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MUNICÍPIO

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PREFEITU

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ARI
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LEI COMPLEMENTAR N. 632.

Autor: Poder Executivo.

Cria o Plano Diretor do Município de Maringá.

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO


PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL,
sanciono a seguinte

LEI COMPLEMENTAR:

TÍTULO I
DA FUNDAMENTAÇÃO

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1.º O Plano Diretor do Município de Maringá é o instrumento estratégico de desenvolvimento e


expansão urbana e de orientação dos agentes públicos e privados que atuam na produção e gestão da
Cidade, aplicando-se esta Lei em toda extensão territorial do Município.

Parágrafo único. Toda legislação municipal pertinente à matéria tratada pelo Plano Diretor deverá
obedecer às disposições nele contidas.

Art. 2.º Este Plano está fundamentado nas determinações dispostas na Constituição Federal, na
Constituição Estadual, na Lei Orgânica do Município de Maringá, na Lei Federal n. 10.257/2001 - Estatuto
da Cidade, na Carta Mundial pelo Direito à Cidade e demais legislações correlatas e pertinentes à matéria.

Art. 3.º O Plano Diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o Plano
Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual incorporar as políticas públicas, programas,
projetos, planos, diretrizes e as prioridades nele contidas.

CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS

Seção I
Da Função Social da Cidade

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Art. 4.º A função social da Cidade de Maringá compreende o pleno exercício de todos ao direito à cidade,
entendido este como direito à terra, aos meios de subsistência, ao trabalho, à saúde, à educação, à cultura,
à moradia, à proteção social, à segurança, ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, ao saneamento,
ao transporte público, ao lazer, à informação, à acessibilidade e demais direitos assegurados pela
legislação vigente.

Art. 5.º A função social da cidade será garantida pela:

I - promoção da qualidade de vida e do meio ambiente;

II - controle, preservação e recuperação dos bens socioambientais;

III - utilização de instrumentos de redistribuição da renda e da terra;

IV - controle público sobre o uso e a ocupação do espaço da cidade;

V - prioridade na elaboração e execução de programas, planos e projetos para grupos de


pessoas que se encontrem em situações de risco, vulneráveis e desfavorecidas;

VI - integração das políticas públicas de desenvolvimento sustentável municipal e regional;

VII - integração das políticas públicas de desenvolvimento sustentável urbano e rural;

VIII - cooperação, diversificação e atratividade, visando ao enriquecimento cultural da cidade;

IX - gestão democrática participativa, descentralizada transparente;

X - integração de ações públicas e privadas.

Art. 6.º O não-cumprimento do disposto no artigo anterior, por ação ou omissão, configura descumprimento
da função social da cidade, sem prejuízo do disposto na Lei Federal n. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Seção II
Da Função Social da Propriedade

Art. 7.º A função social da propriedade será cumprida quando o exercício dos direitos a ela inerentes se
submeterem aos interesses coletivos.

Art. 8.º A propriedade urbana cumprirá sua função social quando simultaneamente atender:

I - às determinações constantes no Plano Diretor e demais legislações correlatas;

II - aos objetivos e estratégias de desenvolvimento definidos no Plano Diretor;

III - à preservação, ao controle e à recuperação do meio ambiente e do patrimônio cultural,


histórico, paisagístico e arqueológico;

IV - aos parâmetros urbanísticos definidos pelo ordenamento territorial determinado neste


Plano e na Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo, garantindo que a intensidade de uso seja
adequada à disponibilidade da infra-estrutura urbana, de equipamentos e serviços públicos.

Art. 9.º Em caso de descumprimento dos parâmetros urbanísticos descritos pela legislação vigente, deverão
ser utilizados os instrumentos referentes à não-utilização, não-edificação, subutilização ou utilização
inadequada constantes do TÍTULO IV desta Lei.

§ 1.º Entende-se por subutilização o aproveitamento do solo inferior ao coeficiente mínimo definido na

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§ 2.º Entende-se por utilização inadequada aquela não prevista nas descrições do TÍTULO III e IV
desta Lei, na Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo e legislações correlatas.

§ 3.º O exercício do direito de construir fica vinculado à autorização do Poder Executivo, segundo os
critérios estabelecidos na legislação pertinente.

Art. 10. A propriedade rural cumprirá sua função social quando houver a correta utilização econômica da
terra, de modo a atender ao bem-estar social da coletividade, à promoção da justiça social e à preservação
do meio-ambiente.

Seção III
Da Gestão Democrática

Art. 11. Entende-se por gestão democrática a atuação de instâncias de participação dos cidadãos nos
processos de planejamento, tomada de decisão e controle das ações públicas por meio de espaços
institucionalizados.

Art. 12. Deverá ser respeitada a participação de todas as entidades da sociedade civil organizada, bem
como daqueles que tiverem interesse, em todas as políticas públicas, programas, projetos, planos, diretrizes
e prioridades contidas neste Plano, de modo a garantir o controle direto das atividades e o pleno exercício
da cidadania.

Seção IV
Da Sustentabilidade

Art. 13. A sustentabilidade compreende a distribuição eqüitativa de ônus e benefícios da utilização dos
recursos naturais, sociais e culturais, a ampliação da preservação e recuperação ambiental e maior
racionalidade das atividades econômicas para o bem-estar da população atual, das gerações futuras e para
a justa distribuição das condições ambientais entre os moradores do Município e da região.

Art. 14. É dever do Poder Público Municipal e da Comunidade zelar pela proteção e qualidade ambiental e
pela preservação do patrimônio histórico, artístico, cultural e paisagístico em todo o território do Município,
de acordo com as disposições da Legislação Municipal e das normas adotadas pelo Estado e União.

CAPÍTULO III
DOS OBJETIVOS GERAIS

Art. 15. São objetivos gerais do Plano Diretor de Maringá:

I - fazer cumprir a função social da cidade e das propriedades urbana e rural;

II - promover a inclusão social;

III - garantir a gestão democrática;

IV - promover a preservação e recuperação do meio ambiente, buscando a integração e a


sustentabilidade, de forma a melhorar a qualidade de vida urbana e rural;

V - tornar a Cidade de Maringá um centro de atratividade da região, com a implementação dos


programas e projetos contidos neste plano;

VI - garantir uma gestão eficaz e eficiente;

VII - promover o desenvolvimento sustentável da cidade;

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VIII - promover o adequado uso e ocupação do solo urbano e rural, garantindo qualidade
paisagística, urbanística e a preservação dos bens socioambientais.

TÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO

CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO

Art. 16. Os objetivos para o desenvolvimento do Município estão ordenados em três dimensões:

I - Desenvolvimento Socioeconômico;

II - Desenvolvimento Territorial e Ambiental;

III - Desenvolvimento Institucional.

Parágrafo único. As dimensões estão estruturadas em objetivos, estratégias e ações para a


implementação do Plano Diretor.

Art. 17. Os objetivos definidos deverão ser observados de forma integrada e simultânea pelo Poder Público
Municipal, visando garantir a sustentabilidade do Município.

Seção I
Do Desenvolvimento Socioeconômico

Art. 18. A política de promoção do desenvolvimento socioeconômico no Município deve estar articulada à
preservação, controle e recuperação do meio ambiente, visando à redução das desigualdades sociais e à
melhoria da qualidade de vida de toda a população.

Art. 19. A Política de Desenvolvimento Socioeconômico tem como objetivos promover:

I - o desenvolvimento de cadeias produtivas complexas;

II - o desenvolvimento tecnológico;

III - a difusão e produção do conhecimento tecnológico;

IV - oportunidades de trabalho e renda, visando à inclusão econômica;

V - o desenvolvimento rural sustentável;

VI - inclusão social e distribuição de renda;

VII - a vinculação entre o desenvolvimento econômico e as políticas de saúde, educação,


cultura, esporte, lazer, meio ambiente e demais políticas públicas.

Art. 20. Para a consecução da política de desenvolvimento socioeconômico devem ser observadas as
seguintes estratégias:

I - criar e fortalecer as redes estratégicas locais e metropolitanas;

II - consolidar setores econômicos a partir do fortalecimento de micro e pequenas empresas,


promovendo a inclusão destas nas cadeias produtivas do Município;

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III - criar mecanismos de apoio ao desenvolvimento de atividades complementares das cadeias
produtivas do Município;

IV - fortalecer e desenvolver linhas de pesquisa, dando ênfase às áreas ligadas às cadeias


produtivas do Município;

V - integrar Programas de Economia Solidária às cadeias produtivas do Município;

VI - facilitar a formalização do trabalho;

VII - promover a readequação institucional, buscando a integração dos programas de


desenvolvimento socioeconômico, com ênfase em economia solidária;

VIII - integrar Programas de Economia Solidária ao Sistema de Gestão Ambiental, buscando


atender à demanda de trabalho gerada pelos planos e programas específicos;

IX - priorizar empreendimentos de baixo impacto ambiental e alto potencial para geração de


trabalho e renda;

X - vincular as ações para o desenvolvimento econômico com a geração de trabalho e renda;

XI - integrar as atividades rurais às cadeias produtivas, promovendo a diversidade da produção


agrícola e a biodiversidade regional;

XII - definir política de desenvolvimento rural sustentável, instrumentalizada por um Plano de


Desenvolvimento Rural, por um fórum de participação;

XIII - priorizar a absorção de mão-de-obra local e regional;

XIV - elaborar e implementar programas de educação para a cidadania;

XV - promover a capacitação adequada dos profissionais e garantir investimentos para o


crescimento e consolidação de políticas de saúde pública, de caráter preventivo, atendendo às
famílias;

XVI - garantir participação popular na definição das políticas de saúde, educação, cultura,
esporte, lazer, meio ambiente e demais políticas públicas.

Parágrafo único. Entende-se por educação para a cidadania o conjunto de ações pedagógicas
articuladas para inclusão e desenvolvimento dos indivíduos e grupos nas estruturas política,
econômica, social e cultural, para conservação do patrimônio publico, bem como para compreensão,
preservação e recuperação do patrimônio histórico, cultural e natural.

Art. 21. Para se alcançar os objetivos e estratégias definidos no art. 19 e no art. 20 desta Lei, deverá ser
elaborado um Plano de Desenvolvimento Socioeconômico que considere:

I - a economia solidária;

II - as potencialidades do Município;

III - o desenvolvimento socioeconômico em relação à política tributária;

IV - o mercado externo e grandes empresas;

V - os empreendimentos de micro e pequeno porte;

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VI - a agricultura sustentável, a agricultura familiar, a agroindústria e a agroecologia;

VII - o desenvolvimento de um pólo tecnológico;

VIII - o turismo;

IX - a atividade da construção civil;

X - os recursos naturais;

XI - o fortalecimento das políticas públicas;

XII - as cadeias produtivas existentes e potenciais.

Seção II
Do Desenvolvimento Territorial e Ambiental

Art. 22. A Política de Desenvolvimento Territorial e Ambiental visa fortalecer as potencialidades existentes
na paisagem de Maringá, proteger e recuperar o meio ambiente, permitindo o uso socialmente justo e
ecologicamente equilibrado de seu território, dentro dos princípios fundamentais desta Lei.

Art. 23. A Política de Desenvolvimento Territorial e Ambiental tem como objetivos:

I - promover o uso e a ocupação sustentável do solo;

II - promover a mobilidade do trânsito com fluidez e segurança;

III - garantir a preservação, o controle e a recuperação da paisagem e dos bens


socioambientais;

IV - promover a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de


urbanização e da produção do espaço;

V - promover o acesso à habitação, priorizando a população de baixa renda.

Art. 24. Para a consecução desta política devem ser observadas as seguintes estratégias:

I - definir modelo de ordenamento territorial que:

a) integre uso do solo, sistema viário e transportes;

b) facilite a diversidade de usos e atividades;

II - definir diretrizes para uso e ocupação do solo que respeitem características específicas do
ambiente natural e construído;

III - otimizar o funcionamento das redes de infra-estrutura, equipamentos e serviços públicos


existentes;

IV - monitorar a distribuição, capacidade e qualidade dos equipamentos de saúde, educação,


lazer e cultura;

V - promover a readequação dos espaços públicos como incentivo à convivência cidadã;

VI - promover a acessibilidade universal, por meio da adequação das normas urbanísticas e de


edificações, para atender às pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida;

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VII – elaborar e implementar um Sistema de Gestão Socioambiental Integrada e Sustentável;

VIII - monitorar o desenvolvimento urbano, definindo indicadores de qualidade de vida;

IX – redefinir critérios da política habitacional do Município;

X - articular a política habitacional de Maringá com as políticas habitacionais dos demais


municípios da região metropolitana, de forma integrada e sustentável, obedecendo às normas e
padrões técnicos vigentes.;

XI - potencializar os instrumentos do Estatuto da Cidade para os fins da política habitacional;

XII - implementar consórcios imobiliários para a construção de moradia para população de


baixa renda;

XIII - criar Unidades Territoriais de Planejamento com a finalidade de possibilitar análises


comparativas e prioridade de investimentos;

XIV - articular a política ambiental de Maringá com as políticas ambientais dos demais
municípios da Região Metropolitana de Maringá.

XV - definir política municipal de habitação, com ênfase em baixa renda, contemplando:

a) destinação de áreas para Habitação de Interesse Social;

b) criação de mecanismos de financiamento;

c) moradia rural;

d) combate à exclusão socioterritorial;

§ 1.º Entende-se por Habitação de Interesse Social aquela destinada à população com renda familiar
mensal limitada a 06 (seis) salários mínimos.

§ 2.º Para fins de política habitacional, priorizar-se-á a população com renda familiar limitada a 03
(três) salários mínimos.

Art. 25. A mobilidade urbana será garantida por meio do Plano de Sistema Viário e Transportes, articulado
com as diretrizes de uso e ocupação do solo, que deverá:

I - priorizar acessibilidade cidadã sobre o transporte motorizado, privilegiando pedestres,


ciclistas, pessoas com deficiência e mobilidade reduzida;

II - priorizar transporte coletivo sobre o individual, prevendo integração intermodal;

III - garantir a qualidade do desenho urbano;

IV - racionalizar o deslocamento;

V - promover a fluidez do trânsito com segurança;

VI - integrar o sistema viário e transporte municipal com o metropolitano e regional;

VII - implementar os instrumentos para a gestão plena do transporte público coletivo;

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VIII - incentivar o transporte cicloviário;

IX - compatibilizar o sistema viário urbano com os eixos regionais de transporte;

X - promover e consolidar a hierarquização do sistema viário, conforme a função e capacidade


de cada via no Município;

XI - garantir a integração viária, especialmente entre as áreas que se desenvolvem ao longo da


ferrovia;

XII - eliminar os conflitos de tráfego, especialmente entre o tráfego rodoviário e ferroviário.

Art. 26. O Sistema de Gestão Socioambiental será implementado por meio de um Plano de Gestão
Socioambiental.

Art. 27. O Plano de Gestão Socioambiental compreende a gestão, preservação e recuperação da paisagem
e dos bens socioambientais e deverá:

I - definir políticas para integração e utilização sustentável das áreas verdes e da paisagem,
considerando;

a) utilização das áreas verdes, arborização e paisagem;

b) gestão sustentável das águas;

c) gestão dos resíduos sólidos;

d) controle de poluição ambiental e urbana;

e) proteção dos animais domésticos, sinantrópicos e silvestres;

II - definir mecanismos de incentivo e compensação para a conservação, restauração e


recomposição da biodiversidade municipal e regional;

III - definir metas, diretrizes e prazos para elaboração dos planos setoriais:

a) de gestão sustentável das águas, com prioridade para drenagem e permeabilidade do


solo, mananciais de abastecimento, regime hidrogeológico, tratamento de efluentes;

b) de gestão de resíduos sólidos, com prioridade para reutilização e reciclagem de


materiais, inclusive resíduos da construção civil;

c) de monitoramento e controle de riscos ambientais;

d) de paisagismo e arborização municipal;

e) de monitoramento e controle de animais domésticos e silvestres;

f) de monitoramento e controle da erosão do solo e dos canais da rede do sistema


hídrico;

g) de recomposição das reservas legais e fundos de vale;

h) planos de manejo das Unidades de Conservação;

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IV - adequar as normas ambientais municipais às características locais e à legislação estadual
e federal;

V - criar mecanismos de articulação entre órgãos municipais, estaduais e federais com atuação
sobre o meio ambiente;

VI - definir critérios, criar e implementar instrumentos para avaliação, mitigação e compensação


de impactos socioambientais, bem como para licenciamento, instalação e operação de
empreendimentos;

VII - regulamentar o uso de agroquímicos;

VIII - promover o planejamento sustentável da paisagem, articulando patrimônio cultural e


natural;

IX - definir critérios para identificação de bens de interesse de proteção e preservação;

X - realizar inventário de bens socioambientais;

XI - adequar e implementar normas de comunicação visual.

Seção III
Do Desenvolvimento Institucional

Art. 28. A política de Desenvolvimento Institucional tem como objetivos:

I - garantir o cumprimento da função social da cidade e da propriedade urbana e rural;

II - promover a articulação entre poder público e iniciativa privada, garantindo controle social
dessas ações;

III - garantir participação qualificada da população na gestão municipal;

IV - promover o aprimoramento das políticas públicas;

V - garantir articulação das políticas de interesse comum dos municípios metropolitanos.

Art. 29. Para a consecução dessa política devem ser observadas as seguintes estratégias:

I - articular os instrumentos tributários à política de desenvolvimento urbano;

II - estabelecer critérios objetivos para a definição da função social da cidade e da propriedade


urbana e rural;

III - promover a gestão municipal de forma participativa e descentralizada;

IV - fortalecer as organizações da sociedade civil;

V - dar publicidade às informações públicas;

VI - implementar estrutura institucional que integre órgãos, programas e procedimentos nas


diversas instâncias da Administração Pública e abra canais de participação comunitária;

VII - desenvolver ações coordenadas e integradas, respeitando decisões do planejamento geral


do Município;

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VIII - fomentar ações de cooperação intermunicipal, formulando políticas, diretrizes e ações
comuns que abranjam a totalidade ou parte de seu território, baseadas nesta Lei, destinadas à
superação de problemas setoriais ou regionais comuns, bem como firmando convênios ou
consórcios com este objetivo;

IX - implementar programas e projetos em conjunto com a Região Metropolitana, priorizando o


saneamento, o transporte público, a coleta e o tratamento do lixo e o meio ambiente;

X - combater a exclusão socioterritorial.

TÍTULO III
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL

Art. 30. Conforme os princípios e objetivos deste Plano Diretor, expressos nos Capítulos II e III do Título I,
respectivamente, o ordenamento territorial obedece às seguintes diretrizes:

I - planejamento do desenvolvimento do Município, da distribuição espacial da população e das


atividades econômicas no território municipal, de modo a evitar e corrigir as distorções do
processo de desenvolvimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

II - integração e compatibilização entre a área urbana e a área rural do Município;

III - controle, conservação e recuperação da qualidade hídrica das bacias do Município;

IV - ordenação e controle do uso do solo, de forma a combater e evitar:

a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;

b) a proximidade ou conflitos entre usos incompatíveis ou inconvenientes;

c) a utilização excessiva ou a subutilização da infra-estrutura urbana;

d) a retenção de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não-utilização;

e) a deterioração das áreas urbanizadas e dotadas de infra-estrutura, especialmente as


centrais;

f) o uso inadequado dos espaços públicos;

g) a poluição e a degradação ambiental;

h) a degradação da qualidade ambiental do espaço construído;

i) a degradação dos bens socioambientais;

j) vazios urbanos e a descontinuidade das áreas urbanizadas.

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CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO

Art. 31. O Macrozoneamento fixa as regras fundamentais de ordenamento do território e tem como objetivo
definir diretrizes para a utilização dos instrumentos de ordenação territorial e para o zoneamento de uso e
ocupação do solo.

Art. 32. Consideram-se Macrozonas, delimitadas no Mapa 01 - Anexo I, integrantes desta Lei:

I - Macrozona Urbana de Consolidação;

II - Macrozona Urbana de Qualificação;

III - Macrozona Urbana Industrial;


(alterado conforme a LC799/2010 o setor da Macrozona Urbana Industrial no local: lindeiro ao alinhamento
predial do lado norte da Av. Colombo, entre o Ribeirão Maringá e o Jardim Kosmos, sendo que este local
fica incluído na Macrozona Urbana de Qualificação, de acordo com os limites indicados no ANEXO I – Mapa
01 - Macrozoneamento)

IV - Macrozona Urbana de Proteção Ambiental;

V - Macrozona Urbana de Contenção;


V - Macrozona Urbana de Ocupação Imediata;” (NR) (alterado conforme LC799/2010)

VI - Macrozona Rural de Transição;

VII - Macrozona Rural de Manancial;

VIII - Macrozona Rural. (alterado conforme a LC799/2010 o setor da Macrozona Rural


mostrada no ANEXO I – Mapa 01 – Macrozoneamento, no entorno da sede do Distrito de
Floriano)

Seção I
Da Macrozona Urbana de Consolidação

Art. 33. A Macrozona Urbana de Consolidação corresponde à porção central da área urbana, caracterizada
pela:

I - boa qualidade de infra-estrutura, desenho urbano e paisagem urbana;

II - concentração de comércio e serviços;

III - presença e concentração dos bens socioambientais de Maringá.

Art. 34. A delimitação da Macrozona Urbana de Consolidação tem como objetivo orientar as políticas
públicas no sentido de:

I - garantir o uso residencial;

II - inibir a substituição do uso residencial pelo uso comercial e de serviços, buscando a


diversidade de atividades e máximo aproveitamento da infra-estrutura instalada;

III - valorizar, recuperar e preservar os bens socioambientais de Maringá.

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Art. 35. É vedado o uso de agroquímicos na Macrozona Urbana de Consolidação.

Art. 36. A Macrozona Urbana de Consolidação residencial está dividida em:

I - Área Central;

II - Área Predominantemente Residencial 1;

III - Área Predominantemente Residencial 2.

Subseção I
Da Área Central

Art. 37. A Área Central é caracterizada pela grande diversidade de uso, pela ocupação urbana intensiva e
por áreas tradicionalmente destinadas a comércio e serviços especializados e atacadistas.

