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14/12/2022 08:34 ESTUDOS BÍBLICOS

ESTUDOS BÍBL
Subsídios para Pregadores, Conferêncistas, Professores,

  Pedidos de Oração e-
►RÁDIO CRISTÃ

IMERSOS NO ESPÍRITO NOS ÚLTIMOS DIAS

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Os que
são com
não se
sempre
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Texto Base: Ezequiel 47.1-12


”Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” (João 7:38). Livro:
Ezequiel 47:
Toda a B
1.Depois disso, me fez voltar à entrada da casa, e eis que saíam umas águas de debaixo do umbral da casa, para o oriente; porque a face da casa
olhava para o oriente, e as águas vinham de baixo, desde a banda direita da casa, da banda do sul do altar. Palavra(s)
2.E ele me tirou pelo caminho da porta do Norte e me fez dar uma volta pelo caminho de fora, até a porta exterior, pelo caminho que olha para o
oriente; e eis que corriam umas águas desde a banda direita.

3.Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam
pelos tornozelos.

4.E mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que
me davam pelos lombos. ►LE
Pedidos
5.E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, de oração aqui,
ribeiro
pelo qual não se podia passar. Deus é Fiel e Justo!
6.E me disse: Viste, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à
margem do ribeiro.

7.E, tornando eu, eis que à margem do ribeiro havia uma grande abundância de árvores, de uma e de outra banda.

8.Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à cam­pina, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas.

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9.E será que toda criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros viverá, e haverá muitíssimo peixe; porque lá chegarão
essas águas e sararão, e viverá tudo por onde quer que entrar esse ribeiro.

10.Será também que os pescadores estarão junto dele; desde En-Gedi até En-Eglaim, haverá lugar para estender as redes; o seu peixe, segundo
a sua espécie, será como o peixe do mar Grande, em multidão excessiva.

11.Mas os seus charcos e os seus lamaceiros não sararão; serão deixados para sal.

12.E junto do ribeiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem
perecerá o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de alimento, e a sua
folha, de remédio.

INTRODUÇÃO

Dando continuidade ao estudo do Livro de Ezequiel trataremos nesta Aula do aspecto escatológico do capítulo 47, destacando a imersão do povo
de Deus no Espírito Santo de forma abundante no período milenial e, também, destacando a revitalização geológico do vale do Mar Morto, que se
dará nessa futura dispensação. Destacaremos o efeito milagroso das águas que fluirão de debaixo do umbral do quarto Templo (Ez.40:1,2; 47:1)
trazendo vida ao Mar Morto e à toda a região do Arabá (“profundo vale que forma a mais admirável característica da Palestina, e se estende, de
ambos os lados do Jordão, desde acima do mar da Galileia, ao norte, até ao Golfo Elanítico do mar Vermelho, constituindo uma das mais notáveis
depressões na superfície do globo”). Esse rio é semelhante ao mencionado em Apocalipse 22:1,2. Ambos estão associados ao rio que havia no
Jardim do Éden (ver Gn.2:10). O rio simboliza a vida que vem de Deus e as bênçãos que fluem de seu trono. É um rio suave, seguro e profundo,
que se expande ao fluir. À medida que essas águas sanadoras irão fertilizando as áreas estéreis do vale do Mar Morto, seguirão aumentando o
seu volume até se tornar um rio caudaloso. Essas águas descritas neste capítulo podem ser comparadas ao enchimento do crente com o Espírito
Santo.

I. SOBRE O ASPECTO ESCATOLÓGICO .

Nome
1. A nascente do rio (Ez.47:1)

“Depois disso, me fez voltar à entrada da casa, e eis que saíam umas águas de debaixo do umbral da casa, para o oriente; porque a face da
casa olhava para o oriente, e as águas vinham de baixo, desde a banda direita da casa, da banda do sul do altar”.

Ezequiel recebe a visão de uma corrente de água que nasce na porta do Templo, passa pelo Altar, pela parede sul da “porta que olha para o
oriente” e corre até o mar Morto. As águas do mar ficarão saudáveis, haverá muitíssimo peixe nelas.
E-mail *
O rio que Ezequiel viu sair do Templo atravessará as regiões árida do Arabá. A corrente de água cada vez mais profunda percorrerá seu caminho
levando vida, saúde e frutos abundantes por onda passar. Sem água, é impossível existir vida nas regiões desérticas. Água é a solução de que a
terra necessita. Jesus tomou essa imagem como base ao falar à mulher samaritana junto ao poço (João 4:7-15). Jesus é a água da vida.

A corrente de água (na verdade, um rio que cortará a região) constitui uma imagem impressionante da bênção abrangente, que fluirá no reino
milenar de Cristo. Deus habitará no Templo, e, portanto, uma fonte de bênçãos cada vez mais caudalosa se espalhará para outros lugares. Hoje,
Deus habita em nosso coração (1Co.6:19), e, portanto, uma fonte de bênçãos deve fluir para as pessoas ao nosso redor (João 7:37,38). Quando
Mensag
um homem é cheio do Espírito Santo e sua vida toca outras vidas, é natural que, de algum modo, aponte para Deus. Que desafio imenso para nós
satisfazer as condições necessárias para produzir uma benção! O rio levará vida por onde passar, um retrato claro do ministério vivificador do
Espírito Santo.

