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LEGISLAÇÃO
Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
Diogo Surdi
Sumário
Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo................................................................... 4
1. Disposições Gerais....................................................................................................................... 4
2. Ingresso na Polícia Militar......................................................................................................... 6
3. Hierarquia e Disciplina.. ............................................................................................................ 10
4. Obrigações e Deveres................................................................................................................13
5. Direitos e Prerrogativas............................................................................................................ 17
5.1. Remuneração............................................................................................................................19
5.2. Férias e Afastamentos...........................................................................................................21
5.3. Licenças.................................................................................................................................... 22
5.4. Prerrogativas.......................................................................................................................... 23
6. Disposições Diversas................................................................................................................ 25
7. Desligamento ou Exclusão do Serviço Ativo........................................................................ 27
8. Tempo de Serviço. . ......................................................................................................................31
9. Recompensas, Dispensas do Serviço e Casamento........................................................... 33
10. Pensão Militar.. ......................................................................................................................... 34
11. Prescrição e Decadência......................................................................................................... 36
Questões de Concursos................................................................................................................ 38
Gabarito............................................................................................................................................48
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Devemos, para compreender o conceito do, dividir a definição em quatro importantes partes:
• é uma instituição: ao afirmar que a PM-ES é uma instituição, o legislador não elevou a
Polícia Militar, por exemplo, à condição de função essencial à justiça (como ocorre, por
exemplo, com o Ministério Público e com a Defensoria Pública).
Como toda instituição, a PM-ES possui uma finalidade, que é, em última análise, o bem
comum da coletividade. Para alcançar esta finalidade, a norma em análise estabeleceu, con-
forme veremos adiante, uma série de mecanismos, prerrogativas e garantias à polícia militar.
• permanente: por ser uma instituição permanente, a Polícia Militar não poderá ser extinta
do nosso ordenamento jurídico.
Isso ocorre na medida em que a Constituição Federal estabelece como órgão necessá-
rio à manutenção da segurança pública dos diversos entes federativos, dentre outros, a Polí-
cia Militar.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos se-
guintes órgãos:
I – polícia federal;
II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Mencionamos anteriormente que a Polícia Militar possui, dentre outras atribuições, a tarefa
de auxiliar na manutenção da segurança pública.
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Neste sentido, é importante salientar que a segurança pública deve ser vista como um
processo sistêmico e contínuo, que, ainda que se inicie com as medidas de prevenção, deve
abarcar, também, o papel da população (mediante denúncias), o papel das autoridades públi-
cas e as demais medidas de repressão aos danos causados.
• força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro: ao afirmar que a Polícia Militar é uma for-
ça auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, a norma informa que tal corporação apenas
será utilizada, por parte do Exército, em missões especiais.
Assim, a Polícia Militar, da qual faz parte a PM-ES, deve, diante de missões excepcionais (e
desde que previamente requisitada) auxiliar o Exército.
Neste sentido, inclusive, é o teor do artigo 144, § 6º, da Constituição Federal:
Art. 144, § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do
Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Territórios.
Ainda que muitos sejam os conceitos “novos” apresentados neste momento, fiquem tran-
quilos, pois iremos estudar mais detalhadamente, ao longo da aula, todos eles.
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De momento, precisamos saber apenas que, de acordo com o artigo 6º, são consideradas
equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”,
“em serviço”, “em atividade, ou “em atividade policial militar”.
Todas elas significam que o policial militar está no pleno exercício de suas atribuições, ou,
em outros termos, que não se encontra na inatividade.
A carreira policial militar é caracterizada por atividades continuada e inteiramente devota-
das às finalidades da Polícia Militar, sendo denominada atividade policial militar.
No desempenho de suas atribuições, os policiais militares desempenham um serviço po-
licial militar. Sendo assim, o serviço policial pode ser conceituado como o exercício de ativi-
dades inerentes à Polícia Militar, compreendendo todos os encargos previstos na legislação
específica, desde que relacionados com a manutenção da ordem pública no Estado.
Ainda com relação às disposições iniciais, precisamos saber que as regras do presente
estatuto são aplicadas, no que couber:
• aos policiais militares da reserva remunerada e reformados;
• aos capelães policiais militares.
Art. 9º O ingresso na Polícia Militar do Estado do Espírito Santo dar-se-á na carreira de Praças ou
na carreira de Oficiais, por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, destinado ao
provimento dos quadros combatente, músico e de saúde, mediante incorporação, matrícula ou no-
meação na graduação ou posto inicial de cada carreira, observados, além de outras regras previstas
na legislação vigente, os seguintes requisitos gerais (...).
Assim como ocorre com os servidores civis, o ingresso em alguma das carreiras da PM-ES
dependerá da prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.
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Deve ser salientado que o concurso público para o provimento das carreiras de Oficiais dos
quadros combatente, músico e de saúde, bem como para o provimento da carreira de Praças
dos quadros músico e de saúde, incluirá prova de conhecimentos específicos e matérias cor-
relatas à especialidade do cargo a que o candidato estiver concorrendo, conforme conteúdo
programático previsto em edital.
Tal prova terá, de acordo com a norma, caráter classificatório e eliminatório. Todas as de-
mais etapas do concurso, por sua vez, terão apenas caráter eliminatório.
Para ingressar nas carreiras da PM-ES, deve o particular atender, além das regras previstas
em normas específicas, os seguintes requisitos legais:
• Ser brasileiro, exigindo-se para o quadro de Oficiais, ser brasileiro nato;
• Ter altura mínima descalço e descoberto, de 1,65m (um metro e sessenta e cinco cen-
tímetros) para homens e de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) para mulheres;
• Estar em dia com as obrigações eleitorais e no pleno exercício dos direitos políticos,
mediante apresentação de Certidão expedida pela Justiça Eleitoral;
• Estar em dia com suas obrigações militares se for do sexo masculino, devendo ser por-
tador do Certificado de Reservista ou de Dispensa de Incorporação, e não ter sido afas-
tado do Serviço Militar, seja por reforma, demissão, licenciamento ou exclusão a bem
da disciplina, seja por incapacidade física ou mental definitiva, em qualquer das Forças
Armadas ou Auxiliares;
• Ser aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos, composto de provas
objetivas e discursivas, dentro do limite de vagas, conforme edital do concurso;
• Estar em dia com toda a documentação exigida, para apresentação na data estipulada
pelo edital do concurso;
• Ser aprovado nos exames de saúde que se fizerem necessários e que comprovem a
capacidade física para exercício do cargo, conforme relação constante no edital do con-
curso e segundo normas internas da corporação;
• Ser aprovado em exame toxicológico/antidoping, do tipo “janela de larga detecção” ou
outro de aferição superior, realizado em caráter confidencial, comprovado pela Diretoria
de Saúde e realizado a qualquer tempo durante o processo seletivo;
• Ser aprovado no Exame de Aptidão Física, realizado por meio de Teste de Avaliação Físi-
ca (TAF), segundo normas internas da corporação e previstas em edital;
• Ser aprovado no Exame Psicossomático, realizado pela Diretoria de Saúde ou por institui-
ções por ela determinadas, tendo como parâmetro o perfil profissiográfico estabelecido
para o cargo, constante no edital do concurso, segundo normas internas da corporação;
• Ser aprovado em Investigação Social, apresentando idoneidade moral, comportamento
irrepreensível e ilibada conduta pública e privada, comprovada documentalmente por
certidão de antecedentes criminais, certidões negativas emitidas pela Justiça Federal,
Estadual, Eleitoral e Militar, além de outros levantamentos necessários procedidos pela
instituição, que atestarão a compatibilidade de conduta para o desempenho do cargo;
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Com relação aos requisitos elencados, algumas considerações devem ser feitas:
• Como vimos, duas são as carreiras que fazem parte da estrutura da PM-ES, sendo elas
as de Oficial e Praça.
