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4º Bloco – Aliança Charis Latino America

Superstições: ocultismo; espiritismo; religiões místicas...

Superstições - Conceituação:

A superstição é a crença de que certos fenômenos acontecem devido à


manifestações mágicas, místicas ou sobrenaturais. Normalmente, o fenômeno da
superstição afirma e reivindica que há forças ocultas (boas ou más) por trás dele.

A crendice popular forma um acervo tradicional passado de geração a geração


baseada em fenômenos circunstanciais que provocaram uma ação boa ou má e,
assim, àquele evento foi atribuído um poder mágico ou sobrenatural. O resultado é
uma orientação para fazer ou não aquilo. Os amuletos (ou talismãs) são o maior
legado destes sinais. Vemos tais coisas no uso de ferraduras: ou com as pontas
para cima para manter a sorte ou pontas para baixo para espalhar a sorte; cruzar
os dedos para boa sorte; folha de arruda afasta toda energia ruim da casa e de
seus moradores protegendo do mau olhado e atraindo o amor, etc. Também, na
atribuição de poderes (bons ou ruins) a certas práticas como: bater na madeira três
vezes para não ter azar; não varrer o lixo pela porta da frente para não atrair a
morte; varrer os pés de uma pessoa tira sua boa sorte; gato preto atravessar na
frente dá azar; coruja cantar no telhado atrai morte. Deste modo enfatiza-se que o
pensamento orientador da atitude é: há forças ocultas do bem e do mal atuando na
vida dos indivíduos de acordo com a prática de determinados costumes. E tais
forças, malignas ou benignas, poderiam ser repelidas ou atraídas por meio desses
rituais, que chamamos de superstição.

Popularmente, a astrologia, com seus horóscopos foi muito invocada para orientar
pessoas a ter sorte e cuidados no dia a dia. É uma superstição que perdeu muito do
seu poder de influência sobre a massa popular, porém ainda está ativa.

Superstições - Contribuições religiosas na América Latina:

As crenças indígenas são, essencialmente, ocultistas, “voltadas para adoração,


alianças e apaziguamento de forças espirituais da natureza. Em sua cosmovisão
animista, o mundo e o universo são controlados por espíritos em que o visível e o
invisível se misturam. Crê-se que espíritos podem possuir certos objetos e torná-los
suas habitações, e por meio disto, pode exercer influências sobre uma pessoa,
família e até gerações”.

A religião Católica Romana trouxe a valorização de relíquias, veneração de imagens


e a mediação de santos que leva a pessoa para um mundo espiritual ao seu redor,
conduzindo-a a crer em forças irreais, inexistentes.

As religiões africanas contribuíram para a formação do sincretismo religioso geral


por meio de suas práticas ocultistas, uso de ídolos representando divindades,
incorporação de entidades espirituais, magias e benzimento de objetos.

Diante desta realidade, reconhecemos que há um grupo de denominações usando o


rótulo de evangélica, que incorporaram em suas práticas religiosas elementos das
religiões católica, indígena e africana como: objetos ungidos que supostamente
atraem bênçãos para seus donos - “rosa ungida”, sal grosso e “óleo ungido’”. A
chamada quebra de maldição é uma prática pagã que também é praticada em
muitos grupos ditos evangélicos. Os adeptos dessas ideias creem que, se usarem
tais objetos e ungirem outros, atrairão a atenção e o favor de Deus para si.

No momento atual, vemos na América Latina os elementos da cultura e religião


judaica introduzidos nas práticas de culto de vários grupos religiosos (seitas cristãs
recentes) como símbolos supersticiosos de suas crenças. O candelabro, a arca,
bacia de bronze, roupas sacerdotais, decoram prédios e são usados para oferecer
bênçãos aos que os tocam, usam e creem que suas orações serão respondidas
devido à presença de tais coisas.

O mundo é governado por essas forças do bem e do mal? Certamente, não. Há um


só Deus, um só Senhor (Soberano), só um Deus triuno que é onipotente, onisciente
e onipresente.