Art. 38. A Área Central tem como objetivo a consolidação da diversidade de usos e atividades de caráter
urbano e metropolitano, estabelecendo-se como centralidade regional.

Subseção II
Das Áreas Predominantemente Residenciais

Art. 39. As Áreas Predominantemente Residenciais 1 e 2 são caracterizadas por:

I - predomínio do uso residencial;

II - estrutura urbana consolidada.

Art. 40. A delimitação das Áreas Predominantemente Residenciais 1 e 2 tem como objetivo:

I - a consolidação do atual padrão de ocupação;

II - a diversificação das atividades, desde que compatíveis com o uso residencial;

III - a conservação do desenho e da paisagem de Cidade Jardim, proposta pelo plano original da cidade.

Seção II
Da Macrozona Urbana de Qualificação

Art. 41. A Macrozona Urbana de Qualificação corresponde à área urbana ocupada em torno da Macrozona
Urbana de Consolidação, caracterizada pela alta taxa de crescimento populacional, pela não consolidação
da infra-estrutura, do desenho urbano e da paisagem urbana e pela grande quantidade de terrenos não-
edificados;

Art. 42. A delimitação da Macrozona Urbana de Qualificação tem como objetivo orientar as políticas públicas
no sentido de:

I - melhorar e otimizar a infra-estrutura urbana e serviços públicos;

II - adequar a permissão de usos a partir de critérios de incomodidade;

III - qualificar o desenho urbano e paisagem, tendo como referência a qualidade do desenho
urbano original de Maringá para toda a Macrozona.

Art. 43. É vedado o uso de agroquímicos na Macrozona Urbana de Qualificação.

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Seção III
Da Macrozona Urbana Industrial

Art. 44. A Macrozona Urbana Industrial corresponde à área urbana predominantemente ocupada por
estabelecimentos industriais e de serviços, caracterizada pelas vantagens de logística.

Art. 45. A delimitação da Macrozona Urbana Industrial tem como objetivo orientar as políticas públicas no
sentido de:

I - otimizar a ocupação do solo, priorizando a instalação dos novos empreendimentos em torno


da BR-376, PR-317, PR-323, Via de Contorno Sul, linha férrea e em terrenos não-edificados
localizados entre empreendimentos já instalados;

II - criar ambiente de intercâmbio empresarial a partir de mecanismos de provimento de infra-


estrutura, de troca de tecnologia e conhecimento nos parques industriais;

III - potencializar as condições logísticas;

IV - garantir o controle ambiental e a segurança;

V - garantir a qualidade da paisagem e o incremento, recuperação, preservação e controle das


áreas verdes.

Art. 46. A Macrozona Urbana Industrial está dividida em duas áreas:

I - Área Industrial 1;

II - Área Industrial 2;

Subseção I
Da Área Industrial 1

Art. 47. A Área Industrial 1 caracteriza-se pela ocupação dispersa do território pelas unidades produtivas.

Art. 48. A Área Industrial 1 tem como objetivo o aproveitamento, otimização e qualificação da infra-estrutura
existente.

Subseção II
Da Área Industrial 2

Art. 49. A Área Industrial 2 caracteriza-se pela presença de grandes terrenos não-edificados próximos às
unidades produtivas já instaladas.

Art. 50. A Área Industrial 2 tem como objetivo a ampliação gradativa e sustentável do Parque Industrial do
Município.

Subseção III
Da Área Industrial 3

Art. 50A. “Art. 50-A. A Área Industrial 3 caracteriza-se pela necessidade de implantação de novos parques
industriais.

§ 1.º Os novos parques industriais integrantes da Área Industrial 3 poderão ser localizados nas

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Macrozonas Urbana e Rural.

§ 2.º Os Parques Industriais serão criados por Decreto do Poder Executivo e referendados por lei
municipal.” (AC)
(a Subseção III da Seção III do Capítulo I do Título III foi criada conforme LC799/2010)

Seção IV
Da Macrozona Urbana de Proteção Ambiental

Art. 51. A Macrozona Urbana de Proteção Ambiental corresponde às áreas de fundo de vale e às Unidades
de Conservação internas à área urbana.

Art. 52. A delimitação da Macrozona Urbana de Proteção Ambiental tem como objetivo orientar as políticas
públicas no sentido de:

I - controlar, recuperar e conservar a biodiversidade na área urbana;

II - controlar, recuperar e conservar a morfologia dos canais hídricos;

III - compatibilizar o uso e a ocupação do solo com as condições geológicas do terreno no


entorno dos corpos hídricos.

Art. 53. É vedado o uso de agroquímicos na Macrozona Urbana de Proteção Ambiental, bem como
atividades agrossilvipastoris.

Seção V
Da Macrozona Urbana de Contenção

Art. 54. A Macrozona Urbana de Contenção corresponde ao anel de terrenos urbanos próximos à
Macrozona Urbana de Qualificação, caracterizado pela predominância de grandes terrenos e por sofrer
pressão à ocupação urbana.
Art. 54. A Macrozona Urbana de Ocupação Imediata corresponde ao anel de terrenos urbanos próximos à
Macrozona Urbana de Qualificação, caracterizado pela predominância de grandes terrenos e por sofrer
pressão à ocupação urbana. (alterado pelo artigo 4 da LC 799/2010)

Art. 55. A delimitação da Macrozona Urbana de Contenção tem como objetivo orientar as políticas públicas
no sentido de:

I - consolidar a malha urbana existente;

II - manter características rurais com relação ao uso e intensidade de ocupação do solo.


Art. 55. A delimitação da Macrozona Urbana de Ocupação Imediata tem como objetivo orientar as políticas
públicas no sentido de:

I - aumentar a oferta de glebas urbanizáveis;

II - atender à crescente demanda por lotes urbanizados;

III - equilibrar a relação entre demanda e oferta de lotes urbanizados;

IV - contribuir para a redução dos custos da terra urbanizável e urbanizada. (alterado pelo
artigo 4 da LC 799/2010)

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Art. 56. É vedado o uso de agroquímicos na Macrozona de Contenção. (Texto original da LC 632/2006)
Art. 56. A urbanização dos terrenos na Macrozona Urbana de Ocupação Imediata, sem prejuízo do
atendimento aos requisitos da Lei Municipal de Parcelamento do Solo Urbano, implicará, obrigatoriamente,
na oferta de uma contrapartida de 7% (sete por cento) do total da área líquida parcelada, a título de justa
distribuição da valorização decorrente da transformação ora proposta, a ser efetivada na incorporação ao
patrimônio público dos respectivos lotes, quando do registro do parcelamento do solo na circunscrição
imobiliária competente. (alterado pelo artigo 4 da LC 799/2010)
Art. 56. A urbanização dos terrenos na Macrozona Urbana de Ocupação Imediata, sem prejuízo do
atendimento aos requisitos da Lei Municipal de Parcelamento do Solo Urbano, implicará, obrigatoriamente,
na oferta de uma contrapartida de 3% (três por cento) do total da área líquida parcelada, a título de justa
distribuição da valorização decorrente da transformação ora proposta, a ser efetivada na incorporação ao
patrimônio público dos respectivos lotes, quando do registro do parcelamento do solo na circunscrição
imobiliária competente.
(alterado conforme LC 835/2010)
§ 1.° A contrapartida prevista no caput poderá também ser efetivada através de pagamento do seu
equivalente valor em moeda corrente, quando da expedição do respectivo alvará de licença para
parcelamento do solo. (incluído pelo artigo 4 da LC 799/2010)

§ 2.° Da contrapartida tratada neste artigo serão destinados 3% (três por cento) para Habitação de
Interesse Social – HIS. (incluído pelo artigo 4 da LC 799/2010 e revogado pela LC 835/2010)

Seção VI
Da Macrozona Rural de Transição

Art. 57. A Macrozona Rural de Transição corresponde ao anel de terrenos rurais em torno das áreas
urbanas da sede do Município, bem como da área adjacente à PR-317 ao norte da sede municipal, onde se
identifica pressão para ocupação de empreendimentos de impacto, conforme art. 95 desta Lei.

Art. 58. A delimitação da Macrozona Rural de Transição tem como objetivos orientar as políticas públicas no
sentido de:

I - controlar e ordenar o uso e a ocupação do solo em áreas de impacto do meio urbano sobre
o meio rural, e vice-versa;

II - controlar o uso de agroquímicos, de forma a compatibilizar as atividades agrossilvipastoris


com as demais atividades permitidas na Macrozona;

III - controlar, recuperar e preservar as reservas legais, a mata ciliar e a biodiversidade.

Art. 59. É vedado o uso de agroquímicos em uma faixa de 200 metros a contar do perímetro urbano.

Seção VII
Da Macrozona Rural de Proteção do Manancial

Art. 60. A Macrozona Rural de Proteção do Manancial compreende a porção rural das bacias do Ribeirão
Morangueiro e Ribeirão Sarandi.

Art. 61. A delimitação da Macrozona Rural de Proteção do Manancial tem como objetivo orientar as políticas
públicas no sentido de:

I - manter características rurais em relação ao uso e intensidade de ocupação do solo;

II - vetar usos e formas de ocupação do solo potencialmente poluidores, em especial os que


ameaçam a qualidade dos recursos hídricos;

III - controlar o uso de agroquímicos;

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IV - controlar, recuperar e preservar as reservas legais, a mata ciliar e a biodiversidade;

V - controlar e garantir a qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.

Seção VIII
Da Macrozona Rural

Art. 62. A Macrozona Rural corresponde às demais áreas rurais do território municipal.

Art. 63. A delimitação da Macrozona Rural tem como objetivo orientar as políticas públicas no sentido de:

I - manter e incentivar atividades agrossilvipastoris, de turismo, de recuperação e manejo


ambiental, de forma sustentável;

II - ordenar e monitorar o uso e ocupação da área rural;

III - controlar, recuperar e preservar as reservas legais, a mata ciliar e a biodiversidade;

IV - controlar o uso de agroquímicos, de forma a compatibilizar as atividades agrossilvipastoris


com as demais atividades permitidas na Macrozona.

CAPÍTULO II
DAS ZONAS E SETORES ESPECIAIS

Art. 64. As Zonas e Setores Especiais compreendem áreas do território que exigem tratamento especial na
definição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo, sobrepondo-se ao zoneamento, e
classificam-se em:

I - Zonas Especiais de Interesse Social;

II - Setor Especial dos Eixos Rodoviários;

III - Setor Especial do Aeroporto;

IV - Setor Urbano de Manancial.

V - Zonas Especiais de Loteamentos Fechados na Macrozona Rural.”

VI - Zona Especial do Parque do Japão;

VII - Zona Especial do Memorial do Trópico de Capricórnio;

VIII - Zona Especial do Parque do Jardim Tarumã.” (AC)


(Os incisos V ao VIII foram criados conforme LC799/2010)

Parágrafo único. Os parâmetros para cada uma das Zonas e Setores Especiais determinados neste
artigo serão definidos por lei específica.

Art. 65. Leis municipais específicas poderão definir, na Macrozona Urbana de Consolidação e na Macrozona
Urbana de Qualificação, áreas do território como Zonas Especiais de Interesse Social.

Art. 66. Leis municipais específicas poderão definir outras áreas do território como Setores Especiais, desde
que estejam de acordo com os objetivos, critérios e parâmetros das Macrozonas onde estão inseridos.

Seção I

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Das Zonas Especiais de Interesse Social

Art. 67. As Zonas Especiais de Interesse Social são porções do território destinadas prioritariamente à
urbanização e produção de habitação de interesse social, conforme determinado no art. 24 desta Lei.

Art. 68. Nas Zonas Especiais de Interesse Social será permitido, mediante aprovação do Conselho
Municipal de Planejamento e Gestão Territorial e ad referendum do Poder Legislativo Municipal, o
estabelecimento de padrões de uso e ocupação diferenciados da legislação em vigor.

Art. 69. São objetivos das ZEIS:

I - permitir a inclusão urbana de parcelas da população que se encontram à margem do


mercado legal de terras;

II - possibilitar a extensão dos serviços e da infra-estrutura urbana nas regiões não atendidas;

III - garantir a melhoria da qualidade de vida e eqüidade social entre as ocupações urbanas.

Art. 70. Lei municipal, baseada neste Plano Diretor, estabelecerá critérios para delimitação de Zonas
Especiais de Interesse Social.

Art. 71. Para os parcelamentos localizados nas Zonas Especiais de Interesse Social será exigido Estudo
Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV, conforme determinações do Capítulo X do Título IV desta Lei. (Texto
original da LC 632/2006)
Art. 71. O terreno situado em Macrozona Rural contíguo aos perímetros urbanos do Município e que for
objeto de projeto de Habitação de Interesse Social será gravado como Zona Especial de Interesse Social –
ZEIS e será automaticamente considerado como urbano.” (NR)
(alterado pela LC799/2010)

Seção II
Do Setor Especial dos Eixos Rodoviários

Art. 72. O Setor Especial dos Eixos Rodoviários compreende a faixa de 120 (cento e vinte) metros para
cada lado a partir da faixa de domínio das seguintes rodovias, quando sobrepostas às Macrozonas Rurais:

I - Rodovia PR-317;

II - Rodovia BR-376.

Art. 73. O Setor Especial dos Eixos Rodoviários tem como objetivo o ordenamento e a fiscalização do uso e
ocupação do solo da faixa descrita no art. 72 desta Lei.

Art. 74. O Setor Especial dos Eixos Rodoviários é destinado para usos não-residenciais.

Art. 75. No momento da aprovação do empreendimento, os terrenos atingidos pelo Setor Especial dos Eixos
Rodoviários deverão ser cadastrados e tributados como urbanos, permanecendo o remanescente como
Macrozona Rural.

Art. 76. Os critérios e parâmetros de Uso e Ocupação do Solo do Setor Especial dos Eixos Rodoviários
serão definidos pela Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.

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Seção III
Do Setor Especial do Aeroporto

Art. 77. O Setor Especial do Aeroporto corresponde à área de entorno do Aeroporto, delimitada no Mapa 01,
Anexo I, e tem como objetivo:

I - assegurar o perfeito funcionamento do Aeroporto;

II - assegurar os padrões mínimos de segurança determinados pelo Plano Diretor do Aeroporto.

Art. 78. Os critérios e parâmetros de uso e ocupação do solo do Setor Especial do Aeroporto serão
definidos pela Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo, fundamentados pelo Plano Diretor do Aeroporto e
legislações federais pertinentes.

Seção IV
Do Setor Urbano de Proteção do Manancial

Art. 79. O Setor Urbano de Proteção do Manancial está delimitado no Mapa 01, Anexo I, e incorpora a
porção da Bacia do Córrego Guaiapó e do Ribeirão Morangueiro sobreposta à Macrozona Urbana de
Contenção e à Macrozona Urbana de Qualificação, tendo como objetivos:

I - permitir a ocupação urbana, de forma compatível com a conservação da qualidade dos


recursos hídricos da bacia de manancial;

II - recuperar, preservar e controlar a Mata Ciliar e morfologia dos canais hídricos.

III - garantir o controle da qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos

Parágrafo único. Dentre as Macrozonas Urbanas, o Setor Urbano de Manancial tem prioridade em
relação aos investimentos em infra-estrutura urbana e recuperação ambiental.

Art. 80. Os critérios e parâmetros de uso e ocupação do solo do Setor Urbano de Proteção do Manancial
serão definidos pela Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.

Seção V
Das Zonas Especiais de Loteamentos Fechados na Macrozona Rural

Art. 80-A. As Zonas Especiais de Loteamentos Fechados na Macrozona Rural constituem porções do
território onde são permissíveis a urbanização e a produção de loteamentos fechados.

Art. 80-B. Ficam estabelecidos os seguintes critérios e parâmetros de uso e ocupação do solo nas Zonas
Especiais de Loteamentos Fechados na Macrozona Rural:

I – habitação exclusivamente unifamiliar;

II – coeficiente máximo de aproveitamento: 1 (um);

III – taxa máxima de ocupação do solo: 50% (cinquenta por cento);

IV – número máximo de pavimentos: subsolo, térreo e segundo pavimento;

V – altura máxima de edificação: 11,00m (onze metros);

VI – taxa mínima de permeabilidade do solo: 20% (vinte por cento);

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VII – subsolo não computável no coeficiente de aproveitamento somente quando usado para
fins de guarda e estacionamento de veículos e/ou de recreação;

VIII – os lotes de loteamento fechado na Macrozona Rural não poderão sofrer subdivisão sob
nenhum pretexto, nem ser objeto de edificação geminada em condomínio;

IX – defronte ao local de acesso ao loteamento deverá ser prevista uma área para acumulação
de veículos, de modo a comportar um círculo inscrito com diâmetro mínimo de 100,00m (cem
metros);

X - a entidade concessionária deverá ser uma sociedade civil, devidamente regularizada,


constituída pelos proprietários dos lotes servidos pelas vias e áreas públicas objeto da
concessão, que será regida pelas condições seguintes:

a) a concessionária deverá comprometer-se a custear, executar e manter as redes de


infraestrutura obrigatórias para loteamentos, previstas nesta Lei, e suplementarmente
custear e executar:

a.1) os sistemas autônomos de captação e tratamento de água potável, em caso de


inexistência de redes públicas no entorno do loteamento, respeitada a legislação em
vigor;

a.2) os sistemas autônomos de coleta, tratamento e destino final do esgoto, em caso


de inexistência de rede pública no entorno do loteamento, respeitada a legislação em
vigor;

a.3) a pavimentação asfáltica e as galerias pluviais das vias internas do


empreendimento e da via de acesso ao mesmo, desde a extremidade da
pavimentação urbana existente na área urbana fora do loteamento, obedecidas as
diretrizes da Lei do Sistema Viário Básico do Município e as normas do órgão
municipal competente;

a.4) manutenção e limpeza das vias internas e da via de acesso ao loteamento, e


outras áreas públicas objeto da concessão;

a.5) a coleta e entrega dos resíduos sólidos ao serviço de limpeza pública nos locais
indicados pelo Poder Público, a partir de Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos previamente aprovado pelo Município, segundo as normas da Secretaria
Municipal de Meio ambiente, e no qual o empreendimento será equiparado a grandes
geradores de resíduos sólidos;

b) a concessão de uso será efetuada através de Escritura Pública de Concessão de


Direito Real de Uso de Área, outorgada por ocasião da aceitação do loteamento, na qual
deverão constar todos os encargos da concessionária, relativos à destinação, ao uso, à
ocupação, à conservação e à manutenção dos bens públicos objetos da concessão, bem
como as penalidades em caso de seu descumprimento.

§ 1.° Nos parcelamentos referidos no presente artigo, serão consideradas duas classes de lotes, para
efeito de ocupação do solo:

I – Classe I - lotes com área privativa entre 450,00m2 (quatrocentos e cinquenta metros
quadrados) e 600,00m2 (seiscentos metros quadrados);

II – Classe II - lotes com área privativa maior que 600,00m2 (seiscentos metros quadrados).

§ 2.° Nos lotes das duas classes referidas no parágrafo primeiro deverão ser obedecidos,

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respectivamente, os parâmetros abaixo, mantidas inalteradas as demais exigências contidas nos
incisos do caput:

I – Classe I:

a) frente mínima do lote: 15,00m (quinze metros) em meio de quadra; e 20,00m (vinte
metros) em esquina;

b) recuo frontal mínimo: 5,00m (cinco metros); recuos laterais e de fundo mínimos: 2,00m
(dois metros)

II – Classe II:

a) frente mínima do lote: 20,00m (vinte metros) em meio de quadra; e 25,00m (vinte e
cinco metros) em esquina;

b) recuo frontal mínimo: 5,00m (cinco metros); recuos laterais e de fundo mínimos:
2,50m (dois metros e cinquenta centímetros).

§ 3.° Nos parcelamentos referidos no presente artigo serão previstos espaços livres para lazer dos
moradores e valorização paisagística do empreendimento, obedecidas as seguintes proporções:

I – Classe I – 20% (vinte por cento) da área total do empreendimento para o conjunto de lotes
do mesmo pertencentes a esta classe;

II – Classe II – 15% (quinze por cento) da área total do empreendimento para o conjunto de
lotes do mesmo pertencentes a esta classe.

§ 4.º A extinção ou dissolução da entidade concessionária, a alteração de destinação ou uso de


qualquer bem concedido e o descumprimento das condições fixadas nesta Lei, implicarão na
automática extinção da concessão, revertendo a área concedida à disponibilidade do Município e
sendo incorporadas ao seu patrimônio todas as benfeitorias nela construídas, ainda que necessárias,
independentemente de qualquer pagamento ou indenização, seja a que título for.

§ 5.º O Município poderá, unilateralmente, a qualquer tempo, cancelar a concessão referida no caput
deste artigo, em face de comprovado interesse público e mediante anuência do Conselho Municipal
de Planejamento e Gestão Territorial.” (AC)
(criada a seção V no capítulo II do Título III artigos 80-A e 80-B conforme LC799/2010)

CAPÍTULO III
DOS PARÂMETROS DE USO, OCUPAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 81. Os parâmetros de uso, ocupação e parcelamento definidos neste Capítulo têm como objetivo
estabelecer diretrizes para a complementação das normas de uso e ocupação do solo municipal a serem
definidos em leis municipais específicas.

Art. 82. Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo detalhará os parâmetros definidos nas Seções I e II deste
Capítulo.

Art. 83. O detalhamento e a complementação dos parâmetros de uso, ocupação e parcelamento deverão
obedecer aos objetivos das Macrozonas, Zonas e Setores estabelecidos no Capítulo I - Do
Macrozoneamento.

Seção I
Do Uso do Solo

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Art. 84. O uso do solo fica classificado em:

I – residencial;

II – não-residencial;

III - misto.

§ 1.º Considera-se uso residencial aquele destinado à moradia unifamiliar e multifamiliar.

§ 2.º Considera-se uso não-residencial aquele destinado ao exercício das atividades industrial,
comercial, de prestação de serviços, institucionais, agrossilvipastoris, recuperação e manejo
ambiental.