Com relação aos Oficiais, devemos memorizar que tais cargos apenas poderão ser ocupa-
dos por brasileiros natos. Para os Praças, por sua vez, a norma nada menciona acerca deste
requisito. Sendo assim, tais cargos podem vir a ser ocupados por brasileiros, ainda que estes
não sejam natos.
• Com relação à vedação às tatuagens, o STF decidiu, no (RE) 898450, que é inconstitu-
cional qualquer tipo de proibição de tatuagens a candidatos a cargo público estabeleci-
da em leis e editais de concurso público.
As exceções, ou seja, situações em que o candidato pode ser eliminado por possuir ta-
tuagens, são excepcionais, como no caso de tatuagens com conteúdo que viole os valores
constitucionais.
Todos os requisitos expressos até o presente momento são de caráter geral, devendo ser
observados pelos candidatos de ambas as carreiras da PM-ES.
Além dos requisitos gerais, no entanto, a norma elenca uma série de requisitos específi-
cos, que variam a depender da carreira ou cargo a ser ocupado. Vejamos todos eles:
• para ingresso no quadro da Qualificação Policial Militar de Praças Combatentes (QPMP-
-C) da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, será exigido nível médio de escolaridade,
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Independente da carreira a ser ocupada (Praça ou Oficial), uma das etapas exigidas para
ingresso é a participação em curso de formação.
Sendo assim, deverá o candidato, no momento da matrícula no curso de formação, atender
às seguintes regras relacionadas com as idades mínima e máxima:
• mínimo de 18 anos (na data da matrícula no curso de formação) e máximo de 28 anos
de idade (no primeiro dia de inscrição do respectivo concurso) para todas os cargos,
exceto para aqueles pertencentes ao Quadro de Oficiais Médicos.
• para os cargos do Quadro de Oficiais Médicos, a idade mínima é a mesma que a dos
demais cargos, ou seja, 18 anos (que devem ser comprovados na data da matrícula no
curso de formação). No que se refere à idade máxima, esta é de 35 anos, devendo ser
comprovada no primeiro dia de inscrição do curso de formação.
Idade máxima de 28 anos no primeiro dia Idade máxima de 35 anos no primeiro dia
de inscrição no curso de formação de inscrição no curso de formação
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Obs.: Cargo militar é aquele que só pode ser exercido por militar em serviço. Desta forma, o
cargo militar é o que se encontra especificado no Quadro de Organização, ou previsto,
caracterizado ou definido como tal em outras disposições legais.
Os cargos policiais militares são providos com pessoal que satisfizer aos requisitos de grau
hierárquico e de qualificação exigidos para o seu desempenho.
O provimento de cargo policial militar se faz por ato de nomeação, de designação ou determi-
nação expressa de autoridade competente.
Assim como acontece com os servidores civis, a cada cargo militar corresponde um con-
junto de atribuições, deveres e responsabilidades que se constituem em obrigações do respec-
tivo ocupante.
As obrigações inerentes ao cargo militar devem ser compatíveis com o correspondente
grau hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação específica.
Considera-se vago o cargo a partir de sua criação e até que um policial militar tome posse,
ou desde o momento em que o policial militar seja exonerado, dispensado ou que, tendo rece-
bido determinação expressa de autoridade competente, o deixe e até que outro policial militar
tome posse.
Consideram-se também vagos os cargos policiais militares cujos ocupantes:
• tenham falecido;
• tenham sido considerados extraviados;
• tenham sido considerados desertores.
Obs.: Função militar, por sua vez, é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar.
Observa-se, com base nos conceitos de cargo e de função, que esta apenas existe na me-
dida em que o agente ocupa, também, um cargo militar.
Em outros termos, é correto afirmar que, no âmbito militar, não há a possibilidade de de-
sempenho exclusivo de função, haja vista que esta, como visto, é o exercício das obrigações
relacionadas com o cargo militar.
3. Hierarquia e Disciplina
A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Polícia Militar.
Para compreendermos e diferenciarmos estes dois conceitos, devemos fazer uso das dis-
posições da Lei n. 6.880 (reproduzidos no presente estatuto).
Em seu artigo 14, temos a definição de hierarquia e disciplina para fins militares.
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Art. 14. A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a
responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
§ 1º A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das
Forças Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou
graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstan-
ciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade.
§ 2º Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas
e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e
harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos
componentes desse organismo.
§ 3º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida
entre militares da ativa, da reserva remunerada e reformados.
Hierarquia Disciplina
Ainda como decorrência da hierarquia, temos a existência dos círculos hierárquicos, que,
em linhas gerais, podem ser conceituados como âmbitos de convivência entre os militares da
mesma categoria.
Os círculos hierárquicos possuem a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem
em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
Os círculos hierárquicos, bem como a escala hierárquica na Polícia Militar do Espírito San-
to, são os seguintes:
• Círculo de Oficiais:
− Círculo de Oficiais Superiores, que é composto pelos seguintes postos:
◦ Coronel PM;
◦ Tenente Coronel PM;
◦ Major PM.
− Círculo de Oficiais Intermediários, composto pelo posto de Capitão PM.
− Círculo de Oficiais Subalternos, que é composto pelos seguintes postos:
◦ Primeiro Tenente PM;
◦ Segundo Tenente PM.
• Círculo de Praças:
− Círculo de Subtenentes e Sargentos, que é composto pelas graduações:
◦ Subtenente PM;
◦ Primeiro Sargento PM;
◦ Segundo Sargento PM.
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Obs.: Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Governador do Estado.
Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido por ato do Comandante-Geral da
Polícia Militar.
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4. Obrigações e Deveres
Com relação às obrigações militares, a Lei Estadual n. 3.196 apresenta uma vasta lista de
situações que caracterizam o valor militar e a ética militar.
Considerando que o custo x benefício de memorizar todas as situações, para fins de prova,
é bastante baixo, a dica é que o candidato compreenda, prioritariamente, as situações que são
consideradas como manifestação do valor militar, haja vista que são apenas seis hipóteses.
Pelo critério da exclusão, as demais situações serão consideradas decorrentes da
ética militar.
