação dos valores
da diferença de nível padronizada ponderada a 2 m de distância da fachada, D2m,nT,w.

As medições devem ser executadas com portas e janelas fechadas, da maneira como as unidades
habitacionais foram entregues pela empresa construtora ou incorporadora. Para determinação
do local de medição, consultar as Tabelas 17, 18, F.9, F.10 e F.11.

12.3.3 Nível de desempenho mínimo

O sistema de vedação vertical externa (SVVE) deve apresentar nível de desempenho mínimo
de diferença de nível padronizada ponderada a 2 m de distância da fachada, D2m,nT,w, conforme
a Tabela 17.

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Tabela 17 – Critério e nível de desempenho mínimo, D2m,nT,w, de isolamento a ruído aéreo


de vedações externas (dormitórios)
D2m,nT,w
Classe de Linc
dB
ruído dB
(dormitório)
I ≤ 60 ≥ 20
II 61 a 65 ≥ 25
III 66 a 70 ≥ 30

Linc representa o nível de pressão sonora incidente na fachada do ambiente, simulado ou calculado
a partir do Ld (nível de pressão sonora representativo do período diurno) ou Ln (nível de pressão
sonora representativo do período noturno), conforme a ABNT NBR 16425-1 ou ABNT NBR 10151.
Deve-se utilizar, entre os descritores Ld ou Ln, aquele que apresentar nível mais elevado. O cálculo
de Ld e Ln pode ser realizado em programa de simulação computacional, desde que atenda aos
requisitos da ISO 17534-1.

Ld e Ln são estimados pelo resultado de medições de LAeq,T (nível de pressão sonora equivalente
ponderada em A), avaliados ao longo do período diurno (no caso do Ld) e noturno (no caso de Ln),
ou são medidos em intervalos de tempo em condições sonoras representativas desses períodos,
no entorno da localização da habitação. O parâmetro Ld e Ln pode ser estimado conforme as boas
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práticas indicadas em F.6.4.

Em situações em que os valores de Linc ultrapassarem os limites máximos indicados na Tabela 17,
mas em conformidade com a legislação vigente, há necessidade de estudos específicos.

Na impossibilidade de realização de medições sonoras, desde que justificado, Ld e Ln podem ser


estimados por meio de simulação computacional, utilizando como dados de entrada as informações
sobre o volume e as características de tráfego das vias, dos diferentes tipos de transporte localizados
no entorno da habitação, que interferem nos níveis sonoros de incidentes sobre as suas fachadas.

Esta Norma estabelece classes de ruído, considerando as fontes sonoras de quaisquer naturezas,
desde que de acordo com a legislação vigente. Em situações em que os valores calculados
ou simulados de Linc incidentes nas fachadas forem menores que os limites máximos permitidos pela
legislação vigente, deve-se adotar como Linc o valor limite da legislação vigente.

NOTA 1 Em F.6.2.2, é apresentado um método alternativo para a determinação da classe de ruído a partir
das características das fontes de ruído presentes no entorno e dos limites permitidos pela legislação vigente.

NOTA 2 Por definição, Ld e Ln obtidos caracterizam o nível médio representativo durante o período de um
ano. Portanto, com a tecnologia atual, apesar de viável, é muito difícil e demorado ser obtido por meio de
medições diretas. Em F.6.4, são apresentados procedimentos e boas práticas para orientação das condições
em que as medições sonoras são realizadas e posterior cálculo do Linc.

O Anexo F contém recomendações relativas a uma classificação de níveis de desempenho.

No caso de habitações como estúdios, lofts, quitinetes e similares, isto é, locais com mais de uma
função em um mesmo ambiente, deve prevalecer o seu uso de maior sensibilidade e, portanto, o nível
de desempenho mais restritivo deve ser atendido. Por exemplo, em um ambiente único utilizado como
dormitório e como sala e cozinha, o nível de desempenho mínimo para dormitório deve ser atendido.

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ABNT NBR 15575-4:2013/Em2:2021

Em ambientes com necessidades específicas de ventilação permanente, esta deve ser compatibilizada
ao atendimento dos requisitos de isolamento acústico.