§ 3.º Considera-se uso misto aquele constituído por mais de um uso, residencial e não-residencial, ou
por mais de uma atividade não-residencial na mesma edificação.

Art. 85. Todos os usos e atividades poderão se instalar no território municipal, desde que obedeçam às
condições estabelecidas nas Seções I e II deste Capítulo, determinadas em função do:

I - objetivo(s) das Macrozonas;

II - nível de incomodidade.

Art. 86. Os usos e atividades deverão atender aos requisitos de instalação definidos com base nos níveis de
incomodidade, em função de sua potencialidade como geradores de:

I – incômodo;

II - impacto à vizinhança.

Parágrafo único. Considera-se incomodidade o estado de desacordo de uso ou atividade com os


condicionantes locais, causando reação adversa sobre a vizinhança, tendo em vista suas estruturas
físicas e vivências sociais.

Subseção I
Dos Padrões de Incomodidade

Art. 87. Para fins de análise do nível de incomodidade, deverão ser observados os seguintes fatores:

I - impacto urbanístico: sobrecarga na capacidade de suporte da infra-estrutura instalada e/ou


alteração negativa da paisagem;

II - poluição sonora: geração de impacto sonoro no entorno próximo pelo uso de máquinas,
utensílios ruidosos, aparelhos sonoros ou similares, ou concentração de pessoas ou animais
em recinto fechado;

III - poluição atmosférica: lançamento na atmosfera de partículas provenientes do uso de


combustíveis nos processos de produção e/ou emissão de gases e lançamento de material
particulado na atmosfera acima dos níveis admissíveis;

IV - poluição hídrica: efluentes líquidos incompatíveis ao lançamento na rede hidrográfica ou


sistema coletor de esgotos ou poluição das águas superficiais e subterrâneas;

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V - geração de resíduos sólidos: produção, manipulação ou estocagem, depósito interno e
intermediário de resíduos sólidos, com riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública;

VI - vibração: impacto provocado pelo uso de máquinas ou equipamentos que produzam


choques repetitivos ou vibração sensível, causando riscos potenciais à propriedade, ao bem-
estar ou à saúde pública;

VII - periculosidade: atividades que apresentem risco ao meio ambiente e à saúde, em função
da produção, comercialização, uso ou estocagem de materiais perigosos, como explosivos, gás
liqüefeito de petróleo (GLP), inflamáveis, tóxicos e equiparáveis, conforme normas técnicas e
legislação específica;

VIII - geração de tráfego: interferência no tráfego pela operação ou atração de veículos


pesados, tais como caminhões, ônibus, e/ou geração de tráfego intenso, em razão do porte de
estabelecimento, da concentração de pessoas e do número de vagas de estacionamento
criado.

Art. 88. Os usos e atividades serão enquadrados nos níveis de incomodidade abaixo descritos:

I – não-incômodos: o uso residencial e as categorias de uso não-residencial, desde que


compatíveis com o uso residencial nas Macrozonas Urbanas e compatíveis com uso
agrossilvipastoril nas Macrozonas Rurais;

II - incômodos nível I: uso não-residencial, cujo nível de incomodidade permite instalação


compatível com o uso residencial nas Macrozonas Urbanas e compatíveis com uso
agrossilvipastoril nas Macrozonas Rurais, mediante atendimento de requisitos de instalação;

III - incômodos nível II: o uso não-residencial, cujo nível de incomodidade permite sua
instalação nas proximidades do uso residencial, em Eixos ou Zonas determinadas pela Lei
Municipal de Uso e Ocupação do Solo;

IV - incômodos nível III: o uso industrial e correlatos (ou quaisquer usos) cujas atividades
apresentam níveis de incomodidade e nocividade incompatíveis com o uso residencial, uso
agrossilvipastoril, de recuperação e manejo ambiental.

Parágrafo único. Os parâmetros para enquadramento dos fatores enunciados nos níveis de
incomodidade serão definidos em lei municipal específica, amparada na legislação estadual e federal
pertinentes.

Art. 89. A permissão e requisitos para instalação de atividades nos Eixos e Zonas de Uso e Ocupação do
Solo, com base nos níveis de incomodidade, serão definidos por Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 90. Os usos e atividades incômodos de nível I poderão se instalar em todo o território municipal,
mediante atendimento dos requisitos de instalação.

Art. 91. Os usos e atividades incômodos nível III somente poderão se localizar na Macrozona Urbana
Industrial.

Art. 92. A análise do nível de incomodidade será feita pelo órgão municipal competente.

Art. 93. A análise técnica do nível de incomodidade não dispensa o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
e o licenciamento ambiental, nos casos que a lei os exigir.

Subseção II
Dos Empreendimentos de Impacto

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Art. 94. Os empreendimentos de impacto são aqueles que podem causar danos e/ou alteração no ambiente
socioeconômico, natural ou construído, ou sobrecarga na capacidade de atendimento de infra-estrutura
básica, quer sejam construções públicas ou privadas, residenciais ou não-residenciais.

Art. 95. São considerados empreendimentos de impacto:

I - as edificações não-residenciais com área construída total igual ou superior a 5.000 m²


(cinco mil metros quadrados);

II - as edificações residenciais com mais de 100 (cem) unidades;

III - os loteamentos fechados.

IV - as edificações destinadas a templos religiosos, implantadas em imóveis próprios, cedidos


ou alugados, cuja área de construção de nave seja superior a 500,00m2 (quinhentos metros
quadrados); (o inciso IV foi criado conforme LC799/2010)

Art. 96. Entre outros, são considerados empreendimentos de impacto as seguintes atividades, independente
da área construída:

I - shopping center;

II - centrais de carga;

III - centrais de abastecimento;

IV - estações de tratamento de água e de efluentes;

V - terminais de transporte;

VI - transportadora;

VII - garagem de veículos de transporte de passageiros;

VIII - cemitérios e crematórios;

IX - presídios;

X - postos de serviço, com venda de combustível;

XI - depósitos de gás liqüefeito de petróleo (GLP);

XII - supermercados e hipermercados;

XIII - estações de rádio-base;

XIV - depósitos e fábricas de material explosivo;

XV - templos religiosos; (Texto original da LC 632/2006)


XV - templos religiosos com área de nave superior a 500,00 m² (quinhentos metros quadrados);
(NR) (alterado conforme LC799/2010)
(LC 893/2011 que dispõe sobre templos religiosos encontra-se no final desta lei)

XVI - aterro sanitário;

XVII - aterro de resíduos tóxicos e perigosos;

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XVIII - usinas de compostagem e reciclagem de resíduos sólidos urbanos;

XIX - emissários de esgoto;

XX - incineradores:

a) de produtos tóxicos e perigosos;

b) de resíduos de serviços de saúde;

XXI - linhas de transmissão de mais de 230 KW;

XXII - usinas termoelétricas e termonucleares;

XXIII - estações de transmissão de energia elétrica e subestações de transformação;

XXIV - rodovias primárias e auto-estrada;

XXV - pólos e distritos industriais;

XXVI - instalações de armazenagem de produtos perigosos;

XXVII - extração mineral, nela compreendido, pedreira de brita, pedreira de bloco, carvão
mineral, chumbo, calcário, petróleo e gás natural, amianto, xisto, entre outros causadores de
danos à saúde;

XXVIII - estabelecimentos de ensino;

XXIX - casas noturnas.

Parágrafo único. Quando entender necessário, o Poder Executivo poderá definir como impactantes
outros empreendimentos não mencionados expressamente neste artigo. (Texto original da LC
632/2006)
§ 1º. Quando entender necessário, o Poder Executivo poderá definir como impactantes outros
empreendimentos não mencionados expressamente neste artigo, exceto templos religiosos cuja área
de construção de nave seja de até ou inferior a 500,00m2 (quinhentos metros quadrados).

§ 2º. Para empreendimentos previstos no inciso XI deste artigo, será exigida a apresentação do
Relatório de Impacto de Vizinhança – RIV nos casos de depósitos de Gás Liquefeito de Petróleo –
GLP com capacidade de armazenamento superior a 1.560Kg (um mil e quinhentos e sessenta
quilogramas) de GLP.” (AC)
(alterado o paragrafo único e incluído o §2 conforme LC799/2010)

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Art. 97. A aprovação e instalação dos empreendimentos previstos nos artigos 95 e 96 desta Lei estão
condicionadas a parecer favorável do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial e à
aprovação pelo Poder Executivo do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). (Texto original da LC
632/2006)
Art. 97. A aprovação e/ou instalação dos empreendimentos previstos nos artigos 95 e 96 desta Lei estão
condicionadas a prévio parecer do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial.” (NR)
( alterado conforme LC799/2010)

Seção II
Da Ocupação do Solo

Art. 98. São parâmetros urbanísticos reguladores da ocupação do solo:

I - coeficiente de aproveitamento;

II - dimensões mínimas de lote;

III - taxa de ocupação;

IV - taxa de permeabilidade do solo;

V - recuo frontal;

VI - afastamento das divisas do lote;

VII - altura máxima das edificações;

VIII - testada.

Art. 99. Os parâmetros urbanísticos gerais para Uso e Ocupação do Solo nas Macrozonas são aqueles
definidos no Quadro 1 (um), Anexo II (dois), desta Lei.

§ 1.º Para a consecução da Política Habitacional do Município, o parâmetro de fração mínima de


parcelamento estabelecido para a Macrozona Urbana de Consolidação e para a Macrozona Urbana
de Qualificação, conforme o quadro supracitado, nas áreas definidas na Lei de Uso e Ocupação do
Solo Urbano, dentro das Macrozonas definidas neste parágrafo, poderá ser alterado para 300 m2,
desde que sejam destinados, no mínimo, 3% da área líquida de lotes do empreendimento para o
FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO, além dos percentuais mínímos para áreas de domínio público
exigidos na Lei Municipal de Parcelamento do Solo.

§ 2.º O órgão de pesquisa, planejamento e gestão territorial definirá a localização da área a ser
destinada para o FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO.

Art. 100. O coeficiente básico de aproveitamento das Zonas será definido na Lei Municipal de Uso e
Ocupação do Solo.

Art. 101. Os Eixos de Comércio e Serviços serão definidos na Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.

§ 1.º As alterações dos Eixos de Comércio e Serviços deverão, obrigatoriamente, ser feitas através de
Lei Complementar, e mediante prévio parecer do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão
Territorial, conforme art. 180 desta Lei, e do órgão de pesquisa, planejamento e gestão territorial, que
observará o Plano de Sistema Viário e Transportes, quanto à capacidade de infra-estrutura das vias e
qualidade ambiental do espaço construído.

§ 2.º Os coeficientes de aproveitamento máximo dos Eixos de Comércio e Serviços poderão exceder

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o coeficiente de aproveitamento máximo estabelecido para as Macrozonas, observando o limite de
3,5 (três inteiros e cinco décimos).

Seção III
Do Parcelamento do Solo

Art. 102. O parcelamento do solo será regulado em lei específica. Não será admitido o parcelamento do
solo para outros fins que contrariem os objetivos e parâmetros das Macrozonas, Zonas e Setores Especiais
determinados nesta Lei.

Subseção Única
Dos Loteamentos Fechados

Art. 103. A aprovação de loteamentos fechados seguirá os parâmetros urbanísticos desta Lei, Lei de
Parcelamento do Solo e da Lei de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 104. A totalidade das áreas institucionais e de espaços livres ou de lazer, a serem doadas para
aprovação do loteamento fechado, deverá estar localizada fora da área fechada, com acesso público e
testada para as vias públicas.

Art. 105. É facultado ao Poder Público Municipal, mediante autorização legislativa específica para cada
caso, permutar as áreas doadas, desde que tenha como finalidade a implantação de empreendimentos para
habitação de interesse social ou instalação de equipamentos públicos.

Art. 106. Entre dois ou mais loteamentos fechados deverá ser respeitada uma distância mínima de 200m
(duzentos metros), com, no mínimo, uma via de circulação entre os mesmos, atendendo às necessidades
do sistema viário municipal e da Lei do Sistema Viário.
Art. 106. Entre dois ou mais loteamentos fechados localizados nas Macrozonas Urbana e Rural deverá ser
prevista uma faixa de terra contendo uma via pública em seu eixo, com lotes em ambas as laterais.

Parágrafo único. Parágrafo único. Nos casos em que, por razões de ordem geométrica, a regra
descrita no caput deste artigo não puder ser aplicada, o Poder Público Municipal decidirá a forma de
parcelamento mais conveniente.” (AC)
(alteração do art 106 e inclusão de paragrafo único conforme LC799/2010)

Art. 107. A divisa do loteamento fechado com frente para via pública deverá ser feita com unidades ou
frações de frente e abertos para a mesma.
Art. 107. A divisa do loteamento fechado deverá ser feita com lotes abertos para uma via pública.

Parágrafo único. Quando o terreno do loteamento não confrontar com via pública, suas divisas
deverão conter uma faixa de terra externa ao loteamento, com lotes abertos para uma via pública a
ser implantada pelo parcelador, a qual ficará caucionada no próprio empreendimento.” (NR)
(alteração do art 107 e inclusão de paragrafo único conforme LC799/2010)

Art. 108. Fica vedado o fechamento ou a interrupção de vias públicas.

TÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

Art. 109. Consideram-se instrumentos de desenvolvimento:

I -os instrumentos de planejamento, assim constituídos;

a) plano plurianual;

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b) lei de diretrizes orçamentárias;

c) lei de orçamento anual;

d) lei de uso e ocupação do solo;

e) lei de parcelamento do solo;

f) lei do sistema viário;

g) planos de desenvolvimento econômico e social;

h) planos, programas e projetos setoriais;

i) programas e projetos especiais de urbanização;

j) instituição de unidades de conservação;

k) instituição de unidades de preservação de bens socioambientais;

l) demais planos definidos nesta Lei;

II - os instrumentos jurídicos e urbanísticos, tais como:

a) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

b) IPTU progressivo no tempo;

c) desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública;

d) zonas especiais de interesse social;

e) outorga onerosa do direito de construir;

f) transferência do direito de construir;

g) operações urbanas consorciadas;

h) consórcio imobiliário;

i) direito de preferência;

j) direito de superfície;

k) estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV);

l) tombamento;

m) demais instrumentos jurídicos definidos nesta Lei;

n) desapropriação;

III - os instrumentos de regularização fundiária, utilizando:

a) concessão de direito real de uso;

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b) concessão de uso especial para fins de moradia;

c) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos


favorecidos, especialmente na propositura de ações de usucapião;

IV - os instrumentos tributários e financeiros, constituídos por:

a) tributos municipais diversos;

b) taxas e tarifas públicas específicas;

c) contribuição de melhoria;

d) incentivos e benefícios fiscais;

V - os instrumentos jurídico-administrativos, neles compreendidos:

a) servidão administrativa e limitações administrativas;

b) concessão, permissão ou autorização de uso de bens públicos municipais;

c) contratos de concessão dos serviços públicos urbanos;

d) contratos de gestão com concessionária pública municipal de serviços urbanos;

e) convênios e acordos técnicos, operacionais e de cooperação institucional;

f) termo administrativo de ajustamento de conduta;

g) doação de imóveis em pagamento de dívidas.

CAPÍTULO I
DO PARCELAMENTO, DA EDIFICAÇÃO E DA UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIA

Art. 110. O parcelamento, a edificação e a utilização compulsória do solo urbano visam garantir o
cumprimento da função social da cidade e da propriedade, por meio da indução da ocupação de áreas
vazias ou subutilizadas, onde o Plano Diretor considerar prioritário.

Art. 111. A utilização do parcelamento, da edificação e da utilização compulsória do solo urbano tem por
objetivo:

I - otimizar a ocupação de regiões da cidade dotadas de infra-estrutura e equipamentos


urbanos, inibindo a expansão urbana de Maringá na direção de áreas não servidas de infra-
estrutura, bem como nas áreas ambientalmente frágeis;

II - aumentar a oferta de lotes urbanizados nas regiões já consolidadas da malha urbana de


Maringá;

III - combater o processo de periferização;

IV - combater a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou


não-utilização.

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Art. 112. O Poder Público Municipal exigirá do proprietário do imóvel urbano não-edificado, subutilizado,
utilizado inadequadamente ou não-utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de
parcelamento, edificação ou utilização compulsória, nos termos das disposições contidas nos artigos 5.º e
6.º da Lei Federal n. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 113. Estão sujeitos à aplicação dos instrumentos citados no artigo anterior:

I - o imóvel urbano com área igual ou superior a 2.000m² (dois mil metros quadrados), com
coeficiente de aproveitamento igual a zero;

II - o conjunto de imóveis urbanos, contíguos ou não, de um único proprietário registrado, com


coeficiente de aproveitamento igual a zero, cujo somatório das áreas registradas seja superior a
3.000m² (três mil metros quadrados);

III - o imóvel urbano com área igual ou superior a 2.000m² (dois mil metros quadrados) cujo
coeficiente de aproveitamento não atinja o mínimo definido para a Macrozona onde se situa,
conforme previsão do artigo 99 desta Lei;

IV - o conjunto de imóveis urbanos, contíguos ou não, de um único proprietário registrado, cujo


somatório das áreas registradas seja superior a 3.000m² (três mil metros quadrados) e cujo
coeficiente de aproveitamento de cada imóvel não atinja o mínimo definido para a Macrozona
onde este se situa, conforme previsão do artigo 99 desta Lei;

V - a edificação desocupada há mais de 2 (dois) anos, independentemente da área construída.

Art. 114. O parcelamento, a edificação e a utilização compulsória serão aplicados nas seguintes
Macrozonas:

I - Macrozona Urbana de Consolidação;

II - Macrozona Urbana de Qualificação;

III - Macrozona Urbana de Ocupação Imediata;

III- IV - Macrozona Urbana Industrial, restrita à Área Industrial 1;

IV - V - Setores Especiais, quando for o caso.(AC)


(acrescido o inciso III e renumerado o III e IV conforme LC799/2010)

§ 1.º Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que trata este artigo propor ao Poder Executivo o
estabelecimento de Consórcio Imobiliário, conforme disposições do artigo 46 Lei Federal n.
10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

§ 2.º Ficam excluídos da obrigação estabelecida no caput deste artigo, após comprovação técnica
pelo órgão municipal competente e aprovação pelo Conselho Municipal de Planejamento e Gestão
Territorial, os imóveis:

I - utilizados para a instalação das seguintes atividades econômicas:

a) estações aduaneiras;

b) terminais de logística;

c) transportadoras;

d) garagem de veículos de transporte de passageiros;

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II - exercendo função ambiental essencial;

III - considerados de interesse socioambiental;

IV - ocupados por clubes sociais ou de lazer ou associações de classe;

V - utilizados como estacionamento na Macrozona Urbana de Consolidação, com área inferior


a 750m2 (setecentos e cinqüenta metros quadrados) e distância mínima de 100m (cem metros)
entre os imóveis destinados a este uso, medida a partir de suas divisas;

VI - integrantes de massa falida;

VII - com produção agrícola familiar sem o uso de agroquímicos, cujo proprietário resida no
local e não possua outra propriedade na área urbana do Município.

(OBS: regulamentado pela LC 827/2010 que regulamenta o Imposto sobre a Propriedade


Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo, previsto na Lei Complementar nº 632/2006,
que está em sua íntegra no final desta Lei)

Art. 115. Os imóveis nas condições a que se refere o artigo 113 desta Lei serão identificados e seus
proprietários notificados.

§ 1.º A notificação far-se-á:

I - por funcionário do órgão competente do Poder Executivo, dirigida ao proprietário do imóvel


ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou
administrativa;

II - por edital, quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista no
inciso anterior.

§ 2.º Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de um ano a partir do recebimento da


notificação, protocolar pedido de aprovação e execução de parcelamento ou edificação.

§ 3.º Somente será admitida uma única reapresentação de pedido de aprovação de projeto para o
mesmo lote.

§ 4.º Os parcelamentos e edificações deverão ser iniciados e concluídos no prazo máximo de dois
anos, contado da primeira aprovação do projeto.

§ 5.º As edificações enquadradas no inciso V do artigo 113 desta Lei deverão estar ocupadas no
prazo máximo de um ano, contado do recebimento da notificação.

§ 6.º Em caráter excepcional, poderá ser prevista a conclusão em etapas de empreendimentos


enquadrados nos artigos 95 e 96 desta Lei, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o
empreendimento como um todo.

§ 7.º A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação,
transfere ao novo adquirente as obrigações do parcelamento, edificação ou utilização previstas neste
artigo, sem interrupção de quaisquer prazos.

§ 8.º Somente será aprovado projeto de parcelamento de imóvel enquadrado nos incisos I ou III do
artigo 113 desta Lei se o mesmo estiver condicionado à aprovação de projeto de construção pelo
órgão competente do Poder Público Municipal.

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CAPÍTULO II
DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO

Art. 116. Em caso de descumprimento do artigo 115 desta Lei, deverá o Poder Público Municipal exigir do
proprietário do solo urbano não-edificado, subutilizado, utilizado inadequadamente ou não-utilizado, que
promova seu adequado aproveitamento, sob pena de sobre o mesmo ser instituído o Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo – IPTU Progressivo, conforme previsão
contida na Lei Federal n. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

§ 1.º A alíquota a ser aplicada a cada ano sobre o valor do imóvel será fixada em lei específica, não
excedendo a duas vezes o correspondente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15%
(quinze por cento).

§ 2.º É vedada a concessão de isenções ou anistias relativas à tributação progressiva de que trata
este artigo.

(OBS: regulamentado pela LC 827/2010 que regulamenta o Imposto sobre a Propriedade


Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo, previsto na Lei Complementar nº 632/2006,
que está em sua íntegra no final desta Lei)

Art. 117. A aplicação do IPTU Progressivo no tempo objetiva:

I - o cumprimento da função social da cidade e da propriedade, por meio da indução da


ocupação de áreas vazias ou subutilizadas, onde o Plano Diretor considerar prioritário;

II - fazer cumprir o disposto na Seção que trata do parcelamento, edificação ou utilização


compulsória;

III - aumentar a oferta de lotes urbanizados nas regiões já consolidadas da malha urbana de
Maringá;

IV - combater o processo de periferização;

V - inibir o processo de retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua


subutilização ou não-utilização.