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XVIII – abster-se em inatividade do uso das designações hierárquicas quando:
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou policiais milita-
res, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizados;
e) no exercício de funções de natureza não policial militar, mesmo oficiais;
XIX – zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes, obedecendo e fa-
zendo obedecer aos preceitos da ética policial militar.
Ainda que a norma não estabeleça um capítulo específico destinado às vedações dos po-
liciais militares, algumas considerações merecem ser feitas:
O policial militar da ativa, como regra geral, não pode comerciar ou tomar parte na admi-
nistração ou gerência de sociedade. Além disso, não poderá o agente ser sócio ou participar
de sociedade, exceto como acionista ou quotista de sociedade anônima ou por quotas de res-
ponsabilidade limitada.
De igual forma, os integrantes de reserva remunerada, quando convocados, ficam proibi-
dos de tratar, nas organizações policiais militares e nas repartições públicas civis, de interes-
se de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
No que se refere à possibilidade de greve, estabelece a Constituição Federal (artigos 142, §
3º, IV, e artigo 42, §1º) que os militares das Forças Armadas (Marina, Exército e Aeronáutica) e
dos respectivos Estados, Distrito Federal e Territórios não poderão utilizar tal direito.
Por aplicação analógica, o STF possui entendimento de que os policiais civis também es-
tão impedidos de fazer greve.
Militares dos
Militares das Forças
Estados, Distrito Federal Policiais Civis
Armanas
e Territórios
Com relação aos deveres, estatuto estabelece que estes emanam de vínculos racionais e
morais que ligam o policial militar à comunidade estadual e à sua segurança, compreendendo,
essencialmente (trata-se de uma lista exemplificativa):
• a dedicação integral ao serviço policial militar e a fidelidade à instituição a que perten-
ce, mesmo com o sacrifício da própria vida;
• o culto aos símbolos nacionais;
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Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar mediante incorporação, matrícula ou nome-
ação, prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação consciente das obriga-
ções e dos deveres policiais militares e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.
A medida possui caráter solene, sendo o compromisso prestado na presença de tropa,
tão logo o militar adquira o grau de instrução compatível com o perfeito entendimento de
seus deveres.
A depender do cargo ocupado, teremos um compromisso específico a ser prestado pelo
militar, da seguinte forma:
Como visto anteriormente, uma série de deveres, direitos e obrigações são elencadas
para os policiais militares. Sendo assim, o que será que acontece quando tais agentes deixam
de cumprir com tais disposições?
A violação das obrigações, dos preceitos ou dos deveres militares constitui crime ou trans-
gressão disciplinar. A violação será considerada mais grave quanto mais elevado for o grau
hierárquico do infrator.
Além disso, a inobservância dos deveres previstos em leis e regulamentos, ou a falta de
exação no cumprimento deles, acarreta, para o militar, responsabilidade funcional, pecuniária,
disciplinar ou penal, na conformidade da legislação específica.
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Art. 39. A violação das obrigações ou dos deveres policiais militares constituirá crime ou transgres-
são disciplinar, conforme dispuserem a legislação ou regulamentação específicas.
§ 1º A violação dos preceitos da ética policial militar é tão mais grave quanto mais elevado for o grau
hierárquico de quem a cometer.
§ 2º No concurso de crime militar e de transgressão disciplinar será aplicada somente a pena rela-
tiva ao crime.
Art. 40. A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos ou a falta de exação no
cumprimento dos mesmos acarreta para o policial militar, responsabilidade funcional, pecuniária,
disciplinar ou penal consoante a legislação específica.
Parágrafo único. A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal poderá
concluir pela incompatibilidade do policial militar com o cargo ou pela incapacidade do exercício
das funções policiais militares a ele inerentes.
O militar estadual que, por sua atuação, se tornar presumivelmente incompatível com o
cargo ou demonstrar incapacidade no exercício de funções a ele inerentes, poderá ser afasta-
do do cargo durante a apuração dos fatos. Neste sentido, é importante destacar que a compe-
tência para determinar o afastamento do cargo ou o impedimento do exercício da função será
determinada em lei específica.
Art. 41. O militar estadual que, por sua atuação, se tornar presumivelmente incompatível com o
cargo ou demonstrar incapacidade no exercício de funções a ele inerentes, poderá ser afastado do
cargo durante a apuração dos fatos.
Parágrafo único. A competência para determinar o afastamento do cargo ou o impedimento do exer-
cício da função será determinada em lei específica.
Obs.: São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores
quanto as de caráter reivindicatório.
A depender da irregularidade cometida, a conduta do policial pode ser tipificada como cri-
me militar ou, ainda, como infrações disciplinares.
Vejamos, de acordo com a norma em estudo, as previsões para ambos os institutos:
Art. 43. O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo é competente para processar e julgar os
policiais militares nos crimes definidos em lei como militares.
Art. 44. Aplicam-se aos policiais militares, no que couberem, as disposições estabelecidas no Có-
digo Penal Militar.
Art. 45. O Código de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais (CEDME) terá por finalidade definir,
especificar e classificar as infrações disciplinares e instituir normas relativas a sanções discipli-
nares, conceitos, recursos, recompensas, bem como estabelecer os processos e procedimentos
administrativos disciplinares e o funcionamento do Conselho de Ética e Disciplina Militares.
§ 1º Militares Estaduais são os membros da Polícia Militar (PM-ES) e do Corpo de Bombeiros Mili-
tar (CBMES) do Estado do Espírito Santo.
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§ 2º O CEDME obedecerá aos princípios fundamentais da administração pública contidos no orde-
namento jurídico brasileiro e também, dentre outros, aos seguintes princípios:
I – dignidade da pessoa humana;
II – presunção de inocência;
III – devido processo legal;
IV – contraditório e ampla defesa;
V – razoabilidade e proporcionalidade;
VI – vedação de medida privativa e restritiva de liberdade.
DICA:
Dos artigos em questão, três são as informações essenciais
para a nossa prova:
a) O Tribunal de Justiça do Espírito Santo é o órgão compe-
tente para processar e julgar os policiais nos crimes militares.
b) O Oficial, presumivelmente incapaz de permanecer como
militar estadual da ativa, será, na forma da Constituição Esta-
dual e do CEDME, submetido a Processo Administrativo Dis-
ciplinar Demissionário.
c) O Aspirante a Oficial e as praças, presumivelmente inca-
pazes de permanecerem como militares estaduais da ativa,
serão submetidos a Processo Administrativo Disciplinar De-
missionário, na forma do CEDME.
5. Direitos e Prerrogativas
Assim como ocorre com os direitos e deveres, a norma estadual elenca uma série de di-
reitos e prerrogativas que podem, desde que atendidas as regras legais, ser conferidas aos
policiais militares.
E isso ocorre na medida em que há um Sistema de Proteção Social dos Militares, que, em
linhas gerais, pode ser definido como o conjunto integrado de direitos, serviços e ações, per-
manentes e interativas, de remuneração, pensão, saúde e assistência, nos termos desta Lei e
das regulamentações específicas.
