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Administração de Redes

Material Teórico
Administração de Redes

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Esp. Antonio Eduardo Marques da Silva

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Administração de Redes

• Introdução;
• Administrador de Redes e Sistemas;
• Tarefas de Administração do Sistema;
• Os Desafios da Administração do Sistema;
• Os Princípios da Administração do Sistema;
• Profissionalismo e Ética
em Segurança da Informação;
• Novas Formas de Administração de Redes.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Compreender e abordar o que é administração de redes e de sistema;
• Entender as suas necessidades em um ambiente corporativo;
• Conhecer as funções e aspectos de um administrador de sistemas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Administração de Redes

Introdução
No conhecimento em redes de comunicação, o entendimento de como se admi-
nistra uma rede de dados é essencial para o desenvolvimento de um bom trabalho
realizado por um profissional de Tecnologia de Informação e Comunicações (TIC).
Nesta unidade, iremos apresentar os principais fundamentos da administração de
rede, sua importância e os principais desafios dessa atividade.

Administrador de Redes e Sistemas


A administração de redes e sistemas é um ramo da engenharia e informática que
diz respeito à gestão operacional de sistemas do tipo humano-computador. É inco-
mum ser tratada como disciplina de cursos relacionados à tecnologia da informa-
ção, visto que aborda a tecnologia de sistemas de computador e os usuários da
tecnologia em uma base igual. Seus princípios são obter e suportar uma rede de
computadores (workstations, PCs e supercomputadores) e sistemas de computação
e, em seguida, mantê-las funcionando, apesar das atividades dos usuários. Um ad-
ministrador do sistema trabalha para usuários, para que eles possam usar o sistema
a fim de produzir um melhor trabalho. No entanto, um administrador de sistema
não deve apenas atender a uma específica necessidade, mas também trabalhar em
benefício de toda uma comunidade de sua empresa. Muitas vezes, é difícil obter
equilíbrio para determinar a melhor política a representar as diferentes necessida-
des de todos com uma participação em um sistema. Quando um computador é
conectado à internet, por exemplo, temos que considerar as consequências de es-
tarmos diretamente conectados com o mundo (BURGESS, 2006).

No futuro, melhorias na tecnologia po-


dem tornar a administração do sistema
uma tarefa um pouco mais fácil, como
uma atividade de administração pura de
recursos. Atualmente, entretanto, admi-
nistração de sistemas não é apenas um
trabalho administrativo, mas sim de extre-
ma exigência do profissional técnico que
possui essa função, pois envolve a neces-
sidade de conhecimento em hardware,
software, suporte ao usuário, diagnósti-
co, reparo e prevenção. Os administrado-
res de sistemas precisam saber um pouco
de tudo e suas habilidades devem ser téc-
nicas, administrativas e sociopsicológicas Figura 1 – Administrador de Sistema e Redes
em alguns casos. Fonte: Getty Images

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Os termos administração de rede e administração do sistema existem separada-
mente e são usados de forma variada e inconsistente pela indústria de TIC (Tecnolo-
gia da informação e Comunicação) e pelos acadêmicos. A administração do sistema
é uma expressão muito usada tradicionalmente para profissional de mainframes
(computador de grande porte) e seus engenheiros podem descrever o gerencia-
mento de computadores se eles estão acoplados por uma rede ou não. Para esta
comunidade, administração de rede significa o gerenciamento de dispositivos de
infraestrutura de rede (roteadores e switches). O mundo de computadores pessoais
(PCs) não tem tradição de gerenciar computadores individuais e seus subsistemas e,
portanto, não fala de administração do sistema. Para essa comunidade de PCs, a
administração de redes é o gerenciamento de PCs dentro de uma rede. Atualmente,
esses termos são considerados os mesmos e não está errado falar administração
de sistema ou administração de rede, já que praticamente um depende do outro
(SOUSA, 2014).