Em F.6.3.2 a F.6.3.4, para orientação dos fabricantes e projetistas, é apresentada uma metodologia
detalhada para estimativa de D2m,nTw, a partir de valores medidos de índices de redução sonora
(R ou Rw). Adicionalmente, em F.6.3.6, são apresentados valores de referência de índice de redução
sonora ponderado (Rw), obtidos em laboratório.

12.4 Requisito – Isolamento acústico entre ambientes

12.4.1 Critério – Isolamento a ruído aéreo de sistemas de vedação vertical interna

Avaliar o isolamento a ruído aéreo promovido pelas vedações verticais entre os ambientes.

12.4.2 Método de avaliação

Deve-se utilizar um dos métodos de campo indicados em 12.2.1 para a determinação dos valores
da diferença de nível padronizada ponderada, DnT,w.

As medições devem ser executadas com portas e janelas dos ambientes fechadas, da maneira como
as unidades habitacionais foram entregues pela empresa construtora ou incorporadora.

12.4.3 Nível de desempenho mínimo


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O sistema de vedação vertical interna (SVVI) deve apresentar nível de desempenho mínimo
de diferença de nível padronizada ponderada, DnT,w, conforme a Tabela 18.

Tabela 18 – Critério e nível de desempenho mínimo, DnT,w, de isolamento a ruído aéreo


de vedações internas
DnT,w
Elemento de separação
dB

Parede entre as unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), nas situações em


≥ 40
que não haja ambiente dormitório

Parede entre as unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), no caso de pelo


≥ 45
menos um dos ambientes ser dormitório

Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e as áreas comuns de trânsito
≥ 40
eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos
Parede cega entre uma unidade habitacional e as áreas comuns de trânsito eventual, como
≥ 30
corredores e escadaria dos pavimentos, nas situações em que não haja dormitório
Parede cega entre o dormitório ou sala de uma unidade habitacional e as áreas comuns de
permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esportivas, como home theater,
≥ 45
salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e
lavanderias coletivas
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall (DnT,w obtida entre as
≥ 40
unidades), nas situações em que não haja ambiente dormitório
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall (DnT,w obtida entre as
≥ 45
unidades), caso pelo menos um dos usos dos ambientes seja dormitório

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No caso de habitações como estúdios, lofts, quitinetes e similares, isto é, locais com mais de uma
função em um mesmo ambiente, deve prevalecer o seu uso de maior sensibilidade e, portanto, o nível
de desempenho mais restritivo deve ser atendido. Por exemplo, em um ambiente único utilizado como
dormitório e como sala e cozinha, o nível de desempenho mínimo para dormitório deve ser atendido.

O Anexo F contém recomendações relativas a uma classificação de níveis de desempenho.

Em F.6.3.2 a F.6.3.4, para orientação dos fabricantes e projetistas, é apresentada uma metodologia
detalhada para estimativa de DnTw, a partir de valores medidos de índices de redução sonora
(R ou Rw). Adicionalmente, em F.6.3.5, são apresentados valores de referência de índice de redução
sonora ponderado (Rw), obtidos em laboratório.

Página 56, Seção F.6

Substituir por:

F.6 Desempenho acústico

F.6.1 Generalidades

O estabelecimento do nível de desempenho acústico deve ser compatível com a proteção da


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privacidade contra a intrusão de ruído de atividades nos ambientes adjacentes, como a fala, música etc.

Diversos exemplos de cálculo e estimativa do grau de inteligibilidade podem ser encontrados


em literaturas técnicas de acústica. A Tabela F.8 apresenta uma estimativa simplificada do grau
de inteligibilidade da fala em um recinto adjacente, em função do isolamento acústico e do nível
de ruído no ambiente.

Tabela F.8 ‒ Influência de DnT,w sobre a inteligibilidade da fala para ruído no ambiente interno
em torno de 35 dB a 40 dB
Inteligibilidade da fala alta no Isolamento sonoro, DnT,w
recinto adjacente dB
Claramente audível: ouve e entende 35
Audível: ouve, mas entende com dificuldade 40
Audível: não entende 45
Não audível ≥ 50

NOTA Os valores de isolamento para alguns sistemas de parede de geminação, obtidos em ensaios
de laboratório e em campo, podem ser encontrados na Bibliografia.