2. O Guia celestial (Ez.47:2,3a)

Enviar
“2.E ele me tirou pelo caminho da porta do Norte e me fez dar uma volta pelo caminho de fora, até a porta exterior, pelo caminho que olha
para o oriente; e eis que corriam umas águas desde a banda direita. 3.Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir;
e mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos”.
◄ARQUIVOS DE
Este Guia celestial é o mesmo que já comentamos no item 2, do tópico III, da Aula nº 11, a saber, o Anjo do Senhor, que é o próprio Javé. Nas
palavras do pr. Esequias Soares, esse Anjo fez Ezequiel sair pelo portão do Norte e dessa forma contornar o Templo no sentido horário em
direção ao Oriente. Isso porque a Porta Oriental estava fechada, como estudamos na Aula anterior – “este portão permanecerá fechado; não será
aberto. Ninguém entrará por ele, porque o Senhor, o Deus de Israel, entrou por ele. Por isso, permanecerá fechado” (Ez.44:2). No período dos dois
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Templos, a porta oriental nunca esteve trancada, e isso revela o caráter escatológico da visão de Ezequiel. Essa porta era o acesso ao recinto
sagrado e, antes de Javé, o Deus de Israel, passar por ela, aparentemente os sacerdotes também passavam por ela. Mas, depois que Deus passar
por ela para habitar entre os filhos de Israel (Ez.43:4,7), essa porta ficará fechada e, dessa forma, a tragédia de Ez.11:23 nunca mais se repetirá.
▼  d
IM
3. Os novos frutos (Ez.47:12)
N
“E junto do ribeiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha,
nem perecerá o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de
alimento, e a sua folha, de remédio”. A
A linguagem dessa passagem é escatológica e tem paralelo com o livro de Apocalipse 22:1,2. A parte final de Ez.47:12 mostra a grande variedade
de árvore frutíferas, cujas folhas não murcharão, e elas nunca deixarão de dar o seu fruto. A grande variedade de todo tipo de árvores em ambos
M
os lados do rio produzirá frutos abundantes. Nas duas margens do rio nascerá todo tipo de árvore frutífera.

Segundo o pr. Esequias Soares, essa parte interpretativa do oráculo mostra todo esse cenário de restauração e bênção para a humanidade, como
os milagres das folhas verdes dessas abundantes árvores que nunca murcharão. Seus frutos novos a cada mês produzidos ininterruptamente só
acontecerão porque serão regadas pelas águas que sairão do santuário. Assim, o Guia celestial conclui a revelação explicando que os frutos das
►  n
árvores servirão de alimento, e as suas folhas, de remédio. Essa linguagem antecipa o cenário apocalíptico do mundo vindouro que se mostra
um empréstimo da revelação de Ezequiel. Em apocalipse aparece a árvore da vida na praça da nova Jerusalém (Ap.22:2), e em Ezequiel Pedidos de oração aqui,
são
arvores abundantes nas duas margens do rio que flui do santuário. Esse quadro profético é do Milênio. O rio da visão de Ezequiel cura as águas
do Mar Morto, mas não é o mesmo do mundo vindouro descrito em Apocalipse, pois na Nova Terra não haverá mar: “o mar já não existe”
Deus é Fiel e Justo! ►  o
(Ap.22:1). Essa parte da profecia do apóstolo João mostra um aspecto do Milênio, mas não se deve confundir com ele.

►  se
II. SOBRE A IMPLICAÇÃO PNEUMATOLÓGICA

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►  ag
1. As águas (Ez.47:3-6)

“3.Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me ►  ju
davam pelos tornozelos. 4.E mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e mediu mais mil e me fez
passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos. 5.E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas
eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar. 6.E me disse: Viste, filho do homem? Então, me
levou e me tornou a trazer à margem do ribeiro”. ►  ju
Em sua visão, Ezequiel foi levado para observar a corrente de água fluindo do Templo. O rio se torna cada vez mais largo, mas sem que afluentes
despejassem suas águas nesse rio – algo evidentemente milagroso e simbólico. O Guia angelical faz o profeta testar a profundidade do rio num
intervalo de mil côvados (cerca de quinhentos metros) à medida que o rio deixa o Templo e vai em direção ao seu destino. Na primeira vez, as ►  m
águas batiam nos tornozelos (Ez.47:3); depois davam pelos joelhos (Ez.47:4); em seguida, nas alturas dos lombos; e, finalmente, as águas eram
profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar (Ez.47:5). Na visão, o profeta atravessou o ribeiro nadando,
mas depois o Guia celestial levou-o de volta para a margem do ribeiro (Ez.47:6). Qual o propósito disso? Segundo o pr. Esequias Soares, era
necessário que Ezequiel visse a extensão e a profundidade do ribeiro para reconhecer a fonte de todos esses milagres; eles provêm de Deus ►  a
como um filete de águas e se tornam um ribeiro capaz de fertilizar uma terra seca localizada numa região extremamente árida. Essa experiência
da imersão do profeta nas águas tem implicações teológicas profundas (João 7:37-39).

Em João 7:38 Jesus fala de rios que fluem, que correm, que levam vida limpa e pura. São rios de águia viva, e não agua morta; água limpa e não ►  m
água suja. Jesus tem vida santa, pura e limpa para qualquer ser humano. Seu sangue purifica o ser humano; Ele dá à pessoa o lavar regenerador
do Espírito Santo. O mundo oferece prazeres, e as pessoas estão se empanturrando de drogas, imoralidade e álcool, intoxicando a alma de
impurezas. Essas coisas geram um vazio na alma, mas Jesus oferece rios de água viva que proporcionam vida verdadeira. William Hendriksen
diz que não somente aqueles que bebem da fonte, Cristo, recebem satisfação eterna em si mesmos – vida eterna e completa salvação – mas,
►  fe
somando a isso, a vida, de uma maneira generosa, é comunicada a outros. O que é abençoado se torna, pela graça soberana de Deus, um canal
de bênçãos abundantes para outros.

Um rio pode trazer vida a um deserto; o exemplo disso é o rio Nilo. O Egito é um presente do Nilo. Noventa e seis por cento das terras do Egito
►  ja
não são cultiváveis; mas, onde o rio Nilo passa, há vida. O deserto de Negueve tem florescido porque Israel está levando água para o deserto, e,
onde existe água, toda terra é terra boa. Cristo veio para dar vida plena, abundante, maiúscula e eterna. Jesus não menciona um filete de água,
um riacho de água, nem um rio; Ele fala sobre rios de água viva. Quando uma pessoa entrega sua vida a Cristo de forma consciente e deliberada,
seu deserto pode florescer. Do seu interior fluirão rios de água viva. Haverá alegria. Haverá paz. Haverá vida abundante. Quem tem Jesus tem
tudo!
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►  2020
2. O Espírito Santo

O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade Divina. Ele aparece, literalmente, em toda a Bíblia desde o Gênesis, na criação (Gn.1:2), até o
►  2019
Apocalipse (22:17). Ele é Eterno, então  Ele é Deus. Sendo Deus, Ele sempre esteve presente em todas as ações divinas em relação ao ser
humano, a começar da sua criação. Como vemos na declaração divina de Gn.1:27, ou seja, na criação do homem, toda a Trindade esteve
envolvida - “Façamos o homem conforme à Nossa imagem, conforme à Nossa semelhança". Aqui, há o emprego do verbo no plural ao mostrar
que o Deus que decidiu a criação do homem era um único Deus, mas dotado de uma pluralidade de Pessoas. O Espírito Santo é uma dessas
►  2018
Pessoas.

