Você está na página 1de 19

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO


CURSO: DIREITO

Adriana Fernandes dos Santos-Ra:F153207-Turma:DR6B13

Beatriz Meyer Bruscagin-Ra:N6687B4-Turma:DR6B13

Bianca Farias Fortes-Ra:N588CB8-Turma:DR6A13

Giovanna Miranda Porfírio dos Santos-Ra:F2101G6- Turma:DR6B13

Marina Marinho Alves-Ra:C3472E5-Turma:DR6A13

Melissa de Sousa Morbida-Ra:F18IHA6-Turma:DR6B13

Direito Civil/Contratos-Smart Contracts ou, Contratos Inteligente

São Paulo
2022
Adriana Fernandes dos Santos-Ra:F153207-Turma:DR6B13

Beatriz Meyer Bruscagin-Ra:N6687B4-Turma:DR6B13

Bianca Farias Fortes-Ra:N588CB8-Turma:DR6A13

Giovanna Miranda Porfírio dos Santos-Ra:F2101G6- Turma:DR6B13

Marina Marinho Alves-Ra:C3472E5-Turma:DR6A13

Melissa de Sousa Morbida-Ra:F18IHA6-Turma:DR6B13

Direito Civil/Contratos-Smart Contracts ou, Contratos Inteligentes

Trabalho realizado e apresentado


sob a orientação do professor:
Adriano Parra, da disciplina de :
Direito dos Contratos em Geral.

São Paulo
2022
Adriana Fernandes dos Santos-Ra:F153207-Turma:DR6B13

Beatriz Meyer Bruscagin-Ra:N6687B4-Turma:DR6B13

Bianca Farias Fortes-Ra:N588CB8-Turma:DR6A13

Giovanna Miranda Porfírio dos Santos-Ra:F2101G6 Turma:DR6B13

Marina Marinho Alves-Ra:C3472E5-Turma:DR6A13

Melissa de Sousa Morbida-Ra:F18IHA6-Turma:DR6B13

Direito Civil/Contratos-Smart Contracts ou, Contratos Inteligentes

Trabalho apresentado a Universidade


Paulista, para obtenção de nota de
avaliação.

ORIENTADOR:

Aprovado em / /
Nota:

BANCA EXAMINADORA:

Examinador 1

Examinador 2

Examinador 3
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente o professor Adriano Parra, que esteve


sempre disponível para orientar e esclarecer nossas dúvidas, e também
a representante Adriana Fernandes.
E por fim a Universidade Paulista que disponibilizou meios para nossa
pesquisa e desenvolvimento do trabalho.
“A verdadeira coragem é ir atrás dos seus sonhos mesmo
quando todos dizem que ele é impossível”. (Cora Coralina)
RESUMO

Propõe-se o estudo no aspecto do Direito Civil, com foco no direito Contratual. A


segurança e confiabilidade elencada pelo uso do Blockchain, viabiliza a utilização dos
smart contracts, que trazem agilidade, comodidade e eficiência, traduzido pela
segurança, ambiente do negócio, redução de custos, diminuição de taxas, ausência do
intermediário. Inova-se a maneira de contratar pela tecnologia blockchain, novo objeto
de relevância ao direito de contratar das instituições, corporações e pessoas. Por ser
meio de contratação inovador incertezas pairam da efetiva tutela do direito brasileiro
sobre os smart contracts. Faz-se pesquisa exploratória das características dos
contratos tradicionais, sobre a égide do direito brasileiro. Alinha-se a busca de
compreender os aspectos de funcionalidade da blockchain e dos smart contracts.
Examina-se as características legais da natureza jurídica dos contratos tradicionais,
disposta dentro de seus planos de existência, validade e eficácia. Verifica-se efeitos e
limitações das obrigações. Compara-se os preceitos erguidos da legalidade contratual
tradicional aos aspectos gerais dos smart contracts de tecnologia blockchain. Constata-
se a juridicidade dos smart contracts de tecnologia blockchain tutelada pelo direito
brasileiro. A auto execução característica dos smart contracts provoca a irretroatividade
da obrigação. Compreende-se que os requisitos de legalidades devam-se constar nas
linhas algorítmicas do smart contract. Verifica-se que eventuais arrependimentos,
correções ou novos acertos entre as partes necessita de novo contrato. Necessita-se
experimentar para averiguar as particularidades jurídicas que possam surgir nos smart
contracts. Percebe-se impossibilidade de exercer certos direitos durante a execução do
smart contract.

Palavras chave: . blockchain, contrato inteligente, juridicidade.