F.6.2 Níveis de desempenho para sistemas de vedações verticais

F.6.2.1 Isolamento a ruído aéreo de sistemas de vedações externas ‒ Fachadas

As Tabelas F.9 e F.10 apresentam recomendações relativas a outros níveis de desempenho


de diferença de nível padronizada ponderada a 2 m de distância da fachada, D2m,nT,w.

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Tabela F.9 ‒ Critério e níveis de desempenho, D2m,nT,w, de isolamento a ruído aéreo


de vedações externas -Dormitórios
D2m,nT,w
Classe de Linc Nível de
dB
ruído dB desempenho
dormitórios
≥ 20 M
I ≤ 60 ≥ 25 I
≥ 30 S
≥ 25 M
II 61 a 65 ≥ 30 I
≥ 35 S
≥ 30 M
III 66 a 70 ≥ 35 I
≥ 40 S

Tabela F.10 ‒ Critério e níveis de desempenho, D2m,nT,w, de isolamento a ruído aéreo


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de vedações externas -Salas


D2m,nT,w
Classe de Linc Nível de
dB
ruído dB desempenho
salas

I ≤ 60 Não aplicável

II 61 a 65 Não aplicável

Não aplicável M
III 66 a 70 ≥ 30 I
≥ 35 S

Linc representa o nível de pressão sonora incidente na fachada do ambiente, simulado ou calculado
a partir de Ld (nível de pressão sonora representativo do período diurno) ou Ln (nível de pressão
sonora representativo do período noturno), conforme a ABNT NBR 16425-1 ou ABNT NBR 10151.
Deve-se utilizar, entre os descritores Ld ou Ln, aquele que apresentar o nível mais elevado. O cálculo
de Ld e Ln pode ser realizado em programa de simulação computacional, desde que atenda aos
requisitos da ISO 17534-1.

Ld e Ln são estimados pelo resultado de medições de LAeq,T (nível de pressão sonora equivalente
ponderada em A), avaliados ao longo do período diurno (no caso do Ld) e noturno (no caso de Ln),
ou são medidos em intervalos de tempo, em condições sonoras representativas desses períodos,
no entorno da localização da habitação. O parâmetro Ld e Ln pode ser estimado conforme as boas
práticas indicadas em F.6.4.

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Em situações em que os valores de Linc ultrapassarem os limites máximos indicados na Tabela 17,
há necessidade de estudos específicos. Nestes casos, deve-se considerar:

Dormitórios: D2m,nT,w = Linc - 40 (mínimo) / Linc - 35 (intermediário) / Linc - 30 (superior)

Salas: D2m,nT,w = Linc - 40 (intermediário) / Linc - 35 (superior)

Na impossibilidade de realização de medições sonoras, desde que justificado, Ld e Ln podem ser


estimados por meio de simulação computacional, utilizando como dados de entrada as informações
sobre o volume e as características de tráfego das vias, dos diferentes tipos de transporte localizados
no entorno da habitação, que interferem nos níveis sonoros de incidentes sobre as suas fachadas.

Esta Norma estabelece classes de ruído, considerando as fontes sonoras de quaisquer naturezas,
desde que de acordo com a legislação vigente. Em situações em que os valores calculados
ou simulados de Linc incidentes nas fachadas forem menores que os limites máximos permitidos pela
legislação vigente, deve-se adotar como Linc o valor-limite da legislação vigente.

NOTA 1 Em F.6.2.2, é apresentado um método alternativo para a determinação da classe de ruído a partir
das características das fontes de ruído presentes no entorno e dos limites permitidos pela legislação vigente.

NOTA 2 Por definição, Ld e Ln obtidos caracterizam o nível médio representativo durante o período
de um ano. Portanto, com a tecnologia atual, apesar de viável, é muito difícil e demorado ser obtido por
meio de medições diretas. Em F.6.4, são apresentados procedimentos e boas práticas para orientação das
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condições em que as medições sonoras são realizadas e posterior cálculo do Linc

No caso de habitações como estúdios, lofts, quitinetes e similares, isto é, locais com mais de uma
função em um mesmo ambiente, deve prevalecer o seu uso de maior sensibilidade e, portanto, o nível
de desempenho mais restritivo deve ser atendido. Por exemplo, em um ambiente único utilizado como
dormitório e como sala e cozinha, o nível de desempenho mínimo para dormitório deve ser atendido.

Em ambientes com necessidades específicas de ventilação permanente, esta deve ser compatibilizada
ao atendimento dos requisitos de isolamento acústico.