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Sempre que o policial se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou
disciplinar de superior hierárquico, poderá ele recorrer ou apresentar pedido de reconsideração.
Deve ser salientado que a lei apresenta prazos prescricionais para que o direito de recorrer
possa ser exercido. Como consequência, após o transcurso de tais prazos, não há mais a pos-
sibilidade do agente recorrer na esfera administrativa. Sendo assim, o direito de recorrer na
esfera administrativa prescreverá:
• em 15 dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, com relação a ato
relacionado com a composição de quadro de acesso;
• em 120 dias, nos demais casos.
Além disso, devemos memorizar que o policial militar da ativa que, nos casos cabíveis, se
dirigir ao Poder Judiciário, deverá participar, antecipadamente, esta iniciativa à autoridade a
que estiver subordinado.
Em seu artigo 50, o estatuto estabelece regras relacionadas com a possibilidade dos poli-
ciais virem a serem eleitos para cargos eletivos. Tais regras, com a entrada em vigor da Cons-
tituição Federal, estão revogadas, não podendo, consequentemente, ser exigidas em provas de
concurso público.
Com relação à elegibilidade do policial militar, devemos memorizar as seguintes
disposições:
Inicialmente, é preciso destacar que uma das condições de elegibilidade, de acordo com o
texto da Constituição Federal, é a filiação partidária.
No entanto, os militares não podem ser filiados a partidos políticos, conforme vedação
constitucional.
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A condição de elegibilidade relativa à filiação partidária contida no art. 14, § 3º, inciso
V, da Constituição Federal, não é exigível ao militar da ativa que pretenda concorrer a
cargo eletivo, bastando o pedido de registro de candidatura, após prévia escolha em
convenção partidária.
Desta forma, podem os militares, quando na ativa, concorrer a cargos eletivos sem a neces-
sidade de filiação partidária com a antecedência mínima estabelecida para as demais pessoas.
Ainda no que se refere aos militares, estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 14,
§8º, as regras a serem observadas após o registro da candidatura:
• Os militares, enquanto em serviço (na ativa) não podem ser filiados a partidos políticos.
• Os militares, quando alistáveis, podem ser eleitos para cargos eletivos.
• O requisito da filiação partidária, para os militares, é relativizado. No entanto, os demais
requisitos de elegibilidade devem, obrigatoriamente, ser atendidos.
5.1. Remuneração
Ainda que o estatuto relacione uma série de regras referentes à remuneração dos policiais
militares, devemos ter em mente que, conforme previsão da Constituição Federal, os militares
estão dentre os agentes que devem, obrigatoriamente, ser remunerados por meio de subsídio.
O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, sendo
vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de representação.
Constitui o subsídio a forma mais transparente de remunerar os servidores públicos, uma
vez que evita as chamadas gratificações imprecisas ou pouco detalhadas. Por meio do subsí-
dio, temos um valor único fixado em lei, de forma que o valor final a ser recebido pelo servidor
já é conhecido de antemão, sem a possibilidade de recebimento gratificações ou adicionais
que se incorporem ao vencimento.
De acordo com a constituição federal, todas as classes de servidores podem receber por
meio de subsídio, desde que alterem a lei que regula a respectiva carreira funcional.
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Ainda assim, e considerando que estamos diante de uma prova de legislação (onde as
questões tendem a exigir, na imensa maioria das vezes, a literalidade das normas), relacio-
no abaixo as disposições do estatuto referentes à remuneração dos policiais militares do
Espírito Santo.
Art. 51. A remuneração dos policiais militares compreende vencimentos ou proventos, indenização
e outros direitos, e é devida em bases estabelecidas em Lei especial.
§ 1º Os policiais militares na ativa percebem remuneração constituída pelas seguintes parcelas:
a) mensalmente:
I – vencimentos compreendendo soldo e gratificações; e
II – indenizações;
b) eventualmente, outras indenizações.
§ 2º Os policiais militares em inatividade percebem remuneração constituída pelas seguintes par-
celas:
a) mensalmente:
I – proventos, compreendendo soldo ou quotas de soldo, gratificações, e indenizações incorporá-
veis; e
II – adicional de inatividade; e
b) eventualmente, auxílio-invalidez.
§ 3º Os policiais militares receberão salário-família de conformidade com a Lei que o rege.
Art. 52. O auxílio-invalidez, atendidas as condições estipuladas na Lei especial que trata da remune-
ração dos policiais militares, será concedido ao policial militar quando em serviço ativo, tenha sido
ou venha a ser reformado por incapacidade definitiva e considerado inválido, isto é, impossibilitado
total e permanentemente para qualquer trabalho, não podendo prover os meios de subsistência.
Art. 53. O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos
previstos em Lei.
Art. 54. O valor do soldo é igual para o policial militar da ativa, da reserva remunerada ou reformado
de um mesmo grau hierárquico, ressalvado o disposto no inciso II do art. 48 deste Estatuto.
Art. 55. É proibido acumular remuneração de inatividade.
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Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos policiais militares da reserva remunerada
e aos reformados, quanto ao exercício de mandato eletivo, quanto à função de magistério ou de
cargo em comissão ou quanto ao contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados.
Art. 56. Os proventos da inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder
aquisitivo da moeda se modificarem os vencimentos das policiais militares em serviço ativo.
Parágrafo único. Ressalvados os casos previstos em Lei, os proventos da inatividade não poderão
exceder a remuneração percebida pelo policial militar da ativa, no posto ou graduação correspon-
dente ao de seus proventos.
Além das férias, podem ser concedidos aos policiais militares os seguintes afastamentos:
• núpcias: 8 dias;
• luto: até 8 dias;
• instalação: até 10 dias;
• trânsito: até 30 dias.
Obs.: O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou de luto será concedido, em caso
de núpcias, se solicitado por antecipação à data do evento e, em caso de luto, tão logo
a autoridade a que estiver subordinado o policial militar tenha conhecimento do óbito.
Como não poderia ser diferente, as férias e os demais afastamentos legais serão conce-
didos com a remuneração do agente, sendo o período computado como de efetivo exercício
para todos os efeitos legais.
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5.3. Licenças
A licença pode ser definida como a autorização para afastamento total do serviço, em
caráter temporário, concedida ao policial militar, obedecidas às disposições legais e regu-
lamentares.
Quatro são as licenças, de acordo com as disposições do estatuto em análise, que podem
ser conferidas aos policiais militares, sendo elas:
• licença especial;
• licença para tratar de interesse particular;
• licença para tratamento de saúde de pessoa da família;
• licença para tratamento de saúde própria.
Destas, a lei apenas apresenta regras relacionadas com a licença especial e com a licença
para tratar de interesses particulares. Nos demais casos, a regulamentação deverá ser feita
por outras normas legais.
