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LEGISLAÇÃO

Lei n. 3.196/1978 – Estatuto dos Policiais


Militares do Espírito Santo

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO
Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
Diogo Surdi

Sumário
Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo................................................................... 4
1. Disposições Gerais....................................................................................................................... 4
2. Ingresso na Polícia Militar......................................................................................................... 6
3. Hierarquia e Disciplina.. ............................................................................................................ 10
4. Obrigações e Deveres................................................................................................................13
5. Direitos e Prerrogativas............................................................................................................ 17
5.1. Remuneração............................................................................................................................19
5.2. Férias e Afastamentos...........................................................................................................21
5.3. Licenças.................................................................................................................................... 22
5.4. Prerrogativas.......................................................................................................................... 23
6. Disposições Diversas................................................................................................................ 25
7. Desligamento ou Exclusão do Serviço Ativo........................................................................ 27
8. Tempo de Serviço. . ......................................................................................................................31
9. Recompensas, Dispensas do Serviço e Casamento........................................................... 33
10. Pensão Militar.. ......................................................................................................................... 34
11. Prescrição e Decadência......................................................................................................... 36
Questões de Concursos................................................................................................................ 38
Gabarito............................................................................................................................................48

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Diogo Surdi

Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim!


Na aula de hoje, estudaremos as disposições da Lei Estadual n. 3.196/1978, norma que
estabelece o Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo.
Para que o conhecimento aprendido seja treinado e “posto em prática”, elaborei algumas
questões para auxiliar na fixação da matéria.
Grande abraço e boa aula!
Diogo

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Diogo Surdi

ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DO ESPÍRITO SANTO


1. Disposições Gerais
A Lei Estadual n. 3.196, de 1978, é a norma responsável por estabelecer o Estatuto dos
Policiais Militares do Estado do Espírito Santo.
Assim como ocorre com todos os estatutos, o objetivo, com a elaboração da presente lei,
é apresentar em um único documento os direitos, as prerrogativas, os deveres e as obrigações
dos policiais militares.
Logo em seu artigo 2º, temos a definição acerca da Polícia Militar:

Art. 2º A Polícia Militar, subordinada operacionalmente ao Secretário de Estado da Segurança Pú-


blica, é uma instituição destinada à manutenção da ordem pública no Estado, sendo considerada
força auxiliar, reserva do Exército.

Devemos, para compreender o conceito do, dividir a definição em quatro importantes partes:
• é uma instituição: ao afirmar que a PM-ES é uma instituição, o legislador não elevou a
Polícia Militar, por exemplo, à condição de função essencial à justiça (como ocorre, por
exemplo, com o Ministério Público e com a Defensoria Pública).

Como toda instituição, a PM-ES possui uma finalidade, que é, em última análise, o bem
comum da coletividade. Para alcançar esta finalidade, a norma em análise estabeleceu, con-
forme veremos adiante, uma série de mecanismos, prerrogativas e garantias à polícia militar.
• permanente: por ser uma instituição permanente, a Polícia Militar não poderá ser extinta
do nosso ordenamento jurídico.

Isso ocorre na medida em que a Constituição Federal estabelece como órgão necessá-
rio à manutenção da segurança pública dos diversos entes federativos, dentre outros, a Polí-
cia Militar.

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos se-
guintes órgãos:
I – polícia federal;
II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.

Mencionamos anteriormente que a Polícia Militar possui, dentre outras atribuições, a tarefa
de auxiliar na manutenção da segurança pública.

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Neste sentido, é importante salientar que a segurança pública deve ser vista como um
processo sistêmico e contínuo, que, ainda que se inicie com as medidas de prevenção, deve
abarcar, também, o papel da população (mediante denúncias), o papel das autoridades públi-
cas e as demais medidas de repressão aos danos causados.
• força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro: ao afirmar que a Polícia Militar é uma for-
ça auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, a norma informa que tal corporação apenas
será utilizada, por parte do Exército, em missões especiais.

Assim, a Polícia Militar, da qual faz parte a PM-ES, deve, diante de missões excepcionais (e
desde que previamente requisitada) auxiliar o Exército.
Neste sentido, inclusive, é o teor do artigo 144, § 6º, da Constituição Federal:

Art. 144, § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do
Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Territórios.

• organizada com base na hierarquia e na disciplina militares: a hierarquia e a disciplina


são verdadeiros princípios das atividades militares, conforme veremos oportunamente.

Os integrantes da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, ainda que organizados em


careiras distintas, formam uma categoria especial de servidores públicos, sendo denominados
policiais militares.
Os policiais militares, por sua vez, podem encontrar-se tanto “na ativa” quanto na “inativi-
dade”, da seguinte forma:

Policiais Militares na Ativa Policiais Militares na Inatividade

a) os policiais militares de carreira; a) na reserva remunerada, quando


b) os incluídos na PM, voluntariamente, pertencem à reserva da Polícia Militar e
durante os prazos a que se obrigaram a percebem remuneração do Estado, porém
servir; sujeitos ainda, à prestação de serviços na
c) os componentes da reserva remunerada ativa, mediante convocação;
da Polícia Militar, quando convocados; b) reformados, quando, tendo passado
d) os alunos de órgãos de formação de por uma das situações anteriores, estão
policiais militares da ativa; dispensados, definitivamente, da prestação
de serviço na ativa mas continuam perceber
a remuneração do Estado.

Ainda que muitos sejam os conceitos “novos” apresentados neste momento, fiquem tran-
quilos, pois iremos estudar mais detalhadamente, ao longo da aula, todos eles.

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De momento, precisamos saber apenas que, de acordo com o artigo 6º, são consideradas
equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”,
“em serviço”, “em atividade, ou “em atividade policial militar”.
Todas elas significam que o policial militar está no pleno exercício de suas atribuições, ou,
em outros termos, que não se encontra na inatividade.
A carreira policial militar é caracterizada por atividades continuada e inteiramente devota-
das às finalidades da Polícia Militar, sendo denominada atividade policial militar.
No desempenho de suas atribuições, os policiais militares desempenham um serviço po-
licial militar. Sendo assim, o serviço policial pode ser conceituado como o exercício de ativi-
dades inerentes à Polícia Militar, compreendendo todos os encargos previstos na legislação
específica, desde que relacionados com a manutenção da ordem pública no Estado.

Atividade Policial Militar Serviço Militar

Atividades continuada e inteiramente O exercício de atividades inerentes à Polícia


devotadas às finalidades da Polícia Militar Militar, compreendendo todos os encargos
previstos na legislação específica, desde que
relacionados com a manutenção da ordem
pública no Estado

Ainda com relação às disposições iniciais, precisamos saber que as regras do presente
estatuto são aplicadas, no que couber:
• aos policiais militares da reserva remunerada e reformados;
• aos capelães policiais militares.

2. Ingresso na Polícia Militar


De acordo com a estrutura da Polícia Militar do Espírito Santo, duas são as carreias existen-
tes, sendo elas as dos Praças e dos Oficiais.
Dentro de cada uma destas carreiras, diversos são os cargos que podem vir a ser ocupa-
dos, conforme previsão do artigo 9º, de seguinte teor:

Art. 9º O ingresso na Polícia Militar do Estado do Espírito Santo dar-se-á na carreira de Praças ou
na carreira de Oficiais, por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, destinado ao
provimento dos quadros combatente, músico e de saúde, mediante incorporação, matrícula ou no-
meação na graduação ou posto inicial de cada carreira, observados, além de outras regras previstas
na legislação vigente, os seguintes requisitos gerais (...).

Assim como ocorre com os servidores civis, o ingresso em alguma das carreiras da PM-ES
dependerá da prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.

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Deve ser salientado que o concurso público para o provimento das carreiras de Oficiais dos
quadros combatente, músico e de saúde, bem como para o provimento da carreira de Praças
dos quadros músico e de saúde, incluirá prova de conhecimentos específicos e matérias cor-
relatas à especialidade do cargo a que o candidato estiver concorrendo, conforme conteúdo
programático previsto em edital.
Tal prova terá, de acordo com a norma, caráter classificatório e eliminatório. Todas as de-
mais etapas do concurso, por sua vez, terão apenas caráter eliminatório.
Para ingressar nas carreiras da PM-ES, deve o particular atender, além das regras previstas
em normas específicas, os seguintes requisitos legais:
• Ser brasileiro, exigindo-se para o quadro de Oficiais, ser brasileiro nato;
• Ter altura mínima descalço e descoberto, de 1,65m (um metro e sessenta e cinco cen-
tímetros) para homens e de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) para mulheres;
• Estar em dia com as obrigações eleitorais e no pleno exercício dos direitos políticos,
mediante apresentação de Certidão expedida pela Justiça Eleitoral;
• Estar em dia com suas obrigações militares se for do sexo masculino, devendo ser por-
tador do Certificado de Reservista ou de Dispensa de Incorporação, e não ter sido afas-
tado do Serviço Militar, seja por reforma, demissão, licenciamento ou exclusão a bem
da disciplina, seja por incapacidade física ou mental definitiva, em qualquer das Forças
Armadas ou Auxiliares;
• Ser aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos, composto de provas
objetivas e discursivas, dentro do limite de vagas, conforme edital do concurso;
• Estar em dia com toda a documentação exigida, para apresentação na data estipulada
pelo edital do concurso;
• Ser aprovado nos exames de saúde que se fizerem necessários e que comprovem a
capacidade física para exercício do cargo, conforme relação constante no edital do con-
curso e segundo normas internas da corporação;
• Ser aprovado em exame toxicológico/antidoping, do tipo “janela de larga detecção” ou
outro de aferição superior, realizado em caráter confidencial, comprovado pela Diretoria
de Saúde e realizado a qualquer tempo durante o processo seletivo;
• Ser aprovado no Exame de Aptidão Física, realizado por meio de Teste de Avaliação Físi-
ca (TAF), segundo normas internas da corporação e previstas em edital;
• Ser aprovado no Exame Psicossomático, realizado pela Diretoria de Saúde ou por institui-
ções por ela determinadas, tendo como parâmetro o perfil profissiográfico estabelecido
para o cargo, constante no edital do concurso, segundo normas internas da corporação;
• Ser aprovado em Investigação Social, apresentando idoneidade moral, comportamento
irrepreensível e ilibada conduta pública e privada, comprovada documentalmente por
certidão de antecedentes criminais, certidões negativas emitidas pela Justiça Federal,
Estadual, Eleitoral e Militar, além de outros levantamentos necessários procedidos pela
instituição, que atestarão a compatibilidade de conduta para o desempenho do cargo;

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• Não apresentar tatuagem definitiva situada em membros inferiores, superiores, pesco-


ço, face e cabeça, que não possa ser coberta por uniforme de educação física da corpo-
ração, composto por calção ou short, camiseta de manga curta e meia de cano curto, ou
outras tatuagens que acarretem a identificação do policial, possibilitando o seu reconhe-
cimento e ameaça à sua segurança;
• Possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou permissão para dirigir automóvel, no
mínimo na categoria “B”, podendo ser cumulada com a categoria “A”, se assim previsto
no edital do concurso.

Com relação aos requisitos elencados, algumas considerações devem ser feitas:
• Como vimos, duas são as carreiras que fazem parte da estrutura da PM-ES, sendo elas
as de Oficial e Praça.

Com relação aos Oficiais, devemos memorizar que tais cargos apenas poderão ser ocupa-
dos por brasileiros natos. Para os Praças, por sua vez, a norma nada menciona acerca deste
requisito. Sendo assim, tais cargos podem vir a ser ocupados por brasileiros, ainda que estes
não sejam natos.

Cargos apenas podem ser ocupados


Oficiais
por brasileiros natos
Carreiras
Cargos podem ser ocupados por brasi-
Praças
leiros, ainda que não sejam natos

• Com relação à vedação às tatuagens, o STF decidiu, no (RE) 898450, que é inconstitu-
cional qualquer tipo de proibição de tatuagens a candidatos a cargo público estabeleci-
da em leis e editais de concurso público.