F.6.2.2 Método alternativo para determinação da classe de ruído

Esta Subseção apresenta um método alternativo para a determinação da classe de ruído, com base
no Linc, para situações específicas. Neste método, utiliza-se o limite legal do período diurno de ruído
ambiental como valor de Linc para a determinação da classe de ruído da edificação e, assim, são
dispensados medições e estudo de propagação sonora. O método pode ser utilizado, se atendidas
as seguintes condições:

 a) em um raio de até 1 km dos limites do terreno, não existir ferrovia;

 b) o empreendimento estiver a uma distância mínima de 2d da curva de ruído de 65 dB do plano


específico de zoneamento de ruído de aeródromos (PEZR) ou a uma distância mínima de 3d
da curva de ruído de 65 dB do plano básico de zoneamento de ruído de aeródromos (PBZR),
sendo que d é distância entre as curvas de ruído de 70 dB e 65 dB, no caso do PEZR, e entre
as curvas de ruído de 75 dB e 65 dB, no caso do PBZR, determinada traçando-se uma reta
do limite da cabeceira mais próxima até a fachada da edificação;

 c) em um raio de até 200 m dos limites do terreno, só existirem vias com passagem de no máximo
500 veículos com motor a combustão por hora;

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ABNT NBR 15575-4:2013/Em2:2021

 d) em um raio mínimo de 100 m dos limites do terreno, não existirem:

● Vias com aclives ou declives acentuados além de 5%;

● passagens de mais de 60 veículos pesados por hora;

NOTA 1 Convém lembrar que a ABNT NBR 15575-4 estabelece as classes de ruído, considerando
as fontes sonoras de quaisquer naturezas, desde que estejam de acordo com a legislação vigente. No âmbito
federal, a resolução Conama 01/1990 remete aos parâmetros estabelecidos na ABNT NBR 10151. Além
disso, podem existir legislações municipais ou estaduais, definindo limites de ruído.

NOTA 2 Alguns municípios já discutem a elaboração de mapas oficiais de ruído como ferramenta estratégica
de controle de poluição sonora nos centros urbanos. Estes documentos são geralmente produzidos
em escala urbana para serem utilizados no planejamento das cidades, sem a precisão necessária para
obtenção direta do Linc de uma edificação. No entanto, novos métodos simplificados para determinar
a classe de ruído podem ser desenvolvidos a partir da existência de mapas de ruído estratégicos oficiais
dos municípios.

NOTA 3 Para definição de veículo pesado, verificar legislação pertinente do Conselho Nacional de Trânsito.

NOTA 4 O volume de veículos verificado a época de elaboração de projeto pode se modificar ao longo
da vida útil da edificação, e por isso é importante registrar os dados de coleta e verificar a existência de projetos
de ampliação previstos pela administração pública que podem afetar a definição da classe de ruído. Sendo
assim, não é possível utilizar dados coletados em período distintos para questionar a aplicação do Método
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Alternativo. Havendo dados históricos de sistemas de monitoramento do trânsito de fontes oficiais, estes
podem ser utilizados. Na ausência de dados oficiais o levantamento pode ser feito por meio observacional
e documental, da média do volume de tráfego (período do dia ou noite, considerando o mais crítico), sendo
efetuados registros sobre o volume de trânsito ocorrente na região.

NOTA 5 Para fontes sonoras que não sejam provenientes de sistemas de transporte e que ultrapassem
os limites indicados na legislação e normas aplicáveis para a localidade, o Linc a ser utilizado é o indicado
pela legislação vigente.

F.6.2.3 Isolamento a ruído aéreo de sistemas de vedações verticais internas

A Tabela F.11 apresenta recomendações relativas a outros níveis de desempenho da diferença


de nível padronizada ponderada entre os ambientes, DnT,w.