O apóstolo Paulo nos ordena a sermos cheios do Espírito (Ef.5:18). Mas, o que é ser cheio do Espírito Santo? É estar em Cristo nos domínios do
Espírito Santo (Atos 4:8; Ef.5:18). No dia de Pentecostes, Lucas afirma que ”todos foram cheios do Espírito Santo” (Atos 2:4). Isso está bem
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ilustrado na visão de Ezequiel inundado nas águas sanadoras que brotarão do quarto Templo de Deus (Ez.47:3-5), no Milênio. Ser cheio do
Espírito é uma experiência continua.

Às vezes a plenitude do Espírito parece ser apresentada na Bíblia como uma dádiva soberana de Deus. Por exemplo, João Batista era cheio do
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Espírito Santo desde o ventre da sua mãe (Lc.1:15). Nesse caso, a pessoa recebe a plenitude sem preencher nenhuma condição prévia. Não é
algo que obtém por obras ou orações. Deus o dá conforme o seu bel-prazer. Em Efésios 5:18, porém, o crente recebe a ordem de encher-se do
Espírito. Logo, isso requer ação da sua parte. Ele tem de cumprir certas condições. É resultado de obediência e não vem automaticamente. ►  2015
Quando devemos ser cheios? Agora. A palavra grega descreve uma ação contínua. Não devemos ser cheios apenas uma vez, mas continuar a ser
cheios, pois a plenitude do Espírito não é uma experiência única que nunca podemos perder, mas o privilégio de sermos constantemente
renovados, mediante a fé e a obediência contínuas. Precisamos ser cheios do Espírito e continuar a ser cheios todos os dias, em todos os
momentos do dia. Davi preocupava-se com isso, tanto que fez o seguinte pedido ao Senhor: “Não me lances fora da tua presença e não retires de
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mim o teu Espírito Santo” (Salmos 51:11).

É o Espírito Santo que nos convence do pecado; é Ele quem opera em nós o novo nascimento; é Ele quem nos ilumina o coração para
entendermos as Escrituras; é Ele quem nos consola e intercede por nós com gemidos inexprimíveis; é Ele quem nos batiza no corpo de Cristo; é
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Ele quem testifica com o nosso Espírito que somos filhos de Deus; é Ele quem habita em nós. Jamais devemos ficar vazios do glorioso Espírito
Santo.
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3. Imerso nas águas e no Espírito (Ez.47:3-5) ►  2011
A água é o maior símbolo da implicação pneumatológica de Ezequiel 47. Ao longo dos séculos, cristãos de todos os ramos do cristianismo
reconhecem a estreita ligação teológica das águas com o Espírito Santo. Ezequiel imerso nessas águas pode perfeitamente ser comparado ao
crente cheio do Espírito Santo, visto que a água é um dos símbolos do Espirito Santo (1João 5:6), e nenhum livro do Antigo Testamento revela a
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identidade, os atributos e as obras do Espirito Santo como Ezequiel. Isso está bem ilustrado na visão de Ezequiel inundado nas águas sanadoras
que brotam do Templo de Deus (Ez.47:3-5). As águas terapêuticas do rio da visão de Ezequiel, que saem de debaixo do umbral do Templo,
apontam para Cristo e o Espirito Santo. O Espírito Santo é indispensável na vida do povo de Deus. A água refresca, refrigera e dá uma sensação
de tranquilidade e bem-estar, e é isso que o Espírito Santo realiza na vida do crente (Is.44:3). Ele será derramado de forma abundante no Milênio,
►  2009
conforme mostra a visão de Ezequiel. O profeta Ezequiel profetizou um derreamento do Espírito Santo para a purificação (Ez.36:25,33) e a
capacitação dos purificados (Ez.36:27).
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III. SOBRE O CONTEXTO GEOLÓGICO DO VALE DO MAR MORTO
►  2007
Pedidos de oração aqui,
Deus é Fiel e Justo!
►  2006
1. A abundância de árvores (Ez.47:7)

“E, tornando eu, eis que à margem do ribeiro havia uma grande abundância de árvores, de uma e de outra banda”. ◄PARCEIROS►

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Na visão havia “uma grande abundância de árvores, de uma e de outra banda”. As águas da visão de Ezequiel são sanadoras e milagrosas; elas
fertilizam todas as áreas estéreis do vale do Arabá e saram as águas do mar Morto levando vida ao mar e às suas margens. A visão desse rio é
literal, mostra o profeta imerso nele até o pescoço, águas vivificadoras que fluem do Templo do Milênio. Na visão é mencionado o Mar Morto,
pescadores, peixes reais. Aquilo que Ló viu no dia que fez a escolha proposta por Abraão, voltará a ser novamente como resultado das bênçãos
das águas vivificadoras. O que Ló viu? Ele “viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do Senhor ter destruído Sodoma e
Gomorra, e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar” (Gn.13:10). É isso que vai ocorrer no Milênio, quando
esse rio surgir. A vida voltará novamente aonde o pecado de Sodoma e Gomorra trouxe morte e esterilidade.

2. O Mar Morto (Ez.47:8)

“Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à cam­pina, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as
águas”.

O Mar Morto é um mar de água extremamente salgada localizado no Oriente Médio, mais precisamente na divisa dos territórios de Israel e
Jordânia. "O nível de sal nas águas do Mar Morto encontra-se próximo aos 35%, sendo muito superior à média dos outros mares e oceanos, que
costumam ter um grau de salinidade em torno de 5%. Isso ocorre porque ele é um mar fechado, ou seja, cercado de terra por todos os lados, de
forma que sua única fonte de abastecimento é o rio Jordão. Como a região é muito quente, a água evapora-se muito rápido, mas os minerais não,
o que contribui para a elevada quantidade de sal".

