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UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE – UNIARP

CURSO DE DIREITO

GEOVANNA FAYAL GOMES LIMA

DESAFIOS DA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE NO


DIREITO CONTRATUAL EM CASOS ENVOLVENDO CONTRATOS DIGITAIS

Fraiburgo-SC
2023
GEOVANNA FAYAL GOMES LIMA

DESAFIOS DA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE NO


DIREITO CONTRATUAL EM CASOS ENVOLVENDO CONTRATOS DIGITAIS

Projeto apresentado como exigência para


obtenção de nota na disciplina Metodologia
Científica e Tecnológica, do Curso de
Direito, da Universidade Alto Vale do Rio
do Peixe - UNIARP

Orientador: Neuro Hilton Wolschick

Fraiburgo-SC
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 04
1.1 PROBLEMAS .......................................................................................... 04
1.2 OBJETIVOS............................................................................................. 04
1.2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................... 04
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................ 04
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................ 06
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 08
1 INTRODUÇÃO

Os contratos digitais têm se tornado cada vez mais comuns na sociedade atual
em razão da facilidade e praticidade que oferecem para as partes envolvidas.
Contudo, a aplicação do princípio da autonomia da vontade no direito contratual em
casos envolvendo contratos digitais tem sido um desafio para os tribunais e
profissionais do direito. Isso se deve, em parte, à ausência de regulamentação
específica e padronização desses tipos de contratos, o que pode levar a práticas
abusivas e violação dos direitos dos consumidores.

Dessa forma, é necessário que haja uma análise mais aprofundada


sobre os desafios enfrentados pelos tribunais ao aplicar o princípio da
autonomia da vontade no direito contratual em casos.

1.1 PROBLEMA

Quais são os desafios enfrentados pelos tribunais ao aplicar o princípio da


autonomia da vontade no direito contratual em casos envolvendo contratos digitais?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Analisar e compreender os desafios enfrentados pelos tribunais na aplicação


desse princípio em casos que envolvem contratos digitais, buscando identificar
possíveis soluções para garantir a segurança jurídica e a proteção dos direitos das
partes envolvidas. A pesquisa visa contribuir para o desenvolvimento do direito
contratual, especialmente no que diz respeito à adaptação das normas jurídicas às
novas tecnologias e às mudanças na forma como os contratos são alcançados e
executados.

1.2.2 Objetivos específicos

• Analisar a natureza dos contratos digitais, sua definição,


características e modalidades;

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• Identificar e analisar os desafios jurídicos e práticos na aplicação do
princípio da autonomia da vontade em casos envolvendo contrat os
digitais;
• Examinar a jurisprudência e a legislação nacional e internacio na l
relacionada aos contratos digitais.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A utilização de contratos digitais tem agradado exponencialmente nos últimos


anos, com a evolução das tecnologias da informação e comunicação. Esses contratos
são acordos celebrados por meios eletrônicos, em que as partes se manifestam por
meio de cliques em botões virtuais, sem necessidade de assinatura física. Contudo,
sua utilização tem gerado debates e discussões no campo jurídico sobre como aplicar
o princípio da autonomia da vontade nesse tipo de contrato.

A regulação das relações jurídicas no ciberespaço deve desvincular-se dos


conceitos tradicionais de territorialidade e de fronteiras, aplicáveis ao mundo físico, e
buscar uma regulamentação efetivamente transnacional. (TENÓRIO et al., 2006)

Eletrônico é o meio utilizado pelas partes para formalizar o contrato logo, pode-
se entender que por contrato eletrônico aquele em que o computador é utilizado como
meio de manifestação e de instrumentalização da vontade das partes. (MIRANDA et
al., 2014)

E. TOSI menciona que é o contrato virtual (“contrato virtual é”) um instrumento


do comércio eletrônico, sendo então aquele que se torna perfeito mediante o uso da
plataforma do world wide web da Internet ou do correio eletrônico. Este contrato,
conforme o autor, seria uma nova e evoluída espécie da categoria dos contratos
telemáticos, esses estipulados pelo uso de novas tecnologias informáticas e
telemáticas de comunicação, como as assinaturas eletrônicas.

De acordo com o Código Civil, as espécies de declarações de vontade


poderiam ser assim classificadas: a) declaração da vontade expressa (realiza-se por
meio da palavra, falada ou escrita, de gestos, sinais ou mímicas); b) declaração da
vontade tácita (revelada pelo comportamento).

A validade dos contratos eletrônicos foi, por um bom tempo, discutida pela
doutrina, no sentido que a ausência de assinatura autografa não representaria,
necessariamente, uma impossibilidade de vinculação aos termos do contrato. Com o
uso de recursos eletrônicos é possível classificar a manifestação da vontade em três
níveis: interpessoal, inter sistêmica e interativa. (BRANCHER et al., 2018)

A Revista de Direito, Estado e Telecomunicações publicou um artigo


em 2019 apresentando uma visão geral dos contratos eletrônicos, abordando
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sua definição, características e desafios na sua aplicação no contexto jurídico. O
autor discute, em particular, o papel do princípio da autonomia da vontade na
validação dos contratos eletrônicos e os desafios enfrentados na sua aplicação,
como a segurança e a proteção dos direitos do consumidor.

Logo em 2021 a Revista de Direito, Estado e Telecomunicações publicou


outro artigo em que discute a eficácia dos contratos eletrônicos no cenário da
economia digital, abordando os desafios na sua aplicação e o símbolo do princípio
da autonomia da vontade nesse contexto. Os autores argumentam que a validade
dos contratos eletrônicos depende da segurança e integridade.

Já a Revista de Direito do Consumidor possui um artigo onde, os autores


discutem a aplicação do princípio da autonomia da vontade nos contratos digitais e
a necessidade de proteção do consumidor nesse contexto. Eles argumentam que a
falta de padronização e clareza nos contratos digitais pode levar a práticas abusivas
e violação dos direitos do consumidor, e defendem a necessidade de uma
regulamentação mais clara e efetiva para proteger os consumidores.

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REFERÊNCIAS

MIRANDA, Janete et al. Contratos Eletrônicos - princípios, condições e validade.


Jusbrasil, 2014. Disponível em:
https://jan75.jusbrasil.com.br/artigos/149340567/contratos-eletronicos-principios-
condicoes-e-validade. Acesso em: 21 abr. 2023.

Sérgio Tenório de Amorim, Fernando; Luiz Netto Lôbo, Paulo. A autonomia da


vontade nos contratos eletrônicos internacionais de consumo. 2006. Dissertação
(Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Direito, Universidade Federal de
Pernambuco, Recife, 2006.

E. TOSI, Contrattazione cit. (nota 33 supra), pp. 98, 101, 102.

Código Civil (LGL\2002\400) Brasileiro - Arts. 322, 323 e 324.

BRANCHER, Paulo et al. Contrato eletrônico. Enciclopédia Jurídica do PUCSP,


2018. Disponível em: https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/259/edicao-
1/contrato-eletronico. Acesso em: 21 abr. 2023.

Chinen, MM (2019). Contratos eletrônicos: aspectos gerais e desafios. Revista de


Direito, Estado e Telecomunicações, 11(1), 175-194.

Silva, AC, & Borges, AM (2021). A eficácia dos contratos eletrônicos no cenário da
economia digital. Revista de Direito, Estado e Telecomunicações, 13(1), 91-114.

Pinheiro, LOM, & Lopes, LMC (2021). Contratos digitais e a aplicação do princípio da
autonomia da vontade: a necessidade de proteção do consumidor. Revista de Direito
do Consumidor, 137(1), 125-142.

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