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Tabela F.11 ‒ Critério e níveis de desempenho, DnT,w, de isolamento a ruído aéreo de vedações
verticais internas
DnT,w Nível de
Elemento de separação
dB desempenho
40 a 44 M
Parede entre as unidades habitacionais autônomas (parede de
45 a 49 I
geminação), nas situações em que não haja ambiente dormitório
≥ 50 S
45 a 49 M
Parede entre as unidades habitacionais autônomas (parede de
50 a 54 I
geminação), no caso de pelo menos um dos ambientes ser dormitório
≥ 55 S

Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e as 40 a 44 M


áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos 45 a 49 I
pavimentos ≥ 50 S

Parede cega entre uma unidade habitacional e as áreas comuns de 30 a 34 M


trânsito eventual, como corredores e escadaria dos pavimentos, nas 35 a 39 I
situações em que não haja ambiente dormitório ≥ 40 S
Parede cega entre o dormitório ou sala de uma unidade habitacional 45 a 49 M
e as áreas comuns de permanência de pessoas, atividades de lazer
50 a 54 I
e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão
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de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e


≥ 55 S
lavanderias coletivas

Conjunto de paredes e portas de unidades distintas, separadas pelo 40 a 44 M


hall (DnT,w obtida entre as unidades), nas situações em que não haja 45 a 49 I
ambiente dormitório. ≥ 50 S

Conjunto de paredes e portas de unidades distintas, separadas pelo hall 45 a 49 M


(DnT,w obtida entre as unidades), caso pelo menos um dos ambientes 50 a 54 I
seja dormitório. ≥ 55 S

F.6.3 Método para estimativa do isolamento a ruído aéreo e valores de referência

F.6.3.1 Generalidades

Nesta Subseção, é apresentado um modelo de cálculo para estimativa do isolamento acústico a ruído


aéreo (DnT,w e D2m,nT,w) de sistemas de vedação vertical de uma edificação, a partir das características
dos diferentes elementos construtivos que a compõem. Caso não seja possível utilizar este modelo
de cálculo, são apresentados valores de referência de isolamento acústico do elemento separador
(Rw), obtidos em laboratório pela série ISO 10140.

NOTA Em campo, o isolamento a ruído aéreo de vedações verticais internas (DnT,w) e de vedações
externas (D2m,nT,w) depende, além do isolamento acústico do elemento separador (R, Rw), das diferentes vias
de transmissões por flancos por meio dos elementos de contorno, isto é, depende dos seguintes parâmetros:

 a) massa específica e isolamento acústico (R, Rw) do elemento separador;

 b) massa específica e isolamento acústico (R, Rw) do elemento de contorno (flancos);

 c) dimensões dos elementos construtivos;

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 d) tipos de uniões entre os elementos construtivos;

 e) geometria e volumetria dos ambientes;

 f) formas das fachadas.

F.6.3.2 Método para estimativa do isolamento a ruído aéreo de vedações verticais externas

Para estimativa do desempenho em campo da diferença de nível padronizada ponderada a 2 m de


distância da fachada (D2m,nT,w), pode ser utilizado o modelo de cálculo estabelecido na ISO 12354-3,
que permite estimar o desempenho de isolamento acústico a ruído aéreo em edificações a partir das
características acústicas dos elementos.

F.6.3.3 Método para estimativa do isolamento a ruído aéreo de vedações verticais internas

Para estimativa do desempenho em campo da diferença de nível padronizada ponderada (DnT,w), pode
ser utilizado o modelo de cálculo estabelecido na ISO 12354-1, que permite estimar o desempenho
de isolamento acústico a ruído aéreo de edificações a partir das características acústicas dos
elementos.

F.6.3.4 Dados de entrada (caracterização de elementos construtivos)

Para a aplicação dos modelos de cálculo indicados em F.6.3.2 e F.6.3.3, é necessária a caracterização
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dos elementos construtivos envolvidos por meio de parâmetros normalizados. Estes parâmetros são
obtidos mediante ensaios de laboratórios com câmaras padronizadas, conforme a ISO 10140. Caso
não existam resultados de ensaios de laboratório disponíveis, em algumas situações, podem-se
fazer estimativas a partir de modelos matemáticos de cálculo, que utilizam outras características com
densidade e módulo de elasticidade, entre outros.

Para os elementos de separação vertical (paredes), devem-se se determinar no mínimo os seguintes


parâmetros:

 a) os elementos de separação vertical (paredes) devem ser caracterizados com o índice de redução
sonora (R) ou com o índice de redução sonora ponderado (Rw);

 b) os elementos sobrepostos a paredes devemser caracterizados com a melhoria do índice


de redução sonora (ΔR) ou melhoria do índice de redução sonora ponderado (ΔRw);

 c) as esquadrias devem ser caracterizadas com o índice de redução sonora (R) ou com o índice
de redução sonora ponderado (Rw).