Abstracto

Se propone estudiar la vertiente de Derecho Civil, centrándose en el Derecho de


Contratos. LA seguridad y confiabilidad enumeradas por el uso de Blockchain, permite el
uso de contratos inteligentes, que aportan agilidad, comodidad y eficiencia, traducidos por
la seguridad, ambiente de negocios, reducción de costos, reducción de tarifas, ausencia
del intermediario. Se innova la forma de contratación a través de la tecnología blockchain,
nueva objeto de relevancia para el derecho a contratar de las instituciones, corporaciones
y personas.Al tratarse de un medio innovador de contratación, las incertidumbres se
ciernen sobre la tutela efectiva del derecho Brasileño en contratos inteligentes. Se lleva a
cabo una investigación exploratoria sobre las características de los contratos
tradicionales, bajo los auspicios de la ley brasileña. Alinear la búsqueda de comprender
los aspectos de funcionalidad de blockchain y los contratos inteligentes.Se examinan las
características jurídicas de la naturaleza jurídica de los contratos tradicionales,
dispuesto dentro de sus planos de existencia, validez y eficacia. Comprobar efectos y
limitaciones de las obligaciones. Se comparan los preceptos planteados de legalidad
contractual a los aspectos generales de los contratos inteligentes de tecnología
blockchain.La legalidad de los contratos inteligentes de tecnología blockchain protegidos
por la ley brasileña. La característica de ejecución automática de los contratos inteligentes
hace que la irretroactividad de la obligación. Se entiende que los requisitos de legalidad
debe incluirse en las líneas algorítmicas del contrato inteligente. Se verifica que cualquier
arrepentimientos, correcciones o nuevos arreglos entre las partes necesita una nueva
contrato. Es necesario experimentar para conocer las particularidades jurídicas que
pueden surgir en los contratos inteligentes. Se percibe que es imposible ejercer ciertas
derechos durante la ejecución del contrato inteligente.

Palabras clave: blockchain, contrato inteligente, legalidad.


SUMÁRIO

1 Introdução ....................................................................................................................... 1

2 Desenvolvimento ............................................................................................................ 3

3 Conclusão ....................................................................................................................... 9

Bibliografia ....................................................................................................................... 10
1 INTRODUÇÃO

O surgimento de novas tecnologias, promovem discussões teóricas de sua


aplicabilidade dentro do contexto presente e futuro da sociedade. Na atualidade um novo tema
apareceu no campo dos negócios jurídicos, em específico no Direito Contratual, é a
tecnologia blockchain para os smart contracts. A segurança, confiabilidade e o consenso
estabelecido pela blockchain, trouxeram a expectativa de agilidade, comodidade, redução de
custos e diminuição de taxas.Isso pela ausência do intermediário nos smart contracts.
Este contexto inovador de contratação, inicialmente utilizado no meio financeiro, com o
bitcoin e outras criptomoedas, une-se a possibilidade de aplicações em múltiplos campos
como: mercados imobiliários, setor de seguros, sistema de governança de instituições em seus
vários aspectos de gestão, assistência social, pagamentos e repasses de verbas,
transferências de ativos, serviços de saúde, registros comerciais, troca de dados, ou seja,
diversos modelos de contratos. Por esses motivos, desperta o interesse de conhecer os smart
contracts, no que tange aqueles que utilizam a tecnologia blockchain, isso, dentro do exercício
do direito de contratar com livre acordo de vontades e submerso na ordem jurídica.
A relevante característica dos smart contracts, ou em tradução livre, contratos
inteligentes, construídos a partir da tecnologia blockchain, é que são contratos auto
executáveis, que se resolvem conforme inputs na matriz pactuada, permitindo assim, que
tarefas sejam concretizadas de forma mais rápida, com eficiência e um controle seguro de
dados e também com garantia da integridade e imutabilidade das informações. Essa inovação
dos smart contracts, que é construída dentro do meio eletrônico, vem acompanhada de
expectativas pela celeridade dos processos. Entretanto, traz ainda, incertezas e algumas
dúvidas sobre a tutela do direito e da segurança jurídica, para os negócios que são efetuados
dentro dessa nova plataforma, no que refere as legislações atuais vigentes no Brasil.
Fundamental para a compreensão desse assunto é fazer a análise do direito dos
negócios jurídicos aplicados nos contratos tradicionais. Com olhar em suas características
legais, delineadas pela classificação da natureza jurídica. Trazer da doutrina os elementos que
constituem o negócio jurídico. Este, estabelecido dentro do plano de existência, validade e
eficácia, envolto, pelos efeitos das obrigações e pela possível existência de limitações
impositivas. E por fim, compará-las aos aspectos gerais dos smart contracts de tecnologia
blockchain.
Precipuamente o Código Civil Brasileiro de 2015, em seu Art. 104 traz
expressamente os requisitos essenciais ao plano de validade. Neste víeis, superficialmente,
infere-se que o Direito Brasileiro tutela o uso dos smart contracts de tecnologia blockchain.
Busca-se o clareamento da questão, para proporcionar maior conhecimento do assunto. Outros
pressupostos são necessários para tal confirmação, estes sendo; os elementos
essenciais, o agente, a declaração de vontade, o objeto e a forma, além, da eficácia e das
limitações para contratar. Estando todos distribuídos ao longo do texto legislativo, que
demonstra as condições e outros elementos, os quais, devem ser vistos de forma distinta.
Como dito, fazer estas observações, com vistas, a tornar os smart contracts mais familiar e
propenso a estudos mais aprofundados.
Utiliza-se da legislação e da doutrina fundamentada, delineando os elementos
constitutivos dos contratos tradicionais, afim de estabelecer uma linha de raciocínio lógico para
os fundamentos dos smart contract. Para isso é necessário conhecer a forma construtiva dos
smart contract e ter uma singela compreensão do efeito funcional da tecnologia blockchain.
1
Avalia-se ao final a juridicidade na aplicação contratual em relação aos smart contracts de
tecnologia blockchain.