As exceções, ou seja, situações em que o candidato pode ser eliminado por possuir ta-
tuagens, são excepcionais, como no caso de tatuagens com conteúdo que viole os valores
constitucionais.
Todos os requisitos expressos até o presente momento são de caráter geral, devendo ser
observados pelos candidatos de ambas as carreiras da PM-ES.
Além dos requisitos gerais, no entanto, a norma elenca uma série de requisitos específi-
cos, que variam a depender da carreira ou cargo a ser ocupado. Vejamos todos eles:
• para ingresso no quadro da Qualificação Policial Militar de Praças Combatentes (QPMP-
-C) da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, será exigido nível médio de escolaridade,

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devidamente comprovado por meio de diploma, certificado ou declaração, reconhecido


legalmente por Secretaria da Educação de qualquer das Unidades Federativas do País
ou pelo Ministério da Educação;
• para ingresso no quadro da Qualificação Policial Militar de Praças Auxiliares de Saúde
(QPMP-S) da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, será exigido nível médio de es-
colaridade e curso técnico na área de saúde específica definida em edital, devidamente
comprovado por meio de diploma, certificado ou declaração, reconhecida legalmente
por Secretaria da Educação de qualquer das Unidades Federativas do País ou pelo Mi-
nistério da Educação, além de registro no respectivo Conselho;
• para ingresso no quadro da Qualificação Policial Militar de Praças Especialistas Músi-
cos (QPMP-M) da Polícia Militar do Estado, será exigido nível médio de escolaridade,
devidamente comprovado, por meio de diploma, certificado ou declaração, reconhecido
legalmente por Secretaria da Educação de qualquer das Unidades Federativas do País
ou pelo Ministério da Educação, além de prova prática de música aplicada por banca
examinadora designada pelo Comandante Geral e assessorada por comissão composta
por Oficiais da Banda de Música da PM-ES.

Independente da carreira a ser ocupada (Praça ou Oficial), uma das etapas exigidas para
ingresso é a participação em curso de formação.
Sendo assim, deverá o candidato, no momento da matrícula no curso de formação, atender
às seguintes regras relacionadas com as idades mínima e máxima:
• mínimo de 18 anos (na data da matrícula no curso de formação) e máximo de 28 anos
de idade (no primeiro dia de inscrição do respectivo concurso) para todas os cargos,
exceto para aqueles pertencentes ao Quadro de Oficiais Médicos.
• para os cargos do Quadro de Oficiais Médicos, a idade mínima é a mesma que a dos
demais cargos, ou seja, 18 anos (que devem ser comprovados na data da matrícula no
curso de formação). No que se refere à idade máxima, esta é de 35 anos, devendo ser
comprovada no primeiro dia de inscrição do curso de formação.

Todos os cargos (com exceção dos re-


Quadro de Oficiais Médicos
ferentes ao Quadro de Oficiais Médicos)

Idade mínima de 18 anos (comprovada no Idade mínima de 18 anos (comprovada no


momento da matrícula no curso de formação) momento da matrícula no curso de formação)

Idade máxima de 28 anos no primeiro dia Idade máxima de 35 anos no primeiro dia
de inscrição no curso de formação de inscrição no curso de formação

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 Obs.: Cargo militar é aquele que só pode ser exercido por militar em serviço. Desta forma, o
cargo militar é o que se encontra especificado no Quadro de Organização, ou previsto,
caracterizado ou definido como tal em outras disposições legais.

Os cargos policiais militares são providos com pessoal que satisfizer aos requisitos de grau
hierárquico e de qualificação exigidos para o seu desempenho.
O provimento de cargo policial militar se faz por ato de nomeação, de designação ou determi-
nação expressa de autoridade competente.

Assim como acontece com os servidores civis, a cada cargo militar corresponde um con-
junto de atribuições, deveres e responsabilidades que se constituem em obrigações do respec-
tivo ocupante.
As obrigações inerentes ao cargo militar devem ser compatíveis com o correspondente
grau hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação específica.
Considera-se vago o cargo a partir de sua criação e até que um policial militar tome posse,
ou desde o momento em que o policial militar seja exonerado, dispensado ou que, tendo rece-
bido determinação expressa de autoridade competente, o deixe e até que outro policial militar
tome posse.
Consideram-se também vagos os cargos policiais militares cujos ocupantes:
• tenham falecido;
• tenham sido considerados extraviados;
• tenham sido considerados desertores.

 Obs.: Função militar, por sua vez, é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar.

Observa-se, com base nos conceitos de cargo e de função, que esta apenas existe na me-
dida em que o agente ocupa, também, um cargo militar.
Em outros termos, é correto afirmar que, no âmbito militar, não há a possibilidade de de-
sempenho exclusivo de função, haja vista que esta, como visto, é o exercício das obrigações
relacionadas com o cargo militar.

3. Hierarquia e Disciplina
A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Polícia Militar.
Para compreendermos e diferenciarmos estes dois conceitos, devemos fazer uso das dis-
posições da Lei n. 6.880 (reproduzidos no presente estatuto).
Em seu artigo 14, temos a definição de hierarquia e disciplina para fins militares.

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Art. 14. A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a
responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
§ 1º A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das
Forças Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou
graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstan-
ciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade.
§ 2º Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas
e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e
harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos
componentes desse organismo.
§ 3º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida
entre militares da ativa, da reserva remunerada e reformados.

Hierarquia Disciplina

É a ordenação da autoridade, em níveis É a rigorosa observância e o acatamento


diferentes, dentro da estrutura das Forças integral das leis, regulamentos, normas e
Armadas disposições que fundamentam o organismo
militar e coordenam seu funcionamento
regular e harmônico

Ainda como decorrência da hierarquia, temos a existência dos círculos hierárquicos, que,
em linhas gerais, podem ser conceituados como âmbitos de convivência entre os militares da
mesma categoria.
Os círculos hierárquicos possuem a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem
em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
Os círculos hierárquicos, bem como a escala hierárquica na Polícia Militar do Espírito San-
to, são os seguintes:
• Círculo de Oficiais:
− Círculo de Oficiais Superiores, que é composto pelos seguintes postos:
◦ Coronel PM;
◦ Tenente Coronel PM;
◦ Major PM.
− Círculo de Oficiais Intermediários, composto pelo posto de Capitão PM.
− Círculo de Oficiais Subalternos, que é composto pelos seguintes postos:
◦ Primeiro Tenente PM;
◦ Segundo Tenente PM.
• Círculo de Praças:
− Círculo de Subtenentes e Sargentos, que é composto pelas graduações:
◦ Subtenente PM;
◦ Primeiro Sargento PM;
◦ Segundo Sargento PM.

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− Círculo de Cabos e Soldados, composto pelas graduações:


◦ Cabo PM;
◦ Soldado PM.

Obs.: Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Governador do Estado.
 Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido por ato do Comandante-Geral da
Polícia Militar.

Importante questão refere-se à antiguidade no âmbito da estrutura militar.


Neste sentido, a norma determina que a precedência entre policiais militares da ativa do
mesmo grau hierárquico é assegurada pela antiguidade no posto ou graduação, salvo nos ca-
sos de precedência funcional estabelecida em lei ou regulamento.
Ressalta-se que a antiguidade, em cada posto ou graduação, é contada a partir da data da
assinatura do ato da respectiva promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando
estiver taxativamente fixada outra data.
No caso de empate, a antiguidade será estabelecida de acordo com as seguintes regras:
• entre policiais militares do mesmo Quadro, pela posição nas respectivas escalas numé-
ricas ou registros mantidos pela Polícia Militar;
• nos demais casos, pela antiguidade no posto ou graduação anterior; se ainda assim sub-
sistir a igualdade de antiguidade, recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos
anteriores, à data de praça e à data de nascimento para definir a precedência e neste
último caso o mais velho será considerado o mais antigo;
• entre os alunos de um mesmo órgão de formação de policiais militares, de acordo com
o regulamento do respectivo órgão, se não estiverem especificamente enquadrados nas
situações anteriores;
• em igualdade de posto ou de graduação, os policiais militares da ativa têm precedência
sobre os da inatividade.
• em igualdade de posto ou de graduação, a precedência entre os policiais militares de
carreira na ativa e os da reserva remunerada, que estiverem convocados, é definida pelo
tempo de serviço no posto ou graduação.
• com relação aos praças especiais e aos demais praças, as seguintes regra devem ser
observadas no que se refere à precedência:
− os Aspirantes a Oficial PM são hierarquicamente superiores às demais praças;
− os Alunos Oficiais PM são hierarquicamente superiores aos Subtenentes PM.

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4. Obrigações e Deveres
Com relação às obrigações militares, a Lei Estadual n. 3.196 apresenta uma vasta lista de
situações que caracterizam o valor militar e a ética militar.
Considerando que o custo x benefício de memorizar todas as situações, para fins de prova,
é bastante baixo, a dica é que o candidato compreenda, prioritariamente, as situações que são
consideradas como manifestação do valor militar, haja vista que são apenas seis hipóteses.
Pelo critério da exclusão, as demais situações serão consideradas decorrentes da
ética militar.

Art. 25. São manifestações essenciais do valor policial militar:


I – o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever policial militar e pelo integral
devotamento à manutenção da ordem pública, até com o sacrifício da própria vida;
II – o civismo e o culto das tradições históricas;
III – a fé na missão elevada da Polícia Militar;
IV – o espírito de corpo, orgulho do policial militar pela organização onde serve;
V – o amor à profissão policial militar e o entusiasmo com que é exercida;
VI – o aprimoramento técnico-profissional.
Art. 26. O sentimento do dever, o pundonor policial militar e o decoro da classe impõem a cada um
dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis com a observância
dos seguintes preceitos de ética policial militar:
I – amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal;
II – exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência
do cargo;
III – respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV – cumprir e fazer cumprir as Leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades
competentes;
V – ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
VI – zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelos dos subordinados, tendo
em vista o cumprimento da missão comum;
VII – empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
VIII – praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação;
IX – ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
X – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa relativa à Segurança Nacional;
XI – acatar as autoridades civis;
XII – cumprir seus deveres de cidadão;
XIII – proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;
XIV – observar as normas da boa educação;
XV – garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar;
XVI – conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam prejudicados
os princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial militar;
XVII – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer
natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;

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XVIII – abster-se em inatividade do uso das designações hierárquicas quando:
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou policiais milita-
res, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizados;
e) no exercício de funções de natureza não policial militar, mesmo oficiais;
XIX – zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes, obedecendo e fa-
zendo obedecer aos preceitos da ética policial militar.

Ainda que a norma não estabeleça um capítulo específico destinado às vedações dos po-
liciais militares, algumas considerações merecem ser feitas:
O policial militar da ativa, como regra geral, não pode comerciar ou tomar parte na admi-
nistração ou gerência de sociedade. Além disso, não poderá o agente ser sócio ou participar
de sociedade, exceto como acionista ou quotista de sociedade anônima ou por quotas de res-
ponsabilidade limitada.
De igual forma, os integrantes de reserva remunerada, quando convocados, ficam proibi-
dos de tratar, nas organizações policiais militares e nas repartições públicas civis, de interes-
se de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
No que se refere à possibilidade de greve, estabelece a Constituição Federal (artigos 142, §
3º, IV, e artigo 42, §1º) que os militares das Forças Armadas (Marina, Exército e Aeronáutica) e
dos respectivos Estados, Distrito Federal e Territórios não poderão utilizar tal direito.
Por aplicação analógica, o STF possui entendimento de que os policiais civis também es-
tão impedidos de fazer greve.