NOTA 1 Para estimar o isolamento acústico de um sistema construtivo com diversos elementos,
é necessário o Rw de cada um deles, para depois calcular o isolamento global do conjunto.

NOTA 2 Para o desenvolvimento de estudos de estimativa de isolamento que têm como objetivo o cálculo
dos critérios de DnTw e D2m,nTw, ainda durante a fase de projeto do empreendimento, é importante que
os fabricantes dos sistemas e elementos de vedação vertical forneçam aos projetistas e consultores
os resultados dos ensaios de laboratório, com câmaras padronizadas, conforme a ISO 10140, referentes
ao índice de redução sonora (R) e ao índice de redução sonora ponderado (Rw).

F.6.3.5 Valores de referência, Rw, para vedações verticais internas

Na Tabela F.12, são apresentados valores de referência de índices de redução sonora ponderados,
Rw, para sistemas de vedações verticais internas, considerando os ensaios realizados em laboratório.

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A Tabela F.12 é separada em valores para sistemas leves (sistemas com densidade superficial menor
de 60 kg/m2, como drywall) e pesados (sistemas monolíticos com densidade superficial maior ou igual
a 60 kg/m2, como alvenaria).

Os índices Rw devem ser obtidos por ensaios em laboratórios com câmaras padronizadas, conforme
a ISO 10140. Caso não existam resultados de ensaios de laboratório disponíveis, podem-se fazer
estimativas a partir de modelos matemáticos de cálculo.

Tabela F.12 – Valores de referência, Rw, de isolamento a ruído aéreo de vedações verticais
internas –Nível de desempenho mínimo
Rw Rw
(sistemas (sistemas
Elemento
pesados) leves)
dB dB
Parede entre as unidades habitacionais autônomas (parede de
≥ 43 ≥ 45
geminação), nas situações em que não haja ambiente dormitório
Parede entre as unidades habitacionais autônomas (parede de
≥ 48 ≥ 50
geminação), caso pelo menos um dos ambientes seja dormitório
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e as áreas
≥ 43 ≥ 45
comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos
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Parede cega entre uma unidade habitacional e as áreas comuns de trânsito


eventual, como corredores e escadaria dos pavimentos, nas situações em ≥ 33 ≥ 35
que não haja ambiente dormitório
Parede cega entre o dormitório ou sala de uma unidade habitacional e as
áreas comuns de permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades
≥ 48 ≥ 50
esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão
de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas

NOTA O índice de redução sonora (R ou Rw) caracteriza exclusivamente a transmissão sonora por meio
do sistema, elemento ou componente ensaiado em laboratório, não considerando as condições de contorno
e a execução dos sistemas em obra. Por este motivo, os valores de desempenho de isolamento acústico de
um sistema instalado em campo (DnT,w) são, tipicamente, inferiores ao seu desempenho em laboratório (Rw).
Desta forma, os valores tabelados de Rw podem não levar ao atendimento do nível mínimo de desempenho
exigido para o sistema em campo por esta Norma. Por isto, recomenda-se estudar cada caso e utilizar
o método de cálculo estabelecido na ISO 12354 para resultados mais precisos (ver F.6.3.2 e F.6.3.3).

F.6.3.6 Valores de referência de Rw composto para fachadas

Na Tabela F.13, são apresentados valores de referência de índices de redução sonora ponderados,
Rw, compostos para fachadas, obtidos a partir dos valores de Rw dos elementos que constituem
a fachada, conforme a Equação F.1:

 Sp 10 -Rp 10 + Se 10 - Re 10  (F.1)
Rw composto = -10 log  
 St 

onde

Rw composto é o índice de redução sonora, considerando o conjunto parede e esquadria,


expresso em decibels (dB);

Re é o índice de redução sonora ponderado (Rw) da esquadria, expresso em decibels (dB);

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Rp é o índice de redução sonora ponderado (Rw) da parede, expresso em decibels (dB);

Se é a área da esquadria, expressa em metros quadrados (m2);

Sp é a área da parede, expressa em metros quadrados (m2);

St é a área total (parede e esquadria), expressa em metros quadrados (m2).