(OBS: regulamentado pela LC 827/2010 que regulamenta o Imposto sobre a Propriedade


Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo, previsto na Lei Complementar nº 632/2006,
que está em sua íntegra no final desta Lei)

Art. 118. O IPTU Progressivo no Tempo poderá ser aplicado nas seguintes Macrozonas:

I - Macrozona Urbana de Consolidação;

II - Macrozona Urbana de Qualificação;

III - Macrozona Urbana de Ocupação Imediata;

III -IV - Macrozona Urbana Industrial, restrito à Área Industrial 1;

IV - V - Setores Especiais, quando for o caso. (AC)


(acrescido o inciso III e renumerado o III e IV conforme LC799/2010)

(OBS: regulamentado pela LC 827/2010 que regulamenta o Imposto sobre a Propriedade


Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo, previsto na Lei Complementar nº 632/2006,
que está em sua íntegra no final desta Lei)

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CAPÍTULO III
DA DESAPROPRIAÇÃO COM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA

Art. 119. É facultado ao Poder Público Municipal, decorridos cinco anos de cobrança do IPTU Progressivo,
sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização adequada,
proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento de títulos da dívida pública, os quais deverão ter sua
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 6% (seis por
cento) ao ano.

Art. 120. A desapropriação com títulos da dívida pública visa aplicar uma sanção ao proprietário do imóvel
urbano, para garantir o cumprimento da função social da cidade e da propriedade urbana, nos termos deste
Plano Diretor.

Art. 121. O instrumento da Desapropriação com Títulos da Dívida Pública tem como objetivos:

I - promover a reforma urbana;

II - fazer cumprir a função social da propriedade urbana e da cidade, a que o imóvel se destina;

III - combater o processo de periferização;

IV - inibir o processo de retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua


subutilização ou não-utilização;

Art. 122. A Desapropriação com Títulos da Dívida Pública poderá ser aplicada nas seguintes Macrozonas:

I - Macrozona de Consolidação;

II - Macrozona de Qualificação;

III - Macrozona Urbana de Ocupação Imediata;

III-IV- Macrozona Urbana Industrial, restritos à Área Industrial 1;

IV - V - Setores Especiais.
(acrescido o inciso III e renumerado o III e IV conforme LC799/2010)

§ 1.º O valor real da indenização:

I - corresponde ao valor venal estabelecido na planta genérica de valores na data da primeira


notificação, conforme previsto no art. 115 desta Lei;

II - não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.

§ 2.º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de tributos.

§ 3.º O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos,
contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.

§ 4.º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público Municipal ou
por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nestes casos, o devido
procedimento licitatório.

§ 5.º Ficam mantidas para o novo adquirente de imóvel as mesmas obrigações de parcelamento,

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edificação ou utilização previstas no artigo 112 desta Lei.

CAPÍTULO IV
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

Art. 123. O Consórcio Imobiliário é um instrumento de cooperação entre o Poder Público Municipal e a
iniciativa privada para fins de realizar urbanização em áreas que tenham carência de infra-estrutura e
serviços urbanos e contenham imóveis urbanos subutilizados, não-utilizados ou utilizados
inadequadamente, conforme define o art. 112 desta Lei.

§ 1.º Como forma de viabilização do Consórcio imobiliário, expresso por meio de planos de
urbanização ou edificação, o proprietário poderá transferir ao Poder Público Municipal o seu imóvel,
recebendo como pagamento, após a realização das obras, percentual de unidades imobiliárias
devidamente urbanizadas ou edificadas.

§ 2.º O Poder Público Municipal poderá promover o aproveitamento do imóvel que receber por
transferência, nos termos deste artigo, direta ou indiretamente, mediante concessão urbanística ou
outra forma de contratação. (o que dispõe sobre a Concessão Urbanística foi instituído pela LC
693/2007)

(OBS: a LC 693/2007 - Dispõe sobre Concessão Urbanística prevista no Plano Diretor de


Maringá, Lei Complementar nº 632/2006 está em sua íntegra no final desta Lei)

Art.124. O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será correspondente ao valor
do imóvel antes da execução das obras.

Parágrafo único. O valor do imóvel de que trata o caput deste artigo corresponde ao valor venal
estabelecido na planta genérica de valores antes da execução das obras, observado o disposto no §
2.º do art. 8.º da Lei Federal n. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 125. O instrumento do Consórcio Imobiliário objetiva:

I - realizar obras de urbanização, como abertura de vias públicas, pavimentação, rede de água
e esgoto e iluminação pública; e

II - realizar planos de edificação.

Art. 126. O Poder Público Municipal poderá facultar ao proprietário de imóvel enquadrado nos casos
estabelecidos no art. 113, a requerimento deste, o estabelecimento de Consórcio Imobiliário como forma de
viabilização financeira do aproveitamento do imóvel, conforme o disposto na Lei Federal n. 10.257/2001 -
Estatuto da Cidade.

Art. 127. O Consórcio Imobiliário poderá ser aplicado nas seguintes Macrozonas:

I - Macrozona Urbana de Consolidação;

II - Macrozona Urbana de Qualificação;

III - Macrozona Urbana de Ocupação Imediata;

III - IV- Macrozona Urbana Industrial;

IV - V - Setores Especiais.
(acrescido o inciso III e renumerado o III e IV conforme LC799/2010)

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Art. 128. O Consórcio Imobiliário aplica-se tanto aos imóveis sujeitos à obrigação legal de parcelar, edificar
ou utilizar, nos termos desta Lei, quanto àqueles por ela não abrangidos, mas necessários à realização de
intervenções urbanísticas previstas nesta Lei.

Art. 129. Os consórcios imobiliários deverão ser formalizados por termo de responsabilidade e participação,
pactuado entre o proprietário urbano e a Municipalidade, visando à garantia da execução das obras do
empreendimento, bem como das obras de uso público.

CAPÍTULO V
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO

Art. 130. O Direito de Preempção confere ao Poder Público Municipal a preferência para a aquisição de
imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, no caso deste necessitar de áreas para
realização de programas e projetos municipais.

Art. 131. O Direito de Preempção será exercido nos termos das disposições contidas nos artigos 25, 26 e
27 da Lei Federal n. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 132. O órgão de pesquisa, planejamento e gestão territorial, por meio de lei municipal específica, com
base no Sistema Integrado de Planejamento e no Plano de Sistema Viário e Transportes, poderá delimitar
as áreas em que incidirá o Direito de Preempção, definir procedimentos e fixar prazos de vigência.

Parágrafo único. A lei municipal descrita no caput deste artigo deverá enquadrar cada área em uma
ou mais das finalidades enumeradas no artigo 26 da Lei Federal n. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

(OBS: o Capítulo V (DO DIREITO DE PREEMPÇÃO) foi regulamentado pela LC 907/2011 que
regulamenta o direito de Preempção sobre imóveis no Município, previsto na Lei
Complementar nº 632/2006 que está em sua íntegra no final desta Lei)

CAPÍTULO VI
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 133. Entende-se como outorga onerosa do direito de construir a faculdade concedida ao proprietário de
imóvel, para que este, mediante contrapartida ao Poder Público Municipal, possa construir acima do
coeficiente de aproveitamento básico, até o limite estabelecido pelo Coeficiente de Aproveitamento Máximo
permitido para a zona, e dentro dos parâmetros determinados pela Lei Municipal de Uso e Ocupação do
Solo.

Art. 134. O Poder Executivo Municipal poderá exercer a faculdade de outorgar onerosamente o exercício do
direito de construir, mediante contrapartida financeira a ser prestada pelo beneficiário, conforme disposições
dos artigos 28, 29, 30 e 31 da Lei Federal n. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade -, e de acordo com os
critérios e procedimentos definidos em legislação especifica.

Parágrafo único. A concessão da outorga onerosa do direito de construir poderá ser negada pelo
Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, caso se verifique possibilidade de impacto
não suportável pela infra-estrutura ou risco de comprometimento da paisagem urbana.

Art. 135. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir serão destinados
ao FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO. (Texto original da LC 632/2006)
Art. 135. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir serão aplicados
nas finalidades previstas no artigo 31 da Lei Federal n. 10.257/2001 (Estatuto das Cidades), a saber:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;

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IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V- implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
Parágrafo único. Constituem equipamentos urbanos aqueles relacionados no artigo 2.º, § 5.º da Lei
Federal n. 6.766/1979, a saber:

I – escoamento de águas pluviais;


II – iluminação pública;
III – esgotamento sanitário;
IV – abastecimento de água potável;
V – energia elétrica e domiciliar;
VI – vias de circulação. (NR) (alterado pela LC 940/2013)

Art. 136. Lei municipal específica estabelecerá quais as áreas que poderão receber potencial construtivo,
bem como as condições a serem observadas para a outorga onerosa do direito de construir, determinando,
no mínimo:

Parágrafo único. O lote para o qual se aplicar o instrumento da Outorga Onerosa do Direito de
Construir poderá ter seu coeficiente de aproveitamento aumentado em até 100% (cem por cento) do
coeficiente máximo da macrozona a que pertence, limitado a 4,5 (quatro vírgula cinco) vezes a área
do lote.” (AC) (inserido parágrafo único conforme LC799/2010)

I - a fórmula de cálculo da cobrança;

II - os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;

III - a contrapartida do beneficiário;

IV - os procedimentos administrativos necessários.

Art. 137. Poderá ser permitida a utilização do coeficiente máximo sem contrapartida financeira na
implantação de projetos de Habitação de Interesse Social (HIS).

Art. 138. O impacto da outorga onerosa do direito de construir deverá ser controlado permanentemente pelo
órgão de pesquisa, planejamento e gestão territorial, que tornará públicos os relatórios do monitoramento do
uso deste instrumento.

Obs: A LC760/2009 dispõe sobre a autorização da outorga onerosa do direito de construir, através de
contrapartida ao poder público municipal para a execução de programas habitacionais de interesse social e
dá outras providências.
A LC795/2010 regulamenta a aplicação da outorga onerosa do direito de construir prevista na LC
nº632/2006, através da alteração em dispositivos da LC nº 760/2009.

(OBS: a LC 760/2009 e 795/2010 estão em sua íntegra no final desta Lei)

CAPÍTULO VII
DA TRANSFERÊNCIA DE POTENCIAL CONSTRUTIVO

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Art. 139. O direito de construir do proprietário de imóvel é limitado aos direitos de vizinhança e aos
coeficientes de aproveitamento estabelecidos na Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo, às
determinações estabelecidas neste Plano Diretor e nas demais legislações urbanísticas.

Art. 140. Entende-se como Transferência de Potencial Construtivo o instrumento de política urbana,
utilizado como forma de compensação ao proprietário de imóvel sobre o qual incide um interesse público, de
preservação de bens de interesse socioambiental ou de interesse social, de transferir para outro local o
potencial construtivo que foi impedido de utilizar.

Parágrafo único. Para efeito de aplicação da Transferência de Potencial Construtivo, o


enquadramento dos imóveis conforme o caput deste artigo será definido por órgão municipal
competente e aprovado pelo Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial.

Art. 141. A transferência total ou parcial de potencial construtivo também poderá ser autorizada pelo Poder
Público Municipal, após a aprovação do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, como
forma de indenização e/ou ressarcimento, mediante prévio acordo com o proprietário, nas desapropriações
destinadas a melhoramentos viários, equipamentos públicos, programas habitacionais de interesse social e
programas de recuperação de bens de interesse socioambiental.

Art. 142. Não será concedida a faculdade de transferir o direito de construir, nos termos do artigo
supramencionado, aos proprietários de imóveis cujos possuidores preencham os requisitos para adquiri-lo
por usucapião.

Art. 143. O volume construtivo, a base de cálculo e os demais critérios necessários à aplicação da
Transferência de Potencial Construtivo serão definidos em legislação municipal específica, observando-se o
coeficiente de aproveitamento máximo permitido na zona para onde ele for transferido.
Art. 143. O volume construtivo, a base de cálculo e os demais critérios necessários à aplicação da
Transferência de Potencial Construtivo serão definidos em legislação municipal específica.

§ 1.° O lote para o qual, por interesse público, se transferir o potencial construtivo poderá ter seu
coeficiente de aproveitamento aumentado em até 100% (cem por cento) do coeficiente máximo da
macrozona a que pertence, limitado a 4,5 (quatro vírgula cinco) vezes a área do lote.( incluído o
parágrafo 1 conforme LC799/2010)

Parágrafo único. O proprietário de Imóvel enquadrado nos termos do artigo 140 desta Lei, que
transferir seu potencial construtivo, assumirá a obrigação de manter o mesmo preservado e
conservado, mediante projeto e cronograma aprovado por órgão competente do Poder Público
Municipal. (Texto original da LC 632/2006)
§ 2.° O proprietário de imóvel enquadrado nos termos do artigo 140 desta Lei, cujo potencial
construtivo tiver sido transferido, assumirá a obrigação de mantê-lo preservado e conservado,
mediante projeto e cronograma aprovado por órgão competente do Poder Público Municipal.
(renumerado o parágrafo único como §2 e alterado seu conteúdo conforme LC799/2010)

§ 3.° No caso do proprietário não cumprir o disposto no parágrafo segundo supra, o Município
executará os serviços de conservação necessários e os cobrará do proprietário, acrescidos da mora
devida.” (incluído o parágrafo 3 conforme LC799/2010)

Art. 144. O impacto da transferência de potencial construtivo deverá ser controlado permanentemente pelo
órgão de pesquisa, planejamento e gestão territorial, que tornará públicos os relatórios do monitoramento do
uso do instrumento.

Art. 145. As alterações de potencial construtivo resultantes da transferência total ou parcial de potencial
construtivo, conforme previsão dos artigos 140 e 141 desta Lei, deverão ser averbadas nas matrículas
imobiliárias dos respectivos imóveis.

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(OBS: os artigos 139 a 145 foram regulamentados pela Lei 8563/2010 que regulamenta
dispositivo da Lei Complementar nº 632/2006 que dispõe sobre a transferência de potencial
construtivo no Município de Maringá)

(OBS: após serem regulamentados pela Lei 8563/2010 os artigos 139 a 142 foram
regulamentados pela LC 909/2011 que regulamenta a aplicação do instrumento da
transferência de potencial construtivo, previsto na Lei Complementar nº 632/2006 que estão
em sua íntegra no final desta Lei)

CAPÍTULO VIII
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Art. 146. Compreende-se como operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas
coordenadas pelo Poder Público Municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários
permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas
estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

Art. 147. Mediante leis específicas, o Poder Público Municipal utilizará Operações Urbanas Consorciadas e
estabelecerá as condições a serem observadas em cada operação, com as seguintes finalidades:

I - ampliação e melhoria da Rede Viária Estrutural e outras infra-estruturas;

II - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Público Coletivo;

III - implantação e melhoria de espaços públicos;

IV - implantação de programas de habitação de interesse social;

V - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano.

Art. 148. Cada operação urbana consorciada deverá ser aprovada por lei específica, a partir de um plano de
operação urbana consorciada, contendo no mínimo:

I - definição da área a ser atingida;

II - finalidade da operação;

III - programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;

IV - instrumentos previstos na operação;

V - estudo prévio de impacto de vizinhança;

VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados


em função dos benefícios recebidos;

VII - forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da


sociedade civil;

VIII - cronograma físico-financeiro com demonstrativo das expectativas de receitas e despesas.

Art. 149. Este instrumento deverá ser utilizado prioritariamente nos seguintes projetos:

I - Anel Viário Municipal;

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II - Requalificação do Eixo Ferroviário;

III - Recuperação e Conservação dos Corredores de Biodiversidade.

Seção I
Do Anel Viário Municipal

Art. 150. O projeto do Anel Viário Municipal caracteriza-se como um processo de requalificação da Avenida
Colombo como via estruturante municipal e consolidação do Anel Viário de Maringá, formado pelas vias de
contorno sul e de contorno norte.

Art. 151. A área do projeto Anel Viário Municipal poderá ser objeto de uma ou várias operações urbanas
consorciadas.

Art. 152. O projeto do Anel Viário Municipal tem como objetivos:

I - desviar o tráfego regional da área urbana central para as vias de contorno da malha urbana;

II - compatibilizar as características de uso e ocupação do solo e de desenho urbano da


Avenida Colombo e seu entorno com os objetivos da Macrozona e da área onde ela está
inserida;

III - implantar o contorno norte do Município;

IV - qualificar e consolidar o contorno sul do Município.

Seção II
Da Requalificação do Eixo Ferroviário

Art. 153. O projeto de Requalificacão do Eixo Ferroviário caracteriza-se pela compatibilização da via férrea
com o sistema viário local e requalificação do uso e ocupação das áreas de seu entorno.

Art. 154. O projeto de Requalificacão do Eixo Ferroviário poderá ser objeto de uma ou várias operações
urbanas consorciadas.

Art. 155. O projeto de Requalificacão do Eixo Ferroviário tem como objetivos:

I - permitir o fluxo seguro, livre e contínuo entre a região norte e a região sul da malha urbana,
hoje interceptada pela linha férrea;

II - requalificar e compatibilizar o uso e ocupação do solo das áreas contíguas à linha férrea, de
acordo com os objetivos da Macrozona e da área onde ela está inserida;

III - requalificar e compatibilizar o uso e ocupação do solo da área do antigo aeroporto, de


acordo com os objetivos da Macrozona e da área onde está inserido.

Seção III
Da Recuperação e Conservação dos Corredores de Biodiversidade

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Art. 156. O projeto de Recuperação e Conservação dos Corredores de Biodiversidade caracteriza-se pela
recuperação, conservação e consolidação dos corredores de biodiversidade do Município.

Art. 157. O projeto de Recuperação e Conservação dos Corredores de Biodiversidade poderá ser objeto de
uma ou várias operações urbanas consorciadas.

Art. 158. O projeto de Recuperação e Conservação dos Corredores de Biodiversidade tem como objetivos:

I - recuperar, preservar, conservar e garantir o controle da qualidade dos recursos hídricos do


Município;

II - recuperar, conservar e garantir o controle da mata ciliar;

III - compatibilizar o uso e ocupação do solo nas áreas do entorno dos cursos d´água e de suas
nascentes com os objetivos da Macrozona Urbana de Proteção Ambiental;

IV - implantar infra-estrutura adequada nos empreendimentos instalados no entorno dos cursos


d´água e de suas nascentes;

V - viabilizar a implantação de Vias Paisagísticas para a proteção e acesso aos fundos de vale.

CAPÍTULO IX

DO DIREITO DE SUPERFÍCIE

Art. 159. O Direito de Superfície é o direito real de construir, assentar qualquer obra ou plantar em solo de
outrem.

Art. 160. O instrumento do Direito de Superfície objetiva a regularização fundiária e o ordenamento e


direcionamento da expansão urbana.

Art. 161. É facultado ao proprietário de imóvel urbano conceder a outrem o direito de superfície do seu
terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no Cartório de
Registro de Imóveis, conforme o disposto na Lei Federal n. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 162. O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o território municipal.

§ 1.º O Poder Público Municipal poderá exercer o Direito de Superfície em áreas particulares onde
haja carência de equipamentos públicos e comunitários.

§ 2.º O Poder Público Municipal poderá utilizar o Direito de Superfície em caráter transitório para
remoção temporária de moradores de núcleos habitacionais de baixa renda, pelo tempo que durar as
obras de urbanização.

Art. 163. O Poder Público Municipal poderá conceder onerosamente o Direito de Superfície do solo, subsolo
ou espaço aéreo nas áreas públicas integrantes do seu patrimônio, para exploração por parte das
concessionárias de serviços públicos.

Art. 164. O proprietário de terreno poderá conceder ao Município, por meio de sua Administração Direta e
Indireta, o Direito de Superfície, nos termos da legislação em vigor, objetivando a implementação de
diretrizes constantes desta Lei.

CAPÍTULO X
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

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Art. 165. Os empreendimentos que causam grande impacto urbanístico e ambiental, definidos na Seção I,
Capítulo III, Título III, desta Lei, adicionalmente ao cumprimento dos demais dispositivos previstos na
legislação urbanística, terão sua aprovação condicionada à elaboração e à aprovação do Estudo Prévio de
Impacto de Vizinhança (EIV), a ser apreciado pelos órgãos competentes da Administração Municipal e
aprovados pelo Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial.

Art. 166. Lei municipal poderá definir outros empreendimentos e atividades que dependerão de elaboração
do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção,
ampliação ou funcionamento.

Art. 167. O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) deverá contemplar os aspectos positivos e
negativos do empreendimento sobre a qualidade de vida da população residente ou usuária da área em
questão e seu entorno, de forma a promover o controle desta qualidade, devendo incluir, no que couber, a
análise e proposição de solução para as seguintes questões:

I - adensamento populacional;

II - uso e ocupação do solo;

III - valorização imobiliária;

IV - áreas de interesse histórico, cultural, paisagístico e ambiental;

V - equipamentos urbanos, incluindo consumo de água e de energia elétrica, bem como


geração de resíduos sólidos, líquidos e efluentes de drenagem de águas pluviais;

VI - equipamentos comunitários, como os de saúde e educação;

VII - sistema de circulação e transportes, incluindo, entre outros, tráfego gerado, acessibilidade,
estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque;

VIII - poluição ambiental e poluição urbana, incluindo as formas de poluição sonora,


atmosférica e hídrica;

IX - vibração e trepidação;

X - empreendimentos geradores de periculosidade e insalubridade;

XI - geração de resíduos sólidos;

XII - riscos ambientais;

XIII - impacto socioeconômico na população residente ou atuante no entorno.

Art. 168. O Poder Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar impactos negativos a serem gerados pelo
empreendimento, deverá solicitar, como condição para aprovação do projeto, alterações e
complementações no mesmo, bem como a execução de melhorias na infra-estrutura urbana e de
equipamentos comunitários, tais como:

I - ampliação das redes de infra-estrutura urbana;

II - área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos comunitários em


percentual compatível com o necessário para o atendimento da demanda a ser gerada pelo
empreendimento;

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III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto de ônibus, faixa
de pedestres, semaforização;

IV - proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem incômodos da


atividade;

V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou naturais


considerados de interesse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem como recuperação
ambiental da área;

VI - cursos de capacitação profissional;

VII - percentual de habitação de interesse social no empreendimento;

VIII - possibilidade de construção de equipamentos sociais em outras áreas da cidade.