Sendo assim, vejamos as disposições previstas no estatuto para as mencionada licenças:
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Uma vez tendo sido concedidas, a licença especial e a licença para tratar de interesse
particular poderão ser interrompidas nas seguintes situações:
• em caso de mobilização e estado de guerra;
• em caso de decretação de estado de sitio;
• para cumprimento de sentença que importe na restrição da liberdade individual;
• para cumprimento de punição disciplinar, conforme regulado pelo Comandante Geral da
Polícia Militar; e
• em caso de pronúncia em processo, criminal ou indicação em inquérito policial militar, a
juízo da autoridade que efetivou a pronúncia ou a indiciação.
Ainda que a norma não estabeleça as regras referentes à licença para tratamento de saúde
de pessoa da família, o § 2º do artigo 67 estabelece que:
5.4. Prerrogativas
As prerrogativas dos policiais militares são constituídas pelas honras, dignidades e distin-
ções devidas aos graus hierárquicos e cargos.
O texto da Lei Estadual n. 3.196 elenca as seguintes prerrogativas para os policiais milita-
res do Espírito Santo:
• uso de título, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas da Polícia Militar correspon-
dente no posto ou graduação;
• honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em Leis e regula-
mentos;
• cumprimentos de pena de prisão ou detenção em organização policial militar da própria
Corporação cujo comandante chefe ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o
punido;
• julgamento em foro especial, nos crimes militares.
Questão interessante refere-se ao procedimento que deve ser adotado em caso de fla-
grante delito cometido pelo policial militar. Será que as autoridades civis, nesta situação,
teriam competência para prender o PM?
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A reposta nos é dada pelo artigo 69 do estatuto, que estabelece um pequeno regramento a
ser observado nesta situação.
Art. 69. Somente em caso de flagrante delito o policial militar poderá ser preso por autoridade poli-
cial, ficando esta obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade policial militar mais próxima, só
podendo retê-lo na delegacia ou posto policial, durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.
§ 1º Cabe ao Comandante Geral a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial que não cumprir
o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer preso policial
militar ou não lhe der o tratamento devido ao seu posto ou graduação.
§ 2º Se, durante o processo em julgamento no foro civil, houver perigo de vida para qualquer preso
policial militar, o Comandante Geral da Polícia Militar providenciará os entendimentos com a autori-
dade judiciária visando à guarda dos pretórios ou tribunais por força policial militar.
Desta forma, temos que memorizar que apenas em caso de flagrante delito é que os poli-
ciais militares poderão ser presos pela polícia civil. Ainda assim, deverá o agente civil, em caso
de prisão, entregar o policial militar imediatamente à autoridade policial militar mais próxima.
Ainda no campo das prerrogativas, a lei estabelece a forma como deve ser feito uso dos
uniformes por parte dos policiais militares. Ressalta-se que todas as previsões neste sentido
refletem o caráter de polícia ostensiva desempenhado pela Polícia Militar.
O policiamento ostensivo, em linhas gerais, pode ser definido como todas as atividades
realizadas pela Polícia Militar e que estão “visíveis” à população.
Tal forma de policiamento se diferencia, por exemplo, da polícia secreta, que é realizada,
normalmente, em investigações nas quais o conhecimento da população poderia colocar em
risco a operação como um todo.
A polícia ostensiva, neste sentido, é materializada por meio das viaturas identificadas, do
patrulhamento com emissão de sons (sirene), dos uniformes utilizados pelos policiais milita-
res e das demais formas de exercício em seja possível identificar, por parte da população, que
é a Polícia Militar quem está desempenhando tais atividades.
Em outros termos, a polícia ostensiva é sinônimo de polícia que pode ser vista pela
população.
Vamos conhecer as regras elencadas no estatuto no que se refere ao correto uso dos uni-
formes da Polícia Militar:
Art. 71. Os uniformes da Polícia Militar com seus distintivos, insígnias e emblemas, são privativos
dos policiais militares e representam o símbolo da autoridade policial militar com as prerrogativas
que lhe são inerentes.
Parágrafo único. Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos unifor-
mes, distintivos, insígnias e emblemas policiais militares, bem como o seu uso por quem a eles
não tiver direito.
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Art. 72. O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como os modelos,
descrição, composição, peças acessórias e outras disposições são estabelecidas na regulamenta-
ção específica da Polícia Militar.
§ 1º É proibido ao policial militar o uso dos uniformes:
a) em manifestação de caráter político-partidária;
b) no estrangeiro, quando em atividades não relacionadas com a missão do policial militar, salvo
quando expressamente determinado ou autorizado;
c) na inatividade, salvo para comparecer a solenidades militares e policiais militares e, quando auto-
rizado a cerimônias cívicas comemorativas de datas nacionais ou a atos sociais solenes de caráter
particular.
§ 2º Os policiais militares na inatividade cuja conduta possa ser considerada como ofensiva à
dignidade da classe, poderão ser definitivamente proibidos de usar uniformes por decisão do Co-
mandante Geral da Polícia Militar.
Art. 73. O policial militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme que use e aos
distintivos, emblemas ou às insígnias que ostente.
Art. 74. É vedado a qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniformes ou ostentar dis-
tintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados na Polícia Militar.
Parágrafo único. São responsáveis pela infração das disposições deste artigo os diretores ou chefes
de repartições, organizações de qualquer natureza, firma ou empregadores, empresas, institutos
ou departamentos que tenham adotado ou consentido que sejam usados uniformes ou ostentados
distintivos, insígnias ou emblemas que ofereçam semelhança com os adotados na Polícia Militar ou
que possam com eles ser confundidos.
6. Disposições Diversas
Sete são as situações especiais que devem ser memorizadas para fim de prova, sendo elas:
• agregação;
• reversão;
• excedente;
• ausente;
• desertor;
• desaparecimento;
• extravio.
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A agregação é a situação na qual o policial militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala
hierárquica de seu Quadro, nela permanecendo sem número.
O policial militar deve ser agregado nas seguintes hipóteses:
a) quando for nomeado para cargo policial militar, policial ou, ainda, considerado de natureza
policial militar ou policial, em lei ou decreto, mesmo que não previsto nos Quadros de
Organização da Polícia Militar;
b) enquanto aguardar transferência “ex-offício” para a reserva remunerada, por ter sido
enquadrado em quaisquer dos requisitos que a motivam;
c) quando for afastado, temporariamente, do serviço ativo por motivo de:
I – ter sido julgado incapaz temporariamente, após um ano contínuo de tratamento;
II – ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo de reforma;
III – haver ultrapassado um ano contínuo em licença para tratamento de saúde própria;
IV – haver ultrapassado 6 meses contínuos em licença para tratar de interesse particular;
V – haver ultrapassado 6 meses contínuos em licença tratar de saúde de pessoa da família;
VI – ter sido considerado oficialmente extraviado;
VII – haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção previsto no Código Penal
Militar, se oficial ou praça com estabilidade assegurada;
VIII – como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido capturado e reincluído a
fim de se ver processar;
Agregação IX – se ver processar, após, ficar exclusivamente à disposição da Justiça Civil;
X – ter sido condenado à pena restritiva de liberdade superior a 6 meses, em sentença passada
em julgado, enquanto durar a execução ou até ser declarado indigno de pertencer à Polícia
Militar ou com ela incompatível;
XI – ter passado à disposição de Secretaria de Estado, de órgãos do Governo Federal e do
Governo Estadual para exercer função de natureza civil;
XII – ter sido nomeado para qualquer cargo púbico civil temporário, não eletivo, inclusive de
administração indireta;
XIII – ter-se candidatado a cargo eletivo desde que conte 5 ou mais anos de efetivo serviço;
XIV – ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou
função prevista no Código Penal Militar;
XV – ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou
função prevista no Código Penal Militar;
A agregação se faz por ato do Governador do Estado ou de autoridade a que tenham sido
delegados poderes para isso.