A administração de redes e sistemas é cada vez mais desafiadora, pois a comple-


xidade de sistemas de computador está aumentando o tempo todo. Até mesmo um
único PC hoje, rodando Windows Server e conectado a uma rede, aproxima-se do
nível de complexidade de computadores mainframe do passado. Por esse motivo,
somos agora forçados a pensar que os sistemas não são apenas computadores e
sim uma gama de dispositivos.
Explor

Introdução ao Gerenciamento de Redes – parte 1 em: https://youtu.be/RntTxnDsM9g

Aplicando Tecnologia em um Ambiente


Uma das tarefas importantes da administração de redes e sistemas é construir
configurações de hardware e de softwares e de preferência documentá-las para fu-
turas atividades e análises. Ambas as tarefas são executadas para os usuários. Cada
uma dessas tarefas apresenta seus próprios desafios, mas nenhuma delas pode ser
vista isoladamente. O hardware deve estar em conformidade com as restrições do
mundo físico; isso requer energia, um ambiente apropriado (geralmente interno) e
uma conformidade com os padrões básicos para trabalhar sistematicamente. O tipo
de hardware limita o tipo de software que pode ser executado nele. O software re-
quer hardware, uma infraestrutura básica de sistema operacional e uma conformi-
dade com certos padrões, mas não é necessariamente limitada por preocupações
físicas, desde que tenha hardware para funcionar.

O software moderno, no contexto de uma rede global, precisa interoperar e


sobreviver às possíveis hostilidades de concorrentes incompatíveis ou inóspitos.
Hoje, a complexidade de múltiplos sistemas de software compartilhando a Internet
atinge quase o nível biológico e natural. Nos velhos tempos, era normal encontrar
soluções proprietárias, cuja estratégia era bloquear os usuários em uma empresa
através de produtos específicos. Atualmente, essa estratégia é menos dominante,

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UNIDADE Administração de Redes

e mesmo insustentável, graças à internetworking (rede de computadores). Hoje,


não existe apenas um ambiente físico, mas sim uma diversidade que está mudando
constantemente. O software cria abstrações que mudam a visão de mundo básica
dos administradores. O domínio de software (.com) não possui qualquer localização
geográfica fixa. Máquinas pertencentes a esses domínios de software podem estar
localizados em qualquer parte do mundo (BURGESS, 2006).

Não é incomum encontrar embaixadas estrangeiras com nomes de domínio


dentro de seu país de origem, apesar de estar localizado em todo o mundo. Somos,
assim, forçados a pensar globalmente. A visão global, apresentada a nós pela tec-
nologia da informação, significa que devemos pensar de forma penetrante sobre
os sistemas que são implantados. Os extensos filamentos de nossos sistemas inter-
-redes são expostos a ataques, tanto acidental, como malicioso nessa rede de gran-
de competitividade. Ignorar esse ambiente pode nos expor a riscos desnecessários
(GALVÃO, 2015).

Tarefas de Administração do Sistema


Para os humanos, a tarefa de administração do sistema é um ato de equilíbrio,
pois requer paciência, compreensão, conhecimento e experiência. Precisamos tra-
balhar com o limitado recurso que possuem (em alguns casos e dependendo de
cada empresa, é claro), precisamos ser inventivos em uma crise, e conhecer muitos
fatos gerais e números sobre o funcionamento dos computadores. Precisamos re-
conhecer que as respostas nem sempre são escritas para apoiar esse profissional
e que as máquinas nem sempre se comportam da maneira como achamos que
deveriam. Precisamos permanecer calmos e atentos e aprender constantemente.
Os sistemas de computação exigem o melhor das habilidades organizacionais e
principalmente das atitudes do profissional atual. Para começar o caminho da ad-
ministração do sistema, é necessário conhecer muitos fatos e construir confiança
através da experiência, bem como conhecer limitações próprias e dos recursos
administrados, a fim de evitar os erros descuidados e que podem ser provocados
naturalmente (BURGESS, 2006).
Explor

Introdução ao Gerenciamento de Redes – parte 2 – IPAM em: https://youtu.be/B1sIGZczwUM

