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7 de setembro: como o Dia da Principais notícias

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seus filhos
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ACERVO MUSEU PAULISTA/ DOMÍNIO PÚBLICO

O soldado Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga (1761-1799), o marceneiro e


militar Lucas Dantas do Amorim Torres (1744-1799), e os alfaiates Manuel
Faustino dos Santos Lira (1775-1799) e João de Deus Nascimento (1771-1799)
são nomes praticamente esquecidos da historiografia nacional. Pois eles

lideraram um movimento popular que pedia independência política quando


aquele que se tornaria dom Pedro I (1798-1834) não passava de um recém- As consequências inesperadas da
:
nascido. semana de trabalho de 4 dias
30 março 2022
A Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates ou Revolta
dos Búzios, foi um movimento emancipacionista popular que se iniciou em 12
de agosto de 1798, exatamente dois meses antes do nascimento de Pedro I. E
terminou no fim de 1799 — em 8 de novembro daquele ano os quatro líderes
acima mencionados foram executados em praça pública.

Diferentemente da maneira como o processo de independência brasileira


acabou sendo costurado, culminando no 7 de setembro de 1822, era uma
articulação popular que, entre suas bandeiras, pedia o regime republicano e o Pantanal da novela da Globo é
fim da escravidão. mais seco e menos verde que o da
Manchete dos anos 90
Muitos dos participantes do movimento, inclusive Virgens e Veiga, Amorim 25 março 2022
Torres, Santos Lira e Deus Nascimento, eram negros.

Revoltas como esta ocorreram nas décadas que precederam a Independência


brasileira e, cada vez mais, são exemplos recuperados por historiadores de como
a historiografia oficial do país acabou ofuscando a participação do negro em
episódios importantes. Ao mesmo tempo, suscitam a reflexão: se uma luta
assim tivesse conseguido prosperar, a sociedade brasileira poderia ter sido
organizada de forma completamente distinta, com abolição da escravidão
quase um século antes e regime republicano sem passar pelos dois governos
O tabu dos relacionamentos entre
imperiais, conduzidos por descendentes da mesma casa portuguesa. pessoas com grandes diferenças de
idade
30 março 2022
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esquecida enquanto a Semana de Arte Moderna ainda é
debatida

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banido do Twitter

"É interessante perceber o quanto a história do Brasil é contada do ponto de


Dismorfia corporal: 'preocupação
vista do colonizador e do branco. A independência foi um desses momentos que com meu aspecto físico não me
atendeu apenas a uma elite, não dando conta de garantir a liberdade para a deixava viver'
maior parte da população brasileira, os negros e indígenas", comenta o 29 março 2022
pesquisador da história negra Guilherme Soares Dias, consultor em diversidade.

"Não aprendemos sobre esses fatos sob outra perspectiva e nem temos esses
debates nas escolas. Esse era um momento efervescente da busca pela abolição
com várias revoltas no Brasil e outros países conquistando essa liberdade do
povo negro. A história ainda retrata apenas um lado e a gente ainda precisa
buscar outras informações sobre esse período", completa ele. "Esse
apagamento das lutas negras faz parte de um racismo estrutural que é resquício
daquele momento em que o negro não era visto como humano e sim como
coisa. A sua história, seus costumes, sua cultura, seus pensamentos não 'Não precisamos do amor
importavam, já que ele era animalizado. As pessoas precisam ter raiz." romântico em nossas vidas', diz
:
romântico em nossas vidas', diz
especialista em relacionamentos
Dias afirma que a primeira coisa tirada pela escravidão foi a própria história da 27 março 2022
população negra. "Ainda hoje precisamos fazer essa busca e jogar luz para
heróis, lutas e acontecimentos que foram importantes para as pessoas negras",
diz. "Essa é a narrativa que a história do Brasil ainda não conta."

Lutas contra o domínio português


Professora na Universidade Federal Fluminense e integrante da Rede de Brasileiro viaja pelo interior do
Historiadores e Historiadoras Negros, a historiadora Ynaê Lopes dos Santos cita país distribuindo livros a crianças
três como os principais movimentos que pediam a separação de Portugal antes 27 março 2022
do famoso 7 de setembro. Além da Revolta dos Búzios, também destaca a
Inconfidência Mineira, de 1789, e a Revolução Pernambucana, de 1817.