2
2 DESENVOLVIMENTO

Conceito

Um contrato inteligente é um acordo entre duas ou mais pessoas ou entidades,


registrado como um comando de computador no chamado blockchain, pronto para ser
executado automaticamente, simplificando todo o negócio envolvido e garantindo muita
segurança.
Uma doutrinadora conceitua o contrato: Maria Helena Diniz (2019, p. 39), destaca a
conformidade jurídica, o que é definido como um contrato:

“Contrato é o acordo de duas ou mais


vontades, na conformidade da ordem
jurídica, destinado a estabelecer uma
regulamentação de interesses entre as
partes, com o escopo de adquirir, modificar
ou extinguir relações jurídicas de natureza
patrimonial”.

Pode estabelecer uma série de regras para as partes, como direitos, obrigações e
suas respectivas consequências, que podem ser cumpridas por elas mesmas, sem a
necessidade de um terceiro intermediário. Um blockchain é um sistema, é um banco de
dados compartilhado, que permite e garante a transação de informações, como um livro-
razão, de maneira segura, confiável e imutável. Uma vez que a tecnologia blockchain,
agregam-se alguns benefícios, como por exemplo: a segurança obtida por meio do
armazenamento dissociado de informações, por meio do uso de criptografia para manter o
teor dos contratos seguro e inviolável, ou seja, tornando o contrato um meio seguro para as
partes interessadas.
É uma rede descentralizada que não requer controle humano, trazendo maior
segurança aos seus dados. Ele foi criado para registrar transações em moeda virtual
(bitcoin), registrando as seguintes informações: quem enviou ?,quem recebeu a moeda?, o
valor enviado, a data, hora em que a transação foi realizada e onde no sistema essa
informação estaria contida. A aplicação prática do blockchain na vida diária.
Um aspecto importante a ser observado é que um contrato inteligente é um código
de software com regras autoaplicáveis que podem ou não traduzir contratos legais
tradicionais, pois atualmente não é possível substituir todos os contratos tradicionais por
contratos inteligentes, pois nem todos os termos legais podem ser codificados em
linguagem de computador. Os contratos inteligentes abrem um amplo leque de
possibilidades, simplificando e reduzindo a burocracia do nosso dia a dia. Esta é uma
evolução extremamente relevante do uso de blockchain, na qual veremos crescer e
melhorar nos próximos anos. Esta é uma inovação disruptiva que está se tornando uma
tendência tecnológica imparável, especialmente irreversível. A revolução provocada por
este novo ciberespaço está revolucionando a forma como as pessoas interagem, mudando
seus hábitos, padrões de produção e consumo.
O termo "contrato inteligente" foi cunhado pelo cientista da computação e criptógrafo
Nick Szabo em 1995 e foi revisado ao longo dos anos. As cadeias de suprimentos tendem
a ser longas e contêm muitos elos. A tecnologia Blockchain é considerada uma revolução
porque desafia os paradigmas de processo associados a transações financeiras,
informações e documentos, armazenamento de dados e fluxo de ativos, permitindo
descentralizar monopólios de longa data em determinados setores. O documento descreve
3
como a lei contratual e as práticas comerciais relacionadas são estabelecidas ao projetar
protocolos de comércio eletrônico na Internet.
Em seu artigo, Szabo previu que a revolução digital revolucionará a forma como os
humanos celebram contratos, e até questionou se os contratos tradicionais continuarão
sendo usados na era do ciberespaço. Cada chamada tem que obter a confirmação da
chamada anterior, cumprindo parte do contrato e encaminhando as informações. Isso leva
muito tempo e é ineficiente e, com contratos inteligentes, todos os participantes podem ver
o progresso e concluir o trabalho em tempo hábil. As cadeias de suprimentos tradicionais
são burocráticas e precisam passar por diversos canais para obter aprovações – o que