Mas por que o  Mar Morto  possui esse nome? A origem do nome do  Mar Morto  deve-se ao fato de esse  mar  não oferecer condições para a
manutenção de espécies de seres vivos, tanto animais quanto vegetais. Por isso, na impossibilidade de haver vida, diz-se que ele é morto.

Na visão de Ezequiel, a chegada das águas vivificadoras advindas do Templo reviverá o Mar Morto e o resultado é a grande multiplicidade de
peixes como no Mar Mediterrâneo, o ”mar grande” (Ez.47:10). A descrição do texto é de um conjunto de milagres: a fonte do rio, a travessia até o
Mar Morto, a fertilidade da região. O rio começa com poucas águas saindo de debaixo do Templo (Ez.47:1), e depois vai aumentando o seu
volume. O volume de águas aumenta até se tornar um ribeiro. Essas águas vão se avolumando em direção ao Mar Morto, e fertilizando a terra
árida. Essas águas sanadoras fertilizarão toda a antiga Pentápolis das cinco cidades-estados da época de Abraão: Sodoma, Gomorra, Admá,
Zeboim, Zoar (Gn.14:2). As cidades de Sodoma e Gomorra são aquelas cuja destruição trouxe esterilidade na região, de modo que ali não nasce
planta alguma, nem capim; é um deserto abrasador (Dt.20:23). No entanto, a palavra profética contempla o surgimento de grande abundância de
árvores (Ez147:7) como resultado das bênçãos das águas vivificadoras.

3. Vida no Mar Morto (Ez.47:9,10)

“9.E será que toda criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros viverá, e haverá muitíssimo peixe; porque lá
chegarão essas águas e sararão, e viverá tudo por onde quer que entrar esse ribeiro. 10.Será também que os pescadores estarão junto
dele; desde En-Gedi até En-Eglaim, haverá lugar para estender as redes; o seu peixe, segundo a sua espécie, será como o peixe do mar
Grande, em multidão excessiva”.

Este texto dispensa qualquer interpretação; ele é autoexplicativo. No Milênio, quando Cristo estiver reinando, as águas vivificadoras do rio que
nascerá debaixo do quarto Templo, fertilizará todos os espações por onde passar (Ez.47:9b), até o Mar Morto, onde a vida, que hoje não existe,
será abundante. Isto nos faz lembrar da criação no princípio (Gn.1:20,21). A palavra profética contempla os pescadores em ”En-Gedi até En-
Eglaim” lançando suas redes para apanhar peixes como no Mar Mediterrâneo (Ez.47:10), um cenário nunca visto até então na história. En-Gedi é
um pequeno oásis localizado no deserto da Judéia, próximo ao Mar Morto (Js.15:62), onde Davi se acampou quando perseguido por Saul
(1Sm.23:29; 24:1). Com relação a outra localidade – En-Eglaim -, não se sabe a sua localização com precisão; segundo alguns autores, “talvez
seja identificado com Ain Feshkha, a 30 quilômetros ao norte de En-Gedi”.

4. Sobre os charcos lamaceiros com sal que não será restaurada (Ez.47:11)

“Mas os seus charcos e os seus lamaceiros não sararão; serão deixados para sal”.

Este texto é traduzido da seguinte forma: “Mas os charcos e os pântanos não ficarão saneados; serão deixados para o sal” (NVI). Se estes locais
serão deixados para o sal é porque haverá um propósito para isso. Segundo escreveu o pr. Esequias Soares, há quem afirme que esses charcos
serão de grande utilidade para economia por causa da abundância das riquezas minerais, até para o tempero, como o sal para os sacrifícios
(Ez.43:24). O Milênio, portanto, será uma dispensação extraordinária, e ímpar, que não deve ser avaliada com base nos referenciais e parâmetros
da Era em que vivemos.

CONCLUSÃO

No Milênio, o primeiro grande acontecimento será a restauração espiritual de Israel. Israel, ao ver Jesus descer em glória acompanhado dos Seus
santos, o aceitará como o Messias. É o remanescente de Israel que, por causa desta aceitação, será salvo (Rm.9:27;11:24-26). Sendo salvo, Israel
será restaurado espiritualmente, pois passará a ter vida, pois, quem aceita a Cristo, passa da morte para a vida (Jo.5:24).
Este remanescente de Israel, que se apresenta como um exército grande em extremo e em pé (Ez.37:10), como um povo salvo, será a nação
sacerdotal planejada por Deus desde o momento em que foi selado o pacto entre Deus e Israel (Ex.19:5,6). Porém, para que Israel seja nação
sacerdotal será necessário que se arrependa dos seus pecados e aceite a Cristo como seu Salvador. Como um povo santo (Is.60:21; Sf.3:13),
porém, faz-se necessário que, para exercer o sacerdócio, seja ungido com óleo. Por isso, logo após ser restaurado espiritualmente, Israel
receberá um grande derramamento do Espírito Santo (Zc.12:10), a fim de habilitá-lo para o exercício do sacerdócio durante o período milenar. Isto
demonstra que, durante todo o milênio, Israel viverá um período de avivamento contínuo, imerso no Espírito Santo, com as gerações seguintes
sendo continuadamente ungidas pelo Espírito do Senhor, como, aliás, se encontra profetizado por Joel (Jl.2:28). O Espírito Santo, então, voltará a
ter uma atuação plena e indiscriminada, sendo agora em relação a Israel, que é a nação sacerdotal do Milênio, para onde as pessoas das demais
nações deverão acorrer para servir ao Senhor.

Postado por CDKM Soluções


Pedidos de oração aqui,
Deus é Fiel e Justo!

A VISÃO DO TEMPLO E O MILÊNIO


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Texto Base: Ezequiel 43:1-9


”E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.”
(Is.6:3). 

Ezequiel 43:

1.Então, me levou à porta, à porta que olha para o caminho do oriente.