'Usar véu muçulmano não significa


que sejamos oprimidas'
29 março 2022

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DOMÍNIO PÚBLICO

Batalha de São Domingo, quadro que representa a independência do Haiti


3 Quem foi lorde Cochrane, o
almirante escocês que
"Foram os mais expressivos. Mas sem ajudou a garantir a
independência e a unidade
sombras de dúvidas a Conjuração Baiana
do Brasil
foi o com a maior participação efetiva da Podcast
população negra, tanto a livre quanto a
escravizada", ressalta. "E foi um
movimento que pensava o processo de
4 O que é demência vascular e
como ela se diferencia do
Alzheimer
Independência correlatamente com o
processo de abolição da escravidão, algo
que não aparecia nos outros dois
movimentos insurgentes."
5 O que é a 'ômicron
silenciosa', a subvariante da
covid que já é dominante no
mundo
Santos cita, inclusive, que isso fez com que
muitos negros que haviam aderido a essas
revoltas tenham as abandonado em 6 Autismo: o que é
camuflagem social, que
seguida, tão logo compreenderam que dificulta diagnóstico em
"era algo que não lhes dizia respeito". meninas
BBC Lê
Para o historiador Philippe Arthur dos A equipe da BBC News Brasil lê para
Reis, pesquisador do tema na você algumas de suas melhores 7 Polícia encontra cinco fetos
em casa de ativista
Universidade Estadual de Campinas, é reportagens antiaborto nos EUA
Episódios
:
preciso olhar para vários processos de Episódios
emancipação que não estavam
diretamente ligados às elites. "E a 8 Bebê morre após ataque de
cachorro comprado pela
Conjuração Baiana é um exemplo, que pensava também na libertação dos família uma semana antes
escravos, o que não era pensado pelas elites que dependiam do regime
escravocrata", exemplifica.
9 O guia de filósofos para viver
em tempos de incerteza
"Grande parte dos movimentos e revoltas do Brasil de então tinha a
participação dos mulatos e negros, que eram o maior contingente populacional.
Reivindicavam melhores condições de vida, igualdade de direitos", afirma o 10 Com fertilização in vitro,
elas decidiram ter um bebê
historiador Francisco Phelipe Cunha Paz, membro da Rede de Historiadores e juntas sem saber quem será
Historiadoras Negros e da Associação Brasileira de Estudos Africanos. a mãe biológica

Mas ele lembra que é importante "não cair na tentação" de homogeneizar os


grupo - nem os negros, tampouco os não negros. "Eles eram atravessados por
entendimentos, expectativas e laços diferentes, por vezes internamente
antagônicos", ressalta.

Paz conta que houve participação de negros, homens e mulheres, em revoltas


no Pará, no Maranhão, no Piauí, além da Bahia. Neste caso mais emblemático,
inclusive, ele ressalta que até mesmo a questão dos nomes — Conjuração
Baiana, Revolta dos Alfaiates, Revolta dos Búzios — guarda uma disputa de
narrativas.

"Ao contrário dos outros nomes, a nomenclatura 'dos Búzios' faz ligação direta
com as populações negras envolvidas no levante popular que foi um dos
primeiros movimentos por independência e fim da escravidão", diz. "Faz justiça,
assim, ao grande contingente de pessoas de cor por trás da sua existência."

O jogo de búzios é muito presente em religiões tradicionais africanas. E os


revoltosos desse episódio utilizavam essas conchas como pulseiras, como forma
de identificação.

"[A Revolta dos Búzios] foi formada basicamente por escravizados, livres e
libertos, trabalhadores pobres e alguns membros da elite branca liberal",
explica Paz. A recuperação dessa nomenclatura foi feita graças a uma
articulação baiana de movimentos sociais negros.

Para o historiador Paz, isso é simbólico do que deve ser a tarefa atual:
"conseguir destacar as agendas das populações negras e os seus
descontentamentos com o governo português e a sociedade escravista no
Brasil".

"Além de disputar as memórias públicas em torno do processo de


Independência do Brasil, que não se reduz ao ato administrativo de sua
proclamação oficial", acrescenta. "Pelo contrário, é, sem sombra de dúvidas,
também produto das articulações políticas e sociais das populações negras."