aumenta o risco de perdas e fraudes. A execução de contratos inteligentes no blockchain
elimina tudo isso, fornecendo uma versão digital, segura e acessível a todas as partes da
cadeia - automatizando tarefas e pagamentos. Em uma indústria como a da música, tanto
os artistas quanto os editores possuem os direitos do conteúdo. Nesse sentido, um
contrato inteligente nada mais é do que um código que define regras e consequências
rígidas como um documento legal tradicional, especificando obrigações, benefícios e
penalidades para qualquer parte de várias maneiras diferentes, caso, fornece a
confiabilidade do relacionamento entre as redes. Nesse protocolo de computador
autoexecutável, diferentemente dos contratos tradicionais escritos em linguagem
puramente legal, os contratos inteligentes são capazes de obter informações, processá-las
e tomar as ações apropriadas de acordo com as regras do contrato. Consequentemente,
os termos devem ser parciais ou totalmente autoaplicáveis, auto vinculativos ou ambos.
Uma vez que esses requisitos sejam atendidos, a tecnologia de contrato inteligente
pode automatizar a transação. A maioria das empresas, se não todas, exige algum
elemento de confiança, como na hora de comprar. O contrato inteligente ou smart contracts
vem sendo utilizado em algumas áreas econômicas, como por exemplo, áreas de negócios
e âmbitos industriais.
O cliente confia que a empresa enviará o produto após o pagamento. Os
proprietários institucionais, por sua vez, confiam que o crédito que o cliente utilizou para
comprar o produto não será revogado após o envio do produto, portanto, enquanto a
internet permite que as pessoas comprem e vendam produtos umas das outras, a maioria
das pessoas do mundo o comércio pessoal se dá por questões de confiança, tudo através
de um site gigante chamado eBay (no Brasil, Mercado Livre).
Assim, ao resolver o problema de confiança sem a necessidade de um terceiro ou
intermediário centralizado, os contratos inteligentes podem reduzir os custos de transação
e os preços para os consumidores e aumentar a liberdade para as empresas gerenciarem
da maneira que as empresas desejam. O processo quer ser melhor. De fato, os contratos
inteligentes melhorarão a execução dos quatro objetivos básicos do contrato. Com efeito,
os contratos inteligentes melhorarão a execução de quatro objetivos fundamentais dos
contratos, que Szabo descreve como: observabilidade, verificabilidade, privacidade e
aplicabilidade (ou auto-aplicação).

Para criar um contrato inteligente, você precisa:


Objeto do contrato: O programa deve ter acesso aos bens ou serviços sob o contrato
para bloqueá-los e desbloqueá-los automaticamente.

Assinatura Digital: Todos os participantes iniciam o acordo assinando o contrato com sua
chave privada.

Termos do contrato: Os termos de um contrato inteligente assumem a forma de uma


sequência precisa de operações. Todos os participantes devem assinar estes termos.
4
Plataforma descentralizada: contratos inteligentes são implantados no blockchain da
plataforma e distribuídos entre os nós da plataforma.

Hoje, a maioria das plataformas blockchain implementam contratos inteligentes em graus


variados. Aqui estão alguns exemplos : de protocolos ou plataformas que podem ser
usados para criar contratos inteligentes:

Bitcoin: é ótimo para lidar com transações financeiras Bitcoin (BTC), mas tem
capacidade limitada de processar arquivos.

Sidechain: Este é outro nome para um blockchain adjacente ao Bitcoin e oferece


maior escopo para o processamento de contratos.

NXT: é uma plataforma blockchain pública que inclui uma seleção limitada de
modelos de contratos inteligentes. Você tem que usar o que é fornecido, você não pode
escrever o código sozinho.

Ethereum: é uma plataforma blockchain pública - de última geração para codificação


e processamento de contratos inteligentes. Você pode codificar o que quiser, mas precisa
pagar pelo poder de computação em tokens ETH.