Agentes Públicos que


não podem fazer greve

Militares dos
Militares das Forças
Estados, Distrito Federal Policiais Civis
Armanas
e Territórios

Com relação aos deveres, estatuto estabelece que estes emanam de vínculos racionais e
morais que ligam o policial militar à comunidade estadual e à sua segurança, compreendendo,
essencialmente (trata-se de uma lista exemplificativa):
• a dedicação integral ao serviço policial militar e a fidelidade à instituição a que perten-
ce, mesmo com o sacrifício da própria vida;
• o culto aos símbolos nacionais;

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• a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;


• a disciplina e o respeito à hierarquia;
• o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;
• a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.

Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar mediante incorporação, matrícula ou nome-
ação, prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação consciente das obriga-
ções e dos deveres policiais militares e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.
A medida possui caráter solene, sendo o compromisso prestado na presença de tropa,
tão logo o militar adquira o grau de instrução compatível com o perfeito entendimento de
seus deveres.
A depender do cargo ocupado, teremos um compromisso específico a ser prestado pelo
militar, da seguinte forma:

Cargo Militar Compromisso Prestado

“Ao ingressar na Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, prometo


regular a minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir
Integrante da rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado
Polícia Militar e dedicar-me inteiramente ao serviço policial militar, à manutenção
da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco
da própria vida”.

“Ao ser declarado Aspirante Oficial da Polícia Militar assumo o


compromisso de cumprir rigorosamente as ordens das autoridades
Aspirante a Policial
a que estiver subordinado e de me dedicar inteiramente ao serviço
PM
policial militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da
comunidade, mesmo com o risco da própria vida”.

“Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra prometo cumprir


Oficial PM os deveres de Oficial da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo e
dedicar-me inteiramente ao seu serviço”.

Como visto anteriormente, uma série de deveres, direitos e obrigações são elencadas
para os policiais militares. Sendo assim, o que será que acontece quando tais agentes deixam
de cumprir com tais disposições?
A violação das obrigações, dos preceitos ou dos deveres militares constitui crime ou trans-
gressão disciplinar. A violação será considerada mais grave quanto mais elevado for o grau
hierárquico do infrator.
Além disso, a inobservância dos deveres previstos em leis e regulamentos, ou a falta de
exação no cumprimento deles, acarreta, para o militar, responsabilidade funcional, pecuniária,
disciplinar ou penal, na conformidade da legislação específica.

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Art. 39. A violação das obrigações ou dos deveres policiais militares constituirá crime ou transgres-
são disciplinar, conforme dispuserem a legislação ou regulamentação específicas.
§ 1º A violação dos preceitos da ética policial militar é tão mais grave quanto mais elevado for o grau
hierárquico de quem a cometer.
§ 2º No concurso de crime militar e de transgressão disciplinar será aplicada somente a pena rela-
tiva ao crime.
Art. 40. A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos ou a falta de exação no
cumprimento dos mesmos acarreta para o policial militar, responsabilidade funcional, pecuniária,
disciplinar ou penal consoante a legislação específica.
Parágrafo único. A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal poderá
concluir pela incompatibilidade do policial militar com o cargo ou pela incapacidade do exercício
das funções policiais militares a ele inerentes.

O militar estadual que, por sua atuação, se tornar presumivelmente incompatível com o
cargo ou demonstrar incapacidade no exercício de funções a ele inerentes, poderá ser afasta-
do do cargo durante a apuração dos fatos. Neste sentido, é importante destacar que a compe-
tência para determinar o afastamento do cargo ou o impedimento do exercício da função será
determinada em lei específica.

Art. 41. O militar estadual que, por sua atuação, se tornar presumivelmente incompatível com o
cargo ou demonstrar incapacidade no exercício de funções a ele inerentes, poderá ser afastado do
cargo durante a apuração dos fatos.
Parágrafo único. A competência para determinar o afastamento do cargo ou o impedimento do exer-
cício da função será determinada em lei específica.

 Obs.: São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores
quanto as de caráter reivindicatório.

A depender da irregularidade cometida, a conduta do policial pode ser tipificada como cri-
me militar ou, ainda, como infrações disciplinares.
Vejamos, de acordo com a norma em estudo, as previsões para ambos os institutos:

Art. 43. O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo é competente para processar e julgar os
policiais militares nos crimes definidos em lei como militares.
Art. 44. Aplicam-se aos policiais militares, no que couberem, as disposições estabelecidas no Có-
digo Penal Militar.
Art. 45. O Código de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais (CEDME) terá por finalidade definir,
especificar e classificar as infrações disciplinares e instituir normas relativas a sanções discipli-
nares, conceitos, recursos, recompensas, bem como estabelecer os processos e procedimentos
administrativos disciplinares e o funcionamento do Conselho de Ética e Disciplina Militares.
§ 1º Militares Estaduais são os membros da Polícia Militar (PM-ES) e do Corpo de Bombeiros Mili-
tar (CBMES) do Estado do Espírito Santo.

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§ 2º O CEDME obedecerá aos princípios fundamentais da administração pública contidos no orde-
namento jurídico brasileiro e também, dentre outros, aos seguintes princípios:
I – dignidade da pessoa humana;
II – presunção de inocência;
III – devido processo legal;
IV – contraditório e ampla defesa;
V – razoabilidade e proporcionalidade;
VI – vedação de medida privativa e restritiva de liberdade.

DICA:
Dos artigos em questão, três são as informações essenciais
para a nossa prova:
a) O Tribunal de Justiça do Espírito Santo é o órgão compe-
tente para processar e julgar os policiais nos crimes militares.
b) O Oficial, presumivelmente incapaz de permanecer como
militar estadual da ativa, será, na forma da Constituição Esta-
dual e do CEDME, submetido a Processo Administrativo Dis-
ciplinar Demissionário.
c) O Aspirante a Oficial e as praças, presumivelmente inca-
pazes de permanecerem como militares estaduais da ativa,
serão submetidos a Processo Administrativo Disciplinar De-
missionário, na forma do CEDME.

5. Direitos e Prerrogativas
Assim como ocorre com os direitos e deveres, a norma estadual elenca uma série de di-
reitos e prerrogativas que podem, desde que atendidas as regras legais, ser conferidas aos
policiais militares.
E isso ocorre na medida em que há um Sistema de Proteção Social dos Militares, que, em
linhas gerais, pode ser definido como o conjunto integrado de direitos, serviços e ações, per-
manentes e interativas, de remuneração, pensão, saúde e assistência, nos termos desta Lei e
das regulamentações específicas.

Art. 48. São direitos dos policiais militares:


I – A – a proteção social, nos termos do art. 49-A desta Lei;
II – o provento calculado com base no subsídio do posto ou da graduação que possuía por ocasião
da transferência para a inatividade remunerada:
a) por contar mais de 35 (trinta e cinco) anos de serviço; ou
b) por estar enquadrado na hipótese prevista no inciso I-A do caput do art. 89 desta Lei;

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Sempre que o policial se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou
disciplinar de superior hierárquico, poderá ele recorrer ou apresentar pedido de reconsideração.
Deve ser salientado que a lei apresenta prazos prescricionais para que o direito de recorrer
possa ser exercido. Como consequência, após o transcurso de tais prazos, não há mais a pos-
sibilidade do agente recorrer na esfera administrativa. Sendo assim, o direito de recorrer na
esfera administrativa prescreverá:
• em 15 dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, com relação a ato
relacionado com a composição de quadro de acesso;
• em 120 dias, nos demais casos.

Com relação ao pedido de reconsideração, a norma apenas determina que:

O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser feitos coletivamente.

Além disso, devemos memorizar que o policial militar da ativa que, nos casos cabíveis, se
dirigir ao Poder Judiciário, deverá participar, antecipadamente, esta iniciativa à autoridade a
que estiver subordinado.

Com relação a ato relacionado com


15 dias corridos
Prazo a composição de quadro de acesso
prescricional para o
policial recorrer
120 dias Nos demais casos

Em seu artigo 50, o estatuto estabelece regras relacionadas com a possibilidade dos poli-
ciais virem a serem eleitos para cargos eletivos. Tais regras, com a entrada em vigor da Cons-
tituição Federal, estão revogadas, não podendo, consequentemente, ser exigidas em provas de
concurso público.
Com relação à elegibilidade do policial militar, devemos memorizar as seguintes
disposições:
Inicialmente, é preciso destacar que uma das condições de elegibilidade, de acordo com o
texto da Constituição Federal, é a filiação partidária.

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


V – a filiação partidária;

No entanto, os militares não podem ser filiados a partidos políticos, conforme vedação
constitucional.

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Considerando que estamos diante de um aparente confronto entre artigos constitucionais,


é que o TSE possui o seguinte entendimento (Resolução n. 21.787):

A condição de elegibilidade relativa à filiação partidária contida no art. 14, § 3º, inciso
V, da Constituição Federal, não é exigível ao militar da ativa que pretenda concorrer a
cargo eletivo, bastando o pedido de registro de candidatura, após prévia escolha em
convenção partidária.

Desta forma, podem os militares, quando na ativa, concorrer a cargos eletivos sem a neces-
sidade de filiação partidária com a antecedência mínima estabelecida para as demais pessoas.
Ainda no que se refere aos militares, estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 14,
§8º, as regras a serem observadas após o registro da candidatura:

Art. 14, § 8º. O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:


I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, pas-
sará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

Vamos sedimentar estas informações?

• Os militares, enquanto em serviço (na ativa) não podem ser filiados a partidos políticos.
• Os militares, quando alistáveis, podem ser eleitos para cargos eletivos.
• O requisito da filiação partidária, para os militares, é relativizado. No entanto, os demais
requisitos de elegibilidade devem, obrigatoriamente, ser atendidos.

5.1. Remuneração
Ainda que o estatuto relacione uma série de regras referentes à remuneração dos policiais
militares, devemos ter em mente que, conforme previsão da Constituição Federal, os militares
estão dentre os agentes que devem, obrigatoriamente, ser remunerados por meio de subsídio.
O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, sendo
vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de representação.
Constitui o subsídio a forma mais transparente de remunerar os servidores públicos, uma
vez que evita as chamadas gratificações imprecisas ou pouco detalhadas. Por meio do subsí-
dio, temos um valor único fixado em lei, de forma que o valor final a ser recebido pelo servidor
já é conhecido de antemão, sem a possibilidade de recebimento gratificações ou adicionais
que se incorporem ao vencimento.
De acordo com a constituição federal, todas as classes de servidores podem receber por
meio de subsídio, desde que alterem a lei que regula a respectiva carreira funcional.

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Para algumas categorias, no entanto, temos a determinação constitucional do recebimen-


to por meio de subsídio, sem a hipótese de alteração, ainda que por intermédio de norma legal,
sendo elas:
• Agentes Políticos (Chefes do Executivo, Parlamentares, Magistrados, Ministros, Secre-
tários);
• Membros da Advocacia Geral da União;
• Defensores Públicos;
• Procurador Geral da Fazenda Pública;
• Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal;
• Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar;
• Corpo de Bombeiros Militar.

Ainda assim, e considerando que estamos diante de uma prova de legislação (onde as
questões tendem a exigir, na imensa maioria das vezes, a literalidade das normas), relacio-
no abaixo as disposições do estatuto referentes à remuneração dos policiais militares do
Espírito Santo.

Art. 51. A remuneração dos policiais militares compreende vencimentos ou proventos, indenização
e outros direitos, e é devida em bases estabelecidas em Lei especial.
§ 1º Os policiais militares na ativa percebem remuneração constituída pelas seguintes parcelas:
a) mensalmente:
I – vencimentos compreendendo soldo e gratificações; e
II – indenizações;
b) eventualmente, outras indenizações.
§ 2º Os policiais militares em inatividade percebem remuneração constituída pelas seguintes par-
celas:
a) mensalmente:
I – proventos, compreendendo soldo ou quotas de soldo, gratificações, e indenizações incorporá-
veis; e
II – adicional de inatividade; e
b) eventualmente, auxílio-invalidez.
§ 3º Os policiais militares receberão salário-família de conformidade com a Lei que o rege.
Art. 52. O auxílio-invalidez, atendidas as condições estipuladas na Lei especial que trata da remune-
ração dos policiais militares, será concedido ao policial militar quando em serviço ativo, tenha sido
ou venha a ser reformado por incapacidade definitiva e considerado inválido, isto é, impossibilitado
total e permanentemente para qualquer trabalho, não podendo prover os meios de subsistência.
Art. 53. O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos
previstos em Lei.
Art. 54. O valor do soldo é igual para o policial militar da ativa, da reserva remunerada ou reformado
de um mesmo grau hierárquico, ressalvado o disposto no inciso II do art. 48 deste Estatuto.
Art. 55. É proibido acumular remuneração de inatividade.