2.E eis que a glória do Deus de Israel vinha do caminho do oriente; e a sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por
causa da sua glória.

3.E o aspecto da visão que vi era como o da visão que eu tinha visto quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que vi junto ao
rio Quebar; e caí sobre o meu rosto.

4.E a glória do SENHOR entrou no templo pelo caminho da porta cuja face está para o lado do oriente.

5.E levantou-me o Espírito e me levou ao átrio interior; e eis que a glória do SENHOR encheu o templo.

6.E ouvi uma voz que me foi dirigida de dentro do templo; e um homem se pôs junto de mim

7.e me disse: Filho do homem, este é o lugar do meu trono e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel
para sempre; e os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo, nem eles nem os seus reis, com as suas prostituições e
com os cadáveres dos seus reis, nos seus altos,

8.pondo o seu umbral ao pé do meu umbral e a sua ombreira junto à minha ombreira, e havendo uma parede entre mim e entre eles; e
contaminaram o meu santo nome com as suas abominações que faziam; por isso, eu os consumi na minha ira.

9.Agora, lancem eles para longe de mim a sua prostituição e os cadáveres dos seus reis, e habitarei no meio deles para sempre.

INTRODUÇÃO

Dando continuidade ao estudo do livro de Ezequiel trataremos nesta Aula da visão do Templo, que será reconstruído, e do Milênio.
Veremos que, após a restauração completa – nacional e espiritual - da nação de Israel, o novo Templo, o Templo do  Milênio, será
estabelecido a partir de uma nova dispensação. Israel terá, novamente, um templo, não um templo construído sem a aprovação divina,
como fora o terceiro templo, mas um em que estará a glória de Deus permanentemente. O profeta Ezequiel revela que a glória do Senhor
entrará no Templo (Ez.43:4) e estará nele para sempre. O quarto Templo, o do Milênio, será dotado de dimensões distintas e de um
cerimonial também distinto dos dois primeiros templos, pois estaremos em uma nova dispensação, em que reinará a Paz e a Justiça, cujo
Rei será o Rei da Glória.

I. SOBRE O QUE VEM DEPOIS DA RESTAURAÇÃO Pedidos de oração aqui,


Deus é Fiel e Justo!

1. A porta oriental do Templo (Ez.43:1)

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“Então, me levou à porta, à porta que olha para o caminho do oriente”.

Na Aula 04 vimos que a retirada da glória de Deus do Templo se deu em quatro estágios. No terceiro estágio a Nuvem da glória de Deus se
deslocou para a entrada da porta oriental do Templo e pairou sobre os querubins, para saída definitiva. Nesta nova visão, a glória que saiu
visite uma
retornará por esta mesma porta (Ez.43:4). Isto ocorrerá quando houver a plena restauração espiritual de Israel, e a construção do novo
Templo. O objetivo do oráculo divino é fazer o povo lembrar que quando a glória de Deus se afastou da Casa de Deus foi em direção ao
oriente (Ez.10:19; 11:23) e que o seu retorno será pelo mesmo caminho (Ez.43:4). A glória de Deus entrará por esta porta e nunca mais
será retirada do meio do seu povo e do Templo, pois a glória de Deus regressará na pessoa do Senhor Jesus, quando Ele vier reinar sobre
este mundo.

“Esta porta permanecerá fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Senhor, Deus de Israel, entrou por ela; por isso,
permanecerá fechada” (Ez.44:2). Há sugestões de que essa porta se manterá fechada por dois motivos: (a) Ela será a porta por onde o
Senhor Jesus entrará no Templo. Como uma marca de honra de um rei oriental, ninguém pode entrar pela porta que o rei entrou; (b) Foi
pela porta oriental que a glória de Deus partiu, pela última vez, no Antigo Testamento (Ez.10:18,19). Selando a porta, Deus lembrará a
todos os que estão dentro de que a Sua glória nunca mais partirá de seu povo.
Observação:
A Porta Oriental é a mais famosa e também a mais importante porta de Jerusalém. Ela dá para o vale de Quidrom, e está de frente
para o sol nascente. É mencionada por Neemias (Ne.3:29). Os cruzados chamavam-na de porta dourada. A entrada por essa porta
levava à Porta Formosa do Templo de Herodes (veja Atos 3:2). A tradição diz que partes dessa porta foram doadas pela rainha de
Sabá.

►FRASES DE A
2. Três observações importantes (Ez.43:2)

“E eis que a glória do Deus de Israel vinha do caminho do oriente; e a sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra
Sou mu
resplandeceu por causa da sua glória”.
vermelh
A partida da glória de Deus de seu Templo foi algo completamente devastador para Ezequiel (Ez.11:23), mas o profeta foi tomado de
grande admiração e alegria ao ter a visão do retorno dessa preciosidade. O profeta que viu a glória partindo do Tempo vê o seu retorno,
vindo “do caminho do oriente”.
música
Quando Ezequiel recebeu a incumbência de anunciar a destruição do Templo e a queda da cidade de Jerusalém, ele viu o afastamento da
glória de Javé para o Oriente como sinal de sua retirada do meio do povo; agora ele vê o retorno da glória de Deus vindo “do caminho do
de pés
oriente”. E nesse retorno o movimento de Deus ecoava como o “som de muitas águas” - isto é uma expressão metafórica para indicar o
grande poder de Deus. Em Ezequiel 1:24, esse som aparece com o ruído das asas dos seres viventes, e mais adiante em Apocalipse 1:15 Nada d
para descrever a voz de Jesus, também em Apocalipse 14:2; 19:6. Por causa da sua glória, “a terra resplandeceu”; isto faz lembrar da
visão do profeta Isaías (Is.6:3) – “E proclamavam uns aos outros: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia
da sua glória”.
disso n
A glória do Senhor, que partiu, antes da queda de Jerusalém, retornará ao Templo e o “enche” (Ez.43:5), reafirmando a presença do
Eterno “no meio dos filhos de Israel para sempre” (Ez.43:7).
se quis
Observe que a glória que vem do Monte das Oliveiras está personificada - “e a sua voz” – Ez.43:2; “plantas dos meus pés” – Ez.43:7; cf. me mud
Zc.14:14). Isto pode ser uma referência à presença de Cristo em sua glória plena, na sua segundo vinda (Mt.17:1-8; João 17:5; cf.
Ap.21:23). Quando Jesus retornar para reinar durante mil anos neste mundo, a sua glória será impressionantemente vista por todos os
moradores da Terra. O Templo será  o lugar do seu trono; dali Ele reinará para sempre entre o seu povo (Ez.43:7) e para toda a Dani Ca
humanidade do período milenial.