Reis ressalta ainda o fato de que essas revoltas que ocorreram costumam ser
tratadas apenas como motins, como rebeliões contra o poder estabelecido, mas
comumente não são vistas como lutas que tinham em seu cerne o ideal de
emancipação, "de independência da nação". "E quando a Independência de fato
ocorre, ela é uma Independência repressora, que acaba massacrando as revoltas
que ocorrem depois, sob o argumento da manutenção do Estado nacional
brasileiro", comenta.

Consolidação da Independência
No imaginário popular, está dom Pedro levantando a espada, gritando heroico
:
"independência ou morte", tal e qual no famoso quadro criado em 1888 por
Pedro Américo (1843-1905). Longe de ser uma fotografia, retrata de forma
pomposa e distante da realidade o que aconteceu em 7 de setembro de 1822.
Mas foi a narrativa que venceu, sob o prisma do homem branco europeu — o
mesmo colonizador.

"O Brasil Imperial, proclamado independente no 7 de setembro de 1822, foi


uma articulação 'de portas fechadas' entre escravocratas, comerciantes e a
própria família real portuguesa, com uma promessa clara - a manutenção do
tráfico transatlântico e da escravidão", define Paz.

"O movimento da Independência ofuscou os outros movimentos que ocorriam


na época, principalmente a questão abolicionista, porque acabou sendo um
movimento de elite, uma elite preocupada em manter a autonomia que havia
sido conquistada desde a chegada da corte ao Brasil em 1808", explica o
pesquisador Paulo Rezzutti, autor de diversos livros sobre personalidades que
viveram no período, como o próprio Pedro I.

ARQUIVO NACIONAL / DOMÍNIO PÚBLICO

Constituição de 1824, após declaração de independência do Brasil


:
A transferência da família real portuguesa para o Rio de Janeiro, nesse contexto
de fuga das tropas napoleônicas no início do século 19, acabou sendo crucial
para que ocorresse no Brasil uma história da independência tão diferente do
que ocorreu em outros países latino-americanos — a começar, por não vir junto
com um regime republicano.

"O Brasil já tinha uma elite de funcionários públicos, funcionários do governo e


latifundiários que não queriam perder as conquistas adquiridas com a chegada
da corte portuguesa", completa Rezzutti.

"A não ser no caso do Haiti, não há nenhum país da América Latina em que a
Independência não tenha sido conquistada pela elite [branca]. Aqui no Brasil
houve o agravante: tornou-se império porque acreditava-se que a elite brasileira
não fosse tão esclarecida intelectualmente quanto o restante da elite latino-
americana. Então se temia que o Brasil se fragmentasse em diversos países",
explica o pesquisador.

"A ideia de manter o regime monárquico foi para garantir a integridade do


Estado nacional. Mas isso acabou tendo a consequência de que a parte
hegemônica da elite pensava totalmente contra a abolição", prossegue ele.

Essa acabou se tornando a narrativa preponderante, afinal, como lembra


Rezzutti, "a história é escrita pelos vencedores, e a elite foi a vencedora da
Independência". "Uma elite escravocrata, formada por latifundiários e
burocratas que dependiam do trabalho escravo", afirma.

A historiadora Ynaê Lopes dos Santos ressalta que é preciso diferenciar "o que
foi o processo de independência do Brasil" e "a história que se contou sobre
isso".

"Temos um acesso muito limitado ao processo de Independência, que faz parte


de um projeto nacional de contar a história como se fosse um fato que começa e
termina no 7 de Setembro", pontua ela. "Na verdade, foi algo mais complexo,
envolvendo uma série de interesses. A forma de contá-la tem o propósito de
marcar a história do Brasil como uma história pouco conflituosa e pouco
combativa."

Para Santos, o ponto-chave nessa compreensão está em encarar a


homogeneidade étnica e cultural daqueles que ocupavam os altos postos do
poder nas primeiras décadas do século 19 — os deputados que representavam
as capitanias brasileiras na Assembleia de Lisboa e, com a Independência, os
que formam a Assembleia do Rio de Janeiro.

"Esse alto escalão político brasileiro era formado majoritariamente por homens
brancos escravocratas, formados na mesma universidade, de Coimbra,
ensinados pelos mesmos professores", define ela. "Comungavam as mesmas
experiências e visões de mundo."