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Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos policiais militares da reserva remunerada
e aos reformados, quanto ao exercício de mandato eletivo, quanto à função de magistério ou de
cargo em comissão ou quanto ao contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados.
Art. 56. Os proventos da inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder
aquisitivo da moeda se modificarem os vencimentos das policiais militares em serviço ativo.
Parágrafo único. Ressalvados os casos previstos em Lei, os proventos da inatividade não poderão
exceder a remuneração percebida pelo policial militar da ativa, no posto ou graduação correspon-
dente ao de seus proventos.

5.2. Férias e Afastamentos


O militar tem direito a férias anuais de 30 dias, sendo que a concessão será regulamentada
pelo Comandante Geral da Polícia Militar.
Assim como acontece com os demais agentes públicos (inclusive os civis), faz-se neces-
sário, para o primeiro período aquisitivo de férias, doze meses de efetivo serviço.
O período planejado de férias dos militares poderá ser suspenso ou alterado, mediante
registro nos assentamentos, somente nos seguintes casos:
• interesse da segurança nacional;
• interesse de manutenção da ordem;
• caso de extrema necessidade do serviço;
• situações de transferência para a inatividade;
• para comprimento de punição decorrente de transgressão disciplinar de natureza grave;
• em caso de baixa hospitalar.

Além das férias, podem ser concedidos aos policiais militares os seguintes afastamentos:
• núpcias: 8 dias;
• luto: até 8 dias;
• instalação: até 10 dias;
• trânsito: até 30 dias.

 Obs.: O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou de luto será concedido, em caso
de núpcias, se solicitado por antecipação à data do evento e, em caso de luto, tão logo
a autoridade a que estiver subordinado o policial militar tenha conhecimento do óbito.

Como não poderia ser diferente, as férias e os demais afastamentos legais serão conce-
didos com a remuneração do agente, sendo o período computado como de efetivo exercício
para todos os efeitos legais.

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5.3. Licenças
A licença pode ser definida como a autorização para afastamento total do serviço, em
caráter temporário, concedida ao policial militar, obedecidas às disposições legais e regu-
lamentares.
Quatro são as licenças, de acordo com as disposições do estatuto em análise, que podem
ser conferidas aos policiais militares, sendo elas:
• licença especial;
• licença para tratar de interesse particular;
• licença para tratamento de saúde de pessoa da família;
• licença para tratamento de saúde própria.

Destas, a lei apenas apresenta regras relacionadas com a licença especial e com a licença
para tratar de interesses particulares. Nos demais casos, a regulamentação deverá ser feita
por outras normas legais.
Sendo assim, vejamos as disposições previstas no estatuto para as mencionada licenças:

A licença especial é a autorização para afastamento total do serviço,


relativa a cada decênio do tempo de efetivo serviço prestado,
concedida ao policial militar que a requerer, sem que implique em
qualquer restrição para a sua carreira.
Em outros termos, a cada 10 anos de efetivo exercício, o policial
passa a ter direito de fazer uso da licença especial.
A licença especial terá duração de 03 meses e será gozada de uma
só vez.
Licença Especial Uma vez concedida a licença especial, o policial militar será
dispensado do exercício do cargo e das funções que exerce, ficando
à disposição do órgão de pessoal da Polícia Militar.
O policial militar com direito a licença especial poderá optar
pela percepção, em caráter permanente, de uma gratificação de
assiduidade, que será correspondente a 2% do soldo do seu posto
ou graduação, respeitado o limite de 15%.
A concessão de licença especial ou gratificação de assiduidade é da
competência do Comandante Geral da Polícia Militar.

A licença para tratar de interesse particular é a autorização para


afastamento total do serviço, concedida ao policial militar com mais
Licença para de 10 anos de efetivo serviço, que a requerer com aquela finalidade.
Tratar de A licença será sempre concedida com prejuízo da remuneração e da
Interesse contagem de tempo de efetivo serviço.
Particular A concessão de licença para tratamento de interesse particular é
regulada pelo Comandante Geral da Polícia Militar, de acordo com
o interesse do serviço.

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Uma vez tendo sido concedidas, a licença especial e a licença para tratar de interesse
particular poderão ser interrompidas nas seguintes situações:
• em caso de mobilização e estado de guerra;
• em caso de decretação de estado de sitio;
• para cumprimento de sentença que importe na restrição da liberdade individual;
• para cumprimento de punição disciplinar, conforme regulado pelo Comandante Geral da
Polícia Militar; e
• em caso de pronúncia em processo, criminal ou indicação em inquérito policial militar, a
juízo da autoridade que efetivou a pronúncia ou a indiciação.

Ainda que a norma não estabeleça as regras referentes à licença para tratamento de saúde
de pessoa da família, o § 2º do artigo 67 estabelece que:

A interrupção de licença para tratamento de saúde de pessoa da família, para cumprimento de


pena disciplinar que importe em restrição da liberdade individual, será regulada na legislação da
Polícia Militar.

5.4. Prerrogativas
As prerrogativas dos policiais militares são constituídas pelas honras, dignidades e distin-
ções devidas aos graus hierárquicos e cargos.
O texto da Lei Estadual n. 3.196 elenca as seguintes prerrogativas para os policiais milita-
res do Espírito Santo:
• uso de título, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas da Polícia Militar correspon-
dente no posto ou graduação;
• honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em Leis e regula-
mentos;
• cumprimentos de pena de prisão ou detenção em organização policial militar da própria
Corporação cujo comandante chefe ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o
punido;
• julgamento em foro especial, nos crimes militares.

Os militares da ativa, no exercício de suas funções, são dispensados do serviço do Tribunal do


Júri e da Justiça Eleitoral.

Questão interessante refere-se ao procedimento que deve ser adotado em caso de fla-
grante delito cometido pelo policial militar. Será que as autoridades civis, nesta situação,
teriam competência para prender o PM?

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A reposta nos é dada pelo artigo 69 do estatuto, que estabelece um pequeno regramento a
ser observado nesta situação.

Art. 69. Somente em caso de flagrante delito o policial militar poderá ser preso por autoridade poli-
cial, ficando esta obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade policial militar mais próxima, só
podendo retê-lo na delegacia ou posto policial, durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.
§ 1º Cabe ao Comandante Geral a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial que não cumprir
o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer preso policial
militar ou não lhe der o tratamento devido ao seu posto ou graduação.
§ 2º Se, durante o processo em julgamento no foro civil, houver perigo de vida para qualquer preso
policial militar, o Comandante Geral da Polícia Militar providenciará os entendimentos com a autori-
dade judiciária visando à guarda dos pretórios ou tribunais por força policial militar.

Desta forma, temos que memorizar que apenas em caso de flagrante delito é que os poli-
ciais militares poderão ser presos pela polícia civil. Ainda assim, deverá o agente civil, em caso
de prisão, entregar o policial militar imediatamente à autoridade policial militar mais próxima.
Ainda no campo das prerrogativas, a lei estabelece a forma como deve ser feito uso dos
uniformes por parte dos policiais militares. Ressalta-se que todas as previsões neste sentido
refletem o caráter de polícia ostensiva desempenhado pela Polícia Militar.
O policiamento ostensivo, em linhas gerais, pode ser definido como todas as atividades
realizadas pela Polícia Militar e que estão “visíveis” à população.
Tal forma de policiamento se diferencia, por exemplo, da polícia secreta, que é realizada,
normalmente, em investigações nas quais o conhecimento da população poderia colocar em
risco a operação como um todo.
A polícia ostensiva, neste sentido, é materializada por meio das viaturas identificadas, do
patrulhamento com emissão de sons (sirene), dos uniformes utilizados pelos policiais milita-
res e das demais formas de exercício em seja possível identificar, por parte da população, que
é a Polícia Militar quem está desempenhando tais atividades.
Em outros termos, a polícia ostensiva é sinônimo de polícia que pode ser vista pela
população.
Vamos conhecer as regras elencadas no estatuto no que se refere ao correto uso dos uni-
formes da Polícia Militar:

Art. 71. Os uniformes da Polícia Militar com seus distintivos, insígnias e emblemas, são privativos
dos policiais militares e representam o símbolo da autoridade policial militar com as prerrogativas
que lhe são inerentes.
Parágrafo único. Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos unifor-
mes, distintivos, insígnias e emblemas policiais militares, bem como o seu uso por quem a eles
não tiver direito.

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Art. 72. O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como os modelos,
descrição, composição, peças acessórias e outras disposições são estabelecidas na regulamenta-
ção específica da Polícia Militar.
§ 1º É proibido ao policial militar o uso dos uniformes:
a) em manifestação de caráter político-partidária;
b) no estrangeiro, quando em atividades não relacionadas com a missão do policial militar, salvo
quando expressamente determinado ou autorizado;
c) na inatividade, salvo para comparecer a solenidades militares e policiais militares e, quando auto-
rizado a cerimônias cívicas comemorativas de datas nacionais ou a atos sociais solenes de caráter
particular.
§ 2º Os policiais militares na inatividade cuja conduta possa ser considerada como ofensiva à
dignidade da classe, poderão ser definitivamente proibidos de usar uniformes por decisão do Co-
mandante Geral da Polícia Militar.
Art. 73. O policial militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme que use e aos
distintivos, emblemas ou às insígnias que ostente.
Art. 74. É vedado a qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniformes ou ostentar dis-
tintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados na Polícia Militar.
Parágrafo único. São responsáveis pela infração das disposições deste artigo os diretores ou chefes
de repartições, organizações de qualquer natureza, firma ou empregadores, empresas, institutos
ou departamentos que tenham adotado ou consentido que sejam usados uniformes ou ostentados
distintivos, insígnias ou emblemas que ofereçam semelhança com os adotados na Polícia Militar ou
que possam com eles ser confundidos.

6. Disposições Diversas
Sete são as situações especiais que devem ser memorizadas para fim de prova, sendo elas:
• agregação;
• reversão;
• excedente;
• ausente;
• desertor;
• desaparecimento;
• extravio.