§ 1.º As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser proporcionais ao porte e ao impacto
do empreendimento.

§ 2.º A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de Termo de Compromisso


pelo interessado, em que este se comprometa a arcar integralmente com as despesas decorrentes
das obras e serviços necessários à minimização dos impactos decorrentes da implantação do
empreendimento e demais exigências apontadas pelo Poder Executivo Municipal, antes da
finalização do empreendimento.

§ 3.º O Alvará de Funcionamento só será emitido mediante expedição do respectivo Habite-se.

Art. 169. A elaboração do EIV não substitui o licenciamento ambiental requerido nos termos da legislação
ambiental.

Art. 170. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no
órgão municipal competente, por qualquer interessado.

§ 1.° Serão fornecidas cópias do EIV, quando solicitadas pelos moradores da área afetada ou suas
associações.

§ 2.° O órgão público responsável pelo exame do EIV deverá realizar audiência pública, antes da
decisão sobre o projeto, sempre que sugerida, na forma da lei, pelos moradores da área afetada ou
suas associações.

TÍTULO V
DO PLANEJAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL

Art. 171. Compõem o Planejamento e a Gestão Municipal:

I - o Sistema de Planejamento e Gestão Municipal;

II - os instrumentos de democratização da gestão municipal;

III - o Processo de Avaliação e Revisão do Plano Diretor.

Art. 172. O Poder Executivo Municipal promoverá a adequação da estrutura administrativa da Prefeitura,
inclusive, quando for o caso, mediante a reformulação das competências de seus órgãos, departamentos e
entidades de sua Administração Direta e Indireta, para a incorporação dos objetivos, estratégias e ações
previstas nesta Lei.

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CAPÍTULO I
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO MUNICIPAL

Art. 173. Fica criado o Sistema de Planejamento e Gestão Municipal, que terá como objetivos principais:

I - articular as políticas da Administração Pública com os interesses da população;

II - garantir a participação da sociedade no debate das questões relevantes da gestão


municipal;

III - garantir eficácia e eficiência à gestão, visando à melhoria da qualidade de vida;

IV - instituir o processo permanente e sistematizado de aprofundamento, atualização e revisão


do Plano Diretor;

V - articular as Secretarias e demais órgãos da estrutura administrativa do Poder Público


Municipal;

VI - promover a participação dos Conselhos Municipais, Entidades Profissionais, Sindicais e


Empresariais, das Associações de Moradores e demais entidades representativas da
população de Maringá;

VII - aplicar os instrumentos previstos nesta Lei;

VIII - implementar o Sistema Único de Informações.

Art. 174. O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão é composto por:

I - Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial;

II - Órgão de pesquisa, planejamento e gestão territorial;

III - Assembléias de Planejamento e Gestão Territorial;

IV - Fundo Municipal de Habitação.

Seção I
Do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial

Art. 175. Fica criado o Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, órgão consultivo e
deliberativo em matéria de gestão de políticas públicas territoriais, urbanas e rurais.

Art. 176. O Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial será paritário, composto por 16
(dezesseis) membros titulares e seus suplentes, formado necessariamente por:

I - 07 (sete) representantes da Prefeitura do Município de Maringá, assim distribuídos:

a) 03 (três) representantes do Órgão de Pesquisa, Planejamento e Gestão Territorial;

b) 04 (quatro) representantes do Poder Executivo Municipal, das áreas relacionadas ao


Desenvolvimento Urbano, ao Sistema Viário e Transporte Público, Meio Ambiente e à
Habitação;

II - 01 (um) representante do Poder Legislativo Municipal;

III - 08 (oito) representantes da sociedade civil, assim distribuídos:

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a) 02 (dois) membros de Conselhos Municipais distintos, sendo estes representantes da
Sociedade Civil no Conselho do qual fazem parte;

b) 02 (dois) representantes das Assembléias de Planejamento e Gestão Territorial;

c) 02 (dois) representantes de entidades de Ensino Superior de áreas afins,


contemplando entidades públicas e privadas;

d) 02 (dois) representantes das organizações da sociedade civil não contempladas nas


alíneas anteriores.

§ 1.° Participarão do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, como convidados, sem
direito a voto, 01 (um) representante do Município de Sarandi, 01 (um) representante do Município de
Paiçandu e 01 (um) representante de organismos intermunicipais e/ou metropolitanos.

§ 2.° As deliberações do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial serão feitas por
dois terços dos presentes.

Art. 177. Para a escolha dos representantes do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial
deverão ser observadas as seguintes diretrizes:

I - a renovação dos representantes do Conselho se dará a cada 03 (três) anos, na Conferência


de Avaliação do Plano Diretor;

II - a renovação deverá se dar em pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos componentes do
Conselho;

III - cada conselheiro poderá ter no máximo 02 (dois) mandatos consecutivos;

IV - os representantes do Órgão de Pesquisa, Planejamento e Gestão Territorial e os demais


representantes do Poder Executivo Municipal serão indicados pelo Prefeito e apresentados na
Conferência de Avaliação do Plano Diretor;

V - durante a Conferência de Avaliação do Plano Diretor, cada segmento, em reuniões


simultâneas, indicará seu(s) representante(s) para o Conselho Municipal de Planejamento e
Gestão Territorial.

Parágrafo único. Entende-se por segmentos:

I - Câmara Municipal;

II - Conselhos Municipais;

III - Assembléias de Planejamento e Gestão Territorial;

IV - Entidades de Ensino Superior;

V - Organizações da Sociedade Civil.

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Art. 178. A primeira composição do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial e a elaboração
e aprovação do seu regimento interno acontecerão por meio de reunião pública, convocada pelo Poder
Executivo, no prazo estipulado no artigo 218 desta Lei.

Art. 179. Compete ao Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial:

I - acompanhar a implementação do Plano Diretor, analisando e deliberando sobre questões


relativas a sua aplicação;

II - propor e emitir pareceres sobre proposta de alteração do Plano Diretor;

III - emitir parecer sobre projetos de lei de interesse da política territorial, antes de seu
encaminhamento para o processo de aprovação pela Câmara Municipal;

IV – acompanhar a arrecadação e a aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Habitação;

V - monitorar a concessão de Outorga Onerosa do Direito de Construir e a aplicação da


transferência do direito de construir;

VI - aprovar e acompanhar a implementação das Operações Urbanas Consorciadas;

VII - acompanhar a implementação dos demais instrumentos de desenvolvimento municipal e


de democratização da gestão;

VIII – aprovar e acompanhar a implementação dos Planos Setoriais determinados nesta Lei;

IX - zelar pela integração das políticas setoriais e pelo funcionamento do Sistema Único de
Informações;

X - deliberar sobre os casos omissos da legislação pertinente à gestão territorial;

XI - convocar, organizar e coordenar as Conferências e Assembléias de Planejamento e Gestão


Territorial;

XII - convocar audiências públicas;

XIII - aprovar os Estudos de Impacto de Vizinhança, conforme art. 166 desta Lei;

XIV - promover a otimização dos investimentos públicos.

Art. 180. Para criação ou alteração de leis que disponham sobre matéria pertinente ao Plano Diretor, Lei de
Uso e Ocupação do Solo, Lei de Parcelamento do Solo, Lei do Perímetro Urbano e Lei do Sistema Viário, o
Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial deverá emitir parecer, como pré-requisito para o
processo de aprovação pela Câmara Municipal. ( Texto original da LC632/2006)
Art. 180. Para a criação ou alteração de leis que disponham sobre matéria pertinente ao Plano Diretor, Lei
de Uso e Ocupação do Solo, Lei de Parcelamento do Solo, Lei do Perímetro Urbano e Lei do Sistema
Viário, o Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial deverá emitir parecer no prazo de 30
(trinta) dias, contados de sua solicitação, como pré-requisito para o processo de aprovação pela Câmara
Municipal. ( alterado conforme LC740/2008)
Art. 180. Para a criação ou alteração de leis que disponham sobre matéria pertinente ao Plano Diretor, Lei
de Uso e Ocupação do Solo, Lei de Parcelamento do Solo, Lei do Perímetro Urbano e Lei do Sistema
Viário, o Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial deverá emitir parecer no prazo de 60
(sessenta) dias, contados de sua solicitação, prorrogáveis por mais 30 (trinta) dias, como pré-requisito para
o processo de aprovação pela Câmara Municipal. (NR)
( alterado conforme LC799/2010)

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Art. 181. O Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial poderá instituir câmaras técnicas e
grupos de trabalho específicos.

Art. 182. O Poder Executivo Municipal garantirá suporte técnico e operacional exclusivo ao Conselho
Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, necessário a seu pleno funcionamento.

Parágrafo único. O Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial definirá a estrutura do


suporte técnico e operacional.

Seção II
Do Órgão de Pesquisa, Planejamento e Gestão Territorial
Art. 183. O Órgão de Pesquisa, Planejamento e Gestão Territorial será regulamentado por Decreto
Municipal.
Art. 184. Compete ao Órgão de Pesquisa, Planejamento e Gestão Territorial:

I - implantar, implementar e gerenciar o Sistema Único de Informações - SUI;

II - produzir e sistematizar informações necessárias à gestão e ao planejamento do Município;

III - garantir espaços livres de lazer, áreas verdes e equipamentos públicos distribuídos de
forma eqüitativa;

IV - definir prioridades de investimentos em equipamentos públicos;

V - regular a capacidade de utilização dos equipamentos públicos;

VI - integrar serviços públicos e atividades afins, otimizando a utilização dos espaços e


equipamentos públicos;

VII - elaborar, coordenar e avaliar a execução integrada dos Planos e ações determinadas
nesta Lei, promovendo sua viabilização junto ao processo de elaboração do Orçamento
Municipal;

VIII - criar e/ou adequar legislação urbanística com base no Plano Diretor;

IX - dar subsídio para a tomada de decisões no Conselho Municipal de Planejamento e Gestão


Territorial;

X - garantir a execução das decisões do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão


Territorial;

XI - garantir a utilização padronizada da Unidade Territorial de Planejamento, com vistas a


orientar e integrar as políticas públicas setoriais;

XII - informar e orientar sobre questões atinentes à legislação urbanística, rural e ambiental
municipal;

XIII - monitorar a implementação das políticas de desenvolvimento estabelecidas nesta Lei.

XIV - criar convênios com órgãos de outras instâncias para troca de informações.

Subseção Única
Do Sistema Único de Informações – SUI

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Art. 185. O Sistema Único de Informações deverá atender aos princípios da publicidade, simplificação,
economicidade, eficácia, clareza, precisão e segurança.

Art. 186. O Sistema Único de Informações tem como objetivo:

I - produzir e sistematizar informações públicas, evitando a duplicação de meios e instrumentos


para fins idênticos;

II - controlar e monitorar o uso e ocupação do solo municipal;

III - alimentar e facilitar integração de sistemas e mecanismos setoriais (viário e transporte,


tributário, preservação e recuperação ambiental, bens socioambientais e outros), garantindo o
registro das informações produzidas;

IV - difundir as informações públicas.

Art. 187. O Sistema Único de Informações terá um cadastro único, multiutilitário, que reunirá informações de
natureza imobiliária, tributária, judicial, patrimonial, ambiental e outras de interesse para a gestão municipal,
inclusive sobre planos, programas e projetos.

Art. 188. Os agentes públicos e privados ficam obrigados a fornecer à Prefeitura todos os dados e
informações que forem considerados necessários ao Sistema Único de Informações, obedecendo aos
prazos, condições e penalidades fixados pelo Poder Executivo Municipal.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, incluem-se também as pessoas jurídicas
federais e estaduais, inclusive empresas públicas, autarquias, sociedades de economia mista,
fundações, empresas privadas, concessionárias, permissionárias ou autorizadas de serviços públicos,
sob regime privado ou não.

Seção III
Das Assembléias de Planejamento e Gestão Territorial

Art. 189. As Assembléias de Planejamento e Gestão Territorial serão convocadas com o objetivo de
consultar a população das Unidades Territoriais de Planejamento sobre as questões urbanas e de gestão
orçamentária relacionadas àquela territorialidade, de forma a ampliar o debate e dar suporte à tomada de
decisões do Poder Executivo e do Conselho de Planejamento e Gestão Territorial.

Art. 190. Dentre outras, as Assembléias de Planejamento e Gestão Territorial terão como atribuições:

I - discutir as propostas do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do


Orçamento Anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal;

II - dar subsídio para a avaliação do Plano Diretor, conforme o art. 199 desta Lei.

Seção IV
Do Fundo Municipal de Habitação

Art. 191. Fica criado o FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO, constituído de recursos provenientes de:

I - recursos próprios do Município;

II - repasses ou dotações orçamentárias da União ou do Estado do Paraná a ele destinados;

III - empréstimos de operações de financiamento internos ou externos;

IV - transferências de instituições privadas;

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V - transferências de entidades internacionais;

VI - transferências de pessoas físicas;

VII - acordos, contratos, consórcios e convênios;

VIII - receitas provenientes de Outorga Onerosa do Direito de Construir;

IX - receitas provenientes da Concessão do Direito de Superfície;

X - receitas advindas do pagamento de prestações por parte dos beneficiários de programas


habitacionais desenvolvidos com recursos do Fundo;

XI - receitas advindas do pagamento de multas emitidas pelo órgão municipal competente por
falta de licença de funcionamento de atividades;

XII - rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios;

XIII - doações;

XIV - outras receitas que lhe sejam destinadas por Lei.

Art. 192. O FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO será gerido pelo Conselho Municipal de Planejamento e
Gestão Territorial.

Art. 193. Os recursos destinados ao FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO deverão ser utilizados na
implementação da Política Municipal de Habitação e Política Municipal de Preservação dos Bens
Socioambientais, aplicados prioritariamente em infra-estrutura, equipamentos públicos e Habitação de
Interesse Social (HIS).

Art. 194. Será destinada à Habitação de Interesse Social a totalidade das receitas citadas nos incisos VIII,
IX, X, XI do artigo 191 desta Lei e, no mínimo, 30% do restante dos recursos do FUNDO MUNICIPAL DE
HABITAÇÃO.

Art. 195. Os recursos do FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO poderão ser aplicados diretamente pela
Prefeitura ou repassados a outros Fundos e agentes públicos ou privados, desde que atendam ao disposto
no artigo 193, e mediante aprovação do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial.

CAPÍTULO II
DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PLANO DIRETOR

Art. 196. A avaliação do Plano Diretor deverá ser feita, por meio de Conferência, a cada 03 anos, a contar
da data de publicação desta Lei.

Parágrafo único. A cada 03 (três) conferências deverá ser feita a revisão completa do Plano Diretor.

Art. 197. O Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial será responsável pela
operacionalização deste processo.

Art. 198. As Secretarias Municipais, de acordo com as diretrizes definidas nesta Lei, deverão executar
avaliações setoriais, que serão encaminhadas ao Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial.

Art. 199. A Avaliação do Plano Diretor é composta por duas formas de avaliação:

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I - avaliação-diagnóstico, que tem por objetivo analisar a eficácia e a eficiência das ações em
relação aos objetivos pretendidos pelo Plano Diretor;

II - avaliação-controle, cuja finalidade é verificar se as ações estão sendo implementadas e de


que forma, indicando se há necessidade de revisá-las, modificando-as ou excluindo-as.

CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO MUNICIPAL

Art. 200. Entende-se por instrumento de democratização aquele que tem por objetivo promover a gestão
municipal descentralizada e participativa.

Art. 201. São instrumentos de democratização:

I - debates, audiências e consultas públicas;

II - conferências;

III - conselhos;

IV - estudo de impacto de vizinhança;

V - projetos e programas específicos;

VI - iniciativa popular de projeto de lei;

VII - referendo popular e plebiscito;

VIII - orçamento participativo;

IX - assembléias de planejamento e gestão territorial;

X - meios de disponibilização e acesso às informações públicas.

Art. 202. Além dos instrumentos previstos nesta Lei, o Poder Público Municipal de Maringá poderá estimular
a criação de outros espaços de participação popular.

Art. 203. A participação de toda população na gestão municipal será assegurada pelo Poder Público
Municipal.

Art. 204. A informação acerca da realização dos Debates, Conferências, Audiências Públicas e Assembléias
de Planejamento e Gestão Territorial será garantida por meio de veiculação nas rádios locais, jornais locais
e internet, podendo, ainda, ser utilizados outros meios de divulgação, desde que assegurados os constantes
nesta Lei.

Art. 205. As informações referentes ao artigo supramencionado deverão ser divulgadas, no mínimo, com 30
(trinta) dias de antecedência.

Parágrafo único. Deverá constar na informação o local, o dia, o horário e a pauta da reunião.

Art. 206. Os instrumentos mencionados neste Capítulo regem-se pela legislação que lhes é própria,
observado o disposto nesta Lei.

Seção I
Dos Debates Públicos

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Art. 207. O Poder Público Municipal promoverá a realização periódica de sessões públicas de debates
sobre temas relevantes de interesse público.

Art. 208. A realização dos debates poderá ser solicitada ao Poder Público Municipal pelos Conselhos
Municipais e por outras instituições representativas de classe e demais entidades de representação da
sociedade.

Seção II
Das Audiências Públicas

Art. 209. A Audiência Pública é um instrumento de participação administrativa aberto a indivíduos e a grupos
sociais determinados, visando à legitimidade da ação administrativa, formalmente disciplinada em lei, pela
qual se exerce o direito de expor tendências, preferências e opções que podem conduzir o Poder Público
Municipal a uma decisão de maior aceitação consensual.

(OBS: os artigos 209 e 211 previsto na Lei Complementar nº 632/2006 foram regulamentados
pela LC 934/2012 que está em sua íntegra no final desta Lei)

Art. 210. As Audiências Públicas serão promovidas pelo Poder Público Municipal para garantir a gestão
democrática da cidade, nos termos do art. 43 da Lei Federal n. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

Art. 211. Serão realizadas Audiências Públicas nos processos de implantação de empreendimentos ou
atividades de significativo impacto urbanístico ou ambiental, com efeitos potencialmente danosos em seu
entorno, bem como nos demais casos que forem de interesse público relevante.

§ 1.º Todos os documentos relativos ao tema da Audiência Pública serão colocados à disposição de
qualquer interessado para exame e extração de cópias, inclusive por meio eletrônico, com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data da realização da respectiva audiência pública.

§ 2.º As intervenções realizadas em Audiência Pública serão registradas por escrito e gravadas para
acesso e divulgação públicos, devendo o Conselho respectivo ao tema reter para seu acervo uma
cópia da lavratura da Ata de Realização da Audiência.

(OBS: os artigos 209 e 211 previsto na Lei Complementar nº 632/2006 foram regulamentados
pela LC 934/2012 que está em sua íntegra no final desta Lei)

Seção III
Das Conferências Públicas

Art. 212. As Conferências Públicas terão por objetivo a mobilização do Poder Público Municipal e da
sociedade civil na elaboração e avaliação das políticas públicas, em que serão discutidas as metas e
prioridades para o Município.

Art. 213. O instrumento Conferência Pública deverá ser regulamentado em legislação própria.

Art. 214. Nos casos de alteração da Lei do Plano Diretor, a Conferência Pública deverá obrigatoriamente
anteceder à alteração.

(OBS: os artigos 213 e 214 previsto na Lei Complementar nº 632/2006 foram regulamentados
pela Lei 8508/2009 que está em sua íntegra no final desta Lei)

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TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 215. Fazem parte integrante desta Lei os seguintes Anexos:

I -ANEXO I – Sumário;

I – II ANEXO II - Mapa 01 – Macrozoneamento;

II- III ANEXO III - Quadro 01 - Parâmetros Urbanísticos para a Ocupação do Solo na
Macrozona Urbana;

III – IV ANEXO IV - Glossário.


(acrescido o inciso I e renumerados os demais conforme LC799/2010)

Art. 216. Serão objeto de Decreto do Poder Executivo, a partir da publicação desta Lei:
(conforme LC799/2010, ficam prorrogados os prazos definidos no art. 216 até 31 de dezembro de 2010)

I - o Plano de Desenvolvimento Econômico, no prazo de 12 (doze) meses;

II - o Plano de Desenvolvimento Rural, no prazo de 12 (doze) meses;

III - o Plano de Sistema Viário e de Transportes, no prazo de 12 (doze) meses;

IV - o Plano de Gestão Socioambiental, no prazo de 18 (dezoito) meses;

V - o Órgão de Pesquisa, Planejamento e Gestão Territorial , no prazo de 4 (quatro) meses;

VI - o Sistema Único de Informações - SUI, no prazo de 12 (doze) meses.

Parágrafo único. Os planos e sistemas referidos neste artigo deverão contar, na sua
elaboração, com a participação e integração das Secretarias e órgãos municipais.

Art. 217. O Poder Executivo regulamentará, por Decreto Municipal, o FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO,
no prazo de 6 (seis) meses após a publicação desta Lei.

Art. 218. O Poder Executivo deverá realizar a Reunião Pública que trata o artigo 178 desta Lei no prazo
máximo de 4 (quatro) meses, contado de sua publicação.

Art. 219. Para atendimento ao previsto no inciso XIII do artigo 24 desta Lei, dentro do prazo máximo de 4
(quatro) meses, contado da sua publicação, deverão ser definidas as Unidades Territoriais de Planejamento.

Art. 220. O Poder Executivo deverá cadastrar como urbanos todos os terrenos das Macrozonas Urbanas,
no prazo de 18 (dezoito) meses, contado da publicação desta Lei.