Como os sistemas de computadores são comunidades do tipo humano-compu-


tador, existem considerações envolvidas na sua administração. Mesmo que certas
decisões possam ser realizadas objetivamente – por exemplo: para maximizar a pro-
dutividade ou minimizar o custo, deve-se ter uma política para o uso e gerenciamento
de computadores e de seus usuários –, algumas decisões devem ser tomadas para
proteger os direitos dos indivíduos. Um administrador de sistema possui muitas res-
ponsabilidades e restrições a considerar. Por esse motivo, deve levar as questões éti-
cas à risca, sempre apoiando os usuários do sistema. O trabalho de um administrador
é tornar a vida dos usuários suportável e capacitá-los na melhoria de produção de
trabalho real.

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Os Desafios da Administração do Sistema
A administração do sistema não foca apenas na instalação de sistemas operacio-
nais. É sobre planejar e projetar uma comunidade eficiente de computadores para
que os usuários reais possam ser capazes de fazer seu trabalho corretamente e com
maior produtividade, o que significa:
• projetar uma rede que seja lógica e eficiente;
• implantar um grande número de máquinas que podem ser facilmente
atualizadas posteriormente;
• decidir quais serviços são necessários;
• planejar e implementar segurança adequada;
• proporcionar um ambiente confortável para os usuários;
• desenvolver formas de corrigir erros e problemas que ocorrem;
• acompanhar e entender como usar a enorme quantidade de conhecimento que
aumenta a cada ano.
Alguns administradores de sistemas são responsáveis pelo hardware da rede e os
computadores que ela conecta, ou seja, os cabos (cabeamento de rede) e os compu-
tadores (mainframes, servidores e computadores pessoais). Dependendo da empre-
sa, alguns são responsáveis apenas pelos computadores. De qualquer maneira, uma
compreensão de como ocorre o fluxo de dados de máquina para máquina é essen-
cial, bem como uma compreensão de como cada máquina afeta todas as outras. Em
todos os países, praticamente, há questões de internacionalização, ou de adaptar o
hardware e o software de entrada/saída ao idioma local. O suporte à internacionali-
zação na computação envolve três questões:
• Escolha do teclado: Britânico, Alemão, Norueguês, Português etc.;
• Fontes: romana, cirílica, grega, persa etc.;
• Tradução de mensagens de texto do programa.
Usuários de computador inexperientes geralmente querem ser capazes de usar
computadores em sua própria língua, já os usuários experientes de computadores,
particularmente programadores, preferem as versões de teclado e software ameri-
canas, a fim de evitar a colocação desajeitada de caracteres comumente utilizados
em teclados que não são dos EUA e outros motivos.

Prática Comum e Boa Prática


Em um mundo racional, toda escolha precisa de uma razão, mesmo que essa
razão seja arbitrária. Isso não diminui a necessidade de um livro desse tipo, mas nos
alerta a aceitar conselhos sobre confiança. Esse é apenas o método científico em
ação: ceticismo informado e reavaliação constante. No mundo da administração de
sistemas, é comum falar de “melhores práticas”. Uma mente científica imediatamente
suspeita de tal afirmação. Em que sentido é praticar melhor? Quando e para quem?
Como se deve avaliar tal afirmação?

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UNIDADE Administração de Redes

Claramente, é sempre uma boa ideia ver o que os outros fizeram no passado,
mas a história não tem autoridade automática. Existem três razões pelas quais as
ideias pegam e “todo mundo faz isso”:
• Alguém fez isso uma vez, a ideia foi copiada sem pensar e ninguém tem. Pen-
sei nisso desde então. Agora todo mundo faz isso porque todo mundo faz isso;
• Especialistas pensaram muito sobre isso e é realmente a melhor solução;
• Uma escolha arbitrária teve que ser feita e agora é uma questão de convenção.