Cardano: é uma plataforma de contrato inteligente semelhante ao Ethereum que se


concentra na segurança por meio de uma arquitetura em camadas. Este é o primeiro
projeto de blockchain baseado em uma filosofia da ciência e construído em pesquisas
acadêmicas revisadas por pares. Confideal é um ecossistema para negócios rápidos e
seguros por meio de contratos inteligentes no blockchain Ethereum.

Contratos inteligentes podem simplificar a vida em muitos campos e podem ser usados em
diferentes campos. Exemplos de aplicações práticas de contratos inteligentes:

Logística e Cadeias de Suprimentos:

As cadeias de suprimentos geralmente são longas e contêm muitos links. Cada chamada
tem que obter a confirmação da chamada anterior, cumprindo parte do contrato e
encaminhando as informações. Isso leva muito tempo e é ineficiente e, com contratos
inteligentes, todos os participantes podem ver o progresso e concluir o trabalho em tempo
hábil. As cadeias de suprimentos tradicionais são altamente burocráticas e precisam
passar por vários canais de aprovações – o que aumenta o risco de perda e fraude para
todas as partes da cadeia – para automatizar tarefas e pagamentos.

Conteúdo protegido por direitos autorais

Em uma indústria como a da música, tanto os artistas quanto os editores possuem os


direitos do conteúdo. Portanto, esses privilégios de direitos autorais permitem que o titular
receba royalties quando esse conteúdo for usado para fins comerciais. O problema com o
sistema atual é saber quem possui esses direitos e, em seguida, garantir que os royalties
sejam distribuídos a todos que são legalmente obrigados a receber o pagamento.

Eleições

5
Máquinas de votação impressas ou eletrônicas. Os resultados da votação são registrados
no blockchain e distribuídos entre os nós da rede, ou seja, os votos serão protegidos pelo
livro-razão. Nesse caso, todos os dados são criptografados e anônimos.

Apólice de seguro

As seguradoras podem automatizar as apólices por meio de contratos inteligentes. Dessa


forma, o processo será muito mais fácil do que é agora, que é muito manual e leva
semanas ou meses para ser pago.

Leis de propriedade

Conhecidas como propriedades inteligentes, elas refletem as propriedades físicas e não


físicas das mercadorias e permitem que elas sejam verificadas, programadas e negociadas
em uma rede blockchain. Por exemplo, casas e veículos podem ser rastreados, ativados,
desativados e mantidos por meio de contratos inteligentes.

Quais são as vantagens e desvantagens dos contratos inteligentes?

Os contratos inteligentes superam os contratos tradicionais em várias áreas-chave.


As principais vantagens dos contratos inteligentes são:

Autonomia: Você é quem está fazendo o negócio. Não é necessário confiar no


intermediário para confirmar a operação. A propósito, isso também elimina o perigo de
manipulação de terceiros, pois a execução é gerenciada automaticamente pela rede, não
por um ou mais indivíduos, que podem ser tendenciosos e propensos a erros.

Confiabilidade: Seus documentos são criptografados em um livro-razão compartilhado.


Ninguém pode dizer que perdeu. Garantir transparência, certeza, segurança e legalidade
dos processos automatizados.

Segurança e Backup: Os contratos inteligentes são criptografados e distribuídos pelos


nós da rede. Isso garante que ele não pode ser perdido ou alterado sem sua permissão.

Fator humano: O código é escrito por pessoas, e elas cometem erros. Se o contrato
inteligente estiver no blockchain, ele não poderá ser alterado. Um bom exemplo de erro
humano é TheDAO.

Situação jurídica incerta: Atualmente, os contratos inteligentes não são regulamentados


por nenhum governo. Portanto, problemas potenciais surgem se as agências
governamentais decidirem criar uma estrutura legislativa que não seja favorável aos
contratos inteligentes.

Custo de implementação:Contratos inteligentes não podem ser implementados sem


programação. Codificadores experientes são obrigados a desenvolver contratos
inteligentes à prova de falhas e adotar a estrutura interna da empresa de tecnologia
blockchain.

Como se proteger de contratos inteligentes fraudulentos?

6
Há também fraudes envolvendo contratos inteligentes, principalmente no mercado
de emissão de tokens. "Shitcoins" (um termo usado para se referir a ativos infundados)
aparecem com frequência no mercado. Para evitar perdas ou mesmo projetos falsos, os
usuários precisam lembrar o lema da comunidade de criptomoedas: “Não confie, verifique”.