3- As reminiscências (Ez.43:3)

“A visão que tive era como a que eu tinha tido quando ele veio destruir a cidade e como as que eu tinha tido junto ao rio Quebar; e
eu me prostrei, rosto em terra” (Ez.43:3).

Ezequiel afirma que esta visão da glória de Deus era tão esplendorosa que ele cai com o rosto em terra, à semelhança do que ocorrera na
primeira visão junto ao rio Quebar (Ez.1:28; 43:3) - o rio Quebar é ligado ao Eufrates; ali ficava um assentamento de judeus exilados na
Babilônia.

Os elementos vistos na visão são os mesmos nos três relatos: o trono, os querubins e o santuário. As condições são diferentes, mas os
elementos são os mesmos. No capítulo 43, trata-se do retorno da glória ao santuário, depois do juízo divino cumprido na Casa de Israel.
Depois de 14 anos da destruição da Cidade Santa, Ezequiel foi levado de volta, em visão, para Jerusalém (em 573 ou 572 a.C.) - “No ano
vigésimo quinto do nosso cativeiro, no princípio do ano, no décimo dia do mês” (Ez.40:1). Essa revelação é escatológica, não é para o
contexto histórico em que vivia o profeta.

O retorno da glória de Deus, que estará novamente no Templo, certamente, ocorrerá quando da restauração espiritual de Israel, o qual se
converterá ao Senhor Jesus, aceitando-o, sem reservas, como o Messias. Neste período, o Espírito Santo será derramado copiosamente
sobre todo o povo de Israel, como foi profetizado pelo profeta Joel (Jl.1:28).

II. O TEMPLO DO MILÊNIO

“Há um contraste entre o que o profeta viu quando foi levado em visão ao Templo de Jerusalém e o que ele vê nessa última visão. Ezequiel
◄TRADUTOR►
não foi o único profeta a mencionar a referida Casa (Is.2:2-5; Jl.3:18), mas é o único a descrever o complexo do Templo com abundância
de detalhes” (LBM.CPAD).

1. Um Templo diferente

Restaurado e constituído como nação sacerdotal, Israel terá, novamente, um Templo em que estará a glória de Deus. Pedidos Muitos sede oração aqui,
embaraçam com a existência deste novo templo e pelo restabelecimento do culto com sacrifícios e demais cerimônias, achando queéisto
Deus Fiel e Justo!
não se coaduna com a redenção operada por Cristo, o Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, que cumpriu a lei e, com isto,
instaurou um novo concerto, um concerto eterno. Todavia, é preciso que nos lembremos disto: na dimensão terrena, teremos, ainda, a
necessidade de um culto, de uma religião, pois ainda não estaremos na eternidade. Faz-se, também, preciso que Deus cumpra a Sua
promessa para com Israel de lhe tornar uma nação sacerdotal e, portanto, deverá haver um sacerdócio nesta vida religiosa da dimensão
terrena. Por isso, a fim de cumprimento das promessas divinas, torna-se necessário que haja um templo e culto, o que, em momento
algum, representa qualquer invalidade do sacrifício vicário de Cristo no Calvário.

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Entretanto, o Templo do Milênio será diferente. Nele não haverá a Arca da Aliança e seus sacrifícios serão um memorial, pois será uma
nova dispensação, isto é, uma nova era em que Deus tratará com a humanidade. Outros elementos também não aparecerão: o altar de
ouro do incenso, o candelabro ou castiçal, a mesa dos pães da proposição, que havia no primeiro e no segundo Templo (2Cr.4:19,20).
Como afirma o pr. Esequias Soares, “comparado com o que se conhece da Casa de Deus em Jerusalém e do Tabernáculo, pode-se dizer que
é um templo atípico, ou seja, diferente; visto que o Tabernáculo e o Templo com toda a sua estrutura de funcionamento, rituais, peças e
sacerdotes apontavam para Cristo, e tudo isso se cumpriu nEle (Hb.9:11,12), por essa razão, não haverá necessidade desses rituais no
Milênio”. Algumas festas, como a dos Tabernáculos (Zc.14:16-19) e a Páscoa (Ez.45:21), serão reeditadas também.

2. Uma dispensação diferente

O Milênio será uma nova dispensação, ou seja, uma nova forma de o homem se relacionar com Deus. O homem se relacionará com Deus
através do governo pessoal de Cristo sobre a Terra, através da manifestação visível da justiça e do amor de Deus em todas as coisas.
Enquanto, atualmente, Deus Se mostra aos homens através da Igreja, naquela época o reino de Deus se mostrará através de muitas
coisas: da Igreja glorificada, que participará do reino de Cristo juntamente com os mártires da Grande Tribulação; do culto ao Senhor no
Templo que será erigido em Jerusalém, o quarto Templo; da natureza, que deixará de ser maldita por causa do pecado do homem, mas
passará a ser a expressão do amor e da soberania divinos e de Israel, que será, enfim, a nação sacerdotal, a propriedade peculiar de Deus
dentre os povos.

-No Milênio, a  Terra será regida,  não por monarquia, nem por democracia, nem por autocracia, mas  por uma teocracia.  O próprio Deus
regerá o mundo na pessoa do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo (Lc.1:32,33; Dn.7:13,14). Todas as formas de governo que já existiram e as
que existem falharam, umas mais, outras menos. mostrando assim que elas não são perfeitas. Mas Cristo quando reinar será diferente,
pois este será um período de completa glória divina no Seu domínio, governo, justiça e reino (Is.9:6; Is.11:4; Dt.18:18,19; Is.33:21,22;
At.3:22). A profecia inicial disto está em Gn.49:10 - “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha
Siló; e a ele se congregarão os povos”. Outras referências: Isaias 1:25,26; Daniel 7:27.