Fica autorizada a cessão de militar da ativa ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, por prazo
determinado, exclusivamente para atender a necessidades específicas dessas instituições,
observando-se para tanto a celebração de convênio e o seguinte quantitativo máximo:
a) até 20 militares para atender ao Tribunal de Justiça;
b) até 20 militares para atender ao Ministério Público.
Reversão é o ato pelo qual o policial militar agregado retorna ao respectivo Quadro, tão logo
cesse o motivo que determinou a sua agregação, voltando a ocupar o lugar que lhe competir na
Reversão respectiva escala numérica na primeira vaga que ocorrer.
A reversão será Governador do Estado ou de autoridades às quais tenham sido delegados
poderes efetuada mediante ato do para isso.
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Em linhas gerais, a deserção trata-se do abandono, por parte do policial militar, do desempenho
de suas atribuições sem a permissão da autoridade superior.
Desertor
De acordo com o estatuto, o policial militar é considerado desertor nos casos previstos na
legislação penal militar.
O policial militar que permanecer desaparecido por mais de 30 dias será, oficialmente,
Extravio
considerado extraviado.
Em todas elas, o desligamento do serviço ativo será processado após a expedição de ato
do Governador do Estado, ou, alternativamente, de autoridades às quais tenham sido delega-
dos poderes para tal medida.
Mas atenção! O militar estadual da ativa, quando enquadrado nas situações de transferên-
cia para a reserva remunerada, reforma, ou demissionário a pedido, continuará no exercício de
suas funções até ser desligado da Organização Militar Estadual em que serve. Posteriormen-
te, o desligamento deverá ser feito após a publicação no Diário Oficial ou em Boletim, do ato
oficial correspondente, no prazo estabelecido.
Vejamos as principais características de cada uma das situações de desligamento
ou exclusão:
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A passagem do policial militar à situação de inatividade, mediante reforma, somente se dará ex-
offício. Assim, sendo, não poderemos ter a reforma mediante a formulação de pedido
por parte do policial.
A reforma será aplicada ao policial militar que:
I – atingir 65 anos de idade;
II – for julgado incapaz, definitivamente, para o serviço ativo da Polícia Militar;
III – estiver agregado por mais de 2 anos por ter sido julgado incapaz temporariamente, mediante
homologação de Junta Superior de Saúde, ainda mesmo que se trate de moléstia curável;
IV – for condenado à pena de reforma prevista no Código Penal Militar, por sentença passada em
julgado;
V – sendo oficial, a tiver determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado, em julgamento por ele
efetuado, em consequência do Conselho de Justificação a que foi submetido; e
VI – sendo Aspirante a Oficial PM ou praça com estabilidade assegurada, for para tal indicado, ao
Comandante Geral da Polícia Militar, em julgamento de Conselho de Disciplina.
A norma determina que anualmente, no mês de fevereiro, o órgão de pessoal de Polícia Militar
organizará a relação dos policiais militares que houverem atingido a idade limite de permanência
na reserva, a fim de serem reformados.
A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de:
a) ferimento recebido em operações policiais militares ou na manutenção da ordem pública ou
enfermidade contraída nessa situação, ou que nela tenha sua causa eficiente;
b) acidente em serviço;
c) doença, moléstia ou enfermidade adquirida com relação de causa a condições inerente ao
serviço;
Reforma
d) tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível
e incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave e outras moléstias que a Lei indicar com base nas conclusões da medicina
especializada;
c) acidente ou doença, moléstia ou enfermidade sem relação de causa e feito com o serviço.
Sendo considerado incapaz definitivamente, o policial militar da ativa será reformado:
a) com remuneração proporcional ao tempo de serviço, se oficial ou praça com estabilidade
assegurada;
b) com remuneração calculada com base no soldo integral do posto ou graduação, desde
que, com qualquer tempo de serviço, seja considerado inválido, isto é, impossibilitado total e
permanentemente para qualquer trabalho.
O policial militar reformado por incapacidade definitiva que for julgado apto em inspeção de saúde
por Junta Superior, em grau de recurso ou revisão, poderá retornar ao serviço ativo ou ser
transferido para a reserva remunerada.
No entanto, o retorno ao serviço ativo apenas ocorrerá se o tempo decorrido na condição
de reformado não ultrapassar 2 anos. Em sentido oposto, a transferência para a reserva
remunerada, observado o limite de idade para a permanência nessa reserva, ocorrerá se o
tempo transcorrido na situação de reformado ultrapassar 2 anos.
O militar reformado por incapacidade definitiva para o serviço ativo militar ou reformado por
invalidez poderá ser convocado, por iniciativa da administração, a qualquer momento,
para revisão das condições que ensejaram a reforma. Neste caso, o militar reformado por
incapacidade definitiva para o serviço ativo ou reformado por invalidez é obrigado, sob pena de
suspensão da remuneração, a submeter-se à inspeção de saúde a cargo da administração.
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Como anteriormente mencionado, a deserção ocorre quando o militar abandona o seu cargo,
sem permissão do superior hierárquico, e não manifesta interesse em reassumi-lo.
Sendo assim, a deserção acarreta uma interrupção do serviço com a consequente demissão de
Deserção
ofício do militar estadual.
Neste caso, o militar estadual que praticar o crime de deserção será demitido conforme as regras
estabelecidas no Código de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais.
O falecimento do policial militar da ativa acarreta interrupção do serviço policial militar, com o
Falecimento
consequente desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data da ocorrência do óbito.
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8. Tempo de Serviço
No âmbito da estrutura da PM-ES, o tempo de serviço possui uma alta importância, haja
vista que é um dos critérios utilizados no momento da determinação da precedência entre
dois ou mais policiais.
Sendo assim, a norma determina que os policiais militares começam a contar tempo de
serviço na Polícia Militar a partir da data de sua inclusão na Polícia Militar, da matrícula em
órgão de formação de policiais militares ou da nomeação para o posto ou graduação na Po-
lícia Militar.
Importante ressaltar que, na apuração do tempo de serviço militar, deverá ser feita a distin-
ção entre tempo de efetivo serviço e anos de serviço.
Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia a dia entre a data de incor-
poração e a data limite estabelecida para a contagem ou a data do desligamento do serviço
ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado.
Será também computado como tempo de efetivo serviço o tempo passado dia a dia, pelo
policial militar, na reserva remunerada que for convocado para o exercício de funções policiais
militares. Ao tempo de efetivo serviço, apurado e totalizado em dias, será aplicado o divisor
365 para a correspondente obtenção dos anos de efetivo serviço.
