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TMST Fernando Pessoa

Pitch do 27 :

O Fernando Pessoa atua como figura de proa da cultura portuguesa, representante da litteratura
deste pais, incarna ao olhos também dos estrangeira a carga de representante, sendo o autor
português mais conhecido.

Porém, estudando a sua vida, aparece que seu gênio literario foi reconhecido so apos a sua morte e
que a fama que atingiu hoje em dia é diametralmente oposta a o que ele era.

A sua biografia apresenta um contraste gritante entre a amplitude, complexidade e riqueza da sua
obra com a pacatez e modéstia da sua vida. Era uma pessoa dedicada à poesia e à vida literária e
nunca se preocupou com o que se pode chamar de riqueza material ou carreira.
Era um homem ordinario, a figura intercambiavel, ao fisico banal e discreto : terno preto, chapeu e
cara quase inteiramente recoberta seja por seus oculos, seja por seu bigode.

E essa imagem foi pouco a pouco construida para se tornar um produto consumivel no processo de
culutralização do turismo. A popularidade do Fernando Pessoa também faz parte de uma c onstrução
de uma experiências turística apoiada na cultura. A esrategia de desenvolviemento turistico/
economico da cidade de Lisboa apoia-se na cultura como recurso tradutor da identidade e do espírito
do lugar. A procura do turista é a cultura, em varios sentidos, infelizmente pode muitas vezes tornar
a ser experiencias de “ilusão cultural”.

A exploração desta imagem de icone passou pela resposta a demanda em productos consumiveis de
cultura do territorio.

Qual foi o processo desde reconhecimento, valorização e exploração da figura de Pessoa como obra
literaria turistificada ? Como que consumimos a obra de Fernando Pessoa ? Por quais meios ?

Sendo Portugal um dos paises na Europa com os mais baixos costumes de leitura, esta exploração
lucrativa é voltada a quem ? Um exemplo de transmedia branding, os produtos que levam o selo
“pessoa” como argumento comecial se vêem de todo lado.

Começando com o objeto que todos nos usamos, o cartão estudante que leva a pintura de Julio
Pomar : explorações das diferentes linguagens plásticas que vai experimentando e,
simultaneamente, tomando estas como pretexto para novas indagações sobre as possibilidade de
figuração de Pessoa

Espectaculo multimedia : “ viagem interior e a explorar parte do universo de Fernando Pessoa”,


“ reflexão sobre o papel do ser humano no Mundo”. “melhor maneira de viajar é sentir" é
mote para 30 minutos de música, luz e poesia. " "sentir tudo excessivamente" ao imergir num
espetáculo de videomapping ser o ponto de partida para uma experiência 360 graus.

Filmes : Filme do dessassossego : O Filme do Desassossego não pretende ser o livro

“ Um filme onde a luz contrasta com a sombra, numa fotografia cuidada, trabalhada, numa imagem
recriada, e que juntamente com a frenética das palavras, procura ilustrar a busca pelo que não se
encontra e o desejo pelo que não se pode”

o indolo que foi gravado num telemovel


Banda desenhada : À mi-chemin entre le roman graphique et le récit, mêlant, comme à l'habitude
chez Pajak, autofiction sous forme de souvenirs et biographie des moments les plus méconnus de
l'auteur Portugais

Museu : casa fernando pessoa


Valorização do patrimonio literario
Turistificação da cultura e dos espaços, nomeadamente literaria
“culturalização das práticas turísticas
Construção de experiências turísticas apoiadas na cultura.
Cultura enquanto processo e/ou processos”, identifica-se, segundo Pires (2004), com três
características distintivas: a simbólica, a aprendida, a partilhada

O planeamento e gestão, urbanos, culturais e turísticos são aqui determinantes, muito embora caiba
questionar se podem criar experiencias culturais ou apenas experiencias de “ilusão cultural”

o domínio do turismo cultural, onde cabe considerar três vectores analíticos: actores/agentes
(turistas e residentes), os processos/dinâmicas mercantilização e turistificação do território
(cidade) e da cultura] e as políticas (entre as quais se destaca planeamento e gestão sustentável
do turismo)

Mercantilização da cultura e dos seus icones : produto de atividade, a cultura é um produto ou


experiencia consumivel transformado por fins lucrativos.