Por exemplo, nas Ilhas Britânicas, é uma boa ideia dirigir pela esquerda do acos-
tamento. Isso porque alguém começou a fazer isso e agora todo mundo faz, mas
não é apenas uma moda passageira: vidas realmente dependem disso. A escolha
tem suas raízes na história e no domínio de condutores de carruagens destros, em-
punhadura de espada com a direita, ladrões de estrada, mas, por qualquer motivo,
a convenção oposta agora domina as outras partes do mundo e, na Grã-Bretanha,
a convenção é agora principalmente preservada pela dificuldade de se mudar a
cultura. Isso não é ideal, mas é razoável (SOUSA, 2014).

Algumas práticas comuns, no entanto, são bizarras, mas adequadas. Por exem-
plo, em partes da Europa, os serviços de emergência Bombeiro, Polícia e Ambu-
lância têm três números diferentes (110, 112 e 113) ou no Brasil (193, 190 e 192
respectivamente) em vez de um número simples como 911 (usado na América) ou,
ainda mais simples, 999 (em UK). Os números são muito difíceis de lembrar; eles
nem são uma sequência.

Nos sistemas operacionais, muitas convenções surgiram, por exemplo, conven-


ções para nomear o diretório “correto”, para instalar os executáveis do sistema,
como “daemons”, definir as permissões necessárias para determinados arquivos e
programas e até mesmo o uso de um software específico. Originalmente, progra-
mas Unix foram jogados do modo casual em usr/bin etc.; Como administrador de
sistemas, tem-se o poder de tomar decisões radicais sobre sistemas. Os leitores são
encorajados a fazer escolhas lógicas em vez de obedientes (NEMETH, 2007).

Bugs e Fenômenos Emergentes


Sistemas operacionais e programas estão cheios de bugs (erros) e recursos emer-
gentes que não foram planejados ou projetados. Aprender a tolerá-los é uma ques-
tão de sobrevivência para os administradores do sistema; é preciso ser criativo e
contornar esses bugs. Eles podem surgir de:
• controle de qualidade insatisfatório em software ou procedimentos;
• problemas nos sistemas operacionais e seus subsistemas;
• confrontos infelizes entre software incompatível, ou seja, um pacote de software
interfere com o funcionamento de outro;
• fenômenos inexplicáveis, raios, vírus, ataques e outros problemas intencio-
nais ou não.

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Um administrador do sistema deve estar preparado para conviver e contornar
esses problemas e incertezas, não importa qual a razão de sua existência. Nem
todos os problemas podem ser corrigidos na fonte.

Os Princípios da Administração do Sistema


Muitos dos princípios da administração do sistema derivam de uma única ques-
tão prioritária: eles abordam a previsibilidade de um sistema. O termo sistema im-
plica claramente uma operação que é sistemática, ou previsível, mas, ao contrário
de sistemas mecânicos simples, como acertar um relógio, os computadores intera-
gem com os humanos em um ciclo complexo de feedback, onde a incerteza pode
entrar em muitos níveis. Isso faz com que sistemas do tipo humano-computador
sejam difíceis de prever, a menos que, de alguma forma, consertemos os limites do
que é permitido. Vamos conhecer esses princípios da administração do sistema:
• Princípio 1 (Política é a Base): A administração do sistema começa com uma
política, uma decisão sobre o que queremos e o que deve ser, em relação ao
que nós podemos pagar;
• Princípio 2 (Previsibilidade): O objetivo de maior nível na administração do
sistema é trabalhar para um sistema previsível. A previsibilidade tem limites.
É a base de confiabilidade, portanto, confiança e, portanto, segurança;
• Princípio 3 (Escalabilidade): Sistemas escalonáveis são aqueles que crescem
de acordo com política; ou seja, eles continuam a funcionar de maneira previ-
sível, mesmo quando aumentam de tamanho.