1º Cr 29.11; Sl 139; Lc 1.35; Lc 8. 46; Ef 3.20; 1ª Pe 1.5; Ap 12.10;

Reconhecemos que as crenças supersticiosas se enraízam na alma e mente das


pessoas. Um crente lutará por algum tempo contra as forças internas instaladas em
seu coração, até que seja convencido pela Palavra de que elas são elementos do
deus deste século, para manter pessoas cativas nas trevas e presas na insegurança
das suas mentiras.

Diante da compreensão bíblica, rejeitamos:

(1) O uso das diversas práticas de superstições, amuletos de construção pessoal e


consulta de horóscopos para orientar, auxiliar e promover o bem estar pessoal;

(2) A consagração de objetos através da oração e da unção para lhes conferir


poderes, bem como aos seus proprietários, e seu uso em cultos, em lares ou em
locais de trabalho.

Reconhecemos que na Bíblia há menção do uso de coisas para realizar milagres.


Devemos entender, entretanto, qual foi o objetivo dessas narrativas. Em todas
elas, o princípio é sempre o mesmo. “O poder curador de Deus em objetos como
vestes, bordões, ossos, lenços e sombra existiu por que Moisés, Elias, Eliseu, e os
apóstolos eram tão cheios do poder de Deus, que as coisas com as quais tinham
contato íntimo se tornavam como que em extensões deles, para curar e abençoar
as pessoas”.

Diante da compreensão bíblica, afirmamos:

(1) Cremos que o propósito era enfatizar a grandeza do poder de Deus em suas
vidas, e assim, atestar que a mensagem pregada por eles vinha de Deus, pois os
objetos em si não tinham poder algum, nem mantiveram poder após uso por um
homem de Deus;

(2) Cremos que nos relatos bíblicos nenhum objeto foi “ungido” para fins de
abençoar, expelir demônios, trazer prosperidade ou curar enfermidades.

Dt 18. 10-12; Is 44.6-8; Is 65.2,3; Jr 10.2; At 16. 16-21; 1ª Tm 1.3,4; 1ª Tm 4.1;


Ap 9.20,21;
(3) Cremos que há anjos que pecaram contra Deus tornando-se maus e são
chamados de demônios. Eles são seres espirituais do mal com poder e influência
sobre o mundo físico e dos homens, inclusive sobre cristãos. Eles são limitados em
seu poder e estão debaixo do poder de Deus.

Is 14.12-14; Ez 28.12-17; Jo 8.44; Ef 6. 11,12; 1 Tm 4.1-4; 2 Tm 2.24-26; 1ª Jo


3.8;

(4) Cremos que Deus faz milagres hoje. “Os milagres são exceções dentro da
providência de Deus”. Deus é Deus Todo-Poderoso. Deus se revela na Palavra e ela
orienta nossas práticas de culto e adoração. O poder está em Deus e não em
objetos. Homens com vidas suspeitas, com reputações duvidosas não operam pelo
poder de Deus.

Is 59.1; 1ª Ts 1.5; Tg 5.16-18; Lv 10.1-3; 1º Cr 15.13; Ez 44. 5-14; Ml 1. 6-14;

(5) Cremos que o centro do culto na vida da Igreja é Deus. Glorificamos a Deus no
culto quando O louvamos com músicas, testemunhos, estudo e pregação da
Palavra. Por isso, rejeitamos a ênfase na atividade demoníaca que domina cultos e
outros ministérios de uma igreja.

Rm 11.36; Gl 1.8,9; Ef 5.19,20; Cl 3.16; Hb 13.9;

(6) Cremos que o assunto não esteja restrito a uma área das doutrinas bíblicas. Por
isso, a igreja precisa ter uma compreensão ampla, profunda e consistente de suas
doutrinas bíblicas, para ter como rejeitar as superstições enraizadas na cultura das
famílias formando crenças populares, e dar orientação ao rebanho de Jesus nas
nossas congregações.

Dt 6.13; 10.20; Mt 4.10; Jo 4.24; Gl 1.6-9; Gl 5.1,9,10; Fp 3.17-19; Cl 2.16-19

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