Negócio Jurídico

Apesar dos aspectos técnicos, um contrato inteligente nada mais é do que um contrato
e, portanto, de acordo com os termos do Código Civil, um contrato inteligente deve atender
o negócio jurídico de legalidade de um contrato geral, pois não há um sistema legislativo
específico que seja recorrente no direito brasileiro.
Com isso em mente, como qualquer outro negócio legítimo, os contratos inteligentes
precisam se adaptar a determinados parâmetros e ter certas características que permitem
que sua existência e validade sejam reconhecidas perante a lei e, caso não sejam
cumpridas, não terão mais efeito jurídico, e além disso, parece que nos contratos
inteligentes inseridos nas relações de consumo, as vantagens de controlar a legalidade e
proteger as disposições contratuais tornam-se mais relevantes, pois os contratos
inteligentes podem contribuir para uma nova fase de padronização em contratos futuros,
seguindo as condições gerais da tecnologia contratual e a tecnologia de adesão Orlando
Gomes, Contratos, 18º edição, atualizada e anotada por Humberto Theodoro Júnior, Rio de
Janeiro Forense, 1998, p. 109,119:

“A lei 8078/90, em seu artigo 54, traz em seu bojo: Contrato de


adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela
autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo
fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor
possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo".

Seguindo essa mesma linha de raciocínio completa Caio Mário de Silva Pereira,
Instituições de Direito Civil – Contratos, Vol. III, Forense:

“o contrato de adesão deveria se chamar


contrato por adesão, assim entendido
"...aqueles que não resultam do livre debate
entre as partes, mas provêm do fato de uma
delas aceitar tacitamente as cláusulas e
condições previamente estabelecidas pela
outra".

Aos contratos que vêm sendo implantadas na sociedade de massa, potencializadas por
novas tecnologias que acentuam ainda mais a assimetria existente entre as partes
contratantes, tanto as relações de consumo contratuais quanto as extracontratuais são
uma espécie de consumidores por um lado e fornecedores por outro, considerando que se
trata de um campo de aplicação afim, como o conceito de consumidor, é
constitucionalmente concebido como uma relação entre diferentes pessoas, destinada a
proteger essas pessoas.
Além disso, a relação jurídica de consumo em um contrato inteligente se configura da
mesma forma que uma relação de consumo tradicional, pois a tecnologia utilizada e a
possível distância física entre o consumidor e o fornecedor não têm o poder de alterar a
7
definição básica trazida pelo contrato inteligente.
Considere contratos inteligentes no mecanismo de um contrato gravado em código
computacional estruturado para execução automatizada poderia até sustentar a existência
de contratos inteligentes de consumo nos modelos de negócios atuais. Também há
controle judicial sobre a legalidade de seu conteúdo, principalmente no caso de contratos
rígidos, condições gerais ou termos de uso, decorrentes de práticas contratuais
determinadas pelo plano de execução executado pelo fornecedor, garantindo proteção
contratual aos consumidores no CDC. Nesse contexto, a primeira ferramenta para proteger
a confiança do consumidor em uma relação contratual de contrato inteligente será a
interpretação judicial a seu favor, conforme artigo 47 do CDC.
Orlando Gomes, Contratos, 18º edição, atualizada e anotada por Humberto Theodoro
Júnior, Rio de Janeiro Forense, 1998, p. 109,119, fundamenta que:

"No contrato de adesão uma das partes tem que


aceitar, em bloco, as cláusulas estabelecidas pela
outra, aderindo uma situação contratual que
encontra definida em todos os seus termos."

A segunda ferramenta seria a possibilidade de revisão de contratos como fatos


incidentais que sobrecarregam os consumidores, A teoria da imprevisibilidade é positiva,
pelo menos para os consumidores, conforme artigo 6, inciso V. O terceiro instrumento seria
uma lista ilustrativa e não exaustiva de cláusulas de abuso nos termos do artigo 51 e
cláusulas que estabeleçam obrigações consideradas abusivas, desproporcionalmente
desfavorecidas ao consumidor, prevenindo cláusulas de abuso, ou seja, com boa-fé ou
equidade incompatíveis.
Ressalte-se que o artigo 51 do CDC permitirá a rescisão do contrato apesar da
nulidade da cláusula, apesar dos esforços de consolidação do contrato, mas, portanto, se
não for possível a constituição do litígio e do caso de nulidade inevitável, o juiz poderá, em
virtude dos Poderes Revisionistas, Defendendo os Direitos do Consumidor, Título 6(V),
CDC emite sentença constitutiva rever eixo de obrigação do contrato, alterar base
normativa do acordo para equilibrar a situação das partes além disso, no contexto de
contratos inteligentes, a integridade objetiva deve ser atualizada.
Então, seja ou não um contrato inteligente, autoexecutável e plugado em bancos de
dados criptografados e descentralizados, o fato é que sua natureza contratual ainda é
sólida, portanto, antes da criação do código de programação, fornecedores com cláusulas
de convênio em linguagem humana, mesmo que verbal, devendo também pautar-se pela
lealdade e cooperação, tendo em conta todas as obrigações de informação e cuidado que
a integridade objetiva impõe aos consumidores. grupos vulneráveis, e como mecanismos,
como a proteção contratual, poderão acompanhar a transformação da sociedade pós-
moderna para superar os desafios impostos pela revolução tecnológica ao dogma
tradicional do direito privado, especialmente em relação à inteligência do consumidor.