Para estudar esse assunto, precisamos cultivar um modo de pensar que incorpo-
re uma humildade científica básica e alguns princípios fundamentais:
• Independência ou autossuficiência na aprendizagem: nem sempre pode-
mos pedir a alguém uma resposta certa a todas as perguntas;
• Práticas de trabalho sistemáticas e organizadas;
• Visão altruísta do sistema: os usuários vêm em primeiro lugar, coletivamente
e só então individualmente;
• Equilibrar uma visão fatalista (a inevitabilidade dos erros) com a determinação
de se ganhar controle mais firme do sistema.

Algumas práticas contraproducentes devem ser evitadas:


• Acreditar que existe uma resposta certa para cada problema;
• Aborrecer-se quando as coisas não funcionam da maneira que se espera;
• Acreditar que todo problema tem um começo, um meio e um fim (alguns dos
problemas são crônicos e não podem ser resolvidos sem uma reestruturação).

Podemos começar com uma lista de verificação:

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UNIDADE Administração de Redes

• Procure respostas em manuais e grupos de notícias;


• Use tentativa e erro controlados para localizar problemas;
• Considere todas as informações; ouça as pessoas que lhe dizem que existe um
problema. Pode ser verdade, mesmo que não consiga ver você mesmo;
• Anote as experiências em um A – Z para aprender como resolver o mesmo
problema novamente no futuro;
• Responsabilize-se por suas ações. Esteja preparado para acidentes. Se eles,
porventura, acontecerem, serão sua culpa. Você terá que consertá-los;
• Lembre-se de tarefas tediosas, como aspirar o hardware uma vez por ano;
• Depois de aprender algo novo, sempre coloque a questão: como isso se apli-
ca a mim?

Profissionalismo e Ética
em Segurança da Informação
A consciência geral do trabalho realizado por profissionais de Segurança de
Informação (distintos dos profissionais de segurança de TI) está nas organizações
que se tornam cada vez mais complexas com mais e mais informações gerenciadas
e processadas. A opinião de que os funcionários são os mais importantes ativos de
uma organização agora pode ser vista como desatualizada, uma vez que a informa-
ção que uma organização detém se tornou seu ativo mais importante atualmente.
Portanto, cuidar da informação também ganhou em importância e toda a profissão
cresceu como um todo para atender a essa necessidade (BURGESS, 2006).

Um profissional de Segurança da Informação, inevitavelmente, será parte de


algumas das informações mais importantes que uma organização pode ter – e ela
poderia ser sensível por uma série de razões, mas, em todos os casos, é crítico que
o profissional lide com isso da maneira apropriada. É importante, então, a garantia
de confiança nesse profissional. Sem isso, é impossível operar no mundo como é
hoje, por isso é crucial que a confiança depositada em profissionais de segurança
da informação seja estabelecida e que eles, por sua vez, tenham o sigilo e a ética
profissional tão importantes para a sua função.

Novas Formas de Administração de Redes


Com certeza, muitos profissionais vinculam a administração de redes e sistema
como uma atividade em que o administrador de rede tenha uma interatividade
mais próxima com os dispositivos de computação, como servidores, roteadores
e comutadores de rede. Tais atividades, até então, eram realizadas de uma forma

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manual, suportada por procedimentos e programas específicos, como, por exemplo,
a instalação de um sistema operacional, utilizando CDs em um determinado servidor
físico, o que acarretava um tempo demorado de instalação e preparação para que
o sistema estivesse à disposição de seus clientes – isso porque, após a instalação do
SO, o administrador necessitava instalar drivers e recursos tecnológicos específicos
que exigiam uma configuração particular (SOUSA, 2014).

O surgimento de sistemas e máquinas virtuais (VMs) trazem uma maior econo-


mia de dispositivos físicos, mão de obra especializada, menor ociosidade de má-
quina, instalação manual e individual de softwares corporativos, administração e
instalação de licenças, sistemas de refrigeração, ambientes adequados para a insta-
lação de equipamentos e recursos de alimentação elétrica e muitos outros fatoras
relacionados à administração de sistemas e redes. Por consequência, isso torna
o processo muito mais simples e centralizado, diferentemente dos procedimentos
anteriores (BURGESS, 2006).