Todos os reinos da Terra estarão sob o senhorio de Cristo. Cumprir-se-á em sua plenitude Filipenses 2:10,11 - ”Para que ao nome de Jesus
se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai”.
Será realmente uma nova Era na Terra, e verdadeiramente aqueles que amam a Jesus serão sacerdotes de Deus com Ele. Os judeus serão
a cabeça federativa do governo. Daniel obteve esta mesma revelação, por parte do Espírito Santo de Deus (Dn.7:22, 27): "Até que veio o
ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. E o reino, e o domínio, e a
majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os
domínios o servirão, e lhe obedecerão”.

-No Milênio, todas as nações adorarão somente ao Senhor.  Haverá um avivamento mundial  -  “Assim, virão muitos povos e poderosas
nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos e suplicar a bênção do SENHOR. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia,
sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, dizendo: Iremos
convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco (Zc.8:22,23).

As nações serão alcançadas pelo Senhor e estarão em comunhão com Ele, vindo continuamente a adorar em Jerusalém, que será, então, a
capital do mundo. Jerusalém, hoje em dia, já é considerada a cidade que representa a confluência da adoração do Deus único, mas
somente nessa época será o verdadeiro altar do Deus Altíssimo. Estará, portanto, restabelecida a comunhão entre Deus e as nações, que
havia sido estabelecida pelo pacto noaico, mas quebrada logo a seguir com a rebelião de Babel. Esta é a prova indelével de que a “grande
Babilônia” (ou seja, o sistema mundial gentílico estabelecido em Babel) será, realmente, destruída na batalha do Armagedom.

-No Milênio, haverá Paz e Justiça na Terra. No governo humano, sob a orientação e influência de Satanás a Terra nunca conheceu a paz e
nunca foi governada com justiça. No Milênio, haverá paz e justiça na Terra - “... a justiça e a paz se beijaram”(Sl.85:10).

-Paz.  Haverá paz porque um dos nomes de Jesus é “Príncipe da Paz” (Is.9:6). “... e ele anunciará a paz às nações...” (Zc.9:10). “... e
converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem
aprenderão mais guerra. Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem o espante...”
(Mq.4:3,4).

Haverá Paz, não apenas entre as nações, não apenas entre os homens, em particular, mas também entre os próprios animais - “E morará o
lobo com o cordeiro, o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho do leão, e a nédia ovelha viverão juntas, e um menino
pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e os seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi. E brincará a
criança de peito sobre a toca da áspede, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o
monte da minha santidade...”(Is.11:6-9).

-Justiça. “E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins”(Is.11:5). O pecado gerou uma situação de injustiça,
de desigualdade entre os seres humanos. Como explica a Bíblia, todo pecado é iniquidade (1João 5:17) e, por causa do pecado, foi gerada
uma situação de domínio egoístico entre os homens. Portanto, para que Jesus desfaça todas as obras do diabo é necessário que se instale,
ainda nesta Terra, um governo de justiça, de equidade, um governo onde não haja dominação egoística e exploradora de homens sobre
homens. Por isso é necessário que haja o Milênio, para instaurar, nesta Terra onde vivemos, a justiça entre os seres humanos.

3. Um ritual diferente

No Templo do Milênio o ritual do culto será diferente do Antigo Testamento, pois alguns objetos do culto levítico deixarão de existir:
·          A Arca da Aliança. Ela será desnecessária, pois a própria glória de Deus pairará sobre todo o mundo, assim como a nuvem de glória
fizera sobre a Arca.
·         O Altar de ouro do incenso. No Antigo Testamento é descrito como o Altar "que está perante a face do Senhor" (Lv.4:18), como se não
existisse o Véu entre ele e a Arca. Portanto, era considerado em conjunto com a Arca. Ficava em frente ao Véu que separava o Lugar
Santíssimo, a mostrar que a oração é o meio pelo qual se dá o contato entre o homem e Deus. No Milênio, se a Arca da Aliança e o Véu
não existirão mais, logo o Altar de Incenso também não existirá, pois o Senhor Deus, na Pessoa de Jesus Cristo, estará presente, e as
orações serão dirigidas diretamente a Ele.
·         O Véu. No dia da morte de Cristo ele foi rasgado em dois, de cima a baixo (Mt.27:51), e não reaparecerá nesse Templo. Dessa forma,
não haverá barreira separando o homem da glória de Deus.
·         A Mesa dos Pães da Proposição. Ela não será necessária, pois o Pão vivo estará presente.
·         O Candelabro. Eles também não serão necessários, pois a própria Luz do mundo brilhará pessoalmente.
Pedidos
Tendo em vista que esses elementos apontavam para Cristo e tudo isso se cumpriu nEle (Hb.9:11,12), não haverá necessidade de oração aqui,
desses
rituais no Templo do Milênio. Deus é Fiel e Justo!

4. Como explicar os sacrifícios no Milênio? 

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Ezequiel fala sobre os sacrifícios no Templo de Milênio (Ez.43:18-27). Esses sacrifícios de animais têm sido uma dificuldade para os
intérpretes da Bíblia, tendo em vista o sacrifício definitivo e perfeito de Cristo.

Uns entendem que o Templo do Milênio e seus sacrifícios não podem ser literais, porque o sacrifício expiatório de Jesus cumpriu e tornou
sem efeito os sacrifícios do Antigo Testamento (ver Hb.9:10-15; 10:1-4,8). É possível que Ezequiel descreva, na linguagem do Antigo
Testamento, as bênçãos do sacrifício expiador de Cristo, que é válido para sempre.

Outros entendem que os sacríficos são literais, oferecidos como memoriais do sacrifício de Cristo na cruz.

Outros entendem que os sacrifícios terão apenas um efeito simbólico, retrospectivo, assim como a Ceia do Senhor, atualmente, é apenas
um símbolo do sacrifício de Cristo.