Para otimizar o aprendizado, veremos as principais características de cada um destes ins-


titutos por meio do gráfico a seguir:

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
Diogo Surdi

A agregação é a situação na qual o policial militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala
hierárquica de seu Quadro, nela permanecendo sem número.
O policial militar deve ser agregado nas seguintes hipóteses:
a) quando for nomeado para cargo policial militar, policial ou, ainda, considerado de natureza
policial militar ou policial, em lei ou decreto, mesmo que não previsto nos Quadros de
Organização da Polícia Militar;
b) enquanto aguardar transferência “ex-offício” para a reserva remunerada, por ter sido
enquadrado em quaisquer dos requisitos que a motivam;
c) quando for afastado, temporariamente, do serviço ativo por motivo de:
I – ter sido julgado incapaz temporariamente, após um ano contínuo de tratamento;
II – ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo de reforma;
III – haver ultrapassado um ano contínuo em licença para tratamento de saúde própria;
IV – haver ultrapassado 6 meses contínuos em licença para tratar de interesse particular;
V – haver ultrapassado 6 meses contínuos em licença tratar de saúde de pessoa da família;
VI – ter sido considerado oficialmente extraviado;
VII – haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção previsto no Código Penal
Militar, se oficial ou praça com estabilidade assegurada;
VIII – como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido capturado e reincluído a
fim de se ver processar;
Agregação IX – se ver processar, após, ficar exclusivamente à disposição da Justiça Civil;
X – ter sido condenado à pena restritiva de liberdade superior a 6 meses, em sentença passada
em julgado, enquanto durar a execução ou até ser declarado indigno de pertencer à Polícia
Militar ou com ela incompatível;
XI – ter passado à disposição de Secretaria de Estado, de órgãos do Governo Federal e do
Governo Estadual para exercer função de natureza civil;
XII – ter sido nomeado para qualquer cargo púbico civil temporário, não eletivo, inclusive de
administração indireta;
XIII – ter-se candidatado a cargo eletivo desde que conte 5 ou mais anos de efetivo serviço;
XIV – ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou
função prevista no Código Penal Militar;
XV – ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou
função prevista no Código Penal Militar;
A agregação se faz por ato do Governador do Estado ou de autoridade a que tenham sido
delegados poderes para isso.
Fica autorizada a cessão de militar da ativa ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, por prazo
determinado, exclusivamente para atender a necessidades específicas dessas instituições,
observando-se para tanto a celebração de convênio e o seguinte quantitativo máximo:
a) até 20 militares para atender ao Tribunal de Justiça;
b) até 20 militares para atender ao Ministério Público.

Reversão é o ato pelo qual o policial militar agregado retorna ao respectivo Quadro, tão logo
cesse o motivo que determinou a sua agregação, voltando a ocupar o lugar que lhe competir na
Reversão respectiva escala numérica na primeira vaga que ocorrer.
A reversão será Governador do Estado ou de autoridades às quais tenham sido delegados
poderes efetuada mediante ato do para isso.

Excedente é a situação transitória a que, automaticamente, passa o policial militar que:


a) tendo cessado o motivo que determinou a sua agregação, reverta ao respectivo Quadro,
estando com seu efetivo completo:
b) aguarda a colocação a que faz jus na escala hierárquica, após haver sido transferido de
Quadro, estando o mesmo com seu efetivo completo;
c) é promovido por bravura, sem haver vaga;
Excedente
d) é promovido indevidamente;
e) sendo o mais moderno na respectiva escala hierárquica, ultrapassa o efetivo do seu Quadro,
em virtude de promoção de outro policial militar em ressarcimento de preterição;
O policial milita cuja situação é a de excedente, é considerado como em efetivo serviço para
todos os efeitos e concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de condições e sem
nenhuma restrição, a qualquer cargo policial militar, bem como à promoção.

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É considerado ausente o policial militar que, por mais de 24 horas consecutivas:


I – deixar de comparecer à sua organização policial militar sem comunicar qualquer motivo de
Ausente
impedimento;
II – ausentar-se sem licença da Unidade onde serve ou local onde deve permanecer.

Em linhas gerais, a deserção trata-se do abandono, por parte do policial militar, do desempenho
de suas atribuições sem a permissão da autoridade superior.
Desertor
De acordo com o estatuto, o policial militar é considerado desertor nos casos previstos na
legislação penal militar.

É considerado desaparecido o policial militar da ativa que, no desempenho de qualquer serviço,


em viagem, em operações policiais militares ou em caso de calamidade pública, tiver paradeiro
Desaparecimento
ignorado por mais de 8 dias.
A situação de desaparecimento só será considerada quando não houver indício de deserção.

O policial militar que permanecer desaparecido por mais de 30 dias será, oficialmente,
Extravio
considerado extraviado.

7. Desligamento ou Exclusão do Serviço Ativo


Em determinadas situações, o militar estadual será desligado ou excluído do serviço ativo
da Corporação.
De acordo com a norma, temos as seguintes hipóteses ensejadoras de desligamento ou
exclusão, sendo elas:
• transferência para a reserva remunerada;
• reforma;
• demissão;
• perda de posto e patente;
• deserção;
• falecimento;
• extravio.

Em todas elas, o desligamento do serviço ativo será processado após a expedição de ato
do Governador do Estado, ou, alternativamente, de autoridades às quais tenham sido delega-
dos poderes para tal medida.
Mas atenção! O militar estadual da ativa, quando enquadrado nas situações de transferên-
cia para a reserva remunerada, reforma, ou demissionário a pedido, continuará no exercício de
suas funções até ser desligado da Organização Militar Estadual em que serve. Posteriormen-
te, o desligamento deverá ser feito após a publicação no Diário Oficial ou em Boletim, do ato
oficial correspondente, no prazo estabelecido.
Vejamos as principais características de cada uma das situações de desligamento
ou exclusão:

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A passagem do militar à situação de inatividade, mediante transferência para a reserva


remunerada, se efetua a pedido e de ofício.
A transferência para a reserva remunerada, a pedido, com remuneração integral, será concedida,
por meio de requerimento, ao militar de carreira que contar, no mínimo, com os seguintes
requisitos, de caráter cumulativo:
a) 35 anos de tempo de serviço;
b) 25 anos de tempo de atividade de natureza militar, que será acrescido de 4 meses a cada ano,
a partir de 1º de janeiro de 2022, até atingir 30 anos.
Já a transferência para a reserva remunerada, a pedido, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, será concedida, por meio de requerimento, ao militar de carreira que contar,
no mínimo, com os seguintes requisitos, de caráter cumulativo:
a) 30 anos de tempo de serviço;
b) 25 anos de tempo de atividade de natureza militar, que será acrescido de 4 meses a cada ano,
a partir de 1º de janeiro de 2022, até atingir 30 anos;
Nesta hipótese, o valor dos proventos será calculado da seguinte forma:
a) o valor do subsídio do seu posto ou graduação será dividido em cotas de 1/35;
b) o valor do provento na inatividade corresponderá a tantas cotas quantos forem os anos de
serviço, computáveis para a inatividade, sendo considerado como 1 ano a fração de tempo igual
ou superior a 180 dias.
A transferência para a reserva remunerada, ex-offício, será verificada sempre que o policial militar
incidir nos seguintes casos:
a) 3 meses após o cumprimento dos requisitos para a transferência para a reserva remunerada,
a pedido;
b) oficial considerado não habilitado para o acesso, em caráter definitivo, no momento em que
vier a ser objeto de apreciação para ingresso em quadro de acesso;
c) ultrapassar 2 anos contínuos ou não em licença para tratar de interesse particular;
d) ultrapassar 2 anos contínuos em licença para tratamento de saúde de pessoa de sua família;
e) ser empossado em cargo público permanente estranho à sua carreira, cujas funções sejam de
Transferência magistério. Neste caso, a transferência será efetivada no posto ou graduação que tinha na ativa,
podendo acumular os proventos a que fizer jus na inatividade com remuneração do cargo para
para a Reserva
que foi nomeado.
Remunerada f) ultrapassar 2 anos de afastamento, contínuos ou não, agregado em virtude de ter sido
empossado em cargo público civil temporário, não eletivo, inclusive de administração indireta; e
g) ser diplomado em cargo eletivo. Enquanto permanecer no cargo eletivo, ao policial será
assegurada a opção entre o vencimento do cargo e a remuneração do posto ou da graduação.
Além disso, ele somente poderá ser promovido por antiguidade e terá o tempo de serviço
contado apenas para esta espécie de promoção e para a transferência para a inatividade.
Importante destacar que a nomeação do policial militar para os cargos públicos somente poderá
ser feita:
a) pela autoridade federal competente, mediante requisição do Governador do Estado, quando
o cargo for da alçada federal;
b) pelo Governador do Estado ou mediante sua autorização, nos demais casos.
Se o militar tiver cumprido os requisitos para transferência para a reserva remunerada, a pedido,
e incidir em hipótese de transferência de ofício, a remuneração na inatividade será integral.
Salienta-se que a remuneração na inatividade é irredutível e deve ser revista automaticamente na
mesma data da revisão da remuneração dos militares da ativa, para preservar o valor equivalente
à remuneração do militar da ativa do correspondente posto ou graduação.
Em sentido oposto, a licença concedida ao militar com prejuízo da remuneração não será
computada para fins de tempo de serviço e de tempo de atividade militar.
O oficial da reserva remunerada poderá ser convocado para o serviço ativo, por ato do Governador
do Estado, nas seguintes situações:
a) para compor Conselho de Justificação;
b) para ser encarregado de Inquérito Policial Militar;
c) quando incumbido de outros procedimentos administrativos, na falta de oficial da ativa em
situação hierárquica compatível com a do oficial envolvido.
O oficial convocado terá os direitos e deveres dos da ativa de igual situação hierárquica, exceto
quanto à promoção, a que não concorrerá, e contará como acréscimo esse tempo de serviço.
A convocação terá a duração necessária ao cumprimento da atividade que a ela deu origem,
não deverá ser superior ao prazo de 12 meses, dependerá da anuência do convocado e será
precedida de inspeção de saúde.

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A passagem do policial militar à situação de inatividade, mediante reforma, somente se dará ex-
offício. Assim, sendo, não poderemos ter a reforma mediante a formulação de pedido
por parte do policial.
A reforma será aplicada ao policial militar que:
I – atingir 65 anos de idade;
II – for julgado incapaz, definitivamente, para o serviço ativo da Polícia Militar;
III – estiver agregado por mais de 2 anos por ter sido julgado incapaz temporariamente, mediante
homologação de Junta Superior de Saúde, ainda mesmo que se trate de moléstia curável;
IV – for condenado à pena de reforma prevista no Código Penal Militar, por sentença passada em
julgado;
V – sendo oficial, a tiver determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado, em julgamento por ele
efetuado, em consequência do Conselho de Justificação a que foi submetido; e
VI – sendo Aspirante a Oficial PM ou praça com estabilidade assegurada, for para tal indicado, ao
Comandante Geral da Polícia Militar, em julgamento de Conselho de Disciplina.
A norma determina que anualmente, no mês de fevereiro, o órgão de pessoal de Polícia Militar
organizará a relação dos policiais militares que houverem atingido a idade limite de permanência
na reserva, a fim de serem reformados.
A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de:
a) ferimento recebido em operações policiais militares ou na manutenção da ordem pública ou
enfermidade contraída nessa situação, ou que nela tenha sua causa eficiente;
b) acidente em serviço;
c) doença, moléstia ou enfermidade adquirida com relação de causa a condições inerente ao
serviço;
Reforma
d) tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível
e incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave e outras moléstias que a Lei indicar com base nas conclusões da medicina
especializada;
c) acidente ou doença, moléstia ou enfermidade sem relação de causa e feito com o serviço.
Sendo considerado incapaz definitivamente, o policial militar da ativa será reformado:
a) com remuneração proporcional ao tempo de serviço, se oficial ou praça com estabilidade
assegurada;
b) com remuneração calculada com base no soldo integral do posto ou graduação, desde
que, com qualquer tempo de serviço, seja considerado inválido, isto é, impossibilitado total e
permanentemente para qualquer trabalho.
O policial militar reformado por incapacidade definitiva que for julgado apto em inspeção de saúde
por Junta Superior, em grau de recurso ou revisão, poderá retornar ao serviço ativo ou ser
transferido para a reserva remunerada.
No entanto, o retorno ao serviço ativo apenas ocorrerá se o tempo decorrido na condição
de reformado não ultrapassar 2 anos. Em sentido oposto, a transferência para a reserva
remunerada, observado o limite de idade para a permanência nessa reserva, ocorrerá se o
tempo transcorrido na situação de reformado ultrapassar 2 anos.
O militar reformado por incapacidade definitiva para o serviço ativo militar ou reformado por
invalidez poderá ser convocado, por iniciativa da administração, a qualquer momento,
para revisão das condições que ensejaram a reforma. Neste caso, o militar reformado por
incapacidade definitiva para o serviço ativo ou reformado por invalidez é obrigado, sob pena de
suspensão da remuneração, a submeter-se à inspeção de saúde a cargo da administração.