Art. 221. Ficam definidos os seguintes projetos e respectivos prazos máximos para regulamentação, a partir
da publicação desta Lei:
(conforme LC799/2010, ficam prorrogados os prazos definidos no art. 221 até 31 de dezembro de 2010)

I - Projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo: em 12 (doze) meses;

II - Projeto de Lei do Sistema Viário e Transportes: em 18 (dezoito) meses;

III - Projeto de Lei de Edificações: em 12 (doze) meses;

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IV - Projeto de Lei de Parcelamento do Solo: em 12 (doze) meses;

V - Projeto de Lei de Posturas: em 24 (vinte e quatro) meses;

VI - Projeto de Lei detalhando as condições e prazos para a implementação do IPTU


Progressivo no Tempo, nos termos do Capítulo II do Título IV desta Lei: em 12 (doze) meses;

VII - Projeto de Lei detalhando as condições a serem observadas para a aplicação da Outorga
Onerosa do Direito de Construir: em 18 (dezoito) meses;

VIII - Projeto de Lei detalhando as condições a serem observadas para a aplicação da


Transferência de Potencial Construtivo: em 12 (doze) meses.

Parágrafo único. Até a promulgação da Lei de Parcelamento do Solo, a que se refere o inciso IV
deste artigo, deverão ser observadas as disposições contidas nesta Lei para a aprovação de projetos
de parcelamento.

Art. 222. O Código Tributário do Município e demais legislações pertinentes à matéria desta Lei deverão ser
readequadas às disposições contidas no Plano Diretor ora aprovado, no prazo de 12 (doze) meses, contado
da publicação desta Lei.
(conforme LC799/2010, ficam prorrogados os prazos definidos no art. 216 até 31 de dezembro de 2010)

Art. 223. Esta Lei entra em vigência na data de sua publicação.

Art. 224. Revogam-se as disposições em contrário.

Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, 06 de outubro de 2006.

Silvio Magalhães Barros II


Prefeito Municipal

Ulisses de Jesus Maia Kotsifas


Gabinete do Prefeito

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ANEXO I – MAPA 01 – MACROZONEAMENTO - ORIGINAL

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ANEXO II – MAPA 01 – MACROZONEAMENTO – ALTERADO PELA LC 940/2013

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ANEXO III – GLOSSÁRIO

ANEXO II -QUADRO 01-PARÂMETROS URBANÍSTICOS BÁSICOS PARA USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NAS
MACROZONAS

FRAÇÃO EM CONDOMÍNIO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO


MACROZONA USO LOTE MÍNIMO M²

FRAÇÃO MÍNIMA FRAÇÃO MÉDIA


MÍNIMO MÁXIMO
(m²) (m²)
RESIDENCIAL, NÃO
RESIDENCIAL E MISTO,
URBANA DE COM INCENTIVO À
400 10% DO COEF.
CONSOLIDAÇÃO VINCULAÇÃO DO USO (2) (2) 4,5
300(1) MÁXIMO DA ZONA (3)
ÁREA CENTRAL RESIDENCIAL ÀS
ATIVIDADES DE
COMÉRCIO E SERVIÇO

URBANA DE RESIDENCIAL E MISTO,


CONSOLIDAÇÃO COM INCENTIVO À
ÁREA VINCULAÇÃO DO USO 400 10% DO COEF.
(2) (2) 3,5
PREDOMINAN- RESIDENCIAL ÀS 300(1) MÁXIMO DA ZONA (3)
TEMENTE ATIVIDADES DE
RESIDENCIAL 1 COMÉRCIO E SERVIÇO
URBANA DE RESIDENCIAL E MISTO,
CONSOLIDAÇÃO COM INCENTIVO À
ÁREA VINCULAÇÃO DO USO 400 10% DO COEF.
(2) (2) 1,4
PREDOMINAN- RESIDENCIAL ÀS 300(1) MÁXIMO DA ZONA (3)
TEMENTE ATIVIDADES DE
RESIDENCIAL 2 COMÉRCIO E SERVIÇO

URBANA DE RESIDENCIAL, NÃO 400 10% DO COEF.


(2) (2) 1,4
QUALIFICAÇÃO RESIDENCIAL E MISTO 300(1) MÁXIMO DA ZONA (3)

URBANA
INDUSTRIAL
ÁREA
INDÚSTRIA E SERVIÇOS 1.000 1.000 1.000 0,1 _
INDUSTRIAL 1
ÁREA
INDUSTRIAL 2
USO COMPÁTIVEL COM
URBANA DE
A RECUPERAÇÃO E
PROTEÇÃO 1.000 1.000 1.000 _ 0,35
CONSERVAÇÃO DOS
AMBIENTAL
FUNDOS DE VALE

URBANA DE RESIDENCIAL, NÃO


2.000 700 2.000 _ 1
CONTENÇÃO RESIDENCIAL E MISTO

FAIXA ENTRE 0,05 E


0,5 DEFINIDO NA LEI
RURAL DE RESIDENCIAL, NÃO
20.000 1.000 5.000 _ MUNICIPAL DE USO
TRANSIÇÃO RESIDENCIAL E MISTO
E OCUPAÇÃO DO
SOLO

USO QUE NÃO


FAIXA ENTRE 0,05 E
COMPROMETA A
0,5 DEFINIDO NA LEI
RURAL DE QUALIDADE HÍDRICA DA
20.000 1.000 5.000 _ MUNICIPAL DE USO
MANANCIAL BACIA DE MANANCIAL,
E OCUPAÇÃO DO
COMPATÍVEL COM
SOLO
ATIVIDADES RURAIS

FAIXA ENTRE 0,05 E


0,5 DEFINIDO NA LEI
USO COMPATÍVEL COM
RURAL 20.000 20.000 20.000 _ MUNICIPAL DE USO
ATIVIDADES RURAIS
E OCUPAÇÃO DO
SOLO

(1) Permitido desde que atendidas as disposições do artigo 99 desta Lei


(2) As frações mínimas e médias serão definidas em Lei posterior referente ao Uso e Ocupação do Solo
(3) O coeficiente máximo de cada zona será detalhado Lei posterior referente ao Uso e Ocupação do Solo

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I. Acessibilidade Cidadã: acesso amplo e democrático ao espaço urbano, de forma efetiva,
socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável, através da priorização dos modos de
transporte coletivo e não-motorizados, pedestres, ciclistas, pessoas com deficiência e mobilidade
reduzida.
II. Afastamento: distância mínima que deve ser observada entre as edificações e as divisas do lote,
constituindo-se em afastamento frontal, lateral e de fundos.
III. Agricultura Familiar: agricultura cujos estabelecimentos se enquadram simultaneamente em três
condições fundamentais: (a) a direção dos trabalhos do estabelecimento é exercida pelo produtor;
(b) o trabalho familiar é superior ao trabalho contratado e (c) os estabelecimentos devem possuir
área máxima inferior a 15 vezes o módulo fiscal médio regional.
IV. Agroecologia: abordagem da agricultura que integra diversos aspectos agronômicos, ecológicos e
socioeconômicos, na avaliação dos efeitos das técnicas agrícolas sobre a produção de alimentos e
na sociedade, tendo como princípio básico o uso racional dos recursos naturais.
V. Agroquímicos: adubos químicos e agrotóxicos em geral, incluindo herbicidas, fungicidas, acaricidas
e outros.
VI. Agrossilvipastoril: relativo à agricultura, silvicultura, pecuária, apicultura e aqüicultura.
VII. Arborização Municipal: referente à arborização em área pública, urbana ou rural e viveiro municipal.
VIII. Área Construída: soma da área coberta de todos os pavimentos de uma edificação, excetuando-se
as áreas definidas em lei específica referente a obras e edificações.
IX. Área Não-Edificável: compreende área dos terrenos onde não é permitida qualquer edificação.
X. Área Total do Empreendimento: é aquela abrangida pelo loteamento ou desmembramento, com
limites definidos por documento público do Registro de Imóveis.
XI. Áreas Verdes:
XII. Bens Socioambientais: conjunto do patrimônio histórico e artístico, arquitetônico, cultural, ambiental,
natural, paisagístico, arqueológico, material e imaterial, edificação, lugares de interesse para
preservação, bens culturais, centros históricos e monumentos.
XIII. Cadeias Produtivas Complexas: sistema que envolve processos produtivos em constante
modernização e otimização, incluindo as várias etapas até o consumidor final.
XIV. Coeficiente de Aproveitamento: relação entre a área edificada, excluída a área não-computável, e a
área do lote.
XV. Coeficiente de Aproveitamento Básico: relação entre a área edificada, excluída a área não-
computável, e a área do lote, outorgado gratuitamente.
XVI. Coeficiente de Aproveitamento Máximo: relação entre a área edificada, excluída a área não-
computável, e a área do lote, outorgado onerosamente ou gratuitamente como incentivo, definido de
acordo com a capacidade de suporte e impactos decorrentes do adensamento construtivo e
populacional.
XVII. Coeficiente de Aproveitamento Mínimo: relação entre a área edificada, excluída a área não-
computável, e a área do lote, abaixo do qual ele será considerado subutilizado.
XVIII. Convivência Cidadã: modo de vida fundamentado na cooperação e no respeito às diferenças
econômicas, políticas, sociais e culturais, com vistas à integração e inclusão social.
XIX. Economia Solidária: conjunto de experiências econômicas que compartilham alguns traços
constitutivos e essenciais de solidariedade, cooperação mútua e autogestão comunitária.
XX. Educação para Cidadania: conjunto de ações pedagógicas articuladas para inclusão e
desenvolvimento dos indivíduos e grupos nas estruturas política, econômica, social e cultural, para
conservação do patrimônio público, bem como para compreensão, preservação e recuperação do
patrimônio histórico, cultural e natural.
XXI. Estrutura Urbana: conceito que engloba o conjunto de infra-estrutura urbana, desenho urbano,
serviços e equipamentos públicos.
XXII. Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV): é o estudo técnico que deve ser executado de forma
a analisar os efeitos positivos e negativos de um empreendimento ou atividade quanto à qualidade
de vida da população residente na área e suas proximidades, devendo observar, no mínimo, as
questões de adensamento populacional, equipamentos urbanos e comunitários, uso e ocupação do
solo, valorização imobiliária, geração de tráfego e demanda por transporte público, ventilação,
iluminação, paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
XXIII. Fração Média: fração ou parcela pela qual a área total do terreno deve ser dividida, com vistas a
obter o número máximo de unidades ou frações ideais permitidas para o condomínio ou loteamento

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fechado.
XXIV. Fração Mínima: área mínima permitida para cada fração ideal em condomínio ou loteamento
fechado.
XXV. Habitação de Interesse Social (HIS): empreendimento habitacional destinado à população com
renda familiar mensal limitada a 06 (seis) salários mínimos.
XXVI. Imóveis Urbanos Contíguos: imóveis limítrofes com outros imóveis urbanos, separados por uma ou
mais divisas.
XXVII. Impacto Urbanístico: impacto físico-funcional na paisagem urbana, no meio socioeconômico
e cultural, causado por um empreendimento ou uma intervenção urbana.
XXVIII. Incomodidade: relativo a incômodo.
XXIX. Incômodo: potencialidade ou efeito gerado pela atividade incompatível com o bem-estar
coletivo e os padrões definidos para uma determinada área.
XXX. Logística: parte do gerenciamento da cadeia produtiva que planeja, implementa e controla o
fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e
produtos acabados, bem como as informações a eles relativas.
XXXI. Logradouros Públicos: são os espaços de propriedade pública e de uso comum e/ou especial
da população destinados a vias de circulação e espaços livres.
XXXII. Lote: também denominado “data”, é a parcela de terra delimitada, resultante de loteamento
ou desmembramento, inscrita no Cartório de Registro de Imóveis, com pelo menos uma divisa
lindeira à via de circulação pública, servida de infra-estrutura básica, cujas dimensões devem
atender aos índices urbanísticos definidos pela Lei do Plano Diretor e Lei de Zoneamento de Uso e
Ocupação do Solo, na zona em que se situe.
XXXIII. Parcelamento do Solo: para fins urbanos, é a subdivisão de gleba sob forma de loteamento,
desdobro ou desmembramento.
XXXIV. Pavimento: espaço construído em uma edificação, compreendido entre dois pisos
sobrepostos ou entre o piso e o teto.
XXXV. Pólo Gerador de Tráfego: uso ou atividade que para seu funcionamento gere interferências no
tráfego do entorno, impondo necessidades de área para estacionamento, embarque e desembarque
de passageiros, carga e descarga de mercadorias.
XXXVI. Potencial Construtivo: é o produto resultante da multiplicação de sua área pelo Coeficiente
de Aproveitamento.
XXXVII. Recuo: é a menor distância medida entre a divisa do lote e o limite da projeção horizontal
da edificação.
XXXVIII. Residencial Multifamiliar: referente ao uso ou edificação destinada a mais de uma unidade
habitacional.
XXXIX. Residencial Unifamiliar: referente ao uso ou edificação destinada à habitação para uma única
família.
XL. Sistema Viário: compreende as áreas utilizadas para vias de circulação, parada ou
estacionamento de pedestres ou veículos.
XLI. Solo: compreende o espaço terrestre, subterrâneo e aéreo, este último abrangendo qualquer
elemento natural ou construído, visível da área pública e passivel de exploração econômica.
XLII. Taxa de Ocupação: relação percentual entre a área da projeção horizontal da edificação e a
área do lote.
XLIII. Taxa de Permeabilidade: relação percentual entre a parte permeável, que permita infiltração
de água no solo, livre de qualquer edificação, e a área do lote.
XLIV. Testada: é a dimensão da face do lote voltada para o logradouro.
XLV. Unidade ou Fração de Frente: fração ideal em loteamento fechado voltada para a via pública.
XLVI. Vazios Urbanos: terrenos em perímetro urbano não-edificados e/ou não-utilizados
adequadamente em relação aos usos e atividades urbanas.

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LC 693/2007 Dispõe sobre Concessão Urbanística prevista no


Plano Diretor de Maringá, Lei Complementar nº 632/2006

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LEI COMPLEMENTAR N. 693.

Autor: Poder Executivo.

Dispõe sobre a Concessão Urbanística prevista no


Plano Diretor de Maringá, Lei Complementar n.
632/2006.

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO


PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL,
sanciono a seguinte

LEI COMPLEMENTAR:

Art. 1.º Para fins de Concessão Urbanística, prevista no Art. 123, § 2.º, do Plano Diretor de Maringá, Lei
Complementar n. 632/2006, o Poder Executivo fica autorizado a delegar, com autorização do Poder
Legislativo e mediante licitação, a empresa, isoladamente, ou a conjunto de empresas, em consórcio, a
realização de obras de urbanização ou de reurbanização de região da Cidade, inclusive loteamento,
reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação de edificações, ou conjuntos de edificações para
implementação de diretrizes do Plano Diretor.

§ 1.º A empresa concessionária obterá sua remuneração mediante o recebimento de certidão de


outorga onerosa do potencial construtivo, prevista no Art. 133 da Lei Complementar n. 632/06, por sua
conta e risco, dos terrenos e edificações destinados a usos privados que resultarem da obra
realizada, da renda derivada da exploração de espaços públicos, nos termos que forem fixados no
respectivo edital de licitação e contrato de concessão urbanística.

§ 2.º A empresa concessionária ficará responsável pelo pagamento, por sua conta e risco, das
indenizações devidas em decorrência das desapropriações e pela aquisição dos imóveis que forem
necessários à realização das obras concedidas, inclusive do preço de imóvel no exercício do direito
de preempção pela Prefeitura ou o recebimento de imóveis que forem doados por seus proprietários
para viabilização financeira do seu aproveitamento, nos termos do artigo 46 da Lei Federal n. 10.257,
de 10 de julho de 2001.

§ 3.º A Concessão Urbanística a que se refere este artigo reger-se-á, no que couber, pelas
disposições da Lei Federal n. 8.987/1995.

Art. 2.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3.º Revogam-se as disposições em contrário.

Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, 12 de dezembro de 2007.

Silvio Magalhães Barros II


Prefeito Municipal

Ulisses de Jesus Maia Kotsifas


Gabinete do Prefeito
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A LC760/2009 dispõe sobre a autorização da outorga onerosa do


direito de construir, através de contrapartida ao poder público
municipal para a execução de programas habitacionais de
interesse social e dá outras providências.

A LC795/2010 regulamenta a aplicação da outorga onerosa do


direito de construir prevista na LC nº632/2006, através da alteração
em dispositivos da LC nº 760/2009.

OBS: a alteração da LC795/2010 foi feita diretamente na LC nº


760/2009 (abaixo)
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LEI COMPLEMENTAR N. 760.

Autor: Poder Executivo.

Dispõe sobre a autorização da outorga onerosa do


direito de construir, através de contrapartida ao poder
público municipal para a execução de programas
habitacionais de interesse social e dá outras
providências

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO


PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL,
sanciono a seguinte

LEI COMPLEMENTAR:

Art. 1.º O Município de Maringá concederá outorga onerosa do direito de construir, para o incentivo da
execução de programas e projetos habitacionais de interesse social.

§ 1.º São considerados programas e projetos habitacionais de interesse social, para efeito desta Lei,
aqueles destinados a proporcionar moradia para as famílias de baixa renda.

§ 2.º Os programas e projetos habitacionais de interesse social envolvem não apenas a moradia, mas
também as obras de infraestrutura e os equipamentos a ela vinculados, com exceção do transporte
coletivo. (Texto original da LC 760/2009)
Art. 1.º Esta Lei regulamenta a aplicação do instrumento da outorga onerosa do direito de construir, previsto
na Lei Complementar nº 632/2006, que institui o Plano Diretor de Maringá, consoante o disposto nos artigos
133 e 138 e do artigo 221 da referida Lei.

Parágrafo único. A outorga onerosa do direito de construir se verifica através da aquisição de


coeficiente de aproveitamento e/ou de altura de edificação. (alterado pela LC 795/2010)

Art. 2.º A outorga onerosa do direito de construir de que trata o artigo anterior, constitui-se na concessão de
um aumento no potencial construtivo do lote, assim entendido como o acréscimo no coeficiente de
aproveitamento e/ou na altura máxima da edificação estabelecidos para a zona a que pertence.

Parágrafo único. Na Zona Central o aumento de potencial construtivo ou altura de edificação poderá
ser dado no embasamento, com até 10,00m (dez metros) de altura, no caso do aumento para
execução do 3.º (terceiro) pavimento no embasamento, medidos do nível do passeio na mediana da
testada do lote até seu ponto mais alto, aí computados a respectiva platibanda e/ou telhado. (Texto
original da LC 760/2009)
Parágrafo único. Na Zona Central – ZC - o aumento do coeficiente de aproveitamento ou da altura
da edificação poderá ser dado no embasamento, sendo que sua altura máxima não poderá
ultrapassar 10,00m (dez metros), medidos do nível do passeio na mediana da testada do lote até seu
ponto mais alto, aí computados a respectiva platibanda e/ou telhado. (alterado pela LC 795/2010)
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Art. 3.º Para a obtenção da outorga, o interessado doará ao Município de Maringá, simultaneamente à
emissão do Alvará de Construção, imóvel territorial urbano, para ser utilizado em programa habitacional de
interesse social, cujo valor deverá corresponder:

I – no caso de haver aumento no coeficiente de aproveitamento, ao calculado através da seguinte


fórmula:
Vc = At x ∆C x Vt, sendo:
C

Vc – valor da outorga sobre coeficiente;


At – área do terreno;
∆C – coeficiente a ser acrescido;
Vt – valor venal do terreno utilizado como base de cálculo do ITBI;
C – coeficiente máximo de aproveitamento para a zona a que pertence;

II – no caso de haver aumento na altura máxima de edificação, ao calculado através da seguinte


fórmula:
Vh = 0,1 x Ap x Vt, sendo:
C

Vh – valor da outorga sobre altura;


Ap – área total construída do pavimento tipo;
Vt – valor venal do terreno utilizado como base de cálculo do ITBI;
C – coeficiente máximo de aproveitamento para a zona a que pertence;

III – no caso de aumento no coeficiente de aproveitamento e na altura de edificação, à soma dos


valores calculados de acordo com os critérios estabelecidos nos incisos I e II deste artigo.

IV – no caso de aumento para execução do terceiro pavimento no embasamento, ZC ou ZCS, ao


calculado através da seguinte fórmula:
Vc = A3 x 1,5 x Vt, sendo:
C

Vc – valor da outorga para a execução do terceiro pavimento no embasamento;


A3 – área do terceiro pavimento a ser acrescido no embasamento;
Vt – valor venal do terreno utilizado como base de cálculo do ITBI;
C – coeficiente máximo de aproveitamento para a zona a que pertence;

Art. 4.º O Município de Maringá poderá receber em moeda corrente o valor correspondente à outorga,
parcelado em até 12 (doze) vezes, o qual será depositado na conta do Fundo de Habitação Municipal –
FHM, conforme previsto no artigo 2.º, alínea “b”, da Lei Municipal n. 2593, de 03 de outubro de 1689.

§ 1.º O valor a ser depositado em moeda corrente no FHM será calculado conforme os parâmetros
estabelecidos no artigo 3.º e respectivos incisos desta Lei.

§ 2.º O valor mínimo de cada parcela a ser depositada não poderá ser inferior a R$ 500,00
(quinhentos reais)
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Art. 5.º Será vedada a outorga onerosa do direito de construir:

I – nas zonas classificadas como Zona Residencial Um (ZR1), Zona Residencial Dois (ZR2) e
Zona Residencial Cinco (ZR5);

II – quando o imóvel territorial urbano a ser doado ao Município encontrar-se em qualquer das
seguintes situações:

a) pertencer a zonas classificadas como Zona Residencial Um (ZR1) e Zona Residencial


Cinco (ZR5);

b) possuir dimensões inferiores às do menor lote padrão do Município;

c) estiver impedido de ser edificado pela legislação ambiental em vigor;

d) apresentar inadequação físico-territorial cuja correção onere proibitivamente o seu


aproveitamento;

e) demandar investimento em infraestrutura viária para torná-lo acessível, que inviabilize


economicamente a sua utilização;

f) ter mais de 15% (quinze por cento) de sua área comprometida por faixas de proteção
de fundos de vales, faixas de segurança de linhas de transmissão de energia elétrica ou
servidões diversas;

g) estiver gravado por qualquer tipo de ônus;

h) estiver ocupado por invasão.