Com a evolução das velocidades de comutação de redes e o surgimento de servi-


ços em nuvem, o administrador de sistemas e redes necessita ter conhecimentos de
novas tecnologias, como, por exemplo, desenvolvimento DevOps, que é a junção
de atividades de desenvolvimento e operações, redes definidas por software (SDN),
WAN definida por software (SD-WAN), provedores especializados em aplicações
em nuvem e muitas outras tecnologias. Uma rede baseada em nuvem, por exem-
plo, é uma rede corporativa que pode ser estendida para a nuvem. Tal rede permite
que uma empresa distribua conectividade em todo o mundo. A nuvem simplifica
significativamente o desenvolvimento de um sistema de rede empresarial.

Figura 2 – Administração de Dados em Nuvem


Fonte: Getty Images

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UNIDADE Administração de Redes

Na nuvem, a rede subjacente é construída por um provedor de nuvem. Tudo o


que uma empresa necessita realizar é contratar um provedor especializado e co-
nectar sua rede local à rede construída em nuvem para formar um sistema de rede
global de classe empresarial. Ao contrário da Internet, a rede baseada em nuvem
fornece controle centralizado sobre a visibilidade da rede e, por esse motivo, uma
instituição é capaz de fornecer um aplicativo multilocatário, que é uma espécie de
aplicativo que atende vários locatários independentemente de suas localidades físi-
cas. Cada inquilino assina uma instância desse aplicativo e os dados de cada loca-
tário são isolados e podem permanecer invisíveis para outros inquilinos. Por outro
lado, a manutenção, administração e atualização do aplicativo podem ser muito
simplificadas e rápidas (SOUSA, 2014).
Explor

Workshop: “Gerenciamento de Redes de Computadores em: https://youtu.be/xeJjHgC5USg

A rede baseada em nuvem permite que a empresa implante infraestruturas


de TIC em locais remotamente distintos em poucos minutos e, por esse motivo,
tem sido alvo das organizações com um grande número de sites espalhados pelo
globo terrestre. Através das ferramentas de gestão implantadas na nuvem, os
administradores de rede podem gerenciar as redes distribuídas pela empresa atra-
vés de qualquer lugar e a qualquer momento. As ferramentas de gerenciamento
podem ser usadas para gerenciar máquinas virtuais, sistemas de armazenamento,
sistemas de segurança e serviços móveis de conectividade, permitindo para rea-
lizar tarefas como gerenciamento centralizado, monitoramento remoto, software
remoto e instalação de aplicativos a distância, limpeza remota e auditoria de se-
gurança automática.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Administração de Sistemas da Informação
BRIEN, J. A.; MARAKAS, G. M. Administração de Sistemas da Informação. 15.
ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Manual Completo do Linux Guia do Administrador
NEMETH, E.; SNYDER G.; HEIN, T. R. Manual Completo do Linux Guia do
Administrador. São Paulo: Pearson, Pretice Hall, 2007.
Administração de Sistemas da Informação
ROSINI, A. M.; PALMISANO, A. Administração de Sistemas da Informação. 2. ed.
São Paulo: Cengage, 2012.
Monitoramento de Redes com Zabbix
LIMA, J. R. Monitoramento de Redes com Zabbix. Rio de Janeiro: Brasport, 2014.
Entendendo os Conceitos de Backup
BARROS, E. Entendendo os Conceitos de Backup. Restore e Recuperação de
Desastres. São Paulo: Ciência Moderna, 2007.

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UNIDADE Administração de Redes

Referências
BURGESS, M. Princípios da Administração de Redes e Sistemas. 2. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2006.

EMC SERVICES. Armazenamento de Gerenciamento de Informações. São


Paulo: Bookman, 2010.

GALVÃO, M. C. Fundamentos em Segurança da Informação. São Paulo:


Person, 2015.

MORAES, A. F. Administração de Redes Remotas. São Paulo: Érica Saraiva, 2014.

SOUSA, L. B. Administração de Redes Locais. São Paulo: Érica Saraiva, 2014.

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