8
3 CONCLUSÃO

A teoria dos contratos, consoante a conceitos e aos estudos, que elucidam a


apropriada ordem das ocorrências legislativas, e que foi efetivada pelos eruditos
doutrinadores, revela-se extensamente resguardada no direito brasileiro, podendo ser
ampliada a inovadoras formas de contratar.
A blockchain é tecnologia, desenvolvida a partir da utilização de criptomoedas,
com o aspecto de um modo disruptivo, trouxe inovação e expande-se com seus
conceitos de descentralização. Ela permite a total abdicação do controle central,
tornando-se desnecessário uma terceira parte, com isso, elimina o risco de confiar em
uma única organização, onde, deposita-se expressivo grau de confiança. Tem a
capacidade de proporciona um elevador nível de confiança entre desconhecidos, e,
com a possibilidade de reduzir os custos e as taxas das transações, se revelou a
tecnologia fundamental, na criação dos novos modelos de contratos inteligentes.
Os smart contracts construídos na tecnologia blockchain, absorveram todo o
conceito de segurança, transparência, rastreabilidade, celeridade e impessoalidade.
Tem-se entre suas características a eliminação de intermediários e terceiros, a
imutabilidade e a auto execução com a natureza exigível. Deve-se considerar que a
auto execução, nos termos de pacta sunt servanda, é oriunda do aceite contratual, e
que a partir do seu início apresenta uma irretroatividade. A solução para
irretroatividade, deva ser conferida com um novo contrato para sanar eventuais
arrependimentos, correções ou novos acertos entre as partes.
A juridicidade dos smart contracts arquitetados na blockchain é compreendida
pela teoria dos contratos no direito brasileiro. Há de se destacar, que a eficácia desses
contratos inteligentes está vinculada aos requisitos de validade, impositivos pela
legislação vigente. Sendo observado nas linhas algorítmicas, a conformidade com os
termos legais e aos princípios gerais do direito de contratar. Não há de se falar em
nulidade ou anulabilidade quando observado os preceitos legais.
Ressalta-se que nos casos em que ocorre o não preenchimento dos requisitos
e preceitos legais, a busca para interromper a auto execução, torna-se
economicamente inviável, considerando que para isso, é necessário a mudança de
toda as diretivas que foi estabelecida no consenso da rede blockchain, isto é,
rescrever o livro razão, nos full nodes da rede. Neste ponto, os contratos inteligentes de
blockchain então imunes a qualquer intervenção, inclusive estatal. Resta então,
para esses casos, consignar a restituição ou reparação em perdas e danos em novo
contrato.
Os contratos inteligentes avistam possibilidades ilimitadas dentro do direto
contratual, contudo há necessidade de desenvolver e verificar particularidades das
realidades jurídicas, no direito de contratar e refleti-las nos smart contracts de forma
exata. No momento atual, isso não está tão claro, considerando que a autonomia de
contratar utilizado o smart contracts, gera a impossibilidade de exercer certos direitos,
legalmente previstos durante a execução de um contrato. Assim sendo, é esperado
que a blockchain e ou outras tecnologias, cresçam e tragam a nitidez suficiente no
desenvolvimento e compreensão do direito de contratar.

9
BIBLIOGRAFIA

ANTÔNIO. Celso Bandeira de Mello. A Constituição de 1988 por Celso Antônio


Bandeira de Mello. Disponível em:<
https://www.youtube.com/watch?v=iN6_1AsvKyQ&t=30s>. Acesso em: 08 set. 2022.

NEVES. Martinho Miranda. O Princípio da igualdade. Disponível em: <


https://www.youtube.com/watch?v=JBRm-ftHTbw>. Acesso em: 08 set. 2022.