Os índices Rw devem ser obtidos por ensaios em laboratórios com câmaras padronizadas, conforme
a ISO 10140. Caso não existam resultados de ensaios de laboratório disponíveis, podem-se fazer
estimativas a partir de modelos matemáticos de cálculo.

Tabela F.13 – Valores de referência de Rw composto de isolamento a ruído aéreo de fachadas


(dormitórios e salas) – Nível de desempenho mínimo
Rw Rw
Classe de Linc composto composto
ruído dB (dormitório) (sala)
dB dB
I ≤ 60 25 a 29 Não se aplica
II 61 a 65 30 a 34 Não se aplica
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III 66 a 70 35 a 39 30 a 34

F.6.4 Boas práticas para caracterização do nível de pressão sonora de um período


completo, Ld e Ln

F.6.4.1 Generalidades

Para representar corretamente o nível de pressão sonora de um período completo, por exemplo, Ld
e Ln, é necessário analisar o comportamento das fontes sonoras durante o período de tempo avaliado.
Em F.6.4.2 e F.6.4.3, são apresentadas algumas recomendações de boas práticas para caracterização
de ruídos provenientes dos sistemas de transportes rodoviário, aéreo e metroferroviário.

F.6.4.2 Ruídos provenientes do transporte rodoviário (tráfego urbano)

As medições de ruídos provenientes do transporte rodoviário devem ser realizadas em condições


representativas das situações dominantes (típicas) de operação da via. Assim, recomenda-se:

 a) realizar medições e contagem de veículos nos horários típicos de tráfego de veículos da via
em questão. Para identificar a condição de trânsito típica do local, recomenda-se consultar
ferramentas online de monitoramento de volume de tráfego, órgãos de controle de tráfego da via,
entre outras. Em áreas com diversas condições típicas (áreas de alto grau de sazonalidade, como
estâncias turísticas), deve-se considerar a condição típica mais crítica;

 b) evitar medições em situação de pouco trânsito, congestionamento, finais de semana, férias
escolares e feriados. Porém, podem ocorrer situações em que a condição típica seja de pouco
trânsito;

 c) evitar também medições em condições que interfiram no trânsito e que possam ser consideradas
situações atípicas, como feiras livres, shows, eventos esportivos, passeatas e protestos;

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 d) o tempo de medição deve ser tal que compreenda a passagem de pelo menos 100 veículos
e tenha duração mínima de 10 min;

NOTA A medição é feita seguindo a recomendação das guias da Cetesb.

 e) a medição deve representar, em ambos os casos, o perfil típico de tráfego da via quanto
às categorias dos veículos (carros, motos, caminhões, ônibus etc.).

F.6.4.3 Ruídos provenientes de transportes aéreo e metroferroviário

As medições de ruídos provenientes de transportes aéreo e metroferroviário devem caracterizar


as passagens de aeronaves e composições ferroviárias. Assim, recomenda-se:

 a) realizar medições em situações típicas de operação da via ferroviária e rotas aeroviárias.
Para identificar a condição típica de operação, recomenda-se consultar ferramentas online
de monitoramento de volume de tráfego, órgãos de controle de tráfego da via, entre outras;

 b) para medição de LAeq, utilizado na estimativa de Ld ou Ln, caracterizar o ruído de 5 a 10 passagens
de aeronave e composição ferroviária, quando possível;

 c) calcular o nível equivalente (LAeq) do modal em função do nível sonoro da passagem, sua duração
e número de passagens por período de avaliação;
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 d) evitar medir próximo a estações de trens, devido à aceleração e desaceleração das máquinas,
exceto quando o futuro empreendimento estiver exposto a essas condições.

NOTA Para todos os modais citados em F.6.4.3, recomenda-se consultar a ISO 1996-2 em relação
às incertezas associadas.

Página 63, Bibliografia

Incluir:

Vocabulário Internacional de Metrologia Conceitos fundamentais e gerais e termos associados


(VIM2012), edição luso-brasileira do VIM 2012

ISO 9613-1, Acoustics – Attenuation of sound during propagation outdoors – Part 1: Calculation
of the absorption of sound by the atmosphere

ISO 9613-2, Acoustics – Attenuation of sound during propagation outdoors – Part 2: General
method of calculation

Association of Australian Acoustical Consultants, 2010.

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