Obs.: Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço os períodos em que o policial militar
estiver afastado do exercício de suas funções em gozo de licença especial.
Além disso, serão considerados como tempo de serviço os seguintes afastamentos:
a) férias;
b) núpcias;
c) luto;
d) instalação;
e) trânsito.
“Anos de serviço” é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço, com os seguintes
acréscimos:
• tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, prestado pelo policial militar
anteriormente a sua incorporação, matrícula, nomeação ou reinclusão na Polícia Militar;
• tempo relativo a férias não gozadas, contado em dobro; e
• tempo de serviço público estadual prestado exclusivamente ao Governo do Estado do
Espírito Santo.
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Vejamos as demais disposições relacionadas com o tempo de serviço dos policiais milita-
res do Estado do Espírito Santo:
Art. 124. O tempo que o policial militar passou ou vier a passar afastado do exercício de suas funções,
em consequência de ferimentos recebidos em acidente, quando em serviço, em operações policieis
militares e manutenção da ordem pública, ou de moléstia adquirida no exercício de qualquer função
policial militar será computado como se ele o tivesse passado no exercício efetivo daquelas funções.
Art. 125. O tempo de serviço passado pelo policial militar no exercício de atividades decorrentes ou
dependentes de operações de guerra será regulado em legislação específica.
Art. 126. O tempo de serviço dos policiais militares beneficiados por anistia será contado como
estabelecer o ato legal que a conceder.
Art. 127. A data limite estabelecida para final da contagem dos anos de serviço para fins de passa-
gem para a inatividade será a do desligamento do serviço ativo.
Parágrafo único. A data limite não poderá exceder de 45 (quarenta e cinco) dias, dos quais o máximo
de 15 (quinze) no órgão encarregado de efetivar a transferência, da data da publicação do ato de
transferência para a reserva ou reforma em Diário Oficial ou Boletim da Corporação, considerada
sempre a primeira publicação oficial.
Art. 128. Na contagem dos anos de serviço não poderá ser computada qualquer superposição dos
tempos de serviço público (federal, estadual e municipal ou passado em órgão de administração
indireta) entre si, nem com os acréscimos de tempo, para os possuidores de curso universitário, nem
com o tempo de serviço computável após a incorporação em Organização Policial Militar, matrícula
em órgão de formação de policiais militares ou nomeação para posto ou graduação na Polícia Militar.
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LEGISLAÇÃO
Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
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As dispensas de serviço, por sua vez, são autorizações concedidas aos policiais militares
para afastamento total do serviço em caráter temporário. Estas dispensas podem ser concedi-
das aos policiais com base nos seguintes critérios:
• como recompensa;
• para desconto em férias; e
• em decorrência de prescrição médica.
Recompensas Dispensas
Por fim, o estatuto apresenta regras específicas relacionadas com a possibilidade de casa-
mento por parte dos policiais militares.
De acordo com a norma, o policial militar da ativa pode contrair matrimônio, desde que,
para isso, observe as disposições da legislação civil específica.
No entanto, é vedado o casamento ao Aluno Oficial PM e demais praças, enquanto estive-
rem sujeitos aos regulamentos dos órgãos de formação de oficiais, de graduados ou de praças
cujos requisitos para admissão exijam a condição de solteiro, salvo em casos excepcionais a
critério do Comandante Geral da PM.
Em caso de não observância da vedação, os policiais serão excluídos, sem direito a qual-
quer remuneração ou indenização.
Ressalta-se que o casamento dos policiais militares com mulher estrangeira somente po-
derá ser realizado após a autorização do Comandante Geral de PM.
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Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
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Para responder esta pergunta, temos que fazer uso das disposições do artigo 133-F, com
a seguinte redação:
Por fim, vejamos as disposições do artigo 133-G, que elenca as situações em que a pensão
militar será extinta:
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Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
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IV – pela cessação de quaisquer das condições que garantiram a qualidade de beneficiário;
V – pela condenação criminal por sentença com trânsito em julgado, do beneficiário como autor,
coautor ou partícipe de homicídio doloso, inclusive em sua forma tentada, cometido contra pessoa
do militar, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis;
VI – pela comprovação, a qualquer tempo, de simulação ou fraude no casamento ou na união es-
tável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício, apuradas em processo
judicial ou administrativo no qual serão assegurados o contraditório e a ampla defesa;
VII – pela adoção, para filho adotado que receba pensão militar dos pais biológicos;
VIII – pela renúncia expressa do beneficiário plenamente capaz;
IX – em relação aos beneficiários de que trata o inciso I do art. 133-A, observar-se-ão, também, os
seguintes prazos:
a) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer antes de 18 (dezoito) meses da incorporação do militar
ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do
óbito do militar;
b) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na
data de óbito do militar, se o óbito ocorrer após 18 (dezoito) meses da incorporação do militar e pelo
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável:
1. 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade;
2. 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade;
3. 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade;
4. 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade;
5. 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade;
6. vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade.
§ 1º Serão aplicados os prazos previstos na alínea “b” do inciso IX, se o óbito do beneficiário de-
correr de acidente de qualquer natureza, independentemente do tempo de atividade militar ou da
comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável.
§ 2º O chefe do Poder Executivo, por meio de decreto, poderá fixar, em números inteiros, novas
idades para os fins previstos na alínea “b” do inciso IX, sempre que modificada a expectativa de
sobrevida da população brasileira ao nascer.
§ 3º A pensão militar decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função será vita-
lícia para o cônjuge ou companheiro, não se aplicando as regras de extinção da pensão previstas
no inciso IX.
§ 4º Aplica-se o disposto no § 3º no caso de morte decorrente de doença profissional ou doença
grave.
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Art. 133-H. Prescreve em 05 (cinco) anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e
qualquer ação do militar ou beneficiário para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições
ou diferenças devidas a título de proventos na inatividade e de quota-parte de pensão militar, res-
guardado o direito dos incapazes ou dos ausentes, segundo a legislação civil.
Art. 133-I. É de 10 (dez) anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do militar
ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de proventos na inatividade ou de quota-parte de
pensão militar, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação
ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no
âmbito administrativo.
Art. 133-J. O direito da Administração de anular os atos administrativos relacionados a inatividade
ou pensão militar, de que decorram efeitos favoráveis para os militares ou seus beneficiários, decai
em 10 (dez) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do
1º (primeiro) pagamento.
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que
importe impugnação à validade do ato.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
001. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF/COMBATENTE/2018) De acordo com a Lei Estadual n.
3.196/1978, será oficialmente considerado extraviado o policial militar que permanecer desa-
parecido por mais de:
a) 30 (trinta) dias.
b) 25 (vinte e cinco) dias.
c) 20 (vinte) dias.
d) 15 (quinze) dias.
e) 10 (dez) dias.
Art. 83. O policial militar que, na forma do artigo anterior, permanecer desaparecido por mais de 30
(trinta) dias, será oficialmente considerado extraviado.