Por isso, ela explica, não existiu nesse momento da Independência um debate
em relação à manutenção ou não da escravidão. "Foi uma questão silenciada. A
manutenção da escravidão se deu pelo próprio silenciamento da existência da
escravidão na carta constitucional de 1824", afirma a historiadora. Citando o
historiador Luiz Felipe de Alencastro, ela repete que "o Brasil foi um país que
nasceu apostando no futuro da escravidão".

"Aposta esta que silenciava justamente o que era a jurisdição, colocando-a na


salvaguarda da propriedade privada", explica.

"Existia um acordo da classe política brasileira, em sua imensa maioria, para que
fosse construído um país soberano alicerçado na manutenção da escravidão",
:
complementa. "Porque havia a compreensão que a própria unidade nacional
estava vinculada à manutenção da escravidão. A escravidão acabou sendo a
instituição que ordenou o funcionamento da sociedade brasileira, não só
economicamente, mas também política e socialmente."

Outro aspecto lembrado pela professora são as tantas revoltas que ocorreram
para consolidar a independência. E aí novamente é preciso olhar para a Bahia,
que acabou revivendo os ideais da Revolta dos Búzios no início da década de
1820 — com a guerra da independência ocorrida, de fato, em 2 de julho de
1823.

"Naquela província, vimos os contornos mais radicais da efetivação da


Independência, com as pessoas expulsando as tropas portuguesas de seus
territórios", diz Santos.

"Um olhar um pouco mais crítico em relação à Independência do Brasil


pressupõe pelo menos uma análise de duas escalas desse processo: aquele feito
pela classe política, pela oligarquia político-econômica brasileira; de outro lado,
o chão das províncias, as pessoas que realmente transformaram esse projeto de
Independência em um fato real", explica a historiadora. "Nesse ponto, há uma
presença muito forte de sujeitos que tiveram suas histórias silenciadas, homens
e mulheres, negros, mestiços, pobres, etc."

Mas a historiografia oficial acabou realçando apenas o primeiro grupo. E esse


apagamento ocorreu não só dessas revoltas pós 7 de Setembro, como também
dos movimentos que ocorriam antes. "As revoltas do Brasil colonial, muitas
tinham objetivos separatistas, abolicionistas e republicanos. Isso acabou
suprimido da história oficial brasileira", complementa a professora.

Racismo estrutural
Ao apagar a participação do negro, a história cria um arcabouço para a
manutenção do racismo estrutural. "A leitura oficial do 7 de Setembro é calcada
e estruturada pelo racismo. Isso faz parte de um projeto de nação que se
constituiu que se reforçou ao longo dos anos, inclusive com o advento da
República, já que boa parte do que é ensinado sobre a Independência foi
gestado no período republicano", frisa a historiadora Santos.

"A maneira como aprendemos a história da Independência do Brasil é mais um


dos expoentes sintomas do racismos estrutural brasileiro, que silencia as
inúmeras histórias e participações da população não branca na formação do
país", acrescenta ela.

"A invisibilidade é uma das marcas desse poder que nega e silencia os sujeitos
históricos negros e indígenas", diz o historiador Paz. "Essa 'história escrita por
mãos brancas', como sentencia a historiadora negra brasileira, Beatriz
Nascimento, é produzida tanto no apagamento do negro na história do Brasil,
quanto no descrédito das suas narrativas no presente."

Para o historiador, o próprio movimento de independência do Haiti — guerra

travada de 1791 a 1804 que acabou resultando na primeira república americana


governada por pessoas de ascendência africana — deixava as elites brasileiras
:
apreensivas que algo parecido pudesse ocorrer.

"Acredito que as disputas pelos sentidos em torno do 'grito do Ipiranga' e a


própria independência em si, da maneira que se deu, significa menos uma
ruptura anticolonial e mais uma articulação antinegra, muito pelo medo dos
rumores que desciam do Haiti", comenta ele.

Para Reis, na consolidação do Estado nacional brasileiro houve uma intenção de


"não lembrança", de "não significação" dos elementos de luta negra, indígena,
de gênero e, "sobretudo, de classe". "Eles são apagados em nome da
manutenção do poderio da elite local, que 'faz', enfim, a Independência e dão
sentido a ela."

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