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No campo cultural, o movimento hippie foi responsável por propor mudanças no comportamento social e pelo
rompimento com as formas tradicionais de organizar a vida cotidiana. Muitas coisas que vivemos hoje são
consequências desse momento.
Foi a década mais contestadora do século passado. O objetivo era atacar o sistema, ou seja, uma sociedade que
produzia miséria, violência, guerras e angústia. A origem desse termo deriva da palavra “hipster”, usada para
classificar ativistas do movimento negro.
Esse processo teve origem nos Estados Unidos, foi impulsionado por artistas e músicos e se espalhou por vários
países do mundo. Os Beatles foi uma banda que surgiu nesse contexto e foi responsável pela difusão da
contracultura em todo o planeta.
Entre as características do movimento hippie podemos citar roupas coloridas, homens de barba e cabelo
compridos, moças com flores no cabelo, músicas com violão e acampamentos. Em suma, os hippies recusavam a
sociedade de consumo e a família tradicional. Além disso, admiravam a cultura do Oriente, vestiam batas
indianas e apreciavam a alimentação natural.
Tinham algo de socialista utópico e de anarquista pacifista, porque repudiavam o Estado e o capital, optando
pela vida comunitária em vez do individualismo. Preferiam a natureza à fumaça das cidades, o rock ao barulho
das metralhadoras, o sexo à violência da polícia, o amor à sociedade de consumo.
O movimento Hippie foi importante para as mudanças culturais e de comportamento. Até então, as mulheres
ocupavam um papel de submissão ao homem e sua principal função era cuidar dos afazeres domésticos. Foi
nesse contexto de rebeldia, proposto pelos hippies, que elas começaram a queimar sutiãs em praças públicas, o
que, simbolicamente, significa que as mulheres não eram apenas um objeto sexual. Assim, o movimento
feminista ganhou as ruas para dizer não ao machismo.
Foi também a época da revolução sexual, quando os cabelos masculinos cresceram e as saias femininas
encurtaram. Quebrar o tabu da virgindade era visto como uma forma de libertar as pessoas. A pílula
anticoncepcional virou arma feminina na luta pelo prazer.
O Festival Woodstock aconteceu nas imediações da cidade de Bethel, nos Estados Unidos, em agosto de 1969.
Foi um dos principais festivais de música da história, pois representou o auge da contracultura e da
efervescência cultural do momento.
Mais de 400 mil pessoas participaram do evento. A cidadezinha não deu conta de suprir todas as demandas por
comida e água e as cidades vizinhas tiveram que dar suporte. A ideia dos organizadores era reunir os principais
nomes da contracultura, como Janis Joplin, Jimi Hendrix, The Who e Joe Cocker. Outras bandas como The Doors,
Bob Dylan, Led Zeppelin e John Lenon foram convidados, mas não participaram do festival.
O público viveu três dias de muita agitação cultural, quando pôde colocar em prática os ideais de
comportamento e de vida. O uso de drogas, como a maconha, o LSD e a mescalina acontecia naturalmente. A
liberdade para brincar, dançar e fazer sexo esteve presente. A ideia era viver uma vida de “paz e amor”, como
pregavam os hippies.
Flower Power (Poder das Flores) foi um lema utilizado pelos hippies como símbolo da não-violência e repúdio
à Guerra do Vietnã. O termo foi criado pelo poeta Allen Ginsberg, em 1965, e objetivava incentivar a vida em
comunidade, livre das dominações capitalistas.
Vários artistas aderiram à causa. A cidade de São Francisco tornou-se o ponto de encontro das bandas de rock
que comandaram toda a agitação cultural. O músico Scott Mackenzie, por exemplo, estourou com a canção “San
Francisco” que dizia: “Se você estiver indo a São Francisco, não se esqueça de colocar flores em seu cabelo”.
Os hippies do movimento Flower Power reivindicavam mais liberdade, igualdade de direitos, defesa dos
animais e do meio ambiente, o fim da Guerra do Vietnã e a luta contra as armas.
Vivendo durante a Ditadura Militar, os jovens do Brasil também tinham objetivos parecidos com os hippies
norte-americanos: igualdade de direitos, liberdade de comportamento, fim do machismo e das arbitrariedades
dos governos militares.
Muitos artistas e estudantes foram perseguidos, presos e até mortos por divulgar ideais que eram
considerados rebeldes. Na música, grandes nomes como Tom Zé, Rita Lee, Caetano Veloso, Gilberto Gil,
Torquato Neto, Sérgio Sampaio, entre outros, deram o recado.
Estudar história é mesmo incrível, não é? Por meio dela, podemos aprender muito sobre os dias atuais. Graças
ao movimento hippie, tivemos muitos avanços nas questões comportamentais e sociais que estão vigentes
ainda hoje.
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TAG S : Movimento-hippie
4 comentários Classificar por Mais antigos
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Lowry Landi
muito bom. parabéns. ENTREM MEU FACE LOWRY LANDI OU PUEBLO CIO DA ARTE.
Curtir · Responder · 10 sem
Sadal Carlos
Cracolandia, aids, dst, gravidez precoce, uma sociedade doente e pobre é o legado do movimento
hippie.
Curtir · Responder · 2 · 7 sem
Lauro Patzer
Sem esquecer que o estudo da história requer uma pluralidade de fontes sobre o mesmo fato. A
história está escrita em 'versões'. História não é fantasiar determinada versão e em cima dessa
versão fundamentar uma ideologia. Sim, a história é fascinante, desde que cada estudioso não
seja leitor de versão única. A história é um estudo contextual e não monotextual. Fica a pergunta:
a versão histórica é capaz de atingir a verdade? Qual é o critério para dizer que algo é verdadeiro?
Verdadeiro segundo quem? Falta um juiz isento para julgar. Mas um juiz está isento de
preferências? Se um acidente de … Ver mais
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