Art. 6.º A outorga onerosa do direito de construir, quando concedida, atenderá às condições estabelecidas
no quadro abaixo: (Texto original da LC 760/2009)
Art. 6.º O lote para o qual for concedida a outorga onerosa do direito de construir poderá ter seu coeficiente
de aproveitamento aumentado em até 100% (cem por cento) do coeficiente máximo da zona a que
pertence, limitado a 4,5 (quatro inteiros e cinco décimos) vezes a área do lote, de acordo com as condições
estabelecidas no quadro abaixo: (alterado pela LC 795/2010)

(este quadro é o original da LC 760/2009)


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(-) Vedada a concessão de outorga onerosa de potencial construtivo e/ou altura de edificação.

(*) Parâmetros para outorga onerosa definidos segundo a zona a que pertence o lote.
(este quadro foi alterado pela LC 795/2010)

Parágrafo único. A edificação em lote objeto de outorga, seja no aumento de coeficiente e/ou altura
máxima, obedecerá aos demais parâmetros de uso e ocupação estabelecidos para a zona a que
pertence, além das normas para edificação em vigor.

Art. 7.º As edificações existentes, regularmente aprovadas, poderão beneficiar-se da outorga onerosa do
direito de construir, nas condições estalecidas nesta Lei, desde que suas características construtivas e
estruturais assim o permitam e que sejam obedecidas:

I – as demais exigências da Lei de Uso e Ocupação do Solo vigente;

II – a Lei de Edificações;

III – a legislação de prevenção contra incêndios do Município.


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Art. 8.º A outorga onerosa do direito de construir incidirá a partir da cota 610 até a cota 650, no máximo, em
relação ao nível do mar, nas zonas correspondentes às ZC – Zona Coentral, alterando a altura máxima da
edificação, contida no Anexo II – Tabela de Parâmetros de Ocupação do Solo – da Lei Complementar n.
331/99 (Texto original da LC 760/2009)
Art. 8.º A outorga onerosa do direito de construir referente ao aumento na altura de edificação incidirá a
partir da cota 610,00m (seiscentos e dez metros) até, no máximo, a cota de 650,00m (seiscentos e
cinquenta metros), em relação ao nível do mar, alterando-se as alturas máximas de edificação contidas no
Anexo II – Tabela de Parâmetros de Ocupação do Solo – da Lei Complementar n. 331/99 (alterado pela LC
795/2010)
(em 26 de julho de 2011 a LC 331/99 foi substituída pela LC 888, valendo portanto o disposto na referida
Lei)

Parágrafo único. A altura total da edificação referida no caput será considerada a partir da soleira da
entrada principal até a altura da platibanda da última laje do edifício, excluídas as antenas, chaminés,
caixa de água e casa de máquinas, desde que o conjunto dessas edificações não ultrapasse a 20%
(vinte por cento) do pavimento tipo, e caso ultrapasse, a altura será medida na platibanda da última
laje ou da caixa de água ou casa de máquinas, valendo a que estiver situada no ponto mais alto.

Art. 9.º A critério do Município, as edificações anteriores à data de publicação desta Lei, que estiverem em
situação irregular por terem ultrapassado o coeficiente de aproveitamento e/ou a altura máxima de
edificação do lote, poderão ser regularizadas através de aquisição da outorga, nos termos do art. 6.º desta
Lei, mediante a aplicação em dobro dos parâmetros estabelecidos nos artigos 3.º e 4.º desta Lei.

Art. 10.º As avaliações referidas na presente Lei obedecerão aos parâmetros da Planta Genérica de Valores
Imobiliários do Município de Maringá, adotada para cálculo do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis –
ITBI.

Art. 10-A.º O interessado em obter a outorga onerosa de coeficiente de aproveitamento e/ou altura de
edificação, deverá manifestar tal intenção no requerimento para alvará de construção anexo ao projeto
arquitetônico e demais documentos exigidos pela legislação pertinente, sendo observadas as seguintes
condições:

a) no caso de edificação nova, a outorga onerosa, se concedida, obedecerá às


exigências contidas nas Leis Complementares nº 331/99 e 335/99 e nos artigos de 1-A a
6º, e respectivos parágrafos, incisos, alíneas e anexos, da presente Lei;

b) no caso de edificação existente, na qual o proprietário deseje aumentar o coeficiente


de aproveitamento e/ou altura de edificação, a outorga onerosa, se concedida,
obedecerá, além das exigências referidas na alínea “a” deste artigo, o disposto no artigo
7º da Lei Complementar nº 760/2009;

c) no caso de edificação existente que estiver em situação irregular, por ter ultrapassado
o coeficiente máximo de aproveitamento e/ou altura de edificação, a concessão de
outorga onerosa, se concedida, obedecerá, além das exigências referidas na alínea “a”
do presente artigo, o disposto no artigo 9º da Lei Complementar nº 760/2009 e incidirá
apenas no que exceder os parâmetros correspondentes definidos para a zona em que se
situa a edificação;

§ 1.º A concessão de aumento do coeficiente de aproveitamento e/ou da altura de edificação será


efetuada mediante autorização especial a ser expedida pela Secretaria Municipal de Controle Urbano
e Obras Públicas – SEURB, ouvida a Secretaria de Planejamento – SEPLAN, através de:

I – expedição de certidão em que a concessão de aumento do coeficiente de aproveitamento e/ou


da altura de edificação é garantida ao proprietário, obedecidas as condições desta Lei e dos
demais diplomas legais pertinentes;
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II – expedição de autorização especial para a utilização do coeficiente de aproveitamento e/ou da
altura de edificação adquiridos, previamente à emissão do alvará de construção, especificados a
quantidade de metros quadrados de construção e/ou o número de pavimentos, atendidas as
exigências desta Lei e dos demais diplomas legais pertinentes.

§ 2.º A concessão de aumento do coeficiente de aproveitamento e/ou da altura de edificação


adquiridos será averbada no registro imobiliário competente, à margem da matrícula do imóvel objeto
de tais acréscimos. (incluído o artigo 10-A pela LC 795/2010)

informação referente a alínea “a” (em 26 de julho de 2011 a LC 331/99 foi substituída pela LC 888, valendo
portanto o disposto na referida Lei)
informação referente a alínea “a”(em 29 de dezembro de 2011 a LC 335/99 foi substituída pela LC 910,
valendo portanto o disposto na referida Lei)
informação referente o § 1º (em 26 de dezembro de 2012 a LC 937/2012 instituiu a nova estrutura
administrativa, valendo portanto o disposto na referida Lei)

Art. 11.º Após formalizar-se a doação de imóvel ao Município de Maringá ou depósito em moeda corrente à
conta do FHM para obtenção da outorga de que trata esta Lei, não haverá devolução, ainda que o
requerente declare a desistência da referida outorga.

Art. 12.º Os imóveis ou importâncias arrecadados com a outorga somente poderão ser empregados em
programas ou projetos habitacionais de interesse social.

Parágrafo único. Os programas habitacionais de interesse social de que trata este artigo referem-se
unicamente a empreendimentos novos.

Art. 13.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 14.º Revogam-se as disposições em contrário.

Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, 11 de março de 2009.

Silvio Magalhães Barros II


Prefeito Municipal

Ulisses de Jesus Maia Kotsifas


Gabinete do Prefeito
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LC 827/2010 que regulamenta o Imposto sobre a Propriedade


Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo, previsto na
Lei Complementar nº 632/2006
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LEI COMPLEMENTAR N. 827.

Autor: Poder Executivo.

Regulamenta o Imposto sobre a Propriedade Predial e


Territorial Urbana Progressivo no Tempo, previsto na
Lei Complementar nº 632/2006

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO


PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL,
sanciono a seguinte

LEI COMPLEMENTAR:

Art. 1.º Esta Lei regulamenta a aplicação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
Progressivo no Tempo, com base no artigo 7º da Lei Federal º 10257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da
Cidade – bem como nos artigos 116, 117 e 118 e no inciso VI do artigo 221 da Lei Complementar nº 632, de
06 de outubro de 2006 – Plano Diretor do Município de Maringá.

Art. 2.º O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo constitui imposto
real com a finalidade extra-fiscal de assegurar o cumprimento da função social da propriedade predial e
territorial urbana, definida no artigo 182 da Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988.

Art. 3.º Estarão sujeitos à aplicação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo
no Tempo os imóveis enquadrados nas condições estabelecidas nos artigos 112, 113 e 114 da Lei
Complementar nº 632/2006, cujos proprietários tenham sido notificados para parcelamento, edificação ou
utilização compulsória, nos termos do artigo 115 da referida Lei, e que não tenham cumprido as exigências
contidas neste último, ficando, desta forma, submetidos às condições e prazos definidos no artigo 116 do
supracitado diploma legal.

Art. 4.º Observada a condição estabelecida no artigo anterior, serão objeto de aplicação do Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo os imóveis pertencentes às seguintes
macrozonas:

a) Macrozona Urbana de Consolidação;

b) Macrozona Urbana de Qualificação;

c) Macrozona Urbana Industrial, restrita à Área Industrial 1;

d) Macrozona Urbana de Ocupação Imediata;

e) Imóveis particulares situados em Zonas Especiais.

Parágrafo único. Ficam excluídos da aplicação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana Progressivo no Tempo os imóveis enquadrados nas condições relacionadas no § 2º, do artigo
114, da Lei Complementar nº 632/2006.

Art. 5.º O lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo
ocorrerá no exercício fiscal seguinte àquele em que expirar o prazo para o proprietário de imóvel notificado
para parcelamento, edificação ou utilização compulsória cumprir a obrigação objeto da notificação, conforme
previsto no artigo 115 da Lei Complementar nº 632/2006.
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Parágrafo único. A notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsória, de que trata
o caput deste artigo, deverá ser averbada no Registro Imobiliário competente, à margem da matrícula
do imóvel notificado.

Art. 6.º O Município procederá à aplicação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
Progressivo no Tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos,
independentemente de atualização anual dos valores venais.

§ 1.º. A alíquota do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo
será de 2% (dois por cento).

§ 2.º. A majoração da alíquota a ser aplicada será de 2% (dois por cento), obedecido o prazo máximo
de 5 (cinco) anos, da seguinte forma:

I – no primeiro exercício – 2% (dois por cento);

II – no segundo exercício – 4% (quatro por cento);

III – no terceiro exercício – 6% (seis por cento);

IV – no quarto exercício – 8% (oito por cento);

V – no quinto exercício – 10% (dez por cento).

§ 3.º. Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel não esteja atendida quando findar o
supracitado período de 5 (cinco) anos, o Município manterá a cobrança do Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo com a alíquota máxima prevista no
parágrafo anterior, até que se cumpra a referida obrigação ou seja feita a desapropriação do imóvel
com Títulos da Dívida Pública, conforme definido nos artigos 119, 120, 121 e 122 da Lei
Complementar nº 632/2006.

Art. 7.º O pagamento e o parcelamento do Imposto serão nos mesmos termos do artigo 202 da Lei
Complementar nº 677, de 28 de setembro de 2007, ressalvados os casos previstos em lei específica.

Art. 8.º A Administração Municipal promoverá campanha publicitária direcionada aos adquirentes de imóveis
pertencentes a loteamentos urbanos, com a finalidade de incentivá-los a promoverem a regularização do
cadastro imobiliário, no prazo de 90 (noventa) dias, de modo a evitar a incidência do Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo sobre os imóveis adquiridos e ainda não
transferidos, na forma do disposto no art. 113, incisos II e IV, da Lei Complementar nº 632/2006.

Art. 9.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 10.º Revogam-se as disposições em contrário.

Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, 24 de junho de 2010.

Silvio Magalhães Barros II


Prefeito Municipal
Leopoldo F. Fiewski Junior
Chefe de Gabinete
José Luiz Bovo
Secretário de Gestão
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LC 907/2011 que regulamenta o direito de Preempção


sobre imóveis no Município, previsto na Lei Complementar
nº 632/2006
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LEI COMPLEMENTAR N. 907.

Autor: Poder Executivo.

Regulamenta o direito de Preempção sobre imóveis no


Município, previsto na Lei Complementar nº 632/2006

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO


PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL,
sanciono a seguinte

LEI COMPLEMENTAR:

Art. 1.º Esta Lei regulamenta o exercício do Direito de Preempção, conforme o disposto nos artigos 25, 26 e
27 da Lei Federal º 10257, de 10 de julho de 2001(Estatuto da Cidade), bem como nos artigos 130, 131 e
132 da Lei Complementar nº 632, de 06 de outubro de 2006 – Plano Diretor do Município de Maringá.

Art. 2.º O Direito de Preempção confere ao Poder Público Municipal a preferência na aquisição de imóvel
urbano, objeto de alienação onerosa entre particulares.

Art. 3.º Definido o interesse público sobre determinado imóvel por parte do Município, este fará publicar em
órgão oficial e em jornal de grande circulação local declaração manifestando o propósito de exercer direito
de preferência na aquisição do referido imóvel e comunicará, por escrito, tal intenção ao seu proprietário.

§ 1.º. A vigência do Direito de Preempção sobre o imóvel referido no caput será de até 5 (cinco) anos,
renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.

§ 2.º. O Direito de Preempção fica assegurado durante o prazo de vigência constante no § 1º,
independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.

§ 3.º. O Município fará averbar a incidência do Direito de Preempção sobre imóvel objeto de seu
interesse, conforme referido caput, a qual será anotada à margem da respectiva matrícula imobiliária.

Art. 4.º O Direito de Preempção será exercido sobre o que o Município necessitar de áreas para:

I – regularização fundiária;

II – execução de programas e projetos de Habitação de Interesse Social;

III – constituição de reserva fundiária;

IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI – ação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse social;

VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.


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Parágrafo único. As áreas indicadas pelo Poder Público Municipal para exercer o Direito de
Preempção poderão estar enquadradas em uma ou mais das finalidades enumeradas neste artigo.

Art. 5.º O Poder Executivo deverá declarar por meio de Decreto o seu propósito de exercer o Direito de
Preempção sobre imóvel objeto de interesse do Município, comunicando tal intenção ao proprietário do
imóvel, dentro do prazo de até 30 (trinta) dias a partir da promulgação do referido Decreto.

§ 1.º No caso de existência de terceiros interessados na compra do imóvel enquadrado nas condições
mencionadas no caput, o proprietário deverá declarar imediatamente ao Município, por escrito, sua
intenção de alienar onerosamente o imóvel.

§ 2.º A declaração de intenção de alienar onerosamente o imóvel deve ser apresentada pelo
proprietário acompanhada dos seguintes documentos:

a) proposta de compra apresentada pelo terceiro interessado na aquisição do imóvel nas


condições mencionadas no caput, da qual constarão preço, condições de pagamento e
prazo de validade;

b) endereço do proprietário para recebimento de comunicações;

c) certidão de inteiro teor da matrícula do imóvel, expedida pelo cartório de registro de


imóveis da circunscrição imobiliária competente;

d) declaração assinada pelo proprietário, sob as penas da lei, de que não incidem
quaisquer encargos e ônus sobre o imóvel, inclusive os de natureza real, tributária ou
executória.

Art. 6.º Recebida a declaração de que trata o artigo 5.º desta Lei, o Município deverá manifestar por escrito,
dentro do prazo de 30 (trinta) dias, o interesse em exercer a preferência para a aquisição do imóvel.

§ 1.º O Município fará publicar em órgão oficial e em pelo menos um jornal local de grande circulação
local edital de aviso da notificação recebida, nos termos do artigo 5.º, e da intenção de aquisição do
imóvel nas condições da proposta apresentada.

§ 2.º Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias após a data de recebimento da notificação do proprietário,
sem a manifestação expressa do Município de que pretende exercer o Direito de Preempção sobre o
imóvel, fica o proprietário liberado para alienar onerosamente o mesmo ao proponente interessado,
nas condições da proposta apresentada, sem prejuízo do direito do Município exercer a preferência
em face de outras propostas de aquisições onerosas futuras do mesmo imóvel dentro do prazo legal
de vigência do Direito de Preempção.

Art. 7.° Concretizada a venda a terceiro, fica o proprietário obrigado a entregar ao Município cópia do
instrumento particular ou público de alienação do imóvel dentro do prazo de 30 (trinta) dias após sua
assinatura, sob pena de pagamento de multa diária correspondente a 0,66% (sessenta e seis centésimos
por cento) do valor total da alienação.

§ 1.º A alienação efetuada em condições diversas daquelas constantes da proposta apresentada será
declarada nula de pleno direito.

§ 2.º Ocorrida a hipótese descrita no § 1º supra, o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor base
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de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) ou pelo valor da proposta apresentada, se
este for menor que aquele.

Art. 8.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9.º Revogam-se as disposições em contrário.

Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, 28 de dezembro de 2011.

Silvio Magalhães Barros II


Prefeito Municipal

Rodrigo Valente Giablin Teixeira


Chefe de Gabinete

José Luiz Bovo


Secretário de Gestão
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Lei 8563/2010 que regulamenta dispositivo da Lei


Complementar nº 632/2006 que dispõe sobre a
transferência de potencial construtivo no Município de
Maringá)
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LEI N. 8563.

Autor: Poder Executivo.

Regulamenta dispositivo da Lei Complementar nº


632/2006 que dispõe sobre a transferência de potencial
construtivo no Município de Maringá

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO


PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL,
sanciono a seguinte

LEI :

Art. 1.º Esta Lei regulamenta a aplicação do instrumento da transferência de potencial previsto na Lei
Complementar nº 632, que instituiu o Plano Diretor do Município de Maringá, consoante o disposto nos
artigos 139 a 145 e do artigo 221 da referida Lei.

Art. 2.º O proprietário de imóvel impedido de utilizar plenamente o potencial construtivo definido na Lei de
Uso, por limitações urbanísticas decorrentes de interesse público relativo à proteção e preservação do
patrimônio histórico, cultural, natural, e socioambiental e a implementação de projetos de desenvolvimento
urbano e socioeconômico, poderá transferir parcial ou totalmente o potencial não utilizável desse imóvel,
mediante prévia autorização do Poder Público Municipal, obedecidas as disposições desta Lei.

Art. 3.º A transferência parcial ou total de potencial construtivo também poderá ser autorizada pelo Poder
Público Municipal como forma de indenização, mediante acordo com o proprietário, nas desapropriações
destinadas a melhoramentos viários, implantação de equipamentos públicos, implementação de programas
habitacionais de interesse social e execução de programas de recuperação ambiental, bem como no caso
de subutilização de potencial construtivo por limitações urbanísticas que eventualmente impeçam o pleno
aproveitamento do potencial construtivo do imóvel.

Art. 4.º Será admitida a transferência de potencial construtivo mediante convênios ou consórcios entre
Maringá e os demais municípios que compõem a sua região metropolitana, de forma a assegurar a
manutenção de condições ambientais adequadas à proteção e preservação dos mananciais da região.

Art. 5.º O potencial construtivo de um terreno é expresso em metros quadrados de área computável e
equivale ao resultado obtido da aplicação da seguinte fórmula:

Pc = Ca x A, onde:

Pc = Potencial Construtivo

Ca = Coeficiente de aproveitamento permitido na zona em que se localiza o imóvel cedente

A = Área total do terreno cedente

Art. 6.º O potencial construtivo transferível é determinado em metros quadrados de área computável e
equivale ao resultado obtido da aplicação da seguinte fórmula:

Pt = Pc x Vmc/Vmr x Cc/Cr, onde:


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Pt = Potencial Construtivo Transferível

Pc = Potencial Construtivo

Vmc = Valor do metro quadrado de terreno do imóvel que cede o potencial

Vmr = Valor do metro quadrado de terreno do imóvel que recebe o potencial

Cc = Coeficiente de aproveitamento da zona em que se localiza o imóvel que cede o potencial

Cr = Coeficiente de aproveitamento da zona em que se localiza o imóvel que recebe o potencial

Parágrafo único. O valor do metro quadrado do terreno que cede e do que recebe o potencial
construtivo será avaliado com base nos critérios definidos na Lei Complementar n. 677/07, utilizados
na apuração do Imposto de Transmissão Intervivos de Bens imóveis – ITBI.

Art. 7.º O lote para o qual, por interesse público, for transferido o potencial construtivo, poderá ter seu
coeficiente de aproveitamento aumentado em até 100% (cem por cento) do coeficiente máximo da zona a
que pertence, limitado a 4,5 (quatro inteiros e cinco avos) vezes a área do lote e obedecidas as condições
estabelecidas no quadro abaixo:
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Art. 8.º A transferência de potencial construtivo será efetuada mediante autorização especial a ser expedida
pela Secretaria Municipal de Controle Urbano e Obras Públicas – SEURB, ouvida a Secretaria Municipal de
Planejamento – SEPLAN através de:

I – expedição de certidão, em que a transferência do potencial construtivo é garantida ao


proprietário, obedecidas as condições desta Lei e dos demais diplomas legais pertinentes;

II – expedição de autorização especial para a utilização do potencial construtivo transferido,


previamente à emissão do alvará de construção, especificando a quantidade de metros quadrados
passíveis de transferência, o coeficiente de aproveitamento, e a altura e uso da edificação,
atendidas as exigências desta Lei e dos demais diplomas legais pertinentes.

informação referente o artigo 8º (em 26 de dezembro de 2012 a LC 937/2012 instituiu a nova estrutura
administrativa, valendo portanto o disposto na referida Lei)

Art. 8.º A transferência de potencial construtivo será averbada no registro imobiliário competente, à margem
do imóvel que cede e do que recebe o potencial construtivo. (repetido o número do artigo na lei)

Parágrafo único. No imóvel que cede o potencial construtivo, a averbação deverá conter, além do
disposto no caput deste artigo, as condições de proteção, preservação e conservação do imóvel,
quando for o caso.

Art. 9.º Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação.

Art. 10.º Ficam revogadas as disposições em contrário.

Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, 11 de janeiro de 2010.

Silvio Magalhães Barros II


Prefeito Municipal

José Luiz Bovo


Secretário de Gestão
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Após serem regulamentados pela Lei 8563/2010 os artigos


139 a 142 foram regulamentados pela LC 909/2011 que
regulamenta a aplicação do instrumento da transferência
de potencial construtivo, previsto na Lei Complementar nº
632/2006
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LEI COMPLEMENTAR N. 909.