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A demissão de Militar Estadual, Oficial ou Praça se efetua:


I – a pedido;
II – ex-offício.
A demissão a pedido do oficial será concedida mediante requerimento do interessado:
a) sem indenização aos cofres públicos, quando contar mais de 5 anos de oficialato na PM;
b) com indenização das despesas feitas pelo Estado com a sua preparação e formação quando
conter menos de 5 anos de oficialato.
Na hipótese de o oficial ter feito qualquer curso ou estágio (por conta do Estado), cuja duração
seja igual ou superior a 6 meses e inferior ou igual a 18 meses, a demissão apenas será
possível, antes do prazo de 3 anos (que serão contados do término do treinamento), mediante
indenização de todas as despesas correspondentes ao referido curso.
No caso de o oficial ter feito qualquer curso ou estágio, por conta do Estado, com duração
superior a 18 meses, a demissão apenas será possível, antes do período de 5 anos (contados
do seu término), mediante indenização de todas as despesas.
Importante destacar que fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato, ou
incompatibilidade com o mesmo por julgamento do Tribunal de Justiça do Estado, o
oficial que:
Demissão e Perda a) for condenado, por Tribunal Civil ou Militar, a pena restritiva de liberdade individual superior a
do Posto ou 2 anos, em decorrência de sentença condenatória passada em julgado:
Patente b) for condenado, por sentença passada em julgado por crimes para os quais o Código Penal
Militar comina essas penas acessórias e por crimes previstos na Legislação especial concernentes
à Segurança Nacional;
c) incidir nos casos previstos em Lei específica, que motivem o julgamento por Conselho de
Justificação e neste for considerado culpado;
d) houver perdido a nacionalidade brasileira.
A demissão a pedido da praça será concedida mediante requerimento do interessado.
A demissão a pedido poderá ser concedida, desde que não haja prejuízo para o serviço, à praça
que tenha completado o tempo inicial obrigatório de 2 anos, contado da incorporação, ou
que, estando engajado ou reengajado conte, no mínimo, a metade do tempo de serviço a que se
obrigou a servir.
Já a demissão ex ofício da praça será feita na forma do Código de Ética e Disciplina dos Militares
Estaduais, da Lei do Serviço Militar e do seu Regulamento por conclusão de tempo de serviço.
A praça demitida não terá direito a qualquer remuneração, e sua situação militar será
definida pela Lei do Serviço Militar. Além disso, a praça demitida perderá sua graduação e
receberá o certificado de isenção do serviço militar previsto na Lei do Serviço Militar.
Salienta-se que o tempo de serviço relativo a engajamento e reengajamento da praça é,
cada um deles, de 4 anos.

Como anteriormente mencionado, a deserção ocorre quando o militar abandona o seu cargo,
sem permissão do superior hierárquico, e não manifesta interesse em reassumi-lo.
Sendo assim, a deserção acarreta uma interrupção do serviço com a consequente demissão de
Deserção
ofício do militar estadual.
Neste caso, o militar estadual que praticar o crime de deserção será demitido conforme as regras
estabelecidas no Código de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais.

O falecimento do policial militar da ativa acarreta interrupção do serviço policial militar, com o
Falecimento
consequente desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data da ocorrência do óbito.

O extravio de policial militar de ativa acarreta interrupção do serviço policial militar,


com o consequente afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data em que o
mesmo for oficialmente considerado extraviado.
O desligamento do serviço ativo será feito 6 meses após a agregação por motivo de extravio.
Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calamidade pública ou outros acidentes
Extravio oficialmente reconhecidos, o extravio ou desaparecimento do policial militar da ativa será
considerado como falecimento tão logo sejam esgotados os prazos máximos de possível
sobrevivência, ou, ainda, quando se deem por encerradas as providências de salvamento.
O reaparecimento do policial militar extraviado ou desaparecido, já desligado do serviço ativo,
resulta em sua reinclusão e nova agregação, enquanto se apuram as causas que deram origem
ao seu afastamento.

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8. Tempo de Serviço
No âmbito da estrutura da PM-ES, o tempo de serviço possui uma alta importância, haja
vista que é um dos critérios utilizados no momento da determinação da precedência entre
dois ou mais policiais.
Sendo assim, a norma determina que os policiais militares começam a contar tempo de
serviço na Polícia Militar a partir da data de sua inclusão na Polícia Militar, da matrícula em
órgão de formação de policiais militares ou da nomeação para o posto ou graduação na Po-
lícia Militar.
Importante ressaltar que, na apuração do tempo de serviço militar, deverá ser feita a distin-
ção entre tempo de efetivo serviço e anos de serviço.

Vamos conhecer ambos os conceitos?

Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia a dia entre a data de incor-
poração e a data limite estabelecida para a contagem ou a data do desligamento do serviço
ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado.
Será também computado como tempo de efetivo serviço o tempo passado dia a dia, pelo
policial militar, na reserva remunerada que for convocado para o exercício de funções policiais
militares. Ao tempo de efetivo serviço, apurado e totalizado em dias, será aplicado o divisor
365 para a correspondente obtenção dos anos de efetivo serviço.

 Obs.: Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço os períodos em que o policial militar
estiver afastado do exercício de suas funções em gozo de licença especial.
 Além disso, serão considerados como tempo de serviço os seguintes afastamentos:
 a) férias;
 b) núpcias;
 c) luto;
 d) instalação;
 e) trânsito.

“Anos de serviço” é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço, com os seguintes
acréscimos:
• tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, prestado pelo policial militar
anteriormente a sua incorporação, matrícula, nomeação ou reinclusão na Polícia Militar;
• tempo relativo a férias não gozadas, contado em dobro; e
• tempo de serviço público estadual prestado exclusivamente ao Governo do Estado do
Espírito Santo.

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No entanto, não serão computadas na contagem, para nenhum efeito, as seguintes


situações:
• o tempo que ultrapassar de 1 ano, contínuo ou não, em licença para tratamento de saúde
de pessoa da família;
• o tempo passado em licença para tratar de interesse particular;
• o tempo passado como desertor;
• decorrido em cumprimento de pena de suspensão do exercício do posto, graduação,
cargo ou função por sentença passada em julgado ou suspensão decorrente de sanção
disciplinar prevista no Código de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais.
• o tempo decorrido em cumprimento de pena restritiva da liberdade, por sentença pas-
sada em julgado, desde que não tenha sido concedida suspensão condicional da pena,
quando então o tempo que exceder ao período da pena cumprida será computado para
todos os efeitos, caso as condições estipuladas na sentença não o impeçam.
• o tempo decorrente de convocação do Secretário de Estado da Segurança Pública e De-
fesa Social, para que os Praças e Oficiais atuem prestando serviços de natureza policial.

Vejamos as demais disposições relacionadas com o tempo de serviço dos policiais milita-
res do Estado do Espírito Santo:

Art. 124. O tempo que o policial militar passou ou vier a passar afastado do exercício de suas funções,
em consequência de ferimentos recebidos em acidente, quando em serviço, em operações policieis
militares e manutenção da ordem pública, ou de moléstia adquirida no exercício de qualquer função
policial militar será computado como se ele o tivesse passado no exercício efetivo daquelas funções.
Art. 125. O tempo de serviço passado pelo policial militar no exercício de atividades decorrentes ou
dependentes de operações de guerra será regulado em legislação específica.
Art. 126. O tempo de serviço dos policiais militares beneficiados por anistia será contado como
estabelecer o ato legal que a conceder.
Art. 127. A data limite estabelecida para final da contagem dos anos de serviço para fins de passa-
gem para a inatividade será a do desligamento do serviço ativo.
Parágrafo único. A data limite não poderá exceder de 45 (quarenta e cinco) dias, dos quais o máximo
de 15 (quinze) no órgão encarregado de efetivar a transferência, da data da publicação do ato de
transferência para a reserva ou reforma em Diário Oficial ou Boletim da Corporação, considerada
sempre a primeira publicação oficial.
Art. 128. Na contagem dos anos de serviço não poderá ser computada qualquer superposição dos
tempos de serviço público (federal, estadual e municipal ou passado em órgão de administração
indireta) entre si, nem com os acréscimos de tempo, para os possuidores de curso universitário, nem
com o tempo de serviço computável após a incorporação em Organização Policial Militar, matrícula
em órgão de formação de policiais militares ou nomeação para posto ou graduação na Polícia Militar.

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9. Recompensas, Dispensas do Serviço e Casamento


As recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços prestados pelos militares
estaduais. De acordo com o estatuto, são recompensas que podem ser conferidas aos agentes:
• prêmio de Honra ao Mérito;
• condecorações por serviços prestados;
• elogios, louvores e referências elogiosas;
• dispensas de serviço.

 Obs.: As recompensas serão concedidas de acordo com as normas estabelecidas no Código


de Ética e Disciplina dos Militares Estaduais.

As dispensas de serviço, por sua vez, são autorizações concedidas aos policiais militares
para afastamento total do serviço em caráter temporário. Estas dispensas podem ser concedi-
das aos policiais com base nos seguintes critérios:
• como recompensa;
• para desconto em férias; e
• em decorrência de prescrição médica.

Todas as dispensas elencadas serão concedidas com a remuneração integral do policial,


sendo computadas, para todos os efeitos, como tempo de efetivo exercício.

Recompensas Dispensas

Reconhecimento dos bons serviços Autorizações concedidas aos policiais


prestados pelos policiais militares militares para afastamento total do
serviço em caráter temporário

Por fim, o estatuto apresenta regras específicas relacionadas com a possibilidade de casa-
mento por parte dos policiais militares.
De acordo com a norma, o policial militar da ativa pode contrair matrimônio, desde que,
para isso, observe as disposições da legislação civil específica.
No entanto, é vedado o casamento ao Aluno Oficial PM e demais praças, enquanto estive-
rem sujeitos aos regulamentos dos órgãos de formação de oficiais, de graduados ou de praças
cujos requisitos para admissão exijam a condição de solteiro, salvo em casos excepcionais a
critério do Comandante Geral da PM.
Em caso de não observância da vedação, os policiais serão excluídos, sem direito a qual-
quer remuneração ou indenização.
Ressalta-se que o casamento dos policiais militares com mulher estrangeira somente po-
derá ser realizado após a autorização do Comandante Geral de PM.

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10. Pensão Militar


A pensão trata-se de um direito intimamente relacionado com as regras previdenciárias
dos agentes estatais. No caso da pensão militar, temos uma série de peculiaridades a serem
observadas.
Inicialmente, precisamos saber que a pensão militar é deferida em processo de habili-
tação, com base na declaração de beneficiários preenchida em vida pelo militar, nas condi-
ções a seguir:
• cônjuge ou companheiro designado ou que comprove união estável como entidade familiar;
• pessoa separada de fato, separada judicialmente ou divorciada do instituidor, ou ex-convi-
vente, desde que perceba pensão alimentícia em razão de estar separada de fato, separada
judicialmente ou divorciada do instituidor, ou o ex-convivente, credor de alimentos.
• filhos ou enteados até 21 anos de idade ou até 24 anos de idade, se estudantes univer-
sitários ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;
• tutelados ou curatelados até 21 anos de idade ou, se estudante universitário, até 24
anos de idade ou, se inválido, enquanto durar a invalidez.
• a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do militar;
• o irmão órfão, até 21 anos de idade ou, se estudante universitário, até 24 anos de idade,
e o inválido, enquanto durar a invalidez, comprovada a dependência econômica do militar.