O fato de Jesus ter nos perdoado e nos salvado no Calvário não nos dispensa da necessidade de, na dispensação da graça, celebrarmos a
Ceia do Senhor, bem como nos submetermos ao batismo nas águas. O mesmo papel que estas ordenanças hoje representa na nossa
dispensação, todo o cerimonial constante do Templo do Milênio representará, com sentido retrospectivo, isto é, como memorial da obra
redentora já consumada uma vez para sempre, por Cristo, o sacrifício perfeito.

III. SANTIDADE E GLÓRIA

1. A glória de Deus volta ao Templo (Ez.43:5)

“E levantou-me o Espírito e me levou ao átrio interior; e eis que a glória do SENHOR encheu o templo”.

Depois de Ezequiel ter visto o Templo com os detalhes de sua dimensão, faltava o mais importante do lugar sagrado: a presença de Deus.
A descrição do retorno da glória faz paralelo com as passagens de Êxodo 40:34, na situação da tenda no deserto, e de 2Cr.7:1,2, na
dedicação do Templo de Salomão.

O retorno da glória de Deus significará a volta da presença de Deus no meio do seu povo. Ezequiel 30:21 registra que essa glória será
manifestada entre as nações, e o nome santo de Deus será revelado. Nessa nova realidade, a glória de Deus extrapolará o Templo e
resplandecerá em toda a terra (Ez.43:2). O profeta Isaias descreve assim a adoração dos serafins: “Santo, santo, santo é o Senhor dos
Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is.6:6).

2. A identidade do Guia celestial (Ez.43:6,7)

“E ouvi uma voz que me foi dirigida de dentro do templo; e um homem se pôs junto de mim e me disse: Filho do homem, este é o
lugar do meu trono e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; e os da casa de
Israel não contaminarão mais o meu nome santo, nem eles nem os seus reis, com as suas prostituições e com os cadáveres dos seus
reis, nos seus altos”.

Na sua visão, Ezequiel viu no interior do Templo um personagem celestial. Diz o profeta:  ”um homem se pôs junto a mim”  (v.6)  e me
disse: Filho do homem, este é o lugar do meu trono e o lugar das plantas dos meus pés (v.7).

Como foi descrito em Ez.1:28, o profeta ouve uma voz. Ele não só vê a glória de Deus como também ouve a voz divina ecoando de dentro
do Templo para falar com ele. Essa voz indica o poder e a majestade de Deus. A presença de Deus estava no Templo, pois é a voz do
Senhor que falou ao profeta Ezequiel. No Antigo Testamento, o Tabernáculo e o Templo eram símbolos da presença de Deus, lugar da
manifestação da glória de Deus. Portanto, segundo afirma o pr. Esequias Soares, a identidade do Guia celestial se trata “do ‘Anjo do
Senhor’ que é o próprio Javé, pois Ele fala em primeira pessoa: ‘este é o lugar do meu trono e o lugar das plantas dos meus pés, onde
habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; e os da casa de Israel não contaminaram mais o meu nome santo’ (v.7). Assim corno
na revelação a Moisés no Sinai, é a manifestação do “anjo do SENHOR”.

3. Santidade para sempre (Ez.43:8,9)

“pondo o seu umbral ao pé do meu umbral e a sua ombreira junto à minha ombreira, e havendo uma parede entre mim e entre eles;
e contaminaram o meu santo nome com as suas abominações que faziam; por isso, eu os consumi na minha ira. Agora, lancem eles
para longe de mim a sua prostituição e os cadáveres dos seus reis, e habitarei no meio deles para sempre”.

Deus diz que Israel contaminou o santo nome dele ao construir casas próximas demais do Templo. A acusação é: “pondo o seu umbral ao
pé do meu umbral e a sua ombreira junto à minha ombreira, e havendo uma parede entre mim e entre eles; e contaminaram o meu santo
nome” (Ez.43:8). Isto se torna mais claro quando é acrescentado a palavra “apenas”, de acordo com a NVI: “[há] apenas uma parede
fazendo separação entre mim e eles”.

No Antigo e Novo Testamento, Deus sempre exigiu santidade do seu povo. A santidade de Deus é um dos seus atributos mais solenizados
nas Escrituras (1Sm.2:2), e no Milênio jamais entrará coisa impura no meio do povo de Deus (Is.52:1). A glória de Deus não será
misturada com nenhum tipo de profanação, porque a glória está intimamente ligada à santidade de Deus.

À época de Ezequiel as prostituições contaminaram o nome santo de Deus e o seu Templo; o mesmo ocorreu com os ídolos dos seus reis,
nos seus altos. Não pode haver harmonia entre pecado e santidade; por isso, à época de Ezequiel, a glória de Deus foi retirada do Templo
devido as abominações, que eram uma ofensa à santidade de Deus.

Mesmo na nossa dispensação, deveríamos manter uma verdadeira reverência para com Deus, que é sublime e santo; também não
deveríamos secularizar ou profanar “lugares santos”, usando-os para atividades celulares. A santidade é para sempre.

CONCLUSÃO Pedidos de oração aqui,


Deus é Fiel e Justo!
O Milênio será um período ímpar na história da humanidade. Deus mostrou a Ezequiel em visão que nessa dispensação o quarto Templo
será construído e haverá abundância do Espírito Santo sobre o povo de Israel, pois a restauração espiritual será plena. O Templo do
milênio será o maior de todos os templos:
Será o único templo com o seu próprio rio.
Haverá um grande rio fluindo de dentro do templo, ao sul, com volume suficiente para ninguém conseguir cruzá-lo (Ez.47:3-6).
As margens do rio serão cobertas de árvores (Ez.47:7-9) e o rio terá peixes e outras criaturas vivas nele. A água doce,
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aparentemente, substituirá a água salgada do mar Morto e o rio continuará fluindo ao sul de Israel até alcançar o golfo de
Aqaba.
Será o único templo que servirá à Igreja e a Israel.
Será o mais resistente de todos - durará mil anos.
Ele nunca será destruído, mas será removido silenciosamente por Deus ao fim do milênio (Ap.21:22).
Será o mais glorioso de todos os templos, porque a glória do Senhor estará nele de forma definitiva.

A promessa profética deste período glorioso para o povo de Deus leva os santos a orar: “Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap.22:20).

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