Letra a.
Art. 49. O policial militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou
disciplinar de superior hierárquico, poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou
representação, segundo legislação vigente na Polícia Militar.
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§ 1º O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em 15 (quinze) dias corridos a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto a ato que
decorra de composição de quadro de acesso; e
b) em 120 (cento e vinte) dias nos demais casos.
Letra b.
A interdição judicial do policial militar reformado por alienação mental deverá ser providenciada jun-
to ao Ministério Público, por iniciativa dos beneficiários, parentes ou responsáveis, até 60 (sessenta)
dias a contar da data do ato da reforma.
Letra b.
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Apenas a letra “e”, dentre as opções elencadas, não estabelece uma manifestação essencial
do valor militar, conforme previsão do artigo 25:
Art. 5º A carreira policial militar é caracterizada por atividades continuada e inteiramente devotadas
às finalidades precípuas da Polícia Militar, denominada atividade policial militar.
§ 3º Constitui requisito indispensável para ingressar no Quadro de Oficiais Policiais Militares (QOPM)
a conclusão do Curso de Formação de Oficiais (CFO).
Errado.
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Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
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Art. 3º Os integrantes da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, em razão de sua destinação
constitucional, formam uma categoria especial de servidores públicos do Estado e são denomina-
dos policiais militares (PM).
§ 1º Os policiais militares encontram-se em uma das seguintes situações:
b) na inatividade:
I – na reserva remunerada, quando pertencem à reserva da Polícia Militar e percebem remuneração
do Estado, porém sujeitos ainda, à prestação de serviços na ativa, mediante convocação;
Errado.
A carreira policial militar é privativa do pessoal da ativa, inicia-se com o ingresso na Polícia Militar
e obedece às diversas sequências de graus hierárquicos.
Errado.
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A questão está correta, nos termos do artigo 82 da norma objeto de estudo, de seguinte redação:
Art. 82. É considerado desaparecido o policial militar da ativa que, no desempenho de qualquer ser-
viço, em viagem, em operações policiais militares ou em caso de calamidade pública, tiver paradeiro
ignorado por mais de 8 (oito) dias.
Parágrafo único. A situação de desaparecimento só será considerada quando não houver indício de
deserção.
Certo.
Art. 15. A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim regulada:
II – os Alunos Oficiais PM são hierarquicamente superiores aos Subtenentes PM.
Certo.
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A situação narrada configura uma vedação, e não uma permissão conferida ao Policial Mili-
tar da ativa.
Art. 27. Ao policial militar da ativa, ressalvado o disposto no § 2º, é vedado comerciar ou tomar parte
na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista
ou quotista em sociedade, anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
Errado.
A questão está correta, exigindo uma importante regra relacionada com o casamento dos po-
liciais militares da ativa.
Art. 129, § 2º O casamento com mulher estrangeira somente poderá ser realizado após a autoriza-
ção do Comandante Geral de PM.
Certo.
Em sentido contrário ao que afirmado pelo enunciado, estabelece o artigo 128 que:
Na contagem dos anos de serviço não poderá ser computada qualquer superposição dos tempos
de serviço público (federal, estadual e municipal ou passado em órgão de administração indireta)
entre si, nem com os acréscimos de tempo, para os possuidores de curso universitário, nem com
o tempo de serviço computável após a incorporação em Organização Policial Militar, matrícula em
órgão de formação de policiais militares ou nomeação para posto ou graduação na Polícia Militar.
Errado.
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Art. 120, § 3º Quando, por motivo de força maior, oficialmente reconhecido (incêndio, inundação,
naufrágio, sinistro aéreo e outras calamidades), faltarem dados para a contagem de tempo de servi-
ço, caberá ao Comandante Geral da PM arbitrar o tempo e ser computado, para cada caso particular,
de acordo com os elementos disponíveis.
Errado.
“Anos de serviço” é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço, com uma série de
acréscimos.
Art. 122. Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia a dia entre a data de incor-
poração e a data limite estabelecida para a contagem ou a data do desligamento do serviço ativo,
mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado.
Art. 123. “Anos de serviço” é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço a que se refere o
art. 122 e seus parágrafos, com os seguintes acréscimos (...)
Errado.
Art. 84, Parágrafo único. O desligamento do serviço ativo será processado após a expedição de ato
do Governador do Estado, ou de autoridades as quais tenham sido delegados poderes para isso.
Errado.
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A questão está certa, exigindo a literalidade das disposições do artigo 33 da norma objeto
de estudo.
Art. 33. A subordinação não afeta de modo algum a dignidade pessoal do policial militar e decorre,
exclusivamente, da estrutura hierarquizada da Polícia Militar.
Certo.
Temos aqui uma das medidas decorrentes dos preceitos da ética militar, e não uma manifes-
tação do valor policial.
Art. 26. O sentimento do dever, o pundonor policial militar e o decoro da classe impõem a cada um
dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis com a observância
dos seguintes preceitos de ética policial militar:
II – exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência
do cargo;
Errado.
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Art. 27, § 3º No intuito de desenvolver a prática profissional dos oficiais integrantes do Quadro de
Saúde, é lhes permitido o exercício da atividade técnico-profissional, no meio civil, desde que tal
prática não prejudique o serviço.
Errado.
As alturas mínimas exigidas, de acordo com a norma em estudo, é de 1,65m para homens e de
1,60m para mulheres.
Art. 9º O ingresso na Polícia Militar do Estado do Espírito Santo dar-se-á na carreira de Praças ou
na carreira de Oficiais, por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, destinado ao
provimento dos quadros combatente, músico e de saúde, mediante incorporação, matrícula ou no-
meação na graduação ou posto inicial de cada carreira, observados, além de outras regras previstas
na legislação vigente, os seguintes requisitos gerais:
II – ter altura mínima descalço e descoberto, de 1,65m (um metro e sessenta e cinco centímetros)
para homens e de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) para mulheres;
Errado.
De acordo com o artigo 10, é requisito para a participação no concurso público, dentre outros,
a idade mínima de 18 anos na data da matrícula no curso do respectivo concurso e de máximo
28 anos no primeiro dia de inscrição do respectivo concurso.
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Art. 10. Para a participação no concurso público, o candidato deverá ter no mínimo 18 (dezoito)
anos de idade na data da matrícula no curso do respectivo concurso e no máximo 28 (vinte e oito)
anos de idade no primeiro dia de inscrição do respectivo concurso, exceto para o concurso de in-
gresso no Quadro de Oficiais Médicos (QOM), em que deverá ter no máximo 35 (trinta e cinco) anos
no primeiro dia de inscrição, devendo apresentar, ainda, os seguintes requisitos específicos (...)
Errado.
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GABARITO
1. a
2. b
3. c
4. b
5. e
6. E
7. E
8. E
9. E
10. C
11. E
12. C
13. E
14. E
15. C
16. E
17. E
18. E
19. E
20. C
21. E
22. E
23. E
24. E
25. E
Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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