Considera-se economicamente dependente aquele que, comprovadamente, viva sob o


mesmo teto do militar ou que dele receba recursos para subsistência, tenha renda inferior a 1
(um) salário-mínimo e não possua bens. Neste sentido, a dependência econômica exige início
de prova material contemporânea aos fatos, referente aos 24 meses anteriores à data do óbi-
to, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força
maior ou caso fortuito, conforme disposto em regulamento
Considera-se convivente a pessoa que mantenha união estável com o militar, configurada
na convivência pública, contínua e duradoura, como entidade familiar, quando ambos forem
solteiros, separados judicialmente, extrajudicialmente ou de fato, divorciados ou viúvos, deven-
do ser apresentado documento demonstrativo desta qualidade, quando da apresentação da
declaração de beneficiários preenchida em vida pelo militar.
Já a invalidez deverá ser atestada por laudo médico pericial, expedido por junta médica,
composta por, no mínimo, 3 médicos, designados pela autoridade indicada em lei ou em
regulamento.

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
Diogo Surdi

 Obs.: O benefício da pensão militar é igual ao valor da remuneração do militar da ativa ou


dos proventos na inatividade remunerada.

Mas e a partir de qual momento o benefício da pensão militar será devido?

Para responder esta pergunta, temos que fazer uso das disposições do artigo 133-F, com
a seguinte redação:

Art. 133-F. O benefício de pensão militar será devido, a partir:


I – do óbito, quando requerido:
a) pelo beneficiário maior de 16 (dezesseis) anos de idade, até 30 (trinta) dias de sua ocorrência; ou
b) pelo beneficiário menor de 16 (dezesseis) anos de idade, até 30 (trinta) dias após completar essa idade;
II – do requerimento, quando requerido após os prazos previstos no inciso I; ou
III – da decisão judicial, no caso de morte presumida.
§ 1º O valor da pensão, calculado na forma deste artigo, será pago aos beneficiários habilitados, e
rateado em cotas iguais.
§ 2º Sempre que se extinguir uma cota, proceder-se-á novo cálculo e novo rateio do benefício entre
os dependentes remanescentes.
§ 3º A concessão da pensão não será protelada pela falta de habilitação de outro possível benefi-
ciário e qualquer outra habilitação posterior, que importe em exclusão ou inclusão de dependente,
somente produzirá efeito a contar da data da habilitação.
§ 4º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá requerer
a sua habilitação provisória ao benefício de pensão militar, exclusivamente para fins de rateio dos
valores com outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado
da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial em contrário.
§ 5º Nas ações em que for parte o ente público responsável pela concessão da pensão por morte,
este poderá proceder de ofício à habilitação excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de
rateio, descontando-se os valores referentes a esta habilitação das demais cotas, vedado o paga-
mento da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de
decisão judicial em contrário.
§ 6º Julgada improcedente a ação prevista nos §§ 4º ou 5º deste artigo, o valor retido será corrigido e
será pago aos demais dependentes, proporcionalmente as suas cotas e ao início de seus benefícios.
§ 7º Em qualquer hipótese, fica assegurada ao órgão concessor da pensão militar a cobrança dos
valores indevidamente pagos aos demais dependentes, proporcionalmente as suas cotas, em fun-
ção de nova habilitação.

Por fim, vejamos as disposições do artigo 133-G, que elenca as situações em que a pensão
militar será extinta:

Art. 133-G. A pensão militar será extinta:


I – pelo falecimento;
II – pelo casamento;
III – pela convivência em união estável do beneficiário elencado no inciso I do art. 133-A desta Lei;

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
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IV – pela cessação de quaisquer das condições que garantiram a qualidade de beneficiário;
V – pela condenação criminal por sentença com trânsito em julgado, do beneficiário como autor,
coautor ou partícipe de homicídio doloso, inclusive em sua forma tentada, cometido contra pessoa
do militar, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis;
VI – pela comprovação, a qualquer tempo, de simulação ou fraude no casamento ou na união es-
tável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício, apuradas em processo
judicial ou administrativo no qual serão assegurados o contraditório e a ampla defesa;
VII – pela adoção, para filho adotado que receba pensão militar dos pais biológicos;
VIII – pela renúncia expressa do beneficiário plenamente capaz;
IX – em relação aos beneficiários de que trata o inciso I do art. 133-A, observar-se-ão, também, os
seguintes prazos:
a) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer antes de 18 (dezoito) meses da incorporação do militar
ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do
óbito do militar;
b) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na
data de óbito do militar, se o óbito ocorrer após 18 (dezoito) meses da incorporação do militar e pelo
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável:
1. 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade;
2. 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade;
3. 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade;
4. 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade;
5. 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade;
6. vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade.
§ 1º Serão aplicados os prazos previstos na alínea “b” do inciso IX, se o óbito do beneficiário de-
correr de acidente de qualquer natureza, independentemente do tempo de atividade militar ou da
comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável.
§ 2º O chefe do Poder Executivo, por meio de decreto, poderá fixar, em números inteiros, novas
idades para os fins previstos na alínea “b” do inciso IX, sempre que modificada a expectativa de
sobrevida da população brasileira ao nascer.
§ 3º A pensão militar decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função será vita-
lícia para o cônjuge ou companheiro, não se aplicando as regras de extinção da pensão previstas
no inciso IX.
§ 4º Aplica-se o disposto no § 3º no caso de morte decorrente de doença profissional ou doença
grave.

11. Prescrição e Decadência


Os institutos da prescrição e da decadência estão intimamente ligados à segurança jurídi-
ca, impedindo, por exemplo, que as relações envolvendo os militares e o Poder Público sejam
afetadas após um determinado período de tempo.
Em relação a tais institutos, temos que fazer uso das disposições dos artigos 133-H a 133-
J, com a seguinte redação:

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Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
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Art. 133-H. Prescreve em 05 (cinco) anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e
qualquer ação do militar ou beneficiário para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições
ou diferenças devidas a título de proventos na inatividade e de quota-parte de pensão militar, res-
guardado o direito dos incapazes ou dos ausentes, segundo a legislação civil.
Art. 133-I. É de 10 (dez) anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do militar
ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de proventos na inatividade ou de quota-parte de
pensão militar, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação
ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no
âmbito administrativo.
Art. 133-J. O direito da Administração de anular os atos administrativos relacionados a inatividade
ou pensão militar, de que decorram efeitos favoráveis para os militares ou seus beneficiários, decai
em 10 (dez) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do
1º (primeiro) pagamento.
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que
importe impugnação à validade do ato.

Para fins de prova, temos que memorizar as seguintes informações:


• Prescreve em 5 anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer
ação do militar ou beneficiário para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições
ou diferenças devidas a título de proventos na inatividade e de quota-parte de pensão
militar. A exceção fica por conta dos direitos dos incapazes ou dos ausentes, segundo
a legislação civil.
• É de 10 anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do militar ou
beneficiário para a revisão do ato de concessão de proventos na inatividade ou de quo-
ta-parte de pensão militar. O mencionado prazo será contado do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em
que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.
• O direito da Administração de anular os atos administrativos relacionados a inatividade
ou pensão militar, de que decorram efeitos favoráveis para os militares ou seus benefici-
ários, decai em 10 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial será contado da
percepção do 1º pagamento.

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Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
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QUESTÕES DE CONCURSOS
001. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF/COMBATENTE/2018) De acordo com a Lei Estadual n.
3.196/1978, será oficialmente considerado extraviado o policial militar que permanecer desa-
parecido por mais de:
a) 30 (trinta) dias.
b) 25 (vinte e cinco) dias.
c) 20 (vinte) dias.
d) 15 (quinze) dias.
e) 10 (dez) dias.

O policial militar será oficialmente considerado extraviado quando permanecer desaparecido


por mais de 30 dias.

Art. 83. O policial militar que, na forma do artigo anterior, permanecer desaparecido por mais de 30
(trinta) dias, será oficialmente considerado extraviado.
Letra a.

002. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/SOLD. COMBATENTE/2018) Referente à Lei Estadual n.


3.196/1978, que dispõe sobre o Estatuto da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, preen-
cha as lacunas e assinale a alternativa correta.
O policial militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou disci-
plinar de superior hierárquico poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou
representação. No que concerne ao direito de recorrer na esfera administrativa, este prescreve
em __________ a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto a ato que decorra de
composição de quadro de acesso e em __________ nos demais casos.
a) 15 (quinze) dias corridos / 90 (noventa) dias.
b) 15 (quinze) dias corridos / 120 (cento e vinte) dias.
c) 30 (trinta) dias corridos / 150 (cento e cinquenta) dias.
d) 30 (trinta) dias corridos / 180 (cento e oitenta) dias.
e) 60 (sessenta) dias corridos / 180 (cento e oitenta) dias.

O artigo 49 é responsável por estabelecer os prazos a serem observados em relação ao direito


de recorrer dos policiais militares.

Art. 49. O policial militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou
disciplinar de superior hierárquico, poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou
representação, segundo legislação vigente na Polícia Militar.

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Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
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§ 1º O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em 15 (quinze) dias corridos a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto a ato que
decorra de composição de quadro de acesso; e
b) em 120 (cento e vinte) dias nos demais casos.
Letra b.

003. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/SOLD. COMBATENTE/2018) De acordo com a Lei Estadual


n. 3.196/1978, a Polícia Militar do Estado do Espírito Santo é subordinada operacionalmente ao:
a) Marechal das Forças Armadas.
b) General do Exército.
c) Secretário de Estado da Segurança Pública.
d) Superintendente Regional da Polícia Federal.
e) Sargento da Polícia Militar.

A questão exige o conhecimento das disposições do artigo 2º da norma objeto de estudo:

Art. 2º A Polícia Militar, subordinada operacionalmente ao Secretário de Estado da Segurança Pú-


blica, é uma instituição destinada à manutenção da ordem pública no Estado, sendo considerada
força auxiliar, reserva do Exército.
Letra c.

004. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/SOLD. COMBATENTE/2018) Consoante às disposições do


Estatuto da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, a interdição judicial do policial militar
reformado por alienação mental deverá ser providenciada junto ao Ministério Público, por ini-
ciativa dos beneficiários, parentes ou responsáveis, até:
a) 30 (trinta) dias a contar da data do ato da reforma.
b) 60 (sessenta) dias a contar da data do ato da reforma.
c) 90 (noventa) dias a contar da data do ato da reforma.
d) 120 (cento e vinte) dias a contar da data do ato da reforma.
e) 180 (cento e oitenta) dias a contar da data do ato da reforma.

De acordo com o § 1º do artigo 102, temos a previsão de que:

A interdição judicial do policial militar reformado por alienação mental deverá ser providenciada jun-
to ao Ministério Público, por iniciativa dos beneficiários, parentes ou responsáveis, até 60 (sessenta)
dias a contar da data do ato da reforma.
Letra b.

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Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
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005. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/SOLD. COMBATENTE/2018) De acordo com a Lei Estadual


n. 3.196/78, são manifestações essenciais do valor policial militar, EXCETO:
a) o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever policial militar e pelo
integral devotamento à manutenção da ordem pública, até com o sacrifício da própria vida.
b) o amor à profissão militar e o entusiasmo com que é exercida.
c) o civismo e o culto das tradições históricas.
d) a fé na missão elevada da Polícia Militar.
e) amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal.

Apenas a letra “e”, dentre as opções elencadas, não estabelece uma manifestação essencial
do valor militar, conforme previsão do artigo 25:

Art. 25. São manifestações essenciais do valor policial militar:


I – o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever policial militar e pelo integral
devotamento à manutenção da ordem pública, até com o sacrifício da própria vida; (Letra A)
II – o civismo e o culto das tradições históricas; (Letra C)
III – a fé na missão elevada da Polícia Militar; (Letra D)
IV – o espírito de corpo, orgulho do policial militar pela organização onde serve;
V – o amor à profissão policial militar e o entusiasmo com que é exercida; (Letra B)
VI – o aprimoramento técnico-profissional.
Letra e.

006. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Constitui requisito


dispensável para ingressar no Quadro de Oficiais Policiais Militares (QOPM) a conclusão do
Curso de Formação de Oficiais (CFO), desde que a bem do interesse público e autorizado pelo
responsável competente.

O mencionado requisito é indispensável, diferente do que afirmado pela questão.