Autor: Poder Executivo.

Regulamenta a aplicação do instrumento da


transferência de potencial construtivo, previsto na Lei
Complementar n. 632/2006.

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO


PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL,
sanciono a seguinte

LEI COMPLEMENTAR:

Art. 1.º Esta Lei regulamenta a aplicação do instrumento da transferência de potencial construtivo,
previsto na Lei Complementar n. 632/2006, que instituiu o Plano Diretor de Maringá, consoante o disposto
nos artigos 139 a 142 e no artigo 221 da referida Lei.

Art. 2.º O proprietário de imóvel impedido de utilizar, parcial ou totalmente, o potencial construtivo
definido na Lei de Uso e Ocupação do Solo, por limitações urbanísticas decorrentes de interesse público,
poderá transferir o potencial não utilizável desse imóvel mediante prévia autorização do Poder Público
Municipal, obedecidas as disposições desta Lei.

Art. 3.º A transferência de potencial construtivo será admitida nos seguintes casos:

I – áreas pertencentes à Zona de Proteção Ambiental Um – ZP1, constante da Lei Complementar


n. 888/2011, e demais áreas verdes cadastradas pelo Município;

II – imóveis contidos em áreas ou faixas destinadas a:

a) obras de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano;

b) otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte;

c) reciclagem de áreas subutilizadas;

d) implantação de programas de habitação de interesse social;

e) ampliação e melhoria da rede de transporte coletivo;

f) implantação de espaços públicos;

g) preservação do patrimônio ambiental, histórico, cultural, arquitetônico e


socioambiental;

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h) ampliação e melhoria da infraestrutura e do sistema viário urbano;

i) dinamização econômica de áreas visando à geração de empregos;

III – áreas de interesse ambiental, histórico, cultural, arquitetônico e paisagístico.

Art. 4.º Lote cedente, nos termos do artigo 2.º desta Lei, é aquele que, por interesse público, sofre
redução parcial ou total no seu potencial construtivo, a qual é transferível para outro imóvel, considerado
como lote receptor.

Art. 5.º A transferência de potencial construtivo somente poderá ser realizada se o lote receptor
localizar-se em zona passível de receber aumento de potencial construtivo, nos termos do quadro do artigo
14 da presente Lei, obedecidos os demais parâmetros da Lei Complementar n. 888/2011.

Art. 6.º O Município poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, público ou privado, a exercer
o direito de construir em outro local passível de receber o potencial construtivo, deduzida a área construída
eventualmente utilizada, ou aliená-lo parcial ou totalmente a terceiros.

Art. 7.º A transferência parcial ou total de potencial construtivo também poderá ser autorizada pelo
Poder Público Municipal como forma de indenização, mediante acordo com o proprietário, nas
desapropriações destinadas a:

a) ampliação e melhoria no sistema viário;

b) implantação de equipamentos públicos;

c) implementação de programas habitacionais de interesse social;

d) execução de programas de recuperação ambiental;

e) compensação pela redução no aproveitamento do potencial construtivo de imóvel


sujeito a limitações urbanísticas.

Art. 8.º Será admitida a transferência de potencial construtivo mediante convênios ou consórcios
entre Maringá e os demais municípios que compõem a sua região metropolitana, de forma a assegurar a
manutenção de condições ambientais adequadas à proteção e preservação dos mananciais da região.

Art. 9.º A aplicação do instrumento da Transferência de Potencial Construtivo, nos termos da


presente Lei, pode ocorrer a partir das seguintes iniciativas:

I – por interesse do Município, manifestado através de Decreto de Utilidade Pública;

II – por Decreto de Desapropriação;

III – por tombamento de um bem ou sua classificação como Patrimônio Cultural de Maringá;

IV – por interesse do proprietário de imóvel, mediante requerimento ao Poder Público Municipal.

Art. 10. O potencial construtivo de um lote é expresso em metros quadrados de área computável e
equivale ao resultado obtido pela aplicação da seguinte fórmula:

Pc = Cm x At, onde:

Pc = Potencial Construtivo

Cm = Coeficiente máximo de aproveitamento da zona a que pertence o terreno

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At = Área total do lote

Art. 11. O potencial construtivo transferível do lote cedente é obtido subtraindo-se do seu potencial
construtivo o potencial anteriormente utilizado, ou remanescente no lote, de acordo com a seguinte fórmula:

Pt = Pc – Pu, onde:

Pt = Potencial Construtivo Transferível

Pc = Potencial Construtivo

Pu = Potencial anteriormente utilizado ou remanescente no lote cedente

§ 1.º Na eventualidade de não ter havido utilização anterior de potencial construtivo (Pu=0), ou em
caso de transferência total do potencial construtivo, o potencial construtivo transferível do lote cedente
é igual ao seu potencial construtivo.

§ 2.º O potencial construído transferível – Pt da fórmula do caput é o que constará do Certificado de


Potencial Construtivo Adicional – CEPCAD do lote cedente, de que trata o inciso I do artigo 15 desta
Lei.

Art. 12. Por ocasião da utilização do potencial construtivo transferível do lote cedente em um lote
receptor, será efetuada a conversão do mesmo para sua expressão monetária, de acordo com a aplicação
da seguinte fórmula:

Pt = (Pc – Pu) x Vmc, onde:


Vmr

Pt = Potencial Construtivo Transferível

Pc = Potencial Construtivo

Pu = Potencial anteriormente utilizado ou remanescente no lote cedente

Vmc = Valor do metro quadrado do lote cedente

Vmr = Valor do metro quadrado do lote receptor.

Art. 13. O valor do metro quadrado do lote cedente e o do lote receptor de potencial construtivo
serão calculados com base nas Leis Complementares n. 677/2007 e 848/2010 e suas alterações, utilizadas
na apuração do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis – ITBI.

Parágrafo único. Para efeito da utilização da opção prevista no § 3.º do artigo 26 da Lei
Complementar n. 888/2011, o valor do metro quadrado do lote cedente – Vmc da fórmula do artigo 12
desta Lei será avaliado pelo seu valor de mercado.

Art. 14. As relações de coeficientes máximos de aproveitamento e de alturas máximas de edificação


entre lotes cedentes e lotes receptores, para cada zona dos perímetros urbanos do Município, são aquelas
mostradas no quadro abaixo:

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ZONAS Altura máx. do Coef. máx. de Coef. máx. de Altura máx. de Altura máx.
embasamento aproveitamento do aproveitamento do edificação de edificação
do lote receptor lote cedente lote receptor do lote cedente do lote receptor
(pav.) (coef.) (coef.) (cota) (cota)
ZC 3 4,5 6 610m 650m
ZCS 3 3,5 4,5 610m 650m
ZE1 3 6 6 610m 650m
ZE15 - 1,4 4,5 610m 650m
ZE16 - 1,4 4,5 610m 650m
ZE17 3 3,5 4,5 610m 650m
ZE18 3 1,4 4,5
ZR3 - 2,5 3,5 610m 650m
ZR4 - 3,5 4,5 610m 650m
ZR6 - 3,5 4,5 610m 650m
ERA - de 1,4 a 3,5 4,5 610m 650m
ERB (*) - 1,4 3,5 610m 650m
ERC - 1,4 2,5 térreo + 1 Pilotis + 4
ECSA - 3,5 4,5 610m 650m
ECSB - ** ** ** **
ECSC - 2,7 3,5 térreo + 4 térreo + 5
ECSD - 2,4 3,5 térreo + 3 térreo + 5
ECSE - ** ** ** **
Obs. (-) Vedada a edificação de embasamento.
(*) Altura máxima de edificação definida pela Área Horizontal Interna do Aeroporto Sílvio Name Jr.
(**) Parâmetros para recepção de coeficiente de aproveitamento e/ou altura de edificação da zona a
que pertence o lote.

Art. 15. O potencial construtivo máximo acumulável no lote receptor por transferência de outros
imóveis fica limitado aos parâmetros do ANEXO II da Lei Complementar n. 888/2011 para a zona a que
pertence o lote.

§ 1.º Nos lotes com mais de uma testada, a avaliação imobiliária deverá utilizar a média ponderada
dos valores unitários adotados na Planta Genérica de Valores para cada logradouro.

§ 2.º Na eventualidade do potencial transferível de lote cedente ser alienado para aumentar o
coeficiente de aproveitamento em lote receptor, tal aquisição não poderá representar mais que 50%
(cinquenta por cento) do total permitido para a zona a que pertence este último.

Art. 16. Nos lotes receptores de potencial construtivo envolvendo aumento na altura de edificação e
situados dentro da Área Horizontal Interna do Aeroporto Sílvio Name Jr., tal como definida no Plano Diretor
desse aeródromo, a altura máxima de edificação será limitada à cota 590m (quinhentos e noventa metros)
de altitude.

Art. 17. A transferência de potencial construtivo será efetuada mediante autorização especial a ser
expedida pelo órgão municipal incumbido da emissão de alvarás de projeto e construção, ouvido o órgão

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municipal de planejamento, através de:

I – emissão de Certificado de Potencial Construtivo Adicional - CEPCAD, em que a transferência


de potencial construtivo é garantida ao proprietário do lote cedente, obedecidas as condições
desta Lei e dos demais diplomas legais pertinentes;

II – expedição de autorização especial para a utilização do potencial construtivo transferido,


previamente à emissão de alvará de construção, especificando a quantidade de metros quadrados
passíveis de transferência, o coeficiente de aproveitamento, a altura e o uso da edificação,
atendidas as exigências desta Lei e dos demais diplomas legais pertinentes.

Art. 18. A transferência do potencial construtivo será averbada no registro imobiliário competente, à
margem das matrículas do lote que cede e do que recebe o potencial construtivo.

Parágrafo único. No lote que cede o potencial construtivo, a averbação deverá conter, além do
disposto no caput, as condições de proteção, preservação e conservação do imóvel, quando for o
caso.

Art. 19. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação.

Art. 20. Ficam revogadas as disposições em contrário.

Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, 28 de dezembro de 2011.

Silvio Magalhães Barros II


Prefeito Municipal

Rodrigo Valente Giublin Teixeira


Chefe de Gabinete

José Luiz Bovo


Secretário de Gestão

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Lei 8508/2009 que regulamenta os artigos 213 e 214


previsto na Lei Complementar nº 632/2006

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LEI N. 8508.

Autor: Poder Executivo.

Regulamenta os artigos 213 e 214 previsto na Lei


Complementar nº 632/2006 (Plano Diretor do Município
de Maringá), e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO


PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL,
sanciono a seguinte

LEI :

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1.º As Conferências Públicas Municipais, relacionadas à política de desenvolvimento urbano,


passam a ser disciplinadas na forma desta Lei.

Art. 2.º As Conferências Públicas Municipais, relacionadas à política de desenvolvimento urbano,


tem por objetivo mobilizar o Poder Público Municipal e a sociedade civil na elaboração das políticas de
desenvolvimento urbano, conforme dispõe o artigo 212 da Lei Complementar nº 632/2006 – Lei do Plano
Diretor do Município de Maringá.

Art. 3.º As Conferências Públicas Municipais serão convocadas pelo Prefeito Municipal e realizadas
sob os auspícios da Prefeitura Municipal de Maringá, ouvido o Conselho Municipal de Planejamento e
Gestão Territorial – CMPGT, e terão como finalidades:

I – avançar na construção da Política Municipal de Desenvolvimento Urbano;

II – indicar prioridades de atuação aos órgãos competentes do Município ligados ao


desenvolvimento urbano;

III – realizar balanço dos resultados das deliberações e dos avanços, dificuldades e desafios na
implementação da Política de Desenvolvimento Urbano e propor novas ações;

IV – propor alterações na Lei do Plano Diretor;

V – discutir assuntos relevantes quanto a temas da Política Municipal de Desenvolvimento


Urbano.

Parágrafo único. O Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial poderá recomendar ao


Chefe do Poder Executivo a realização de uma Conferência Pública a qualquer tempo.

Art. 4.º As despesas com a organização geral e com a realização das Conferências Municipais
correrão por conta da Prefeitura Municipal.

Art. 5.º As Conferências Municipais serão compostas de mesas de debates, painéis, grupos de
discussão e plenária.

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§ 1.º Nos grupos temáticos, será garantida a participação dos segmentos que compõem a
Conferência.

§ 2.º Os grupos temáticos contarão com um facilitador e um relator, indicados pelo Conselho
Municipal de Planejamento e Gestão Territorial.

§ 3.º Os grupos temáticos escolherão, entre seus participantes, um presidente e um secretário.

§ 4.º Nos trabalhos dos grupos não serão tratados temas específicos além daqueles a ser levado à
plenária final para aprovação.

§ 5.º Os grupos temáticos farão um levantamento de propostas de cada tema a ser levado à plenária
final para a aprovação.

§ 6.º A decisão da plenária sobre as matérias discutidas na Conferência deverá ser divulgada à
população e informada oficialmente às demais instâncias do Poder Público Municipal.

CAPÍTULO I
DO TEMÁRIO

Art. 6.º A definição do tema da Conferência Pública ficará a cargo do Poder Executivo Municipal a
partir da proposição do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial.

Art. 7.º O tema deverá ser desenvolvido de modo a articular e integrar as diferentes esferas e
políticas urbanas de Habitação; Acessibilidade e Mobilidade; Transporte e Trânsito; Saneamento Ambiental
e Meio Ambiente; Regularização Fundiária do Município e Desenvolvimento Socioeconômico Sustentável,
em conformidade com o Plano Diretor.

CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Art. 8.º A Conferência Municipal da Cidade será presidida pelo Prefeito Municipal, e, na sua
ausência ou eventual impedimento, pelo Secretário Municipal de Planejamento.

Art. 9.º A organização e desenvolvimento de suas atividades será coordenada pela Secretaria
Municipal de Planejamento, em conjunto com o Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial,
que definirá uma Comissão Preparatória Municipal.

Art. 10.º Compete a Comissão Preparatória:

I – definir o regimento;

II – definir data, local e pauta da Conferência, devendo estas informações constar do Regimento;

III – criar Grupos de Trabalho para mobilização, validação e sistematização, quando necessário;

IV – elaborar a proposta de programação;

V – definir número de participantes e forma de participação;

VI – designar facilitadores (as) e relatores (as);

VII – elaborar e executar o projeto de divulgação para a Conferência;

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VIII – promover contato formal com o Legislativo Municipal, visando informá-lo do andamento da
organização da Conferência, assim como divulgá-la perante os parlamentares;

IX – mobilizar as instituições e segmentos definidos nesta Lei, para preparação e participação na


Conferência;

X – coordenar, supervisionar e promover a realização da Conferência, atendendo aos aspectos


técnicos, políticos e administrativos;

XI – propor e definir os nomes de participantes a realização em mesas de debate;

XII – atuar como elo de ligação entre os segmentos integrantes da Conferência;

XIII – sistematizar os resultados, gerando um relatório da Conferência Municipal, e promover a


sua publicação e divulgação;

XIV – Na Conferência Pública de avaliação e revisão do Plano Diretor, produzir o relatório


contendo a avaliação, conforme o art. 199 da Lei Complementar nº 632/2006, que define o Plano
Diretor.

CAPÍTULO III
DOS PARTICIPANTES

Art. 11.º A Conferência Municipal terá uma composição de participantes e buscará equilíbrio
quantitativo dos participantes, nos limites da razoabilidade, proporcional a 50% (cinquenta por cento) para
os poderes públicos e 50% (cinquenta por cento) para a sociedade civil.

Art. 12.º Os participantes da Conferência Municipal se distribuirão em duas categorias:

I – Participante Representativo: representante de órgãos públicos, entidades civis e populares


reconhecidos no ato de inscrição da Conferência Municipal, com direito a voz, voto e ser votado;

II – Participante Observador: não estar representando nenhuma entidade no ato de sua inscrição,
sem direito a voto e a ser votado.

Art. 13.º A representação dos diversos segmentos na Conferência Municipal deve buscar a seguinte
composição em relação à categoria de participantes representativos:

I – gestores, administradores públicos e legislativos: 50%;

II – movimento sociais e populares: 22%;

III – trabalhadores, por suas entidades sindicais: 8%;

IV – empresários relacionados à produção e ao financiamento do desenvolvimento urbano: 8%;

V – entidades profissionais, acadêmicas e de pesquisa e conselhos profissionais: 7%;

VI – Ong's com atuação na área de desenvolvimento urbano: planejamento territorial, habitação,


regularização fundiária, saneamento ambiental, transporte, mobilidade, acessibilidade: 5%.

CAPÍTULO IV

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 14.º Os casos omissos e conflitantes deverão ser decididos pela Comissão Preparatória Municipal,
cabendo recurso ao Prefeito Municipal.

Art. 15.º Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 16.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, 20 de novembro de 2009.

Silvio Magalhães Barros II


Prefeito Municipal

Ulisses de Jesus Maia Kotsifas


Chefe de Gabinete

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LC 934/2012 regulamenta os artigos 209 e 211 previsto na


Lei Complementar nº 632/2006

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LEI COMPLEMENTAR N. 934.

Autor: Poder Executivo.

Regulamenta os artigos 209 e 211 da Lei Complementar


n. 632/2006 e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO


PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL,
sanciono a seguinte

LEI COMPLEMENTAR:

Art. 1.º As Audiências Públicas Municipais relacionadas ao desenvolvimento urbano passam a ser
disciplinadas na forma desta Lei.

Art. 2.º As Audiências Públicas Municipais relacionadas ao desenvolvimento urbano têm por
objetivo garantir a gestão democrática da cidade, através da mobilização do Poder Público Municipal e da
sociedade civil na elaboração e avaliação das políticas públicas de desenvolvimento urbano.

Art. 3.º Será exibida a prévia realização da Audiência Pública para aprovação das seguintes
matérias:

I – criação, alteração, ampliação ou supressão de zona na legislação de uso e ocupação do solo


do Município;

II – criação, alteração, extensão ou supressão de eixos de comércio e serviços no zoneamento do


uso e ocupação do solo do Município;

III – implantação de empreendimentos ou atividades de significativo impacto urbanístico ou


ambiental, bem como em caso de iniciativa de relevante interesse público.

IV – criação de novos perímetros urbanos e alteração ou ampliação dos existentes. (AC) (incluído
pelo artigo 3 da LC 969/2013)

§ 1.º A Audiência Pública referente à criação, alteração ou extensão de eixo de comércio e serviços
deverá ser realizada obrigatoriamente na região onde se localiza a via objeto de quaisquer dessas
transformações.

§ 2.º A presente exigência não se aplica a alterações da legislação urbanística referentes a


parcelamento do solo, sistema viário básico, edificações e posturas do Município.

§ 3.º Constituem exceção ao disposto no § 2.º do presente artigo a supressão de diretrizes viárias
constantes do Sistema Viário Básico do Município e a desafetação de vias existentes, as quais serão
objeto de deliberação em Conferência Pública.

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Art. 4.º As Audiências Públicas Municipais relacionadas ao desenvolvimento urbano serão
convocadas pelo Prefeito Municipal e realizadas sob os auspícios da Administração Municipal de Maringá,
após aprovação do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial – CMPGT.

Art. 5.º As Audiências Públicas serão convocadas com 30 (trinta) dias de antecedência e terão seu
temário, bem como a data, horário e local de realização amplamente divulgados à população,
compreendendo, além da publicação no sítio eletrônico da Municipalidade, a veiculação nos meios de
comunicação disponíveis no Município.

Art. 6.º O Presidente da Audiência indicará um apresentador para discorrer sobre o temário da
Audiência, seguindo-se a consulta aos participantes quanto a eventuais ponderações, críticas e sugestões
sobre as matérias apresentadas.

Art. 7.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8.º Revogam-se as disposições em contrário.

Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, 21 de dezembro de 2012.

Carlos Roberto Pupin


Prefeito Municipal

Mário José Alexandre


Chefe de Gabinete

José Luiz Bovo


Secretário de Gestão

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Lei Complementar nº 893 referente instalação de


templos religiosos

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LEI COMPLEMENTAR N. 893.

Autor: Poder Executivo.

Dispõe sobre a instalação de templos nas áreas urbanas do Município


de Maringá.

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO PARANÁ,


aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte

LEI COMPLEMENTAR:

Art. 1.° Será considerada permissível em qualquer local das zonas urbanas do Município,
excetuadas as zonas industriais, a construção e/ou funcionamento dos estabelecimentos de prestação de
serviços a seguir relacionados, mediante a prévia aprovação de Relatório de Impacto de Vizinhança – RIV,
observadas e obedecidas às disposições das Leis Complementares n. 632/2006 e 888/2011 e às condições
abaixo:

I – estabelecimentos de culto pertencentes a entidades religiosas estabelecidas no Município,


independentemente da natureza do culto, desde que proprietária do respectivo imóvel e atendidas
as exigências da legislação pertinente em vigor, quanto ao isolamento acústico e a oferta de vagas
de estacionamento de veículos; (original da 893/2011)
I – estabelecimentos de culto pertencentes a entidades religiosas regularmente estabelecidas no
Município, independentemente da natureza do culto, desde que proprietárias do respectivo imóvel e
atendidas as exigências da legislação pertinente em vigor, quanto ao isolamento acústico; (NR)
(alterado pela 965/2013)

II – entidades assistenciais sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública por lei municipal, com
atividades permitidas em Eixos de Comércio e Serviços E – ECS-E, em imóveis alienados pelo
Município, mediante doação ou concessão de direito real de uso, desde que atendidas as exigências
da legislação pertinente em vigor.

Parágrafo único. A exigência de propriedade do imóvel, contida no inciso I do caput, não se aplica
às vias classificadas na Lei de Uso e Ocupação do Solo como eixos de comércio e serviços, onde
os templos poderão se instalar em imóveis locados e/ou cedidos.

Art. 2º. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário.

Paço Municipal Silvio Magalhães Barros, 01 de setembro de 2011.

Silvio Magalhães Barros II


Prefeito Municipal

Rodrigo Valente Giublin Teixeira


Chefe de Gabinete

José Luiz Bovo


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