Cultura reduzida a um problema do mercado : que cultura ? quem ? que fins ?

Srategias de desenvolviemento turistico/ economico. Cada cidade vê então na cultura um recurso


tradutor da identidade e do espírito do lugar

O turismo cultural/criativo, Enquanto experiência Cultural criada através da literatura, visa que a
cultura seja vivida enquanto uma totalidade.

Rede de elementos culturais”, interagindo com uma multiplicidade de discursos/narrativas


interpretativo(a)s que se interpenetram e se iluminam respectivamente. A identidade pode
portanto ser formada por múltiplas identidades, como uma rede ou redes, em que cada elemento
Integrante conta uma história

Trabalho é teatro e o sucesso advém de criar experiências e apresentá-las ‘representando’ cada


interacção como um evento único na vida”. Uma experiência deverá envolver as dimensões
“educativa”, “entretenimento” “estética” e de “evasão” (Pine II e Gilmore, 1999). Para ser
“memorável”, os produtores de experiências deverão criativamente explorar aspectos tais como, a
clara delimitação temática, o estímulo dos sentidos, espacialidade, positividade e estruturação de um
mix de recordações, com o intento de construir a experiência que se quer pôr em palco para ser
“representada”
o papel do consumidor também é essencial, os consumidores se tornam productores

Com a globalização e a tendência para a homogeneização dos produtos, qualquer bem, serviço ou
experiência criados, e com receptividade por parte dos consumidores, tenderá a ser copiado

cultura motor de desenvolvimento dependendo da atuação dos politicos e comportamento dos


cidadõas em função do grau de desenvolvimento politico e social dum pais

ao planeamento e gestão criativos, que muito se advoga, há que ter a consciência da dificuldade da
sua implementação. Em primeiro lugar porque criatividade não se pode ensinar –“cria-se” contra a
lógica do existente;
em segundo lugar porque os poderes públicos locais tendem a conviver
com um conjunto de condicionantes burocráticos, legais, orgânicos, entre outros, que dificultam
e/ou inibem qualquer processo criativo. Por isso, há que restringir o conceito de criatividade e
associá-lo aos conceitos de criatividade “estrutural” e “derivada

integração é feita com destruição pq turismo é uma area de massificação

percurso turistico literario : o livro não pode ser reduzido a um itinerario mas pode trazer maior
entendimento do livro por um maior sentimento. Vivencia da experiencia do autor

criatividade foi posteriormente integrada pelo turismo da cidade numa apropriação da dinâmica
cultural existente. Consequentemente, a criatividade advém fundamentalmente da esfera cultural e
só a posteriori o planeamento e gestão públicos a integram

No caso de Lisboa, também o planeamento e ordenamento urbanos [Plano Estratégico de Lisboa


(1992), Plano Director Municipal (1994) e Planos de Urbanização (1996)] desenvolvidos durante os
anos 90, a par do processo de reabilitação urbana integrada (desde 1986 e mais incisivo a partir
de 1995) contribuíram Para dar uma nova “face” a Lisboa .

Artes plasticas
Fernando Pessoa surgira como tema na obra de Pomar logo em 1973, no ciclo em torno do retrato
que inicia em começos desta década. A figura do poeta será um tema a que regressará
frequentemente, elegendo-o como mote para explorações das diferentes linguagens plásticas que
vai experimentando e, simultaneamente, tomando estas como pretexto para novas indagações sobre
as possibilidade de figuração de Pessoa, tema aliás abordado por inúmeros pintores portugueses
Por outro lado, esse desenho como caligrafia assume aqui propositadamente a noção de
rapidez e simplificação do graffiti urbano, cuja depuração e dimensão são pensadas para o
transeunte que, no movimento apressado da passagem, as contemplará. Este Fernando
Pessoa também em movimento, com os signos distintivos da sua imagem (chapéu, óculos,
bigode, laço, fato, gabardine), é representado em traços predominantemente rectos e
verticalizados, cuja multiplicação, no entanto, traduz precisamente a sensação de movimento.
Um Fernando Pessoa que, tal como o transeunte, caminha pela cidade imerso e
simultaneamente absorto dela.

Espectaculos
Pela primeira vez, a Igreja dos Clérigos recebeu um espetáculo de videomapping inspirado num
poema de Fernando Pessoa. 