BRASIL . Constituição(1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília,DF Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

JOSÉ. Maria Constantino Petri. Manual de linguagem jurídica. 3° Edição. São Paulo:
Saraiva, 2017.

MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo


Gonet. Curso De Direito Constitucional. 2ªed. São Paulo: Saraiva, 2008.

CÓDIGO Processual Civil, Código Processual Civil-Artigo:651, da Lei nº 13.105 de


de Março de 2015.

JURÍDICO.Dicionário.Disponível:<https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/10
12/Remissao-Novo-CPC-Lei-no-13105-15>. Acesso em: 10 set.2022.

BRASIL. PLANALTO SENADO. CDC/90. Disponível:<http:


//www.planalto.gov.br>. Acesso em: 11 set. 2022.

CRIPTOMOEDAS. Tecnologia Blockchain: o que é? Como funciona? Disponível :


<http: confionacompra.com.br>. Acesso em: 12 set. 2022.

DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria das Obrigações
Contratuais e Extracontratuais. 35ª. ed. São Paulo: Saraiva Educação, v. 3, 2019.
p, 928.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Contratos e Atos Unilaterais.


15ª. ed. Sâo Paulo: Saraiva Educação, v. 3, 2018. Acesso em: 14 set. 2022.

SZABO, Nick. Formalizing and securing relationships on public network. First


Monday, v.2, nº 9, set. 1997. Disponível
em:<http://firstmonday.org/ojs/index.php/fm/article/view/548/469>.Acesso em: 15
set.2022.

SZABO, Nick. Smart Contracts: Building Blocks for Digital


Markets.1996.Disponível:em:<https://www.fon.hum.uva.nl/rob/Courses/InformationI
nSpeech/CDROM/Literature/LOTwinterschool2006/szabo.best.vwh.net/smart_contr
acts_2.html>.Acesso em: 20 set.2022.

TERRA, Aline de Miranda Valverde; SANTOS, Deborah Pereira Pinto dos. Do


10
pacta sunt servanda ao code is law: breves notas sobre a codificação de
comportamentos e os controles de legalidade nos smart contracts. In: TEPEDINO,
Gustavo; SILVA, Rodrigo da Guia (coord.). O direito civil na era da inteligência
artificial. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020. p. 397-409.

TEPEDINO, Gustavo; SILVA, Rodrigo da Guia. Smart contracts e as novas


perspectivas de gestão do risco contratual. Pensar Revista de Ciências Jurídicas,
Fortaleza, v. 26, nº 1, 2021. Disponível
em:<https://periodicos.unifor.br/rpen/article/view/11737>.Acesso em: 22 set. 2022.

CELLA, José Renato Gaziero; FERREIRA, Natasha Alves; SANTOS JÚNIOR,


Paulo Guterres dos. (Des)necessidade de regulação dos contratos inteligentes e
sua validade jurídica no Brasil. In: DONEDA, Danilo; MACHADO, Diego. A
Criptografia no Direito brasileiro. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020. e-
book.

MIRAGEM, Bruno. Novo paradigma tecnológico, mercado de consumo digital e o


Direito do Consumidor. Revista de Direito do Consumidor, São Paulo, v. 125, p.
17-62, set./out. 2019.

BENJAMIN, Antonio Herman; MARQUES, Claudia Lima; BESSA, Leonardo


Roscoe. Manual de Direito do Consumidor. 9. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2021. e-book.

MARQUES, Claudia Lima. Novas regras sobre a proteção do consumidor nas


relações contratuais. Revista de Direito do Consumidor, v. 1, p. 27-54, jan./mar.
1992 RANGEL, Maurício Crespo. A Revisão Contratual no Código de Defesa do
Consumidor. Revista de Direito do Consumidor, v. 71, p. 168-194, jul./set. 2009.

RANGEL, Maurício Crespo. A Revisão Contratual no Código de Defesa do


Consumidor. Revista de Direito do Consumidor, v. 71, p. 168-194, jul./set. 2009

TERRA, Aline de Miranda Valverde; SANTOS, Deborah Pereira Pinto dos. Do


pacta sunt servanda ao code is law: breves notas sobre a codificação de
comportamentos e os controles de legalidade nos smart contracts. In: TEPEDINO,
Gustavo; SILVA, Rodrigo da Guia (coord.). O direito civil na era da inteligência
artificial. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020. p. 397-409

MIRAGEM, Bruno. Novo paradigma tecnológico, mercado de consumo digital e o


Direito do Consumidor. Revista de Direito do Consumidor, São Paulo, v. 125, p.
17-62, set./out. 2019.

11

Você também pode gostar