Art. 5º A carreira policial militar é caracterizada por atividades continuada e inteiramente devotadas
às finalidades precípuas da Polícia Militar, denominada atividade policial militar.
§ 3º Constitui requisito indispensável para ingressar no Quadro de Oficiais Policiais Militares (QOPM)
a conclusão do Curso de Formação de Oficiais (CFO).
Errado.

007. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) São considerados na


ativa aqueles que, na reserva remunerada, pertencem à reserva da Polícia Militar e percebem
remuneração do Estado, desde que sujeitos à prestação de serviços mediante convocação.

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Neste caso, o servidor não é considerado na ativa, mas sim na inatividade.

Art. 3º Os integrantes da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, em razão de sua destinação
constitucional, formam uma categoria especial de servidores públicos do Estado e são denomina-
dos policiais militares (PM).
§ 1º Os policiais militares encontram-se em uma das seguintes situações:
b) na inatividade:
I – na reserva remunerada, quando pertencem à reserva da Polícia Militar e percebem remuneração
do Estado, porém sujeitos ainda, à prestação de serviços na ativa, mediante convocação;
Errado.

008. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Pelo princípio do li-


vre acesso aos cargos públicos, brasileiros e estrangeiros podem ingressar na carreira de Ofi-
cial da Polícia Militar do Espírito Santo.

De acordo com o § 2º do artigo 5º:

É privativa de brasileiro nato a carreira de Oficial da Polícia Militar do Espírito Santo.


Errado.

009. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) A carreira policial mi-


litar é privativa do pessoal da ativa e inativos, iniciando-se com o ingresso na Polícia Militar e
obedecendo às diversas sequências de graus hierárquicos.

Ao contrário do que afirmado, estabelece o § 1º do artigo 5º que:

A carreira policial militar é privativa do pessoal da ativa, inicia-se com o ingresso na Polícia Militar
e obedece às diversas sequências de graus hierárquicos.
Errado.

010. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) É considerado desa-


parecido o policial militar da ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em viagem, em
operações policiais militares ou em caso de calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por
mais de 08 (oito) dias e desde que não haja indícios de deserção.

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A questão está correta, nos termos do artigo 82 da norma objeto de estudo, de seguinte redação:

Art. 82. É considerado desaparecido o policial militar da ativa que, no desempenho de qualquer ser-
viço, em viagem, em operações policiais militares ou em caso de calamidade pública, tiver paradeiro
ignorado por mais de 8 (oito) dias.
Parágrafo único. A situação de desaparecimento só será considerada quando não houver indício de
deserção.
Certo.

011. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Posto é o grau hierár-


quico do Oficial, conferido por ato do Secretário de Estado da Segurança Pública.

De acordo com o § 1º do artigo 13:

Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido por ato do Governador do Estado.


Errado.

012. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Os Alunos Oficiais


PM são hierarquicamente superiores aos Subtenentes PM.

A questão está certa, nos termos do artigo 15 da Lei n. 3.196/1978:

Art. 15. A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim regulada:
II – os Alunos Oficiais PM são hierarquicamente superiores aos Subtenentes PM.
Certo.

013. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Em igualdade de


posto ou de graduação, a precedência entre os policiais militares de carreira na ativa e os da
reserva remunerada, que estiverem convocados, é definida pelo Comandante Geral.

Neste caso, a precedência é definida pelo tempo de serviço no posto ou graduação.

Art. 14, § 4º Em igualdade de posto ou de graduação, a precedência entre os policiais militares de


carreira na ativa e os da reserva remunerada, que estiverem convocados, é definida pelo tempo de
serviço no posto ou graduação.
Errado.

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014. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Ao policial militar da


ativa é permitido comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela
ser sócio ou participar, salvo na condição de acionista em sociedade.

A situação narrada configura uma vedação, e não uma permissão conferida ao Policial Mili-
tar da ativa.

Art. 27. Ao policial militar da ativa, ressalvado o disposto no § 2º, é vedado comerciar ou tomar parte
na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista
ou quotista em sociedade, anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
Errado.

015. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/SOLD. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) O casamento


com mulher estrangeira somente poderá ser realizado após a autorização do Comandante
Geral de PM.

A questão está correta, exigindo uma importante regra relacionada com o casamento dos po-
liciais militares da ativa.

Art. 129, § 2º O casamento com mulher estrangeira somente poderá ser realizado após a autoriza-
ção do Comandante Geral de PM.
Certo.

016. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/SOLD. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Na contagem dos


anos de serviço, poderá ser computada a superposição dos tempos de serviço público (federal,
estadual e municipal ou passado em órgão de administração indireta) entre si, com os acrés-
cimos respectivos, ainda que sem a devida comprovação.

Em sentido contrário ao que afirmado pelo enunciado, estabelece o artigo 128 que:

Na contagem dos anos de serviço não poderá ser computada qualquer superposição dos tempos
de serviço público (federal, estadual e municipal ou passado em órgão de administração indireta)
entre si, nem com os acréscimos de tempo, para os possuidores de curso universitário, nem com
o tempo de serviço computável após a incorporação em Organização Policial Militar, matrícula em
órgão de formação de policiais militares ou nomeação para posto ou graduação na Polícia Militar.
Errado.

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017. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/SOLD. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Quando, por mo-


tivo de força maior oficialmente reconhecido, faltarem dados para a contagem de tempo de
serviço, caberá exclusivamente ao Secretário de Estado da Segurança Pública arbitrar o tempo
a ser computado, de modo geral para todos, de acordo com os elementos disponíveis.

Na situação apresentada, caberá ao Comandante Geral da PM (e não ao Secretário de Estado


da Segurança Pública) arbitrar o tempo e ser computado, para cada caso particular, de acordo
com os elementos disponíveis.

Art. 120, § 3º Quando, por motivo de força maior, oficialmente reconhecido (incêndio, inundação,
naufrágio, sinistro aéreo e outras calamidades), faltarem dados para a contagem de tempo de servi-
ço, caberá ao Comandante Geral da PM arbitrar o tempo e ser computado, para cada caso particular,
de acordo com os elementos disponíveis.
Errado.

018. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/SOLD. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Anos de serviço é o


espaço de tempo computado mês a mês entre a data de incorporação e a data limite estabelecida
para a contagem ou a data do desligamento do serviço ativo, vedado o parcelamento de tempo.

“Anos de serviço” é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço, com uma série de
acréscimos.

Art. 122. Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia a dia entre a data de incor-
poração e a data limite estabelecida para a contagem ou a data do desligamento do serviço ativo,
mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado.
Art. 123. “Anos de serviço” é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço a que se refere o
art. 122 e seus parágrafos, com os seguintes acréscimos (...)
Errado.

019. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) O desligamento do


serviço ativo será processado após a expedição de ato do Governador do Estado, vedada a
delegação do referido ato para outras autoridades.

Há sim a possibilidade de delegação, por parte do Governador do Estado, para a prática do


desligamento do serviço.

Art. 84, Parágrafo único. O desligamento do serviço ativo será processado após a expedição de ato
do Governador do Estado, ou de autoridades as quais tenham sido delegados poderes para isso.
Errado.

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020. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) A subordinação não


afeta de modo algum a dignidade pessoal do policial militar e decorre, exclusivamente, da es-
trutura hierarquizada da Polícia Militar.

A questão está certa, exigindo a literalidade das disposições do artigo 33 da norma objeto
de estudo.

Art. 33. A subordinação não afeta de modo algum a dignidade pessoal do policial militar e decorre,
exclusivamente, da estrutura hierarquizada da Polícia Militar.
Certo.

021. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) O policial militar rea-


parecido será submetido ao Conselho de Justificação ou ao Conselho de Disciplina, por deci-
são do Secretário de Estado da Segurança Pública, se assim for julgado necessário.

O policial militar reaparecido será submetido a Conselho de Justificação ou a Conselho de


Disciplina, por decisão do Comandante Geral da PM (e não, conforme afirma a questão, por
decisão do Secretário de Estado da Segurança Pública).

Art. 119. O reaparecimento do policial militar extraviado ou desaparecido, já desligado do serviço


ativo, resulta em sua reinclusão e nova agregação, enquanto se apuram as causas que deram ori-
gem ao seu afastamento.
Parágrafo único. O policial militar reaparecido será submetido a Conselho de Justificação ou a Con-
selho de Disciplina, por decisão do Comandante Geral da PM, se assim for julgado necessário.
Errado.

022. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Exercer, com autori-


dade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo caracteri-
za uma das manifestações essenciais do valor policial militar.

Temos aqui uma das medidas decorrentes dos preceitos da ética militar, e não uma manifes-
tação do valor policial.

Art. 26. O sentimento do dever, o pundonor policial militar e o decoro da classe impõem a cada um
dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis com a observância
dos seguintes preceitos de ética policial militar:
II – exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência
do cargo;
Errado.

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
Diogo Surdi

023. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/OF. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Aos Oficiais inte-


grantes do Quadro da Saúde, é vedado o exercício de sua atividade técnico-profissional no
meio civil.

O § 3º do artigo 27 estabelece justamente a possibilidade de exercício, por parte dos Oficiais


integrantes do Quadro de Saúde, de sua atividade técnico-profissional no meio civil.

Art. 27, § 3º No intuito de desenvolver a prática profissional dos oficiais integrantes do Quadro de
Saúde, é lhes permitido o exercício da atividade técnico-profissional, no meio civil, desde que tal
prática não prejudique o serviço.
Errado.

024. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/SOLD. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) É requisito para o


ingresso na Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, dentre outros previstos, a altura mínima
descalço e descoberto de 1,60 m (um metro e sessenta centímetros) para homens e de 1,50 m
(um metro e cinquenta centímetros) para mulheres.

As alturas mínimas exigidas, de acordo com a norma em estudo, é de 1,65m para homens e de
1,60m para mulheres.

Art. 9º O ingresso na Polícia Militar do Estado do Espírito Santo dar-se-á na carreira de Praças ou
na carreira de Oficiais, por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, destinado ao
provimento dos quadros combatente, músico e de saúde, mediante incorporação, matrícula ou no-
meação na graduação ou posto inicial de cada carreira, observados, além de outras regras previstas
na legislação vigente, os seguintes requisitos gerais:
II – ter altura mínima descalço e descoberto, de 1,65m (um metro e sessenta e cinco centímetros)
para homens e de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) para mulheres;
Errado.

025. (INSTITUTO AOCP/PM-ES/SOLD. COMBATENTE/2018/ADAPTADA) Para a participa-


ção no concurso público, o candidato deverá ter no mínimo 16 (dezesseis) anos de idade no
primeiro dia de inscrição do atinente concurso e no máximo 30 (trinta) anos de idade na data
de matrícula no curso do respectivo concurso.

De acordo com o artigo 10, é requisito para a participação no concurso público, dentre outros,
a idade mínima de 18 anos na data da matrícula no curso do respectivo concurso e de máximo
28 anos no primeiro dia de inscrição do respectivo concurso.

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
Diogo Surdi
Art. 10. Para a participação no concurso público, o candidato deverá ter no mínimo 18 (dezoito)
anos de idade na data da matrícula no curso do respectivo concurso e no máximo 28 (vinte e oito)
anos de idade no primeiro dia de inscrição do respectivo concurso, exceto para o concurso de in-
gresso no Quadro de Oficiais Médicos (QOM), em que deverá ter no máximo 35 (trinta e cinco) anos
no primeiro dia de inscrição, devendo apresentar, ainda, os seguintes requisitos específicos (...)
Errado.

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 3.196/1978 - Estatuto dos Policiais Militares do Espírito Santo
Diogo Surdi

GABARITO
1. a
2. b
3. c
4. b
5. e
6. E
7. E
8. E
9. E
10. C
11. E
12. C
13. E
14. E
15. C
16. E
17. E
18. E
19. E
20. C
21. E
22. E
23. E
24. E
25. E

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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