O público fica assim convidado a embarcar numa viagem interior e a explorar parte do
universo de Fernando Pessoa, num espetáculo que promove uma reflexão sobre o papel do ser
humano no Mundo. "Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir" é mote para 30 minutos de
música, luz e poesia.

"Spiritus" é uma iniciativa que permite a cada visitante "sentir tudo excessivamente" ao
imergir num espetáculo de videomapping, que invoca o heterónimo Álvaro de Campos, a ser o
ponto de partida para uma experiência 360 graus.
ornar vivo um tempo que é imaginário e que em último caso contacta com a espiritualidade de
cada um.

2/ “Uma Hora Com Fernando Pessoa” é um espetáculo poético e artístico, que se baseia numa
abordagem dinâmica e interativa da poesia portuguesa, com uma estética acessível a todo o género
de público, do estudantil ao intelectual, do popular ao erudito.

Entre a informalidade e o contacto direto com o público, criam-se momentos de proximidade únicos
nesta viagem com Fernando Pessoa, tendo ao lema o diseur  anfitrião Nuno Miguel Henriques, numa
verdadeira trajetória linguística entre o poeta e os seus heterónimos, introduzindo-se notas
biográficas, recitando-se e conversando-se sobre curiosidades e diversas referências históricas e
culturais.

O evento, além da palavra interpretada com Arte de Dizer, é ilustrado por imagens, sons e
apontamentos cénicos, num momento de compressão e apetência por toda a obra Pessoana, de
forma peculiar e original.

Com engenho e entrega, trata-se duma versão única, não repetível de sessão para sessão e singular
do Diseur Nuno Miguel Henriques, com uma vasta carreira de trabalho em prol da poesia, quer em
termos de espetáculos, recitais, edições de CD’s poéticos, rádio e televisão, que cumpre neste
original evento a máxima de Octávio Paz “a melhor maneira de compreender um poema, é ouvi-lo“.

Adaptações cinematograficas
Um filme onde os corpos dançam numa plasticidade coreográfica e se expõem nus, como o
pensamento livre, e onde a cor é trabalhada para nos seduzir e seduz, entre nuvens
vermelhas ou o baton da  bonita educadora sentimental.
Um filme onde a luz contrasta com a sombra, numa fotografia cuidada, trabalhada, numa
imagem recriada, e que juntamente com a frenética das palavras, procura ilustrar a busca
pelo que não se encontra e o desejo pelo que não se pode. Mas se é o caos interior
evidenciado, este também nos surge num ambiente urbano decadente, numa Lisboa
soturna, suja, viciada, actual.

Contexto
 Começou a escrever muito jovem, quando tinha sete anos. Fê-lo desde logo em português, mas
depressa passou a usar também outras língua. A par da poesia, escreveu ensaio, teatro,
correspondência vária, novelas policiárias e dedicou-se também à astrologia, além de ser inventor,
crítico literário e publicitário.

Um dos aspetos mais interessantes da sua biografia é o contraste entre a amplitude e riqueza da sua
obra com a pacatez e modéstia da sua vida. Era uma pessoa dedicada à poesia e à vida literária e
nunca se preocupou com o que se pode chamar de riqueza material, cargos ou carreira. Era um
homem ordinario, trabalhou a vida inteira a tempo parcial numa empresa para subsistir. E um
homem a figura intercambiavel, ao fisico banal e discreto : terno preto, chapeu e cara quase
inteiramente recoberta seja por seus oculos, seja por seu bigode. Nas fotos que temos é
inexpressivo, sem sorriso, discretissimo quase invisivel. Sua vida é monotona, simples, taciturna e
contrasta com a complexidade da sua obra.
Bibliografia

HENRIQUES, Cláudia. Património Cultural e Turismo: Uma Relação Simbiótica. Análise de dois
percursos turístico-culturais: James Joyce e Fernando Pessoa. Revista Turismo e Desenvolvimento,
n.10, 2008. p. 25-39.
Sousa, B. B., & Anjo, A. M. (2020). Literatura e turismo no digital: o caso de Lisboa e Fernando Pessoa. Revista Lusófona De
Estudos Culturais, 7(2), 185–201. https://doi.org/10.21814/rlec.2574

https://sites.google.com/site/arteprojectada2/o-filme-do-desassossego-2010-joao-botelho

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